A Flor do Mandacaru (Fil Felix)
Sua beleza é branca e efêmera. Desabrocham ao anoitecer para murcharem ao amanhecer. E como nos versos de Gonzaga, “Quando flora lá na seca é o sinal que a chuva … Continuar lendo
A Biblioteca do Mundo (Marco Piscies)
1. Caminho tortuoso Fernando galgava seu caminho costumeiro, cada passo uma vitória. As rodas do carrinho que puxava gemiam estridentes. Eram tortas e ofereciam resistência sempre que encontravam o minúsculo … Continuar lendo
A Última Biblioteca de Peabirú (Willy G.S.)
A resposta só poderia estar ali, na última biblioteca de Peabiru. Não era um lugar para corações fracos, para mentes nauseadas; mas ele não tinha escolha. O cheiro de abandono … Continuar lendo
Sociedade dos Escritores Mortos (Thiago Mendonça)
Capa de couro. Bordas douradas. Cerca de cem páginas. Será que finalmente encontrei? – O Pequeno Príncipe – leio o título em voz baixa. Um clássico, mas não é o … Continuar lendo
A biblioteca (Rogério Germani)
Assim que a escuridão evaporou de seus olhos, a princesa Mayar vociferou seu medo na face do céu zombador: – Libaaxyo jinniyo! Somente a atrocidade voraz dos demônios felinos justificaria … Continuar lendo
O Cão de Guarda (Lucas Rezende)
Entreolhavam-se esperando que alguém dissesse algo, mas o silêncio havia se tornado um manto que cobria e imobilizava todos. O experimento havia saído do controle e fugiu, as perguntas que … Continuar lendo
A Vida de Rosinha (Simoni Dário)
Rosinha foi uma jovem bonita, atraente e exigente. Vestia-se de modo impecável. Se os cabelos longos, loiros e cacheados não estivessem absolutamente cada fio em seu lugar, aos olhos do … Continuar lendo
Destroços do passar do tempo (Evie Dutra)
O tempo passa. Infelizmente, às vezes, quando nos damos conta disso, já passou tempo demais. Hoje eu estou aqui, sentado em minha antiga poltrona de balanço, contemplando a sala que … Continuar lendo
De volta ao paraíso (Bia Machado)
“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca.” (Borges) Ele entrou no prédio desfigurado pelo tempo e pela desgraça. Ficou alguns instantes a imaginar há quantos anos … Continuar lendo
Retornar (Pedro Luna)
Zuckeberg já estava no quinto cigarro desde que sentara no banco da praça. Dali, podia ver a casa de Mila e a esquina que ela dobraria ao voltar do trabalho. … Continuar lendo
Para lembrar de não esquecer (Phillip Klem)
― Fale-me um pouco sobre você, Tomás. ― Bem Doutor… ― começou, com sua maneira apressada de falar ― Meu nome é Tomás Veritto, tenho quarenta e seis anos, sou … Continuar lendo
Eu Quero Ser Como O Vento (André Lima)
No alvorecer da última sexta-feira, Daniel acordou e contemplou os raios solares que se espremiam pelas frestas das paredes da biblioteca. Quando dobrou a esquina de uma de suas fileiras … Continuar lendo
Vazio Tóxico (Leonardo Jardim)
Caminhando pelas ruas abandonadas da cidade, Horácio observava, através das lentes embaçadas da máscara de gás, as vitrines destruídas em busca de algum suprimento útil. Era o terceiro dia que … Continuar lendo
Kuru (Jowilton Amaral)
Quando Camila invadiu pela primeira vez a casa abandonada e descobriu a biblioteca em ruínas, ela teve a impressão de estar caminhando por dentro da cabeça de seu avô, um … Continuar lendo
Cabelos de Ferrugem (André Luiz)
– – – – X “Não quero adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, … Continuar lendo
Desordenada a mente (Anorkinda Neide)
Engraçado como a emoção não casa-se com o raciocínio de jeito nenhum. Água e azeite. E na tentativa desta união, a consequência é a morte das lembranças. Pode esforçar-se, tente… … Continuar lendo
Herdeiros do Abandono (Cléber Duarte)
Tenho 14. Nenhum amigo. Porque mudei. Mudei pro mesmo lugar. O joão Honório quer a gente chamando ele de pai. A mãe é mais mãe dele do que minha. Estado … Continuar lendo
Penélope – Clássico (Dalton Trevisan)
Naquela rua mora um casal de velhos. A mulher espera o marido na varanda, tricoteia em sua cadeira de balanço. Quando ele chega ao portão, ela está de pé, agulhas … Continuar lendo
Fluam, minhas lágrimas, disse o policial – Resenha (Davenir Viganon)
“Fluam, minhas lágrimas, disse o policial” (Flow my tears, the policeman said) é uma das obras mais emocionais e intimistas de Philip K. Dick. O autor aborda temas como identidade, … Continuar lendo
Neuromancer – Resenha (Davenir Viganon)
Neuromancer é acima de tudo um clássico da Ficção Científica. Um livro básico para imergir na literatura cyberpunk. É um mundo que combina altas doses de tecnologia mas que, ao … Continuar lendo
A Última Pergunta – Clássico (Isaac Asimov)
A última pergunta foi feita pela primeira vez, meio que de brincadeira, no dia 21 de Maio de 2061, quando a humanidade dava seus primeiros passos em direção à luz. … Continuar lendo
Ainda sobre o racismo – Artigo (Gustavo Araujo)
Como tantas famílias com filhos pequenos nós também temos o hábito de ler para as meninas ao colocá-las para dormir. Normalmente são histórias curtas, bem ilustradas, o que basta para … Continuar lendo
O Escritor (Sandra Datti)
Do outro lado, o escritor via um par de olhos vermelhos desnorteados e aflitos a dizer algo, cujo sussurrar se perdia num vácuo inexistente. Embriagados de lágrimas profanas, aqueles olhos … Continuar lendo
É melhor roer (Anorkinda Neide)
Murilo andava apaixonado. Estava namorando há meses com Vanessa e pouco sabia dela além de suas manias. Como essa mania de não falar sobre si mesma ou de seu passado. … Continuar lendo
A Biblioteca de Babel – Clássico (Jorge Luis Borges)
By this art you may contemplate the variation of the 23 letters… The Anatomy of Melancholy, part. 2, sect. II, mem. 1V. O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se … Continuar lendo
Consultoria e Astrologia – Crônica (Juliana Calafange)
Os taxistas do Rio são umas figuras, todo mundo sabe. Gostam de bater papo e simulam intimidade como ninguém, em menos de 5 minutos se está amigo de qualquer um … Continuar lendo
Amargo Rio Doce – Poesia (Francisco Ferreira)
Rio acima desovo-me fluido fujo da foz evitando aMAR. Águas mortas em linhas tortas sólidos liquefazem no ar. (Partículas em suspeição). Rio suspeito em meu leito de sublevação. Peixe fátuo, … Continuar lendo
Regulamento Desafio “Imagem”
I – Das Disposições Gerais e da Inscrição 1) A participação no Desafio “Imagem” do EntreContos é totalmente gratuita. O Desafio é voltado a ESCRITORES que orgulhosamente sejam também LEITORES. 2) Os … Continuar lendo
Resultados Parciais da Enquete do Desafio do Fim de Ano
Caros participantes, amigos e curiosos, Após a enquete realizada nos últimos dois dias, temos definido que o Sistema de Postagem seguirá a ideia do último certame, ou seja, todos os … Continuar lendo
Sentidos Afinados – Poesia (Anorkinda Neide)
Ao sentir os primeiros toques do vento, prelúdios de amor… Percebi que a sinfonia começara diferente, notas de mais alto valor… Fechei os olhos, sintomas de febre… Ouvido apurado, a … Continuar lendo
O Fatídico dia 19 de novembro (Dayvson José)
“Olhe para frente e, por via das dúvidas, use o cinto de segurança.” PARTE I – Um fim de semana comum. Sexta-Feira em Olinda. EM ALGUM LUGAR DAQUELA CIDADE era … Continuar lendo
Enquete para o Desafio de Fim de Ano
Vamos ajudar a definir as regras do desafio derradeiro de 2015? Os contos que se destacarem vão fechar a versão impressa da Terceira Antologia! De antemão, avisamos que desta vez os comentários … Continuar lendo
A Brincadeira – Clássico (Anton Tchekhov)
Um claro dia de inverno… o frio é forte e seco de estalar, e Nádenka, que eu levo pelo braço, fica com os cachos das fontes e o buço no … Continuar lendo
O Escapista (Vitor Stuani)
Quando entrou no recinto, o sol do fim de tarde martirizava os santos eternizados nos vitrais coloridos. Destilada das imagens vítreas, uma tênue luz de cores mescladas banhava a nave … Continuar lendo
Mortais – Resenha (Gustavo Araujo)
Existem certos assuntos para os quais jamais estaremos prontos. Sim, a frase beira o clichê, daqueles mais surrados, mas é que também reflete uma constatação difícil de negar, especialmente quando … Continuar lendo
As Palavras do Poeta (Raione Pedrosa)
Libélulas brotavam no meu estômago, tentando subir em espirais. As pernas perdiam sua consistência, moles como uma tira de elástico, me fazendo desabar sobre o chão. Minha boca aberta, maxilares … Continuar lendo
Agulhas (Miquéias Dell’Orti)
O relógio marcava o tempo como se estivesse brincando com a paciência de David. O tamborilar dos seus dedos acompanhava a métrica dos segundos e ele tentava não fixar seu … Continuar lendo
Jornada na escuridão (Antonio Stegues Batista)
André de Alencastro Savana nasceu em Porto Alegre no ano de 1809. Com 21 anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para estudar na Faculdade de Medicina. Voltou para Porto … Continuar lendo
O Empalhador (Elicio Nascimento)
Olhos, intranquilos, veem a penumbra do quarto doutra forma. A intensidade fosca do esverdeado das paredes; o teto alaranjado; as estantes, quase incógnitas pela cor indefinida, tudo parece se derreter … Continuar lendo
O Inventor (Rodrigues)
Já passava das onze da noite quando apareceu na praça o inventor. Farto de suas apresentações falidas, o povo postou-se sonolento ao seu redor num último suspiro de esperança. Então … Continuar lendo
Viva (Victor Nunes)
Estou eu aqui em casa, ou melhor, dizendo no meu quarto, moro em Santa Teresa, zona central do Rio de Janeiro. A minha preferência neste momento é ficar deitado na … Continuar lendo
Gustavo Aquino
Gustavo Aquino dos Reis nasceu em São Paulo, em 1987. A escrita é fruto de um insistente querer em documentar a vida exatamente do jeito que ela é: cheia de … Continuar lendo
Relato de um incendiário (Murilo Guilherme)
Sempre tive uma queda maior pelas drogas que se demonstravam mais intensas, as que não me deixavam sombra de dúvida de que realmente juntos podíamos mais que qualquer outro mortal … Continuar lendo
Não aguento mais gente que não aguenta mais – Crônica (Catarina Cunha)
Antes das redes sociais, quando não queríamos mais ouvir comentários sobre uma determinada notícia, bastava desligar o rádio ou fechar o jornal ou se afastar disfarçadamente do chato do momento. … Continuar lendo
A Teoria do Medalhão – Clássico (Machado de Assis)
– Estás com sono? – Não, senhor. – Nem eu; conversemos um pouco. Abre a janela. Que horas são? – Onze. – Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. … Continuar lendo
Ranking – Novembro/2015
Desafio “Cotidiano” encerrado (e, diga-se de passagem… que desafio!!!), chegou a hora de conferir como ficou nosso ranking. Primeiro, o ranking geral, que leva em conta a participação em … Continuar lendo
Iraci (Igor F.G.)
“Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos”. Termino de ler essa pichação estúpida na parede, e incrivelmente conveniente pra atual situação, enquanto balanço, … Continuar lendo
Criança Negra – Poesia (William Oliveira)
Criança negra não tema, a vida não é teu problema. Do teu sorriso lembra, que alivia toda a tormenta de uma luta para não ser lenda. se desprenda, da corrente … Continuar lendo
A Onírica Permanência (João da Rocha)
Então as fotografias da infância. A primeira bicicleta onde conheceu a lúdica velocidade da luz dos sonhos. O abraço sempre jupteriano da mãe e a distância – como uma carta … Continuar lendo
O Menino que Adorava o Mar (João Renha)
Cláudio era um garoto ainda quando o avô o levou á praia pela primeira vez. Ele ficou encantado, é claro. Naqueles tempos Copacabana era pouco mais que uma aldeia e … Continuar lendo
Resultados do Desafio “Cotidiano”
Caros participantes, amigos e curiosos de sempre. Sem dúvida alguma, uma epopéia! Um desafio que começou em 25 de agosto e termina hoje, dia 05 de novembro — mais de … Continuar lendo
A Pechincha – Clássico (Truman Capote)
Várias coisas no marido irritavam a sra. Chase. Por exemplo, a voz: ele sempre falava como se estivesse apostando num jogo de pôquer. Ouvir aquela fala arrastada e indiferente era … Continuar lendo
Cotidiano – Avaliação Final
Caros amigos, participantes, escritores e leitores, Depois de quinze dias eis-nos aqui novamente com os contos classificados acrescidos de suas linhas complementares. Todos os dezoito finalistas cumpriram a meta, de … Continuar lendo
Depoimento de um alienígena – Crônica (Antonio Stegues Batista)
Certo dia do ano de 2013, alguém me disse; O senhor tem Síndrome de Asperger. Para saber o que era, procurei na internet e quando li o artigo, percebi que … Continuar lendo
Terroristas – Poesia (William Oliveira)
A barba que marca, Jihad ou Je Sui. A carne e a navalha, Amedy ou Charlie. Um culto ao seu, que nunca foi meu. Uma caneta escreveu e outra história … Continuar lendo
Perdido em Marte – Resenha (Marcelo Porto)
Já “assisti” Perdido em Marte. Como todo bom leitor de best sellers, não resisti à campanha de marketing desse novo blockbuster e corri para comprar o livro. Veredito: O livro … Continuar lendo
O menino que queria laçar a lua – Resenha de “Pretérito Imperfeito” (Eduardo Selga)
* Contém spoilers. Pretérito imperfeito, romance de Gustavo Araújo publicado em 2015 pela Caligo Editora, trata, aparentemente, da idílica descoberta do amor entre dois adolescentes numa cidadezinha do Paraná, tendo … Continuar lendo
Cotidiano – Classificados da 1ª Fase
Caros amigos, curiosos e participantes, Primeiramente, vamos parabenizar todos os autores. Todos, de fato, Escritores e Leitores orgulhosos. Não tivemos nenhuma desclassificação por falta de comentários ou notas. Todos os … Continuar lendo
A Penúltima Edição (vários autores)
“A Penúltima Edição”, desdobramento do projeto literário iniciado com “A Última Edição”, é uma antologia subversiva, a começar pelo título, que embaralha a ordem cronológica. Da mesma maneira, este volume … Continuar lendo
Sacrificando Lobos (Lady Madonna)
“Viva o Rock!”, grito naquela porra de bar que só toca sertanejo universitário. Todos os homens do local – embalados a vácuo em suas calças femininas – me encaram e … Continuar lendo
Napoleão e a Imperatriz de Paris (Evandro Furtado)
Todos os dias, Napoleão cruzava o Arco do Triunfo da mesma maneira. Cabeça erguida, passadas largas, olhar perscrutando o ambiente ao seu redor. As pessoas, ele podia notar, nutriam grande … Continuar lendo
Após o uso, dê a descarga (pressione aqui) (Victor O. de Faria)
— Mas que sacanagem! Tinha acabado de limpar! Sujeira e lodo escorreram pelos enormes tubos de esgoto da colônia de mineração. Severino William Adamastor Trento, apelidado de “Swat” por seus … Continuar lendo
Último dia antes do próximo (Vitor Leite)
Na escuridão do quarto só havia o movimento silencioso dos pequenos traços de luz vermelha, que ritmadamente desapareciam sendo constantemente substituídos. O mundo começava sempre que o 6:59 se transformava … Continuar lendo
O Pulo do Gato (Jefferson Lemos)
O mormaço parecia estar estagnado dentro do carro, que mesmo com o ar-condicionado ligado, não era capaz de sobrepor a temperatura quente que cismava em fazer o suor escorrer. Alberto … Continuar lendo
Memória (Willy G.S.)
Quinta-feira, vinte e nove de setembro de dois mil e cinco. Faltam noventa e três dias para acabar o ano. O primeiro despertador de Thomas começou a tocar. Mas ele … Continuar lendo
O Agapornis Insone (Ricardo Falco)
Priscila encosta-se a uma parede de seu quarto. Abaixa a cabeça. Não consegue mais encarar o namorado. Sente-se completamente infantil e ridícula. Aos poucos, ainda recostada na parede, vai escorregando … Continuar lendo
Dez Quilos (Davenir Viganon)
O que leva as pessoas a para as academias? Digo as academias que exercitam o corpo, não as instituições de ensino. Para mim a maioria vai por motivos puramente estéticos. … Continuar lendo
Como todos os dias (Claudia Roberta Angst)
Ele não podia saber de nada. Não agora. Não daquele jeito. Liana olhou para o homem deitado em sua cama. Os braços dobrados acima da cabeça, uma das pernas caída … Continuar lendo
A entrevista (Lilian Lima)
— Me fale de você… —Isto é algo que não sei fazer: falar de mim mesmo… — Bem, senhor… — Vicente procura o nome do homem na ficha. — Pablo… … Continuar lendo
Depois do fim da rua (Antonio Stegues Batista)
Alice acordou mais cedo naquela segunda-feira. Estava decidida a deixar aquela casa. Aproveitando que todos ainda dormiam, colocou algumas roupas e dois pares de sapato numa sacola, pegou a bolsa … Continuar lendo
O campo e os corvos (Marco Piscies)
Os corvos sobrevoavam o campo que borbulhava com alimento fresco. A vista de cima era uma mistura de metal, carne, vísceras, terra, grama e lágrimas. Esperaram o movimento diminuir até … Continuar lendo
Jogo das Estações (Leonardo Jardim)
Inverno Aquele era o fim que Mariano havia planejado por semanas. O elevador anunciou, com sua voz indiferente, que estavam no terraço. Num impulso com as mãos, moveu a cadeira … Continuar lendo
Lua de Cristal (Fil Felix)
1 – MURILO O céu estava nublado. Espelhado. Como se uma cortina estivesse cobrindo a cidade, embaçando-a. Uma garoa fina caía e banhava o teto das casas da capital, mais … Continuar lendo
O Celeiro (Pedro Luna)
Farejou um cheiro delicioso. Abriu os olhos e viu que ao lado da confortável cama havia um prato de sopa com pedaços de galinha. O estômago reclamou e ele tentou … Continuar lendo
Sob o olhar da Lua (Rogério Germani)
Minha vida é um bungee jump onde a lua sempre me traz à tona. É esta certeza, talhada como uma estrela em meu peito, que ilumina meus passos perdidos nesta … Continuar lendo
As Cores sem Nome (Rubem Cabral)
Ato I – Vida de cão Noite de quinta-traiçoeira, zapeio sem interesse através dos quase duzentos canais. Neil deGrasse fala de espaços intergalácticos, de lugares tão rarefeitos de matéria que … Continuar lendo
Toda quarta-feira (Fabio Baptista)
Meio de semana de um mês frio e garoento qualquer. Julho, talvez Agosto. Ivan Petrovic toma banho, com uma demora não costumeira. Relembra a infância: algum evento bobo que se … Continuar lendo
A Metáfora das Metáforas (Pedro Viana)
Existe um pacto silencioso entre as pessoas que vivem nas grandes cidades, assim como também deve existir entre os ratos que habitam o esgoto e as fezes que por ele … Continuar lendo
Preso na garganta (Daniel Martins)
Quando se tem um cão, o simples ato de chegar em casa torna-se uma aventura. Você pode ser recebido por um labrador enlameado, que te lambuza inteiro, por um border … Continuar lendo
Uma Senhora Distinta (Ruh Dias)
Ela tinha uma aura de importância e sofisticação, com seu colar discreto de pérolas pequenas e o cabelo milimetricamente penteado em ondas suaves e cor de cebola. A saia, reta … Continuar lendo
Mais Alto que o Céu (Thais Pereira)
“Acordo todos os dias feliz. É menos um dia. Descobri o sentido da vida quando passei a esperar a morte.” – Sussurrou o personagem. Sentei no chão frio da rodoviária, … Continuar lendo
Os Quatro Irmãos (Anorkinda Neide)
León era forte e decidido, adorava provocar uma rusguinha qualquer só para provar de suas habilidades viris, de luta e ação. Mas a verdade é que ele tinha poucas chances … Continuar lendo
Zona Sul (Gustavo Aquino)
Peruíbe Debaixo do chuveiro escangalhado, Peruíbe cantou funks, teceu rimas, deu vazão a sua verve poética-mobral sob o correr da água fria. Depois, de banho tomado e devidamente enxugado, … Continuar lendo
O Casamento (Lucas Rezende)
Cheguei para o casamento depois de todos os convidados, entrei e tomei um lugar discreto mais ao fundo. A igreja estava decorada com arranjos de rosas brancas e o sol … Continuar lendo
Esse maldito cotidiano (Tiago Volpato)
A primeira vez que morri, estava andando perto da minha casa. Era um dia aleatório da semana (pensando bem, era sábado ou domingo, pois não havia muitas pessoas na rua). … Continuar lendo
Treze anos (Gustavo Araujo)
O homem vestia uma camiseta branca, com o escudo do Ferroviário Esporte Clube já desbotado no lado esquerdo. Embaixo, lia-se seu nome: “Professor Pernambuco”. Era um sujeito calvo, de uns … Continuar lendo
A terapia do obituário (Bia Machado)
Nunca tinha se casado. Dos nove irmãos, apenas ele tinha ficado com a mãe enquanto os outros ganhavam o mundo, constituíam família, viviam suas vidas. Dona Francisca já era viúva, … Continuar lendo
Não confie neles! (Renato Silva)
Um bairro antigo e decadente, imediações do centro. Há certa tranquilidade em viver aqui. As ruas são calmas e arborizadas. Nas ruas estreitas de paralelepípedos circulam poucos carros. O fluxo … Continuar lendo
Retratando um sonho (Felipe Moreira)
Eu soube da guerra pelo meu avô. Resolvi ler a respeito nos livros de história que faziam disto algo romântico, mas aprendi numa manhã que vieram buscar o meu pai. … Continuar lendo
Um quilo de tomates (Catarina Cunha)
— Glorinha, minha flor, precisa de ajuda aí na cozinha? — Mô, vou fazer aquela macarronada que você adora. Vai lá ao mercado rapidinho e traz um quilo de tomate … Continuar lendo
Cotidiano – Avaliação – 1ª Fase
Caros participantes e amigos, Agradecemos como sempre a presença de todos por aqui. No total tivemos trinta e três contos inscritos para este desafio superlativo e inovador. Às instruções, então! 1) … Continuar lendo
No topo do fundo (Davi Cabral)
Era manhã de sábado e Paco se preparava para uma viagem de escalada. Todos os equipamentos ajeitados na mochila, poucos itens pessoais, já que voltariam no dia seguinte. “A mochila … Continuar lendo
O cachorro, o menino, a senhorinha – Crônica (Eduardo Selga)
Trabalho com a palavra, e isso me provoca incertezas de todo o tipo. Sempre fico perguntando aos meus botões, aos meus mal-assombrados sótãos, que grau de dramaticidade é necessário haver … Continuar lendo
O Conto da Flor Azul (Ruh Dias)
Parte 1 A grama era macia e estava úmida. Aliás, era macia somente nos primeiros passos, ela logo notou, pois a grama começou a espetar a sola dos seus pés … Continuar lendo
A crônica da janela – Crônica (Jowilton Amaral)
Tem dia que eu não consigo escrever. Hoje é um desses dias. O famoso dia chato. Fico olhando para tela e nada sai. Nenhuma inspiração para criar um conto aparece. … Continuar lendo
A Carrocinha (Leda Spenassato)
O pneu furou. A febre não baixa e a criança não para de chorar. Vomitou um pouco de leite, aliás, o único alimento que ainda restava na velha geladeira. O … Continuar lendo
O Nome Dela – Crônica (Antonio Stegues Batista)
Eu tenho por costume, escrever meus textos à mão, para depois passar para o computador. Nesse processo vou fazendo uma revisão, modificando alguma coisa e acrescentando outras. Eu escrevo contos, … Continuar lendo
Clube da Insônia – Resenha (Fabio Baptista)
Confesso que estava receoso sobre o que encontraria no livro do Tico Santa Cruz. Seria uma coletânea de contos, poesias, crônicas? Mais do que o gênero dos textos, me preocupava … Continuar lendo
O Herói de Hyrule (Fabio Baptista)
I Sorrateiras são as nuvens de tempestade que se aproximam vagarosas, de um lado e de outro, espaçadas, pequenas, sem ares de ameaça e, antes que se dê conta, agrupam-se … Continuar lendo
O silêncio de cada um – Crônica (Patrícia Dantas)
Tenho escutado e lido seguidamente que a verdade de cada um encontra-se num lugar chamado silêncio. Mera coincidência não pode ser. Porque nestes dias também eu me descubro aos poucos … Continuar lendo
Cicatriz das três – Poesia (Michel Menezes)
é tudo muito estranho mas paradoxalmente estou intimamente acostumado com essa solidão perversa gostosa das três da manhã peguei uma nova cerveja acendi um novo cigarro e um novo incenso … Continuar lendo
Um pouco sobre a fé – Crônica (Catarina Cunha)
Sou uma mulher de família, sensível e agnóstica por definição. Falo assim, aos poucos, para não assustar o leitor na primeira linha. Na verdade sou uma mulher sem religião, coisa … Continuar lendo
Prostituição – Artigo (Gustavo Araujo)
Não trago boas notícias. Pelo menos não assim, à primeira vista. Refiro-me a você, que escreveu um livro recentemente, mas que não possui amigos influentes ou uma boa soma em … Continuar lendo
O Preço (Elicio Nascimento)
Amélia corrige o teor das suas panelas. Abre e fecha-as entre uma mexida e outra nos temperos buliçosos escorre o suor da testa e prova o grosso cozido de carnes, … Continuar lendo
Cumplicidade (Lucas Rezende)
Sentada no ônibus com o olhar perdido na paisagem movimentando-se no lado de fora, repousava o rosto sobre o punho cerrado e mexia os pés discretamente, com os fones no … Continuar lendo
U açaçinato du portugeis (Rubem Cabral)
Meo testemunhu: Manuel Joakin, meo maridu, nunca phoi gramde coiza. Gosstava de bancá o maxão pruquê ganhava maix, prequê eu era çó profeçora munissipau. Todu dia keria comida pronta y … Continuar lendo
Catatonia (Anorkinda Neide)
Perambulando por estas trilhas, noites e noites sem fim, sem destino, sem saber porquê… A floresta densa, negra, fechada em seus mistérios, não abre-se para mim. Eu sigo andando e … Continuar lendo
O Homem do Castelo Alto – Resenha (Davenir Viganon)
O Homem do Castelo Alto, publicado em 1962, colocou Philip K. Dick como um dos grandes do gênero. A obra é uma Ucronia, ou seja, os famosos “e se” da … Continuar lendo
O Inferno de Treblinka – Resenha (Gustavo Araujo)
“É extremamente doloroso ler isto. O leitor deve acreditar em mim quando digo que é igualmente difícil escrever isto. ‘Por que escrever, então?’, alguém pode perguntar. ‘Por que recordar coisas … Continuar lendo
A pessoa e o personagem – Artigo (Eduardo Selga)
Temos a tendência de confundir o símbolo com o simbolizado. Essa confusão, mesmo não sendo total, costuma ser bastante para reduzir o significado da coisa simbolizada. Assim, por exemplo, quando … Continuar lendo
Regulamento Desafio “Cotidiano”
I – Das Disposições Gerais 1) A participação no Desafio “Cotidiano” é totalmente gratuita. O certame é voltado para ESCRITORES que orgulhosamente sejam também LEITORES. 2) O desafio se dará em DUAS … Continuar lendo
Androides sonham com ovelhas elétricas? – Resenha (Davenir Viganon)
“Androides sonham com ovelhas elétricas?” é uma das obras mais conhecidas de Philip K. Dick pela sua adaptação ao cinema (Blade Runner). A versão que li é uma antiga que … Continuar lendo
Cocção (Jowilton Amaral)
Enquanto cozinhava um ovo, olhando pra dentro da panela e vendo o borbulhar da água em ebulição, comecei a pensar na diferença entre as substâncias cruas e as cozidas. São … Continuar lendo
Sobre Crianças e Aves – Poesia (Maria Santino)
I Ele podia voar pelas colinas; E banhar-se em águas cristalinas. Era livre e desfrutava da beleza; Vivia feliz, em meio à natureza. Mas o homem desejou mantê-lo cativo; Sem … Continuar lendo
Fórmulas – Poesia (Francisco Ferreira)
Nunca soube do amor em medidas e precisão de confeiteiros iniciantes. Dele o que sei e sinto são arroubos de temperos e especiarias. Sem incerteza alguma de errar na receita.
O Pântano das Borboletas – Resenha (André Luiz)
“Quando chegamos ao pântano das borboletas, descobrimos o que eu havia previsto: ele estava completamente inundado por causa das chuvas recentes. Poucas vezes o tínhamos visto naquele estado. Apenas umas … Continuar lendo
Bi-Han e Kuai Liang (Alan Cosme Machado)
– Ele é puro? – Perguntou o cego. – Não. O encontrei nos braços de sua mãe humana morta. Ela morreu congelada, não aguentou a temperatura do próprio filho. – … Continuar lendo
À Espera do Mestre (Rubem Cabral)
O que relatarei foi testemunhado por mim, por puro acaso. Não intenciono trazer lições ou ensinar moral, pois não acredito em tais coisas. Talvez o que contarei poderá servir de … Continuar lendo
Pés Descalços (Fellipe Mariano)
uando eu era menino costumava pensar em me tornar um peregrino, viajar por todo o mundo conhecido, desbravar novos horizontes, conhecer pessoas importantes, acumular tesouros… Mas a vida nem sempre … Continuar lendo
Solaris – Resenha (Gustavo Araujo)
Um dos fatores que mais me motivam a participar dos desafios do Entre Contos é escrever sobre ramos da literatura que normalmente não me atrairiam como autor. Assuntos novos, áridos, … Continuar lendo
Não Mais! – Poesia (Anorkinda Neide)
Não mais! Tinhas o poder de manchar a tela dos meus prazeres Tinhas o prazer de profanar a via das minhas purezas Querias ser o castigo de elite a veia … Continuar lendo
A Terceira Regra da Magia (Alan Cosme Machado)
Os seus pés ágeis se ajustavam facilmente às cordas dos varais altos, às lonas das tendas dos mercadores, aos cantos das janelas e às telhas das casas. Para ele esses … Continuar lendo
Micro, Mini, Nano – Artigo (Eduardo Selga)
Não vivemos, apenas. Essa simplificação é o grande sonho oculto dos simplórios, os que não conseguem entender que vivemos inseridos em um contexto sócio-histórico e que a vida gira em … Continuar lendo
Filosofia das Lavadeiras – Poesia (Rogério Germani)
Há um certo encanto na filosofia das lavadeiras que se fiam no poder sanativo das águas uma entrega de almas e sonhos deslizando nas bolhas que voam ao ruflar dos … Continuar lendo
Escuridão (André Luiz)
Duas gotas de chuva bastam para que o temor se instale em minha cabeça. Simplesmente pelo fato de que é tarde da noite e não consigo calcular onde está a … Continuar lendo
Dança da Morte (Carlos Henrique Gomes)
ATENÇÃO: LINGUAGEM DE CUNHO ERÓTICO para Paulo Moreno, que mesmo após da dança da morte continua vivo e pulsante em nossa lembrança para Silvio, cuja amizade perdurará para além da … Continuar lendo
Meu Filho é um Sapo (Silvano Filho)
Cheguei para a aula e o assunto era um só. “Acharam um bebê na beira do rio” “Na beira do rio?” “É, onde deságua o esgoto, dizem que ele é … Continuar lendo
A Arte de Escrever… E ler – Artigo (Antonio Stegues Batista)
Me considero um escritor amador. Acho que não sou um bom escritor, mas sei que sou um bom leitor, por que sei distinguir um texto bom de um texto ruim. … Continuar lendo
Terceiro Buraco (Dheikson)
Dor. Essa pequena palavra, aparentemente inofensiva é capaz de transformar as pessoas. Fazê-las prometer coisas que jamais cumprirão. Pessoas agonizantes são capazes de oferecer tudo o que possuem por uma … Continuar lendo
O Príncipe (Agnaldo Pereira)
Andei pelas suas ruas na noite passada. Observei com viva curiosidade e entusiasmo suas vidas fervilhantes no seu formigueiro de peles multicoloridas. Traguei seus cheiros, os aromas de seus intensos … Continuar lendo
Smartphone (Sandro Vita)
– Amor, cheguei. Jarbas trancou a porta e cumpriu seu ritual ao largar os sapatos pelo meio do corredor. Sobre o braço do sofá largou seu paletó com tudo o … Continuar lendo
A Coca de Monção (Mario D’Escócia)
635 d.c O rugido, gutural e cavernoso, emerge do fundo lodoso da tenebrosa gruta ecoando nas falésias à beira rio. Pascásio de Dume retira a lança de caçar javalis … Continuar lendo
Orquídea, Sorvete & Chocolate (Ricardo Labuto Gondim)
Para a Srta. T. O restaurante era uma ilha no topo de um prédio no Centro do Rio cercado de varandas e vidros por todos os lados. Cento e oitenta … Continuar lendo
Ranking – Agosto/2015
Vamos conferir como ficou nosso ranking após o desafio Ficção Científica? Como diria a moça do Waze: “Tudo pronto? Vamos!”. Começando pelo Ranking Geral, onde alguns dos destaques do último desafio … Continuar lendo
Resultados do Desafio “Ficção Científica”
Caros participantes, amigos e curiosos de sempre. Um tema popular que trouxe novos autores. No total, 56 concorrentes inscritos e mais de 40 comentários por conto! Como novidade, a bonificação … Continuar lendo
A Música na Literatura – Artigo (Carlos Henrique Gomes)
A literatura não é tão rica de música quanto a música é de literatura. Escrever sobre música é um desafio e tanto, mas existem obras primas da literatura universal que … Continuar lendo
Ranking – Julho/2015
Fala aí, pessoal! Com o intuito de promover a competitividade sadia que é marca registrada dos desafios do EntreContos, elaboramos um ranking histórico com todas as escritoras e escritores que … Continuar lendo
Marina – Resenha (Fabio Baptista)
“A gente só se lembra do que nunca aconteceu…” Nos anos 90 não tinha IMDB, Metacritic, Pablo Villaça nem nenhuma outra dessas frescuradas que tem hoje. A qualidade dos filmes … Continuar lendo
Textos Apodrecem – Artigo (José Geraldo Gouvea)
Enquanto luto aqui para tentar terminar o romance «Amores Mortos» (terceira versão), recebo algumas opiniões interessantes de minhas leituras beta. A primeira delas, e a que tem me feito mais … Continuar lendo
Votação – Ficção Científica
Caros participantes e amigos, Agradecemos mais uma vez a presença de todos por aqui. Nada menos do que 56 (cinquenta e seis) contos inscritos, o segundo maior número até hoje … Continuar lendo
Sarjeta dos Robôs (Pedro Luna)
A porta do HOJO BAR se abriu e Bentley foi arremessado violentamente para fora. O dono do lugar, Hojo, um enorme robô modelo Nexus (com bigode), apareceu na porta e … Continuar lendo
Ensaio Quântico (Thales Soares)
Sofia desceu as escadas apresentando um nível alarmante de euforia. Seus pezinhos descalços correndo pelo chão gélido do sábado de manhã provocavam um alvoroço comparável a uma desordenada orquestra de … Continuar lendo
Hoje é 23 (Bia Machado)
“Sua participação é muito importante para nós. Por favor, avalie nosso sistema para que possamos melhorar cada vez mais sua experiência de entretenimento com nossa marca”, solicitou a voz metálica … Continuar lendo
A Sistemática da Alvorada Humana (Fil Félix)
Bem-vindo aos Arquivos de Zion. Você selecionou a pasta 17-9: Programas Governamentais Arquivo: Demanda Populacional #001 O 129º erro na Matrix, ocasionado por Laura Pauper e atualmente corrigido. * A … Continuar lendo
Ainda há esperança (Marco Piscies)
Parte I: Uma mensagem Eden era a única nave inventada pelo homem com a capacidade de captar e utilizar a energia escura. Abundante no universo, essa energia alimentava seus motores, … Continuar lendo
Al Kahf (Felipe Moreira)
BAHARYIA, DESERTO OCIDENTAL. Como uma onda no mundo físico, Sherine Abdel Masr sentiu a escuridão inundar o planeta quando ela e sua lanterna desabaram, em sincronia olímpica, no fosso do … Continuar lendo