EntreContos

Detox Literário.

Devaneios (Neusa Fontolan)

mao

Serena eu acordei pela manhã. Sorrindo estiquei os braços, espreguiçando, desfrutando o prazer desse simples ato depois de uma boa noite de sono. Meu dia prometia paz e sossego, nada mais do que uma consulta com o meu oftalmologista.

Estava tranquila na sala de espera do oculista e fiquei possessa quando uma mulher, extremamente abusada, largou um bebe ao meu lado e pediu para dar uma olhadinha, saindo fora antes que eu respondesse. “Tem gente que não se toca mesmo, ela me conhece por acaso? E se eu desse sumiço naquela criança? Droga! Queria pegar um café, como aquele sujeito lá atrás, e não posso porque tenho que ficar de olho nesse pirralho. Calma… Respire fundo, conte até dez e da uma olhada no garoto. Até que ele é bonitinho.” – Matutei comigo já sentindo a impaciência se instalando.

Porém o pequerrucho foi esquecido, tanto por mim quanto pela mãe, ao ouvirmos o estampido de um tiro, todos nós despencamos porta afora, inclusive o doutor. “Quando digo que tem pessoas sem noção do perigo estou me incluindo, onde eu estava com a minha cabeça? Ouvi um disparo e em vez de me esconder corro em direção a ele!” Compreendi a minha burrice quando notei que um homem agarrou os filhos pelas mãos, pegou a bicicleta que eles brincavam e tratou de dar o fora sem nem olhar pra trás.  Mas eu não tenho o bom senso daquele homem. A curiosidade falou mais alta e procurei o foco da minha asneira.

Meu coração entristeceu. Vi um inocente menino sentado em um automóvel, ele nem deve ter percebido a morte chegando, estava rígido e com seus olhos fixos, apáticos. Um tiro vindo não se sabe de onde rompeu o vidro do carro fazendo pouco estrago ao mesmo, e com maestria entrou pelo olho direito do garoto e foi se alojar em seu cérebro. Indiferente a tudo ao seu redor, apenas aguardando a volta da mãe que estacionou o carro e desceu para pagar uma conta, ele teve sua precoce vida podada.

Angustiada retrocedi para o consultório e tomo um novo choque com a cena que deparei: um senhor tentava empurrar sua esposa, de improvável saúde, de volta a sala de espera, ela queria sair a todo custo para ver o que se passava do lado de fora. Como ele não estava conseguindo dar cabo do seu intento, se irritou e começou a praguejar, agarrou-a com truculência e a arrastou para dentro.

Pra mim bastou! É muita informação, dispensável, só por causa de um par de óculos. Balancei a cabeça com descrença e alcancei a rua, tomei o cuidado de ir em direção contrária ao pandemônio. Assim que dobro a esquina sou fisgada por um cartaz que diz:

“Conheça a biblioteca ESCOLA CERTEIRA”

Fica na Rua da Galera Alucinada.

E porque não? Depois dos últimos acontecimentos, nada mais perfeito do que um bom livro para relaxar.

Notei uma garotinha andando em um triciclo e pergunto.

— Oi, você sabe onde fica a biblioteca?

— É naquela rua lá na frente. – Ela apontou e questionou. – Você vai lá?

— Vou sim.

— Você que sabe, a pele é sua. – Acelerou seu triciclo e se mandou, me deixando invocada.

Eu devia ter considerado o aviso da menina quando me dei conta do nome da rua, ou ainda ponderado minha entrada naquele lugar ao deparar com o enorme portão que guardava a tal biblioteca, mas quem disse que eu tenho juízo?

Empurrei o dito cujo e entrei. Notei o estado de abandono que estava aquele espaço, não se via viva alma, e o mato crescia onde antes seria um jardim, se um dia ali funcionou uma biblioteca, deve fazer muito tempo. Dei alguns passos e pulei de susto quando ouvi o estrondo que o portão fez ao se fechar, sozinho, atrás de mim.

Voltei e tentei abri-lo, meus esforços foram inúteis, estava trancado e não me perguntem como. Devia de ter algum tipo de tranca automática. Com mais esse episódio eu pirei… Levantando as mãos para o céu gritei.

— O que eu fiz pra merecer um dia como esse! Droga! Quando nós nos encontrarmos, eu vou querer saber tudo direitinho. E aí de você se não me der uma explicação justa!

O jeito era me acalmar e tentar procurar por alguém, naquele lugar abandonado, que pudesse abrir a porra do portão.  Entrei na construção que supunha ser a tal biblioteca e, entendi que era uma casa antiga, já caindo aos pedaços. Gritei chamando e não obtive resposta. Olhei a minha volta, era uma sala, e reparei que em meio a poltronas, quadros e tapeçarias antigas, algo não se encaixava: uma mesa branca com três cadeiras plásticas, e em cima dela tinha restos de lanche e garrafas de cerveja. Então, pelo menos uma pessoa existia naquele lugar, e não era fantasma, pelo que eu sei, eles não comem, não é?  Sempre gritando “olá, tem alguém aqui” me pus a vasculhar o lugar. Abrindo as duas folhas de uma grande porta de madeira entalhada eu achei!

Não o indivíduo, mas a tal biblioteca.

Fiquei desolada ao ver o estado do lugar. Os recintos que vi da casa era tudo velharia, porém nenhum estava naquele estado lastimável. Livros foram tirados das prateleiras e atirados pra todo lado, o chão estava forrado deles e muitos rasgados. Com cuidado andei, pegando uma ou outra obra e colocando na mesa que tinha ali. Volta e meia folheava um deles me distraindo, e até esqueci-me de onde estava.

— Então você voltou para continuar com a arruaça, não é? – Ouvi o rugido de uma voz.

Levei um tremendo susto, mas ele foi maior quando mirei o dono da voz. O cara estava vestido como um soldado da SS, e trazia preso por uma corrente um javali! “Cacetada! Um Javali! Quem é que anda com um javali a tiracolo? E com essas roupas, só pode ser um doido varrido!”

— Quem é você? – Pergunto apavorada dando alguns passos para trás. Com meu sexto sentido dizendo, que se ficar longe será bem melhor.

— Guto Arauto. O proprietário da Escola Certeira. Esse lugar aqui que você vandalizou. – Com as sobrancelhas quase se encontrando ele me mirava. Os olhos raivosos, e devagar vinha na minha direção, eu me afastava ainda mais.

— Não fui eu quem fez isso. – Tratei de ser rápida em esclarecer, sem desviar o olhar do sujeito e do seu bichinho de estimação.

— É óbvio que foi você, não vejo mais ninguém aqui. – Ele falou gesticulando com os braços apontando todo o redor.

— Eu só estava procurando alguém para abrir o portão. Quero ir embora. – Falei desanimada, sentindo nos ombros toda fadiga daquele dia.

— Você só vai embora quando amortizar pela avaria. – O maluco mudou a expressão e me deu um sorriso sarcástico.

— Amortizar! Eu não vou pagar por algo que não fiz. – Agora eu começava a me irritar.

— Vai pagar sim, caso se negue a fazê-lo eu atiço o Falco Batuta pra cima de você. – O esquisito me olhava de soslaio e mantinha aquele sorriso debochado.

— Quem é esse, o javali? – Indaguei já tremendo, só em imaginar aquele bicho sendo atiçado pra cima de mim.

— Não, sua mentecapta! O javil é muito fofo, é mais doce do que um chub, e nem se eu implorasse, ele te atacaria. Falco Batuta é meu colaborador, e ele tem o dom de expor os vocábulos certos para quem merece ouvir. Não consigo nem imaginar o tanto de turpilóquios que ele vai dizer para uma destruidora de livros. – Agora ele mudou o olhar para sonhador, droga! O tal cara é pior do que o javali? To ferrada! Mas espere um pouco aí, talvez eu ensine alguns impropérios a esse citado desbocado.

— Não fui eu quem fez esse estrago aqui, quando entrei já estava assim, e depois eu não tenho dinheiro. – Ralhei já emburrando a cara, e com uma vontade danada de mandar alguns palavrões, começando desde já minha doutrina ao amigo daquele biruta. Mas me contive.

— Não quero pagamento em dinheiro. Vai ter que me pagar escrevendo um conto, eu sou fanático por contos. – Ele proferiu isso como se fosse à coisa mais fácil do mundo, e que ele era insano estava na cara, ou no todo.

— Eu não sei escrever. – Comuniquei.

— Vou buscar papel e caneta e você pode começar. – Ele falou sem dar muita atenção ao que eu acabei de dizer e já se dirigindo a saída.

“Mais essa!” – Pensei comigo. – “Dizem que não devemos contrariar um louco, ainda mais se ele for doido por livros. Não deve ser o fim do mundo em tentar escrever um conto. Posso rabiscar qualquer coisa, inventar uma história maluca, quem sabe ele fica satisfeito e me deixa ir embora.”

O excêntrico voltou trazendo papel caneta e uma gravura que pendurou na parede.

— Quero que você escreva um conto tendo como inspiração essa foto. – Pronunciou com o maior conforto enquanto eu abria minha boca, pois meu queixo caiu.

Ele sem mais nada a expor sorriu e se foi puxando seu javali.

Eu ainda pasma, não tirava os olhos da figura. “Como é que alguém pode escrever um conto se baseando neste desenho.” Era apenas uma mão aberta, mais nada!

Fiquei assim por um tempo sem conseguir pensar em coisa alguma. Olhei pra minha própria mão e tive mil ideias do que fazer com ela naquele momento, porém não acho que o esdrúxulo fosse gostar de qualquer uma delas.

Despertando do meu devaneio percebi que o silêncio reinava. Não se ouvia um barulhinho sequer, e sorrateira fui espiar. Olhei para todos os lados e nem sinal do cara e do javali.

Andando devagar e prestando toda atenção para não ser pega em fragrante, voltei para a sala de entrada, peguei as três cadeiras plásticas e com cuidado encaixei uma em cima da outra. E pé ante pé, sai da casa carregando meu fardo e fui até o portão, coloquei as cadeiras, ajeitadas, encostadas nele e subi escalando aquele maldito empecilho e ganhando a liberdade.

E pernas pra que te quero!

Pra longe, bem longe daquele lugar.

 

 

Qualquer semelhança com você, amigo, companheiro, colega, chefe ou com os nomes é pura coincidência.

“Juro”

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38 comentários em “Devaneios (Neusa Fontolan)

  1. Fabio D'Oliveira
    5 de janeiro de 2016

    ௫ Devaneios (Insensata)

    ஒ Físico: A Insensata não é nada insensata quando se trata de escrever um conto. Sabe construir frases de forma magistral, conduzir a estória como o pastor experiente guia seu rebanho e capturar a atenção do leitor. Não deixou nada a desejar nesse quesito. Não sou o mais indicado para falar sobre gramática, mas não identifiquei nenhuma falha gritante no decorrer da leitura. Ela merece os parabéns pelo belo trabalho.

    ண Intelecto: O enredo não é concreto. É uma aglutinação de ideias, sem harmonia, e não brilha por causa disso. Parece que a autora fez sem pretensões, sendo o único intuito divertir os leitores assíduos da EC; pois encontramos diversas referências dos contos e autores daqui. Aparentemente, todos os personagens possuem uma personalidade forte. Mas é tudo ilusão, pois a autora forçou muito para chegar a esse resultado. Ela foi um pouco insensata nesse caso… Enfim, Insensata tem potencial para fazer muito mais.

    ஜ Alma: O poder descritivo da autora é mediano, mas é possível visualizar o ambiente sem forçar. A imagem principal do desafio está ali, presente, mas apenas como um cenário. Não brilha. Não tem verdadeiro destaque. E é justamente a imagem que não foi escolhida que brilha — o homem com o javali. Faltou foco. Mas não foge completamente do tema. A Insensata mostrou poder de escrita, mas falta de sensatez quando se trata da estória e construção real de personagens.

    ஆ Egocentrismo: Não sou fá de referências. Gosto do original. A autora mostrou muito poder de escrita, mas na hora de desenvolver a estória, misturou um monte de elementos e pronto. Experimenta fazer isso numa receita culinária… Não fica muito bom! A harmonia é importante em qualquer coisa.

  2. rsollberg
    4 de janeiro de 2016

    Devaneios (insensata)

    Esse conto tem uma confusão muito interessante. Por óbvio, o autor se valeu de algumas referências lá do grupo do EC no face. Certo que algumas funcionaram melhor que outras.

    Na parte gramatical o que me chamou atenção foi o paralelismo verbal de alguns trechos. Exemplo nos diálogos – Mudou – Começava. E também achei um “fragrante” ao invés de “flagrante”.

    O grande mérito do conto, a meu ver, foi brincar de verdade com a turma. Ele fluiu de maneira leve e deu uma debochada da galera. Tenho certeza que o autor se divertiu muito escrevendo.

    Parabéns.

  3. Evie Dutra
    2 de janeiro de 2016

    Confesso que boiei. O conto todo me pareceu confuso, com trechos desnecessários e extremamente irrelevantes. Sua escrita é boa, mas não consegui me prender à trama. Na verdade, nada fez sentido para mim. Boa sorte.

  4. Piscies
    2 de janeiro de 2016

    Coletânea de acontecimentos aleatórios e cômicos! =D

    E dá-lhe javali!

    O tom cômico e besteirol fez o seu papel, é claro. Soltei algumas risadas e sorrisos. Mas como um conto de comédia, o texto peca demais. Não sei bem se era essa a intenção do autor (“só um texto pra descontrair um pouco”). Se era, parabéns.

    O texto precisa de uma boa revisada. A leitura está confusa, com misturas de tempos de narrativa, falas e pensamentos da personagem misturados à narrativa… etc.

    Enfim… um conto divertido mas longe de estar pronto para ser entregue ao público.

  5. Leandro B.
    2 de janeiro de 2016

    Oi, insensata.
    Certamente um dos títulos mais condizentes com a história rs

    Olha, não consegui apreciar muito o conto. A escrita em si achei bacana, mas o recorte de situações sem ligação alguma me afastou um pouco da coisa. Não acompanhei os bastidores da votação do desafio e, talvez por isso, não tenha entrado tanto na brincadeira.

  6. Phillip Klem
    2 de janeiro de 2016

    Boa tarde.
    Achei o seu conto bem nonsense. Não fez sentido algum e, por não ser muito assíduo nas redes sociais, só percebi a referencia do pessoal daqui ao ler os comentários.
    Sua escrita, sem dúvida, é muito boa. Dá pra saber de cara que você escreve melhor que isso e que a sua intenção mesmo com esse conto foi brincar.
    Enfim, boa sorte.

  7. Bia Machado
    1 de janeiro de 2016

    Sim, devaneios bem insensatos. O único propósito do conto é brincar, a meu ver. Gosto de coisas surreais, nonsenses, mas em minha opinião, ao tentar colocar tudo dentro da história, todas as imagens, acabou fugindo do tema, também não vi a necessidade disso. Achei algumas partes engraçadas, mas no geral não gostei, aquela cena do oftalmo, então, aquela loucura toda… Acho que mesmo nonsense, tem que rolar uma suspensão da descrença, o que comigo não aconteceu. Boa sorte!

  8. Wilson Barros Júnior
    31 de dezembro de 2015

    Parece um meta-desafio, um conto do desafio escrito sobre o desafio… O alter-ego do Gustavo ficou bem caracterizado, ainda bem que ele não achou ruim. Não é necessário, realmente, conhecer os detalhes da votação do tema e nem mesmo os personagens na “vida real” para apreciar o conto, que ficou totalmente “realismo fantástico”. Muito bom mesmo. O último desafio do ano foi realmente uma homenagem ao Fábio.

  9. Pedro Luna
    28 de dezembro de 2015

    Olá, infelizmente não me pegou. Saquei as totais referências ao mundo EC e a esse desafio, mas elas não me soaram como surpresas ou easter eggs marotos. Não tenho problema nenhum com a trama maluca, pois gosto do estilo, mas não me empolgou. O autor escreve bem demais e certamente tem o tom cômico, ainda que não tenha me agradado. Agora, quem escreveu foi corajoso, pois vários irão boiar. Gosto disso. É bom sair do lugar comum. Um texto diferente.

  10. G. S. Willy
    28 de dezembro de 2015

    Achei o conto com um linguajar mais antigo, talvez dos anos 70, com frases e adjetivos que já não se usam mais. Senti também um certo incômodo com os nomes empregados. Escola certeira, rua da galera alucinada, que prefeitura que colocaria isso?

    O conto também ficou sem uma história, com coisas sem sentido acontecendo, criança abandonada, bala perdida, um homem brigando com uma senhora de idade, uma menina que conhece a biblioteca, os nomes dos personagens e a motivação deles, nada parece ter relação entre si, tanto que esperei no fim a personagem acordar de um sonho. Ou talvez seja mesmo um sonho e eu que não percebi.

    Com a última frase, me pareceu que o conto está cheio de referências e piadas internas. Se for o caso, me senti ainda mais fora de contexto, o que me faz gostar ainda menos do conto.

    Alguns pequenos erros de vírgulas e acentos se fazem presente ao longo do texto, mas o mais chamativo é o “Javil” no lugar de Javali.

    Uma dica para o(a) autor(a) é deixar os diálogos mais fluídos, sem tanta explicação do que cada personagem faz em cada fala. Deixe isso para a imaginação do leitor, ou se refira apenas uma vez para as expressões, e não o tempo todo.

  11. Neusa Maria Fontolan
    27 de dezembro de 2015

    Conto sem pretensão nenhuma a não ser fazer os colegas rirem. Quem sabe aprender alguma coisa.
    Ri muito, muito e muito.

  12. Thiago Lee
    25 de dezembro de 2015

    Achei o conto divertido, porém algumas coisas me chamaram a atenção.
    Algumas vírgulas fora de lugar e lugares onde poderia ter vírgula, mas não tem, erros gramaticais e construções verbais um pouco confusas.
    Não fui muito fã do seu estilo de escrita, que é mais como um fluxo de pensamento do que uma ambientação gradual em si.
    Soltei uma risada na hora que apareceu o Gustavo, aquilo me pegou de surpresa.
    Boa sorte!

  13. Rogério Germani
    19 de dezembro de 2015

    Olá, Insensata!

    O que dizer de um conto insólito??? rsrsrs

    Vamos tentar…
    A colcha de retalhos feita com as imagens retiradas da enquete para escolher o tema de final de ano da Entrecontos ficou irônica. Detalhes jogados alhures serviram para manter o tom lacônico. Como piada interna, cai bem; como enredo…
    Depois de ler seu conto, fiquei pensando: Será que quando eu for ao oftalmo – provavelmente porque minha visão já está apresentando alguma deficiência- após presenciar um assassinato, uma briga de casal de idosos, abandono de bebe e por aí afora, a primeira coisa que eu faria seria ir numa biblioteca para ler um bom livro e relaxar? srrssrs

    Boa sorte!

  14. Brian Oliveira Lancaster
    18 de dezembro de 2015

    MULA (Motivação, Unidade, Leitura, Adequação)

    M: A atmosfera surreal cativa, de primeira.
    U: Nada me incomodou. A escrita é simples, mas essencial para a ideia apresentada.
    L: Conseguiu capturar a essência das imagens mais icônicas dessa enquete, fez uma salada e serviu um prato bem saboroso, irônico e sarcástico ao mesmo tempo. A história ficou um tantinho confusa, o início me deixou pensando no que havia acontecido (bala perdida?). Mas o cotidiano é bem exposto sob os olhos da protagonista, o que foi o ponto alto.
    A: O uso da metalinguagem caiu bem, escrever dentro da própria história. A biblioteca tem certa importância, mas achei muito vaga a motivação do “captor”, apesar de sua doença ser bem criativa.

  15. Rubem Cabral
    18 de dezembro de 2015

    Olá, Insensata.

    Achei o conto simpático, com algumas passagens divertidas, mas não me conectei muito à história. O enredo é um tanto estranho e tudo apenas pareceu pretexto para encaixar as imagens que foram disponibilizadas na enquete e algumas pessoas conhecidas da EC, como o Gustavo e o Fábio.

    A escrita tem alguns escorregões, em especial quanto a algumas vírgulas “comidas” e variação do tempo verbal.

    Somando prós e contras, o resultado ficou “médio”.

    Abraços.

  16. Fabio Baptista
    17 de dezembro de 2015

    MUITO BOM!!!! kkkkkkkkkkk

    No começo estava achando meio sem graça, mas quando aparece o Gustavo com o Javali eu rachei o bico até o final. kkkkk

    Achei que poderia ter ousado mais: colocado mais participantes e/ou seus personagens famosos, ter se arriscado num “duelo de palavrões” ou algo do tipo.

    Mas valeu, ficou bem legal! 😀

    – largou um bebe
    >>> bebê

    – conte até dez e da uma olhada
    >>> dá

    – falou mais alta
    >>> alto

    – estrago ao mesmo
    >>> esse negócio de “o mesmo” não fica legal nem aviso de elevador 😀

    – trazia preso por uma corrente um javali
    >>> Uh! Javali! Uh! Javali! Uh! Javali!

    – Guto Arauto. O proprietário da Escola Certeira
    >>> Deus me perdoe, mas eu ri.

    – eu atiço o Falco Batuta pra cima de você
    >>> Deus me perdoe, mas eu ri de novo

    – apenas uma mão aberta
    >>> Ah, foda-se a cacofonia! Tá engraçado kkkkk

    O conto me fez rir, e rir é bom pra caralho! Nem só de lágrimas, palavras difíceis e tramas complexas pode viver a literatura.

    Abraço!

  17. Gustavo Castro Araujo
    16 de dezembro de 2015

    É um conto divertido, engraçado, non-sense para quem não acompanhou os bastidores das votações de tema. Dá para entendê-lo como uma espécie de homenagem ao pessoal que frequenta o EC (se bem que não estou certo de que gostei do meu alter-ego) Enfim, um texto leve, despretensioso e simples, no melhor sentido da palavra.

  18. Anorkinda Neide
    16 de dezembro de 2015

    Oi, voltei pra ler com mais cuidado e sem gargalhar! Mas não pude me conter ao visualizar-te pé ante pé com as cadeiras andando até o portão para pulá-lo! kkk
    Sabe, foi uma leitura gostosa de refazer…
    Então o chefinho ganhou cores de doido, alucinado por contos, proprietário do javali e tinha seu fiel colaborador um certo FB verborrágico?! EC como Escola Certeira na rua da Galera Alucinada, achei mesmo, muito divertido. 🙂
    .
    Encontrei acho que três errinhos, tipo uma crase faltando, bebê sem acento e a expressão ‘curiosidade falou mais alta’, eu acho que o correto é ‘alto’, sei lá, pq sempre ouvi assim, no masculino, não sei se eu estou certa.
    .
    Mas o texto é bom, não achei tão sem sentido assim, a personagem sair do consultório e encontrar uma biblioteca abandonada, achei que foi um enredo leve e despretencioso, fora que encaixar todas aquelas imagens não é tarefa fácil.
    Aponto apenas que esta frase da meninina ficou algo deslocada, não consigo ver uma menininha dizendo isto: ‘— Você que sabe, a pele é sua. ‘
    .
    Mas é isso, eu adorei este conto e não estou fazendo média, pq minha consciência não permite! hehehe
    Abração! ❤

    • Brian Oliveira Lancaster
      18 de dezembro de 2015

      Ah… Escola Certeira… Sabe que não havia percebido isso?

  19. Simoni Dário
    16 de dezembro de 2015

    O conto é limpo, tem uma narrativa que até flui, mas acaba frustrando pela falta de conexão entre os personagens. Li mais de uma vez para tentar captar o que queria passar, mas me perdi nos “devaneios”. Pareceu pra mim que o autor tem uma lógica própria e que é entendida, talvez somente por ele, sendo assim, não consegue transmitir a mensagem. A brincadeira com o pessoal daqui até que foi legal, mas não consegui me conectar ao enredo, o que não desmerece o talento do autor.
    Acredito que “fragrante” tenha sido erro de digitação.
    Bom desafio!

    • Neusa Maria Fontolan
      11 de janeiro de 2016

      Olá minha linda. Vim aqui não falar sobre este conto, mas pedir desculpas por não ter visto antes o comentário que fez em “Quatro” na área off. Não tinha visto mesmo, fiquei feliz e incentivada a voltar para o meu livro e tentar melhorar.

      Obs: “fragrante” foi erro mesmo, você me apontou e eu fui procurar e aprender. Obrigada por me ensinar.

  20. Fil Felix
    15 de dezembro de 2015

    Boa tarde! Gostaria de comentar sobre dois pontos do conto que gostei e achei válido. O primeiro é da metalinguagem, que sempre é bom. Você criou as referências às outras imagens, além do trocadilho com o Chefe e com outras figuras da “mitologia do EC”, achei que deu um tom mais carismático. A segunda é a pegada fantástica, de encontrar o lugar abandonado e adentrar num novo universo. Mas é preciso tomar um pouco de cuidado, pois nós que estamos lendo já vimos as imagens e conseguimos relacionar. Mas e no futuro? Será que o conto funciona sozinho?

    Eu dei uma viajada com a presença do javali e do soldado, eles poderiam representar personagens dos livros abandonados. Personagens que foram esquecidos, rasgados e postos de lado que ganham vida e exigem atenção. Acho que ficaria interessante se fosse um pouco por essa linha, pois ficou muito certinho os eventos.

    Quanto aos pontos que acho que podiam ser melhores também são dois: a narrativa tá um pouco travada. Não sei se existe um nome pra isso, mas “Serena acordei”, “Angustiada retrocedi” etc ficaram bem estranhos! O segundo ponto é sobre a primeira parte, no consultório. Também achei um pouco desconexa com a segunda, na biblioteca. Poderia ser facilmente cortada e não prejudicaria a segunda parte. Há não ser que tenha alguma ligação, uma espécie de “Silent Hill” (o tiro desencadeou essa série de eventos, por exemplo, mas aí não ficou muito claro). Espero que retorne para tirar essas duvidazinhas e boa sorte 😉

  21. Lucas Rezende de Paula
    15 de dezembro de 2015

    Achei o conto “ok”. Apesar de não gostar muito de contos que reproduzem a dinâmica do desafio, a história está não é ruim. A trama é simples e despretensiosa.
    Não vi problema quanto aos diversos acontecimentos no conto, mesmo que isso se mostra impossível de acontecer na realidade. O dia da protagonista não foi nem um pouco convencional.
    Fiquei um pouco incomodado com o cara vestido de soldado da SS com o javali, ali o conto desandou na saída da caixinha. Se o conto tivesse sido um pouco mais contido nessa parte, acho que ficaria mais agradável.
    A forma como o conflito se resolveu pareceu que o autor (ou autora) ficou sem tempo, ideia ou alguma outra coisa. Foi muito rápido e simples.
    Acho que se o personagem da biblioteca for melhor construído e o final melhor elaborado, tudo se ajeita.
    Boa sorte.

  22. JULIANA CALAFANGE
    14 de dezembro de 2015

    Achei o conto muito confuso. A ideia de juntar todas as imagens num só conto é boa, mas acho que não foi bem executada. No fim, parece um monte de imagens aleatórias, sem conexão entre si, ou no máximo uma conexão muito forçada. Também achei q a biblioteca está no texto, como podia não estar, podia ser qualquer lugar. O final é uma fuga, literalmente. Fugiu da biblioteca, fugiu de escrever o conto proposto pelo personagem “esdrúxulo” e fugiu de dar um final relevante pro texto. Fora isso, falta revisão, muitos erros de gramática, pontuação etc.

  23. Jowilton Amaral da Costa
    13 de dezembro de 2015

    O conto é interessante, um tanto surreal, e foi uma boa sacada juntar todas as imagens. Talvez daria para escrever um conto menos despretensioso como esse usando todas as fotos. Pareceu-me mais um exercício de escrita, um desafio pessoal, do que um texto feito para participar de um desafio de contos, Guto Arauto e Falco Batuta são referências a Gustavo Araújo e Fábio Batista, né? Foi uma leitura divertida. Boa sorte.

  24. Daniel Reis
    12 de dezembro de 2015

    Fazendo jus ao nome, um devaneio ao estilo Lewis Carroll. Não é meu estilo preferido de narrativa. Técnica vacilante, com algum abandono e rapidez na elaboração. Aconselho trabalhar o uso dos verbos dicendi, escolha das palavras e construção frasal em geral.

  25. Andre Luiz
    11 de dezembro de 2015

    O conto foi deveras interessante, principalmente pela presença da língua lusitana, que deu um charme ao texto, além daquela pincelada fantástica ao final do conto, quando há o encontro da garota com o dono da escola. Contudo, terei de concordar com alguns outros comentaristas e principalmente com o colega Eduardo Selga, visto que a coesão entre alguns trechos foi tão tênue que parecia que foram recortes de pensamento juntos em um só texto. Lembre-se de seguir as sugestões dadas pelos outros comentaristas e fazer muitos e muitos mais contos. Quero ver você aqui nos próximos desafios!

  26. Evandro Furtado
    11 de dezembro de 2015

    Olá, cara autora. Seguem minhas considerações:

    Fluidez – 8/10 – o texto é dinâmico, rápido. A maior parte das pontuações se encontra no lugar correto, porém, em alguns momentos, algumas vírgulas poderiam virar pontos, por isso não dou um dez;
    Estilo – 10/10 – uma narrativa em primeira pessoa narrada sob a perspectiva do passado. Você aliou muito bem uma escrita simples com um vocabulário amplo. Nos diálogos, a diferença entre os personagens ficou bacana. O cara do javali, por exemplo, demonstrou ser bastante eloquente;
    Verossimilhança – 8/10 – a história é até bastante plausível, porém faltou profundidade;
    Efeito Catártico – 4/10 – justamente por esse aspecto citado, o conto não trouxe tanto impacto como poderia. Apesar de ser divertido, não consegui sentir o algo a mais. Ainda assim é uma boa história.

  27. Leonardo Jardim
    10 de dezembro de 2015

    Caro autor, seguem minhas impressões de cada aspecto do conto antes de ler os demais comentários:

    📜 Trama (⭐▫▫▫▫): muito despretensiosa, mas achei divertida. Ficou bem claro que o objetivo do autor era somente encaixar todas as imagens concorrentes do desafio em un único texto. E isso tornou a trama um tanto inverossímil. Fora as boas referências para o grupo de autores do Entre Contos (aliás é um texto que não funciona com outros públicos), o texto não se sustenta.

    📝 Técnica (⭐⭐▫▫▫): alguns erros de português e outras mudanças de tempo verbal. Acho que, pela despretensão do texto, o autor vacilou um pouco na revisão.

    🎯 Tema (⭐▫): a biblioteca estava lá, mas não como parte essencial da trama. Era, com as outras passagens, apenas parte de um recorte.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): algumas brincadeiras foram criativas, mas muitas soluções foram fáceis demais (como o cara do javali simplesmente desaparecer).

    🎭 Emoção/Impacto (⭐⭐⭐▫▫): como faço parte do público alvo do texto, achei ele divertido. Mas faltou um pouquinho mais pra causar maior impacto.

    💬 Trecho de destaque: “O javil é muito fofo, é mais doce do que um chub” 😁

    🔎 Problemas que encontrei:
    ◾ Serena *vírgula* eu acordei pela manhã. Sorrindo *vírgula* estiquei os braços, espreguiçando
    ◾ largou um *bebe* (bebê)
    ◾ conte até dez e *da* (dá) uma olhada no garoto
    ◾ Porém *vírgula* o pequerrucho foi esquecido
    ◾ Angustiada *vírgula* retrocedi para o consultório e *tomo* (tomei) um novo choque
    ◾ Assim que *dobro* (dobrei) a esquina *sou* (fui) fisgada 
    ◾ Notei uma garotinha andando em um triciclo e *pergunto* (perguntei)
    ◾ Olhei *a* (à) minha volta
    ◾ *To* (Tô) ferrada

  28. André Lima dos Santos
    10 de dezembro de 2015

    Olá.

    Bem, fiquei perdido também, como já comentaram aqui, por não me lembrar das outras imagens da votação e por não entender as referências (É a terceira vez que participo dos desafios, não conheço o pessoal). Acho que essa estratégia não foi muito boa.

    Tenho que analisar o conto às escuras.

    Embora tenha algumas partes engraçadas, achei que você não conectou bem as cenas, além de eu não gostar do estilo de narrativa que você adotou. Achei uma ideia sem pé, nem cabeça que rendeu algumas risadas. E só.

    Acho que eu teria uma análise totalmente diferente se estivesse por dentro das referências.

  29. Davenir Viganon
    10 de dezembro de 2015

    Alguém ai concretizou o que eu disse apenas de brincadeira, lá no grupo do facebook. Fazer um conto com o punhado de imagens da enquete do desafio. Valeu pelo humor, e pela “quebra da parede” ao colocar na ficção algo diretamente ligado a nossa realidade de leitor, especificamente de um desafio literário, num certo sitio para o qual comento neste momento.

    Isso restringe o público leitor, então para dar servir de muleta, uma imagem feita de colagens das imagens não selecionadas para o desafio seria uma boa pedida para ajudar os eventuais perdidos nas referências.

    O que complica minha avaliação é que não consegui entender até que ponto as loucas transições na história são justificáveis pela loucura da proposta em si. Sinceramente não sei, talvez porque o texto não é profundo. Caramba, nem sei como vou quantificar isso numa nota depois…

  30. catarinacunha2015
    10 de dezembro de 2015

    O TÍTULO é a perfeita tradução do pseudônimo. O FLUXO é constante embora não traduza bem a intensidade dos acontecimentos. A TRAMA parece absurda para quem não teve acesso a todas as fotos envolvidas na enquete para este desafio. Gostei da ousadia, mas ficaram pontas soltas. A narrativa ficou fraca diante dos PERSONAGENS protagonistas ocultos: as fotos. FINAL amarrado no portão.

  31. Anorkinda Neide
    10 de dezembro de 2015

    Hahahahaha que coisa amada! E a velhinha pulou o portão!! Muito bom!
    Achei divertidíssimo, tô sozinha aqui na madrugada e tive q segurar a boca pra não gargalhar alto e acordar a casa inteira!
    Obrigada por esta diversão, até meu chub, meu chub, viram bem? deu o ar de sua adorável graça.
    Acho que volto depois pra uma análise coerente, por enquanto eu vim registrar minhas risadas!
    Abração!!!

  32. Daniel I. Dutra
    10 de dezembro de 2015

    Como eu não vi as outras imagens (tinha votado no tema “distopia”) e não participei da votação das imagens (eu resolvi participar de última hora porque um amigo me mandou a imagem vencedora e a minha ideia de história distópica por acaso “casava” com a imagem escolhida) confesso que fiquei “boiando” na história sem entender muita coisa.

    Só consegui compreender melhor a história lendo os comentários dos demais, que explicaram as referências extratextuais.

    Achei a ideia boa (depois que entendi que era para ser uma colagem das outras imagens), mas acho que foi mal executada,mas este seria um problema intrínseco a própria ideia, pois para quem não viu as outras imagens (meu caso) o conto em algumas partes fica à beira do incompreensível.

  33. Claudia Roberta Angst
    9 de dezembro de 2015

    Olá, autor (a). Olha, a imagem escolhida fez com quem eu já tenha um palpite quanto a autoria.
    Costurar as imagens não escolhidas para o desafio para formar a narrativa foi uma boa ideia, só não sei se foi muito bem desenvolvida. Usei a mesma técnica no desafio Tarô e me dei muito, mas muito mal. No entanto, entendo que você quis criar um conto mesclando todas imagens e informações para despertar a simpatia do leitor. Funcionou? Bom, apenas para aqueles que estavam a par dos detalhes antecedentes ao desafio – até do chub, tão amadinho.
    Os deslizes gramaticais já foram apontados, então não repetirei a bronca…rs. Atenção, revisão e paciência sempre.
    Enfim, gostei do conto como diversão ligeira, mas não é um precioso.
    Boa sorte!

  34. Eduardo Selga
    9 de dezembro de 2015

    A narrativa é muito ruim em diversos aspectos, dos quais comento aqui dois: a unidade e a construção sintático-semântica.

    O texto é uma colagem de cenas sem a devida conexão entre si. Isso, em se tratando de um texto que não se pretende esteticamente filiado o insólito, que se pretende mais próximo ao realismo, é um defeito grave. Uma colagem que tentou encaixar imagens da escolha do tema, como o famoso javali e a mulher tentando pular o portão se apoiando em cadeiras. Ao fazer isso, o(a) autor(a) costurou um punhado de cenas à guisa de enredo sem a devida unidade.

    Qual a relação orgânica entre a cena do escritório oftalmológico, os tiros e a biblioteca? Nenhuma. Não formam um todo coeso. Nem precisariam se fosse, por exemplo, conto fantástico ou surrealista, mas definitivamente não é o caso.

    Dentro dessa inconsistência, outra. Pelo que entendi, após os tiros um personagem secundário é alvejado em um veículo ou próximo a ele. Até aí, tudo bem. O problema é que ele não poderia estar “rígido e com seus olhos apáticos”, porque a rigidez cadavérica demora algum tempo para ocorrer. Provavelmente a intenção foi dizer que ele estava imóvel.

    O que faz lembrar outro problema do texto: a inadequação vocabular e quanto à construção sintática. Por exemplo:

    “Angustiada retrocedi para o consultório e tomo um novo choque com […]”: além da falta de vírgula após a primeira palavra, o verbo retroceder está com o complemento inadequado. Não se retrocede para e sim ao;

    “Choque com a cena que deparei” . Na frase, o verbo deparar não é transitivo direto, então não pode ser “cena que deparei”. Deveria ser “cena com que me deparei”, ou “com a qual me deparei”.

    “Balancei a cabeça com descrença e alcancei a rua, tomei o cuidado de ir em direção contrária ao pandemônio. Assim que dobro a esquina sou fisgada por um cartaz que diz”. Os verbos “balancei”, “alcancei”, “tomei” estão no pretérito perfeito. Na sequência da mesma ação, no entanto, o tempo passa para o presente sem qualquer explicação. É o caso dos verbos “dobro”, “sou” e “diz”.

    A frase “Empurrei o dito cujo e entrei” está equivocada por dois motivos: a grafia é dito-cujo; o termo só pode ser usado para se referir a alguém desconhecido ou que não se quer identificar, não a objetos, como no caso do portão.

    “Você só vai embora quando amortizar pela avaria” é uma frase que não faz sentido. Amortizar é transitivo direto, logo não pode ser “amortizar pela”, e sim “amortizar a”. Mas amortizar significa extinguir aos poucos uma dívida, não pode ser usado para coisas. Ou seja, não se amortiza a avaria. O verbo deveria ser outro.

  35. Antonio Stegues Batista
    9 de dezembro de 2015

    Foi legal ajuntar as imagens anteriores proposta para este Desafio, mas ficou sendo apenas uma narrativa engraçada. A autora escreve bem, só que ela não acredita no potencial que tem. Para quem viu as outras imagens propostas entende bem a trama, que parece ser absurda. Ficou bom para uma estoria engraçada, mas este é um desafio de criatividade e técnica. De qualquer maneira foi válido, achei legal!

  36. Cleber Duarte de Lara
    9 de dezembro de 2015

    PARTE CRÍTICA:
    1) A personagem é bastante inconstante e as cenas não se relacionam de modo muito orgânico entre si. Pontos importantes da trama simplesmente desaparecem como em um sonho que troca de ação e objeto sem lembrança do momento anterior aparente, como por exemplo o bebê que é deixado no consultório oftálmico, ou a mulher impedida pelo marido. Se for um hospital ao invés de uma clínica oftalmológica apenas faz sentido uma mulher doente (que é definida como tal de um modo, através de uma espécie de negação de sua saúde:”improvável saúde”), porém não fica claro se esta saiu do consultório oftalmológico apesar de precisar de cuidados de outro tipo ou o quê. E a criança nada, nem em pensamentos rs.
    2) A impressão que tive ao ler foi a de que a criatividade te atrapalha. Se em um primeiro instante é bom que se solte a imaginação e “saia da casinha”, um segundo momento pede uma edição, revisão, desenvolvimento, contextualização coerente das partes umas em relação às outras. Há casos em um talento bruto exige uma lapidação, e neste ponto há espaço para um progresso muito grande. Talvez tenha lhe faltado apenas tempo ou mais espaço para a história, mas isso é remediável.
    PONTOS POSITIVOS:
    Você, muito provavelmente, é do tipo de escritor (a) que se diverte escrevendo, e deve escrever rápido. Conforme o conto vai desenvolvendo-se vai ficando mais engraçado, e eu sequer conheço as referencias que ficaram no ar como indiretas e cutucadas em relação a outros participantes daqui. Seu estilo lembra a literatura fantástica e mesmo a toada punk impressa em muitos animes e cartoons, que apropriam-se magistralmente do non sense para compor estórias incríveis.
    O mais importante é dar prosseguimento à pratica, fortalecer e tirar vantagem dos pontos fortes criativos e minimizar as dificuldades relativas à estrutura e técnica narrativa.

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Publicado às 9 de dezembro de 2015 por em Imagem e marcado .
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