EntreContos

Detox Literário.

Pão Cotidiano (Wilson Barros Júnior)

“Quando eu estou sob as luzes
Não tenho medo de nada
E a face oculta da lua – que é a minha!
Aparece iluminada.
Sou o que escondo – sendo uma mulher
Igual a tua namorada,
Mas o que vês quando me mostro – estrela
De grandeza inesperada.”

(Belchior – “De Primeira Grandeza”)

 

Entrei no quarto silenciosamente, para não acordar J.P. Assim que meus olhos acostumaram-se com a escuridão, consegui vê-lo deitado em sua cama, movendo-se fracamente. Sobre seu estômago, um galo pulava tranquilamente, como se aquele corpo fosse familiar. A ave, mais alta que a maioria, revirava o pescoço, agressiva, e bicava seguidamente meu amigo. Pude contar pelo menos oito esporões em cada pé daquele pássaro repulsivo.

Corri em direção à cama do meu companheiro de quarto, para afastar aquele bicho insolente, e esbarrei na escrivaninha, derrubando um vaso de verbenas que fora presente de Marcela, minha namorada. J.P. não estava, afinal, dormindo, e ao se dar conta da minha presença, deteve-me com um gesto. Estaquei e observei, perplexo, que o galo mastigava, vorazmente, pedaços do seu corpo, enquanto J.P. parecia murmurar alguma coisa para si.

O galo lançou-me um olhar de desprezo e em seguida voltou a alimentar-se de J.P., passando então a ignorar-me completamente. Meu amigo acenava com a mão, em um gesto súplice para que eu não me metesse. Não aguentando ver aquilo sem nada poder fazer, saí do quarto, fechando a porta cuidadosamente.

O corredor da CEMPAR, Casa do Estudante do Município de Parnasiana, deserto àquela hora e iluminado esparsamente pelo luar, nunca me pareceu tão sinistro. As escadas ficavam próximas ao quarto que eu dividida com J.P., e desci-as solenemente, profundamente magoado, além de apreensivo. A cada toque dos meus sapatos deformados na velha passadeira de veludo, eu sentia um estremecimento por todo o corpo, como se o galo estivesse massacrando a mim, e não ao meu pobre amigo.

Naquela noite, não retornei ao quarto. Em troca, dirigi-me ao Bar Raposa Rastejante, e passei a noite me embebedando em companhia de Laguna, o proprietário, até que nada mais importasse.

***

Antes das seis da manhã J.P. já havia deixado o quarto. Vesti-me, tomei um gole do café ralo, mas quente, que dona Parmólia vendia em frente à porta da Casa do Estudante. Como sempre, cheguei dez minutos atrasado ao laboratório de Química. Os outros alunos já realizavam as tolas experiências indicadas pelo sonolento Professor Hermênio. J.P. andava apressadamente, de um lado para o outro, carregando tubos de ensaio, como se nada houvesse ocorrido na véspera. Bom, ele tinha mandado eu não interferir e eu pretendia seguir seu conselho à risca. Preparei-me para um longo e monótono dia.

Às dez horas o Professor deixou a sala, como sempre, sem explicar para onde ia. J.P. regalou-nos com um sorriso infantil, e alcançando rapidamente alguns vidros na prateleira mais alta, despejou seus conteúdos em um tubo de ensaio. Os alunos sacudiam a cabeça, desaprovando aquela tola brincadeira, até que subitamente ergueu-se do tubo uma coluna de fogo colorido, perfeitamente retilínea e quase da altura do teto. Ouviu-se um “ooohhhh” de assombro, enquanto J.P. improvisava um gesto de prestidigitador, ao mesmo tempo em que encaixava habilmente o tubo em um suporte.  A coluna mantinha-se erguida e parecia brilhar cada vez mais, quando o Professor Hermênio voltou inesperadamente para a sala.

– Bem, bem, chega – a voz do Professor soou em um tom de inveja desdenhosa. – Quem acendeu essa chama faça o favor de extingui-la.

Ninguém se manifestou. Irritado, o professor pegou com brusquidão o tubo de ensaio e tentou apagá-lo, sacudindo-o, inutilmente. Então o senhor Hermênio tomou areia de um recipiente e despejou no tubo, ainda sem resultado. Exasperado por nossas risadas incontidas, o Professor lançou furiosamente o vidrinho ao chão, partindo-o em dezenas de fragmentos. O resultado foi que a coluna de fogo tornou-se mais brilhante, mais majestosa. Hermênio agora estava amedrontado, e resmungando que precisava ir ao banheiro, precipitou-se para a porta de saída do laboratório, tropeçando desastradamente no caminho, em meio aos nossos risos. Quando voltamos o olhar novamente para a chama, esta já havia desaparecido, e J.P. ostentava um cândido sorriso nos lábios bem desenhados.

***

À noite, a triste cena repetiu-se. Desta vez, julguei ouvir alguns gemidos, baixos mas lancinantes, enquanto o galo dilacerava os órgãos do meu amigo. Sentia-me ainda mais triste por não poder fazer nada, pois como todos os alunos, estava apegando-me cada vez mais a J.P. A noitada no “Raposa Rastejante” desta vez teve um gosto amargo de culpa envergonhada.

***

Mas que fazer, afinal, se a cada manhã J.P. parecia melhor disposto e mais brincalhão? O professor Hermênio obtivera uma licença de um mês para tratamento de umas frieiras que o haviam acometido. Erístrato, o novo professor, era ao mesmo tempo competente e simpático, e como não havia divertimento em atormentá-lo, J.P. parou as brincadeiras. Certo dia, enquanto eu misturava desanimadamente as substâncias, apareceu uma mensagem em meu celular. Era das Lojas Caribenhas, informando que meu pedido fora encaminhado e chegaria logo, em um prazo de três a dez dias.

***

Dia após dia, a mesma cena se repetia, a mesma ave agourenta, o mesmo pássaro malfazejo, atormentava meu companheiro de quarto, como se arrecadasse uma comissão para o inferno. Agora todos nós já amávamos J.P., e mesmo tendo sido instruído a assim fazer, eu sentia-me um ser desprezível por minha omissão.

***

Naquela noite fazia exatamente dez dias que as Lojas Caribenhas haviam postado minha encomenda. Ao entrar no quarto, uma elegante caixa, bem embalada em plástico brilhante, esperava-me sobre a cama. O galo, acostumado às minhas entradas, não mais se detinha em sua perversa tarefa. Abri a caixa com cuidado, para preservar o belo embrulho o máximo possível. Confirmei que seu conteúdo estava em perfeito estado, e retirei-o do estojo. Certas coisas nunca se esquecem. Embora fizesse muito tempo desde a última vez, carreguei velozmente minha nova pistola de pressão modelo S400 – 5,5 mm e apontei-a para a cabeça do galo. A ave daninha, adivinhando meu intento, olhou-me friamente com aqueles olhos terríveis, que pareciam desafiar-me em seu sarcasmo. Não hesitei nem um momento e fiz saltar sua cabeça, que por alguns instantes ainda permaneceu movendo o bico de uma forma grotesca.

Apesar de seus protestos, corri para acudir J.P. Ele apenas murmurou debilmente:

– Herculano, eu conheço suas boas intenções, mas você me perdeu. Agora, a glândula não voltará a reconstituir-se.

Disse isso e desmaiou, deixando-me atordoado, sem saber o que fazer.

***

– Você pode ir mais rápido, por favor? Desse jeito não chegaremos nunca.

O motorista do táxi respondeu sem nem ao menos me olhar:

– O limite de velocidade é esse. Há guardas em cada esquina, dispostos a multar à menor violação.

– Não importa. Você não é capaz de ver que meu amigo está gravemente enfermo?

O motorista, um homem alto, que usava um boné com o emblema do Parnasiana Futebol Clube, olhou-nos desta vez, pelo retrovisor. Já ia dar uma resposta atravessada, mas mudou de idéia.

– Está bem. Segure-se bem, a si e ao seu amigo.

A providência era necessária. O motorista duplicou bruscamente a velocidade, e não se mais deteve nem nos semáforos, nem nos engarrafamentos, invadindo calçadas e atravessando canteiros. Logo, chegávamos ao Hospital das Menções, o mais equipado de Parnasiana, único aonde eu me atrevia a levar J.P.

O motorista ajudou-me a carregar meu amigo até a maca que já nos esperava no corredor. Enquanto J.P. era introduzido nas profundezas do hospital, uma atendente informou-me de que eu precisava preencher sua ficha. Fui ao balcão e respondi a todas as perguntas que, em tom monocórdio, ela me fez.

O tom, como vi depois, era a menor das descortesias. A toda informação que eu solicitei, posteriormente, as enfermeiras e atendentes do Hospital das Menções respondiam com maus modos ou simplesmente não respondiam. De modo que levou mais de uma hora para eu saber que J.P. tinha sido levado para a UTI do hospital e estava sendo atendido pelo Doutor Ezo Chacralos. O médico queria ver-me em seu consultório.

 

***

O consultório do Dr. Chacralos mais parecia um armário de guardar vassouras, mas ele era um homem pequeno, magro e dono de pouquíssimos cabelos. Seu olhar era furtivo, semelhante ao de uma fuinha-chocalheira. Sentei-me à sua frente e ele começou:

– Em primeiro lugar, gostaria de informar-lhe que o seu amigo está muito doente.

– A informação já era do meu conhecimento, caso contrário eu não o teria trazido até aqui.

O doutor levantou o olhar do seu bloco de notas, fitando-me com certo desdém.

– O que eu quero dizer é que ele provavelmente não sobreviverá. Não existe tratamento conhecido para seu estado.

Eu já esperava mais ou menos por isso, e respondi:

– Não há a possibilidade de um transplante de órgãos?

– Claro – o doutor replicou ironicamente –, desde que encontremos alguém disposto a doar metade do próprio fígado.

Pensei febrilmente por um momento.

– Conheço algo de medicina. Há um novo tratamento, baseado em células-tronco.

O médico hesitou, e respondeu, pensativamente.

– Sim. Bem. Teoricamente. É uma tratamento caríssimo, e não é coberto por nenhum plano de saúde. Seria necessário um depósito a título de caução. Além disso, é necessário ter autorização judicial.

Saquei meu talão de cheque.

– Quanto?

O doutor mencionou uma quantia altíssima. Preenchi um cheque e entreguei-o ao médico. Em dúvida, Dr. Chacralos estudou-o. Seus receios dissiparam-se ao ler meu nome, Herculano Bonaforte. O sobrenome era capaz de realizar milagres em Parnasiana. O doutor animou-se, e ofereceu-se mesmo para obter a autorização através de um juiz conhecido seu, que concederia a liminar mediante uma quantia razoável.

– Quero, entretanto – completou Dr. Chacralos -, vinte mil reais para mim mesmo. O risco é grande e aproveitarei a ocasião para trocar de carro.

– O senhor deve ser descendente direto de Hipócrates – o médico não se ofendeu enquanto eu preenchia um segundo cheque.

***

Fazia mais de vinte e quatro horas desde que eu e J.P. chegáramos ao Hospital das Menções. Sua cirurgia durara cinco horas e nenhuma das enfermeiras que pululavam pelo hospital era capaz de me dizer se ele ainda estava vivo ou não.

Mais quatro horas e o doutor Chacralos emergiu do labirinto de corredores. Trazia na face uma expressão ao mesmo tempo serena e confusa.

– Senhor Herculano – disse ele -, tenho boas notícias. A operação foi um sucesso e seu amigo está se recuperando rapidamente. Bom, confesso que bem mais rapidamente que esperávamos, e creio que esse é um dos raros casos em que teremos um final feliz. Ele logo poderá ir para casa.

O médico forneceu-me mais alguns detalhes, recomendou-me alguns cuidados para com J.P. e deixou-me só, na penumbra do entardecer.

Meu alívio era tão intenso que eu sentia ânsias de tontura. Corri para a janela mais próxima para respirar ar fresco. Lá fiquei por um longo tempo.

A noite já envolvera completamente os longos prédios. Debruçado sobre o parapeito da janela do quinto andar, eu podia ver a multidão de pessoas caminhando solitárias, agradecidas por mais um dia anulado. O medo era palpável, bastava observar como todos olhavam para os lados, hesitantes, assustados em um mundo tenebroso. No entanto, quanto mais tenebroso o mundo, mais suaves se tornam os olhos de quem se ama.

Não foi nenhuma surpresa quando ouvi um leve barulho no ressalto externo do prédio do hospital, longe o suficiente para que a noite escura não me deixasse distinguir de onde provinha. Era como um delicado roçar no reboco, um raspar produzido por algo fino, maleável. No íntimo, eu já esperava por algo assim, conheço bem as estranhas simbioses que o mundo traz.

Ainda me sentia contente, mas agora minha alegria era compartilhada com a amargura do desânimo. Levantei os olhos para o céu. As nuvens reluziam e giravam lentamente, até assumir a forma cruel de uma garra.

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19 comentários em “Pão Cotidiano (Wilson Barros Júnior)

  1. Renato Silva
    30 de setembro de 2015

    Olá.

    Muito bom o conto, bem escrito e com uma linguagem complexa. Esperando pela continuação.

    Boa sorte

  2. Gustavo Aquino dos Reis
    30 de setembro de 2015

    Autor, o seu conto é muito bem escrito. Porém, talvez por uma falha minha, não consegui assimilar o enredo. Estou partindo do princípio que o seu conto se debruça num realismo mágico que, de tão mágico, me deixou completamente sem entender a proposta.

    O Galo seria uma alusão à águia que devora as entranhas de Prometeu preso ao Cáucaso?

  3. Lucas Rezende
    29 de setembro de 2015

    Olá,
    Não consegui compreender o conto. Ao meu ver o galo que mantinha JP vivo e seu fígado crescia toda noite ou algo do tipo. No fim a garra creio que indica que ele irá viver porque o galo voltou. Fiquei confuso com o texto.
    Essa amizade e devoção em ajudar o amigo que o personagem ficou exagerada, talvez por algum motivo que será revelado na segunda parte.
    Enfim, se tem algo a ser percebido nas entrelinhas eu não consegui perceber.
    Boa sorte!

    Nota: 5

  4. catarinacunha2015
    29 de setembro de 2015

    Ué? Cadê o pão do TÍTULO? Não entendi, quem sabe entendo na continuação (0,5/2). TEMA cotidiano sem identidade (1/2). Eu gostei do FLUXO, mas merecia uma revisão (1,5/2). Cara, eu não sei o que você tomou para criar uma TRAMA tão burlesca descontrolada (1/2). Não tem FINAL, logo se trata de um amontoado de ganchos emaranhados. Torço muito para você conseguir destrinchar esse “samba do galo doido” na continuação do conto. (1,5/2). 5.5

  5. Thata Pereira
    28 de setembro de 2015

    Nossa, tem muito mistério nesse conto. Não consegui associar muito o título com o conto e essas quebras menores no meio do texto me incomodaram um pouco, fiquei um pouco perdida ali. A impressão que tive foi que o conto foi fragmentado e apenas alguns trechos foram oferecidos aos leitores. Achei isso bastante arriscado, por mais que esteja curiosa para conseguir entender o que aconteceu.

    Boa sorte!!

  6. Bia Machado (@euBiaMachado)
    28 de setembro de 2015

    Emoção: 1-2 – Foi capaz de me prender, mas não tanto quanto gostaria. Talvez tenha me prendido mais por eu querer saber de raios de galo comedor de fígado é esse, afinal.

    Enredo: 2-2 – Muito bom, foge do lugar comum, evidente. E eu quero saber a continuação disso, faça o favor. O que não caiu bem, na minha opinião, foram algumas palavras e termos meio “pernósticos”, o autor é livre para usar, é claro, mas não sei, pra mim não caiu bem.

    Construção das personagens: 2-2 – Por enquanto está bom. Nada de mais, mas são críveis e bem delineadas. O J.P., então, é um que nunca quero topar com pessoa igual pela frente, rs.

    Criatividade: 2-2 – Por enquanto, muito criativo, doido, surreal talvez seria a palavra. Um realismo fantástico, uma situação digna de Macondo, aliás, rs.

    Adequação ao tema proposto: 1-1 – Para mim está adequado.

    Gramática: 1-1 – Tudo ok, não vi nada que desabonasse. Se houve e eu não vi, foi culpa do galo, rs.

    Trecho destacado: “Debruçado sobre o parapeito da janela do quinto andar, eu podia ver a multidão de pessoas caminhando solitárias, agradecidas por mais um dia anulado. O medo era palpável, bastava observar como todos olhavam para os lados, hesitantes, assustados em um mundo tenebroso. No entanto, quanto mais tenebroso o mundo, mais suaves se tornam os olhos de quem se ama.”

  7. Gustavo Castro Araujo
    26 de setembro de 2015

    Gostei do conto, tanto pela ousadia como pela criatividade e também pela habilidade do autor. É realismo fantástico puro, na essência, em que os fatos absurdos ocorrem sem que muita explicação seja necessária. Apreciei bastante a fluidez, a maneira como a narrativa se desenrola, em tom de confissão do protagonista. Tive pena de J.P. em alguns momentos e mais ainda de Herculano, que teve que lidar com uma angústia terrível enquanto tentava salvar o amigo. Também gostei do uso das palavras, do vocabulário e das idiossincrasias. Enfim, é um conto diferente, corajoso e também muito bom de se ler, ainda que não se refira exatamente à temática que costumeiramente me atrai. Ótimo trabalho!
    Nota 8

  8. Anorkinda Neide
    24 de setembro de 2015

    Ai, eu não sei o que dizer…
    O conto me deu uma agonia, uma agonia viciante, já li três vezes e dá vontade de ler de novo e ao mesmo tempo não ler. Que coisa intrigante este galo e este JP!!
    E o enredo e o final, eu quero continuação e ao mesmo tempo não quero pra não ter que encarar este galo novamente…Nunca mais vou poder olhar pra um galo na vida!
    Nem imagino o que vais fazer na continuação além de ter o galo religiosamente bicando o rapaz, pq? como? respostas que se fossem dadas apagariam toda a mágica do conto.
    Parabéns por seres tão louco (a)
    Abraço

  9. Pedro Viana
    23 de setembro de 2015

    As regras do desafio dizem que não podemos ser superficiais em nossos comentários, mas às vezes isso fica muito difícil, principalmente quando o conto é tão bom que tudo que eu queria comentar é ‘PUTA QUE PARIU, QUE FODA!’.

    Meu colega, minha colega, seja quem você for, parabéns! Adorei, o conto é ótimo, muito bem escrito, desperta curiosidade, prende a atenção do leitor. Eu li todos os contos do grupo que eu tinha que ler antes de postar os comentários, então posso afirmar, seguramente, que dentre todos, o seu foi meu preferido.

    A nota é 10, #QueroParteDois!.

  10. Tiago Volpato
    23 de setembro de 2015

    Ótimo texto. O enredo é muito interessante, as frases foram muito bem escritas, as descrições também contribuem para prender o leitor. Definitivamente quero ler mais. Abraços!

  11. Felipe Moreira
    23 de setembro de 2015

    Outro conto bem escrito, mas que me deixou um tanto dividido sobre a continuação. Dei umas risadas de leve por conta de trechos um tanto mágicos, por assim dizer. Lembrei de Rubem Fonseca com personagens de nomes diferentes. haha

    Não achei que o tema tenha sido muito claro, mas não vai reduzir minha nota por isso. Estão todos muito bem nivelados. Parabéns e boa sorte no desafio.

  12. pythontrooper
    22 de setembro de 2015

    Um conto bizarro, que para mim, tem forte influência de H.P. Lovecraft. Gostei bastante da execução, sem erros ortográficos e num ritmo muito cativante. Dava mesmo vontade de chegar logo ao final. Uma pena que justamente a finalização não ficou tão boa quanto o resto, mas não tira o brilho desse ótimo conto

  13. Fabio D'Oliveira
    22 de setembro de 2015

    ☬ Pão Cotidiano
    ☫ Harmódio

    ஒ Físico: A leitura desse conto foi maravilhosa! Muito obrigado, querido Harmódio. O estilo tem forma própria, a narrativa é natural e a estrutura geral do texto está impecável. Parabéns, pois possui talento nato para a escrita.

    ண Intelecto: A estória é um tanto confusa. Entre situações bizarras, que pessoalmente gosto bastante, nos encontramos diante diversas subtramas. Isso é ruim para um conto pequeno, pois não temos certeza sobre o que realmente está acontecendo. Acredito que o autor pecou na clareza na hora de desenvolver a estória. Mas ainda é cedo para concluir isso…

    ஜ Alma: Ficou no meio termo quando se trata do cotidiano. Vemos um pouco da rotina dos personagens. Mas o foco não é esse. Na realidade, o principal fator da estória está na quebra da rotina. Isso complica as coisas. Mas o texto possui muitos subtramas. E isso é ótimo para aguçar a curiosidade do leitor. Quero ver a continuação. No entanto, espero que o autor se atenha aos conflitos criados anteriormente.

    ௰ Egocentrismo: Adorei a leitura e o clima bizarro do conto. Irei torcer pela continuação! A única coisa que me incomodou foi a quantidade absurda de subtramas. Parece que estou lendo o início de um livro.

    Ω Final: Texto maravilhoso. Bem escrito e com estilo definido. O autor é muito talentoso e habilidoso. Precisa tomar cuidado com o tema e a quantidade de subtramas pode ser uma faca de dois gumes. A estória ficou um pouco confusa demais. No mais, parabéns pelo trabalho, Harmódio!

  14. Maurem Kayna
    21 de setembro de 2015

    Bem… isso não me soa absolutamente cotidiano. fantástico ou terror seria mais apropriado. Estranhei a quantidade de nomes exdrúxulos e mesmo encarando como uma narrativa fantástica, tudo me pareceu pouco verossímel. O que a experiência no laboratório queria dizer sobre JP? Comprar uma arma dessa forma? Não me convenceu… sorry. Acho que estou muito chata… risos

  15. Brian Oliveira Lancaster
    21 de setembro de 2015

    Bizarro, mas curioso e interessante. Tem um pé no New Weird – gênero bem desconhecido por essas bandas. A história prende e consegue transmitir a sensação de rotina, mesmo com as doideiras acontecendo ao redor.

  16. Fabio Baptista
    16 de setembro de 2015

    Sem dúvida um conto bem diferente do que eu esperava encontrar nesse desafio.

    Bem escrito, com algumas construções bem inspiradas. Destaco duas:

    – No entanto, quanto mais tenebroso o mundo, mais suaves se tornam os olhos de quem se ama

    – e passei a noite me embebedando em companhia de Laguna, o proprietário, até que nada mais importasse.

    Na escrita só fiquei um pouco incomodado com alguns pretéritos mais que perfeitos, mas isso é só implicância pessoal mesmo. Só encontrei um erro, de digitação:

    – ao quarto que eu dividida com J.P.
    >>> dividia

    A história não me agradou. Fiquei perdido, confuso… e não gosto dessa sensação durante a leitura. É legal quando as coisas estão confusas e de repente dá aquele estalo de “pqp, agora entendi essa porra!!!”, mas não foi o que aconteceu aqui. Talvez o estalo venha na segunda parte, não sei.

    NOTA: 7

  17. Rubem Cabral
    15 de setembro de 2015

    Olá, Harmódio.

    Gostei do conto, achei muito criativo. Não sei bem quanto à adesão ao tema do desafio; pois é muito surreal e não me parece ter muito de cotidiano. Se não me engano, houve inspiração do mito de Prometeu: galo = águia, fogo no laboratório, Herculano = Hércules, o salvador.

    Quanto à escrita, há alguns delizes, como no uso incorreto de algumas preposições, mas tais erros foram até bem poucos, o texto está bem escrito.

    Enredo: 4 (0-6)
    Escrita: 2,5 (0-4)

    Abraços.

  18. Ruh Dias
    13 de setembro de 2015

    Há alguns erros de vírgula que precisam ser revisados. Gostei do ambiente de terror psicológico e do desenvolvimento do enredo, porém, acho que o conto não se adequa ao tema do desafio.

  19. Rogério Germani
    13 de setembro de 2015

    Olá, Harmódio!

    Acho que o fermento deste pão cotidiano continha pó de pirlimpimpim! rsrsrs Que viagem, até parece que J.P significa Jovem Prometeu, personagem grego que foi amaldiçoado pelos deuses a ter o fígado comido diariamente por uma águia. No seu conto, talvez pelo limite de 2000 palavras, ficou faltando esclarecer o porquê do galo devorar J.P todos os dias.
    Outra lacuna é o fato de Herculano Bonaforte, vindo de família tradicional e rica em Parnasiana, dividir um quarto com outro aluno na Casa do Estudante do Município de Parnasiana e ir afogar seus fantasmas num bar pouco frequentado, de nome Raposa Rastejante.
    O cotidiano aparece no texto, mas em tímido aceno; o realismo fantástico é quem dita as principais vias da leitura.

    Nota 4.

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Publicado às 12 de setembro de 2015 por em Cotidiano, Cotidiano Meireles e marcado .
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