Rio acima desovo-me
fluido fujo da foz
evitando aMAR.
Águas mortas
em linhas tortas
sólidos liquefazem no ar.
(Partículas em suspeição).
Rio suspeito
em meu leito
de sublevação.
Peixe fátuo, fresco, frito
água furtada, fonte aflita
torrente de monção.
(Água turva insurreta).
Pousa em graça
pouso de graça
bicos longilíneos, des-caminhar.
Correnteza, cabeceira
leito seco, peito seco, corre seco
a caminho do aMAR.
(Movem-me moinhos, aguarrás).
Francisco Ferreira
http://impalpavelpoeiradaspalvras.blogspot.com.br/
Parabéns.
parabéns francisco, tem momentos interessantes, embora outros não tenham entusiasmado por tirarem força às tuas palavras
Profundo, com aquela sensação de melancolia bem na superfície dos acontecimentos recentes. Triste e realista, essência de poesias.
Chora de amargura e amargor o nosso Doce, faço parte deste rio, pois nasci próximo a nascente do Santo Antônio, que vai engrossar-lhe as águas mais além e hoje apenas morre junto com ele. Abraços.