Brisa de Outono (Evandro Furtado)
Ajoelhou-se em frente à lápide, os olhos repletos de lágrimas. No bolso, a passagem de volta pra São Paulo. – Tá aqui, mainha. Como prometido. Virou as costas e partiu. … Continuar lendo
Para Além do Vale da Esperança (Evandro Furtado)
– Vai-se lá, mano! Que história é essa de dar educação aos pretos? Ouviu a tal pergunta atentamente, mas já estava decidido. Ajuntou a sua mala e partiu. Subiu … Continuar lendo
Sertão de Aço e de Fome (Evandro Furtado)
Juazeiro, 3019 Uma catedral de aço brilha em meio a um desértico cenário. Barracas feitas de panos velhos se dispõem ao redor, onde mulheres sujas e crianças mirradas vivem seus … Continuar lendo
Santa Gertrudes (Evandro Furtado)
Era sexta feira à tarde e eu andava meio preocupado com um caso recente de um tarado de bigode que vivia espiando as mulheres da cidade. O maluco encontrava … Continuar lendo
Lágrimas de Orvalho (Evandro Furtado)
Puck voava despreocupado como de costume. Veloz como era, ziguezagueava por entre as coníferas, balançando folhas e galhos e derrubando frutos que, por sua vez, eram logo atacados por esquilos … Continuar lendo
Lena (Evandro Furtado)
– Acabou, Lena! – disse Bruno, as sobrancelhas arqueadas em uma expressão de pena. – Por favor… – ela implorou, as mãos entrelaçadas segurando o terço que foi o último … Continuar lendo
Azul (Evandro Furtado)
Tomou minhas mãos e usou-as para apontar-me as estrelas. Seus olhinhos cheios de água me olhavam enquanto a boquinha me agraciava com um sorriso. – Você vem de lá? … Continuar lendo
bRaZiL (Evandro Furtado)
Quando as caravelas portuguesas se aproximaram, foi possível ouvir urros de contentamento. —Terra à vista. – gritou um marujo. —Chamaremos de Vera Cruz. – gritou um capitão. Desembarcaram horas depois. … Continuar lendo
NÃO DUV(ID)ARÁS, ou uma tragédia moderna em três atos (Evandro Furtado)
Durante as férias de fim de ano, resolvemos visitar meu irmão que morava no interior de Minas. Era, de certa forma, uma maneira de fugir de toda a loucura da … Continuar lendo
A dor no dedo do meu pé não tem mais cura (Evandro Furtado)
– Tem certeza disso, Diego? – Claro. – deu-lhe dois tapinhas nas costas. – Não tem como dar errado. – Não sei. Não tô gostando disso. Permaneciam abaixados, ambos, atrás … Continuar lendo
A Felicidade (Evandro Furtado)
Fitou, da sacada, a curiosa imagem. O homem, de aspecto curioso, cruzava a avenida em meio à multidão. O som de cuícas e tambores lhe incomodavam. Talvez, incomodasse ao outro … Continuar lendo
Ô, Seu Moço (Evandro Furtado)
Ô, seu moço, vamo chegá. Ocê tá bão? Pode i entrano. Vamo assentá? Ocê aceita um pãozim de queijo, um cafezim, uma broa de mi? Tá quentim, cabô de saí … Continuar lendo
Enfim (Evandro Furtado)
Trinta e sete tiros desferidos contra o peito de um Zé Ninguém. Desceu sobre ele o anjo da morte, o manto negro caindo sobre a pele alva, os lábios vermelho-sangue … Continuar lendo
O Silêncio das Deusas Desnudas (Evandro Furtado)
Heath sempre foi um sujeito centrado, daqueles que se detém sobre algum aspecto particular da vida e nele se prende por um longo tempo. A primeira vez que nos encontramos, … Continuar lendo
Eu sou Crewe (Evandro Furtado)
Aquele que este relato encontrar não deve nele acreditar, para sua própria segurança. Mas devo redigi-lo de qualquer forma, antes que minhas mãos percam as habilidades a elas concebidas. Antes … Continuar lendo
Estação Liberdade (Danilo Pereira e Evandro Furtado)
Em nossas rotinas diárias enfrentamos todos os tipos de obstáculos, desde uma poça de água na rua como um monstro. É isso mesmo! Um monstro! Assim que Joaquim José João, … Continuar lendo
Praga, meu amor (Evandro Furtado e Sérgio Ferrari)
As luzes tremeluzentes dos postes ofuscaram uma visão mais precisa da estrada. Mas àquela velocidade, eu realmente não me importava. Eu acelerei o carro que respondeu cantando pneus no asfalto … Continuar lendo
Ainda que o sol nasça vermelho (Evandro Furtado)
A diligência cruzou o vale em alta velocidade. Poeira foi levantada quando os cascos dos cavalos e as velhas rodas do veículo rasgaram aquele pedaço de chão abandonado por Deus. … Continuar lendo
A águia e a serpente (Evandro Furtado)
– Vamos lá. Manda essa com força. – gritou Johnnie. – Você sabe que não consegue pegar. – disse Lenny, enquanto girava os braços. – Vamos. Não tenho o dia … Continuar lendo
Carta de Amor (Evandro Furtado)
Segure a minha mão. Permita-me navegar em seus olhos, em seus lábios. Sob a sombra de uma palmeira, o som do mar quebrando nas rochas, como no lugar em que … Continuar lendo
Napoleão e a Imperatriz de Paris (Evandro Furtado)
Todos os dias, Napoleão cruzava o Arco do Triunfo da mesma maneira. Cabeça erguida, passadas largas, olhar perscrutando o ambiente ao seu redor. As pessoas, ele podia notar, nutriam grande … Continuar lendo
A Rainha e o Robô (Evandro Furtado)
Londres, 2144 Sob a espessa neblina, caminhávamos naquele inverno interminável. Era impossível distinguir se aquilo que caía sobre nossos ombros era neve ou poeira radioativa. Não importava, estávamos todos condenados … Continuar lendo
O garoto que queria ser feliz (Evandro Furtado)
Corredor da Escola Uma figura solitária caminha em direção ao seu armário. Os óculos fundo de garrafa destacam-se na face. Carrega consigo uma pilha de livros. Ele abre a porta, … Continuar lendo
Pato Manso (Evandro Furtado)
Pato manso Oh, pato manso Se for nervoso É porque é ganso! Havia certo ar de intranquilidade na vizinhança por aqueles tempos. Época de quaresma. As ruas se esvaziavam … Continuar lendo