EntreContos

Detox Literário.

Brisa de Outono (Evandro Furtado)

Ajoelhou-se em frente à lápide, os olhos repletos de lágrimas. No bolso, a passagem de volta pra São Paulo.

– Tá aqui, mainha. Como prometido.

Virou as costas e partiu. Veio um vento forte e soprou a escritura da casa pra longe.

71 comentários em “Brisa de Outono (Evandro Furtado)

  1. Vanilla
    1 de fevereiro de 2020

    Curto, mas cheio de informação, bonito, adorei, parabéns!

  2. Daniel Reis
    1 de fevereiro de 2020

    Não entendi se ele havia vindo para o enterro, vindo de São Paulo, ou se estava indo embora para lá, depois de vender os bens da família. E o vento forte soprando a escritura, apesar de ser uma imagem marcante, confundiu as coisas. Sucesso e sorte!

  3. Matheus Pacheco
    1 de fevereiro de 2020

    No final ele conseguiu cumprir a promessa para mãe, mesmo que tarde de mais. Imagino o esforço para comprar a casa,tudo por uma palavra performativa e pelo amor da mãe.
    Contos assim me deixam profundamente pensativos, ainda mais quando envolve promessas póstumas.
    Um excelente conto.
    Um abraço.

  4. Fil Felix
    1 de fevereiro de 2020

    Boa tarde! Um conto bem curto, que traz uma cena triste mas cheia de significado. O leitor precisa preencher as lacunas e interpretar. Temos o filho que perdeu a mãe, com a passagem para São Paulo podendo significar bastante coisa, como o sonho de de ir pra um lugar melhor, além do detalhe da casa. Muito Bom.

  5. Carolina Langoni
    1 de fevereiro de 2020

    Muito trágico, coitado do cara.
    Deve ter gastado uma grana e ainda perde a mãe.
    Geralmente, eu não gosto muito de histórias assim. Prefiro as com toque mais leve e divertido. Mas não deixa de ser uma boa história para quem curte dramas. Texto bem feito e bem descrito.

  6. Thata Pereira
    1 de fevereiro de 2020

    Conto muito forte, que nos faz pensar nos sacrifícios que fazemos e se eles realmente compensam ou não. O conto desperta sentimentos e diz bastante, mesmo com tão poucas palavras.

    Boa sorte!!

  7. Tom Lima
    1 de fevereiro de 2020

    Mais um micro pesadão.
    Conta uma história de perda. Quando chega onde queria já é tarde. E conta muito que bem, em poucas palavras de muito impacto.
    Parabéns.
    Abraços.

  8. Rubem Cabral
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Lu.
    Bom conto! Com pouquíssimas palavras entrega uma história triste de um bom filho (migrante?), de uma promessa, de sacrifícios.
    Boa sorte no desafio!

  9. Ana Maria Monteiro
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Lu. Toda uma história de vida num pequeno micro. E também a conclusão fácil e tardia de que a morte a tudo despe de qualquer importância, e a escritura, agora sem qualquer importância, foi levada pela brisa – como a mãe, como tudo. Parabéns e boa sorte no desafio.

  10. M. A. Thompson
    1 de fevereiro de 2020

    Não entendi a história e peço desculpas por isso. Prometeu voltar ou tirar a escritura??? Boa sorte.

  11. Marco Aurélio Saraiva
    1 de fevereiro de 2020

    Caramba! Que poder se síntese, que microconto! Tem um livro aqui – a verdadeira odisséia comum no Brasil das pessoas que vivem no interior, mudam-se para a cidade e tentam ser bem-sucedidas, a fim de ajudar a família que ficou. Isso tudo em pouquíssimas palavras! A historia fica na mente do leitor e a leitura, por outro lado, trás a emoção para carregar a narrativa com o tom certo. Sensacional.

    Escrita: Excelente
    Conto: Excelente

  12. Gustavo Azure
    1 de fevereiro de 2020

    Gostou desse micro. É bem forte e pesado, a realização atrasada de um sonho. Conta o ocorre sem contar o que há por além dele, ao mesmo tempo que fornece pistas suficientes em poucas palavras para construir todo o cenário. Parabéns, boa sorte

  13. Marília Marques Ramos
    31 de janeiro de 2020

    Microconto muito bonito! Tenho uma queda por essas descrições! Quando você fala do vento, é encantador.

  14. Sarah S Nascimento
    31 de janeiro de 2020

    Olá, seu microconto é cheio de significado, bem breve e emocionante. Escreveu muito bem, descreveu bem a cena, mostrou como o personagem se sentia, ficou muito bom.
    Só achei a história meio simples, mas foi bem construída, parabéns.

  15. Jowilton Amaral da Costa
    31 de janeiro de 2020

    Bom conto. Bem escrito e cumpre bem o objetivo de comover o leitor. Boa sorte no desafio.

  16. Angela Cristina
    31 de janeiro de 2020

    Olá!
    Escritura de uma casa, de uma lápide. quem sabe?
    Bom texto.
    Parabéns.

  17. Catarina Cunha
    31 de janeiro de 2020

    Filho(a) cumpre promessa da casa própria para a mãe; tarde demais.
    Elementos fundamentais do microconto:
    Técnica — ótima. A emoção contida explode entre as palavras.
    Impacto — ótimo. A escritura ao vento transformou o conto em uma obra forte.
    Trama — muito boa. Simples e contundente.
    Objetividade — ótima. Cada palavra tem sua razão de existir.

  18. Amanda Gomez
    31 de janeiro de 2020

    Olá,
    Um conto que diz muito com pouco. Preenchendo as lacunas fica fácil visualizar a vida dos personagens. O filho que ”voa” atrás dos seus sonhos deixando uma promessa em casa. Pode ter acontecimento muita coisa. O orgulho de só voltar quando a promessa fosse cumprida, ou… a vida o mudou, o levou para outros caminhos e ele esqueceu.. Enfim, muita coisas. Um texto que retrata uma realidade comum de forma inteligente. Gostei.
    Parabéns!

  19. Davenir Viganon
    31 de janeiro de 2020

    Conto que se faz mais pelas lacunas que temos que preencher, tem aquela coisa de quem retorna a terra natal. Bom conto e bem escrito no formato micro.

  20. Givago Domingues Thimoti
    30 de janeiro de 2020

    Penso que essa história seria muito melhor construída num conto maior. Acho que falou de tudo o que a autora ou autor desejou; promessa, perda, dor… Mas, as coisas ainda ficaram um pouco nebulosas, pelo menos para mim.

    Vale a pena destacar a força da última cena, o vento levando a escritura!

  21. Sabrina Dalbelo
    30 de janeiro de 2020

    Olá,
    Os sonhos nos movem, não é!? São nosso maior tesouro.
    A pessoa não descansou enquanto não realizou o sonho da mãe, ainda que tenha levado a prova disso para mostrar à mãe morta.
    Bastante sensível e bonito.
    Não precisamos saber motivações nem maiores contextos para criar nossa interpretação do texto.
    Um abraço,

  22. Fabio D'Oliveira
    30 de janeiro de 2020

    Olá, Lu!
    Diferente de alguns, não vejo tanta abertura para várias interpretações dentro do seu micro. Não consigo enxergar de outra forma: trata-se de um rapaz que prometeu uma casa para sua mãe, mas ela faleceu antes de consegui cumprir sua promessa, mas, mesmo assim, continuou firme e cumpriu, levando o símbolo de todo seu amor e dedicação para o túmulo dela.
    É um conto muito bonito, que resume toda a dor que o protagonista passou, tudo numa cena, de despedida, de tristeza, de realização. É bem construído, é bem delineado, levanta questões que transcendem o material.
    Parabéns! E boa sorte!

  23. Rafael Carvalho
    30 de janeiro de 2020

    Um bom representante de micro conto, objetivo, direto e honesto em sua concepção. Não tenta ludibriar o leitor com um começo dúbio ou falso, pois não precisa disso, sabe que ao final o que precisava dizer foi dito.
    Usar a “mãe

    • Rafael Carvalho
      30 de janeiro de 2020

      ( enviei sem querer, antes de terminar de responder, mal aí!)
      Um bom representante de micro conto, objetivo, direto e honesto em sua concepção. Não tenta ludibriar o leitor com um começo dúbio ou falso, pois não precisa disso, sabe que ao final o que precisava dizer foi dito.
      Usar uma “mainha” foi quase covardia, uhauahuah.
      Parabéns pelo seu texto, boa sorte.

  24. Priscila Pereira
    30 de janeiro de 2020

    Olá, Lu!
    Me explica esse título…
    Ótimo micro! Pouquíssimas palavras, pouquíssimas explicações e consegui entender uma história inteira!!
    Cada palavra usada com maestria!
    Forte e emocionante! Pagou a promessa, mesmo que tarde demais.
    Parabéns e boa sorte!

  25. Carlos Vieira
    29 de janeiro de 2020

    Oi, Lu Mendes! O conto está conciso, mas penso que transmitiu bem a ideia. O esforço daquele que se dedica no trabalho para realizar dar melhores “condições” de vida a quem amamos depara-se com a celeuma de ter abdicado do tempo de convivência justamente com os entes queridos. A expressão “mainha” acabou realçando, a meu ver, um “lugar comum”, típico do retirante nordestino: foi sutil, ainda mais para o pouco desenvolvimento da personagem. Boa sorte no desafio!

  26. Ana Carolina Machado
    29 de janeiro de 2020

    Oiiii. Um microconto emocionante sobre uma pessoa que sai de sua terra(acho que por isso a passagem ) para dá uma vida melhor para mãe, mas no fim, quando consegue comprar a casa a mãe já deixou esse mundo. Achei bem emocionante, pois sentimos a dor da perda, principalmente porque mãe é mãe e os filhos sempre querem dá uma velhice tranquila para elas. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.

  27. Renata Rothstein
    29 de janeiro de 2020

    Você é bom, hein? Ótimo, posso dizer. Em poucas palavras toda a existência e resistência da vida de um trabalhador, de uma pessoa como tantas, que muitas vezes luta e não consegue atingir seu objetivo, ao menos não da forma com que havia sonhado.
    Parabéns!

  28. Luciana Merley
    29 de janeiro de 2020

    Olá, Lu. Muito emocionante o seu micro. Deixa uma sensação de impotência do tamanho do mundo. A impotência que todos sentimos diante da morte. Aliado ao drama dos que vão em busca de uma vida melhor na capital (imagino ser alguém com essa história subentendida). Falou muito em pouquíssimas palavras e causou impacto. Por isso, felicito a você.

  29. Anderson Góes
    29 de janeiro de 2020

    Confesso que precisei ler os outros comentários para entender a sua ideia, e uma vez lido e entendido pude me emocionar com seu texto, bem escrito e emocionante… Mas para o fácil entendimento de alguns mais lentinhos (tipo eu), talvez você devesse ter colocado mais algumas palavras… Não sei, talvez eu entendesse de primeira, no mais o seu conto está ok… Boa sorte!

  30. antoniosbatista
    29 de janeiro de 2020

    Um micro conto com uma história resumida, mas bem elucidativa. Ficou perfeito a estrutura que trás uma grande carga emotiva. Não precisou de maiores detalhes e informações para o leitor saber o que aconteceu.Um bom micro conto.

  31. Pedro Paulo
    29 de janeiro de 2020

    “Prometido”. É uma palavra com grande força narrativa, pois alude a um contexto passado que, nas poucas palavras deste microcontos, fica bem entendido e dá o fundo emotivo que tem o enredo, com início, meio e fim, um tanto disso aparecendo nas entrelinhas. Muito bem.

  32. Anorkinda Neide
    29 de janeiro de 2020

    Olha.. foi curto demais!
    Eu não entendi… após ler alguns comentarios foi que soube que o filho comprou a casa própria para a mae mas qd chegou ela ja havia morrido.
    Como eu nao entendi isto sozinha.. fiquei flutuando nessa brisa e nao sacava qual era a da escritura, ate imaginei isto num certo momento, mas como nao havia muitos elementos, achei estar errada.
    Enfim, nao pude me conectar à historia.
    Boa sorte

  33. Cicero G Lopes
    29 de janeiro de 2020

    assim é um microconto, sucinto e certeiro. Parabéns!

  34. Claudio Alves
    29 de janeiro de 2020

    Entre a brisa do título e o vento forte que leva a escritura no final, um texto de grande carga emotiva, revelador de uma história de superação. A personagem venceu, mas não da maneira que queria, no tempo que lhe era desejável. Ainda assim, venceu e cumpriu sua promessa. A alma se alivia de diversas formas dos pesos que nela colocamos.

  35. Maria Alice Zocchio
    28 de janeiro de 2020

    Conseguiu usar poucas palavras para contar muita coisa nesta história triste. Um bom microconto.

  36. brunafrancielle
    27 de janeiro de 2020

    A fala “mainha” dá a entender que o personagem é nordestino, o que foi uma boa sacada.
    Conto com poucas informações. Entendi que ele veio de São Paulo para comprar uma casa pra mãe, que ele tinha prometido isso pra ela. Mesmo depois de morta,ele cumpriu o pedido. Depois, iria voltar pra SP, onde teria conseguido o dinheiro pra casa.
    Gostei do enredo. Não chega a ser emocionante, mas é impactante e deixa a gente pensando. Parabéns

  37. Elisa Ribeiro
    27 de janeiro de 2020

    Em poucas palavras uma grande intensidade dramática. Os sentimentos do filho – tristeza, frustração, raiva – aparecem na narrativa mas poderiam ter sido mais explorados aumentado ainda mais o impacto.De qualquer forma, um conto eficiente e bem escrito. Parabéns e boa sorte! Um abraço.

  38. Luiz Eduardo Domingues
    27 de janeiro de 2020

    Gostei do conto apesar de, via de regra, não ser muito afeito a histórias com essa carga dramática. Parabéns pela proposta. Boa sorte!

  39. Marília Marques Ramos
    26 de janeiro de 2020

    A escritura da casa é um simples papel, mas que carrega um forte valor emocional para a vida do protagonista. Ficou muito bem feito!

  40. Andre Brizola
    26 de janeiro de 2020

    Olá, Lu! Bom conto, pequeno, enxuto, mas com tudo que precisa para ser bonito e triste. O sonho da casa própria as vezes é inalcançável para alguns, infelizmente, e essa realidade é estampada de forma muito clara aqui. O toque do vento levando a escritura foi um artifício interessante para mostrar que a conquista do bem já não era mais importante. Gostei bastante! Boa sorte no desafio!

  41. Raione LP
    26 de janeiro de 2020

    Tive a impressão de que o conto está comprimido um pouco além da conta. Os elementos apresentados dão a entender apenas que o filho enfim conseguiu a escritura da casa, embora agora a mãe já esteja morta (aliás, o artifício de revelar o documento por meio de um vento que sopra soou cinematográfico demais pra mim). Quero dizer que me parece que o conto não precisava ser tão compacto, que teria mais força se sugerisse mais.

  42. fernanda caleffi barbetta
    25 de janeiro de 2020

    Olá, Lu Mendes, parabéns pelo seu microconto, gostei bastante. Conseguiu contar uma bela história, ou duas, ou três, ou quatro com poucas palavras. Deixou aberto a várias interpretações e isso é legal, eu gosto de textos assim quando são bem escritos e são coerentes, como é o seu. Bonita mensagem do sacrifício do filho para ter a promessa cumprida. Não entendi o psedônimo e brisa de outono ficou leve demais para o vento forte que levou a escritura. Muito bem escrito. Parabéns. Abraço.

  43. alice castro
    25 de janeiro de 2020

    Bonita mensagem. A promessa que se cumpre é a honra que se tem. Palavra é mais forte que contrato para quem tem carater. E ainda que a mãe não possa comprovar, seu filho fez o prometido. Gostei. Parabéns.

  44. Fabio Monteiro
    25 de janeiro de 2020

    Se eu entendi bem a passagem de volta se refere a volta para a propria casa. Se for este o contexto, gostei demais. Se não for, tá valendo minha interpretação. Boa sorte no desafio.

  45. Vitor De Lerbo
    24 de janeiro de 2020

    O conto emociona pela promessa cumprida mesmo que de forma tardia, a memória – e a visita, longa, para comprovar o fato – e o clima vitorioso do/a protagonista. Comemorar nossas conquistas com quem amamos dá sabor à vida, mesmo que essas pessoas não estejam mais fisicamente presentes.
    Parabéns e boa sorte!

  46. Paulo Luís
    24 de janeiro de 2020

    Singelo, doloroso e triste. Um conto tão pequeno, mas que diz muito. Aliás, diz tudo o que está represado em um sentimento. Bela mensagem, autora. Boa sorte no desafio.

  47. Andreza Araujo
    24 de janeiro de 2020

    Simples mas emocionante. Direto, de fácil compreensão também. Percebemos que a filha conseguiu cumprir a promessa que fizera à mãe, mas não enquanto ainda era viva. Um belo enredo que conseguiu desenvolver em tão poucas palavras. Boa sorte!

  48. Fernando Cyrino
    24 de janeiro de 2020

    Brisa de Outono, ou vento forte, Lu? Bem, eis aí a minha primeira dúvida e micro contos são abertos, o que significa que funcionam assim mesmo. Cá com os meus botões, me peguei pensando nessa escritura da casa. Seria mesmo da residência que, depois da morte da mãe, o filho, nordestino vitorioso em Sampa, cumprira, ou seria a escritura da sepultura, tornando-a um bem eterno, eis que depois de alguns anos, sem que haja essa compra, a última morada passa a ser penúltima e os ossos são amontoados em algum canto… Mas gosto demais de pensar (e é muito mais plausível) na casa que ele comprou em São Paulo e que veio, desde longe, provar para a mãe falecida em algum cemitério do sertão. Meu abraço, gostei do seu conto.

  49. Fabiano Sorbara
    23 de janeiro de 2020

    Olá, Lu! Micro tocante. Consegui visualizar a cena, sentir a tristeza. A promessa cumprida mesmo depois da morte. Um bom seu texto.
    Desejo boa sorte no desafio. Abraços.

  50. Fheluany Nogueira
    23 de janeiro de 2020

    Esse comovente drama familiar é retratado com um número pequeno de palavras, mas, traz implícita uma expansão de significados que podem ser imaginados.
    Leitura agradável, fluida, ágil, bem ritimada.
    Parabéns pela sensibilidade. Boa sorte! Abraço.

  51. Valéria de Lima Vianna
    23 de janeiro de 2020

    Emocionalmente forte. A promessa feita e cumprida, ainda que levada pela brisa. A falta de sentido, família, morte. Caminhos apartados, cruzados. Tudo ali, contido na narrativa. Parabéns.

  52. Angelo Rodrigues
    23 de janeiro de 2020

    Conto saudade, o vento levou.
    Filho / filha promete conseguir uma morada para a mãe [família], e só a consegue quando ela já está morta. Ele cumpre a promessa e apresenta a escritura a ela em seu túmulo; e volta para São Paulo.
    Um vento que chega e leva a escritura embora.
    Um daqueles contos que joga cebola em seus olhos até tirar uma lágrima.
    Tem um bom desenvolvimento e entrega o que promete.
    Boa sorte.

  53. Rodrigo Fernando Salomone
    23 de janeiro de 2020

    Parabéns, belo conto. Ao mesmo tempo que mostra a perseverança em realizar um sonho, mostra que talvez na busca desse, acabamos perdendo momentos bons durante a trajetória. Boa sorte.

  54. Jorge Miranda
    22 de janeiro de 2020

    Eu diria que seu conto é contundente, conciso e de uma sensibilidade muito grande, mas me contento em dizer que ele me emocionou. Parabéns!

  55. Augusto Schroeder Brock
    22 de janeiro de 2020

    Olá!
    Microconto na medida, em tamanho e carga emocional.
    Parabéns.

  56. Regina Ruth Rincon Caires
    22 de janeiro de 2020

    Microconto brilhante! Descreve a luta para se realizar um sonho. Não só um sonho, uma necessidade. Acredito que toda pessoa tenha o desejo de ter um canto, uma morada onde possa se sentir segura. Ter um teto. Este é o teor deste microconto. A mãe não pode sentir, em vida, a alegria de desfrutar da casa própria. Quando a filha (ou filho) conseguiu adquirir o imóvel, já era tarde. Texto denso, de puro sentimento. Emocionante. Em poucas palavras, o autor colocou uma situação tão dolorida e tão real.

    Parabéns, Lu Mendes!

    Boa sorte no desafio!

    Abraços…

  57. Nilo Paraná
    22 de janeiro de 2020

    micro conto curto, resumido como deve ser. bem escrito, sem gordura. promessa cumprida e levada pelo vento. muito bom.

  58. leandrociccarelli2
    21 de janeiro de 2020

    Gostei do final, pensei na passagem, mas era da promessa e da escritura que se falava. Título poético e texto direto, muito bem escrito. Sorte!

  59. Emanuel Maurin
    21 de janeiro de 2020

    Fazer o que, a vida é assim, nem sempre dá tempo de cumprir o prometido. Conto muito bem escrito e de fácil interpretação. Boa sorte

  60. Cilas Medi
    21 de janeiro de 2020

    A tristeza familiar é sempre comovente.
    Uma promessa é sempre relevante.
    A lágrima lava o sentimento e é mais do que importante.
    A escritura não tem mais valia para quem parte.
    Livre, leve, solto, coerente e simples, de fácil leitura.
    Sorte!

  61. Nelson Freiria
    21 de janeiro de 2020

    Se formos seguir a linha de pensamento mais óbvio, temos um simples drama familiar. Queria ter visto algo além disso, mas da maneira que foi feito criou uma cena bem tocante.

  62. angst447
    21 de janeiro de 2020

    O filho ou filha volta de São Paulo para cumprir uma promessa. Consegue comprar a casa em que a mãe morava, mas tarde demais, pois a senhora já havia falecido. O conto nos faz pensar no tempo que perdemos lutando para obter coisas que não trarão a felicidade de estar junto a quem amamos. Ao mesmo tempo, enfatiza o valor da palavra dada. Triste, conciso e comovente. Boa sorte!

  63. Gustavo Araujo
    20 de janeiro de 2020

    Um texto que diz muito com muito pouco. Creio que é essa a maior qualidade de um micro conto. Dá para fazer mil interpretações, todas coerentes e válidas, dependendo de quem lê. Na minha cabeça temos essa pessoa que, aparentemente deixou a família para trabalhar em São Paulo. Trabalhou tanto que conseguiu juntar dinheiro para comprar uma casa para a mãe, que ficou na cidade natal. Só que quando ela, a pessoa, finalmente conseguiu comprar o imóvel, a mãe já não podia aproveitar. Nesse enredo, temos um conto que fala de escolhas, de renúncias, de chegadas e partidas, de arrependimentos, daquela vontade essencialmente humana que nos faz deixar a família em busca de um futuro para nós mesmos em termos patrimoniais. O arrependimento vem quando percebemos que essa busca, a matéria em si, de nada vale quando não estivemos ao lado de quem amamos, especialmente na hora em que eles partem. Nesse aspecto, o conto acerta em cheio, pois toca em pontos universais, em questões de profundo apelo filosófico. Por isso arrebata. Parabéns e boa sorte no desafio!

  64. Luiza Moura
    20 de janeiro de 2020

    Gosto dessas histórias que nos fazem imaginar os personagens… Muito bem escrito!

  65. Gio Gomes
    20 de janeiro de 2020

    Compacto, fluido e original. Você conseguiu transmitir a mágoa do(a) protagonista com sucesso. Adorei a inserção do êxodo nordestino (não sei se no norte tbm se diz “mainha”), sutil e intensificando o sentimento envolvido. Promessa cumprida, meus parabéns!

  66. Bia Machado
    19 de janeiro de 2020

    Olá, tudo bem? Gostei do conto, gostei da forma como foi contada, mas não sei o motivo, não me emocionou tanto como poderia, eu acho. Ou talvez eu tenha lido muitos micros com o tema “morte” hoje. Mas a sua forma de desenvolvimento foi muito boa e gostei dos “pequenos detalhes”, como o “mainha”. Interessante que você não deixa claro se a personagem é homem ou mulher. Eu imaginei uma mulher. 😉 Obrigada!

  67. drshadowshow
    19 de janeiro de 2020

    Nossa. Que chute no pulmão. Que tragédia não poder cumprir a promessa em vida. Que merda é a morte, não? Belo retrato da nossa sociedade “capetalista”, que desfaz tantas famílias com seus sonhos bugueses, e ainda glorifica essas tragédias. Maravilhoso.

  68. Eder Capobianco
    19 de janeiro de 2020

    Profundo e cativante……….seria um micro-comentário de um micro-conto…………..aehahehaeha…………….incrível a expressão de identidade do personagem em um ato, um pequeno instante, descrito com as palavras exatas……………..o localismo que “mainha” revela…………a fidelidade inabalável de um filho com sua memória…………o simbolismo do vento soprando (a palavra certa!) a escritura como que tirando o peso das costas de um personagem cansado e já corcunda por causa dele……………..parabéns!

  69. jetonon
    19 de janeiro de 2020

    Muitos acontecimentos são surpreendentes e deixa o indivíduo com muitas dúvidas. Outros já são a solução para um problema. De uma forma ou de outra deixar- se envolver é uma maneira muito peculiar, mas deve-se escolher o momento.
    Boa sorte!

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Publicado às 19 de janeiro de 2020 por em Microcontos 2020 e marcado .
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