Priscila Pereira
Priscila Pereira nasceu e ainda mora em Passa Quatro, interior de Minas Gerais. É esposa e mãe, cristã convicta e leitora feroz. Começou a escrever na adolescência, toda a sua … Continuar lendo
A Torre (Priscila Pereira)
Foi naquela torre que tudo começou. Ninguém sabia quem a havia construído, nem qual era o seu propósito. Era apenas uma torre, no meio do nada. Era de pedra bruta. … Continuar lendo
Kelly Hatanaka
Por Priscila Pereira Constância, superação e personalidade definem a jornada de Kelly Hatanaka no EntreContos. Acostumada a estar sempre no pódio nos extintos desafios do Lume, quando aqui (no melhor … Continuar lendo
Ausência (Priscila Pereira)
O frio e a escuridão chegaram à minha vida sem que eu esperasse. Um frio de congelar os ossos e uma noite perpétua. Mas antes eu era sol e luz. … Continuar lendo
Amanhã – Conto (Priscila Pereira)
Chovia lá fora. E dentro, algumas gotas escorriam das frestas das janelas e outras mergulhavam em potes, do teto. Helena fingia não notar. Fingia não estar chateada, cansada, desgostosa da … Continuar lendo
Biscoitos e Queijo (Priscila Pereira)
Lá estavam eles, a mil por hora na bicicleta vermelha chamejante. Carlos dando a vida em cada pedalada e Astolfo com o focinho no buraco da caixa de sapatos, bem … Continuar lendo
Mea Culpa (Priscila Pereira)
No quarto escuro, iluminado apenas pela parca luz do poste que invade as frestas da janela, você ouve passos. Sabe que são as batidas do coração, ecoando em seus ouvidos, … Continuar lendo
Quando as estrelas criam asas (Priscila Pereira)
Cecília ficou na pontinha dos pés e esticou a mãozinha, melada de doce, tentando alcançar a estrela. — Olha, mamãe, uma estrela voante. Faz um pedido! — Não é uma … Continuar lendo
Pecado – Conto (Priscila Pereira)
— Me perdoe, padre, porque vou pecar. Depois de alguns segundos de silêncio, ele responde: — Não é assim que funciona a confissão, minha filha, se não pecou ainda, simplesmente … Continuar lendo
A Poucos Passos de Casa (Priscila Pereira)
Quando Lívia nasceu disseram que era perfeita. Como toda criança deveria ser. Era doce e meiga, mas tinha tendência ao choro livre e sentido. Chorava até cansar, assim que entardecia. … Continuar lendo
O bar na beira da estrada – Conto (Antonio Stegues Batista e Priscila Pereira)
Sentado na varanda da casa na chácara, Afonso observava os campos, que no passado, estavam cobertos de lavouras de soja e batata. A fazenda do avô se estendia até perder-se … Continuar lendo
O Universo num Pé de Manga (Leo Jardim, Priscila Pereira e Fabiano Dexter)
Acordei quando o ônibus pulou num dos quebra-molas transparentes da entrada da cidade. Até o motorista mais experiente era incapaz de perceber aquela loteria de elevações na pista com ausência … Continuar lendo
Ensaio Sobre a Morte (Priscila Pereira, Bruna Francielle e JP Félix da Costa)
“Como, podendo ser imortal, alguém escolhe a mortalidade? Escuto muito isso, hoje em dia. Mas a minha resposta continua sendo: Como, podendo ser mortal, alguém escolhe a imortalidade? Tenho pensado … Continuar lendo
O Primeiro Dia (A Chegada dos Olhos-De-Mosca) (Silvio Vinhal, Fabiano Dexter e Priscila Pereira)
Cheguei até a janela de vidro, abri a persiana e me surpreendi com o que acontecia lá fora. Não havia nenhum ruído mais forte. Era uma madrugada incrivelmente silenciosa, ligeiramente … Continuar lendo
O Bosque das Mariposas – Conto (Priscila Pereira)
Depois de algum tempo sentada em um tronco meio tombando, olhando para as folhas secas que desprendiam e caiam lentamente das árvores, Vanessa notou que o sol já havia baixado … Continuar lendo
O Experimento (Priscila Pereira)
Otávio gostava de limpar o laboratório de física da universidade. Sempre ficava algum tempo conversando com o professor. Era inteligente e esperto, mas a vida e as circunstâncias tinham moldado … Continuar lendo
Quem Eu Costumava Ser (Priscila Pereira)
Quando acordei não existia nada. Apenas um completo e silencioso vazio. Daqueles que sugam tudo ao seu redor. Mesmo que não haja nada para sugar. E depois de uma eternidade … Continuar lendo
Dia de sorte (Priscila Pereira)
Passada a adrenalina, suas mãos tremiam segurando a faca que ainda pingava sangue no chão. Sentado no sofá, na semi escuridão, Oscar tentava processar o que havia feito. Fechou os … Continuar lendo
[EM] O caso da garota desaparecida e dos animais possuídos (Priscila Pereira e Antonio Stegues Batista)
─ Então, você não está magoado? ─ É claro que estou triste pelo fim do nosso relacionamento. Mas eu entendo. Não posso obrigar você a me amar. Chamei você para … Continuar lendo
[EM] Estação 71 (Priscila Pereira e Fabio D’Oliveira)
— Você sabe que não posso, Rodrigo. Jaqueline se despediu do gerente com um rápido aceno de mão, saindo pela porta dos fundos do restaurante e ignorando o restante da … Continuar lendo
Bença, mãe – Conto (Priscila Pereira)
— Mãe, tá me ouvindo? Tô aqui com a senhora agora, pelo menos uma horinha por dia. Tenho certeza que pode me ouvir. Aperta a minha mão, vai. Tenta, pelo … Continuar lendo
O Movimento do Coração (Priscila Pereira)
— Eu preciso mesmo ir? — Resmungou Vitor, fazendo careta. — Precisa, sim. Todos passam por isso quando completam dezoito anos. Faz parte da vida. Há uma necessidade de experimentá-la. … Continuar lendo
Neblina – Conto (Fabio D’Oliveira e Priscila Pereira)
Sempre gostei das metrópoles. Da acessibilidade, do movimento elétrico, dos barulhos constantes. Sou inquieta, cheia de energia, então acho que seja natural gostar desse tipo de ambiente. Mas quando minha … Continuar lendo
As memórias não satisfazem a alma (Priscila Pereira)
−Olá, Tom. Como foi seu dia? −Acessei as memórias aleatórias e vivi um dia na praia. O sol brilhava, mas não aquecia. Eu ouvia o vento e as ondas, mas … Continuar lendo
O Som e o Silêncio (Priscila Pereira)
Apoio sonoro: clique aqui “Olá, escuridão, minha velha amiga…” Gamesh surgiu das profundezas e pousou seu olhar perdido entre as árvores do Bosque Sagrado. “Guardiã dos sonhos perdidos … Continuar lendo
Alma de Fada (Priscila Pereira)
“Sou Alma lavada, sou Fada, Caminho no infinito, Cruzando abismos, Desfazendo feitiços, Enfrentando perigos, Protegida em minha bolha de sabão.” Alma nunca gostou do seu nome até ouvir … Continuar lendo
Uma cantora fantástica (Priscila Pereira)
“Cantora asiática tem carreira meteórica!” “Super estrela mundial faz primeiro show no Brasil.” Pedro revirou os olhos enquanto lia as notícias em seu tablet. Não entendia o porquê de todo … Continuar lendo
Morte súbita (Priscila Pereira)
Ai! Que dor… Espera aí, o que aconteceu? Não, não acredito nisso! Eu morri? Mas como assim? Agorinha mesmo eu estava bem, andando tranquilamente pela rua, até pensava na lasanha … Continuar lendo
O Resgate (Priscila Pereira)
Uma nova manhã estava prestes a nascer e a escuridão cedia aos poucos, relutante em desaparecer por completo. O cheiro de mata cerrada se acentuava com o orvalho e o … Continuar lendo
Naquele dia – Conto (Priscila Pereira)
Como olhar em teus olhos, sabendo que contêm a intensidade primordial? Como receber teu sorriso, sabendo que pode aquecer o universo? Como te abraçar, sabendo que teu toque estremeceria os … Continuar lendo
Medonha (Priscila Pereira)
– Medonha, medonha, vai morrer sozinha! Medonha ainda ouvia as crianças gritando ao longe. Gritavam e corriam, nunca ficavam para ver o que essas palavras provocavam na moça. Seu nome … Continuar lendo
A metade da laranja – Conto (Priscila Pereira)
As tragédias da vida me intrigavam, pois, depois de certo tempo a vida continuava a fluir e abriam-se novos caminhos antes inexploráveis. A fatalidade pode unir pessoas que nunca se … Continuar lendo
Expectativa (Priscila Pereira)
Sinto o chão sob meus pés enquanto corro, o vento bagunça meus cabelos e o sol invade meus poros, sinto-me livre, poderosa, invencível! Um gigante surge no horizonte, pego minha … Continuar lendo
Esperança Negra (Priscila Pereira)
Logo no início da Nova Era todos os humanos foram cadastrados, catalogados, seus óvulos ou espermatozoides foram coletados e seus órgãos reprodutores foram esterilizados. Com o avanço da biotecnologia e … Continuar lendo
Noite de Confidências (Priscila Pereira)
Marcelo anda solitário pelas ruas impulsionado por um comichão na consciência que não o deixava ficar em paz. Era uma noite muito fria e a lua brilhava, redonda, prateada e … Continuar lendo
Labirinto (Priscila Pereira)
Entre espinhos e rosas, numa curva sombria, eu me vejo. Não sei para onde ir. Em um lado, solidão, neblina e mistério. No outro lado o luar entre as folhas … Continuar lendo
Senilidade – Conto (Priscila Pereira)
Como poderia ser isto? Agora mesmo olhei e julguei ver bem, vi o relógio antigo de mamãe, que estava atrasado alguns minutos por falta de darem-lhe a corda. Agora o … Continuar lendo