“Cantora asiática tem carreira meteórica!”
“Super estrela mundial faz primeiro show no Brasil.”
Pedro revirou os olhos enquanto lia as notícias em seu tablet. Não entendia o porquê de todo mundo estar obcecado por essa cantora. Tudo bem que a voz dela era boa, muito boa, na verdade. A moça era bem bonita, do tipo misteriosa, mas ao contrário do que se poderia imaginar, ela não usava a sensualidade para se promover. Seus olhos puxados e os lábios bem desenhados eram perfeitamente emoldurados por longos cabelos castanhos, levemente ondulados. As músicas é que eram chatas, um tédio, mas o mundo parecia discordar dele, como sempre. Fechou as notícias e abriu seu blog.
“funkeira@delícia disse em 28 de outubro de 2017:
Vê se se toca otario, esse funk é perfeito! Se você não gosta, não mete o pau, é só não ouvir, crítico de merda!!!”
“Inconformado disse em 03 de novembro de 2017:
Você não pode se chamar de crítico musical se só fala bem das músicas caretas cara, o que o povo gosta você critica, vai entender? Nunca ouviu a expressão: A voz do povo é a voz de deus? Se quiser ser um bom crítico, vê se fala bem do que o povo gosta. Fica a dica cara, de nada.”
Quase jogou o tablet longe lendo os comentários em suas resenhas, mas não podia se dar ao luxo de comprar um novo. Era o blogueiro musical mais odiado do momento, pensou pela milésima vez em desistir, mas continuava por pura teimosia. Tomou o resto do refrigerante morno, amassou a latinha e arremessou na lixeira, que já estava transbordando. Olhou ao redor do minúsculo apartamento, abarrotado de discos, CDs, revistas, instrumentos musicais, alguns livros. Esfregou os olhos, que ardiam com a constante falta de luz natural, tirou os fones de ouvido e começou uma pesquisa sobre a modinha do momento, a super estrela mundial. Faria uma crítica justa sobre ela e provavelmente essa seria sua última resenha.
Depois de um tempo desistiu, não achava nada de novo, nada sobre o passado, nem família, nada. Como se ela existisse só nesse período de um ano entre o dia que começou a cantar em um barzinho até os shows internacionais superlotados dos dias de hoje. Colocou o fone no ouvido e apertou o play para ouvir mais uma vez os maiores sucessos dela e ver se entendia tanta veneração. Não. Nada. Só tédio e sono. Ajeitou-se no sofá, fechou os olhos e em um minuto já estava dormindo.
Acordou assustado, sugando o ar como se tivesse acabado de emergir de ondas revoltas e espumantes. O sonho tinha sido tão real que sua sensação era de voltar à vida depois de se afogar. Sonhou com o mar, as profundezas escuras e misteriosas, no sonho ele sentiu todo o ar de seus pulmões evaporando, debatia-se em agonia enquanto criaturas marinhas zombavam dele. Tirou os fones que ainda balbuciavam a música da cantora. Decidiu comprar um ingresso e ir vê-la pessoalmente. Ligou para um amigo, que tinha tentado vender seu ingresso dias atrás.
– Alô, Marcos, ainda quer vender aquele ingresso pro show da Jill?
– Quero sim cara, não vou poder ir mesmo, é uma pena porque adoro ela…
– Você é doido… Quero comprar, vou fazer uma pesquisa de campo pra minha resenha.
– Que ótimo… olha cara, vê se capricha nessa resenha, não tem como você não gostar dela.
– Só escrevo a verdade. Tchau!
O show começou. Centenas de fãs gritavam enlouquecidos, Ji Ho ou Jill como era chamada no ocidente, entrou no palco e como de costume sentou-se em uma banqueta em frente ao microfone. Pedro havia conseguido um lugar bem na frente e tinha uma ótima visão da cantora. Ela era linda, muito mais bonita do que nas fotos.
Sua voz era suave e hipnotizante, Pedro olhava perplexo para as pessoas ao seu redor, todas pareciam estar entrando em transe, cutucou de leve o homem ao seu lado e ele nem percebeu, repetiu o gesto com mais força e foi ignorado novamente. Parecia que ele era o único desperto no meio de uma multidão de sonâmbulos. Quando voltou a olhar para frente percebeu que ela olhava fixamente para ele, parecia perturbada com alguma coisa.
Ao mesmo tempo em que Jill ficou apreensiva vendo um homem que não conseguia hipnotizar, achou um pouco divertido, esse era o primeiro, imaginava o que ele teria de especial, mas não iria perder tempo tentando descobrir, seu objetivo era claro como cristal, ser a cantora mais famosa do mundo. Tinha o poder para isso então porque não usá-lo? Não queria ficar como sua mãe, que não usava seu talento para benefícios próprios, passando a vida toda só dedicando-se ao seu pai, um simples humano. Ainda bem que conseguiu herdar seu maravilhoso dom. Não deixaria nada ficar em seu caminho.
Pedro tirou o máximo de fotos que conseguiu, fez várias anotações em seu tablet, era visível demais que alguma coisa estava errada naquele show. Que todos estavam em transe ou hipnotizados ele tinha certeza, mas como? Nunca ouvira falar de hipnose em massa. Seus pensamentos voavam:
“Então foi assim que ela conseguiu sua fama meteórica, fácil e conveniente. Será que foi assim que Hitler conseguiu levar tanta gente a acreditar nas barbaridades que ele pregava? Mas eu vou desmascarar essa mulher, só preciso descobrir como ela faz.”
Jill fez uma pausa e com um gesto chamou Pedro para subir no palco, ele não entendeu de imediato, mas ela continuou chamando, vendo sua chance de chegar mais perto da cantora e, quem sabe, descobrir alguma coisa, ele foi. Subiu no palco e ficou frente a frente com ela.
Uma sensação estranha o amedrontava, viu que Jill usava um medalhão com a imagem de uma sereia gravada nele, na mesma hora lembrou-se do sonho e começou a sentir falta de ar. Jill olhou profundamente em seus olhos e disse com sua voz melodiosa:
– Alguns humanos são mais resistentes, mas nunca imunes.
Colocou as mãos no pescoço de Pedro e beijou-o longamente. A sensação do estar se afogando voltou com toda a força, parecia que todo o ar estava sendo sugado de seus pulmões. Não aguentaria muito tempo. Manchas escuras foram toldando sua visão. Logo só havia escuridão.
Pedro acordou com seu celular tocando, só o ato de abrir os olhos era quase insuportável, sua cabeça parecia que ia explodir. Atendeu ao celular com dificuldade. Era o Marcos.
– Alô, Pedro, onde você está?
– Em casa, eu acho… – Disse olhando ao redor
– E aí, como foi o show? Conseguiu muito material para a resenha?
– Sei lá cara, não consigo lembrar de nada, eu devo ter bebido todas depois do show. Não tô achando minha câmera, nem meu tablet, que droga, tava tudo lá. Não tem importância. A única coisa que eu sei é que a Jill é uma cantora fantástica. Essa vai ser uma resenha que o povo vai amar, até que enfim!!
Umas hipnotizam com poderes, medalhão, outras com a bunda. Difícil é hipnotizar com a música.
Achei o conto bem atual e divertido. Entendi o drama do sujeito com as respostas nas redes sociais..hahaha. Muito bacana esse lance do público hipnotizado. Porém, devo dizer que o contou terminou do nada, muito abrupto. Sim, é possível considerar como final, já que ele também foi vítima da cantora e agora também seria um seguidor, mas mesmo assim, a história prometia um pouquinho mais.
19. Uma cantora fantástica (Mulher Invisível):
A PREMISSA, a relação de atração e repulsa do Crítico e da Cantora-Sereia (gostei do detalhe do medalhão), inclui claramente o poder e a consequência dele, apesar de não tentar explicar como ela adquiriu esse poder. Já a TÉCNICA, apesar de simples, dá o recado e cumpre a função de levar a história adiante. Quanto ao APRIMORAMENTO, gostaria de ler mais sobre a história da Jill, como ela se tornou uma sereia.
Uma cantora fantástica (Mulher Invisível)
Trama: Crítico musical tenta compreender o motivo de uma cantora ser tão aclamada.
Impressões: O conto traz uma questão importante acerca da idolatria, opinião própria versos manipulação das massas – em tempos de cantores ruins sendo empurrados goela abaixo nas pessoas que acabam consumindo porcarias fonográficas sem se questionar; músicas que não carregam nenhuma bagagem cultural apenas bestializa o ser humano, é bom ver um conto com essa pegada que você nos trouxe. Infelizmente, a meu gosto, você não acertou no tom. Achei o conto um pouquinho raso, o final acelerado; faltou doses de emoção, de carisma ao protagonista, de sensualidade (por que não? Afinal, ela era uma “sereia”). Dá para incrementar esse meio aí e fazer uma obra bem melhor. E quantos personagens asiáticos tivemos neste desafio!!
Linguagem e escrita: É ótima. Fluida. Conduz bem o texto e o enredo, agradável de ser ler.
Veredito: Um bom conto, mas a sensação que dava para ser um contaço.
Olá, Mulher Invisível. Desejo que esteja a viver um excelente período de festas.
Começo por lhe apresentar a minha definição de conto: como lhe advém do próprio nome, em primeiro lugar um conto, conta, conta uma história, um momento, o que seja, mas destina-se a entreter e, eventualmente, a fazer pensar – ou não, pode ser simples entretenimento, não pode é ser outra coisa que não algo que conta.
De igual forma deve prender a atenção, interessar, ser claro e agradar ao receptor. Este último factor é extremamente relativo na escrita onde, contrariamente ao que sucede com a oralidade, em que podemos adequar ao ouvinte o que contamos, ao escrever vamos ser lidos por pessoas que gostam e por outras que não gostam.
Então, tentarei não levar em conta o aspecto de me agradar ou não.
Ainda para este desafio, e porque no Entrecontos se trata disso mesmo, considero, além do já referido, a adequação ao tema e também (porque estamos a ser avaliados por colegas e entre iguais e que por isso mesmo são muito mais exigentes do que enquanto apenas simples leitores que todos somos) o cuidado e brio demonstrados pelo autor, fazendo uma revisão mínima do seu trabalho.
A nota final procurará espelhar a minha percepção de todos os factores que nomeei.
…
Então temos semi-sereia, metade humana (prefiro não saber como foi para concebê-la e o que terá sucedido ao pai). O conto é rápido, inteligente e bem escrito. Fica claro que ela hipnotizava quantos a ouviam, mas ainda bem que essa explicação só surge já durante o espetáculo, pois assim podemos acompanhar os raciocínios de Pedro e as suas pertinentes razões para não se deixar enfeitiçar – o que vem a suceder uma vez que “ninguém é imune”. É um superpoder, sem dúvida. Atende ao desafio. Preferiria que tivesse sido o da invisibilidade, muito mais útil e não nefasto como este pelo que optou. Parabéns e boa sorte no desafio.
Feliz 2018!
Oiii. O conto é bem criativo. Apesar de ser bem curto a história é completa. A história de um crítico de música chamado Pedro que parece imune aos encantos de uma cantora com poder da voz hipnotizante das sereias. Em um primeiro momento pensei que ela fosse o matar quando pediu para ele subir no palco, mas acho que ela viu que ganhava mais deixando ele vivo, seria outra pessoa para falar bem da carreira dela, outro fã. Mas o que mais gostei foi do final, pois ele surpreende porque mostra que no fim a cantora conseguiu o objetivo dela e que conseguiu até fazer o Pedro escrever uma resenha positiva. Parabéns. Boa sorte.
– Enredo: 0,7/1 – Ahhh, Mulher Invisível, o que foi isso que fez nesse conto? Estava tudo indo tão bacana até o momento em que o rapaz sobre ao palco… E aí… E aí… por que terminar tudo assim, dessa forma? Abrupto demais. Antes, estava achando muito bacana…
– Ritmo: 0,7/1 – Então, estava tudo indo bem, muito bem, até a parte em que ele sobe ao palco. Aí comecei a ler pensando comigo mesma: “não acredito, não acredito, não faça isso, não… Fez!)
– Personagens: 1/1 – Gostei deles, por isso não me conformo, rssss…
– Emoção: 0,8/1 – Eu gostei do conto, muito mesmo… até a parte em que ele acorda, depois de subir ao palco.
– Adequação ao tema: 0,5/0,5 – Sim, adequado.
– Gramática: 0,5/0,5 – Não percebi nada de mais, se havia não notei durante a leitura.
Dica: Repensar a narrativa a partir da parte em que ele sobe ao palco (desculpe estar sendo tão repetitiva!)
Frase destaque: “Parecia que ele era o único desperto no meio de uma multidão de sonâmbulos.”
Obs.: A somatória dos pontos colocados aqui pode não indicar a nota final, visto que após ler tudo, farei uma ponderação entre todos os contos lidos, podendo aumentar ou diminuir essa nota final por conta de estabelecer uma sequência coerente, comparando todos os contos.
A escrita não compensa o enredo pobre, e vice-versa. Apesar de não gostar de alegorias, o K-pop vai dominar o mundo, e se o conto explorasse melhor isso talvez fosse bacana.Tente refazer o trabalho apostando em frases menos usuais.
Caro(a) autor(a).
Antes de tudo, interpretações do literário são versões acerca do texto, não necessariamente verdades. Além disso, o fato de não haver a intenção de construir essa ou aquela imagem no conto não significa a inexistência dela.
O conto aborda o que talvez seja a grande questão do mundo contemporâneo: a espetacularização da vida. É um processo pelo qual as coisas do cotidiano só passam a ter importância se forem demonstradas aos sujeitos por meio de uma narrativa espetacular. O jornalismo (nas versões escrita, televisiva e radiofônica), com sua “imparcialidade”, cumpre muitas vezes o papel de espetacularizar versões dos fatos. É um procedimento que adveio do espetáculo literalmente falando, do show.
Na espetacularização, a formação de consensos se dá à força da “opinião pública”, não pela análise crítica. Com isso sofrem os críticos literários, de cinema, de teatro, de música, que pretendem ser minimamente honestos em seu ofício porque se determinado livro, filme, peça ou cantor(a) caiu no tal “gosto do povo”, que é manipulado pela mídia, isso significa no senso comum que a obra tem qualidade artística, já que a espetacularização mistura os conceitos de arte e entretenimento. Vejamos o que diz um dos internautas: “Nunca ouviu a expressão: A voz do povo é a voz de deus? Se quiser ser um bom crítico, vê se fala bem do que o povo gosta. Fica a dica cara, de nada”. Um parêntese: o(a) autor(a) foi bastante feliz, nesse trecho, ao fazer o internauta fazer uso de uma frase feita (“a voz do povo…”), recurso comuníssimo nos sujeitos espetacularizados.
O drama por que passa o protagonista sugere que a causa é o fato de o artisticamente ruim ser elevado à condição de obra-prima. Ao fazer essa abordagem o(a) autor(a) toca transversalmente numa característica da espetacularização: a fabricação e a instantaneidade do mito. Vemos isso na busca que o protagonista faz pelo passado da personagem e descobre que é “Como se ela existisse só nesse período de um ano entre o dia que começou a cantar em um barzinho até os shows internacionais superlotados dos dias de hoje”.
No conto, ao fim e ao cabo, o protagonista sucumbe à espetacularização (“A única coisa que eu sei é que a Jill é uma cantora fantástica. Essa vai ser uma resenha que o povo vai amar, até que enfim!!”), e isso aborda uma espécie de sequestro de consciência que a espetacularização provoca em muitos críticos das áreas acima citadas, e que por esse maio passam a fazer o jogo do mercado. Já viu aquelas “resenhas”, totalmente acríticas, só confetes e serpentinas usando apenas termos do senso comum, que na verdade são propagandas mal disfarçadas? É disso que estou falando.
Todos esses aspectos, no entanto, poderiam ter sido trabalhados no conto de modo mais consistente, de modo que a narrativa ficasse tão redonda quanto o fator ideológico por mim abordado. Há pontos que poderiam ser mais bem esmiuçados, como a passagem em que a cantora fica perturbada com a presença de alguém não afetado por sua voz. A própria cantora é uma personagem que merece um tratamento mais amplo.
Olá, Mulher Invisível!
Olha, sua escrita é leve, fluida e o conto é veloz, claro e direto no que se propõe.
Achei de uma inteligência imensa a forma com que vc narrou a trajetória do crítico e seu encontro com Jill, o que, além de todo o contexto de aventura e fantasia nos remete à essa onda de tantos astros-cometa, dá para pensar bem seguindo a linha do seu raciocínio.
Achei o final super diveertido, imaginei que daria um bom filme.
parabéns e Feliz Natal!
Abraços
Olá, autor.
Conto inteligente, moderno, bem atual que fala do fenômeno hoje tão conhecido que é o da popularidade instantânea. A escrita é ágil, o personagem do crítico é verossímil, e achei muito criativo que o pode não estivesse com o protagonista, mas com a cantora-sereia.
O conto se adequou ao tema, não vi problemas gramaticais, a história tem uma pegada adolescente, a escrita flui bem. A única ressalva é que os personagens não geram empatia. Mas, acredito que isso se deve ao fato de um dos personagens ser um chato e o outro ser a vilã. Aí não rola empatia mesmo.
É isso. Tenha muita sorte no desafio, autor.
Abraços e um natal maravilhoso.
Iolanda.
Saudações
O conto apresentado tem uma linguagem conectada com os meios de comunicação desta parte final segunda década deste terceiro milênio. Ambientado nos dias atuais, o conto apresenta a idolatria massificada sobre uma artista e como os fãs da mesma reagem de maneira agressiva qualquer crítica em relação ao trabalho dela.
O público conduzido como “massa de manobra” ficou demonstrado no show de Jill frequentado pelo crítico musical Pedro, no qual ela percebeu que ela não estava sobre seus dominios.
Esse conceito sobre o funcionamento da indústria musical e a construção de celebridades com uma roupagem que atende aos dias que vivemos deixou o trabalho bem interessante. O final do conto entendo que poderia ser melhor desenvolvido.
Parabéns pelo trabalho e sucesso
Olá , Mulher Invisível,
1- Tema: Se adequa perfeitamente nos parâmetros do desafio.
2- Gramática: Excelente. Nenhum erro que eu percebesse. Trechos simples e de ótimo entendimento. Naturalidade e objetivo.
3- Estilo – História contada do ponto de vista próximo ao do protagonista. Imparcial e descritivo. Um boa história de mistério e ficção, mas que poderia ser mais bem desenvolvida.
4- Roteiro; Narrativa – Começa de forma muito boa, demonstrando a antagonista e a vida do protagonista de forma verídica e simples. A narrativa flui muito bem e prende o leitor até os momentos finais. Entretanto, o final, mesmo atípico, me pareceu muito aquém do esperado. Uma mulher com poderes vampíricos tipo “presença”e “voz sedutora” (direto do RPG Vampiro : A Máscara), que expressa seu objetivo, mas que pega o protagonista de forma muito simples e pouco explorada. Um final rápido que me deixou um gosto amargo de “História não concluída”
Resumo: Conto bem escrito, personagens bem elaborados , mas com um final abrupto e anti-clímax.
Grande abraço!
Olá, Mulher Invisível, gostei da crítica que você faz aos ídolos que surgem de uma vez. Parecem fabricados, eis que não se encontra em suas obras profundidade e valor suficientes para tais sucessos. E você, através desse crítico que não conseguia enxergar o que a cantora tinha de interessante, vem me retratar essa realidade tão pós moderna. Mas aí tem uma diferença. Você descobre o que acontece e nessa explicação que você me apresenta, fica claro o superpoder da garota. Ela é uma tremenda hipnotizadora das massas. Tão forte é esse seu superpoder que o crítico, seu halter ego, termina por sucumbir ao estranho e intenso poderio da garota. Disso tudo gostei. Do que não gostei? Achei o enredo linear demais, por demais simples. Achei que um tema tão interessante mereceria maior aprofundamento e cuidados. Senti que poderia trabalhar um pouco mais a personagem da cantora. Sim, eu sei, você disse isto com todas as letras, que não havia nada sobre o seu passado, nada que fosse além de um ano atrás. Mas achei pouco somente as pinceladas que ela passa referente aos tempos em que não era importante. Enfim, Mulher Invisível, achei que você ficou me devendo… Abraços.
Achei a ideia interessante, apesar do crítico ser um cara tãoooo chato kkk’ Só acho que os personagens mereciam mais desenvolvimento. O crítico e, principalmente a cantora. O conto me lembrou um episódio de um desenho da minha infância — Três Espiãs Demais — no qual um produtor hipnotiza os fãs de seus clientes para alcançar a fama. Foi uma bela lembrança.
Tratando-se, ainda, de uma sereia queria saber mais sobre ela. Queria ouvir mais ela e um desenrolar mais profundo da história. Digo isso justamente porque achei esse mote diferente e interessante. Pode continuar curtinho, mas seria legal ver os personagens aparecendo de uma forma mais significativa. Ainda mais que está narrado em terceira pessoa, o que possibilita navegar entre o mundo de um e do outro.
Boa sorte!!
=====TRAMA=====
A história é pequena, desenvolvendo rapidamente para um clímax esperado e um final razoavelmente previsível. Com toda a sua pressa na escrita, achei que este conto tentaria contar muito mais do que caberia em 2500 palavras… até que ele acabou bem antes, em 1200, e fiquei com aquela interrogação pairando sobre a minha cabeça.
Pedro foi razoavelmente bem desenvolvido, mas Ji Ho quase não viu uma construção de personagem. Você tinha mais que o dobro de espaço para trabalhar um pouco a história dela também, mas resolveu abordá-la em um parágrafo único, meio “largado” no meio do conto, onde ela reflete rapidamente sobre o seu poder e a forma que a sua mãe o utiliza.
Eu esperava mais do clímax. Foi “fácil demais” para Ji Ho. Nada fugiu do esperado, e isso decepciona um pouco. Talvez se ela descobrisse que o seu poder não funciona com pessoas que se apaixonaram por ela… ou em pessoas pela qual ela se apaixonaria, sei lá. Um chute. O que eu quero dizer é que você estabeleceu uma regra no seu conto: Ji Ho hipnotizava as pessoas. Agora, cabe a você, como autor, QUEBRAR esta regra e fisgar o leitor. O que aconteceu, porém, foi o leitor ver a criação de uma regra e então acompanhar toda a história seguindo esta regra até o final. The end.
=====TÉCNICA=====
A autora que eu vi no início do conto parece diferente da autora que escreveu o miolo e o final. Parece que no início você estava mais inspirada ou empolgada, escrevendo descrições mais elaboradas e trabalhando melhor na imersão. Do meio pro final, porém, sua narrativa correu DEMAIS. Tudo aconteceu muito rápido, num fôlego só. No final de um parágrafo Pedro está negociando o ingresso de um show, no início do outro o show já havia começado. Eu (mais que muitos) entendo quando a história é grande demais para o limite de palavras e o autor acaba tendo que cortar muita coisa… mas você ainda tinha umas 1300 palavras para usar!
Tirando isso, não enxerguei erros de digitação ou de português. Sua revisão foi boa. Seu estilo é simples e direto, o que sempre me agrada por prezar a leitura ao invés da forma. Você equilibra bem o “mostrar” e “contar”, e sabe fazer excelentes descrições. Abaixo, destaco uma delas:
“Acordou assustado, sugando o ar como se tivesse acabado de emergir de ondas revoltas e espumantes.”
Um conto-crítica que faz uma metáfora sobre o sucesso meteórico de estrelas pop, que agradam a massa. Eu fico com alguns pés atrás quando se trata desse assunto, porque geralmente caem num tom blasé em que tudo que é pop, que está no mainstream e é pra entretenimento é sinônimo de merda. Felizmente, não caiu nesse tom panfletário. Como gosto muito do tema superpoder e leio muita HQ, foi impossível não relacionar o título (e até uma frase) à personagem Cristal dos X-Men, que é uma cantora (porém transforma som em luz) ou até a nova série The Wicked + The Divine, onde deuses reencarnam como superstars, uma em específico é cantora e tem uma legião de fãs em transe. Toda essa estética e imagem que criou ficou muito boa, além do tom mais infanto-juvenil, trazendo várias características do mundo atual, como a linguagem de blogs, comentários na internet e tudo o mais, dando um ar mais “jovial”, que sempre é interessante.
E também tem a ideia da Sereia 2.0, essa sereia moderna, que encanta não só os marujos, mas toda uma multidão.
Oi Fil, que comentário legal!! Sei que você não vai acreditar, talvez acredite quando souber quem eu sou, mas, não conheço os personagens que mencionou…rsrsrs não tenho ideia de quem são… mas tudo bem, nada mais é novo, tudo é derivado de alguma coisa, fazer o que né. Que bom que gostou e notou tanta coisa boa, tô até surpresa!! Um beijo invisível pra você!
Há um sentido muito profundo neste texto. Quantas vezes não damos com artistas que inexplicavelmente conseguem levar ao rubro o seu público e atingir a fama? É disso que trata o conto, de uma forma elegante e bem escrita. Está bem estruturado, com introdução, confronto e desfecho, o qual é inesperado, conforme esperado. Só achei que a ideia poderia ter ido mais além.
Olá Jorge, seu comentário é um deleite para meus olhos. Obrigada! Um beijo invisível pra você!
Olá, Mulher invisível!
Em primeiro lugar, gostei do pseudônimo. Veio a calhar.
Fiquei decepcionada em saber que o superpoder viesse de um medalhão.
Entendi de forma correta?
Para mim, superpoder não depende de objeto, mas deveria está no indivíduo.
Como batman. Sem superpoder, apenas um cinturão.
Escrita bem feita, mas não me cativou.
Peço desculpas.
Obrigada por escrever.
Olá Sigridi, na verdade o poder não está no medalhão, ele serve apenas como uma referencia e lembrança para a personagem de suas origens, está claro no texto que ela é uma semi sereia, filha de uma sereia e um humano, então seu poder vem daí, do canto hipnotizante herdado da mãe. Pena que não te cativou, quem sabe na próxima! Um beijo invisível pra você!
Ótima pegada infanto-juvenil. Um conto que aposta no fôlego rápido, no ritmo adequado para esse tipo de linguagem. E com a qualidade de nos colocar para pensar, especialmente no que torna pessoas sem qualquer talento em ícones da fama. Celebridades instantâneas são a ponta do iceberg de um jogo que marketing que, na realidade, nos hipnotiza mesmo. O conto, nesse aspecto, é muito feliz porque usando de uma metáfora em que a própria cantora é responsável pela hipnose em massa, revela o quanto somos suscetíveis ao jogo de marketing das gravadoras, das mídias e por aí vai. Quanto ao texto propriamente dito, dá para ver que a pessoa que escreveu sabe o que faz. É alguém que possui o dom natural de falar para o público adolescente (o que não significa que precise ficar só nesse universo), dada a maneira fácil e natural como se expressa. Se escreveu com esse propósito, Mulher Invisível, pode considerar o objetivo cumprido. Ainda que não encha os olhos, especialmente daqueles que, como eu, preferem mergulhos mais profundos na consciência, o conto cumpre muito bem seu papel de entreter. Ótimo trabalho.
Olá Chefe, muito obrigada pelo comentário tão gentil, como sempre aliás. Seu comentário me fez ter vontade de escrever o próximo best seller adolescente…rsrsrs será que eu consigo? Um beijo invisível pra você!
# Uma cantora fantástica (Mulher Invisível)
📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫):
– a premissa é bastasse interessante, mas a execução acabou sendo muito simples: o cara era mais resistente à hipnose da cantora-sereia, mas ele acabou, no fim, sendo mais um hipnotizado
– os comentários no blog dele ficaram legais, é bem sim mesmo, só que com mais palavrões 🙂
– se os personagens fossem melhor desenvolvidos com suas motivações mostradas com cenas e não contadas aleatoriamente, acredito que o resultado tivesse sido melhor
– o fim divertido acabou deixando o conto com cara de esquete de comédia, terminando o texto com uma piada
📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫):
– não encontrei erro que travasse a leitura, que acabou sendo muito fluída
– só não gostei muito dos diálogos com excesso de explicações e informações, principalmente aquele dito por Jill no palco, ficaram pouco naturais
💡 Criatividade (⭐⭐▫):
– a ideia por trás do conto é bem boa, mesmo não sendo totalmente novidade
🎯 Tema (⭐⭐):
– hipnose (✔)
🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫):
– achei previsível o final, pois a partir do momento que descobri que ela hipnotizava as pessoas (desconfiei disso bem antes do texto dar certeza), cheguei a conclusão que ele acabaria com o mesmo destino
– o conto encerrar do jeito que eu previa, acabou reduzindo o impacto
Oi Leo, obrigada pelo comentário tão detalhado, pena que o conto não te agradou de todo né, quem sabe no próximo… Um beijo invisível pra você!
Olá 🙂
Gostei do conto, ele fez-me lembrar a série (seriado) V em que a líder dos extraterrestres tinha a capacidade de criar uma bênção que hipontizava os seus seguidores e que depois mais tarde conseguiu fazê-lo com os humanos.
Gostei menos de como foi perceptível que a cantora tinha um poder, não através da percepção do personagem principal mas através da descrição do autor, o que ficou um pouco estranho e confuso.
Achei o conto criativo e trouxe algumas imagens interessantes.
Parabéns e obrigado por ter escrito. 🙂
Oi João, obrigada pelo comentário sincero, é difícil conseguir contar as coisas pela perspectiva do personagem… mas conseguirei um dia. Um beijo invisível pra você!
Olá, Mulher Invisível (ótimo pseudônimo). Primeiramente, agradeço pelo conto curto e direto. Não enrolou nas explicações, foi simples e bastante conciso. Não achei erros gramaticais, o que é bom, e percebi uma história fluida. O enredo se adequa ao tema, obviamente, mas poderia ter deixado um pouquinho mais de mistério acerca da sereia, e gostei desse final meio cômico. Pelo menos.. eu ri. Sem mais delongas, ótimo trabalho. Parabéns e boa sorte.
Oi Estela, que bom que gostou… então, só você reparou no final cômico, não sirvo pra fazer comédia…rsrsrsr. Um beijo invisível pra você!
Salve, Mulher Invisível!
De cara, pra mim, o maior mérito do seu conto é conseguir passar uma imagem muito vívida de tudo o que acontece. Desde as descrições do apartamento, claramente de uma metrópole, até a personificação da sereia japonesa, tudo ficou muito bem ajustado.
O texto é curto, sem muito espaço para grandes qualificações. Mesmo assim, a “carreira” de blogueiro de Pedro ficou muito bem caracterizada, bem como sua personalidade um tanto quanto particular, alheio à vontade da massa.
O enredo apresenta uma cantora japonesa, provavelmente mestiça entre um humano e uma sereia, disposta a usar seu poder de encantar as pessoas em busca de fama e reconhecimento. Em seu caminho o crítico, aparentemente imune ao seu canto hipnótico.
Meu único senão é com relação à mudança de perspectiva na hora que Jill percebe a imunidade de Pedro. Ficou meio destoante e gerou um obstáculo na leitura que, até aquele momento, era fluida e ágil.
Achei que o uso da sereia foi muito criativo e original. O superpoder é claro e totalmente adequado o tema do desafio. Um bom conto!
É isso! Boa sorte no desafio!
Salve André, que bom que o texto te agradou. Fico feliz. Um beijo invisível pra você!
Olá, entrecontista. Para este desafio me importa que o autor consiga escrever uma boa história enquanto adequada ao tema do certame. Significa dizer que, para além de estar dentro do tema, o conto tem que ser escrito em amplo domínio da língua portuguesa e em uma boa condução da narrativa. Espero que o meu comentário sirva como uma crítica construtiva. Boa sorte!
Eu quase perdi a referência à “origem marítima” da cantora. Depois de ler os comentários, fui reler para encontrar e aí achei. Mas, de todo modo, eu já tinha gostado bastante do conto, então só fez eu gostar mais. A ideia é boa e a escrita é ágil, designando um objetivo para o protagonista logo no começo. A reviravolta da hipnose vem em dobro, pois então descobrimos que o protagonista é imune e isto coloca um antagonismo entre ele e a cantora (que, acertadamente, teve o ponto de vista trazido por um breve momento). Muita expectativa acompanha o encontro dos dois no palco. Não há muito desenvolvimento sobre as duas personagens, mas os seus objetivos foram deixados tão claros e contrários pela autora que eu me peguei ansiando por ver quem iria “vencer” quando ela o chamou para subir. Quando o beijo aconteceu, ocorreu-me de “shippar” os dois. Fiquei um pouco triste por causa do final ter vindo tão rápido, pensei que teríamos mais para ler sobre o “embate” dos dois, mas acho que não haveria espaço para grandes desenvolvimentos e que a autora fez bem em acabar a história ali. Parabéns!
Oi Pedro, gostei imensamente do seu comentário, me fez feliz! Um beijo invisível pra você!
Superpoder: canto sedutor e hipnótico da sereia.
Enredo e criatividade: conto com pegada infanto-juvenil, que me lembrou de um episódio de ”As Meninas Sereias” — a personagem cantava horrivelmente, mas cativou o público graças a um encantamento.
Foi criativa a oposição crítico musical X cantora, que conduziu a trama; assim fugiu-se da sedução padrão provocada pelas sereias, mas ela consegue o que quer: a crítica positiva. Os afogamentos do rapaz foram boas dicas para sabermos qual a origem do poder da moça.
Estilo e linguagem: leitura fácil e agradável, escrita linear, simples e direta, sem falhas gramaticais graves.
Gostei muito da ideia e de execução da narrativa. Parabéns pelo trabalho! Abraços.
Oi Fátima, fico contente que tenha gostado! Um beijo invisível pra você!
Olá, Mulher Invisível
Tudo bem?
Gostei do conto, entretanto, creio que faltou algumas informações que deixassem mais clara a origem dos poderes dela. Sim, entendi que ela tinha descendência de sereia (acho que escrevi errado, mas, tudo bem kkkkk) por causa do canto belo e hipnótico que quase todos caíram e do sonho de Pedro relacionado ao mar, acordando com sensação de ter sido afogado/sufocado.
Não notei nenhum erro gramatical.
Parabéns e boa sorte!
Oi Givago, tudo bem e você? Deixar as coisas mais claras as vezes estraga um texto, não é? Um beijo invisível pra você!
Um conto curto e grosso, sem firulas, sem embromação. Gosto disso. Sim, poderia ter desenvolvido mais os personagens, as situações. Acho que enriqueceria o conto. Mas não é condição para ser um bom conto, porque isso ele já é.
Enquanto lia, uma coisa apenas me incomodou na construção do texto. Foi o único parágrafo em que o narrador usa o ponto de vista da cantora:
“Ao mesmo tempo em que Jill ficou apreensiva vendo um homem que não conseguia hipnotizar, achou um pouco divertido, esse era o primeiro, imaginava o que ele teria de especial, mas não iria perder tempo tentando descobrir, seu objetivo era claro como cristal, ser a cantora mais famosa do mundo. Tinha o poder para isso então porque não usá-lo? Não queria ficar como sua mãe, que não usava seu talento para benefícios próprios, passando a vida toda só dedicando-se ao seu pai, um simples humano. Ainda bem que conseguiu herdar seu maravilhoso dom. Não deixaria nada ficar em seu caminho.”
Achei esse parágrafo explicativo e desnecessário para o entendimento da história. Você poderia ter evitado isso, mantendo a unidade do texto com o narrador focado no protagonista.
Parabéns e boa sorte!
Olá Juliana, então, algumas pessoas não sacaram que a moça era uma sereia mesmo com esse parágrafo, imagina sem ele… mas faz parte! Valeu por ter gostado! Um beijo invisível pra você!
Este é um conto limpo, translúcido. Lê-se como quem assiste a um filme blockbuster depois de um cansativo dia de trabalho intelectual; totalmente fácil. Mas é fácil escrever? Nãããão, é difícil pra cacete encontrar a linguagem direta, popular, a mensagem explicita; como a personagem Jill consegue. Mas é um conto com vocabulário rico? Não, nem um pouco. Mas então é um conto com uma grande sacada intelectual? Não. Ah, já sei, é um conto com estilo inédito? Também não. É um conto muito bem escrito por quem sabe o que faz: ser invisível.
Poxa Cat, não tenho certeza se você me elogiou ou me ofendeu agora… 😦
Poxa, Mulher Invisível. É um elogio sim. Tornar o narrador invisível é dificílimo. Escrever sem floreios e sem estilo marcante, mas ao mesmo tempo uma trama forte. Eu gostei. Desculpe-me pela dubiedade, sou assim mesmo. Tenho 8 planetas em gêmeos. Desculpa esfarrapada, rsrsrs.
Ufa, fico mais tranquila… rsrsrs sou sua fã! Um beijo invisível pra você!!
Olá, Autor(a)
Tudo bem?
O maior trunfo desse conto, em minha opinião, é a protagonista. Escolher um mito brasileiro, uma sereia, como personagem central foi uma bela escolha do(a) autor(a). A premissa é simples, a voz da sereia encanta, hipnotiza. No mundo moderno como ela seria?
Como a escrita é feita (muito) de escolhas, a segunda escolha do(a) autor(a) também foi bem interessante. Colocar o personagem masculino em contraponto à sereia seria de se esperar, porém, trazê-lo vestindo a roupagem de um crítico mal-humorado, foi uma excelente “jogada”.
Assim, temos de um lado a sereia cantora, com sua voz nem tão maviosa como seria de se esperar, talvez devido a seu lado meio humano, e do outro, a figura do crítico como força opositora a ela, bem como prestando-se ao papel de uma possível vítima. Essa escolha de personagens consegue trazer ao texto uma coerência que mostra que você trouxe ao desafio um trabalho pensado. Uma história que se fecha em si mesma, tendo os personagens centrais como mola que impulsiona toda a trama.
Outro ponto bem interessante foi o castigo do crítico. Ao invés da paixão clichê de homens apaixonados e mortos por Sereias e Iaras, a hipnose da cantora o obriga a falar bem de sua voz em seu blog, o que, por outro lado, não deixa de ser um tipo de sedução e morte, não é?
Parabéns.
Desejo-lhe sorte no desafio.
Beijos
Paula Giannini
Paulinha, amei seu comentário ❤ Você sempre vai muito além do que o pobre texto queria dizer! Um beijo invisível pra você!
Olá, mulher invisível, tudo bem?
O conto abordou o tema proposto pelo desafio.
O canto da sereia hipnotiza a todos, pelo menos aos homens, né? Um superpoder que auxiliou e muito a ascensão da cantora. O único a resistir ao seu encanto acabou se “afogando” no final.
Não encontrei falhas de revisão que atrapalhassem a leitura.
O ritmo é bom, sem paradas desnecessárias ou voltas no mesmo lugar. A leitura flui sem entraves,no compasso de um texto com pegada juvenil.
Boa sorte!
Oi Cláudia, “Não encontrei falhas de revisão que atrapalhassem a leitura.” vindo de você essa frase me deixou super feliz!! Um beijo invisível pra você!
Bom diaaa! td bão por ai?
Seu conto é bem leve e de fácil leitura. A escrita é simples e direta, o que facilita a compreensão e deixa a experiência mais gostosa.
O enredo, em si, achei que deixou algo a desejar. Não sei, a construção da história ia bem, mas achei o final brusco demais. Mas veja: eu gostei do final! Achei bem divertido. Só achei que tinha espaço pra trabalhar melhor o desfecho, uma vez que o conto me pareceu ter ficado bem abaixo do limite de palavras, dando espaço pra mais desenvolvimento.
O superpoder é criativo. Uma filha asiática de homem com sereia percebe ser capaz de hipnotizar os homens babões e usa o talento pra se tornar um fenômeno mundial. Criativo! hahaha
Enfim, é um conto gostoso, a leitura flui agradável, mas acho que tinha espaço pra um maior desenvolvimento da metade pro desfecho.
Parabéns e boa sorte!
Oi Luís Guilherme, é verdade, eu tinha muitas palavras disponíveis ainda e fiquei com preguiça mesmo de usar, mea culpa!! No próximo ei de melhorar isso. Fico muito feliz que tenha gostado pois sou sua fã… rsrsrs Um beijo invisível pra você!
A história é interessante, mas a criação deste crítico musical não me convenceu. Tentei enxergar nele um Lester Bangs, alguém do tipo, mas é que a personalidade deste crítico de música chato e ranzinza, que é tão brilhante e exerce até hoje mistério na cultura pop (como no caso do crítico citado), não me pareceu refletida no protagonista do conto, o que me fez gostar menos do texto. A citação da mãe da cantora, achei desnecessária, além do que um maior aprofundamento desta personagem seria bacana.
Oi Felipe, não conheço esse tal crítico, pena que o meu não te agradou… Um beijo invisível pra você!
As sereias encantam pelo canto. Isso é uma afirmação, não uma poesia.. Jill veio de onde? Do mar, ela era um sereia.Si Pedro não tivesse sonhado que estava se afogando e se não tivesse visto o medalhão com uma imagem de sereia,o final não seria entendido, é claro. O encantamento é uma aptidão, uma habilidade natural da sereia, já que ela não é humana. Se um humano tivesse esse dom, seria superpoder, visto que, não é um poder humano. Boa sorte
Oi Antônio, na verdade a Jill era meio sereia e meio humana, no conto fica claro isso. Um beijo invisível pra você!
Oi,
Muito legal seu conto, mas fiquei com a sensação de que precisava de mais para ter ficado 100%. Talvez tenha sido essa sua intenção, afinal.
O poder de Jill, com ligação direta ao seu sangue “sereiês” foi uma boa ideia.
Achei Pedro um chato de marca maior, mas isso, como já disse em outros comentários, não é ponto negativo de maneira alguma. Só mostra que eu, como leitor, fui cativado pelo personagem.
Numa possível extensão dessa história, talvez as motivações de Jill pudessem ser melhor trabalhadas, para sabermos mais sobre ela e porque dela querer tanto ser super famosa hipnotizando o povo por aí.
Também fiquei na vontade de descobrir qual seria o motivo da resistência de Pedro diante dos poderes dela.
Parabéns pelo trabalho.
Oi Miquéias, que comentário dahora!! rsrsrsr, gostei demais! O Pedro é um chato mesmo, ranzinza e mal humorado, ainda bem que você percebeu!! rsrsrs Acho que ele era meio imune por conta do bom gosto musical dele… quem sabe…
Um beijo invisível pra você!
Oi, Mulher Invisível!
Gostei do seu conto, tem aquele ar de filme de sessão da tarde, sabe? remete a um tipo de história que a gente tem prazer de parar para assistir(ler) e quando termina tem.vontade de repetir.
É simples, despretensioso, mas tem uma história bem contada mesmo que infelizmente você não tenha esticado ela um pouquinho mais!
Gostaria de ver principalmente sobre a infância, sobre o antes do sucesso, sobre como ela saiu lá da sua ilha… cidade, fundo do mar? rs Mas mesmo não dizendo explicitamente a gente imagina, então tá valendo.
O protagonista é carismático e início do texto está muito bacana, a narrativa nos envolve e ficamos em expetativa pela resolução.
Tem um pouquinho de frustração por não ter um desenvolvimento maior, mas achei o final bacana.
Parabéns, boa sorte no desafio!
Oi Amanda, fiquei super feliz com seu comentário! Quando queremos saber mais sobre a estória e seus personagens é porque o conto está realmente bom!! Obrigada! Um beijo invisível pra você!
Super poder: canto hipnótico
Oi Mulher invisível, que conto gostoso de ler!! Achei a estoria ben criativa e original, não acredito que mais alguém tenha pensado em escrever sobre o poder de uma sereia… O conto é leve e simples, cativante. Está bem escrito e bem revisado. Gostei do conto! Parabéns e boa sorte!
Oi Priscila, que bom que gostou! Fico feliz! Um beijo invisível pra você!
Texto de uma leveza ímpar, simples. Metade sereia, metade humana, a cantora usava o poder herdado da mãe e hipnotizava a multidão de fãs. Encantava pela beleza e utilizava a hipnose. Uma narrativa despretensiosa, escrita perfeita, enredo muito leve. Uma leitura prazerosa. O leitor fica ligado e torcendo para que o blogueiro consiga fazer a resenha, e para que, enfim, desvende o mistério do sucesso da cantora.
Gostei do conto.
Parabéns, Mulher Invisível!
Boa sorte!
Oi Regina, gostei demais do seu comentário, viu! Você é uma leitora atenta! Um beijo invisível pra você!
Olá, Mulher Invisível.
Gostei do conto! De início havia estranhado um pouco, quase que entendi que a cantora asiática era cantora de funk, rs.
O fato dela ser meio sereia, foi muito bacana. Só penso que o texto ficou um tanto curto, esperava um pouco mais de enredo. Fiquei em dúvida também quanto à língua na qual Jill falou com Pedro…
Quanto à escrita, o conto ficou bem desenvolvido, sem nada que atrapalhasse a leitura.
Abraços e boa sorte no desafio.
Oi Rubem, imagina uma sereia cantando funk… rsrsrs, que horror!! Fico feliz que tenha gostado!! Admito que tenho preguiça de grandes tramas e enredos elaborados, mas quem sabe um dia… Quanto a língua que ela usou pra falar com o Pedro… O mais óbvio seria o inglês né… Mas na verdade foi na língua das sereias mesmo rsrsrs Um beijo invisível pra você!!
Um conto bem leve e despretensioso. Isso é bom porque torna a leitura agradável e gera bom entretenimento, mas, em contrapartida, limita o conto a alçar voos maiores dentro do desafio (não estou agourando! kkkkk. Espero que queime minha língua e fique em primeiro!).
Eu achei legal os comentários do blog, infelizmente a coisa é assim mesmo… basta discordar ou criticar alguma coisa que já aparece uma legião de defensores cheios de amor no coração desejando a morte do crítico.
A trama é bem simples e, por incrível que pareça, a coisa mais fantástica não foi nem o superpoder, mas o cara ter conseguido um ingresso pra ficar cara a cara com a cantora sensação da parada e ainda ter despertado a atenção da moça em meio à multidão. O sujeito subir lá pensando em “investigar” também exige uma boa dose de suspensão de descrença, mas no final acaba funcionando.
Bom entretenimento.
Abraço!
Oi Fábio, não tenho pretensão alguma de levar o primeiro lugar… rsrsrs nem de ficar no top 20, não participo pra ganhar, mas pra interagir com os colegas, mas valeu o incentivo…
Já que vamos suspender a descrença para acreditar que uma sereia teve uma filha com um humano, então conseguir um ingresso é moleza, mas vou defender a parte em que ela nota ele no meio da multidão… Estavam todos hipnotizados, então fica fácil dela reparar em um cara, só um, que não está hipnotizado né… rsrsrs Um beijo invisível pra você!!
Um belo conto (canto), de sereia, a começar pela narrativa atraente e bem desenvolvida. O enredo um tanto original, visto estes fenômenos retumbantes, tão bem hipnotizarem as massas. Portanto muito bem representado como sentido crítico neste conto. Note-se que estes superpoderes estão longe de ser irreal. Que o diga as grandes produções e suas estratégias de Marketing ao persuadir o público em relação à determinada mercadoria às formas que melhor lhes convierem. O tema sucinto, mas que diz tudo o que quis dizer, muito bem dito e resolvido. Parabéns.
Paulo, fico radiante com seu comentário, eu também acho que esse poder (pode não ser de sereia) não é tão irreal assim, a facilidade com que as massas são convencidas de determinadas causas é assustadora. Fico muito feliz que tenha notado. Um beijo invisível pra você!
Bom conto.
Uma sereia, ou semi-sereia. já que seu pai era humano. Ela herdou, de sua mãe, o dom de encantar as pessoas com seu canto e se aproveitou disso. Queria a fama.
Pedro foi um caso a parte e resistiu, mas no final também foi encantado.
Parabéns e obrigada por escrever.
Oi Neusa, você leu com bastante atenção, resumiu o conto maravilhosamente! Um beijo invisível pra você!!
Minha curiosidade: como a Jill conseguiu as pernas (lembrei da Ariel aqui hehe)?
O texto é despretensioso e, por isso, gostoso. O pobre Pedro, tão resistente em seus ideais, também não era imune, afinal de contas, todos temos um preço ou ponto fraco. Esse foi um aspecto interessante.
Acredito que a história pode ser melhor desenvolvida (aqui o limite de palavras pode ter atrapalhado um pouco algumas explicações – quem é a Jill, a mãe dela, pq o Pedro era tão reclamão), mas foi bem divertido de ler. O texto é como uma boa canção pop. Parabéns e boa sorte no desafio.
Oi Mariana, então, a Jill conseguiu as pernas com o pai dela…rsrsrs no texto tem essa explicação, ela é filha de sereia com um humano, então ela é humana com poderes de seria… legal né!! rsrsrs
Confesso que tinha muito espaço para explicar tudinho, mas… não gosto de explicações, gosto de deixar o leitor trabalhar um pouco. Um beijo invisível pra você!
Caro(a) Autor(a),
Minha primeira impressão, ao ler o título foi de que eu teria no texto uma referência à sereia. Pedro é um ótimo personagem. Ele foi crescendo e dando importância para a figura da cantora. Também construiu seu próprio caminho como protagonista. E, no final, quem resiste a uma sereia. Não precisava do medalhão para que ficasse certo a existência dela. A escrita é boa. Não encontrei nada de erros e um final mais ou menos feliz, para Pedro, não é? Que saiu ileso.
Boa sorte no desafio!
Olá Evelyn, confesso que quase matei o Pedro no final, mas fiquei com dó, coitado, ele só queria escrever uma resenha justa e verdadeira…
Você é uma leitora bem atenta, mesmo com todas as dicas teve leitor que não entendeu que ela era uma sereia, fazer o quê né… Gostei do seu comentário!Um beijo invisível pra você!
Pontos positivos: estória muito boa e criativa. Uma sereia que se passa por humana para ter a fama e benefícios.
Pontos negativos: a escrita carece de uma revisão. Nada grave, só alguns cortes aqui e ali, algumas vírgulas e pronto. Por exemplo, no § em que a voz da narração está sobre a cantora houve uma certa confusão e se fez necessário a releitura.
Impressões pessoais: o texto é bom e explora bem o mito da sereia, embora tenha dado uma certa exagerada no poder delas.
Sugestões pertinentes: dar mais “voz” à semi-sereia, mostrar a mãe casada com um humano, seria interessante.
E assim por diante: Ainda bem que é só um conto, mas que veio confirmar minha intenção de nunca ir num show da Anita ou similares, vai que… né?
Obs.: a cantora não se passa por humana, como está escrito. É uma semi-sereia, metade humana, metade sereia, que herdou o dom da mãe.
Olá Olisomar, sempre tive problemas com as vírgulas viu… mas algum dia aprendo… valeu pelas dicas! Se eu fosse você não pisava em um show desses, ainda mais se os “talentos” forem um pouco questionáveis… rsrsrs . Você entendeu muito bem o que Jill era, filha de mãe sereia e pai humano. Leitor atento! Um beijo invisível pra você!
Olá Mulher Invisível!
Foi um texto muito interessante, realmente. No início, mostra como é difícil para aqueles que se opõem a concordar com uma modinha, o que eu achei muito legal. E achei mais legal ainda mostrar que a cantora havia conseguido fazer tanto sucesso por causa de seu superpoder, de hipnose.
Mostrar as origens do poder da cantora de uma maneira muito discreta foi muito legal. Muito legal mesmo.
Também gostei de, na hora dela hipnotiza-lo completamente, dizer “Alguns humanos são mais resistentes, mas nunca imunes”. Sei lá, ficou misterioso, típico de uma sereia.
Fazer a personagem ser uma cantora também foi muito legal, pois em praticamente todas as histórias, as sereias encantam suas vítimas por meio do canto. Então achei muito legal você utilizar isso a seu favor.
E ainda conseguiu tratar, de uma maneira rápida, sobre o nazismo.
O final foi surpreendente, eu realmente achei que ele iria desmascarar a cantora. Foi até um pouco engraçado. Mas ficamos com a dúvida: será que alguém conseguirá desmascarar a cantora?
A imagem deu muito certo, e o título foi ótimo para o texto.
Achei legal como você conseguiu tratar sobre tantas coisas em um único texto, fazendo todas serem terem certa conexão entre si.
Meus parabéns por essa história, que realmente me hipnotizou, haha.
Oi Bianca, que legal você ter gostado e se hipnotizado com o texto! Será que uma sereia pode ser desmascarada? rsrsr Nunca saberemos! Um beijo invisível pra você!
Ângelo, pena que não tenha entendido muito bem o conto, eu imaginei ter deixado bem claro a origem do poder dela, se explicasse mais iria ficar óbvio demais. Para não dar spoilers para quem lê os comentários antes, só te digo que a chave para descobrir de onde vem o poder dela está no medalhão que ela usa, se quiser descobrir… Obrigada pela leitura e comentário.
Cara Mulher Invisível,
superpoder… limítrofe, acho.
Será que a hipnose coletiva chega a ser um superpoder ou apenas uma técnica.
Esse é o terceiro conto que leio que aborda a questão (ainda que tangente) do nazismo. Interessante.
Seu conto flui bem, com palavras simples e adequadas aos personagens. Os diálogos, creio, estão um pouco alongados e pouco persuasivos. Já disse outras vezes, diálogos são o diabo dos escritores. Difícil acertar o tom e, quando alongadas as frases, acabam soando como falsos diálogos.
O fim, infelizmente, deixou aquela sensação de que deveria acabar como acabou, como muitos contos e histórias acabam, quando o protagonista acorda e não sabe bem o que lhe aconteceu, deixando ao leitor a tarefa de entender a subliminaridade dos fatos.
Foi um sonho, foi uma hipnose da Jill, não foi nada disso, talvez um delírio?
Confesso que tenho preferência por finais que dizem, bem ou mal, dizem algo em que o escritor acredita, algo como “Agora entendo como Jill faz, hipnotiza toda a plateia, como me hipnotizou também…”, algo assim, óbvio, dado que o conto não é meu.
A história é boa, mas acho que precisa melhorar algumas pegadas, dando maior verossimilhança aos acontecimentos. Aquele beijo dela… sei não, soou pouco crível.
Boa sorte com o certame.
Ângelo, pena que não tenha entendido muito bem o conto, eu imaginei ter deixado bem claro a origem do poder dela, se explicasse mais iria ficar óbvio demais. Para não dar spoilers para quem lê os comentários antes, só te digo que a chave para descobrir de onde vem o poder dela está no medalhão que ela usa, se quiser descobrir… Obrigada pela leitura e comentário.