EntreContos

Detox Literário.

[EM] Estação 71 (Priscila Pereira e Fabio D’Oliveira)

— Você sabe que não posso, Rodrigo.

Jaqueline se despediu do gerente com um rápido aceno de mão, saindo pela porta dos fundos do restaurante e ignorando o restante da equipe. Trocou o celular de orelha.

— Claro que pode, Jaque. Você precisa aprender a se impor. Vai viver nas sombras dela pra sempre?  — insistiu ele. Dava para ouvir o som do tráfego ao fundo.

— Não é tão simples assim…

— Pode tentar, pelo menos? Não está cansada desse mar de prédios? Imagina um oceano azulzinho na sua frente, sentindo a areia nos pés, aquele climinha quente que adoramos. Não seria maravilhoso?

Ele sabia ser convincente.

— Vou tentar…

***

Único momento de paz do dia: quando sentava naquele banquinho velho, isolada do caos da multidão impaciente que aguardava o metrô, e fechava os olhos.

Queria viajar com o Rodrigo. Nunca tinha visto o mar. Iria tentar convencer sua mãe, mas sabia, de antemão, qual seria a resposta. Ela nunca deixaria. Era doloroso pensar nisso. Amava sua mãe. De verdade. Mas era extremamente cansativo cuidar dela, ouvir suas reclamações infindáveis e sorrir diante das humilhações.

“Queria outra vida…”, pensou ela, suspirando em seguida.

Odiava todo início de mês, pois a demanda do restaurante triplicava. Então, mesmo com as chamadas constantes dos alto-falantes e falatório indistinguível, deixou-se dominar pelo cansaço.

Dormiu. E não sonhou.

៙៙៙

Acordou assustada.

Estava sozinha na estação. E as luzes já haviam sido apagadas.

— Não acredito nisso… — lamentou ela, pegando o celular da bolsa. Estava desligado. — Que merda!

Os joelhos estalaram quando se levantou. Precisava abandonar o sedentarismo. Mas, primeiramente, era fundamental encontrar um vigilante. Com tudo escuro e silencioso, imaginava que já era madrugada. Dormiu demais. Isso não podia ter acontecido. Tinha prometido que chegaria cedo.

— Boa noite… — cumprimentou Jaqueline, aproximando-se da cabine de segurança. Um homem corpulento anotava algo num caderno.

— Como posso ajudar? — questionou ele, sem tirar os olhos do papel.

— Acabei dormindo demais e perdi a hora… Não sei o que fazer.

O vigilante não disse nada, apenas apontou na direção dum quadro de avisos que ficava à direita da cabine. Jaqueline inspecionou cada folheto. Tinha uma lista de metrôs especiais, que iam para estações que nunca ouvira falar, mas nada que pudesse ajudá-la.

— Desculpe, senhor… Não entendi.

O homem largou a caneta e finalmente olhou para ela.

— Tem uma viagem para a Estação 71, daqui a pouco. Não recomendaria sair da estação nesse horário.

— Vai na direção do Centro?

— Para onde quiser — ele abriu um largo sorriso.

“Que resposta estranha…”, pensou Jaqueline. Ignorou-a. No final das contas, com o metrô seguindo pela mesma linha, pelo menos, ficaria mais perto de casa.

— Vai precisar disso.

O vigilante entregou um bilhete para ela. Era vermelho e branco. E tinha o número da estação de destino.

— O fiscal vai pedir. Precisa mostrar pra ele. É importante.

Jaqueline confirmou com a cabeça. Voltou para o banquinho de sempre, descansando a cabeça na parede.

Estação 71.

Que lugar era aquele?

៙៙៙

Demorou um pouco, mas chegou.

Jaqueline precisava admitir: estava com medo. Não escutou o metrô se aproximar, apenas as portas se abrindo, como se ele estivesse sempre lá. Parecia algo sobrenatural.

— Isso não é justo. Não mereço isso.. — reclamou.

Espiou o interior do vagão. Completamente vazio. Luz amarela e fraca. Tudo sujo e abandonado. Relutante, sentou perto da saída, tentando aliviar sua ansiedade apertando a alça da bolsa. A porta fechou. E a viagem começou.

O som dos trilhos costumava acalmá-la. Aquele taque-taque constante e inevitável. Tentou se concentrar naquilo.

— Bilhete, por favor.

Correu os olhos pelo ambiente. Não tinha ninguém.

— Bilhete, por favor — era uma voz agourenta, que penetrava fundo na alma.

Tremendo muito, Jaqueline retirou o bilhete do bolso.

— Aqui…

Por um momento, fez-se silêncio absoluto.

— Tenha uma boa viagem.

Respirou aliviada.

Desejou por uma viagem tranquila, porém, quando a luz começou a falhar, deixando-a parcialmente imersa na escuridão, sentiu uma agonia que há muito não sentia.

Era como estar no fundo de uma banheira. Afogando-se.

៙៙៙

— Tudo bem com você, senhora? Parece pálida.

— Estou bem, obrigada…

Estação 71.

Foi uma viagem longa. Muito. Mas tinha terminado. O segurança, estranhamente magro e pequeno, mostrava seus dentes tortos. Ao redor, o ambiente imitava o vagão do metrô que já tinha partido.

— Onde é a saída? Não consegui achar.

— Ah, sim. Ela é difícil de achar, mesmo. Temos poucos visitantes, sabe? Acho que não projetaram pensando numa grande demanda, hihi.

Não se surpreendeu com aquela resposta. Ainda estava um pouco anestesiada depois da viagem. Queria ir embora. Apenas isso. O homenzinho saiu da cabine e guiou-a até o final da plataforma. Abriu uma porta de aço, que parecia ser destinada aos funcionários, e apontou para o corredor mergulhado na penumbra.

— Pronto. Siga reto. O tempo inteiro. E ignore qualquer outra porta. Não vale a pena — avisou ele, sussurrando a última parte.

De fato, durante a caminhada, Jaqueline cruzava com muitas portas. Silenciosas, em geral. Algumas com barulhos esquisitos do outro lado. No entato, não tinha vontade de descobrir onde dariam. Nunca foi curiosa. O ambiente era extremamente escuro, só uma luz a cada cem metros, que oscilava por causa da rede elétrica instável.

Tinha medo. Não parecia um lugar seguro. Sentia que era observada, como se em qualquer porta do caminho, alguma coisa, ou alguém, pudesse aparecer de repente e machucá-la.

Temia a dor. Tinha muito medo dela. Trazia à tona memórias nebulosas de um passado distante. Sabia que alguém, ou algo, tinha lhe machucado profundamente, causando uma dor excruciante, mas, por mais que tentasse, não conseguia se lembrar de nada. E isso era ainda mais assustador.

Não saber de quem ter medo, de quem fugir, em quem confiar.

Continuou andando, insistentemente, com as mãos suadas e a boca seca. Uma crise de pânico se avizinhando.

Precisava sair daquele lugar.

Um passo de cada vez. Uma inspiração profunda de cada vez. Uma expiração demorada de cada vez. Estava chegando. Podia sentir uma corrente de ar.

Estava quase lá.

Quase lá.

៙៙៙

Finalmente: fim do corredor.

Havia uma escada caracol de metal. Olhando para cima, enquanto apoiava a mão no corrimão, não conseguia ver o final dela. Ela subia e subia, sem parar.

Não gostava daquilo.

Entretanto, precisava encarar aquela escadaria incomum. Sentia a presença de alguém. Ousava olhar para trás? Não. Tinha muito medo. Depois dum demorado suspiro, segurou a bolsa bem forte e começou a subir.

O toque frio do aço, além da penumbra, pareciam envolver sua alma. O som metálico dos passos ecoavam pelo poço. E a brisa que vinha de cima, cada vez mais forte. Naquele momento, Jaqueline era o resumo irônico do que nunca quis ser. A prisão moral, o gelo da vida, o sonho distante.

A covardia era sua irmã.

៙៙៙

A igreja no centro da pracinha, o restaurante badalado, a padaria da esquina.

— Como isso é possível? — ainda na calçada, perto da saída do metrô, Jaqueline sentia o coração disparar.

Era o bairro em que morava, no entanto, completamente arruinado. Mesmo sendo madrugada, a movimentação da rua continuava intensa. Transeuntes iam e vinham, com bebidas em mãos, sem risadas, apenas o eco agoniante de seus passos.

Tinha certeza absoluta agora: algo estranho estava acontecendo.

Estava mais insegura do que nunca. O que encontraria em casa? O que tinha acontecido com sua mãe? Correu pelas ruas escuras. Tão misteriosas, agora. O coração disparado, as pernas doendo, sem fôlego. Fazia tempo que não corria. Muito tempo.

Chegou no que antes era sua casa, agora um amontoado de ruínas fumegantes. Colocou as mãos nos joelhos e tentou acertar o ritmo da respiração, enquanto observava o ambiente em busca de algum sinal de vida.

— Mãe! — arriscou ela.

Silêncio.

— MÃE! — precisava insistir, então gritou bem alto.

— Jaqueline? Para de gritar, louca. Vai incomodar os vizinhos. Entra logo!

Aquilo foi estranho. A voz dela estava claramente diferente, mas, no fundo, permanecia igual. O mesmo tom de impaciência e descaso.

Tentou achar a entrada, caminhando lentamente sobre os escombros. Deu a volta e nos fundos achou uma passagem que levava para o subsolo. O interior daquele abrigo era quase igual à casa que havia deixado pela manhã. Um pouco menor, como se fosse uma quitinete, com sala e cozinha conjugadas. A fumaça que vira antes era do fogão a lenha. Sua mãe estava cozinhando.

Mas ela estava diferente.

Antes, apenas sua personalidade autocentrada e agressiva era repugnante. Agora, sua aparência também era, como se refletisse por fora o que sempre foi por dentro. Era altíssima, tão alta que precisava ficar curvada para não bater a cabeça no teto. Era magríssima, tão magra que conseguia ver os contornos dos ossos através da sua pele enrugada e cheia de feridas purulentas. Toda vez que respirava, ela deixava escapar um chiado agudo e sofrido. Os dedos eram tão longos que conseguia segurar a colher de pau com apenas dois: indicador e polegar.

Ela era um monstro.

— Você demorou tanto, mas tanto, que precisei fazer meu jantar — reclamou sua mãe. — Quanta irresponsabilidade. Não sei porque insisto em acreditar nas suas palavras.

— Desculpe — respondeu Jaqueline, automaticamente, como sempre fazia.

Surpreendentemente, não estava assustada. Afinal, estava acostumada a conviver com aquele monstro. Sentou-se no sofá, um pouco aliviada, deixando a bolsa no chão.

— Quer um pouco?

— Estou morrendo de fome.

Observou aquela cena bizarra: a criatura não saiu do lugar, numa rápida esticada do braço, ela alcançou o outro lado da cozinha, abriu o armário aéreo e pegou duas tigelas. Serviu o ensopado.

“Que cena familiar…”, pensou Jaqueline. Lembrou-se da infância. De quando sua mãe ainda sorria. Mesmo cansada, depois de um longo dia de trabalho, ela arrumava a casa inteirinha e fazia o jantar. Dormiam juntas. Abraçadas.

Amava aquele monstro. Mas também o odiava.

— Toma. Cuidado para não sujar o sofá — a criatura cruzou a sala, entregando a tigela fumegante para Jaqueline, e sentou-se no chão.

— Obrigada — sorriu com sinceridade: gostava do ensopado da mãe.

Colher vai, colher vem, Jaqueline começou a criar coragem para fazer a pergunta que lhe incomodava desde o início da noite.

— Mãe… Faz tempo que não vejo o Rodrigo, né? Andamos conversando sobre uma coisa — comentou ela, deixando a tigela vazia na mesinha de centro.

— Você ainda namora aquele traste?

Confirmou com a cabeça.

— Eu gosto dele.

A mãe resmungou alguma coisa incompreensível.

— Eu tenho férias vencidas no trabalho. E estava pensando em viajar um pouquinho. Ele quer me levar no litoral. Conhecer o mar, sabe?

— Eu também gostaria de conhecer o oceano — reclamou o monstro. — É uma pena que você não pode ir.

A mulher respirou fundo.

— Mas…

— Não comece, Jaqueline. Você sabe que não posso ficar sozinha.

— Vai ser apenas alguns dias. Uma semana, no máximo.

A respiração da criatura se intensificou.

— Uma semana? Você teria coragem de me deixar sozinha esse tempo todo? Você quer que eu morra, né? De fome, de solidão, atacada por esses bárbaros que andam sem rumo pelo bairro. É isso que você quer?

A cada palavra, o monstro ia aumentando e seus dedos inchando.

— Calma, mãe, não exagera… — pediu Jaqueline, levantando-se do sofá e caminhando para trás.

Alguma coisa fazia seu coração disparar: um sentimento familiar, praticamente esquecido, deixou-a amedrontada.

— Calma? Sua ingrata, egoísta, mau caráter! Eu te dei a vida. E posso muito bem tirar!

Com uma esticada do braço, tão rápido quanto um chicote, o monstro agarrou seu pescoço; os dedos, agora roliços e poderosos, tirando-lhe o fôlego. Era tão forte que a pressionou contra a parede, deixando-a suspensa no ar. Sentia o calor do fogão.

Os olhos surpresos de Jaqueline se abrindo cada vez mais, a pressão no crânio se tornando insuportável, o zumbido no ouvido tirando sua concentração. Tateou ao redor, procurando algo que pudesse parar sua mãe.

A falta de ar desengatilhou uma lembrança há muito tempo reprimida. Aquela não era a primeira vez. Houveram outras. Muitas outras.

Sempre que fazia algo errado, qualquer coisa que a mãe não aprovasse, era castigada de forma brutal. Lembrou daquela bacia cheia de água. Do travesseiro. E das várias formas de asfixia. Sempre alguma coisa que causasse dor e terror, sem deixar marcas visíveis.

Recordou do dia em que acordou no hospital. Tinha doze anos. Ficou em coma por uma semana. Não se lembrava de nada. Depois disso, a mãe nunca mais tocou nela. Nem para machucar, nem para os carinhos ocasionais.

Até aquele momento.

Iria morrer daquela forma? Queria fazer tantas coisas… Amar loucamente, conhecer o carnaval de Salvador, dormir numa praia caribenha, aproveitar o dia sem se preocupar com o amanhã. Queria viver.

Aquilo era injusto demais.

As pernas tremiam compulsivamente. Visão fria e turva. O bafo morno e insuportável no rosto. E o toque quente e esperançoso do aço. Era a panela do jantar. Concentrou toda sua força e coragem. Mesmo queimando a mão, jogou o ensopado na criatura.

— Maldita!

Não hesitou. Empurrou a mãe, que caiu de costas na mesinha de centro, e avançou sobre ela. Repetiu o movimento: envolveu os dedos no pescoço fino e apertou bem forte. Jaqueline gritava, deixando todo o ódio reprimido ganhar contornos reais.

— Minha filhinha… — sentiu a mão dela, áspera como sempre, fazer um último carinho em sua bochecha.

CRACK!

Largou tudo: o pescoço e os grilhões.

Sem pensar muito, afastou-se de tudo, sentindo náusea e tontura. Chegou no quarto, finalmente, e deixou o corpo cair por entre as cobertas com cheiro de mofo. Tinha matado aquele monstro. Sua mãe. Era normal se sentir daquela forma? Aliviada. E em paz.

Abraçou o travesseiro e dormiu tranquila como há muito não conseguia.

៙៙៙

Acordou esperando que tudo fosse um pesadelo.

Não.

A mesma cama estranha e embolorada, o mesmo ambiente pesado e noturno. Quanto tempo havia dormido? O dia todo? Ou ali não existia dia, só uma noite eterna?

Precisava sair dali, onde quer que fosse e voltar para a realidade. Pegou o bilhete da Estação 71 da bolsa, atravessou a cozinha, tentando não pisar no corpo do monstro. Saiu e fechou a porta.

Fez o caminho de volta numa espécie de transe e, antes que percebesse, chegou na plataforma onde o mesmo sujeitinho estava atrás do balcão.

— Gostou da viagem? — perguntou ele, mostrando todos os dentes num sorriso sinistro.

— Não.

— Quase ninguém gosta, e quase todos querem sair — deu de ombros. — Está com o seu bilhete?

៙៙៙

Quando, enfim, desembarcou na estação de costume, sorriu aliviada. O sol brilhava forte, indicando o começo de um novo dia.

Pegou um táxi para casa.

Tudo estava como antes. A não ser por um pequeno detalhe: sua mãe estava no chão da cozinha. Olhos esbugalhados, língua roxa e marcas de dedos no pescoço.

Pensou que quando encarasse a realidade, sentiria remorso ou horror pelo que havia feito, mas não. Só sentia alívio. Como respirar depois de ter passado tanto tempo se debatendo debaixo d’água.

Arrumou as malas com calma, saboreando o silêncio. Liberdade!

Perto de meio-dia, respirou fundo e discou o número do Rodrigo. Ele atendeu na terceira tentativa.

— Estou livre, finalmente — disse Jaqueline, entre lágrimas, apertando, nos dedos, o bilhete da Estação 71.

18 comentários em “[EM] Estação 71 (Priscila Pereira e Fabio D’Oliveira)

  1. Nelson Freiria
    18 de setembro de 2021

    Ambientação: muito boa, tanto no sentido do tema do desafio, quanto no sentido do mundo “normal” da personagem, sem exageros que nao fossem necessários, como no caso da mãe

    Escrita e enredo: muita leveza aqui, talvez até demais. Digo isso pq o conto deixa de criar uma maior atmosfera quando está explorando o inexplicável da estação 71. Ainda que seja mais sobre a viagem que vem em seguida, a viagem da estação 71 merecia mais atenção. ou talvez eu só esteja falando isso pq gostei mais do mistério do que do drama pessoal

    Considerações gerais:
    “Era como estar no fundo de uma banheira. Afogando-se.”
    Nunca vi ninguem se afogar numa banheira. No fundo de um lago faria mais sentido. Ligando isso ao ponto do trauma que é bem claro, rola aquela associação, mas nao prejudica o conto em nada

  2. Jorge Santos
    16 de setembro de 2021

    Ambientação

    Conto de fusão entre realidades alternativas e monstros. Na realidade alternativa, as pessoas aparecem como são na realidade, fazendo com que o dilema interno da personagem se desfaça.

    Enredo

    O enredo é simples, mas encerra verdades complicadas e profundas. Lembra o filme da Viagem de Chihiro, na qual a personagem é transportada para uma realidade alternativa na qual os pais são transformados em porcos e onde ela é escravizada por uma bruxa, sob a ameaça de matar os pais. Também aqui a personagem apanha um comboio para o qual precisa de um bilhete. O ambiente é muito parecido com o deste conto. Se não assistiu ao filme, aconselho vivamente.

    Escrita

    Simples, fluída e eficaz. Transporta o leitor através de uma narrativa que se poderia tornar potencialmente confusa, mas o autor ou autora soube gerir a complexidade sem que o texto perdesse a qualidade.

    Considerações finais
    Para mim, este é um dos textos mais interessantes do desafio. Poderia ter sido mais desenvolvido, mas tem todos os elementos de um bom conto (desenvolvimento das personagens, suspense, conflito, transformação).

  3. ALINE CARVALHO
    16 de setembro de 2021

    Ambientação: Boa ambientação, com algumas referencias de Harry Potter e
    Alice no país das Maravilhas

    Enredo: Tem boa estrutura, mas poderia ter explorado mais o lado monstruoso da mãe

    Escrita: Excelente escrita, não achei erros

    Considerações finais: O conto é bom, mas poderia ser melhor explorado..

  4. Felipe Lomar
    5 de setembro de 2021

    Ambientação: os cenários são muito bem descritos, assim como os personagens. Um texto carregado de sentido metafórico e alegórico, com emoções e personalidades muito bem represtadas em cenários e características físicas. A mãe monstro e a casa fazem um retrato muito bem emoldurado da psiquê da protagonista
    Enredo: eu geralmente tento não ver coisas onde o autor não escreveu, para não cometer erros de interpretação. Mas para mim esse texto é bem claro quanto às suas alegorias. Eu interpretei como um assassinato real, sendo a realidade alternativa dos monstros uma espécie de surto ou transe, ou talvez até sonho da protagonista, onde se exacerbam as características negativas. Nao é um artifício completamente original,as se bem trabalhado pode dar certo. Acho que é o caso.
    Escrita: uma escrita bem descritiva, que ambienta bem o leitor. Houve porém alguns erros de digitação que escaparam à revisão.
    Considerações finais: um texto intenso e forte, bem escrito. Não foi o meu favorito, mas isso é mais questão de gosto pessoal. Boa sorte.

  5. Bruno Tavares
    2 de setembro de 2021

    Ambientação: Curto demais a atmosfera criada pelo autor; escrevi um conto, muito parecido com este, porém com elementos bem distantes desta história. O cenário é o mesmo, um metrô, uma mulher que adormece e acorda em uma espécie de realidade paralela. Eu gosto demais deste tipo de cenário. Parabéns ao autor!

    Enredo: Achei o enredo bem desenvolvido e narrado. A história se desenvolve de uma maneira muito interessante e conquista a atenção do leitor de maneira maravilhosa. Senti como se estivesse lendo um conto do meu autor favorito: Stephen King.

    Escrita: Não observei nenhum erro grave; no mais tudo ok.

    Considerações Gerais: Um texto que me interessou muito. Uma história bem narrada e desenvolvida, com um final insólito e que perturbou um pouco. Gostei muito do conto e é um conteúdo que nos leva a questionar se o que ela viveu foi de fato uma realidade paralela ou se teve algum surto e acabou cometendo o assassinato. Parabéns ao autor pela criatividade do cenário e cenas.

  6. Anderson Prado
    31 de agosto de 2021

    Ambientação: Mediana. O conto se inicia em uma metrópole em uma metrópole contemporânea e, durante o desenvolvimento, migra para um universo alternativo. Os elementos de ambientação estão presentes, mas sem muito brilho.

    Enredo: Mediano. Visto de uma maneira mais óbvia, o enredo não brilha: de maneira fortuita, a personagem acaba por ingressar em um universo paralelo, sem maiores explicações. Porém, seria possível analisar este mesmo enredo de maneira um pouco mais aprofundada: a personagem fantasia um universo paralelo no qual pode dar vasão aos seus anseios mais profundos. Enfim, embora a segunda hipótese também esteja no conto, integrando o enredo, parece-me que os elementos fantasiosos prevaleceram sobre os dramas humanos.

    Escrita: Boa. A escrita é boa, correta, e os deslizes são poucos. Há alguns lugares comuns literários: (“fez-se silêncio absoluto”, “deu de ombros”). Há um ou outro erros de revisão (“No entato”, “fogão a lenha”). Notei uma passagem bem inspirada (“O toque frio do aço, além da penumbra, pareciam envolver sua alma. O som metálico dos passos ecoavam pelo poço. E a brisa que vinha de cima, cada vez mais forte. Naquele momento, Jaqueline era o resumo irônico do que nunca quis ser. A prisão moral, o gelo da vida, o sonho distante. A covardia era sua irmã.”), mas que, infelizmente, acabou destoando do resto do conto.

    Considerações gerais: A escrita correta tornou a leitura prazerosa. Estará entre meus contos mais bem avaliados, porém, no contexto do desafio, não figurará na minha lista de campeões.

  7. Ana Maria Monteiro
    29 de agosto de 2021

    Olá, Lara.

    Vou comentar seguindo as orientações do regulamento:

    Ambientação: A ambientação está boa, mas acho que a descrição do percurso no túnel, quando saiu da estação, foi excessivamente longa.

    Enredo: O enredo é interessante, mas algo exagerado, pareceu-me, não posso afirmar. Pareceu-me aquela mãe excessivamente monstruosa, para que Jacqueline tivesse esquecido todo o seu passado, apesar do coma. As palavras da mãe adaptam-se melhor a um narcisista que a uma pessoa de comportamento físico violento e ainda se vislumbra menos o motivo pelo qual a mãe deixou de a agredir depois da hospitalização. O personagem da mãe é muito inconsistente.

    Escrita: A escrita está bem, não tenho observações particulares a fazer. Lê-se bem, é compreensível e contínua, sem saltos temporais que as mais das vezes os autores não sabem dominar e tornam as leituras confusas. Aqui, isso não sucede e isso é bom.

    Considerações gerais: No geral, o conto pareceu-me mais a narrativa de um sonho que outra coisa. Durante o sonho, veio a epifania e matou a mãe, sem remorsos. Esperaria mais dessa estação 71.

    Parabéns e boa sorte no desafio

  8. Angelo Rodrigues
    27 de agosto de 2021

    11 – Estação 71

    Ambientação:

    Uma ambientação passada em metrôs e corredores claustrofóbicos. O autor busca passar, e consegue, um sentimento de dificuldades emocionais, de desamparo. Pulando da estação para a casa sombria, o texto apresenta o mesmo realismo desejado pelo autor.

    Enredo:

    Mulher deprimida pela tirania da mãe, “vive” uma noite de soluções. Um mundo paralelo se apresenta para ela, onde a Estação 71 representa a possibilidade de interagir com sua vida real. A morte da mãe nessa realidade alternativa, tem a capacidade de afligir seu mundo real. É nesse mundo alternativo que Jaqueline dá cabo de suas dificuldades. Voltando para casa, tudo está resolvido, e pode ligar para Rodrigo e descansar numa praia paradisíaca.
    Lembrou-me um pouco um conto de Ítalo Calvino, Uma Noite no Paraíso.

    Escrita:

    Com exceção de pequenos desvios, o texto está bem escrito. O autor consegue dizer o que deseja.

    Considerações Gerais:

    Um bom conto. Tem uma pegada que prende. Que vai evoluindo em direção a uma solução desejada pela protagonista.
    Tenho um pouco de resistências para contos que são mergulhos em sonho. Fiquei um pouco frustrado quando Jaqueline mergulha num sonho e se remete a uma solução. Mas o autor foi firme. Jaqueline não desperta desse sonho. Não era sonho. Era uma realidade alternativa que se conectava com seu mundo real. Fiquei feliz com isso, dado que o autor não caiu na facilidade transformando as soluções em devaneios soníferos.

  9. Victor O. de Faria
    24 de agosto de 2021

    Ambientação: Um texto bastante curioso. Tem um climão de Sessão da Tarde misturado a um bom suspense. Achei estranho o final não ter consequências mais visíveis, mas conseguiu fugir do clichê de sempre e isso foi ótimo. Estava gostando muito da ambientação tensa até surgir o monstro. Achei que o autor ia continuar nessa pegada de realidade alternativa, mas foi pelo caminho mais óbvio.
    Enredo: No saldo geral, gostei. O texto deixa sempre aquela “pulga atrás da orelha”, ainda mais por não dizer do que se tratam os serviços da Estação 71, ou quem está por trás disso tudo. Isso colabora para o suspense e traz um ar de novidade. Só mesmo na parte da mãe-monstro é que ficou um tanto semelhante aos inúmeros contos de fadas que vemos por aí, embora a resolução tenha sido diferente.
    Escrita: Simples, mas eficiente. Transmite bem as imagens e descrições. Tem bastante pulos temporais, mas entendo que é por causa do espaço.
    Considerações gerais: Queria ter gostado mais. Achei o início intrigante, o meio bem desenvolvido, a parte da mãe meio “já vi isso antes” e uma resolução interessante, sem grandes consequências. Está acima da média, claro, mas faltou aquela “chave de ouro”. Pareceu algo muito comum no fim das contas.

  10. Antonio Stegues Batista
    24 de agosto de 2021

    Estação 71

    Ambientação= Boas descrições, criando imagens verbais sinistras

    Enredo= Bom enredo, original e impactante.

    Escrita= Perfeita, clara e coesa.

    Considerações Gerais- Achei um excelente conto, uma mistura de fantasia e terror, com suspense, descrições criando uma atmosfera claustrofóbica. Foi uma boa leitura. Boa sorte.

  11. srosilene
    22 de agosto de 2021

    este conto me reportou um recorte de vários filmes norte-americanos com pitadas de mangá. A narrativa nos convida a percorre-lá de forma a encontrar pistas que nos ajude a desvendar os atos da personagem Jaqueline e de certo modo o da sua mãe. Os temas que alimentam o desenrolar do enredo são ao mesmo tempo “ordinários” e muito presentes na sociedade, tais como: relações abusivas e autoritárias entre pais, filhos e pessoas que se ama, sentimentos conflituosos e contraditórios (amor, ódio, atitude, apatia, obediência, medo, submissão, vingança, etc.). A autora soube explorar e transitar por estas temáticas de forma leve e verdadeira. Não se percebe (ou pelo menos não percebi), uma representação caricatural e nem apelativa na atitude das personagens. Ressalto também que o emocional, o psicológico, o fantasmagórico perpassam toda a narrativa. Em alguns momentos a fantasia digladia com a realidade. Realidade essa muito presente na vida de muitas pessoas que lutam desesperadamente para se libertarem de seus algozes e abusadores.
    A ambientação nos transporta por cenários reais/concretos (externos), imaginários (mente/consciência/inconsciente(interno). Enfim, um conto rico em arquétipos para sentar e explorar os conflitos e tormentos humanos.

  12. MARCIO VALLE PEREIRA CALDAS
    20 de agosto de 2021

    Ambientação: Interessante. O autor cria uma atmosfera de suspense que transporta o leitor para a história acompanhando a protagonista e seus receios. Mesmo no momento de terror, um gênero que nem sempre é aclamado, o leitor já está tão dentro da trama que se deixa facilmente ser levado pela sua curiosidade.

    Enredo: A história com um suspense psicológico e uma dose de terror do meio para o final prende o leitor nesses universos dúbios, entre a realidade e o que se passa apenas na mente da protagonista, o que traz ao texto reflexões interessantes.

    Escrita: Domínio da língua culta e da atenção do leitor, sem precisar se valer de afrescos literários.

    Considerações gerais: Um bom texto. Uma boa história. Muito bem desenvolvida e redondinha.

  13. Rubem Cabral
    16 de agosto de 2021

    Olá, Lara.

    Seguem abaixo os meus pontos de análise:

    Ambientação: Boa

    O “outro mundo”, acessível somente através da Estação 71, foi bem imaginativo, embora pouco detalhado. É um mundo onde todos são monstros? Onde houve uma guerra? O conto não se aprofunda muito. A ideia parece sair de algum pesadelo ou algo assim. Portanto, achei boa, mas poderia ter mais aprofundamento.

    Enredo: Bom

    Jaqueline vive uma vida limitada pq é cuidadora de sua mãe doente. Ela sonha em ter mais liberdade e anseia conhecer o mar junto com o namorado, mas a mãe limita seus planos. Certo dia, ao dormir na estação do metrô, acaba por pegar um trem para a Estação 71, onde tem contato com outra versão de seu mundo, onde sua mãe é representação física da mulher que ela é de verdade. Jaqueline tem suas memórias reativadas nesse encontro e, num embate com o monstro, mata a mãe. Ela volta à sua realidade e descobre que sua mãe real fora morta também. Ela então resolve fugir, para ter liberdade no mundo acessível através da Estação 71.

    Escrita: Boa
    A escrita é simples e funcional. Não há grandes voos metafóricos ou construções de frases inspiradas, mas também não há compremetimento do que a escrita deve fazer: informar o que está passando.

    Considerações gerais:
    O mundo “do outro lado” foi pouco explorado. O conto ganharia muito com mais detalhes. A fuga de Jaqueline para o outro mundo fica assim pouco justificada. Havia um motivo forte; a morte da mãe, mas também haviam motivos opostos, pois o outro mundo parece uma versão destruída do nosso.

    Boa sorte no desafio!

  14. maquiammateussilveira
    12 de agosto de 2021

    Ambientação: O texto consegue evocar um clima de pesadelo (enquanto eu lia, cheguei a lembrar de alguns que já tive ehehe). A parte que vai do metrô até a escada em espiral usa de um jeito muito divertido alguns clichês do horror e remete a um cenário quase surreal.

    Enredo: A protagonista, Jaqueline, poderia ser melhor explorada. O texto centra-se nas ações, como uma câmera de vídeo. Se partisse de dentro da personagem (quem sabe até narrado em primeira pessoa), descrevendo melhor as sensações dela, as emoções a cada reconhecimento nesses cenários originados de seu próprio estado psíquico, o texto se aprofundaria com mais eficiência nos traumas da infância, na relação com a mãe, das razões pelas quais ainda não conhece o mar, do desejo em conhecê-lo, etc.

    Escrita: Alguns trechos são compostos por frases muito curtas, principalmente no início do texto, o que empobrece as imagens que vão formando a narrativa. As frases poderiam trazer detalhes mais elaborados, com metáforas que denunciassem o estado psicológico de Jaqueline. Um pequeno exemplo que funciona muito bem, nesse sentido, são os joelhos estalando quando ela levanta do banco na estação; é um detalhe criativo, que leva o leitor a entender quem é essa personagem.

    Considerações gerais: Seguindo o clima de terror psicológico no corredor da estação, o conto poderia se manter num tom mais sutil. Em algumas cenas, como o momento em que a mãe-monstro tenta sufocar Jaqueline com seus braços super longos, o exagero da imagem me afasta do estado da personagem.

  15. Simone Lopes Mattos
    11 de agosto de 2021

    Olá, Lara Martins. Seguem meus comentários.
    Ambientação: Gosto muito de contos que iniciam direto no diálogo, já apresentando a problemática. O leitor já cria empatia. Sente o drama da personagem. Por todos os cenários em que a personagem passou há ótima ambientação. Aos poucos o leitor vai mergulhando na atmosfera fantástica. Destaco as portas durante a caminhada. Isso criou uma tensão crescente. O seu conto eu li torcendo para que ninguém me interrompesse. Foi muita curiosidade pelo final. As cenas na casa e o fato de ela passar a chamar a mãe de monstro deram um clima de pesadelo. Foi muito potente essa criação na casa. Os diálogos totalmente possíveis, esperados, dentro do universo paralelo que você criou.
    Enredo: os pontos de mudança, de virada foram bem plantados. O ponto alto, o conflito com a mãe, foi perfeito. Quando ela já estava em casa, eu já havia me desligado do problema dela (a viagem), de querer e não poder viajar. E, de repente, ela toca no assunto. Que coragem dessa personagem. A passagem para a realidade, a transição entre os mundos, foi bem feita. Nada soa como impossível. Eu algumas vezes achei que você explicou além da conta, pesou a mãos nos sentimentos da personagem, nos esclarecimentos para o leitor. Não chegou a comprometer o ritmo.
    Escrita: achei apenas um equívoco para você corrigir: Houveram outras
    Considerações gerais: Eu fiquei um bom tempo pensando nessa história. Eu interpretei da seguinte forma: ela se retirou da realidade inconscientemente. É um mecanismo de proteção da mente, como um transe mesmo. Se pudessemos ler a narrativa verdadeira, o que de fato aconteceu naquela noite, veríamos que ela chegou em casa, brigou com a mãe e acabou por matá-la. Acho apenas que se no final a mãe estivesse morta sem as marcas no pescoço, o leitor ficaria mais intrigado. Eu pensaria que durante a discussão a mãe acabou morrendo de um infarto ou AVC.
    Enfim, muito bom. Entrelinhas para o leitor decifrar numa história bem contada. Parabéns!

  16. Kelly Hatanaka
    11 de agosto de 2021

    Ambientação:
    O começo me pareceu meio genérico. A história poderia se passar em qualquer cidade do mundo. Não é um problema, é só o que me pareceu. Agora, quando começou o mundo da Estação 71, a ambientação pegou fogo! Excelente! Muito bem criada a sensação de estranheza e medo. Adorei!

    Enredo:
    Fiquei o tempo todo pensando se seria um daqueles contos em que, no fim, era tudo um sonho. Mas não! A Estação 71 era o caminho para um universo paralelo, onde as coisas pareciam o que eram, foi minha interpretação. Muito engenhoso e criativo!

    Escrita:
    Excelente, irretocável. Um texto muito bem escrito e que segura atenção até a última linha.

    Considerações gerais:
    Achei que não teria nenhum conto com o tema universo paralelo, mas esse foi mais uma boa surpresa do seu conto. Teve universo paralelo e monstro e muita satisfação para o leitor.

    Parabéns e boa sorte!

  17. Jowilton Amaral da Costa
    10 de agosto de 2021

    Ambientação: A ambientação é bem feita, conseguimos perceber naturalmente que a história se passa numa cidade grande, movimentada e barulhenta. No segundo ato, a ambientação também é boa, com o caos da cidade destruída, talvez representando o mundo interior de Jaque.

    Enredo: A história é uma fantasia infanto-juvenil com toques de terror. Não é muito original, ao meu ver. Este negócio de ir parar em outros lugares depois de entrar num trem, nem metrô ou num buraco, já é bem conhecido, principalmente logo após acordar depois de um sono inesperado. As cenas de tensão são boas também. só achei que a menina conseguiu matar o monstro muito facilmente, pelo tamanho que ele se mostrava. O final foi muito bom, com Jaque nada triste com a morte da mãe, demonstrou uma frieza inesperada, dando um bom impacto.

    Técnica; A técnica é excelente, não percebi qualquer tipo de erro e a leitura fluiu muito bem, com uma narrativa competente.

    Considerações gerais: Para meu gosto pessoal o conto foi de certa forma pouco denso. gosto mais de contos mais pesados. No entanto, para uma perspectiva infanto-juvenil a história é muito bem feita. Enfim, no geral, um conto muito bom! Boa sorte no desafio.

  18. thiagocastrosouza
    9 de agosto de 2021

    Ambientação: Gostei dessa passagem do mundo comum para esse outro, decrépito, mas relacionado com o que temos de mais impuro enquanto civilização. O trem como um portão foi uma ideia bacana também.

    Enredo: Acho que, apesar de bastante metafórico, ao meu ver, a reação da protagonista diante das esquisitices e absurdos que encontra são pouco naturais. Gostei da inversão, como disse no tópico anterior, mas a forma como se dá os embates, não me convenceu muito. Por outro lado, é um enredo bem pensado e metafórico; o encontro com os medos da protagonista se dá nesse mundo grotesco e transformado. Apenas quando percebe a mãe como de fato ela é, um monstro, ela consegue se libertar. Essa trilha foi bem planejada e possui muitos méritos!

    Escrita: Bastante direta e pouco descritiva. Tudo se movimenta na trama, o que deixa a leitura ágil. Não gostei dos embates entre os personagens, nos diálogos e ações. Esse aspecto, dentro de um enredo interessante, deixou a desejar. Há uns erros de pontuação, mas nada gritante.

    Considerações Gerais: Gostei do conto, apesar dos problemas citados. Há um enredo estruturado e metafórico (já usei essa palavra várias vezes), mas a execução não foi a melhor para essa história.

    Grande abraço!

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Publicado às 9 de agosto de 2021 por em EntreMundos - Monstruoso Mistério Aternativo e marcado , .