A angústia da procrastinadora na hora dos deadlines (Ana Maria Monteiro)
Oh, bolas! O prazo termina hoje e ainda nem pensei nisso. Felizmente, a tarefa não é de grande monta. “Mas teria sido bom (ao menos) pensar antes em como iria … Continuar lendo
Para sempre (Giselle Fiorini Bohn)
– Eu sinceramente não sei pra que vocês me chamaram aqui. Já foi, acabou. Se me arrependo? De jeito nenhum. Faria tudo de novo. Pior seria viver sabendo que poderia … Continuar lendo
É lógico! (Jowilton Amaral)
— Ei, Gordo, por que você acha que eu e a Taís terminamos? — Você chifrou ela e ela soube, ora! — Mas, você acha mesmo que esse foi o … Continuar lendo
Pedro Pedreiro (Antonio Stegues Batista)
Pedro desperta às 6:30 da manhã. Muda de roupa. Prepara a marmita, feijão, arroz, um ovo, um pedaço de linguiça, duas bananas. Coloca na mochila. Pega o ônibus. Quarenta minutos … Continuar lendo
Quase (A. Capelli)
A menina urgente tinha pressa. As horas passavam lentas, os dias eram meses e ao fim de um mês era como se houvesse se passado uma década. Dormia estática a … Continuar lendo
O especialista (Elisa Ribeiro)
Viam-se todas às terças e sextas. Ela, ainda de dentro do ônibus, o olhar atraído pela estranheza de sua figura, caminhando solitário na areia. Ele a acompanhava com a respiração … Continuar lendo
A fotografia (Angelo Rodrigues)
Havia chegado o dia em que Melinda faria a fotografia que marcaria a sua infância, e ela desejou tirá-la sob uma acácia florida que havia nos jardins de sua casa. … Continuar lendo
Nuances (Natália Koren)
O vestido era amarelo e sem graça. O sorriso também. Não conseguia entender aquele lugar. Como podia ser cidade grande quando tudo era tão pequeno? As ruas estreitas, o apartamento … Continuar lendo
Sol que me guia (Amarelo Carmesim)
Sol, que no batismo foi chamado Marcelo, caminha só pela pantanosa região do que já foi o planalto ao redor do monte Roraima, seus passos firmes demonstram a musculatura de … Continuar lendo
Ciclo (Maria Santino)
A escuridão do velho casebre foi quebrada pela faísca e chama do fósforo a acender o cachimbo nos lábios da idosa. Lampejos em prévia de tempestade adentraram pelas frestas sendo … Continuar lendo
Desconectado (Elisabeth Lorena Alves)
Não há o que fazer quando alguém quer criar e a Literatura e a Tapeçaria se interpõem em seu caminho. Nem mesmo a paisagem bucólica ajuda. E é fácil se … Continuar lendo
Sonhos lúcidos não saem da sombra (Rafael Carvalho)
Chegou do hospital gritando por Alice, mas lembrou que sua filha não estava em casa. Deveria estar brincando com alguma boneca idiota na casa da amiga. “Drª Marion, troca de … Continuar lendo
O Expresso Fantasmão (Welington Pinheiro)
Te segura que lá vem ele, o Expresso Fantasmão. Todo preto, chei’de marra; sem luz, sem buzina; lá vem ele à toda, cavalgando endiabrado na buraqueira do morro. Não é … Continuar lendo
Viagem aos seios de Catharina (Thiago de Castro)
O pastor Adalberto escutava, em sua sala, reclamações de um casal. — Estou cansado. — Do meu esforço na cozinha, das crianças? — Faz seis meses que a gente não… … Continuar lendo
Pausa para o lanche (Felipe Lomar)
Às vezes, é necessário parar e refletir no que acabou de acontecer. Não faz nem quinze minutos, com uma fome danada e uma ansiedade que não permitiam concentrar nos processos, … Continuar lendo
Bodas, bolhas finas (Simone Lopes Mattos)
Enquanto entravam, a mulher apoiava-se no braço do marido. Havia tempos que não usava saltos, mas escolhera o único sapato que escondia as unhas. Ele corria os olhos pelo ambiente … Continuar lendo
Pinto caído (Emanuel Maurin)
— Marcos, tenha calma e relaxe, vai levantar… — murmurou Anita: — se você ficar chacoalhando, o bicho vai morrer de vez. E numa tentativa desesperada, beijou o pinto caído. … Continuar lendo
Será, amor? (Luciana Merley)
Tiro o termômetro da boca, confirmo o trinta e seis ponto zero e alguma coisa, mostro-lhe o relógio e nós fazemos amor. Lépido, ele, no meio da terceira semana de … Continuar lendo