EntreContos

Detox Literário.

A Gota que Desafiou a Lua (Luis Guilherme)

Apoiando os cotovelos no batente, Raissa observava a chuva através da janela, suspirando. O bafo quente da respiração embaçava o vidro. Segurava firmemente as lágrimas, enquanto vislumbrava a luz da … Continuar lendo

1 de novembro de 2019 · 24 Comentários

Humanidade (Luis Guilherme)

  Caminhava cabisbaixo pelo centro da cidade desolada, o sobretudo azul-marinho protegendo o corpo encolhido de frio e chuva. Mesmo o capacete, item obrigatório no ar ácido da metrópole, não … Continuar lendo

1 de agosto de 2019 · 24 Comentários

Olhos (Luis Guilherme)

Desenhando corações no bafo da janela, Renata bufava, amargurada. A garota detestava aquelas viagens intermináveis dos encontros familiares.  Todo fim de semana prolongado, seus pais insistiam em se meter por … Continuar lendo

1 de maio de 2019 · 22 Comentários

Fim, Nomes e Descobertas (Luis Guilherme)

  Apoiou os cotovelos sobre a cerca, contemplando aquela imensidão colorida. Apenas seus suspiros ritmavam o silêncio, enquanto o dourado do sol finalizava sua trajetória, escondendo-se às costas do Pico … Continuar lendo

17 de fevereiro de 2019 · 18 Comentários

O livro sagrado dos Etiléios (Luis Guilherme Florido)

O livro sagrado dos Etiléios   Assim eu vi, assim eu ouvi, e assim deixei registrado – por Hératos, o primeiro dos Etiléios.   I – Humanos   Onomatopeia de … Continuar lendo

9 de março de 2018 · 47 Comentários

A árvore da vida (Luis Guilherme Florido)

Nascimento   A árvore da vida inúmeros frutos, abriga em seus ramos. Quando um apodrece e à morte entrega seu néctar, dá lugar a novas existências num ciclo infindável de … Continuar lendo

28 de novembro de 2017 · 54 Comentários

Felidae (Luis Guilherme)

Dei uma tragada profunda no cigarro, observando a lua pela janela de meu escritório e relembrando os acontecimentos da noite. Tenho passado muitas horas aqui ultimamente, debruçado por períodos intermináveis … Continuar lendo

2 de outubro de 2017 · 53 Comentários

Uma fábula em rimas: o tesouro da Cobra Vanderléia (Luis Guilherme Florido)

À entrada se entreolhavam, temerosos, ponderavam: “é uma loucura! Sim, mas a glória é segura. ” E a dupla estarrecida, encarava, indecisa, o colosso à sua frente. – E agora, … Continuar lendo

5 de agosto de 2017 · 45 Comentários

Um recorte sobre bestialidade: mestre, fera e regresso (Luis Guilherme)

Exausto, chegou à entrada do túnel acompanhado de seu servo. Juntos, javali e homem respiraram longamente. “Floresta inóspita do inferno” – resmungou mentalmente, rabugento. Nas últimas doze ou treze horas, … Continuar lendo

20 de maio de 2017 · 59 Comentários

Medo de escuro (Luis Guilherme)

Apocalipse zumbi é foda. Afora o cheiro pútrido e o som de carne sendo rasgada e mastigada, Pierre estava imerso em total escuridão. Respirando silenciosamente, lutava para segurar o vômito. … Continuar lendo

13 de janeiro de 2017 · 88 Comentários

Náusea e vômito (Luis Guilherme)

Náusea e vômito O conto que dá origem a uma nova categoria do Punk: o Glitter Punk   Seguem as buscas por homem desaparecido no interior de Aniorama. Jovem de … Continuar lendo

23 de novembro de 2016 · 43 Comentários

Faminta (Luis Guilherme)

O jantar de sexta era sagrado pra Juliana. Um hábito que servia de motivação para aguentar (“sobreviver”) a semana frustrante: emprego medíocre (“Essa velha megera e essa gente feia o … Continuar lendo

23 de setembro de 2016 · 52 Comentários

Emancipação (Luis Guilherme e Leonardo Jardim)

A assembleia mal chegara ao fim e um murmurinho já se espalhava pelo amplo salão de eventos do Condomínio Veranópolis. Em meio ao burburinho disforme, balbúrdia geral na qual mergulhara … Continuar lendo

13 de julho de 2016 · 35 Comentários

E Tudo Acaba Onde Começou (Jowilton Amaral e Luis Guilherme)

Despertei com barulho de passos. “Ele tá dando sua caminhada da madrugada”, pensei. Levantei-me a contragosto. Dormir no meio da sala e num colchão no chão me deixava de mau … Continuar lendo

10 de julho de 2016 · 34 Comentários