EntreContos

Detox Literário.

A Escolha de Noninha (Claudia Roberta Angst)

Ao completar meio século de vida, recebi como presente uma missão no mínimo curiosa: ir atrás de dicas para envelhecer bem. Sim, meu chefe ousou me passar a inusitada tarefa sob o som de estampidos de lacres de cervejas e brindes calorosos misturados a piadas politicamente incorretas. Ali mesmo, na mesa do boteco onde estávamos, funcionários e chefia, todos reunidos para comemorar o meu aniversário. Achei a proposta um tanto ofensiva, como se fosse urgente a busca por atenuantes dos efeitos da velhice. Da minha velhice.

Passada a ressaca física e emocional, fui atrás de possíveis fontes de conhecimento que pudessem me esclarecer quanto à possibilidade de retardar o envelhecimento. 

Marquei consulta com um famoso geriatra que, depois de uma longa e caríssima entrevista sobre os pormenores da minha vida – desde o berço até aquele momento em que me encontrava sentada em uma cadeira cara, mas desconfortável para meus ossos já supostamente envelhecidos – dignou-se a passar os seus conselhos profissionais.

– Faça exames clínicos a cada trimestre, alimente-se com moderação e de forma saudável, pratique atividades físicas, evite o stress e procure dormir bem.

Quando achei que ele havia terminado de listar suas recomendações nada originais, o célebre doutor continuou a elencar dicas valiosas, revelando uma dicção de locutor aposentado. 

 – Além disso, você pode fazer alguns exames complementares e realizar procedimentos específicos, e também tomar vitaminas e nutrientes vitalizadores. 

Eu, que já estava com meio corpo fora do assento, levantando-me para agradecer sei lá o quê, aterrizei novamente na cadeira e esperei por longos minutos o médico transferir sua sabedoria medicinal para o bloco de receitas. 

– É tudo bastante simples. Basta ter disciplina e seguir o plano certo para uma longevidade funcional.

Sorri e agradeci a atenção, mesmo sabendo que Carlos Henrique, meu chefe, iria me comer o fígado por ter gasto uma fortuna com aquela consulta. 

Saí do consultório um pouco mais velha do que entrei. Despedi-me da recepcionista com um aceno e fui direto para o hall dos elevadores, ainda com o calhamaço de receitas nas mãos. O volume de papel pareceu-me mais pesado à medida em que o elevador descia ao térreo. Assim que alcancei o saguão do sofisticado edifício, encontrei um par de lixeiras camufladas em um canto, mas devidamente nomeadas. Escolhi a de lixo limpo, pois afinal sou uma cidadã consciente e recicladora. 

Por uma dessas coincidências que só cabem em minha vida, assim que pus os pés na calçada, encontrei uma amiga dos tempos de faculdade. Demorei um pouco a reconhecê-la, tonta entre os seus gritinhos de entusiasmo. Fiquei confusa diante do que me pareceu uma aparência modificada de forma precisa e atualizada com uma certa frequência.  

– Menina, quanto tempo! 

Por uma contradição de raciocínio, acabei me sentindo acalentada por aquele abraço. Primeiro, porque ela havia me chamado de “menina”, depois, por ter se lembrado de mim após décadas sem me ver. Era boa a sensação de poder enfim relaxar, sem ter que me transformar em alguém estranho a mim mesma. 

Animadas com o súbito reencontro, fomos tomar um café, que virou dois, ou talvez três. Quem estava contando além do garçom? Gabriela gesticulava de forma bem efusiva, empurrando os biscoitinhos polvilhados com açúcar e canela para a beira do pires, como se expulsasse algum vírus perigoso. 

– Sabe como é, né, amiga, depois de uma certa idade, temos de cortar as calorias.  

Mas se a idade era “certa”, por que cortar o lado mais doce?

– Ainda mais agora que chegamos aos cinquentinha. – Completei o raciocínio de Gabriela procurando manter um tom bem-humorado.  

Gabriela arregalou os olhos, surpresa com o meu descaramento.

– Fale por você, querida. Eu acabo de completar 45, e não vejo a hora de voltar aos 42 anos no ano que vem. 

Ela não só estava usando a fórmula batida de decrescer o processo etário, como estava dando pulos para trás na tentativa vã de resgatar um passado sem rugas. Achei até graça do esforço persistente, embora vão, de ostentar o frescor da juventude. Depois, pensei que tudo aquilo era ainda mais triste, pois a contagem regressiva era real, mas do tempo que ainda lhe restava de vida. 

Nas semanas seguintes, consultei profissionais de várias áreas para abranger todos os pontos possíveis relacionados ao envelhecimento. Entrevistei padres, pastores, dois rabinos e até um pai-de-santo. Conversei com profissionais liberais, artistas e donas-de-casa. Ouvi gente solteira, viúvas tristes, e outras muito alegres. Participei de rodas da terceira idade que se referiam à velhice como “melhor idade”. Melhor idade? Depois da maioridade, só vi boletos e responsabilidade. 

Recorri ainda a filósofos, a magos, a alquimistas de dores alheias. Demonstrei interesse pelos revezes e até pelos risos dos palhaços de outrora. Vigiei minhas palavras para não espantar os velhinhos como um bando de pombas. Indaguei sobre o peso dos anos e os benefícios da sabedoria. Eram tantas histórias, alegres e tristes, que falavam de asilos, doenças, abandonos, silêncios contidos, aventuras reveladas. Eu já não me sentia capaz de reproduzir em palavras o curso fluente daquele rio de memórias. Alguns dos entrevistados disseram que também havia o lado bom de envelhecer, mas já não lembravam qual era.  

Durante a pesquisa, deparei-me com pessoas beirando a insanidade, que acreditavam deter o segredo da eterna juventude, enquanto tentavam me convencer que a Terra é plana. Mas logo se esquivavam quando surgia a proposta de uma conversa franca sobre os anos finais de amadurecimento, o temido intervalo entre o tudo e o nada.  

Acumulei material suficiente para escrever um livro, talvez de autoajuda, ou quem sabe um manual de coach da terceira idade. Assustada com a avalanche de informações, resolvi ser o mais objetiva possível e tentar encontrar uma forma de resumir tudo o que havia apreendido durante o meu trabalho investigativo. 

Consegui, depois de muitas horas de trabalho, listar os fatores que levariam a um envelhecer mais saudável e digno. Hesitei em começar a escrever a matéria sem antes sujeitar os dados obtidos à análise de alguém capacitado para filtrar a informação realmente significativa entre tantos pormenores científicos e meros palpites. 

Depois de muito refletir, decidi procurar a pessoa que sempre me pareceu ter uma postura coerente diante dos obstáculos, e ainda assim transpirar sabedoria e leveza.  

A resposta estaria com ela. A mais sábia.   

Isabella Maria Donatti, a matriarca, já era uma senhora quando eu nasci. Existem documentos e fotografias comprovando sua identidade longínqua. Dona de enormes olhos esverdeados que a idade recobriu com uma película de tom lilás. Catarata, talvez. Ou licença poética do tempo, por que não? Os cabelos bem tratados, mais finos e ralos a cada ano, ligeiramente arroxeados por uma tintura que só ela conhecia a medida exata da mistura de tons. Sua arte secreta, misteriosa alquimia que parecia diverti-la imensamente.  

Noninha, como é ainda chamada por todos, sempre foi a tia do cabelo roxo que, sempre sorridente, expunha a intimidade dos sobrinhos e netos nas rodinhas familiares. Tia querida e madrinha de minha mãe, Dona Bella parece não se cansar de trocar receitas e anedotas. 

Há boatos, que circulam entre os álbuns de família e porta-retratos delatores, sobre as peripécias da vida de Dona Isabella. Noninha não tem papas na língua, nem mesmo se preocupa com a sua reputação. Era livre antes mesmo de todas as mulheres começarem a sonhar com a liberdade. Autêntica, irreverente, sem se preocupar em seguir a moda ou fazer graça para ser aceita pela sociedade. Noninha ainda se finge de sonsa quando lhe perguntam sobre as aventuras da juventude. Muda de assunto e sorri com os olhos, como se guardasse segredos, talvez inconfessáveis, para si mesma. 

Fui, então, visitar Dona Bella, a querida Noninha. Conversamos sobre os tempos, idos e vindos, e finalmente falei sobre a minha reportagem. Ela pareceu interessada, dizendo que o assunto lhe era um bocado familiar.

Animada com a recepção calorosa, peguei minhas anotações e, sem cerimônias, li tudo de uma só vez, tomando folego aqui e ali, despejando todos os conselhos que havia recebido durante as últimas semanas nos seus ouvidos atentos.

– Não se descuide. Mantenha a autoestima. Sorria sempre, mas de forma contida, para não acentuar ainda mais as rugas. Ou aplique Botox. Recorra aos ácidos, aos cremes, aos deuses. Talvez seja a hora de uma plástica? Coma bem, mas pouco, e a cada dia, coma menos. Prefira dormir. Evite o estresse. Faça exercícios regularmente. Não fume. Nem mesmo aquele cigarrinho dito mais natural. Não beba. Bem, talvez uma taça de vinho por dia seja até aconselhável. Vinho tinto por causa dos… sei lá, mas tem que ser tinto.  Mantenha uma atitude positiva e a coluna ereta. Fique atenta à quantidade daquilo que come. Você é o que come. Seja flor. Coma brócolis. Tenha boas relações sociais. Deixe-se acompanhar por gente alegre. Proteja a pele dos raios solares que podem ser muito nocivos. E como já orientava alguém na voz de Pedro Bial: Por favor, use protetor solar. Durma bem. Não só precisa dormir, mas tem que dormir bem. Busque o conforto na religião. Tenha fé, irmã. Desenvolva atividades que ajudem a manter o cérebro ativo: faça palavras-cruzadas, crochê, toque um instrumento musical, aprenda um idioma, leia, jogue no computador, faça artesanato e socialize. Ninguém é uma ilha. E quando esquecer de algo, anote o que esqueceu para não se esquecer de novo. Se achar isso muito complicado, esqueça. Esteja a par do que acontece no mundo. Ignore a parte podre das notícias. Melhor nem ler jornal. Nem veja TV. Esqueça o mundo. Movimente-se apesar das limitações – lave o carro, cuide da casa, suba escadas, faça compras a pé. Abra-se para o amor, mas prefira adotar um cão a um companheiro senil. Proteja o coração, comece com uma pequena oração. De todos os nãos, faça uma nova canção. Ou o que parece mais seguro: não tenha mais um coração.  Mantenha o bom humor. Ria de tudo, de todos, até de si mesma. Seja independente, mas aceite ajuda quando necessário. Poupe dinheiro para os dias mais difíceis. Mas não acredite que eles virão. Memorize senhas. Decore frases que façam lembrar dessas senhas. Melhor ainda, não use senhas. Percorra o caminho de Santiago a pé, de bengala, ou mesmo de andador. Se não der, descanse a curiosidade no mouse do computador. Não exagere na carne vermelha. Não coma carne vermelha. Não coma carne. Beba água, beba mais água. Já bebeu água? Corte o açúcar. Corte a lactose. Corte o glúten. Mas não corte os pulsos. Saiba a hora de parar, mas continue a nadar. Pesquise o seu DNA. Descubra o histórico familiar de doenças e esqueça. É tudo bobagem mesmo. Guarde as boas lembranças no coração. Se for cardíaca, subloque o porão das memórias. Seja sensata. Tenha metas, mas evite os riscos. Tema as metas. Evite o stress. Stress ou estresse? Evite revisores chatos. Não se aborreça à toa, nem comigo, nem com ninguém. Evite tomar garoa, mas beba água. Muita água. E passe protetor solar. 

Respirei fundo para recuperando o fôlego. Então, olhei para Noninha, tentando decifrar alguma reação em seu rosto. Nada. Ela apenas ouviu meu surto verborrágico, sem me interromper uma única vez. A atenção retida, a respiração contida.  

– O que acha, Noninha?

Ela ajeitou-se na poltrona, pousou as mãos sobre as minhas com carinho e piscou um olho, que no momento julguei ser uma ametista.

– No meu tempo, as coisas eram diferentes.

Não me dei por satisfeita com aquela resposta evasiva. Minha intuição de jornalista me levava a crer que Noninha sabia muito mais do que queria revelar.  

– Mas a senhora está tão bem aos…99 anos? É isso? Pois então, está aí inteirona, lúcida e mais feliz do que muita gente. Qual desses conselhos acha que devo seguir? O que devo escolher para ter uma velhice como a sua?

Ela balançou ligeiramente a cabeça e sorriu. Um sorriso de quem não tinha nada a perder, nem tempo, nem dentes, e respondeu quase em um sussurro.

– Eu escolhi viver.   

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28 comentários em “A Escolha de Noninha (Claudia Roberta Angst)

  1. iolandinhapinheiro
    16 de abril de 2020

    Noninha que sabe das coisas. O povo vive nesta loucura de tentar deter o tempo como se isso fosse possível. E se preocupa tanto, e segue tantos palpites, dietas, exercícios, simpatias, que se esquecem do mais importante: viver. As rugas que tenho no rosto são aquelas resultados de sorrisos e gargalhadas, porque rir até chorar não deixa a gente mais jovem, mas, com certeza, deixa mais leve. Parabéns pela história tão atual e interessante.

    Beijos.

    • angst447
      16 de abril de 2020

      Obrigada pelo comentário gentil e atento. Concordo com você, rir pode não rejuvenescer, mas nos deixa mais leves, o que traz uma aura mais jovial e alegre. Parabéns por ser tao carinhosa e participativa. Você é dez! Beijos.

    • iolandinhapinheiro
      16 de abril de 2020

      Correção: “Que se esquece”

  2. Bia Machado
    15 de abril de 2020

    Que conto delicioso, Claudia! Pensando que daqui a 7 anos estarei na mesma “vibe” da jornalista aí, e se por um lado parece que vai demorar, por outro sei que quando menos se espera, um dia acordo e lá estão os 50 anos. Vou anotar o recado de Noninha: basta viver, sim, com certeza! Deve ser esse o significado da expressão: “para viver bem, basta estar bem”. E estar bem tem a ver com vivermos de forma plena…

    Eu não vou avaliar tecnicamente o conto, ler sem a obrigação de dar nota é bom por causa disso, enfim, se eu tivesse que dar nota certamente seria 5. Eu li o conto inteirinho de uma vez e parecia um filme passando na minha cabeça, imaginando o que foi narrado. Parabéns!

    • angst447
      16 de abril de 2020

      Obrigada pelo comentário generoso e sempre atento. Eu já passei pela idade da jornalista…rs… e estou sobrevivendo. Feliz por você ter gostado do meu conto. Beijos.

  3. M. A. Thompson
    11 de abril de 2020

    Olá autor(a)!

    Antes de expor minha opinião acerca da sua obra gostaria de esclarecer qual critério utilizo, que vale para todos.

    Os contos começam com 5 (nota máxima) e de acordo com os critérios abaixo vão perdendo 1 ponto:

    1) Implicarei com a gramática se houver erros gritantes, não vou implicar com vírgulas ou mínimos erros de digitação.

    2) Após uma primeira leitura procuro ver se o conto faz sentido. Se for exageradamente onírico ou surrealista, sem pé nem cabeça, lamento, mas este ponto você não vai levar.

    3) Em seguida me pergunto se o conto foi capaz de despertar alguma emoção, qualquer que seja ela. Mesmo os “reprovados” no critério anterior podem faturar 1 ponto aqui, por ter causado alguma emoção.

    4) Na sequência analisarei o conjunto da obra nos quesitos criatividade, fluidez narrativa, pontos positivos e negativos, etc.

    5) Finalmente o ponto da excepcionalidade, que só darei para aqueles que realmente me surpreenderem. Aqui, haverá fração.

    Dito isso vamos ao comentário:

    TÍTULO/AUTOR: 19. A Escolha de Noninha (Jornalista)

    RESUMO: A escolha de Noninha traz como tema seu aniversário de 50 anos e a missão dada pelo seu chefe de como encontrar dicas para envelhecer bem.
    Procurou o geriatra, que a aconselhou a fazer exames e alimentar-se com moderação.
    Após sair da clínica, resolveu jogar as receitas fora e desconsiderar as orientações médicas.
    Encontrou sua amiga Gabriella e enquanto tomavam café percebeu que ela tinha hábitos saudáveis e omitiu sua idade, dizendo que tinha 45 anos.
    Noninha consultou padres, artistas, donas de casa entre outros buscando descobrir o segredo para envelhecer bem.
    Por fim, procurou a matriarca Dona Bella que depois de sábios conselhos como manter a autoestima,sorrir sempre, evitar stress, revelou que o segredo para uma velhice saudável é a escolha em viver.

    CONSIDERAÇÕES: O conto traz uma linguagem objetiva e coerente com o tema .
    Aborda o tema atual da longevidade, a busca pela qualidade de vida e os benefícios dos hábitos saudáveis para o envelhecimento. Estimula o leitor a fazer uma auto reflexão sobre seus hábitos alimentares e a importância da qualidade de vida na prevenção de doenças na terceira idade.

    NOTA: 4.0

    Independentemente da avaliação aproveito para parabenizar-lhe pela obra e desejo sucesso na classificação.

    Boa Sorte!

  4. Valéria Vianna
    10 de abril de 2020

    Uma jornalista recebe do chefe uma pauta no dia em que completa 50 anos: como envelhecer bem. Após consultar um especialista, entrevistar inúmeras pessoas das mais variadas áreas, além de pessoas mais velhas, decide ouvir a matriarca da família (madrinha de sua mãe), levando para ela tudo o que apurou sobre o assunto. Depois de ler todas as dicas e conselhos sobre como envelhecer bem, ouve da mulher sua própria verdade num sussurro.

    Nota: 4,9

    O ponto alto do conto começa e termina com a introdução da personagem Noninha. A leveza fica por conta da narrativa começar a partir de uma pauta de jornal e a subsequente apuração da jornalista. Leveza essa que não se perde com Noninha, exemplo de velhice feliz, de vida bem vivida. A parte de apuração e anterior ao encontro se apresentou um pouco longa. Ao meu ver, poderia ser menor. Não prejudicou o ritmo e a fluência, de qualquer forma.

  5. Daniel Reis
    10 de abril de 2020

    19. A Escolha de Noninha (Jornalista)
    Tema: uma reportagem sobre envelhecer.
    Resumo: A narradora, jornalista, é incumbida aos 50 anos a fazer uma reportagem sobre o que é envelhecer. Entre outras fontes, conversa com a tia de 99 anos, Noninha, e ouve dela que a melhor escolha para envelhecer é escolher viver.
    Técnica: o texto é bem escrito, tem momentos de virada, encontros e entrevistas, porém o parágrafo onde a jornalista resume suas conclusões é longo e cansativo.
    Emoção: o conto é leve, desce suave, mas não tem “velocidade” nem curvas, surpresas. Bom trabalho, no entanto.

  6. Marco Aurélio Saraiva
    10 de abril de 2020

    A personagem principal é uma jornalista e, no seu aniversário de 50 anos, tem do chefe um pedido: que descubra a melhor forma de envelhecer. Segue-se uma jornada de entrevistas e pesquisas sobre o assunto e a acumulação de uma centena de conselhos, apenas para descobrir, no final das contas, com Dona Noninha, 99 anos, que a melhor coisa a se fazer é apenas viver.

    É um conto muito bem escrito e de muito carisma. Tem um tom de comédia calibrado no nível correto, e um tanto de profundidade. O ápice é o “surto verborrágico” da narradora, quando ela finalmente solta de dentro de si todos os conselhos que reuniu com sua pesquisa. E a conclusão (a escolha) de dona noninha é sensacional.

    Este é o exemplo de um bom conto. Bem escrito, personagens claros, um objetivo nítido, um clímax, uma conclusão, reflexões, comédia, profundidade. Você certamente sabe o que está fazendo e, com certeza, me deu algo agradável para ler. Parabéns!

  7. Gustavo Araujo (@Gus_Writer)
    10 de abril de 2020

    Resumo: ao fazer 50 anos, uma repórter é escalada para uma matéria sobre envelhecimento. Ela vai ao geriatra, econtra uma amiga, consulta filósofos, magos, alquimistas e pais de santo, até que vai à casa de uma velhinha de 99 anos. Ao contar a ela o que aprendeu — uma lista enorme de conselhos –, ouve, em resposta uma frase simples, que resume o segredo do bom evelhecer:basta viver.

    Impressões: um conto simples na concepção, mas que carrega consigo uma mensagem poderosa, de que o “segredo” do envelhecimento com qualidade está bem diante de nós e que reside na não preocupação com isso. É mais ou menos como aquele ditado chinês: a felicidade não está no fim do caminho, ela é o caminho. Gostei da maneira como essa lição foi repassada a nós, leitores, pela voz de uma simpática velhinha. Aqueles que como eu amaram — ou amam — suas avós, a identificação é imediata e traz, inevitavelmente, esse gosto de nostalgia, algo que percebíamos ainda pequenos, quando elas, nossas avós, conseguiam nos ensinar muito usando poucas palavras. Mais ou menos como os sábios da antiguidade. De minha parte eu só conseguia ficar de boca aberta, sem reação, como quem recebe uma revelação bombástica que, vejam só, estava ali o tempo todo. O conto, de fato, me fez viajar, o que é muito bom. Colabora com isso a linguagem fluida, sem rebuscamentos, dessas que nos conduzem sem esforço por uma história gostosa como um bolo de fubá recém saído do forno. Enfim, ótimo trabalho. Minha vovó, que era leitora contumaz, certamente apreciaria.

    Nota: 5,0

  8. Luciana Merley
    10 de abril de 2020

    Olá, autor.
    Uma jornalista cinquentona que recebe do chefe a missão de produzir uma matéria sobre o envelhecer saudável. Depois de percorrer consultórios médicos e pesquisar muito, ela depara-se com a receita simples e eficaz de Noninha, uma senhora de 99 anos e que lhe parecia de muito mais credibilidade do que tudo o que encontrara até ali.

    AVALIAÇÃO: Utilizo os seguintes critérios: Técnica + CRI (Coesão, Ritmo e Impacto) sendo que, desses, o impacto é subjetivo e é geralmente o que definirá se o conto me conquistou ou não.

    Técnica – Um enredo muito diferente de todos até aqui. O envelhecer contado numa narrativa muitíssimo agradável, sem entraves linguísticos ou rebuscados em excesso. A opção pelo caráter mais leve, inteligente e cômico caiu muito bem ao texto. A parte que mais me agradou foi exatamente a enxurrada de recomendações que Noninha ignorou. Isso porque você imprimiu um ritmo diferente, apressado, fazendo-me perder o fôlego como aconteceu com a nossa narradora. Destaco “Abra-se para o amor, mas prefira adotar um cão a um companheiro senil.” (rsrs)

    CRI – O texto está dentro do tema, coeso e com um ritmo que muda conforme exige a narrativa. O impacto foi maravilhoso. A leveza e a inteligência são marcantes. O último texto desse grupo e que deixa um sabor muito especial.
    Parabéns e obrigada por nos presentar com um conto tão especial.
    Um abraço.

  9. Fernanda Caleffi Barbetta
    9 de abril de 2020

    Resumo
    Ao completar 50 anos, jornalista recebe do chefe a tarefa de escrever sobre como envelhecer bem. Ela vai atrás de informações, exemplos, dicas, pareceres médicos e todo o tipo de conselho para a sua matéria. Com todas as informações reunidas, ela procura noninha, uma senhora com 99 anos que sempre foi exemplo de um bom envelhecer. Após ler para ela todas as suas anotações e questionar qual seria o segredo dela para ter uma boa vida na velhice, noninha responde que seu trunfo foi ter decidido viver.

    Comentário
    Adorei o seu conto, completo, envolvente, interessante, inteligente. Extremamente bem escrito, cuidadoso na escolha das palavras, gostoso de ler, fluido.
    Só ressaltaria que demorei um pouco para entender que a missão dada pelo chefe era uma reportagem, essa informação demorou um pouco a aparecer, mas talvez seja uma falha minha de leitora.
    Parabéns pelo belo conto.

  10. Amanda Gomez
    9 de abril de 2020

    Olá,

    Resumo 📝 História de uma mulher com seus cinquenta anos incumbida de uma missão na fácil pelo chefe, descobrir o segredo da longevidade. Ainda que contrariada resolve partir nessa busca. Entrevistou todos os que achou que teria alguma relevância e até os que não. No fim, cansada e sem muitas expectativas de resposta pediu o conselho de novinha, uma anciã já perto dos cem anos.

    Gostei 😁👍 O texto tem uma agilidade que me agrada muito, é direto ao mesmo tempo que nos brinda com muitos detalhes e referências certeiras. A entrevistadora é uma personagem que cativa, suas dúvidas, cansaço e perseverança levam bem a história. As cenas são boas, suas divagações não são cansativas e por fim, quando ela fala as respostas da sua busca naquele fôlego só, é muito legal de ler.

    Não gostei🙄👎 Criou-se uma expectativa por uma resposta definitiva que pusesse fim às dúvidas, mesmo sabendo que não teria nada do tipo, o final me frustrou um pouco… não sei, esperava uma resposta espertinha mesmo… mas, ficou meio clichê. Viver é um verbo muito complicado.

    Destaque📌 “Por uma contradição de raciocínio, acabei me sentindo acalentada por aquele abraço. Primeiro, porque ela havia me chamado de “menina”, depois, por ter se lembrado de mim após décadas sem me ver. Era boa a sensação de poder enfim relaxar, sem ter que me transformar em alguém estranho a mim mesma.’’

    Conclusão = 🙂 Texto com ótima escrita, espirituoso, com boas referências, mas, com um final sem força.

  11. Cilas Medi
    9 de abril de 2020

    Olá Jornalista.
    Um normal apêndice de como viver a vida, baseada em inúmeras fórmulas, algumas consideradas secretas e só murmurada entre dentes pelos especialistas da matéria. Saber vencer a velhice de uma maneira compreensível, até sonhadora, com amplo sistema e características verborrágicas, liberadas abruptamente para uma que se consideraria autora da melhor forma de viver.
    Assim, passo a passo, de uma maneira vertiginosa, alegre e fazendo acompanhar esses momentos, com palavras abertas ao melhor desempenho, procurando acelerar a leitura para saber, afinal e no final do conto, o que seria a melhor forma.
    E ela vem de maneira simples e singela, depois de um emaranhado e numerosos motivos, surpreendendo e finalizando corretamente.
    Parabéns!
    Boa sorte no desafio, do qual foi sabiamente descrito.

  12. Fabio
    7 de abril de 2020

    A ESCOLHA DE NONINHA (JORNALISTA)

    Resumo: Uma mulher (jornalista) que busca receitas para um envelhecer saudável.

    Comentário: Ao longo do texto cita-se diversas receitas para uma vida longínqua, mas, nenhuma é tão essencial quanto o desejo da escolha de viver.

    Me pareceu um texto casual. Bem pertinente ao tema. O narrador cita varias vezes o uso do protetor solar. Deve fazer alusão ao video “Filtro Solar”.
    Me parece ter sido esta a fonte de sua criação literária.

    Cá entre nós, será que comer brócolis ajuda mesmo?
    Já li tantas coisas sobre.
    Gostei da criação e do enredo. É uma leitura fácil que permite uma interpretação coesa.

    Boa sorte no desafio.

  13. Regina Ruth Rincon Caires
    7 de abril de 2020

    A Escolha de Noninha (Jornalista)

    Resumo:

    A história da jornalista de 50 anos que recebeu (do chefe) a missão de fazer uma matéria sobre sugestões para um envelhecimento saudável. Fez uma pesquisa imensa com entrevistas mil, incontáveis visitas a idosos de todos os cantos. Quando juntou um material significativo, resolveu elencar as ideias recebidas e entregar o resumo para o crivo de Noninha, uma tiazinha velha que era admirada e querida por todos. A palavra final foi arrebatadora.

    Comentário:

    Este é um texto que, incorporando totalmente a temática ENVELHECER, faz a pessoa carregar um sorriso durante a leitura. É uma escrita fluente, perspicaz, com uma pitadinha de comicidade, com um belo naco de bom humor e uma avalanche de significado. Delícia de texto. Interessante que a narradora (jornalista) traça um paralelo entre o próprio envelhecer e o envelhecer da “pesquisa”.

    Não há como não se apaixonar por Isabella Maria Donatti – a matriarca, Dona Bella, a querida Noninha. Com certeza, ela será uma “defuntinha” que levará o que a vida tem de melhor, mesmo que tenha sido vítima da infeliz COVID 19.

    Podemos perceber que toda a narrativa é crivada de “vivas” à vida, descrições feitas em cuidadoso alto-astral, nada mórbido, nada é carrancudo. Nem mesmo quando deveria ser.

    Observem, no contexto, as citações que coloquei, abaixo:

    “…a inusitada tarefa sob o som de estampidos de lacres de cervejas e brindes calorosos misturados a piadas politicamente incorretas. “

    “Fiquei confusa diante do que me pareceu uma aparência modificada de forma precisa e atualizada com uma certa frequência.“

    “Era boa a sensação de poder enfim relaxar, sem ter que me transformar em alguém estranho a mim mesma.”

    “Saí do consultório um pouco mais velha do que entrei.”

    “Mas se a idade era “certa”, por que cortar o lado mais doce?”

    “…estava dando pulos para trás na tentativa vã de resgatar um passado sem rugas.”

    “…a alquimistas de dores alheias.”

    “Demonstrei interesse pelos revezes e até pelos risos dos palhaços de outrora.”

    “Alguns dos entrevistados disseram que também havia o lado bom de envelhecer, mas já não lembravam qual era.”

    “Mas logo se esquivavam quando surgia a proposta de uma conversa franca sobre os anos finais de amadurecimento, o temido intervalo entre o tudo e o nada.”

    “Dona de enormes olhos esverdeados que a idade recobriu com uma película de tom lilás. Catarata, talvez. Ou licença poética do tempo, por que não?”

    Texto inteligente, bem sacado, estrutura impecável, linguagem fluida. Daqueles que elevam o espírito (principalmente dos velhinhos!!!!).

    A escrita também é deliciosamente irônica, gracejo em dose certa. Encantadora.

    Jornalista, a entrevista com o meu geriatra seria uma comédia. Ele é hilário! Gordinho, vermelhinho, enfrentou um câncer e é apaixonado pela vida. Tudo pode. Não devia, mas pode. Em pequenas doses.

    Agora, o parágrafo da leitura que a jornalista fez para Noninha, misericórdia!!! O leitor precisa estar bem acomodado, parar de vez em quando para fazer respiração de ioga, colocar as ideias no lugar de pouco em pouco, tomar uns bons goles de água. Fazendo tudo isso, não terá de ser entubado, ao final.

    Parabéns, Jornalista!

    Boa sorte no desafio!

    Abraços…

  14. Priscila Pereira
    6 de abril de 2020

    Resumo:Uma jornalista recebe a tarefa de pesquisar formas de envelhecer bem… consegue bastante material e lê sua pesquisa para Noninha, uma anciã que conseguiu envelhecer bem.

    Olá, Jornalista!

    Achei bem interessante essa busca do envelhecer bem e de como é tão contraditória… o que para uns é uma receita que funciona, para outros é uma tremenda perda de tempo.

    Apesar de ainda não estar com a idade tão “avançada” quanto a da protagonista, eu me identifiquei com seu medo do futuro e ao mesmo tempo sua serenidade quanto ao inevitável…

    Noninha parece com uma tia avó que tive, talvez mais conservadora que ela… E fiquei pensando que a sabedoria dos anciãos é realmente indecifrável, muitas vezes.

    No mais, eu gostei do conto, está bem escrito e abordou o tema muito bem!
    Parabéns e boa sorte!

  15. Fernando Cyrino
    4 de abril de 2020

    Que delícia esse seu conto, Jornalista. Puxa, ficou muito bacana. Tanta complicação hoje para se poder envelhecer e a resposta é simples: escolher viver. Lembrou-me de uma repórter a perguntar para um idoso na festa de comemoração do seu centenário. “qual é o segredo para se fazer cem anos?”E ele, candidamente, a responder: “é só não morrer antes”. Parabéns pelo seu belo conto. Gostei muito mesmo. meu abraço, Fernando.

  16. Elisa Ribeiro
    3 de abril de 2020

    Ao completar 50 anos, jornalista recebe como incumbência de seu chefe colecionar dicas sobre como envelhecer bem. Após colher inúmeros depoimentos decide procurar a velha matriarca Noninha que resume o seu segredo do bom envelhecer em três palavras.

    Delicioso conto com sabor de crônica. Narrativa que esbanja técnica, notável sobretudo no longo parágrafo em que a jornalista resume as informações que coletou em suas investigações. Personagens adoráveis: a jornalista/narradora cem por cento crível e Noninha com seu charme irretocável.

    Única sugestão que consigo lhe dar no sentido de melhorar o texto seria substituir um dos “sempre” em “ Noninha, como é ainda chamada por todos, sempre foi a tia do cabelo roxo que, sempre sorridente”.

    Leitura fresca e encantadora. O último que li e o que mais me agradou.

    Parabéns pela participação. Desejo sucesso no desafio e em tudo mais. Um abraço.

  17. Pedro Paulo
    2 de abril de 2020

    Ótimo! O conto é interessante, pois confronta a personagem com o tema do certame e, desta feita, a induz a uma pesquisa que poderia muito bem ser (e não duvido que tenha sido) material para a produção deste texto. A princípio, a indagação da personagem é pessoal e, depois, um pouco incrédula, vinda da conversa da amiga, que guarda uma postura inversamente a dela, quase repulsiva a ideia de envelhecer.

    E aí vamos à pesquisa de fôlego o que, nesta altura, também já prende o leitor, que se indaga sobre os melhores modos de vida para se encarar a velhice. Desse modo, chegamos no clímax, que é, como o conto faz parecer, onde conheceremos a verdadeira dica para a velhice. É nesse trecho que lemos a extensa e cômica lista de dicas para envelhecer bem, reunidas numa variedade de fontes e a qual parece um retalho de centenas de títulos de reportagens de revistas de lifestyle. Depois da leitura desse trecho ostensivo, a expectativa já está mais do que montada para a resposta de Noninha. Ora, ansiamos por ela.

    A autora ainda soube mexer conosco ao colocar primeiro uma resposta evasiva, perigando que fosse aquilo que receberíamos. Mas seria anticlimático. A resposta veio depois e veio certeira, na forma e conteúdo: curta e assertiva. Sim, precisamos todos é viver à nossa maneira.

    Parabéns!

  18. Jorge Miranda
    1 de abril de 2020

    Jornalista recebe como presente pelos seus cinquenta anos uma tarefa um tanto quanto inusitada:ir atrás e dicas sobre como envelhecer bem.
    Eu diria que seu conto é bem escrito e proporciona uma leitura agradável e nem um pingo cansativa. Gostei do conto apresentar um tom bem humorado (várias vezes flagrei-me com um sorriso nos lábios) com tiradas algo irônicas. Devo dizer que a parte em que a personagem jornalista “vomita” todos as dicas e ensinamentos coletadas ao longo de sua jornada é muito boa, deixando claro tudo aquilo que vemos, lemos ou ouvimos sobre o tema envelhecer. O final simples, objetivo e curto deixa claro qual foi a escolha de Doninha: viver a vida com tudo o que ela oferece de alegrias, tristezas, projetos, frustrações,sonhos, desejos, ganhos e perdas.
    Parabéns pelo belo trabalho e atribuo-lhe a nota 4,5.

  19. antoniosbatista
    1 de abril de 2020

    Aos 50 anos, a personagem faz pesquisas para se ter um bom envelhecimento, envelhecer bem. Ela faz uma lista de tudo e vai consultar uma amiga quase centenária, que ignora aquilo tudo e lhe diz uma única frase; -Escolhi viver.

    Comentário; O argumento não é ruim, mas também não é nada espantoso Achei legal aquela lista imensa de itens para a fórmula para se envelhecer bem e a velhinha que ignora aquilo tudo; – Escolhi viver. Talvez tudo aquilo, talvez nada. O texto foi bem escrito e desenvolvido com frases elaboradas sem exagero. Boa sorte.

  20. Julia Mascaro Alvim
    1 de abril de 2020

    Aos 50 anos recebi a missão como jornalista de ir atrás de dicas de como envelhecer bem. Fui a um geriatra, mas não acatei suas recomendações e me desfiz de todas as receitas. Encontrei uma amiga dos tempos de faculdade e fomos a um café. Ela queria resgatar a juventude não aceitando bem a velhice e eu aceitando a verdade sobre o assunto. Depois, pesquisei muito sobre como envelhecer bem e entrevistei inúmeras pessoas. Adquiri material para escrever um livro. Insatisfeita, ainda, decidi procurar uma grande matriarca, Isabella Maria Donatti, chamada de Noninha. Ela sempre foi muito sábia e hoje já é bem velhinha. Uma pessoa livre, autêntica e irreverente. Falei a ela sobre as entrevistas e ela se interessou. Escutou sobre as entrevistas que havia feito e ela proferiu: no meu tempo era diferente. Depois, concluiu: eu escolhi viver.
    A autora descreve a experiência da jornalista em relação ao assunto envelhecer bem e se sente insatisfeita com o próprio material. Ela narra as ações com lógica.
    Acaba por se basear em uma matriarca que admirava para se basear em algo mais sólido que confere uma mensagem de vida. nota 2,5.

    • angst447
      15 de abril de 2020

      Obrigada pela leitura e comentário. Fez um ótimo resumo do conto em primeira pessoa como se fosse a narradora. No entanto, não consegui captar suas considerações sobre o conto. Pela nota, suponho que tenha achado um texto médio, morno….ai ai ai… esse era o meu receio. 😣😏😆😚

  21. Felipe rodrigues
    30 de março de 2020

    Jornalista ou pesquisadora tem a missão de explanar sobre a velhice. No contato com muitas pessoas relacionadas ao tema, acaba ficando confusa e a iluminação chega ao final com o conselho sábio de Isabella: viva!

    O texto me parece algum tipo de introdução de estudo, bastante explicativo – como pede o material jornalístico – mas que perde na empatia que esses personagens poderiam gerar, não há tempo para analisá-los. A questão da idade foi bem aplicada, levando em conta toda a paranoia com a saúde, longevidade e a vida simples e possível de ser desenvolvida em meio a tantas e tantas dificuldades.

    • angst447
      15 de abril de 2020

      Obrigada pela leitura e comentário. Talvez o conto não tenha captado a empatia pelas personagens devido ao pouco espaço. No entanto, minha paciência é ainda mais curta e acho que não saberia explicar melhor a jornalista ou sua tia-avó para propiciar uma melhor análise. Abraço.

  22. Angelo Rodrigues
    28 de março de 2020

    A Escolha de Noninha (Jornalista)

    Resumo: Jornalista recebe de seu chefe a incumbência de desvendar os segredos do envelhecimento, do bom envelhecimento. Consulta especialistas e, ao final, vai parar nas mãos de Noninha, quando tudo se revela para ela.

    Comentários: Conto legal de ler, sem dificuldades, bem escrito, com raros deslizes, mais por digitação, creio.
    O conto tem uma narrativa direta, a voz da jornalista. Não tem preocupado com a ambientação, com os personagens. Uma narrativa direta e objetiva. Era para contar e contou o que precisava ser dito.
    Creio que a ideia do conto nos quer dizer que, preocupados com a juventude, talvez envelheçamos mais rapidamente por decorrência de tais preocupações. Melhor mesmo é apenas viver. Simples e direta, a ideia passada pelo autor.
    Se posso recomendar algo, diria que fosse reduzido os nomes pelos quais a grande referência da jornalista se torna conhecida. São quatro: Isabella Maria Donatti, Dona Isabella, Dona Bella e Noninha. Creio que seria mais interessante normatizar a escolha do nome, talvez um nome simples e um apelido, nada mais.
    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

    • angst447
      15 de abril de 2020

      Obrigada pela atenta leitura e comentário construtivo. A questão de como nomear a idosa foi mesmo complicada para mim. Fiquei com receio de repetir demais algum nome, e veja só, caí na armadilha oposta. Vou modificar isso, com certeza. Abraço.

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Informação

Publicado às 22 de março de 2020 por em Envelhecer, Envelhecer - Grupo 1 e marcado .
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