EntreContos

Detox Literário.

De Forma Natural (Fátima Heluany)

 

Uma inquietude inexplicável prevalecia nos meados do século: dias sem objetivos, sem direção e todos sempre se arriscando. Sobrevivia-se.  

 

Letras gigantes esmagavam ferozes, as cores penetravam pelos olhos. As jovens avançaram contra os cartazes, rasgaram e se rasgaram, feriram os dedos no cimento. Escalaram paredes, quebraram luminosos. Espumaram e berraram. 

Isah desceu as rampas apressada, enquanto arrancava o traje, soltava os cabelos e, num relance vencia a muralha das Alamedas. A distração funcionou. Não desperdiçaria a chance de conhecer o outro lado. Quis perguntar algo à mulher que empurrava um carrinho com sucata ou ao homem que passou manquitolando, mas as palavras batiam na máscara e caiam fragmentadas. Descartou-a. 

De repente, percebeu o que ia acontecer. De um lado o agente truculento, do outro, a fome vil. O mendigo pedia com os olhos, com a boca, as mãos pediam… A tala zuniu e bateu no rosto do velho. Porejou sangue. Sem refletir, Isah dobrou o braço e acertou um soco no estômago do guarda. Houve um estalo alto, mas ela não sentiu nada além do coração disparado. E correu… Não sem antes notar uma expressão fria que, na multidão, estudava os movimentos e que procurou retardar a investida atrás dela…

Inútil. Minutos depois, a jovem estava tentando entender a cena diante de si. 

— Quem é? Identidade — não lhe cabia discussão alguma. Encostada no arrimo da escadaria, algemada. Seria removida? Como escapar? Fixou-se no capacete do guarda, e se preparou para uma descarga de energia. Então percebeu que a mesma jaqueta cinza, com uma clava, detonou a nuca do policial.

— Venha comigo! É melhor correr – ouviu a voz irônica. E foi o que fez, por vielas que se comunicavam entre si. Cinzentas. Cheias de pessoas que falavam, moviam-se entre prédios indistintos, entulho, buracos e as muitas, muitas poças d’água. 

 

Isah esperava um acontecimento. Podia sentir a angústia do que ia acontecer.  Mas, o que era? Tudo aquilo era completamente doentio, mas imaginava que era melhor do que qualquer alternativa. O que sentia era alívio, tentando despistar a guarda. Voltas e voltas pelo subúrbio. Coração na boca, sem cor. Revezando trechos, respirava fundo e corria atrás do seu salvador, indo em direção a uma junção onde becos se encontravam. 

Entraram em uma colmeia grande de casas descoloridas à beira da rodovia X48, a leste dos arranha-céus das Alamedas. Uma pilha de lixeiras caídas apareceu, bloqueando o caminho. Atravessaram-nas e continuaram a correr sem diminuir o ritmo, como um rato em um labirinto urbano. Uma coleção de mais de trinta torres, interligadas por uma rede improvisada de canos reciclados, vigas mestras, colunas de apoio e passarelas. As pontas de uma dúzia de guindastes antigos eram posicionadas ao longo do perímetro externo do local. 

— Servem apenas para bloquear intrusos. Tanques vazios. Faltam peças — o anfitrião referia-se às carcaças de carros e caminhões abandonados nas faixas escuras e estreitas de chão. Caminhavam, agora com mais calma, porém atentos a qualquer movimento suspeito.

— Vamos? Ala 05. Moro com um amigo — indicava uma figura em um dos telhados, cobertos com uma série de painéis solares.

 

 

 Juno observava a lua cheia girando, próxima, avermelhada. De há muito se acostumara com a escuridão estática, com o barulho, com a ansiedade… Desceu rápido para o apartamento, quando, do alto, notou o amigo, que arfava, examinava ao redor e atravessava o portal do pavimento térreo. 

— Ah, Kael, você nunca me desaponta. Você e as boas tiradas! — ia falando consigo mesmo. Ao ouvi-los chegando, girou nos calcanhares e abriu a porta:

— Por que ela está aqui? Não tem sentido. É das Alamedas!!!! Tá na cara. Não engana ninguém. — ele revirava os olhos, repreendendo o colega. 

— Não posso mudar minha aparência — a visitante interferiu com raiva – esse aí fala como um escravo do sistema.

— Melhor ter sossego como escravo do que ser predador. Por isso sua raça está em extinção — o rapaz dava a conversa por encerrada. 

— A boa educação exige que, pelo menos, dê um alô. E, além disso, por que não posso trazer uma amiga para cá? — Segundos de silêncio passaram. A expressão eloquente das faces fez Isah suspeitar que os dois se comunicavam mentalmente, enquanto seus olhos percorriam os cômodos de forma casual. Então se cravaram em Kael. Ela não disse nada, mas dissecava cada detalhe dele, agora com mais prazo. 

— Você confia nela? — Juno ainda questionou, com um sorrisinho tenso. 

— Arrogante, sem tato social, obcecado com territorialidade — Kael respondeu com presteza. 

Juno engoliu em seco. Notou que o amigo, cheio de determinação, desviava o olhar e pousava-o em Isah. O short subia pelas coxas, firmes e roliças, brancas e tentadoras. Os mamilos agrediam a blusa de malha fina. Os olhos dele ferviam, encarando o biquinho do seio atrevido e espetado. Podia sentir o constrangimento com o vigor dos impulsos, que neste momento, agradeceria poder subjugar e reprimir, esperando que não tivessem percebido o volume sob o jeans. 

E, a moça foi ficando por ali, sem nenhuma explicação, sem nenhum questionamento. Alguns sumiços, breves retornos.

 

 

As frestas no tapume permitiam escutar a conversa, as risadinhas satisfeitas. Sons abafados como o zumbido de insetos no ar. Sensações rodopiavam qual uma tempestade cintilante. 

Isah revirava sob uma coberta grosseira, sentia sede. Um tremor corria-lhe a coluna de alto abaixo, um tremor talvez de curiosidade, talvez de medo. Abriu a precária porta, num impulso…

 Perplexos e contrariados, no mesmo colchonete, os rapazes encararam a intromissão. Antes de enrubescer até a raiz dos cabelos, a jovem embriagou-se com algo que jamais sentira. Tão espontâneo quanto incontrolável: um ciúme agudo e profundo. Fincou os olhos nos dois, desejaria ter um punhal à mão para retalhar cada um. Apossou-se dela uma volúpia mal contida, sentiu-se agredida em sua feminilidade, ganas de mostrar àqueles idiotas que, ela sim, poderia proporcionar qualquer prazer que um homem quisesse experimentar. 

Kael adivinhou o que ela sentia. Estava escrito, em letras garrafais, na menina dos olhos. Recuperou-se do susto procurando um modo de contornar a situação, mas quem reagiu rápido para esconder a nudez, foi Juno, posto à margem pelo fixo olhar cruzado a sua frente, enquanto os dois se agrediam e se atraíam mutuamente, indecisos e sem saber que atitudes tomar. 

— Arraia mesmo! Aff! Errei feio!  — decepcionada, de verdade, ela bateu em retirada. 

 

De volta à cama, todo o corpo se queimava, o sexo em brasa, ardiam os seios eriçados. Pressentia o calor, o doce dos beijos. A barba cerrada e escura que roçava… Levantou-se. Ridículo! 

 

Os dois não se espantaram. Juno não exigia exclusividade, saiu. Kael puxou Isah para si. Moveu os lábios até a orelha e depois, ao pescoço. Ela inclinou a cabeça, obediente, gostando da forma como a boca se tornava mais feroz na sua pele, os dentes a excitando. Desceu-lhe pelas costas outro arrepio, quando um inopinado movimento da mão direita de Kael deslizou para dentro da coxa, apalpou seu sexo. Encharcada, ela aceitou as mãos que a envolveram, acariciando a tez de seda. Arquearam-se os corpos em encontro. Não podiam parar. A mulher queria se tornar uma só com aquele homem. Precisava disso. Ele a preencheria… Não havia outros sons na sala, salvo o de carne contra carne e a respiração pesada.

 

Foram dias ardentes, como se a paixão pudesse reduzir qualquer terrível distância que houvesse entre eles. Dominados por aquele impulso animal que está encerrado no sangue e que garante a continuidade da espécie. 

— Ouvi as mulheres mais velhas dizerem que esta é a melhor posição para conceber uma criança — ela o provocava. Kael colocava Isah de joelhos, debruçando-se sobre ela, que tinha apenas um momento, antes que ele a tomasse de novo, ainda rude, exigindo tudo. Os movimentos tornavam-se mais violentos e intensos, e os corpos se chocavam um contra o outro. Enquanto ele a penetrava ritmicamente, ela questionava o seu objetivo final. Estavam longe de serem namorados, mas ainda era o mais próximo que tinham de uma relação consistente. Essa compreensão fazia Isah se sentir estranha, ansiosa, porém ainda não arrependida. Havia algo oculto dentro dela, que Kael não conseguia alcançar, pairando lá no fundo. Alguma informação sedutora que ele já deveria ter reconhecido? 

 

 

— Você fez um filho em mim, Kael — a voz era grave, como se ela tivesse conseguido algo mais palpável do que sexo. Ele chupou o lóbulo da orelha e a abraçou por trás, deixando as mãos descansarem sobre os seios. Isah recostou-se nele, pensando no que havia feito e no que deveria fazer agora. Como conseguiria voltar para o seu lugar depois de ter sido a deusa de alguém? Nunca chegou a decidir, porém, pois a próxima coisa que ouviram foi Juno chamando-os da frente da casa e mostrando um folder que ela bem sabia o teor. 

Talvez, ela pensou desesperada, conseguisse pegá-lo antes que Kael o lesse. Talvez pudesse mover-se rápido o suficiente. Mas o fato foi que não pôde. Ficou olhando para os dois, ligeiramente desarmada. O motivo por estar em Arraia acabara de se tornar público, e ela estava despreparada para a onda de angústia que a invadiu. Ele era dela, e era incrível, e eles não precisavam mais se esconder, ou inventar desculpas, nem ficar separados? Ou seria expulsa? Forçou-se a afastar dele, tentando não parecer tão cambaleante quanto se sentia. Dividida. 

— Por que foi fazer uma coisa dessas? Era de um reprodutor que precisava? — os olhos de Kael haviam perdido toda a alegria. Ombros caídos. Até sua postura, pendendo ligeiramente para um lado, como se sua vida inteira estivesse desequilibrada. 

— Acho que… é uma necessidade. Um dever com o meu grupo.

— O DEVER de procriar… Não, isso não é verdade… Você é como eu. Não joga pelas regras. Está cansada do sistema. Não deixaria que a forçassem a desempenhar um papel que criaram para você. Tudo é falso? Rebeldia, fuga, roupas, teatro para me convencer?

— Eu o amo. Muito. De início era só uma missão, mas depois fui me agarrando a você. Não sei o que fazer — as palavras saíram tensas e hesitantes. — Tenho que entregar a criança, sou monitorada. O Comando já sabe… Logo me buscarão.

— Você me enganou… fingiu ser afetada por mim – ele, com um meio-sorriso triste, deu um passo em direção a Isah, que se encolheu, tentando encontrar para onde fugir. Momentos antes o lugar parecia seguro e convidativo, mas agora estava fechado e abafado. O apartamento era pequeno demais, a porta distante demais. Ela não podia respirar. Controversa, queria esmurrá-lo, beijá-lo. Aquilo despertou dentro dela algo que estava adormecido. Ele continuava a olhando com frieza, sem dúvida, tentando ler seus pensamentos.

— Você merecia ter sido tratada como um animal selvagem — Kael não sabia o que pensar. —Nada entre nós, além de uma atração? Eu pensava que era amor, ou começo de amor, ou o que fosse. Mentiras… 

 

Juno era sempre discreto, porém, arredio. Aquilo tinha seu valor. Agora os observava, enquanto discutiam e sentiu um aperto no peito. Não era uma vingança. Queria apenas a verdade. A expressão divertida de sua face foi dando lugar ao remorso: 

— Qual o problema? Do que vocês têm medo? 

 

 

O Comando tinha claramente decidido que o sigilo era mais importante do que a segurança. Afinal, nas Alamedas havia apenas uma preocupação: procriar. Como governar sem descendência? Os patrícios tornaram-se inférteis. A ordem era que todas as fêmeas, capacitadas para a maternidade, buscassem espermas saudáveis, comprados ou dos prisioneiros que vinham da Arraia. Isah apostou com as companheiras que não se engravidaria por inseminação, dispensaria o útero artificial. Ela, além de conseguir uma aventura, teria seu filho de forma natural.

 

 

Uma imensa névoa emocional crescia no peito de Isah, algo que não conseguia identificar de todo. Situava em algum ponto entre o obrigação e o amor, não se encaixando de verdade em nenhum deles. Mais e mais foi se inflamando dentro dela, levando-a a querer urrar diante do Comando. Corredores frios. Visitas nervosas. Funcionários eficientes. Durante a gravidez, foi perdendo a expressão astuta e confiante, enquanto, lentamente, tomava uma consciência diferenciada do mundo ao seu redor.

O bebê pertencia às Alamedas. Seria bem alimentado, educação privilegiada. Ele estaria bem, no seu lugar… E Isah? Poderia esquecer aquele espaço que se abrira? Hora de fugir daquela maldita e horrenda paragem, de se deixar levar para onde poderia ser ela mesma. De volta para Kael.

 

 

Mal a jovem bateu à porta, as lágrimas rolavam por suas faces, a despeito da mistura de desespero e de alívio que sentia. Parte dela queria reencontrar Kael naquele mesmo instante e sentir-se amada; outra parte reconhecia, com frieza, que ele tinha motivos claros para um rompimento definitivo. O que precisavam era de tempo. Tempo para pensar sobre tudo, tempo para imaginar um meio de se salvarem. Seria tal façanha possível? Já não tiveram esse tempo durante sua estadia nas Alamedas? Isah não sabia como mostrar o que realmente se passava com ela, não com Kael ali parado, olhando-a. Se o rapaz decidisse que ela era uma ameaça, voltaria para o Comando. Ela não podia fazer negociações e contratos com ele. 

— Desculpe! — os dois falaram ao mesmo tempo, cada um recuando alguns centímetros em cada lado do portal.

— Não consigo viver sem você, não posso entregar-lhe o nosso filho.  É isso — ela acalmou a respiração. Fora preparada desde sempre que crianças pertencem ao Comando. Não sofreria com a separação, no entanto com Kael era diferente. 

— Não me deixe assim nunca mais. Nunca — ele deu de ombros, sorrindo. —Em segundos os braços estavam ao redor dela. Um longo e profundo suspiro. O rosto, enterrado no peito dele, ergueu-se e as bocas se afundaram em um beijo.

— Você está aqui agora — ele sussurrou-lhe — é o que me interessa. Aceito as suas escolhas. É o Comando. Mas doeu, doeu a cada dia. Restou um quarto vazio, uma cama vazia, eu sozinho no vazio. 

— Nós dois estamos aqui — riam, ainda se beijando, devorando cada pedaço do doce embaraço do reencontro. Ela procurava uma maneira de dizer o quanto difícil foram os últimos meses sem ele. Porém, nos braços de Kael, ela falhava em encontrar as palavras…

 

Quando menos esperavam, ouviram um fungar:

— Pegando a mochila e caindo fora… — um sorriso forçado no rosto de Juno, como se ele estivesse até o fim tentando provar suas boas intenções, mas não segurou o sarcasmo — A moça precisa de outra criança, hein Kael! 

 A questão foi levada na brincadeira, pois antes que lograssem responder, o rapaz se aliviou da pesada bagagem e abraçou o casal. Predominou o senso natural de que não havia mais espaço para ele ali. 

Ainda presa em beijos, Isah beliscou levemente o bíceps. Sentia-se em casa?

 

O futuro estendia-se um pouco mais à frente e, por enquanto, a ideia de ter um futuro bastava.

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22 comentários em “De Forma Natural (Fátima Heluany)

  1. Renan de Carvalho
    15 de setembro de 2019

    Em um futuro inóspito, uma fêmea busca gerar uma criança das maneiras convencionais, mas acaba se apaixonando por seu reprodutor. Ela cumpre com suas missões, mas decide voltar para ele em vista de ter desenvolvido afeto pelo mesmo.

    O conto caminha para algo bom. Faltou, acho que de minha parte, empatia com as personagens, pois achei-os frios e distantes. Quase mecânicos. Não sei se essa era a intenção do autor. Um abraço.

  2. Thiago Barba
    15 de setembro de 2019

    Num cenário futurístico, uma garota de “terras inférteis”, vive uma paixão com um homem de “terras férteis” para conseguir ter um filho. No fim escolhe a paixão e deixar o filho com o Comando.

    Uma trama interessante, porém a narrativa deixou muitas vezes a desejar. Acredito que os diálogos enfraquecem o texto, são demasiados melodramáticos e ao estilo de novela mexicana, parecem não encaixar com a trama escolhida. Por certas vezes a própria narração parece um tanto forçada. Acredito que o autor optou ser dessa forma pois os livros sabrinescos devem ser de maneira semelhante (nunca li, portanto acredito que possa ser dessa forma). Acredito que as estéticas (futurista e melodramática) não caíram bem juntas, sendo demasiado falsa e me afasta do texto.

  3. Gabriel Bonfim
    15 de setembro de 2019

    Pelo que eu entendi… a personagem Isah faz parte de um grupo da sociedade que está em extinção, os homens já não são mais férteis, ela parte em uma missão a procura de um homem saudável em outro nível da sociedade e encontra Kael, o conto parte para um clima sabrinesco depois dramático e no final o casal permanece junto.

    Gostei do contexto no qual o tema sabrinesco se encaixou, achei que a relação entre o casal poderia ter sido mais explorada, mas fora isso gostei muito da escrita e do vocabulário, bom trabalho!

  4. Amanda Gomez
    14 de setembro de 2019

    Resumo 📝A história me parece distópica. Uma jovem que vive sob um regime escapa para o outro lado da ‘’cidade’’ em busca de aventura e de um objetivo em particular. Ela encontra um jovem e os dois tem um relacionamento que culmina em uma gravidez. Mais a frente o leitor fica sabendo que o regime a qual ela vive exige que as mulheres férteis engravidem para dar seguimento ao ‘’ futuro’’ a personagem resolve fazer isso de forma natural e consegue. Volta a sua ‘’ terra’ mas logo se arrepende e volta para o homem que ama, mas deixa o filho com o comando.

    Enredo🧐 Eu tive algumas dificuldades de compreensão com o texto, mais especificamente com a estrutura, as inda e vindas. Com os personagens também, pode ser culpa minha, mas por vezes não sabia quem estava falando, quem estava em cena..essas coisas. A história é uma distopia, gosto de enredos assim, mas acho que faltou um maior aprofundamento tanto na história, como nos personagens, eles me soaram vazios, sem propósitos específicos. Juno estava fazendo o que ali, por exemplo…Talvez as cenas rápidas como passagens tenha deixando o texto assim. Tive dificuldade de me situar na sua ambientação. As descrições não causaram a imersão necessária. A parte disso, eu achei como um todo bem interessante, entretém.

    Gostei 😁👍Gostei do breves momentos em que se falou sobre o comando, explicou o que acontecia ali. A passagem dela grávida e em como aquilo lhe soava natural. Gostei dela ter deixado o filho, sem dramas, apenas cumprindo seu dever. Achei verossímil já que ela se mostrou uma personagem muito ciente do que queria, tanto quando foi buscar uma “ gravidez natural’’, como quando voltou e entregou o filho e como sabendo que ali não era mais seu lugar voltou pra Kael.

    Não gostei🙄👎 Não curti a ambientação, ou a falta dela. Tem construções frasais estranhas, como todo o início de ação, por exemplo: “Letras gigantes esmagavam ferozes, as cores penetravam pelos olhos. As jovens avançaram contra os cartazes, rasgaram e se rasgaram, feriram os dedos no cimento”…. Todo o início me causou certa estranheza. Não deu pra entender esse mundo, esse ambienta.. ‘’ portais’’ “guarda com capacetes” o mendigo…enfim…rs achei estranho, desculpe. O relacionamento dos personagens também não me transmitiram profundidade.

    Impacto (😕😐😯😲🤩) 😐 Minhas impressões nesse sentido foi normal, digamos, Ok. Não teve uma reviravolta, ou melhor, até teve mas a forma como foi contada não causou o impacto necessário. Foi linear.

    Tema (🤦🤷🙋) 🙋O texto usou os dois elementos, tem cenas picantes, um romance leve e toda a estrutura montada para ser um sc-fi, este último pecou um pouco nos detalhes. Ficção científica necessita de muito mais.

    Destaque📌 “Não consigo viver sem você, não posso entregar-lhe o nosso filho. É isso — ela acalmou a respiração. Fora preparada desde sempre que crianças pertencem ao Comando. Não sofreria com a separação, no entanto com Kael era diferente.”

    Conclusão ( 😒🤔🙂😃😍) = 🙂 É um bom texto, com elementos bem interessantes, apesar de truncada a leitura foi agradável e entreteve, o sentimento de querer saber mais se seguiu até o final.

    Parabéns, Boa sorte!

  5. Leo Jardim
    14 de setembro de 2019

    🗒 Resumo: num futuro distópico, um rapaz encontra uma mulher de outro setor e fazem sexo. Ela tinha, à princípio, apenas o objetivo de ter um filho para o Comando. Acabam, porém, se apaixonando. Ela é descoberta, dá o filho, mas volta para viver seu amor.

    📜 Trama (⭐⭐▫▫▫): sinceramente, achei o início um tanto confuso. Foram muitos nomes apresentados e uma inundação de informação sobre o mundo apresentado, que acabei demorando a encaixar cada nome em cada personagem e entrar na ambientação.

    Não entendi aquela cena em que a mulher pega os dois na cama, vai embora, depois parece que volta e fazem uma suruba. Por que ela voltou? Qual o real objetivo da cena para a trama? Essas dúvidas são legítimas. Talvez o autor pudesse ter gastado um tempinho maior (mais palavras) para deixá-la mais compreensível, principalmente na motivação dos personagens.

    Outra coisa: o papel do Juno na história é bem pequeno. Ele serve mais para inserir um romance homossexual e triângulo amoroso, mas isso pouco influencia e, na verdade, acaba complicando, a trama. A história teria ficado mais simples e enxuta (com menos gordura) se ele tivesse sido removido na revisão. Sei que é difícil, às vezes, remover um personagem da trama. Mas quando há um limite de palavras e muita história para contar, decisões difíceis e dolorosas são importantes.

    Apenas como curiosidade, neste desafio o protagonista do meu conto (Simulando Sonhos) tinha dois filhos. A mais velha era uma adolescente revoltada que tinha toda uma história baseada no abandono que sofreu do pai. Mas, como a trama principal precisava de mais espaço, acabei tendo que removê-la. Foi triste e doloroso fazer isso, mas acredito que foi necessário. Ela, no fim, acrescentava menos à trama que o irmão, que acabou se tornando filho único na revisão final. Posso estar errado, mas acredito que o mesmo pudesse ter sido feito com o Juno.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): alguns pequenos problemas ortográficos e de organização do texto e das frases para facilitar a compreensão. Afora isso, uma boa narrativa e descrição das cenas.

    ▪ e, num relance *vírgula* vencia a muralha 

    ▪ notou o amigo, que arfava, examinava ao redor e atravessava o portal (muitas ações numa mesma frase dificulta a compreensão da cena)

    ▪ Não engana ninguém. — *Ele* revirava os olhos (pontuação no diálogo)

    ▪ impulsos, que neste momento, agradeceria poder subjugar e reprimir

    ▪ quem reagiu rápido para esconder a nudez *sem vírgula* foi Juno

    ▪ olhar cruzado *à* sua frente

    🎯 Tema (⭐⭐): mais ficção científica [✔] que Sabrinesco.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): o mundo construído é bastante rico, mas acredito que faltou um pouquinho para se destacar no mar de distopias que temos por aí (inclusive esta que estamos vivendo). Parece ser um mundo bem rico, mas que precisa de mais espaço para se mostrar.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): é um texto que precisava de um espaço maior para que o impacto fosse melhor desenvolvido. Muita coisa aconteceu em pouco tempo: Kael conheceu Isah, rolou um Luciana Gimenez com o Juno, eles acabaram se apaixonando, ela ficou grávida e descobriu-se que o ela na verdade queria o filho para o governo. Ela vai ter o filho e acaba voltando para viver seu grande amor. Se reparar bem, removendo a ficção científica, ficou parecendo aqueles filmes de romance onde um esconde o segredo do outro e, no fim, acabam juntos e perdoando um ao outro em nome do amor. Isso, infelizmente, não me agradou muito. Preferia, nesse caso, um final trágico.

  6. Gustavo Azure
    14 de setembro de 2019

    RESUMO
    Isah refugia-se com dois homens que possuem um relacionamento amoroso, mas ela possui um objetivo secreto: procriar. Com isso, termina por descobrir o amor em um dos dois homens e abandona sua vida passada.

    CONSIDERAÇÕES
    Os três personagens são relativamente bem construídos, mesmo Juno sendo menos trabalhado que os outros dois. As motivações deles também são bem construídas, embora a motivação de Kael seja construída com decorrer da história. O relacionamento amoroso entre Kael e Juno parece apenas servir como motivação para Juno ter um conflito (não explícito) com Isah, enquanto o próprio Kael fica completamente à quem dessa relação não possuindo nenhum conflito por causa disso.
    A construção do ambiente, incluindo o aspecto social, foi colocado de uma forma ótima, sem precisar parar a história e forçar uma barra para o leitor se situar antes da história começar. Pelo contrário, colocou a construção da sociedade durante o caminhar da narrativa em que as ações dos personagens já comunicavam coisas importantes sobre a sociedade. Aparentemente, o mundo é uma distopia e foi dividido em facções conflituosas.
    No início a narrativa é pouco difícil de se fazer entender, parece um caos bestial. Talvez a intenção da autora tenha sido exatamente essa para tontear o leitor. Se foi, deu certo, mas isso tem um preço. Logo após, compreende-se tudo com mais clareza, apesar de restar um pouco do incomodo do que foi aquilo no início. No decorrer da trama, com a revelação das intenções da Isah e a sociedade, entende-se o que significou o início, mas ainda resta uma sombra do “o que”.Quando Isah tem seu segredo revelado, ocorre um virada importante na história, mas que se baseia no velho clichê do “feitiço virou contra o feiticeiro”. O final feliz parece ser suficiente e satisfatório. A escrita é incrível.
    A narrativa se passa em momentos recortados da história, dando uma fluidez delicada para a narrativa e o leitor precisa ter cuidado em alguns momentos para se situar no tempo. Apesar da fluidez ser um pouco menos óbvia isso não afeta a sensação de crescimento linear da narrativa, tomando os acontecimentos conectados mesmo que o tempo tenha pulado.
    NOTA 4,7

  7. Carolina Pires
    12 de setembro de 2019

    Resumo: Um certo lugar/sociedade estava dividido(a) em duas partes: Alamedas (predadores, os que mandavam, o Comando) e Arraia (os escravos, a miséria, a vida espontânea). Isah foge das Alamedas em busca de um progenitor em Arraia sob supervisão do Comando. Acaba por se apaixonar por ele (progenitor). Ela engravida, deixa a criança nas Alamedas e volta para Arraia a fim de viver com seu grande amor.

    Wow! Muuuuito louco! (rsrsrsrs) Seu pseudônimo fez jus ao espírito deste conto: inquieto. Embora não tenha gostado tanto da estética (achei a escrita com travas, sem adorno, podia ter caprichado mais), eu, simplesmente, AMEI o conto! Percebo que, talvez, este desfalque da escrita foi ocasionado pelo ritmo frenético de acontecimentos e ações dos personagens. Você optou por deixar mais de lado essa questão e debruçar sobre a construção de uma distopia muito interessante, de um enredo inquietante. E isso para mim vale mais que mil palavras!

    Na minha primeira leitura, achei que a relação sexual e o envolvimento dos personagens Isah e Kael um pouco artificial (forçada), porque, até então, eu não tinha entendido muito bem sobre os dois lados dessa sociedade, sobre quem eram eles. Mas na minha segunda leitura eu consegui me simpatizar muito com os personagens e entende-los.

    Achei muito interessante sua ideia. Se ainda não pensou nessa possibilidade, seria interessante você trabalhar com roteiro. Gosto de histórias assim, gosto de escrever histórias assim. Meio loucas, irreverentes! Gostei muito de ler a sua. Parabéns!

  8. tikkunolam90
    10 de setembro de 2019

    Resumo: Isah é resgatada por Kael num momento de fuga. Em sua casa, aprofunda-se num triângulo amoroso, prevalecendo ela e Kael, caindo em amores pelo homem. Mas era tudo mentira: ela fora mandada para engravidar de um homem fértil, pois a elite, de fato, era infértil. O que falará mais alto? Seu dever ou seu coração?

    Foi o primeiro conto desse desafio que achei mediano, mas ainda tem muitos para ler, não que isso minimize a imagem que tenho dele.

    Espero que não entenda mal: você tem um bom Português, mas ainda não sabe escrever. A narrativa é muito confusa, sendo uma verdadeira profusão de ideias com construções precárias, talvez frutos da vontade de impressionar. Olhe bem:

    “Letras gigantes esmagavam ferozes, as cores penetravam pelos olhos.”

    Essas letras esmagavam quem? Qual a analogia? Elas eram tão grandes que as manifestantes tinham a sensação que iriam esmagá-las?

    É uma construção confusa, que deixa o texto feio e pobre, enquanto existem maneiras mais belas de construir sentenças de impacto semelhante e mantendo a clareza do que se trata. Como:

    “Letras gigantes, anunciando luxúrias e futilidades, tão imponentes em presença, tão destoantes da monotonia da rotina, que esmagavam ferozmente tudo e todos.”

    Isso dentro do meu estilo, né. Você pode construir da forma como quiser, mas é essencial que dê pistas do que se trata ou deixe claro. Da forma como construiu, fica margem para muitas interpretações erradas que levem o leitor para caminhos confusos. Sem falar que não fica nada natural, indo na contramão do título do conto, haha.

    A organização do texto também possui pecados. As transições temporais são bruscas demais e com delineação péssima. Não acompanhamos verdadeiramente a evolução dos personagens durante esses saltos. É tudo muito maquinal. Sem falar de parágrafos duplos sem explicação e etc (não sei se foi erro do administrador ou seu, então nem pesa na nota, só que realmente atrapalha na leitura).

    Sobre a história, ela acompanha a narrativa: bem confusa e com mais perguntas do que respostas. O romance está claro, existe ali, não num tom muito sabrinesco, mas está presente. O problema é que a base da história é o mundo em que ele é ambientado. Sabemos apenas que há uma divisão de classes bem definida. E que a elite masculina é infértil, usando mulheres férteis para se reproduzirem, lançando-as ao mundo ou com inseminação artificial. E que há manifestações. E que é um labirinto de prédios. Só isso… Alguns detalhes nas entrelinhas, mas nada que realmente solidifique o mundo na mente do leitor.

    Faltou substância.

    Às vezes, é melhor se apegar aos momentos ou situações específicas do que inserir os personagens numa trama mais complexa. Isso num conto, óbvio, ainda mais naquele com limite bem pequeno de palavras, haha. Se contasse a rotina de dois amantes nessa sociedade, por exemplo, poderia inserir muitas coisas sobre o mundo, dando mais forma para ele. Existem várias formas de contar uma história. Você escolheu uma que depende do contexto do mundo para funcionar plenamente, sem ficar aquela sensação de vazio.

    Mas é assim mesmo: vivendo e aprendendo!

    Minha escrita não é madura ainda, então sei como é entregar um conto criado com nosso melhor e ele acaba não sendo tão bom quanto pensávamos. Mas isso não é motivo para desanimar: é o contrário, é razão para animar-se. Aqui, na EC, temos a oportunidade de crescer juntos de verdade. Eu evolui muito aqui e nos grupos do Orkut, quando comecei a escrever, e ainda estou nesse processo. Se souber aproveitar cada crítica que lhe caiba, separando o joio do trigo, com certeza sua evolução será para cima, sempre.

    É isso aí! Parabéns por escrever, pela paixão na escrita se nota certo amor. Então, valorize nosso momento e cresça junto conosco!

  9. Fernando Cyrino
    9 de setembro de 2019

    Olá, Inquieta, cá estou eu às voltas com a sua história. Em um mundo futuro, numa realidade distópica os homens de uma comunidade são estéreis e as mulheres, para que o grupo possa se manter, têm que fazer uso da inseminação artificial, ou mesmo do esperma dos prisioneiros. A questão é que sempre vão aparecer os que não se adaptam ao sistema (ao Comando) e, ousadamente, partem em busca do que sempre é feito de forma natural e isto é realizado com um povo próximo e, interessante isto que você me traz, com outros costumes de sexualidade. Um povo diferente e mesmo inimigo. E é lá que ela se entrega a um homem e concebe. O que Isah não sabia, e muito menos podia esperar, era que aquele ato que deveria ter sido somente para reprodução, para geração de uma criança tão necessária, termina por se transformar em uma relação de afeto e toda relação baseada em afeto anseia por continuidade. Sinto que você me trouxe uma ficção científica sabrinesca. Uniu os dois modelos possíveis em um só e me apresenta uma interessante história de amor. Bacana essa sua construção. Apesar de que tenha ficado legal, eu achei que essa sua narrativa merecia um pouco mais de atenção e de trabalho sobre ele. Dou alguns exemplos: Logo no começo, quando me diz que “Letras gigantes esmagavam ferozes”, repare que a frase carrega dois sentidos. Bem poderá ser que você fez isto de propósito. Caso tenha feito, o artifício da ambiguidade não surtiu o efeito desejado. Para o sentido mais natural e claro seria interessante colocar uma vírgula depois de esmagavam. Também não senti que houvesse erro na frase, mas não ficaria mais adequado “como ratos”, eis que são dois a fugir? “Segundos de silêncio passaram”. No meu modo de ver, “segundos de silêncio se passaram ficaria mais interessante “Isah revirava sob uma coberta grosseira”. Acho que a frase causaria melhor impressão se estivesse, por exemplo, desse jeito: Isah se revirava sob uma coberta grosseira”. Sinto também, Inquieta, que seria mais legal que “a coluna de alto abaixo”, você escrevesse: “Coluna de alto a baixo”. Você me traz um enredo criativo e vivo. Há que se ter atenção para seguir, no começo, os meandros e vielas para aonde a história vai me levando. Achei que o fechamento com a partida de Juno para que o casal e não um “trisal”, como aprendi há alguns dias, se formasse não ficou à altura do seu enredo. Senti, Inquieta, que a sua história merecia mais para fechá-la. Bem, era isto. Meu abraço.

  10. Estela Goulart
    9 de setembro de 2019

    Isah fugia para a barreira das alamedas junto com um bando. Então recebem a ajuda de Kael e ele o leva até a casa que vive com Juno, onde conhecem o outro lado da cidade, Comando. Kael e Isah têm um relacionamento para procriar, afinal o sistema impunha formas de procriação da sociedade em que viviam.

    Uma história compreensível após os primeiros parágrafos. Creio que sua ideia tenha sido interessante, e dá para notar que sim. Porém, você perdeu um pouco de espaço explicando coisas meio desnecessárias ao que pretendia contar. O início nos apresenta algo maior, mais relacionado à aventura, e quando lemos o restante vemos apenas um casal meio afoito. Não entendi se Juno era um amante de Kael, talvez fosse, mas acho que você pensou numa ficção científica misturada à sabrinesco e não conseguiu um detalhe: a relação dos protagonistas. Era só desejo, mas como os Kael e Isah diziam coisas mais profundas? Bem, você foi bem, mas é meio superficial. Não quero ofender, é só um comentário. Você tem potencial.

  11. Elisabeth Lorena Alves
    8 de setembro de 2019

    De Forma Natural (Inquieta)
    Conto
    Ficção Científica /Sabrinesco
    Resumo
    Um mulher jovem em época de reprodução sai em busca de um reprodutor saudável para ter uma fecundação natural e acaba encontrando o amor de sua vida.

    Frase forte:
    “De repente, percebeu o que ia acontecer. De um lado o agente truculento, do outro, a fome vil. O mendigo pedia com os olhos, com a boca, as mãos pediam…”

    Geral
    Linguagem: Pode ser dividida em três tramas, formando núcleo semântico de destruição, quase personagem – Sofrimento, Frieza e Destruição. No aspecto de Sofrimento entra a falta de identidade apresentada por elementos bem marcados, tais como casas descoloridas, labirinto humano, colmeia, falta de objetivo, falta de direcionamento e as mais marcantes, medo, angústia, fome.
    No que tange ao campo semântico da Destruição, alcança também a pobreza do povo da colmeia, começando pelo substantivo forte: escravo. Toda colonização proveniente de guerra interna ou externa traz como consequência a escravidão, que é precedida do quebrantamento da auto-estima e força do inimigo. E os vocábulos e frases escolhidos fortalecem todo o cenário destrutivo: prédios indistintos, barricadas feitas com carcaças de carros comuns e de guerra, escuridão estática, ansiedade, lua cheia e vermelha, paredes feitas de tapume com frestas…
    Na malha da Frieza há um encontro de ideias antagônicas que apontam o rumo que Isah, Kael e Juno tomarão: jaqueta cinza e não um jovem vestido com essa roupa, expressão fria… As ideias vão aquecendo com o encontro inicial conflituoso entre as três personagens, confronto, acusações, tremor, curiosidade, medo, impulso e por fim fervem, quando ela descobre o tipo de relacionamento dos amigos: ciúmes, punhal – a ideia de algo frio no meio da ira – desprezo e posse do outro.
    Quanto a construção das personagens, o que se eleva dos diálogos e dos pensamentos é que tanto os das alamedas quanto os das colmeias são escravos, uns bem cuidados, para que possam gerar os líderes e os outros, os escravos, para manter a ideia de povo. Isah não percebe de pronto sua situação. Para ela é natural abandonar um filho que ela escolheu como nasceria e não percebe que é uma aceitação de sua própria condição de inferioridade e de comandada frente ao sistema, tanto que o narrador explica: “Fora preparada desde sempre que crianças pertencem ao Comando.”
    A visão que Kael e Isah tem sobre maternidade-paternidade é muito mecânica. Quando ela descobre a gravidez, que ela força com a ideia de que há um melhor modo de ela acontecer, diz: “Você fez um filho em mim, Kael”, ao que ele contrapõe depois, quando a verdade vem à tona: “Era de um reprodutor que precisava?”. A ideia de perpetuação da espécie, para ambos, é muito racional, afastada do plano das emoções.
    No fim, Juno, que ela despreza e que Kael chega a chamar de territorialista e preconceituoso, por causa dela, abre mão de sua vida pelo casal, justo ele que ela via como um “escravo do sistema”. No momento mesmo em que ele descobre o que a trouxe e a acusa, também mostra sua capacidade empática, pois sente remorso por ser ele quem trouxe o cartaz sobre ela.

    Pontos de desequilíbrio, no texto:
    Há uma tentativa de desvio sintático que o autor de “Olhos, Os” também utilizou, mas que foi deixada de lado pelos dois autores. Aqui um pouco mais acertada, o que deixa aquela sensação de que deveria ter continuado, aparecido em outros momentos do texto. Aqui está ela: “Letras gigantes esmagavam ferozes, as cores penetravam pelos olhos.” Deixou a promessa, uma pena.
    “Morri” com aquele monte de exclamação em “…ela é das Alamedas”.E também achei excessiva a frase que Juno deixa escapar, no final: “A moça precisa de outra criança, hein Kael!”, que achei uma forçada de barra do narrador, mesmo que ele tenha colocado na narrativa como diálogo. E ele mesmo quebra a forçada com um abraço amigo de adeus, mas o estrago para a narrativa está feito.
    Quanto ao futuro, desde que ela não tenha mais filho, será assim, sem promessas, apesar do narrador esperar algo diferente: “O futuro estendia-se um pouco mais à frente e, por enquanto, a ideia de ter um futuro bastava.”
    De novo, sobre a estrutura da narrativa há algo em relação ao início e o fim do texto que fica difícil de apreender. Na introdução há uma irada manifestação feminina e há a informação que essa aconteceu para que Isah fugisse. No entanto, quando ela tem acesso às suas lembranças, ficamos sabendo de dois pontos marcantes: primeiro que ela é monitorada, o que quebra a ideia de que o levante das mulheres foi elaborado de fato para que ela fugisse de quem a “protege” e segundo, ela afirma que o sistema sabe de sua gravidez e que as mulheres são autorizadas a terem filhos com homens fora das alamedas. Não há nada que indique que ela procurou Kael, qualquer homem serviria. Então porque a rebelião e a atitude sacrificial das mulheres que se ferem para que ela fuja?
    Em suma, o texto, mesmo quando fala de amor, é frio, adoecido e decadente e, mesmo tendo algumas partes em desacordo, minha nota é 4.

  12. Paulo Luís
    4 de setembro de 2019

    Olá, Inquieta, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.

    Resumo: Em uma época futura sem definição de tempo, um grupo foge de um sistema de opressão, para outro espaço em busca de liberdade, onde, porém, vive-se fugindo da miséria. Foi o máximo que se deu para compreender deste enredo. Entre o ficcional e o sabrinesco.

    Gramática: Sem problemas gramaticais a primeira vista. Exceção feita a algumas sentenças com a intenção de fazer o texto parecer poético. Chega a passar certo preciosismo literário.

    Comentário crítico: Complicado o entendimento deste conto. É uma ficção científica que incorporou também o sabrinesco? Mas o problema não mora ai, mas sim o ir e vir do enredo que não se decide em ser isso ou aquilo. O autor faz malabarismo para deixar o enredo incompreendido, Portanto se a questão é esta, sem fazer muita questão também me faço de desentendido. Quanto mais hermético, mas respeitado é o trabalho? Ledo engano. Hermetismo, por hermetismo, sem propósito? Fiquemos assim então. Quando se exagera na dose o remédio torna-se veneno.

  13. Elisa Ribeiro
    28 de agosto de 2019

    Olá autor! Achei seu conto meio estranho, mas gostei. Um dos melhores na mistura de romance com erotismo na minha percepção até agora. Essa mistura com um cenário de fantasia também funcionou. O ritmo acelerado do começo da narrativa combinou com o conflito dos personagens. Enfim, tudo deu certo.
    Parabéns! Um abraço.

  14. Fernanda Caleffi Barbetta
    19 de agosto de 2019

    A ideia é muito boa. Gostei. O romance não me convenceu muito, mas o texto foi bem escrito e bem desenvolvido. Parabéns

  15. De forma natural

    Isah é uma jovem fugitiva de Alamedas, que consegue se desvencilhar de um guarda com ajuda de um desconhecido. Seu salvador se chama Kael, que a leva para seu apartamento, em Arraia, onde mora com um amigo, Juno. Este, com alguma hostilidade, recebe a jovem com desconfiança. Isah passa a viver ali e acaba se tornando um extremo num triângulo amoroso. No meio da figura geométrica, Kael, que atende ao desejo sexual da garota, enquanto Juno não se importa, por não exigir exclusividade. O romance de Isah e Kael avança e a mulher afirma estar grávida dele. Juno, então, descobre que ela está em Arraia em busca de um reprodutor. Com uma infertilidade avançada, o Comando, governo de Alamedas, dá às mulheres capazes de gerar um filho a missão de encontrar um reprodutor, ou ao menos um esperma de qualidade, em Arraia. Apesar das juras de amor que recebe, Kael se sente usado e Isah afirma que é monitorada e que precisa entregar o filho. Ela parte. Em Alamedas, seu filho será bem cuidado e, culturalmente, para Isah é natural acreditar que o bebê é propriedade do Comando. Mas seu coração, não. São meses solitários, sofridos. Por isso, ela retorna para Arraia e é aceita novamente por Kael. Os dois afirmam não poder viver sem o outro. Juno, sem lugar, deixa o apartamento.

    É o sexto conto que eu leio e o primeiro a enveredar pela ficção científica. A história está bem escrita. O autor possui um estilo interessante, com frases construídas com elegância. O conto de ficção científica encontra um desafio, que é introduzir o leitor a um universo e ainda desenvolver uma história. Um autor despreparado acaba tropeçando nas duas missões. Não é o caso aqui. Uma primeira leitura pode deixar o leitor com sensação de abandono. O autor opta por ir pincelando informações sobre o futuro distópico aos poucos. Mas literatura não é algo que se deva ler sem atenção. Lido com cautela, o texto não deixa lacunas.
    Em minha opinião, a relação entre Isah e Kael é um pouco genérica. O forte laço que os une, que faz a jovem abandonar a vida que levava em Alamendas, é só o sexual. Mas, com limite de espaço e os desafios descritos acima em um conto de FC, não há tempo para se desenvolver tanto na história.

    Originalidade: 4
    Domínio da escrita: 5
    Adequação ao tema: 5
    Narrativa: 4
    Desenvolvimento de personagens: 4
    Enredo: 4

    Total: 4,3

  16. Contra-analógico
    13 de agosto de 2019

    Sinopse: Isah é uma mulher que vive nas Alamedas e deseja ter uma nova experiência em sua vida. Indo até a Arraia, ela acaba se envolvendo numa grave situação: ataca um guarda que flagelava um habitante local. Salva por Kael, ela passa a viver num tapume com outro rapaz chamado Juno. A rebeldia encontra um lar. Mas, parece que suas intenções e essa relação se complicará com o tempo.

    Comentário: O conto começou bem, com uma narrativa dinâmica e ótimas figuras de linguagem. O problema é que a longo prazo se torna algo meio que aleatório. O autor tentou unir a ficção científica distópica e o Sabrinesco, confesso que se fosse apenas o Sabrinesco a questão do trisal seria melhor explorada. Mas na questão da FC, posso destacar a exploração do autor sobre o tema do controle sobre a natalidade. O conto melhora muito em seu final, mas ainda assim no todo não foi bem conduzido em termos de narrativa. Em alguns diálogos as palavras após o travessão deveriam estar em maiúsculo. Nessa expressão o obrigação e o amor, deveria ser a obrigação.

    Notas de Contra-analógico:
    – A Bruxa: 1,0
    – A Hora Certa de Dizer “Eu te Amo”: 4,5
    – A Obradora e a Onça: 3,5
    – Às Cegas: 3,8
    – As Lobas do Homem: 3,0
    – De Forma Natural: 2,0
    – Espectros da Salvação: 3,5
    – Folhas de Outono: 2,0
    – Humanidade: 4,0
    – Love in the Afternoon: 3,0
    – Neo: 2,5
    – O Buquê Jamais Recebido: 2,5
    – O Dia Em Que a Terra Não Parou: 1,0
    – O Touro Mecânico: 2,0
    – Poá: 2,0
    – Rosas Roubadas: 1,5
    – Show Time: 5,0
    – Sob um Céu de Vigilância: 4,0

    Contos Favoritos
    Melhor técnica: A Hora Certa de Dizer “Eu te Amo”
    Mais criativo: Show Time
    Mais impactante: Show Time
    Melhor conto: Show Time

  17. Evandro Furtado
    13 de agosto de 2019

    A história ocorre em um mundo pós-apocalíptico onde as pessoas estão se tornando inférteis. Uma mulher sai em procura de um homem capaz de engravidá-la. Eles acabam se apaixonando.

    Eu sinto que ao texto falta substância, algo para além da trama simples. O conto parece nunca passar da segunda marcha, não ousa, não vai além. O início traz algumas construções interessantes, mas mesmo isso acaba desaparecendo conforme avança.

  18. Luis Guilherme Banzi Florido
    13 de agosto de 2019

    Boa tarde, amigo. Tudo bem?

    Conto número 16 (estou lendo em ordem de postagem)
    Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.

    Vamos lá:

    Resumo: numa mistura de fc e sabrinesco, temos a história de uma garota que foge das forças de ordem, conhece um homem, vai morar com ele, se envolve com o parceiro dele, e engravida. O namorado dela descobre que ela engravidou dele pq pertence a um grupo de reprodutoras. Eles se separam, porém, ela realmente o ama. Após ter o filho, volta a procura-lo pra ficarem juntos.

    Comentário:

    Um conto que mistura FC e sabrinesco, num ambiente de total repressão do estado, provavelmente lá por 2050. A sociedade, especialmente pela questão das mulheres como meras reprodutoras, me lembrou os contos da aia (que é uma história genial, aliás). Temos aqui uma sociedade de repressão total, com riqueza e pobreza totalmente divididos (temos a cidade próspera e inacessível aos pobres, que ficam relegados aos entornos, espécies de favelas, sei lá).

    Os homens (patrícios), acabam se tornando inférteis, e uma classe de mulheres, no que se aproxima a uma forma de escravidão/servidão, fica responsável por manter o povoamento, se reproduzindo por fertilização in vitro. A protagonista faz uma aposta com as amigas que consegue engravidar naturalmente, e realmente consegue.

    Enfim, uma história bem tramada, com boas ideias, ainda que não tão originais (como falei, os contos da aia meio que vem explorando isso de forma bem competente).

    O que me incomodou um pouco foi o desfecho, que me pareceu simples demais. Sei lá, eles se separam, ela tem o filho, volta e ele a aceita de volta imediatamente. Me pareceu que faltou um conflito, um clímax. Ficou tudo muito simples e fácil. Claro que isso é opinião pessoal.

    Também achei que os dois personagens principais foram bem explorados, mas o Juno acabou sobrando, e ficou sem função na história. Achei que ele foi meio desperdiçado, e serviu apenas pra unir os dois. A própria relação entre ele e Kael ficou em segundo plano, e poderia ser algo bem interessante no enredo.

    Por fim, achei que em alguns momentos, a escrita ficou meio travada, e me atrapalhou um pouco na compreensão. Teve um momento em que não me lembrava mais quem era quem (mesmo o nome Juno poderia ser um dos homens ou a mulher). Acho que a parte em que fiquei confuso foi logo que ela chega na casa. Ali, os nomes são repetidos muitas vezes, e tem momentos que não ficou claro pra mim a quem se referia. Talvez valesse dar uma relida e repensada ali, pois, como é o momento em que os personagens são introduzidos e suas relações começam a se formar, acho importante que fique bem claro quem é quem.

    concluindo: um conto com enredo interessante, mas que acabou pecando no desfecho pela falta de conflito, a meu ver. Parabéns e boa sorte!

  19. Pedro Paulo
    11 de agosto de 2019

    RESUMO: Isah é uma garota rebelde das Alamedas, que em uma de suas aventuras acaba se encontrando com Kael, que a salva de um dos guardas da distópica cidade. Levada às Arraias, onde mora o seu salvador, ainda conhece Juno, amigo de Kael. Vive com os dois até se desenrolar um romance entra ela e Kael, com quem eventualmente tem um filho, revelando que na verdade se tratava de uma missão e depois se tornou um sentimento genuíno. Apesar do conflito, abandonou o Comando das Alamedas e foi morar com Kael, Juno concordando e deixar o casal para trás. Talvez pudessem ser felizes.

    COMENTÁRIO: A escrita é ágil. A sucessão de ações é passada ao leitor com eficiência, de modo que sabemos o que está ocorrendo, mas também não se perde tempo em descrições excessivas, enquanto que a autora também cuida de nos dar noção do cenário distópico no qual se desenrola a história, já no começo informando que estamos no tema da ficção científica. Com a mesma agilidade, o sabrinesco, o romance com tons eróticos, entra na história, representado na relação entre Kael e Isah, cujos olhares e pensamentos marcam o início desse futuro romance.

    Não há delongas antes do clímax entre os dois. “A moça foi ficando ali” até que ocorre, dessa mesma forma, a evolução a um sentimento verdadeiramente superior à atração sexual. Para mim, isso deixou de apontar agilidade para indicar pressa, dado que em seguida deixamos de atentar aos dois para ficar sabendo das verdadeiras motivações da protagonista, o que acrescenta uma outra dimensão ao enredo, não tão inovadora e que evoca um drama que também não comove tanto, já aparecido em várias outras histórias de amor: o princípio era uma mentira, mas o sentimento tornou-se verdadeiro, de que lado ficarão os dois? A essa altura, a ficção científica é puramente cenário e nem mesmo ao adentrarmos esse dilema, torna-se algo mais substancial. Portanto, já de antemão se informa que este conto estará sendo avaliado no sabrinesco, no qual guarda qualidades. Com isso, conclui-se também que o desafio ao amor das personagens não foi tão substancial ou desenvolvido, retido no clichê.

    Se o próprio conflito não engaja tanto, a resolução também não foi para grandes surpresas, uma espécie de “felizes para sempre” pautado numa doçura que é mesmo pertencente ao sabrinesco. Em outras palavras, as personagens escolheram o amor, o que fez Juno – personagem secundário por excelência – deixar a casa para ir morar em outro lugar. Enfim, o que acho é que o desenvolvimento do romance se fez sobre bases muito comuns e em pouco proveito dos desafios que o cenário distópico poderia oferecer. Boa sorte!

  20. Gustavo Araujo
    7 de agosto de 2019

    Resumo: numa realidade distópica, garota precisa engravidar de alguém do grupo rival, já que os homens de seu próprio grupo são inférteis; no final, ela dá o bebê aos chefes de seu grupo e decide viver com o pai da criança.

    Impressões: o conto tem uma ambientação que me atrai, uma espécie de futuro distópico em que duas facções parecem disputar o poder — traduzindo-se em uma modalidade de ficção científica. Completando essa realidade, vê-se como imperiosa a procriação, que só se mostra possível com os representantes de um dos grupos, obrigando as mulheres em geral a procurá-los e seduzi-los para engravidar — momento em que o conto se volta para o sabrinesco.

    Há que se aplaudir a coragem da autora em buscar a mistura dos gêneros do desafio, mas receio que a tentativa não tenha sido plena de êxito. Isso porque apesar da boa ambientação e do roteiro provocativo, a execução deixou um tanto a desejar. Refiro-me em especial ao modo de narrar, que está um tanto truncado, atrapalhando a fluidez. Gosto de frases curtas e da apresentação das ideias de forma direta, mas aqui a conexão entre elas ficou prejudicada devido às lacunas criadas pelo estilo adotado.

    Quanto à história em si, creio que se destina ao público adolescente, dada a ingenuidade dos personagens e à maneira rasa como raciocinam e se comportam. Não se trata de uma crítica, mas de uma constatação. Àqueles que preferem digressões mais profundas e psicologicamente mais provocantes, a história entretém mas não se fixa na memória.

    Enfim, é um conto que tem uma boa ideia, mas que não conseguiu me cativar. Espero que outros possam gostar da proposta. Parabéns e boa sorte no desafio.

  21. Antonio Stegues Batista
    6 de agosto de 2019

    DE FORMA NATURAL

    RESUMO:
    Num mundo distópico pós apocalíptico, uma parcela das pessoas é infértil. Dois grupos ficam divididos por leis e regras próprias e uma mulher enfrenta o perigo, infringindo leis em busca da felicidade.

    Comentário:
    Achei a escrita muito boa, construção de frases, ambientação e diálogos, mas também achei o enredo fraco e o motivo que move a personagem bem frágil. Dividir a população em dois grupos, um fértil e outro não, seria melhor numa história mais comprida, onde outras situações dramáticas de mistério e suspense, pessoas afetadas pela radiação, geração de híbridos poderiam ser inseridos, tornando o enredo mais interessante. Da forma que foi feito, para uma história de ficção científica com um toque erótico, o mote central ficou fraco para o meu gosto particular.

  22. Higor Benízio
    4 de agosto de 2019

    Isah e Kael, aparentemente pertencentes à divisões distintas de uma espécie de sociedade utópica, Alameda e Arraia, acabando tendo um filho.

    O conto ficou muito confuso. Entendo que 2500 palavras é pouco para criar uma trama e mostrar um mundo, mas então seria o caso de escolher. Por que, neste mundo, as pessoas da Alameda querem procriar? Quem são essas pessoas? Por que pessoas não tem filhos de forma natural? Quais as regras que Isah e Kael estão quebrando? Entende? Para quebrar as regras, precisamos saber primeiro quais são elas. No mais, tem este trecho cheio de “era”, seria bacana enxugar:

    “Mas, o que era? Tudo aquilo era completamente doentio, mas imaginava que era melhor do que qualquer alternativa. O que sentia era alívio, tentando despistar a guarda.”

E Então? O que achou?

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Publicado às 1 de agosto de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 3, R3 - Série A e marcado .
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