EntreContos

Detox Literário.

Caça e Caçador (Cícero Lopes)

“Você me faz o que eu sou; caça e caçador”… 

Fábio Júnior

 

O caçador

Miguel era titulado de “sniper” por alguns e isso o aborrecia muito, pois, considerava a alcunha infame. Fingia desinteresse ao ônus de também ser chamado de “caçador”. Nem tão indiferente assim, sempre dizia: — “Quem caça onça deve ser prudente, porque a bicha é braba”! “Sou somente um sertanejo tímido e medroso”!

O apelido era merecido, porque seus hábitos de conquista ocorriam de forma bem semelhante a atuação de um tocaieiro. 

Camaleão, se camuflava na paisagem e vigiava possíveis presas. Depois de o alvo escolhido, estabelecia a tocaia, que podia ser longa e cansativa ou ligeira e gratificante. Aguardava o momento exato com a calma e a certeza de quem sabe que depois de um demorado inverno, sempre virá a primavera. Com tudo preparado e calculado, o tiro fatal vinha de local inimaginado e sentenciavam a vítima, que ao acolher o primeiro olhar do predador, já podia se considerar perdida.

Miguel não era bem-visto pelos outros caçadores. É impreterível entender que se trata de um meio bastante competitivo. Esses sujeitos, via de regra, são uns solitários, sem ligações de amizade ou camaradagem. Muitos o consideravam covarde, por conta de sempre agir nas sombras, escondido e dissimulado até o ataque letal. O que ninguém sabia ou podia adivinhar é que Miguel era um homem amargo e insatisfeito.

Carregava em seu próprio corpo, impregnado em sua carne, as memórias das mulheres que avassalava por uma noite e já na manhã seguinte, tinha que lidar com o incômodo daquele corpo sobre a cama, precisando ser despachado quanto antes. Sim, um corpo. Somente um corpo e por mais que a moça, sua dona, reclamasse atenção e um suco de laranja, para ele, ela já fedia a cadáver. Descartável como um defunto, como as relações mortas, como ele mesmo era; descartável! Algumas moças eram “desencanadas”, de equações bem resolvidas, apreciadoras do jogo, mas outras… Miguel sabia que havia aquelas que acusavam um dano enorme. Se comovia com essas frágeis moças, porém, isso não o impedia que repetisse continuamente as mesmas cafajestadas.

Com Elisa, também começou casual, mas foi quando a letra encontrou a canção que a rima surgiu inevitável e Elisa se tornou ideal.

 

A presa

“Figurinha repetida não completa álbum!” Todavia, não obstante, contudo… Aquela era cromo carimbado, raríssima mosca azul, elefante branco, custosa de encontrar. Então, foram reprisando os encontros, foram se amoldando, se acomodando, se afeiçoando um ao outro. Ele nem notou ou quando viu já era tarde; a cidadela estava tomada.

Primeiro ela trouxe uma escova de dentes, depois… Trouxe um pente; uma sacola com lingerie e camisola; um desodorante roll on e uma lavanda; um moletom para os dias frios e logo estabeleceu o seu lado na cama e no sofá; apossou-se do controle remoto; começou a preparar o café e o almoço…

“E que cabelos são esses caídos na pia”? — Miguel começava a tomar ciência do estrago… Sem nenhum acanhamento, ela começou a organizar a disposição da mobília e o lugar das coisas dele, foi quando ele sentiu saudades da sua bagunça.

Tudo era premiado com os folguedos do sexo. Lugar, onde a natureza se mostrava selvagem e indômita. Os trovões colidiam com o mar revolto fazendo a nau do pirata Miguel perder sua capacidade de navegação. Havia ainda, a clara sensação de ter uma onça faminta à espreita entre os lençóis. Juntos sentiam os fortes tremores que abriam crateras e provocavam fissuras em suas estruturas mais pudicas. Logo eles que eram terras úmidas. Vinham tsunamis e os arrastavam e os arrasavam noite adentro. As tantas erupções de larva ardente queimando as bocas e convidando para um mergulho sem medo nas cataratas do Iguaçu.

 

A natureza morta

O homem que viu o fogo pela primeira vez, decerto espantou-se. Ficou abismado, maravilhado a contemplar a fogueira incandescente, até que ela se consumisse. Agora, tendo vivido uma eternidade, o homem olha, mas não enxerga o fogo com a mesma paixão, sua visão, talvez, seja atraída pelo simples precipitar de asas de um vaga-lume que corta a noite. O fogo perdeu o encanto, a magia… Ainda pode aquecer e queimar, mas não causa mais assombro.

Assim, foi que a relação dos dois se tornou fastiosa. Miguel conhecia o roteiro daquela viagem de cor. Sabia o momento exato de cada passo, e mesmo as variações, criadas para escapar da rotina, estavam saturadas. As curvas daquela estrada não eram mais capazes de acelerar seu coração de homem e nem trazer um só arrepio ao corpo. O sexo perdera a graça. Ponto.

Miguel ponderou que fosse reflexo da idade madura que finalmente o alcançara. Então, era natural que o mar tempestuoso se rendesse a calma de um rio de águas tranquilas. Elisa, em contrapartida, florejava quanto mais amadurecia e exigia afeto, atenção e gozo.

Enquanto Miguel, se mostrava sereno como uma tela de natureza-morta, Elisa era uma animação incitada pela ingestão de ácido lisérgico. 

Nesse processo terrível, aconteceu que a caça se tornou caçadora. De forma voraz, Elisa assaltava Miguel sem tréguas, sem descanso, obviamente, ele desenvolveu defesas e modos de fuga. Poderia ter encerrado tudo com uma nota de agradecimento pelos serviços prestados e pela atenção dispensada, poderia. Mas… Miguel possuía um pouco de sensibilidade, um resto de empatia e algum respeito pelos sentimentos alheios. Não ia sacanear Elisa. Já contava seis anos desde que a escova dela invadiu o armarinho do banheiro dele, não podia simplesmente dizer: “Acabou a minha tesão em você, Elisa” ou “O fogo de macho que habitava em mim, se foi”! O que podia ser mais desastroso? — Diante da encruzilhada, fugia.

 

Fuga e redenção

Buscou retiro na casa de inverno que pertencia ao irmão rico; Carlos, o advogado. Foi um custo conseguir viajar sozinho para a cidade de Cunha, no interior de São Paulo. “Preciso de um tempo sozinho, para escrever minha dissertação”! “Aqui não consigo me concentrar”! “O prazo está acabando!” Compreensiva, Elisa o liberou, seriam somente duas semanas sem “Mimi” — apelido carinhoso com qual ela chamava seu adorado homem. Para Miguel, seriam duas semanas de paz.

Era julho, fazia frio, mais do que era costumeiro. Miguel ficou recluso a maior parte dos dias, da dissertação não escreveu uma linha. Faltando três dias para retornar, acordou excitado como há muito tempo não acontecia, à maneira que os homens mais jovens acordam: viril, ereto e inquieto. Banhou-se e se sentiu-se tão elétrico que decidiu esticar as pernas, dar uma volta pela cidade.

Nem supõe como chegou ao ateliê de Estela, andava distraído, pisando em pensamentos soltos e de repente seu olhar cruzou a porta larga do ateliê e a viu coberta pela sombra, banhada por um raio de luz solar que entrava por uma claraboia, ele a viu.

Estela, que ele não sabia que era Estela, que não sabia que era ela a próxima mulher da sua vida, que seria ela a inspiração dos seus versos, a desfazedora dos nós, o motivo do seu desejo, a razão da sua loucura, que seria ela a artesã de todos os seus sonhos futuros. Ela usava um vestido claro, um pouco translúcido que entre luz e sombra deixava transparecer para seus olhos de homem: o contorno do corpo esguio, as pernas fortes, as coxas grossas e a sublime ostentação das nádegas contra o tecido, revolucionárias, vanguardistas, como se exigissem o sagrado direito de expressão…

Ele parou à entrada do ateliê e observou… Fingiu observar as peças expostas numa diversidade enorme, desde utensílios domésticos: pratos, taças, abajures, tigelas, xícaras, vasos, até belíssimas obras de arte. As que mais lhe chamaram atenção foram as figuras femininas, mulheres híbridas de humana com felinas. Mulheres-panteras, leoas, onças… Feras de cerâmica fria, mas que queimavam a imaginação com altos graus de erotismo e sensualidade.

Ela deixou o que estava fazendo e foi recebê-lo, o encantamento ascendeu de nível com a proximidade dela, que revelava agora possuir traços orientais. Uma mistura que ele não saberia definir; tinha os olhos amendoados como de uma sereia havaiana ou uma índia americana; cabelos negros; olhos verdes; lábios da cor de maçã; de estatura mediana; corpo harmônico; seios atrevidos e uma voz que deleitava os ouvidos. 

Das conversas iniciais, formais e triviais, passaram para uma prosa animada e cada vez mais singular e pessoal. 

Não se largaram mais! Veio o convite para o almoço do dia seguinte; para o jantar na casa em que ele estava hospedado; no final de semana, um passeio pelas cachoeiras e subida ao topo da Pedra da Marcela, onde foram recompensados por uma vista linda e quase se beijaram quando o sol se pôs sobre suas cabeças.

Não. Não houve nenhum contato físico, embora ardessem e queimassem sem alívio, Miguel estabeleceu uma barreira, que para Estela ficava bem visível e perfeitamente tangível, impossível de se ignorar, então, decidiu respeitar o muro. Estela sabia que Miguel estava na cidade de passagem, era um sopro efémero em sua vida. Logo iria voltar para sua rotina, qualquer que fosse ela. Decerto, tinha compromissos profissionais, provavelmente sentimentais e de outras ordens e a tudo era submisso, então, ela não se arriscava a tentar escalar ou transpassar esse paredão erguido entre eles. Já Miguel tinha medo daquela estrela reluzente. Medo de falhar.

Decidiu que ficaria pelo menos mais uma semana. Avisou Elisa dessa intenção; ouviu muitas reclamações e naturalmente, isso fez a outra disparar aquele alarme que toda mulher possui; estava evidente que havia muito mais nesse súbito intento, algo que Miguel não revelava e só podia ser “piranha”! 

O sniper Miguel vivia uma paixão idílica e uma agonia; estar traindo Elisa de forma tal abjeta, o deixava maluco e, ao mesmo tempo, não conseguia deixar de pensar, de querer estar, de torcer pelo tempo ser ligeiro na distância e eterno quando perto de Estela. Não sossegava e se esforçava ao máximo de sua criatividade para buscar e achar meios e desculpas para poder encontrá-la e ficar com ela. E Elisa? Era a consciência a lhe cutucar com o espinho de nome Elisa. Uma ora pensava: “Elisa que se dane”! Logo arrependia-se e choramingava: “Pobre Elisa”! “Como posso ser tão mau e egoísta”? Se penitenciava: “Ela não merece essa minha indignidade”! “Elisa merece alguém que a ame, mais do que eu”! “Isso é fato”! “Porque, sim, eu a amo”! “Amo de um jeito misturado e desordenado, ferindo padrões, regras morais e outras bobagens que a sociedade e a civilização vomitam sobre nós”! “Serei leal a esta mulher, abrirei a gaiola do meu peito e a deixarei voar”!

Enquanto Miguel se consumia entre certezas, dúvidas e planos de salvação, adiados pela sua covardia crônica, Elisa já tinha estabelecido sua tocaia. E observava cada passo e movimento dele. Não demorou para que ela flagrasse o encontro dos amantes. Sofreu muito, vendo cada riso que davam, enquanto tomavam vinho e comiam uma Pappardelle primavera. Quis morrer quando ele, aos olhos dela — no cúmulo da condição de vassalo, servia, feliz, pequenas porções da sobremesa, diretamente na boca da “vaca”. Palavra dela.

Elisa sofria porque o riso dele era motivado por outra. Era para esta outra que ele oferecia atenção, carinho, talvez amor.

Mataria os dois. Estava decidida; mataria os dois. Só restava escolher o jeito como faria isso, se silenciosa ou escandalosamente. Outra certeza que tinha era que havia que ser de forma cruel e dolorosa.

 

O desenlace

Ao fim de dois dias, Elisa já dispunha de todas as provas e também dos costumes que o casal desenvolvera, eram britânicos, pontuais e constantes em seus encontros, bastava escolher um momento e um lugar para que acertasse um tiro fatal. Decidiu encurralá-los no café em que se encontravam ao cair da tarde. Escolheu uma mesa ao fundo e bebendo em goles doídos a sua amarga bílis, os esperou. Chegaram pontuais e sentaram-se próximos à janela.

Elisa não conseguiu levantar-se para exigir das testemunhas, ali presentes, que lhe entregassem a cabeça cortada de ambos. Não conseguiu apontar os dois criminosos e lhes imputar a pena de degredo, com exposição de suas vergonhas num desfile público, para que a nudez dos dois fosse cuspida e apedrejada. Não conseguiu. Não conseguiu produzir nada além de um choro baixinho, desafinado e triste. Resolveu: partiria aquela noite mesmo.

Mas seu choro, possivelmente, tinha mais volume que ela imaginava, de forma que todos se voltaram para ela, inclusive o casal. “Estela”!?! Hesitou, Miguel, em seguida a abraçou com ternura e a tirou dali.

Sobraram os três na casa de inverno. As emoções correram desenfreadas, sem filtro algum e em alta combustão. Elisa, de longe a mais descontrolada, ia da ira mais violenta ao amor incondicional em segundos, rangia os dentes, ameaçando morder e arrancar pedaços e logo se desmanchava nos braços do amado macho.

Estela não se sentia confortável, a situação era absurda, mas sabia que não carregava culpa alguma, também não se sentia ofendida ou se achava enganada, para ela sempre esteve claro que Miguel trazia em seu alforje de viajante, mais coisas do que mostrava. Teve pena da mulher.

Miguel sentia alívio, a máscara já não marcava mais seu rosto e ele podia finalmente respirar.

Quando Elisa despejou as queixas, fez todos os julgamentos, estabelecendo os castigos e bravateando fantásticas vinganças, a febre daquele momento tenso baixou e os três se recolheram cada um a seu canto e a seu pedaço de mundo.

Lá pela meia-noite, Estela decidiu voltar a sua casa, Miguel se ofereceu para acompanhá-la — estava tarde. Polidamente, ela recusou e fez questão de deixar claro que aquilo era um adeus. Miguel sentiu o golpe, o tiro no coração e experimentou um gosto de sangue que lhe invadia a boca. Inesperadamente, Elisa foi até Estela e a abraçou. Pediu que ela não fosse. Era realmente tarde e seria mais seguro que ela pousasse ali. Confirmou se a casa tinha mais que um quarto e Miguel informou que sim; havia três. “Eu e você ficaremos aqui, esta noite; quero lhe conhecer”. E perguntou: “Nessa casa tem um bom vinho”? “Precisamos beber”! “Nós duas, você, não”!. Assim foi feito. Miguel se recolheu ao seu quarto e deixou as mulheres bebendo e conversando na sala. As meninas, logo se descobriram como fossem amigas de infância, embora Elisa fosse uns dez anos mais velha, em outra dimensão de tempo incomum, poderiam ter pertencido a mesma classe escolar, no bando que fica no “fundão” da sala; a turma da bagunça.

Miguel não dormiu. Não poderia com tanta coisa a encher seu juízo, porém, em algum momento, o cansaço lhe dominou e cochilou, quando acordou escutou um riso, depois uma queixa que parecia mais um uivo de bicho. Os miados encontravam eco, eram duas onças. Miguel era caçador experiente, conhecia bem aqueles gemidos. Ainda sonolento, ele foi averiguar quais gatos faziam tamanha algazarra. Os miados vinham de um dos quartos, onde ele entrou com o coração aos saltos, com a boca seca e viu… Os trovões, o mar revolto, as terras úmidas, a larva ardente… As bocas que suplicavam carne fresca. O caçador seria devorado aquela noite.

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20 comentários em “Caça e Caçador (Cícero Lopes)

  1. Gustavo Araujo
    15 de setembro de 2019

    Resumo: Miguel é um conquistador de vários troféus. Ocorre que um dia se junta com Elisa e com ela permanece até que seus instintos falem mais alto. Ele vai para o interior com uma desculpa qualquer e lá conhece Estela, de quem se aproxima. Elisa, desconfiada, vai até lá e os flagra. Depois do turbilhão da descoberta, as duas mulheres se tornam amigas e, ao final, decidem devorar o homem.

    Impressões: gostei desse conto. É sabrinesco-raiz, que mistura muito bem o aspecto do romance com o erótico. Miguel é daqueles personagens cafajestes, alguém que adoramos odiar, um enganador profissional que cedo ou tarde acaba pego. No fim, aqui, rola um final feliz para todos – enganados ou enganadores. Tudo acaba em sexo e viva a vida.

    A escrita é segura, isenta de falhas, o que ajuda a tornar a leitura fluida e agradável. Não encontrei erros dignos de nota. A trama é singela, mas cumpre muito bem o objetivo proposto. Não há, de fato, um mergulho mais profundo na psique dos personagens, mas para este tipo de história, sujeito ao limite de 2500 palavras, talvez uma digressão desse tipo soasse dispensável.

    Enfim, um conto bem escrito e que deve ter sucesso entre os leitores deste certame. Parabéns e boa sorte no desafio.

  2. Jowilton Amaral da Costa
    15 de setembro de 2019

    O conto narra a história de Miguel, um “caçador” que acaba casando-se com Elisa. Com alguns anos de casamento e a rotina do dia a dia, Miguel percebe que não tem mais paixão pela mulher. Numa viajem que faz para a cidade de Cunha, no interior de São Paulo, para terminar uma dissertação, ele conhece Estela e fica fascinado, no entanto, Elisa desconfia da demora do marido voltar para casa e vai procurá-lo sem que ele saiba e acaba descobrindo a traição.

    É um bom conto. A história é simples e a trama segue linear e até no final meio-inusitado, dá para suspeitar no que vai acontecer. A narrativa é fluída e com um uso divertido de metáforas. Não percebi erros gramaticais. O final do conto mostra uma situação que o “sonho de consumo” de muitos homens. Boa sorte no desafio,

  3. M. A. Thompson
    15 de setembro de 2019

    Olá autor(a). Parabéns pelo seu conto.

    TÍTULO: Caça e Caçador

    GÊNERO:
    [ ? ] Sabrinesco (erótico)

    RESUMO: Homem acostuma a usufruir das mulheres e em seguida descartar, encontra uma que o conquista por uns tempos até ele encontrar outra pela qual acredita estar apaixonado. Porém, não quer trair a primeira que acaba descobrindo a traição e vai ao seu encontro tirar satisfações. No final ambas acabam se entendendo e no final fica em aberto se o sujeito será devorado literalmente ou em sentido figurado.

    ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA: “minha tesão”.

    O QUE ACHEI DA HISTÓRIA:
    Eu esperava um pouco mais de erotismo. Senti também uma falha na continuidade pois, em um momento estão em uma espécie de taverna e logo depois estão na casa de inverno. O final também não deixa claro se “ser devorado” é uma metáfora para um possível sexo grupal ou se as meninas eram metamorfas.

    Desejo sorte e torça por mim também. 🙂

    Abçs.

  4. Adauri Jose Santos Santos
    12 de setembro de 2019

    Resumo: Homem maduro, depois de uma fase de conquistador, mantem um relacionamento fixo com uma mulher mais nova, porém, depois de algum tempo se vê atraído por outra mulher. Acaba tendo um caso com essa outra mulher e acaba sendo pego no flagra, achando que iria morrer, vê-se surpreendido por uma noite de amor.
    Considerações: É uma estória bem interessante e tem um final legal. Em relação ao tema acho que não fugiu muito, não sou expert em “sabrinês”. Só achei um pouco de enrolação logo no começo, poderia enfeitar um pouco menos o “caçador”, e assim, dar mais leveza à narrativa. Gostei de alguns clichês, na verdade, se tratando de sabrinesco, ficou até bom. Boa a frese: “O caçador seria devorado aquela noite”. Não vi erros de revisão. Parabéns e boa sorte!

  5. Ana Carolina Machado
    12 de setembro de 2019

    Oiiii. Um conto sobre o conquistador Miguel e sua/suas conquistadas Elisa e Estela. Ele que não se apegava a ninguém de alguma forma ficou com Elisa, que aos poucos foi se mudando para a vida dele. Mas essa vida a dois foi deixando ele sufocado e em uma fuga para uma casa afasta do irmão Estela entrou na história. Elisa descobre a traição e fica furiosa. Mas no fim dá a entender que a Elisa e a Estela se acertaram de alguma forma e que talvez os três tenham uma noite de poliamor juntos, acho que as duas são as duas onças querendo comer carne fresca. Talvez os três até tenham ficado juntos, porque tem um momento que diz que Estela seria a próxima mulher da vida dele. Achei o final surpreendente, porque pensei que a Elisa fosse matar os dois ou algo assim. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  6. Fabio
    11 de setembro de 2019

    Caça e Caçador

    Resumo: Miguel é um homem cheio de culhões, porem, solitário, perdido na sua própria individualidade. O típico conquistador que arrebata suas presas e depois as descarta sem nenhum remorso. Com Elisa a situação fora diferente. Fora ela quem o arrebatou. Tomou posse e controle da sua vida. Preso e indignado com a vida que não planejara ele se refugia na casa do irmão em Cunha. Ali encontra em uma de suas saídas Estela, uma mulher que lhe chama muito a atenção. Típico de todo homem que está traindo, ele não sabe mentir e acaba despertando a atenção de Elisa. Revoltada com o que está passando Elisa faz a promessa de mata-lo junto a sua amada. Mas, o final é bem diferente. Elas se tornam duas onças prestes a devorar sua presa.

    Ponto forte: A estrutura do texto é de fácil compreensão. Sem muitas palavras com duplo sentido ou de difícil interpretação. O personagem se parece muito com um galã de novela. Conquistador e cheio de manias. Não imagina que pode acabar se tornando uma presa de sua caça.

    Ponto Fraco: O final. Isto é muito pessoal e não muda o valor que o texto possui. Pejorativo ou não, as mulheres se tornaram onças ao final.

    Conceito Geral: Uma escrita muito envolvente. Adoro textos assim. Descrever Cunha e a pedra da Macela me fez pensar que ainda devo uma visita a este lugar. O escritor (a) deve conhecer ou fazer parte desta localidade para descreve-lo tão intensamente.

  7. Rafael Penha
    11 de setembro de 2019

    RESUMO: Miguel, um mulherengo indômito finalmente é fisgado por Elisa, assim, sem perceber, foi se tornando mais e mais a caça que adorava predar. Buscando arejar, ele procura uma pequena cidade, mas lá, se apaixona por Estela, que ao ser descoberta por Elisa, depois de um rápido furor, acabam se conhecendo melhor e apreciando uma a outra e prometendo devorar o próprio caçador.

    COMENTÁRIO: Um dos melhores contos do certame. O tema sabrinesco está presente ainda que timidamente no quesito sentimental e erótico, mas o enredo do conto é interessante. É curioso ver a transição de Miguel do homem mulherengo para o submisso na relação. Apesar de relutante sempre aceita mais e mais a introdução de Elisa em sua vida.
    Os personagens foram bem trabalhados, suas atitudes são verossímeis e suas personalidades e mudanças me prenderam e me fizeram querer saber como a história terminaria.
    A narrativa é excelente, diz muito em poucas palavras. Entretanto, senti falta de um erotismo maior, mais explícito. Principalmente no clímax da história, onde as duas onças se “atracam”.
    Um ótimo conto, porém, bem educado demais.
    Grande abraço!

  8. Miquéias Dell'Orti
    10 de setembro de 2019

    RESUMO

    Miguel, um homem conquistador, acaba cedendo pelo amor de Elisa e mantêm um relacionamento estável com ela. Com o tempo, a relação entre os dois perde força e Miguel se vê obrigado a mentir para passar alguns dias longe da namorada.

    Nessa viagem, conhece Estela e se apaixona. Dividido entre a atual namorada e o novo amor, Miguel mantém uma relação distante com Estela, mas Elisa vai atrás dele e flagra os dois em um momento íntimo.

    Ela chora, Miguel a vê em prantos e decide levá-la, com Estela, para onde estava hospedado. Os três acabam passando a noite ali. Uma amizade surge entre Elisa e Estela e, por fim, Miguel fica com as duas.

    MINHA OPINIÃO

    É uma boa trama. Gostei do triângulo amoroso entre Miguel, Elisa e Estela, e os dramas de uma relação desgastada pelo tempo em contraponto ao fulgor de uma nova aventura. Nesse caso, para ambos, Miguel e Elisa. Confesso que não sou muito fã desse tipo de história, tenho que dizer, mas o todo em si me agradou.

    Apenas achei alguns termos fora do contexto, como:

    ” e logo se desmanchava nos braços do amado macho.”

    ou:

    “… algo que Miguel não revelava e só podia ser “piranha”! “

    que apesar de refletirem o pensamento do personagem, quebraram um pouco a leitura para mim.

    Acho que é isso. Muito bom trabalho. Parabéns!

  9. jetonon
    10 de setembro de 2019

    Miguel um pegador.
    Elisa aparece na sua vida o prende de maneira a fazer mudar seus hábitos de caçador.
    Aparece de forma indesejada Stela o fazendo rever sua vida de pegador.
    Qual a sua indignação a concomitância das fêmeas o faz ser caçador.

  10. Gustavo Aquino Dos Reis
    10 de setembro de 2019

    Resumo “Caça e Caçador”: o conto trata-se de um sedutor contumaz chamado Miguel que, num primeiro momento, apaixona-se por Elisa e depois rende-se aos encantos Estela. Miguel passa então a viver em amargura pela infidelidade e, no fim, se depara com ambas fazendo sexo em um dos quartos.

    Considerações: é um trabalho primoroso, mas o excesso de alusões me atrapalhou.

    Existem mais alusões do que história em si.

    Toda a ação ou descrição de um personagem é encabeçada por extensas adjetivações que quase não agregam em nada para o computo geral.

    Agregam, sim, talvez, para dar beleza às construções frasais.

    A história em si é boa, mas não apresenta uma grande reviravolta ou tem um grande impacto.

  11. Vladmir Campos Leão
    6 de setembro de 2019

    Resumo: Rapaz hábil em conquistas foge de sua companheira de seis anos por causa da incômoda rotina. Em seu refúgio ele encontra outra mulher e se interessa muito por ela. Mas ambos são descobertos pela companheira que ele deixou para trás.
    Contudo, invés da narrativa acabar em sangue e violência, a história termina com um ménage à trois.

    Comentários: Quem escreveu este conto cometeu um pequeno engano no quarto parágrafo. A última frase deste caberia muito melhor como a primeira do quinto parágrafo. Devido à mudança de assunto e o desenvolvimento deste a seguir.
    Notei a palavra “larva” mais ao final do texto. O correto seria “lava”, mas nada que não possa ser relevado por um leitor mais paciente (e corrigido o quanto antes, por favor).
    Dos personagens, os melhores são as mulheres. Não que o homem seja ruim. As explicações sobre seus defeitos e atributos foram feitas muito bem, apesar de conter algumas fanfarronices que achei bem incômodas.
    A existência dos defeitos dele, por mais que completasse o desenho de sua personalidade me deixou com uma ponta de ranço.
    Ressalto: por mais que todos tenhamos as nossas hipocrisias, ver as dele descritas tão bem só me fez gostar e torcer mais para o lado das coadjuvantes. Estas que tem mais focados seus adjetivos positivos. Apesar de uma cogitar assassinato em um dado momento.
    No mais, eu gostei do que li! Tirando o final que é bem contado, apesar de previsível.
    A história tem bom ritmo e metáforas muito boas aqui e ali.
    Parabéns pelo conto!

  12. Tiago Volpato
    3 de setembro de 2019

    Resumo:

    A história de Miguelão Berranteiro, o comedor, que é o bambambam na arte da conquista. Ele carca tudo que é mulher.
    Um belo dia, ele não percebe que um dos seus alvos vai além disso, eles começam a se encontrar com frequencia e logo a moça levanta a mão e grita, ‘é meu!’ Ela se sente a dona do pedaço e vai chegando aos poucos marcando território, os dois passam a morar juntos e ela dá um belo chá (entendedores endenderão) e fisga o Gavião.
    Seis anos depois o chá fica sem graça, Miguelão já enjou da sua pequena, mas não consegue cortar relações. Ele decide dar um tempo, vai pra casa do irmão no interior com a desculpa de finalizar sua monografia. Lá ele se apaixona por uma oriental (quem nunca?) e passa a viver um flerte arrebatador. Sua garota principal desconfia e vai atrás e ve os dois no maior love. Ela decide matar os dois, não consegue, os três se encontram e lavam a roupa suja, depois de muito debate os três resolvem fazer um ménage.
    Noice!

    Comentários:

    O conto pra mim foi como uma montanha russa, gostei em partes, depois não gostei, depois gostei de novo.
    Gostei da metáfora da caçada, gostei principalmente do protagonista tratar as mulheres como um cadáver, depois do ato consumado, foi uma tirada bem espirituosa, se ele vê as mulheres como apenas um corpo, nada mais justo que elas se tornarem cadáveres quando ele não as quer mais.
    A parte que ele sossega com a Elisa já não gostei tanto, achei um pouco enfadonho. Quando ele vai pra casa do irmão e se apaixona por Estela gostei bastante, a forma como você escreveu o relacionamento dos dois foi muito bem conduzida.
    O final não me decidi se gostei ou não, mas foi um final.
    O texto é interessante, a história é boa e bem construída, não sei se o fato dele ser mulherengo condiz com o comportamento dele, ok, ele se apaixona por Elisa e deixa essa vida de lado, o negócio é que durante o texto isso fica muito pouco evidente, na minha opinião precisaria de mais para a gente acreditar que Miguel deixou essa vida de sedutor.
    Pra resumir: eu gostei do texto.

  13. Jorge Santos
    2 de setembro de 2019

    Resumo:
    Conquistador de mulheres, que tem por hábito abandoná-las depois da primeira noite tem, pela primeira vez na vida, um relacionamento mais estável. Quando tenta voltar aos seus velhos hábitos a sua actual companheira vinga-se aliando-se à sua nova conquista, deixando o homem com a única dúvida, a de desistir ou juntar-se às duas.

    Comentário:
    É interessante a analogia dos jogos de sedução com a actividade da caça e da relação presa e predador, por pior que seja o significado depreciativo da palavra predador. Nos tempos actuais do metoo e da igualdade de géneros, está mentalidade é considerada politicamente correcta. Embora a condene, enquanto homem percebo a necessidade de afirmação que pode levar a este tipo de comportamento, tão em voga antigamente. Homem que era homem tinha de o provar na cama. É neste cenário que se enquadra este conto, cujo final devo confidenciar que me surpreendeu. Mesmo num mundo machista a mulher tem uma palavra a dizer sobre o seu destino e ninguém como elas para conseguirem o equilíbrio, mesmo nas situações mais complexas.
    Em termos de estrutura e linguagem, preferia que o conto tivesse mais ritmo. Encontrei alguns problemas com a pontuação.

  14. Fernanda Caleffi Barbetta
    27 de agosto de 2019

    O texto é bem escrito, fluido. Parabéns. Talvez por questão de gosto, não foi um conto que me encantou, mas esta é a minha percepção.

  15. Claudinei Novais
    16 de agosto de 2019

    RESUMO: Miguel, um caçador nato, vivia à cata de mulheres para dormir com ele, mas apenas uma noite de prazer, descartando seu amor noturno já pela manhã seguinte. Isso ocorreu até encontrar Elisa, uma garota cheia de fogo e insaciável. Ele resolveu ir passar uns dias no interior de SP, sozinho, sem Elisa, e lá conheceu outra mulher. Estela. Miguel começou a transar com Estela e sentia um misto de prazer e remorso por estar traindo Elisa. Mas Elisa foi atrás e descobriu que estava sendo traída. Ficou de tocaia, planejando como pegar os dois. Elisa resolveu observá-los de perto e quando os viu no café da manhã, não conseguiu segurar o choro. Chorou alto e fez-se perceber sua presença e, apesar de seu amor incondicional por Miguel, Elisa decidiu deixá-lo.

    CONSIDERAÇÕES: Achei uma história bacana, leitura agradável, mas sem elementos picantes que indicassem algo sabrinesco. Talvez, em outro certame, com outro tema, traição por exemplo, teria muita chance de subir de série.

  16. Lucas Cassule
    14 de agosto de 2019

    O caçador que se tornou a caça, o feitiço voltou ao feiticeiro… Uma bela narrativa, passa uma mensagem positiva sobre as pessoas indecisas no relacionamento (pelo menos no meu ponto de vista), afinal, o Miguel tinha tempo de decidir-se e escolher uma ou outra, no final das contas seu gênio de caçador ainda vivia dentro de si 🙂

  17. Luis Guilherme Banzi Florido
    12 de agosto de 2019

    Boa tarde, amigo. Tudo bem?

    Conto número 15 (estou lendo em ordem de postagem)
    Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.

    Vamos lá:

    Resumo: “caçador” acaba se apaixonando, depois se cansa e entedia da vida de namoro, viaja, conhece outra mulher e se apaixona. São descobertos, e acaba rolando um menage, no final.

    Comentário: de forma rápida e direta, o conto retrata a vida de um homem que tem dificuldade de se envolver, e acaba disfarçando suas próprias frustrações em relações superficiais, magoando gente pelo caminho.

    A estrutura em tópicos deixou bem organizado o enredo auxiliando na senação de passar do tempo. A leitura, assim, acaba sendo rápida e simples. Quando percebi, já era o desfecho. Acho que esse é o ponto forte do conto.

    Por outro lado, devo dizer que não gostei muito do enredo, que me pareceu meio fora da realidade, no desfecho. O homem se apaixona, constrói algo com a mina, enjoa, e acaba conhecendo outra. Até aí, beleza. Agora, me parece bem improvável que a mina, após descobrir que fora traída, decide se envolver num menage com o cara. Pra ser sincero, pareceu enredo de filme pornô, rsrs. Meio que o prazer do cara foi colocado acima de tudo.

    Eu imaginava que as duas fossem ficar juntas no fim, e achei que isso seria a “vingança” contra ela. Me desagradou um pouco o desfecho, sei lá.

    Enfim, é um conto gostoso de ler, com uma boa estrutura, mas que cujo enredo não me pegou. Parabéns e boa sorte no desafio!

  18. Evelyn Postali
    8 de agosto de 2019

    Caro(a) escritor(a)…
    Resumo: O conquistador Miguel acostuma-se com Elisa, encontra-se com Estela, e quando a primeira conhece a segunda, ele percebe que está ferrado.
    Escrita sem erros ou ideias repetidas. Boas construções frasais. História contada de forma linear, o que não a faz menos interessante pelo uso da linguagem. Não sei, no entanto, se é possível classificar em chick lit ou ‘sabrinesco’.
    É um bom conto. A leitura é agradável. Apesar de o roteiro parecer clichê, a forma como é conduzido não o deixa cansativo. Os personagens, porém, não me cativaram, talvez porque tenham sido muito estereotipados.
    Boa sorte no desafio.

  19. Emanuel Maurin
    5 de agosto de 2019

    Olá
    Miguel era um bom caçador que ganhou o apelido de sniper. Esse sujeito usava as mulheres e descartava, algumas não ligavam pelo desprezo outras ficavam chateadas. Até que conheceu Elisa, ah! Com ela foi diferente, e a moça se mudou para casa de Miguel, e ela começou a não gostar da mulher organizando sua casa. E Miguel fugiu de Elisa, o fogo apagou. Miguel buscou retiro na casa dor irmão rico e Elisa permitiu e ele queria escrever, mas não consegui. Agora Miguel conheceu outra mulher e começou a ter certa proximidade da nova mulher e a beijou, beijou, “mas não houve nenhum contato físico”, e o bom Miguel estabeleceu certa distância da mulher. Depois quis ficar mais uma semana e a boa Elisa aceito, mas fez algumas lamentações, e ele vivia uma agonia por trair Elisa, mas no começo ele não se agonizava por deixar as mulheres como mortas na cama. E o snaper teve uma crise de consciência, trair ou não trair. Opa, a Elisa tocaia o Miguel e pegou no fragrante e queria matar os amantes risonhos de forma cruel, mas fraquejou. Miguel ficou com pena do choro de Elisa e a acarinhou e Estela ficou chateada, as duas “onças” o devorariam aquela noite.

    Não encontrei erros, a leitura flui e de fácil entendimento, isso a mim é o mais importante. Mas eu achei o conto bem fraquinho, não senti emoção ao ler.

  20. Luciana Merley
    3 de agosto de 2019

    Miguel é um conquistador que atrai as mulheres para relacionamentos de uma noite como um caçador atrai a sua presa. Ele se envolve de forma duradoura com Elisa, se cansa dela e conhece Estela. Elisa não se conforma, planeja vingança, mas acaba se unindo a Estela e tornando o caçador em caça numa relação a 3.

    Gramática – Não encontrei erros de português no texto.

    Fluidez – Um ponto a ser fortalecido na minha opinião. Em vários momentos a frase poderia ter continuado com menor uso de pontos finais. E o uso excessivo de aspas que poderia ter sido substituído pela narração. Penso que mais narração não traria prejuízos ao texto, ao contrário, mais fluidez de pensamento e conforto para quem lê.

    Enredo – O início me trouxe a dúvida necessária ao conto. Não sabia se estava lidando com um caçador típico ou um garanhão. Resolvido esse ponto, a trama segue um curso natural de inversão de papéis (delatada pelo título) responsável pela “surpresa” que todo leitor de conto espera. Ou seja, um bom enredo com a dúvida, o conflito, o ápice e o desfecho.

    Pontos fortes –
    1 – A linguagem me fez pensar no pistoleiro do conto de Guimarães Rosa (não sei porquê), rebuscada na maior parte dos momentos e com queda de nível em outros para se adaptar aos arrombos sexuais.
    2 – Gosto da poetização da prosa, o que você fez em alguns momentos.

    Pontos a melhorar –
    1 – Elisa e Estela são nomes muito parecidos para personagens e acabam por confundir o leitor. Demanda de nós um esforço extra de ficar indo e voltando pra saber quem é quem. Inclusive você os trocou no texto em alguns momentos.
    2 – Muita explicação de cenas e sentimentos e intenções. É sempre melhor descrever a sensação de frio do que dizer “fazia frio”. Ou então “Estela não sabia que seria a próxima” e nós leitores também não deveríamos tomar conhecimento dessa maneira, mas através de observações, olhares, do diálogo…
    3 – A cena dos 3 na casa ficou bastante confusa. Essa frase “se desmanchou nos braços do seu amado macho” deu a impressão de uma relação sexual. Mas não era né?
    4 – “Amado macho” ficou muitíssimo deslocado do restante da linguagem, tendo em vista que, a meu entender, não se tratava de uma cena sexual.

    No mais, eu amo Fábio Junior. Parabéns pelo conto.

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Informação

Publicado às 1 de agosto de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 3, R3 - Série C e marcado .
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