1
– Tens a certeza, Inês?
– Sim.
A resposta, dada na sua habitual determinação, era uma das suas facetas que eu mais admirava. Da mesma forma como se mostrava firme nas escolhas mais triviais, como no perfume ou a roupa que iria usar no domingo, também naquele momento ela demonstrava a firmeza na sua decisão. Peguei na mão dela e entrámos pela grande porta azul do Registo Civil. No meio de algumas dezenas de pessoas que registavam casamentos, nascimentos e óbitos, encontrámos o nosso caminho. No sétimo andar uma jovem funcionária atendeu-nos a mascar chiclete que exalava um cheiro nauseabundo.
– Em que posso ser útil?
Eu e Inês entreolhámos, mas já não havia volta atrás na nossa decisão.
– Queremos ser desvirtualizados. – Informei, numa voz que denotava uma grande emoção.
2
O guitarrista iniciou o solo. O bar estava praticamente cheio, mas para ele apenas uma pessoa importava: a mulher que ele julgava apenas existir nos seus sonhos até começar a aparecer, sempre acompanhada por um homem novo de aspeto sofisticado. Os olhos estavam fixos uns nos outros. Parecia que só os dois existiam naquela sala apinhada, num feitiço antigo como o tempo. Ela pediu uma bebida, não parecendo minimamente afetada pelo facto da sua companhia a ter abandonado de uma forma contrariada e lançando-me a mim, o guitarrista em questão, um gesto obsceno. A música termina dando lugar a palmas e apupos. Eu aproximo-me. Ela sorri. Tem uns olhos da cor do mar e um corpo de estrela de cinema dos anos cinquenta.
– Posso fazer-lhe companhia? – perguntei, fazendo um gesto ao barman.
– A cadeira está vaga. Parece que a minha companhia não gostou da sua música.
– Dois crimes capitais. Merece um castigo. Ela riu-se e eu fiquei enfeitiçado.
– Acho que ele já tem o seu castigo.
O meu Gin chegou e esse acontecimento coincidiu com chegada de um grupo de mulheres especialmente ruidosas.
– Aqui não podemos conversar. Vamos para outro lado? – Perguntou ela. Eu conhecia alguns amigos que ficariam retraídos, mas eu não era machista – para além disso, estava na companhia da mulher dos meus sonhos, pelo que estava disposto a ceder a todos os seus caprichos. Ela levantou a mão e estalou os dedos. Nesse momento, tudo desapareceu. Já não estávamos num bar, no meio de uma multidão, mas aparentemente sozinhos numa praia aparentemente deserta, com o luar a tingir de luz as ondas do mar. Eu tinha ainda o Gin na mão. Ela bebia um Mojito. Não sei quantos créditos ela teria gasto naquela transformação, mas não me importei. A nossa vida começou ali, naquela praia à qual regressaríamos sempre que a vida exigia um porto de abrigo.
3
Tinha acabado de fazer 18 anos quando entrei pela primeira vez no Registo Civil. Fui com os meus pais e os seus rostos apreensivos não me deixava descansado. Iriam divorciar-se? Demorei pouco tempo até perceber que estavam ali por minha causa. A possibilidade de ser adotado cruzou a minha mente, mas a realidade não me passava pela cabeça. O homem baixo e calvo que estava sentado por trás da secretária exibiu um sorriso franco enquanto me explicava que a minha existência, todos os 18 anos, tinha sido uma farsa. Os culpados? Os nossos antepassados, que arruinaram o planeta ao ponto dos poucos humanos que sobreviveram se terem de esconder em complexos, muitos deles em cavernas, num ciclo que se completava depois de milhares de anos – os nossos antepassados também tinham vivido em cavernas, mas não pelos mesmos motivos. No nosso caso, os corpos eram mantidos num coma induzido e as mentes habitavam um ambiente simulado. As máquinas garantiam o nosso sustento.
Aos dezoito anos, os habitantes da chamada V-realidade tinham a escolha entre continuar na simulação ou optar por uma realidade crua fechados num edifício. Poucos optavam pela desvirtualização. Eu decidi ficar, após alguns segundos em silêncio. Depois assinei o papel e saímos os três para comer um bolo na cafetaria da esquina – os bolos podiam ser uma farsa, mas sabiam bem e era isso que realmente importava.
4
Lembro-me de uma noite ter tido um sonho aterrador. Sonhei que a minha vida era novamente uma farsa e que não passava de um conto escrito e publicado numa plataforma web. Os eventuais leitores comparavam naquele exato instante a V-realidade com o Matrix e escreviam impropérios sobre a pouca imaginação do autor. Este era um dos nossos filmes favoritos, e tenho de reconhecer que a semelhança era muita, mas terminava no essencial: no nosso caso, não há confronto com as máquinas. Isso era um expediente de Hollywood, destinado a aumentar o interesse dos espetadores. Na V-realidade o que estava em jogo era a sobrevivência da espécie e as máquinas tinham um papel primordial para garantir a nossa existência. Pensar que corpos humanos podiam ser usados para gerar energia elétrica era uma aberração. Contei o meu sonho a Inês e ela riu-se.
– És um parvo, amor.
5
Na Realidade, quando dois amantes decidem viver juntos, há sempre o dilema das casas. No nosso caso havia o problema acrescido do apartamento dela ser o atelier onde pintava e do estúdio que eu tinha na minha casa. Na Realidade isto teria sido problema, mas na V-realidade bastaram 5000 créditos para que as duas casas se juntassem numa moradia afastada do bulício do centro da cidade. O sistema de créditos garantia que ninguém passasse o tempo a fazer alterações. As pessoas eram remuneradas pelo seu trabalho e quando necessário podiam usar esse dinheiro em adaptações.
6
Para algumas pessoas, a experiência da V-realidade era mais radical. Pouco tempo depois de casarmos, tive um exemplo disso. Filipe era cientista. Tinha sido meu colega de escola, nos tempos em que ignorávamos a farsa que vivíamos. Ele desconfiava, com o seu sentido mais analítico do que o meu, que estava mais ocupado com raparigas, álcool e música. Encontrei-o por acaso e convidou-nos a ir jantar com ele. A Inês achou a experiência fascinante, mas a mim deixou-me francamente agoniado. A V-realidade de Filipe não tinha a menor ligação com mundo físico. Vimo-nos mergulhados em simulações de experiências e em viagens a outros planetas. Ele fazia parte do grupo que tentava encontrar uma via para salvar a humanidade, aquilo que o comum dos mortais denomina simplesmente de Solução, que podia passar pela correção da atmosfera da Terra ou pela viagem a outros planetas. Qualquer que fosse a versão, copiando a Natureza (que demorou milhões de anos a criar o planeta perfeito) ou plagiando os seis dias da versão divina, o trabalho da equipa de Filipe era fodido (na minha opinião) e inspirador (na opinião de Inês, que pintou três quadros sobre o assunto).
7
– Porque estás tão contente? – Perguntou ela. Estávamos no topo do edifico mais alto da cidade a observar o pôr do sol. Mostrei-lhe a mensagem que tinha recebido no smartphone. Na Realidade, uma máquina estava a fazer-me uma colheita de esperma. A sensação era delirante e não me consegui conter no momento do orgasmo. Inês olhou em volta, para tranquilizar as pessoas que tinham estranhado o meu comportamento.
– Estou a ser enganada por uma máquina. Não quero saber mais de ti.
– Tu sabias que isto ia acontecer. Assinamos juntos os papéis da parentalidade.
– Artur, assinámos há três horas apenas!
Naquele momento ela recebeu uma mensagem. Estava a ser feita a inseminação artificial.
– Dizias, querida?
– Shiu… –, Inês tapou-me a boca com a mão e enroscou-se nos meus braços com um olhar da mais pura malícia – Sabes bem que prefiro o sexo em silêncio.
8
Soubemos da gravidez através de uma mensagem de texto com de uma música infantil que nos fez rir. A acompanhar a mensagem vinha uma pergunta: “Pretende uma gravidez virtualizada?” Se Inês respondesse que sim, ela passaria por todos os estados da gravidez, acompanhando o desenvolvimento do feto no seu corpo real. Se respondesse que não, apareceria apenas um contador decrescente com o tempo que faltava para o nascimento. Sem dores, nem enjoos, nem apetites inexplicáveis. Ela não demorou meio segundo antes de carregar na opção sim, tal como eu adivinhara. Beijei-a ternamente e disse-lhe ao ouvido “Parabéns, mamã…”
9
A mensagem no telemóvel de Inês acordou-me a meio da noite. Ela dormia a meu lado, em paz. Há algum tempo que não a via dormir assim, mas acordei-a de qualquer forma.
– Deixa-me dormir, Artur!
Limitei-me a mostrar-lhe a mensagem de texto que vinha acompanhada por uma imagem de uma ecografia onde era perfeitamente visível um feto e o azedume foi prontamente esquecido.
– Olá, Hugo. – Disse ela, ternamente, passando o dedo pelo visor como se estivesse a acariciar o filho. O nome já tinha sido escolhido há muito. Era o nome do falecido pai de Inês.
10
«Se eu soubesse, tinha carregado na opção “não”.»
Inês repetia está frase todos os dias, enquanto esperava impacientemente que os dias passassem. A mulher magra tinha ganho a forma de uma bola de futebol que corria para o quarto de banho de dez em dez minutos. Diziam que os enjoos passavam no final da gravidez, mas no caso dela só pioravam.
11
Compus uma música no nascimento do meu filho. Inês tinha desaparecido. Isso acontecia na V-realidade quando as pessoas eram sujeitas a algum procedimento cirúrgico. Quando regressou, passados alguns dias, chamou-me a uma sala do hospital. O Hugo ali estava, na incubadora. Contei seis bebés além dele, com os respetivos país babados à nossa volta, com os rostos ansiosos colados ao vidro. Estariam na incubadora durante seis meses como imagens virtuais dos bebés reais. Só depois seria ligado à V-realidade. Inês ansiava por esse momento. Considerava o nosso filho como sendo a sua maior criação.
12
Sentimento estranho: sei que o meu filho está a ser submetido a uma operação cirúrgica para lhe introduzir a sonda neuronal que o ligará para sempre à V-realidade. Imagino o seu pequeno corpo numa cápsula, com as suas funções básicas sustentadas por máquinas. É uma farsa, mas uma farsa necessária, e nós como país temos o dever de a continuar. Até que ele atinja os dezoito anos, não devem haver alterações à V-realidade. Acabaram as viagens para a nossa praia privada. Inês não se importa. Ela agora é uma extensão do filho, numa ligação que existe desde o início dos tempos e que se propaga mesmo aqui, na virtualidade.
13
O Hugo tem sete anos quando lhe compro a primeira guitarra. Quando for grande quer ser astronauta, e músico e cientista e conhecer o mundo. Aprendeu a ler. A mãe quer ensinar-lhe a pintar e a desenhar, mas não é a sua praia.
14
Pai, o que é a V-realidade? Hugo tem dez anos quando nos faz esta pergunta. Diz que leu num website que vivemos num mundo virtual. Apresso-me a dizer que são fake news. Depois, já sozinho e quando consigo recuperar a calma, vejo com alívio que o website já tinha sido retirado da Internet. Sei que a nova geração tem acesso a muito mais informação do que a nossa e duvido que ele chegue aos dezoito anos no mesmo estado de ignorância dos pais.
15
18 anos feitos. Recebemos a carta para nos dirigir-nos ao Registo Civil com ele. O homem que fala com Hugo é o mesmo que falou comigo. Está praticamente na mesma, muito embora se note na rapidez do seu discurso a passagem do tempo. Hugo recebe a novidade sem grande admiração. Assinou o documento e fomos comemorar com uma ida à nossa praia privativa.
16
Hugo tem 22 anos e estuda na Universidade. Quer ser professor de Ciências. Inês tem desaparecido misteriosamente. Por vezes, mais do que um dia. A resposta surge numa mensagem de texto, a mais dolorosa que recebi na vida depois da notícia da morte do meu pai: Inês tem um tumor no cérebro. É uma massa ainda pequena, pelo que a esperança de vida é grande. É submetida a uma operação e começa a fazer sessões de quimioterapia. Nesses momentos ela torna-se apática, uma sombra da Inês que eu conhecia.
17
Susana entrou na nossa família de repente. É uma rapariga alta, com a pele sardenta e um longo cabelo da cor do fogo. Ela e o Hugo estão apaixonados. O ciclo fecha-se. Inês está cada vez mais fraca. Pede para falar comigo a sós. Não que morrer na V-realidade e quer optar pela desvirtualização.
– Eu vou contigo. O Hugo fica bem.
Ela sorri. Não esperava outra resposta da minha parte.
– Vais ficar sozinho, quando eu morrer.
– Tenho as nossas recordações. Não te preocupes, amor.
18
Não há regresso possível depois da desvirtualização. A sonda neuronal é cortada num procedimento cirúrgico rápido.
Acordo numa cama. Sinto-me estranho. Mal consigo levantar os braços. A cabeça arde de dor. Um robot com a forma quase humana pega no meu corpo raquítico e coloca-me cuidadosamente numa cadeira de rodas, como se fosse feito de porcelana – a diferença, conforme me indicariam os médicos, não seria muita. Observo os meus braços e as minhas mãos. São tão finos que parece que se poderiam desintegrar a qualquer momento. Assumo com um negrume na alma que a ideia de conseguir tocar guitarra na Realidade tem de ser posta de lado, pelo menos por enquanto.
O robot empurra a cadeira para o exterior. Passo por algumas pessoas de aspeto simpático. Noto que os sorrisos são muito mais bonitos na Realidade do que me lembrava na V-Realidade. Ela está num salão com vista para um deserto, também numa cadeira de rodas e com o corpo ainda mais débil do que o meu. Tinha pouco cabelo, por causa dos tratamentos, mas o olhar ainda mantinha a mesma paixão.
– É lindo. – Disse ela numa voz fraca, quase inaudível, a mão levantada e apontar para o exterior. O deserto em que se tinha transformado o Amazonas era, de facto, bonito, com os seus tons vermelhos e castanhos. Dei-lhe a mão. Senti-lhe a pele quente e os ossos salientes. Ela sorriu e eu senti que estava em casa.
19
Demorei alguns anos até conseguir tocar guitarra, nunca conseguindo o mesmo nível que tinha na V-realidade. Pelo menos tentei, para descargo de consciência. Tocar era a única coisa que tinha para fazer, agora que Inês partiu. Por vezes troco mensagens com Hugo. Ele diz que tem saudades minhas e que se foi abaixo com a notícia do falecimento da mãe.
20
Recebi hoje uma mensagem do Hugo com um código numérico. Mostro-a ao robot de serviço, ele pede-me para o acompanhar até a uma rede de galerias onde conseguia ver os casulos onde estavam os corpos reais dos habitantes da V-realidade. Sigo-o até uma divisão onde estava três casulos. Reconheci o meu filho e a esposa, com tubos que os ligavam às paredes do casulo. No terceiro casulo, ainda aberto e desprovido de tubos, estava o meu neto recém-nascido. Peguei nele ao colo, tirei uma selfie com ele e, emocionado, mandei-a ao meu filho.
Fim
Olá escritor(a). Parabéns pelo seu conto.
TÍTULO: A Desvirtualização
GÊNERO:
[ x ] Ficção Científica
RESUMO: A vida de um casal que vive em um mundo de realidade virtual enquanto seus corpos são mantidos em coma induzindo.
ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA: Tomei como princípio não comentar sobre a ortografia e gramática quando o texto estiver em português europeu. O motivo? Minha incompetência para avaliar um português que não conheço bem. Decidi isso quando li a palavra “espetador” e achei que fosse “espectador” escrito errado, mas é “espetador” mesmo. Então, para evitar alguma injustiça decidi ignorar a gramática e ortografia dos contos em português europeu, salvo erros gritantes.
O QUE ACHEI DA HISTÓRIA:
O conto é descaradamente inspirado no filme Matrix e o narrador chega a comentar sobre essa conclusão.
Mesmo sendo inspirado em Matrix o que incomodou é que se fala em dois grupos: os que vivem na realidade virtual e os que vivem em coma alimentados por máquinas.
O aparente erro de lógica é que quando decidem sair da virtualização iriam para o coma, mas já estariam no coma se fossem virtuais. Também não tem lógica o corpo físico doente fazer a cópia sumir no mundo virtual.
Desejo sorte e torça por mim também. 🙂
Abçs.
Resumo: Inês e Artur vivem numa realidade virtual, com seus corpos reais ligados a máquinas, em casulos. Ambos têm plena consciência disso, mas estão conformados e confortáveis com essa existência. São casados, têm um filho, Hugo. Um dia Inês recebe a notícia de que está doente. Ela e Artur decidem se desvirtualizar, isto é, voltar à realidade, onde são cuidados por robôs. Do outro lado, Artur descobre-se atrofiado; Inês morre. De longe ele vê o casulo do filho, na nora e do neto.
Impressões: Claro que a associação com Matrix é inevitável, mas o autor se desvencilha bem disso ao admiti-la e, com inteligência, demonstra a diferença. Afinal, nem mesmo Matrix era original, já que a ideia de vivermos em realidades paralelas (ou virtuais) é mesmo antiga.
O conto me agradou porque tem um estilo próprio, seco, direto. É uma prosa que aparentemente se mostra burocrática, mas que, talvez por isso, soa melancólica. A vida é mesmo uma enganação em que preferimos acreditar. Essa é a mensagem que perpassa todas as linhas e que nos leva a inquirir até que ponto não é mesmo verdadeira.
Gostei da ambientação, dessa aceitação que se vê nos personagens, que agem com naturalidade existencialista ante a atos simples, como viajar, comer, ter um filho, registrar-se nos cartórios. Digo existencialista porque há aí uma espécie de conformismo, de aceitação estoica que os transforma em espectadores de seus dias. Provavelmente por isso o conto fica ainda melhor quando Artur desperta do outro lado. É ali que o conto se descola do universo Matrix e ganha cores próprias, com essa melancolia onipresente ainda mais forte, culminando com a visão dos casulos do filho, da nora e do neto.
Enfim, é um conto perturbador e que leva à meditação, algo que é essencial numa boa literatura. Parabenizo o autor e desejo boa sorte no desafio.
Resumo: É a estória de um homem que conta suas memórias numa realidade virtual onde conhece a mulher que se torna sua esposa, a mesma fica gravemente doente e eles, através da desvirtualização, deixam a realidade virtual para viverem no mundo real que foi parcialmente destruído pela própria humanidade.
Considerações: Eu gostei da estória. Pareceu-me um pouco confusa em alguns pontos, mas pelo menos não fugiu do tema. A escrita é boa, notei poucas falhas de revisão. Gostei da forma como abordou “Matrix”, sem querer ou não, acaba fazendo uma referência ao filme. Boa estória. Boa sorte!
Oiiii. Um conto que fala sobre uma realidade simulada e dentro dessa v-realidade é narrada a história da Inês e seu amado, assim como Hugo o filho deles. A história passa por vários momentos da vida deles, e perto do fim fala da decisão da Inês de se desligar da realidade simulada devido a ela está doente e não querer morrer naquela realidade, o Artur a apoia e vai para a realidade com ela. E no final, que achei muito lindo, o ciclo se fecha e ao mesmo tempo se inicia novamente com o nascimento do neto deles. Gostei bastante de como a narrativa foi sendo construída e de como mesmo em uma realidade simulada o amor continuava sendo muito real. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.
RESUMO: A vida de um casal que nasce e vive numa espécie de realidade virtual, desde sua maioridade até o nascimento de seu filho e da morte de um deles.
COMENTÁRIOS: Um bom conto, bastante original na sua premissa, já que geralmente, as pessoas não sabem se estão ou não na realidade virtual. Apesar do pano de fundo científico, a história é a de um casal normal, há poucas diferenças entre a vida deles na V-Realidade de como seria na realidade, então apesar da originalidade, acho que faltou ambição na história, algo diferente. Também não ficou bem claro o motivo de existir tal realidade virtual.
Os personagens me pareceram apenas genéricos, não tive empatia com nenhum, apesar disso, a história não é enfadonha, tem um bom ritmo.
Há alguns deslizes na gramatica, mas nada que incomode.
Um conto interessante, com uma ideia original, mas acabou ficando aquém do seu potencial ,se limitando a mostrar a vida comum de um casal, assim como qualquer outro.
A desvirtualização
Resumo: O texto, separado em 20 tópicos, revela um cenário surreal. A desvirtualização parece ser um outro nome escolhido pelo autor para configurar um novo recomeço. Não sei se, de fato, esta é a real intenção do autor. Os trechos não seguem uma ordem cronológica. Aparentemente o texto 1 mescla-se ao texto 3 onde ele cita sobre o então casamento com a sua amada Ines. Outros tópicos se assemelham. Quanto a V-realidade, embora seja radical para alguns personagens, tudo parece relativamente perfeito.
Ponto forte: Genero Sci-Fi bem explorado. Revela uma realidade que parece citar fases de uma mesma vida. O título é bem convidativo.
Ponto Fraco: A organização das ideias narradas. Confesso que li uma, duas, três vezes para entender. No final, não sei se entendi completamente. Algumas frases parecem não ter conexão. Algumas palavras tipo: facto, riu-se, por que estas, me remetem a pensar que o narrador buscou usar de uma linguagem mais formal, mas, não sei se casam bem ao formato de texto escolhido. Evidentemente, isto é bem pessoal.
Comentário geral: Este tipo de ficção é fantástico. Descreve-lo não parece fácil, por isso, utilizaria de termos menos ilustrativos para narrar certos fatos. Talvez, isto deixasse a leitura um pouco mais fluida. Espero que não interprete mal minha analise pessoal.
Olá, autora ou autor. Seguem resumo e meus comentários sobre sua história.
RESUMO
Artur e Inês são um casal de se decide pela desvirtualização, um processo a lá Matrix em que as pessoas saem de mundo utópico gerado digitalmente (a V-realidade) e são expostas à realidade: um planeta decadente e escasso de recursos onde os seres humanos vivem em locais confinados.
Após essa apresentação, somos levados à flashbacks contados por Artur e que nos mostram a vida dele e de Inês desde que se conheceram, sua evolução como casal, sua reprodução (sob a forma em que as coisas aconteciam ali, por extração de esperma e inseminação artificial), o nascimento e criação do seu filho.
Ao final, somos apresentados ao motivo da decisão do casal no início do conto, o fio da vida cobra seu preço e o eles decidem por passar o tempo que resta na Realidade. Inês morre e Artur passa os dias a tentar tocar guitarra e trocar mensagens com seu filho. O capítulo final inicia um novo ciclo de vida, com o nascimento do neto de Artur, e uma selfie para registrar o momento.
MINHA OPINIÃO
Do ponto de vista técnico, a narrativa primorosa. Há certo estilismo no português não brasileiro que me agrada muito. É bonito de se ler!
Também gostei da estrutura em breves capítulos, ficou bem condensado com a história num todo e as quebras não permitiram que a narrativa se tornasse cansativa.
A história em si me agradou bastante e certamente você me pegou quando citou Matriz justo no momento em que eu estava fazendo um paralelo com o filme. Boa sacada.
O ciclo de Artur, Inês e Hugo se fecham lindamente e você conseguiu demonstrar de forma bastante clara como funcionam as coisas no seu mundo utópico/distópico.
Parabéns!
O relato se dá em uma família de pai, mãe e filho, onde a era tão avançada que a gravidez poderia ser opinada por ser real ou virtual. O interessante que tanto o pai quanto ao filho ocorrem a desvirtualização.
Comentários: Os conto em capítulos, mas creio não ser necessário, poderia ser escrito em um único capítulo.
Resumo “Desvirtualização”: o conto centra em eventos rotineiros pautados num futuro onde duas realidades coexistem: a Realidade e a V-Realidade. Acompanhamos o desenrolar das vidas de Arthur, Inês, Hugo, dentro dessa ficção que aborda questões de natureza humana e finitude (desvirtualização).
Considerações: o trabalho se encaixa perfeitamente na temática de ficção cientifica.
O tema de realidades alternativas, ou realidades expandidas, é bem batido no meio; porém o(a) autor(a) soube conduzir com segurança o enredo.
Algumas expressões me soaram muito forçadas como “(…) No sétimo andar uma jovem funcionária atendeu-nos a mascar chiclete que exalava um cheiro nauseabundo”.
É um conto bom, mas que não fez a minha cabeça por tratar-se de um tema extramente recorrente.
RESUMO: A vida de um casal que nasce e vive numa espécie de realidade virtual, desde sua maioridade até o nascimento de seu filho e da morte de um deles.
CONSIDERAÇÕES: Um bom conto, bastante original na sua premissa, já que geralmente, as pessoas não sabem se estão ou não na realidade virtual. Apesar do pano de fundo científico, a história é a de um casal normal, há poucas diferenças entre a vida deles na V-Realidade de como seria na realidade, então apesar da originalidade, acho que faltou ambição na história, algo diferente. Também não ficou bem claro o motivo de existir tal realidade virtual.
Os personagens me pareceram apenas genéricos, não tive empatia com nenhum, apesar disso, a história não é enfadonha, tem um bom ritmo.
Há alguns deslizes na gramatica, mas nada que incomode.
Um conto interessante, com uma ideia original, mas acabou ficando aquém do seu potencial ,se limitando a mostrar a vida comum de um casal, assim como qualquer outro.
Um abraço!
A Desvirtualização
Resumo: Artur conhece a Inês num show em que tocava guitarra, não era a primeira vez que a enxergava alí, mas foia primeira vez que pode se aproximar. Eles vivem numa realidade virtual prima da Matrix, mas essa aqui é chamada de V-realidade. Se casam e através de uma msg de texto, recebem a confirmação da gravidez. Hugo nasce e é uma criança mantida dentro de um casulo por máquinas e conectada a V-realidade por uma sonda neural. Na V- realidade, Hugo é curioso, inquieto, esperto. Segue a vida e enquanto Hugo decide se tornar professor, Inês desenvolve um câncer e é quando decidem fazer a desvirtualização e se descobrem humanos, frágeis ao tempo, ao meio ambiente e a vida.
Considerações: O (a) autor (a) em dado momento chega a fazer um mea culpa, desnecessária, a meu ver – por possíveis semelhanças entre a sua história e o enredo de Matrix – o filme. Para mim é outra história, outra situação, aliás muita próxima de que vivemos hoje, já somos escravos de celulares e cada vez mais guiados pelos algoritmos da inteligência Artificial, daí para um mergulho no virtual é só esperar os próximos passos que a humanidade dará. Ficou confuso e talvez, eu tenha que reler para entender melhor o capítulo 06 – das teorias para salvação da humanidade. Se puder explicar-me melhor? No mais um conto que tem seu ritmo e nos faz refletir sobre futuros possíveis.
Conto de ficção científica que narra a vida de um casal que vive no futuro numa realidade simulada chamada de V-realidade. Aos dezoito anos de idade todo cidadão é informado desta condição virtual e tem o direito de escolher em continuar ou ser desvirtualizado e continuar o resto do seus dias dentro de edifícios.
É um bom conto. Tem todo o climão Scfi e tá bem escrito. Não percebi erros gramaticais ou ortográficos. A divisão caiu bem, para dar a frieza necessária que os contos de ficção científica normalmente tem. Não sou muito de ler Scfi, gosto mais dos filmes. Inevitavelmente lembramos de Matrix, e achei bem engraçado o autor fazer uma mea-culpa quando sonha que estava sendo criticado pela falta de originalidade. Mas, sim, não foi muito original. Achei a trama simples e bem trabalhada, a narrativa é boa, contudo, nada excepcional ou muito empolgante, e teve um final que tentou emocionar, mas que a mim não emocionou. Boa sorte no desafio.
Resumo:
Um casal entra no RC e pede para ser desvirtualizado. Voltamos no tempo e vemos como o casal se conheceu, ele é um guitarrista nervoso (no sentido de ser o tal, ou não, porque ele tava tocando num bar), ele chega chegando na pequena, faz o lance de pagar uma bebida, ela corresponde, faz uma macumba tecnologica e eles se teletransportam. Depois vemos a vida deles, sabemos que vivem num mundo virtual estilo matrix, aí tem a quebra da quarta parede, eles tem um filho, eles mentem pro filho, eles tem câncer, eles saem do mundo virtual, eles morrem (só a mulher, mas queria manter o embalo), eles tem um neto e fim.
Comentários
Interessante a ideia, não tem como não associar com matrix e você já se antecipou e fez isso por nós, só achei as explicações meiotas. O mundo virtual não foi criado pela dominação das máquinas e sim para salvar a raça humana? Salvar como? Aparentemente qualquer um pode sair do mundo virtual e viver no real tranquilamente, então pra que o virtual? Questão do meio ambiente? Espaço? Não ficou claro.
Eles podem optar por sair aos 18 anos? Fiquei pensando no gasto absurdo e desnecessário de dinheiro pra fazer uma criança viver ali 18 anos pra ela escolher ser desvirtualizada. É o futuro e fazer isso custa um vintém? Mas se a tecnologia é tão avançada a ponto de enfiar um tubo na cabeça de um recém-nascido, não consegue curar um câncer? Por que mentir só por 18 anos? Uma coisa é omitir outra é mentir na lata, como o pai fez. As crianças não ficariam putas e virariam terroristas?
São essas questões que não gostei no texto.
As coisas boas, você escreve bem, consegue tecer uma narrativa interessante. O fluir do texto é agradável e bem tranquilo de ler. Os personagens foram bem montados ainda que num espaço curto. Percebi alguns erros de gramática, mas nada que prejudique o entendimento. A história é boa, mas acredito que o espaço curto do desafio prejudicou bastante a história, muitas coisa que podiam ter sido abordadas, mas que ficaram de fora.
Eu gostei do texto, cumpriu o desafio.
Cá estou eu impressionado com a sua história. Sem dúvidas que se trata de um enredo bem interessante. Parabéns. Do que não consegui gostar, Arturinês foi do fato de que faltou à sua narrativa um último passar de olhos antes do envio. Sim, há alguns detalhes clamando por uma revisão. Gostei do seu sotaque lusitano ao me contar a história. Meu abraço, Fernando.
No início achei o texto meio confuso, como não poderia deixar de ser, dada a forma como a história é contada. Mas conforme fui lendo, fui compreendendo e gostei da sua ideia. Observei alguns erros gramaticais, mas o texto é bem escrito. Parabéns.
Resumo: Personagens têm suas vidas desenrolando-se numa “realidade” virtual, mas ganham, a partir de uma certa idade o direito de se desconectar desta simulação e viver no que resta da Terra real.
Comentário: Tenho a impressão de que escrevestes esta narrativa em solo Portuguêiixxx. kkk
Agora sério: É um excelente conto! E a ideia da metalinguagem na quarta parte foi tão bem bolada, na minha opinião, quanto, a de não escrever uma história linear.
Você conseguiu dar encanto às pequenas amostras de uma vida comum, feita de cado a rabo por momentos deliciosamente triviais. …tirando o fato dela se passar numa simulação computadorizada.
Também apreciei o uso repetitivo da palavra “Realidade” no seu texto.
Era como se cada vez que ela aparecesse viesse junto à pergunta: “Que raios é isto, afinal?”
E o final foi TÃO agridoce, que não consegui me decidir se achava feliz ou triste.
Está de parabéns!
RESUMO: Conta a história de um mundo futurista, onde as pessoas vivem em uma realidade virtual. O casal, por motivo de saúde da mulher, opta pela desvirtualização, mas, ainda assim, no mundo real, é possível manter contato com as pessoas virtualizadas.
CONSIDERAÇÕES: Gostei pra dedéu! No início achei complicado de entender, mas é uma ficção show de bola, com um final surpreendente. Se o autor(a) não for português(a), pelo menos soube disfarçar muito bem, porque a linguagem utilizada é em português lusitano, o que dá um brilho a mais à narrativa.
Percebi alguns acentos onde não caberiam (acento agudo em “pais”, por exemplo), o que dificulta uma leitura rápida, mas com um pouco de atenção percebe-se que foi apenas um acento que se deslocou e foi parar no lugar errado.
Consideração final: Caro contista, considere desenvolver e escrever um livro sobre o tema. Daria uma história muito bacana, quiçá um filme de ficção digno de Netflix.
kkkkk achei engraçada a historia!
sou péssimo a fazer resumo mas vamos ver se deixo aqui alguma nota:
Obviamente trata-se te um texto sobre realidade virtual, e tenho imprensão que os voluntários todos carecem de alguma doença na vida real.
O que não percebi muito bem, como as pessoas estão ligadas até fisiologicamente tanto na realidade como na vida real?
Caro(a) escritor(a)…
Resumo: Um mundo virtual onde se pode optar em ficar nele ou viver na realidade.
Uma ficção científica bem cuidada. Frases curtas que dão mais movimento à leitura. Não há repetições de palavras, nem rodeios. Não percebi ideias repetidas. Português de Portugal?
Seu conto lembra mesmo Matrix, mas há um tom diferente nele. É melancólico e nos leva a questionamentos estranhos e profundos ao mesmo tempo – a começar pela nossa condição de ‘ser que escolhe’, passando pelas questões da geração da vida, manutenção da mesma, preservação dos sentidos e sentimentosUma narrativa da vida, lógico, mas com uma pitada de criatividade a mais. Um belo conto.
Boa sorte no desafio.
Num mundo pós extinção de recursos básicos à sobrevivência, os habitantes tem de fazer a escolha entre viver de forma simulada ou manter-se presos a uma vida real desprezível.
Gramática – Não consegui entender se a pontuação (á) tem relação com um possível sotaque ou é uma simples desconfiguração no texto.
Pontos fortes –
1 – O enredo – bastante bem construído, alternando frieza da realidade virtual com altas doses de sensibilidade. A forma de separação entre as partes foi bem vinda, no sentido de completar aos poucos os pedaços faltantes.
2 – A fluidez da linguagem – Muito bem escrito. Li em voz alta e foi bem gostosa a leitura, com alternâncias entre narração e diálogos na medida certa.
3 – O final – Bastante sensível, contrastando com a frieza da realidade virtual.
Pontos a melhorar
1 – As 2 primeiras frases – Num conto, as primeiras palavras são decisivas para despertar o alto nível de curiosidade. Nesse caso, e na minha visão, você torna um pouco repetitiva a informação sobre a “firmeza de Inez”. Poderia dizer em poucas palavras, ainda assim essa não me parece uma informação tão relevante para a compreensão do todo no conto, a ponto de ser descrita com tanta veemência.
2 – Optar por descrever emoções ao invés de dizer “a voz de emoção” ou “praia aparentemente deserta” o que seria? o que você não viu na praia que a torna deserta?
3 – Na fala em que você explica que o guitarrista citado anteriormente é na realidade o protagonista – Essa explicação desvirtua um pouco, a meu ver, do ambiente de alta subjetividade do conto. Para mim, bastaria dizer no início algo como “ajeitei no flanco a guitarra (ou uma marca dela) e toquei os primeiros acordes de The scientist por ex” e depois utilizar o diálogo muito bom “Parece que a minha companhia não gostou da sua música.” e o sentido ficaria completo.
Desculpe pelos palpites exagerados no seu texto. Mas gostei muitíssimo. Uma grande história.
Boa tarde, amigo. Tudo bem?
Conto número 5 (estou lendo em ordem de postagem)
Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.
Vamos lá:
Resumo: relato da vida de um homem (e sua família), numa realidade virtual. Num mundo devastado, foi criada uma realidade virtual para as pessoas viverem longe da destruição do mundo. No fim, homem e esposa decidem abandonar o mundo virtual e viver a realidade, ainda que destruída.
Comentário: Gostei bastante! Ainda que seja uma ideia já bem trabalhada, como o próprio autor teve a preocupação de ressaltar, você conseguiu trabalha-lo de forma interessante, apresentando uma boa história.
Vamos por partes. A estrutura fragmentada ajudou bastante na condução do conto, facilitando a passagem de tempo. Gostei de como os trechos são curtos, achei que deu um dinamismo à história.
O enredo foi bem interessante, pra mim. Achei o conto muito curioso. O fim, particularmente, é muito bom. Não me refiro ao trecho final, em si, mas a todo o desfecho, desde que eles saem do mundo virtual.
Além disso, senti bastante uma pegada de crítica social que me agradou. Primeiro, a questão da destruição ambiental e suas consequências. Achei bem forte a ideia da floresta amazônica transformada em deserto.
Outra questão que senti foi a ideia de que vivemos numa ilusão, e nos recusamos a sair dela. Concordo muito com isso. Não necessariamente quer dizer que vivemos num mundo falso, virtual. Mas, de certa forma, vivemos uma série de mentiras, sempre negando a realidade e escolhendo o conforto da ilusão. Sair desses parâmetros e padrões sociais é uma decisão difícil e dolorosa.
Também achei interessante que o conto pareceu apresentar uma espécie de “capitalismo 3.0” kkkkkk. Mesmo no mundo virtual, é criado um tipo de moeda pra manter as pessoas presas a um sistema, evitando que sejam totalmente livres. Alguma semelhança com a realidade? Rsrs.
Um coisa que não gostei foi a quebra da parede. Esse recurso, às vezes, cai bem. Eu mesmo sempre tenho vontade de usar hahahah. Porém, devo dizer que não gostei muito disso no seu conto, e acho que podia ser tirado sem problema. Me pareceu um ruído na comunicação, sabe? Tipo quando você tá ouvindo um disco e dá aquele arranhado… lkkkkkk
Senti que você ficou muito preocupado com as críticas, que poderiam julgar que você copiou a ideia, e já preferiu se defender. Mas acho que não era necessário. Enfim, isso é opinião pessoal.
Resumindo, gostei mesmo! A ideia de escolher a realidade, em vez de se manter numa ilusão, soou muito bem.
Parabéns, e boa sorte!
Boa tarde!
Conheceu uma mulher no bar em circunstancias mal explicadas, onde a fulana entrou num “bar”, que depois foi chamado de sala, onde um guitarrista fazia um solo, o bar estava lotado, mas não tinha descrição das outras pessoas. Depois foi para uma espécie de cartório e um funcionário informou que os corpos viviam numa espécie de máquina, “tipo matriz?” Depois foi comer bolo na cafeteria de esquina imaginando que o bolo poderia ser uma farsa. Sonhou de novo lembrando que a vida é uma farsa, “se repedindo de mais no discurso”, “Imitou grandão o filme Matriz”. (Na realidade que não se sabe se é realidade as pessoas gastam créditos num sistema usando o dinheiro e usar adaptações.) Esse trecho em parênteses não explica nada. Depois aparece Felipe um amigo de escola, a seguir começou a falar do trabalho de Felipe (fodido) nesse trecho narrador se perde no discurso e fala um palavrão, desnecessário. Opa, agora entraram num prédio que tem uma máquina que colhe esperma, a mulher engravidou, Artur apareceu, depois Hugo, bem não explicou nada com nada nesse trecho. (Inês repetia essa frase todos os dias) em que tempo está o personagem? Agora o narrador se tornou compositor, “qual o motivo de ter escrito isso?”, Inês tinha desaparecido, essa realidade tem que ser melhor explicada, o bebe vai ser operado para socarem nele uma sonda neural, no fim tira uma foto e manda ao filho.
Não gostei da história, para mim faltou originalidade, o teor é amarrado e não flui. Tem erros: “volta atrás”, “lançando-me a mim”. “O meu Gin chegou” Seu gim chegou sem ser pedido? “mas eu não era machista”, para que dizer isto?