A chuva castigava a cidade, transformando a madrugada em uma noite impiedosa.
Lúcio permanecia de pé sob a água incessante, segurando um guarda-chuvas que o protegia apenas da cintura para baixo. Adiante, a entrada da casa de Ernesto da Silva Neto, mais conhecido na vizinhança como Barril, era apenas um portão enferrujado espremido entre duas casas maiores.
Uma faixa de isolamento e alguns policiais militares separavam Lúcio da multidão de civis e repórteres que tentavam abordá-lo. Ele tentava ignorá-los.
Investigador Lúcio, este é mais um caso do assassino em série?
Investigador, quando a polícia civil resolverá o caso?
Investigador Lúcio… Investigador…
Uma pergunta em particular chamou sua atenção:
É verdade que a vítima era alguém que o investigador conhecia?
Todas elas eram conhecidos meus, ele respondeu para si mesmo, decidindo manter o silêncio. Ninguém sabia daquilo senão ele. Era o que o mantinha acordado nas últimas semanas.
Adiante, o portão da casa da vítima foi aberto por um policial que saía da cena do crime com alguma evidência pronta para ser levada para análise. O portão, que reclamou do movimento com um ranger preguiçoso, permaneceu aberto, revelando um corredor que mergulhava na escuridão e parecia levar a lugar nenhum. Um trovão cruzou o céu e iluminou por uma fração de segundo o limo e a tinta envelhecida na parede. Lúcio dirigiu o olhar para Matheus, seu companheiro de trabalho que permanecia ao seu lado. Ambos souberam, sem trocar palavras, que era o momento de entrar.
Enquanto abriam caminho pela escuridão, o celular de Lúcio vibrou. Ao tirá-lo do bolso o corredor foi parcialmente iluminado pela tela do aparelho, que exibia a foto de sua esposa sorrindo para ele.
Droga, pensou. Esqueci de avisá-la sobre a noite passada.
— Oi Suellen.
— Você não dormiu em casa ontem?
— Desculpa amor. Não te avisei. Passei a madrugada na delegacia.
Suellen demorou algum tempo para responder. Quando o fez, sua voz continha um tom quase imperceptível de alívio, como alguém que acaba de saber que não precisa comparecer a uma festa que não gostaria de ir.
— Eu fico preocupada, Lúcio.
— Olha, eu tenho que desligar. Estou em uma cena de crime.
Lúcio mal podia enxergar Matheus que seguia em frente, os passos de ambos misturados ao som da chuva e muitas vezes abafados pelas poças de água que se formavam por toda a extensão do corredor. A única coisa nítida naquele caminho era a luz no final, que indicava uma curva brusca para a direita.
Do outro lado da linha, Suellen fazia silêncio.
— Olha – ele emendou — eu compenso neste fim de semana. A gente sai para comer alguma coisa.
— Está bem, amor. Se cuida. Bom trabalho.
Lúcio desligou. Após a curva no final do corredor, o casebre de Barril surgia repentino atrás de um vasto quintal. Matheus grunhiu:
— Puta merda.
Era um quintal como muitos outros. Havia um amplo espaço livre, calçado com ladrilhos desbotados que provavelmente datavam de cinquenta anos atrás. Havia uma quantidade razoável de entulhos espalhados por todo canto, como ferros retorcidos e pedaços de madeira. Dois canteiros tentavam quebrar a monotonia do lugar, mas estavam apenas preenchidos com terra; nenhuma planta, nem sequer grama, nascia ali. Boa parte da terra de um dos canteiros havia sido removida para preencher uma cova feita no outro. Uma elevação na lama indicava o local do enterro, mas ela estava revirada: a sujeira espalhava-se para fora do lugar e manchava os ladrilhos, como se o que quer que estivera enterrado ali cavara seu caminho para fora. Uma cruz feita com restos de tábua e mal amarrada com sobras de fio jazia no chão.
O azulejo da varanda na entrada da casa apresentava um rastro nítido de lama que seguia para dentro da residência. Alguns pontos do rastro estavam marcados por pequenas placas amarelas que indicavam algum tipo de evidência. Lúcio marchou para lá, seguido de perto por Matheus.
A primeira coisa que o investigador notou foi o cheiro de mofo e morte. Matheus soltou um suspiro de alívio ao poder livrar-se do guarda-chuvas, mas Lúcio mal se importou com a mudança de cenário. O rastro os levou até a sala e terminou no sofá posto diante de uma televisão ligada. A cena do crime estava ali.
A cabeça, braços e pernas de Barril estavam separados do corpo e estavam pendurados por barbantes que passavam por ganchos encravados no teto. A cabeça girava, os olhos esbugalhados encarando o cenário ao redor. Uma mudança de ângulo revelou uma ferida grotesca na lateral do crânio, de onde saía uma mancha de sangue que seguia até o que sobrava do pescoço. O torso de Barril estava em exibição, colocado metodicamente sobre a mesa de centro como que para lembrar a todos que o visitassem o motivo de seu apelido. A barriga protuberante e endurecida pelos anos de consumo constante de cerveja projetava-se para cima sobre uma poça do próprio sangue. Havia lama no sofá, no chão e nas paredes. Uma pá estava largada ao chão com uma placa amarela ao seu lado. Sua extremidade estava coberta com uma mistura sangue e lama.
O método era sempre aquele: remover da vítima partes do corpo e pendurá-las em barbantes. A primeira vítima, Bárbara, foi encontrada estripada dos olhos e dos silicones que usava nos seios.
Bárbara…
Imagens de todas as vítimas assomaram-lhe a mente; a de Bárbara em especial. Lúcio fez um esforço para ignorar os pensamentos e seguir com a análise.
Havia raiva ali, e aquilo era novo. Esta era a quinta vítima daquele assassino, e a primeira em que ele havia expressado algum sentimento. Seus primeiros quatro cenários foram mais organizados. O de Bárbara carecia de certo cuidado já que era a sua primeira vítima e mais parecia um rito de passagem. As outras foram limpas e planejadas.
A cena de Barril, por outro lado, denotava descuido e irritação.
Salvo o método usual dos barbantes, tudo estava feito de qualquer forma: os ganchos pareciam prestes a cair do teto; os cortes não tinham precisão nenhuma; a lama sujava tudo.
— Isso é fodido cara. É muito fodido.
Matheus estava enojado. Era veterano como Lúcio, mas nunca deixava de expressar desaprovação. Ao lado dele, Lúcio se perguntava se não tinha alguma disfunção social. Carecia de reações como a de Matheus e já estava acostumado com aquele cenário há anos.
Ou seriam dias?
Ele nunca investigou um assassino em série antes. Lembrava-se de seu tempo nas ruas, quando participou de sua parcela na invasão de morros e favelas. A carnificina existia, mas nada como aquilo.
Então por quê ele se sentia tão acostumado com aquilo?
— Você me conhecia, não conhecia?
Era a voz de Barril. Pendurada pelo barbante e girando lentamente, sua cabeça balbuciava as sentenças em meio a gorgolejos.
— Você me conhecia como todas as outras vítimas. Esse cara quer você.
A cabeça riu, forçando os ganchos que seguravam sua pele e quase fazendo o barbante ceder. Parte da pele em contato com o ferro se rasgou. Lúcio permaneceu impassível. Notou que os braços e pernas pendurados tentavam alcançá-lo, mas careciam de apoio. Os dedos se mexiam em vão na sua direção. Um trovão rugiu, iluminando os grandes olhos que o encaravam.
— Você me matou.
— Senhor.
Era a voz de um dos policiais. Lúcio piscou os olhos. A cabeça de Barril era apenas uma cabeça morta a girar no centro da sala.
O policial segurava uma folha de papel nas mãos e evitava a todo custo olhar para os pedaços de carne pendurados no teto. Lúcio dirigiu o olhar para ele.
— Durante o levantamento de rotina foi constatado que a vítima ligou para a central de emergências ainda nesta madrugada.
— Isto é a transcrição?
— Sim.
Lúcio pegou o papel e leu imediatamente.
[Central de Emergências: 17/04/2019 02:14AM]
(Atendimento preliminar e aguardo na linha)
[00:00:38]
01 ATENDENTE: Qual a emergência?
02 ERNESTO: Eu acho que matei o assassino que cês tão procurando.
03 ATENDENTE: Desculpe senhor, pode repetir?
04 ERNESTO: Eu matei o cara. Quer dizer, é uma mulher, mas ela tentou me matar então eu matei primeiro.
05 ATENDENTE: Um momento.
(Aguardo na linha)
[00:01:47]
06 TN. MACHADO: Alô, Barril?
07 ERNESTO: Sou eu.
08 TN MACHADO: Aqui é o Tenente Machado. Como cê tá?
09 ERNESTO: Oi tenente. Tô bem, tô bem.
10 TN MACHADO: Cê tá bêbado, Barril?
11 ERNESTO: Tô não tenente.
(conversa ininteligível entre ATENDENTE e TN MACHADO)
[00:03:02]
12 TN MACHADO: E cê matou o cara?
13 ERNESTO: Era uma moça, seu tenente.
14 TN MACHADO: E essa moça tentou te matar?
15 ERNESTO: Uhum.
16 TN MACHADO: Barril, conta pra mim. Cê tá acordado nessa hora, você tá assistindo a luta na TV, não tá? Tá bebendo o quê?
17 ERNESTO: O de sempre. A cachacinha do primo lá do sul, lembra que te falei?
(conversa ininteligível entre ATENDENTE e TN MACHADO)
[00:04:15]
18 TN MACHADO: Ó, Barril, a gente vai mandar alguém praí mais de manhã, umas seis, pra ver se tá tudo bem, tá?
19 ERNESTO: Cê que manda, tenente.
20 TN MACHADO: Vai dormir Barril. Não liga pra gente à toa não, tá? Vai descansar aí. Abraço!
21 ERNESTO: Abraço.
Quando Lúcio terminou de ler, notou que os olhos de Barril o encaravam sem expressão. Inexplicavelmente a cabeça estava inerte agora, fixa na sua direção.
Sentiu Matheus tomando a folha de sua mão e, alguns segundos depois, vociferar:
— Mas que caralhos…? Isso é um absurdo! O tenente ignorou…
Lúcio interveio antes que o discurso continuasse:
— Ele ignorou a ligação de um bêbado famoso nas redondezas e que tinha um histórico de falar coisas sem sentido, além de provavelmente ser portador de alguma disfunção mental que ninguém se deu ao trabalho de diagnosticar. Não sejamos hipócritas. Nós o amávamos por ser engraçado, louco e gostar de beber conosco.
Lúcio dirigiu-se à entrada da casa novamente, cansado da culpa que aqueles olhos mortos lhe conferiam. Matheus andou ao seu lado.
— Mas o que o tenente fez continua errado.
O investigador meneou a cabeça, sem confirmar ou negar a acusação. Parou diante da porta. A chuva e a cova aberta eram a paisagem. Matheus, ao seu lado, acendeu um cigarro. Ainda parecia frustrado.
— Isso aqui tá muito fodido – o investigador não respondeu— Tá achando o mesmo que estou?
Apesar da obviedade das evidências, Lúcio não precisou olhar para a expressão do companheiro para saber que, assim como ele, a conclusão era perturbadora.
— A primeira parte é fácil – ele respondeu — o assassino… assassina… invadiu a casa de Barril e tentou matá-lo. Mas ele era grande e forte, reverteu a situação e matou a mulher. Como não vi nenhum sangue senão o presente próximo ao corpo dele, suspeito que a tenha asfixiado. Então ligou para a polícia. Como demorariam para chegar, ele resolveu fazer um enterro na própria casa. Provavelmente mostraria a cova para a polícia no dia seguinte, orgulhoso do próprio trabalho.
Matheus terminou uma longa tragada, soltou a fumaça pelo nariz e boca, então continuou:
— E a segunda parte?
—A mulher não morreu. Cavou seu caminho para fora, voltou até a casa e terminou o serviço, encontrando, desta vez, um Barril desprevenido, talvez sonolento. Matou-o com a própria pá que a enterrou.
— E a hipótese mais “pé no chão”? Você sempre tem uma.
Lúcio tomou um minuto para pensar. Não desviava o olhar daquela cova.
— Eu não acho que nada diferente do que falei tenha acontecido aqui.
Sua voz soava derrotada. Súbito, notou que não havia nada mais ali para ele. Abriu novamente o guarda-chuvas e iniciou o caminho de volta para as ruas.
— Você quer dizer… que a assassina voltou dos mortos? – indagou Matheus, ainda na soleira da porta.
— Eu nunca disse isso.
Mas, quando olhou para trás e viu os olhos de Barril seguindo seus passos, já não tinha certeza.
Horas depois, na delegacia, Lúcio encarava as fotos das vítimas sem saber o que fazer. Em uma decisão repentina, levantou-se e foi até o carro com o intuito de tirar um horário de almoço prolongado. Precisava pensar; precisava colocar a cabeça no lugar.
Lá fora a chuva havia cessado. Poucos raios de sol atravessavam nuvens cinzentas. Lúcio dirigiu até o restaurante que frequentava em dias estressantes, quando não queria ser importunado por ninguém. Não desligou o carro.
Bárbara.
O nome sempre voltava quando ficava sozinho. Sentia-se amargurado desde a sua morte. Talvez ela tenha sido o estopim para a sua insônia e a dor que pulsava em sua cabeça.
Lembrou-se de Suellen e a culpa pesou no coração. Rumou para casa.
Quando estacionou o carro a cabeça já estava cheia novamente. Além do caso não resolvido, ainda pensava na cena que presenciara mais cedo. Começava a se arrepender de ter ido até lá.
Tarde demais para voltar atrás, ele pensou.
Destrancou a porta da frente, lembrando-se de tirar os coturnos. O estômago roncava. Ouviu a voz de Suellen no segundo andar.
— Amor?
— Sou eu, Suellen. Vim almoçar.
Ele viu os pés descalços descendo a escadaria e, dois segundos depois, sua esposa o abraçava.
— Que surpresa agradável – ela sussurrou em seu ouvido.
Ele sorriu, então estranhou o próprio sorriso, como se o movimento fosse algo que não fizesse há anos.
— Não foi bom o que fiz – ele falou, olhando-a nos olhos — Me desculpe.
O casal se beijou. Lúcio tencionava apenas um toque nos lábios, mas ela separou-os com a língua em um beijo que não dividiam há muito tempo. Quando se afastaram, Suellen soava satisfeita.
— Vou esquentar alguma coisa.
Lúcio ficou impressionado com o sorriso que se manteve eu seu rosto. Ouviu a esposa munir-se de uma faca e começar a remexer as panelas na cozinha. Ele caminhou até a área de serviço, onde gostava de passar algum tempo observando os pássaros nas árvores do quintal. Fechou os olhos e respirou fundo, sentindo o sol tocar-lhe a pele. Ao abri-los, notou as roupas de Suellen largadas no tanque. Estavam sujas de sangue e lama, rasgadas em diversos lugares.
Assombrado, Lúcio se virou mas, assim que o fez, foi recebido por uma facada na barriga. A esposa estava a centímetros dele. Tentou alcançar a arma no coldre, mas ela cortou-lhe os tendões do braço. Ele escorregou em agonia pela parede com um olhar atônito, encarando-a confuso.
— Era esse o olhar que eu queria – ela falou. Tinha um sorriso satisfeito no rosto — Era isso que eu queria o tempo todo. Agora você está me notando, não está?
Sim, ele queria responder, mas o choque o emudeceu. Ele notava agora os hematomas no pescoço da mulher; a pele ainda suja em alguns pontos; o cabelo endurecido de quem havia passado algum tempo enterrada sob a lama.
Ela tentou se limpar, ele pensou, notando-a por completo agora. Mas eu cheguei durante o processo. Como não notei isso?
— Shhhh.
Suellen o acalmava, e ele percebeu que tentava falar algo sem sucesso. Ao sentir o toque suave da esposa em seus lábios, deixou-se tombar ao chão. A visão foi sumindo aos poucos.
A última coisa que viu foi Suellen munindo-se de um grande rolo de barbante.
RESUMO O caso do serial killer que desmembra suas vítimas e usa um barbante. No fim,o serial killer revela ser a mulher de Lúcio, porém ele descobre isso somente no momento de seu próprio assassinato.
CONSIDERAÇÕES Muito bem escrito. Vários elementos minuciosos são colocados na narrativa para tensionar o leitor de maneira precisa, porém, deixou bastante evidente quem era a assassina logo no meio (isso não é algo ruim, é apenas uma observação). Alguns vocativos estão sem vírgula, não que isso seja relevante. A narrativa é interessante e os personagens envolventes. Parabéns!
NOTA 4,7
Resumo
Policial investiga uma série de crimes hediondos em que as vítimas todas apresentam algum tipo de ligação consigo e o assassino parece conhecê-lo bem.
Aplicação do idioma
Observa-se uns poucos erros de pontuação e diversos problemas de verossimilhança tais como “um guarda-chuvas que o protegia apenas da cintura para baixo” e “Um trovão cruzou o céu e iluminou” ou ainda “foi encontrada estripada dos olhos e dos silicones”. De forma geral, o vocabulário é simples, elementar.
Técnica
Narrativa policial típica, estilo condizente e generalista, sem complexidade e uso de recursos mais complexos. Sem traços de personalidade.
Título
Título neutro, sem grande atrativo.
Introdução
Descrições diretas de cenários são lugar comum em narrativas mais antigas, mas já não costumam atrair leitores modernos, em contrapartida, a cena do homem exposto à chuva numa noite urbana soa instigante, ao menos até que se leia “segurando um guarda-chuvas que o protegia apenas da cintura para baixo”. Oras, não consegui imaginar tal situação. A depender da chuva, um guarda chuva pode proteger apenas da cintura para cima, mas da cintura para baixo?
Enredo
A ideia central do enredo é interessante, no entanto a trama é superficial, pouco embasada. A motivação da assassina não fica clara. Falta ao leitor as pistas típicas de contos desse gênero.
Conflito
O conflito existe, é inerente aos assassinatos em série, uma vez que o protagonista é um investigador de polícia, no entanto, as pistas apontam para o risco a si mesmo e esse conflito secundário é pouco trabalhado.
Ritmo
É uma narrativa bastante regular, apesar das pausas que reportam às memórias pessoais e ao episódio anterior, em que a última vítima contata a delegacia. Falta o acréscimo de pistas e elementos que adicionem uma crescente à história, a qual, sem isso, encerra-se um tanto quanto casualmente.
Clímax
Bom clímax, ainda que inusitado, peca antes pela rapidez do desfecho que não se nos apresenta muito razoável. Quais as motivações da assassina? Ciúmes do marido por conta do trabalho dele? Suellen era apenas louca? Não, um conto policial não permite pontas soltas, ao contrário, ele exige pontas que, ao final, sejam amarradas bem sob o nariz do leitor.
Personagens
Os perfis psicológicos, apesar de estereotipados, são bem apresentados. Faz falta, principalmente em relação aos personagens principais, referências físicas que auxiliem o leitor a “visualizá-los”.
Tempo
Apesar do tempo ser bem marcado ao longo da narrativa, faz falta aquelas menções ao passado, trazida por citações diretas, por memórias e reflexões dos personagens, diálogos ou outros. Estas inserções geralmente ajudam a embasar e conceder verossimilhança ao que se conta no tempo presente.
Espaço
As menções aos cenários são quase sempre bem inseridas, de forma relativamente indireta, o que ajuda a fixar a concentração, imaginação e interesse do leitor. De certo poderiam e deveriam ser ainda melhores, mais detalhadas no que tange às cenas de crime que justificariam o gênero terror paralelamente ao policial.
Valor agregado
Eu diria que é meramente um conto de entretenimento. A criminalidade, a violência, o descaso pela vida são apresentados sob uma perspectiva desgastada, nada é realmente novo, nem tão pouco incita a reflexão.
Adequação ao Tema
É fundamentalmente um conto policial adequado ao gênero terror pelo caráter hediondo dos crimes investigados. Eficácia à parte, pode sim ser considerado um conto de terror.
RESUMO O caso do serial killer com barbante.
CONSIDERAÇÕES Muito bem escrito. Vários elementos minuciosos são colocados na narrativa para tensionar o leitor de maneira precisa, porém, deixou bastante evidente quem era a assassina logo no meio (isso não é algo ruim, é apenas uma observação). Alguns vocativos estão sem vírgula, não que isso seja relevante. A narrativa é interessante e os personagens envolventes. Parabéns!
NOTA 4,7
Resumo: Poderia ser só mais uma crueldade em série, mas para o investigador Lúcio não era bem assim, afinal conhecia todas as vítimas. O método era o mesmo, pendurá-las em barbantes. Ao ir para a cena da, até então, quinta vítima, uma novo hipotese surge: era uma mulher. O investigador então volta para casa, sendo recebido pela esposa, Suellen, essa que prontamente se oferece para esquetar a comida. Enquanto ela mexe na cozinha, com panelas e facas, Lúcio vai para a área de serviço, percebendo no tanque roupas da esposa,sujas de sangue e lama. Acaba percebendo quem estava por trás daquilo.
Boa escrita, uma leitura rápida, na medida certa. Um enredo bem apresentado, conseguiu participar do desafio com maestria. Muito macabro, eu diria, e por isso eu odiei. Mas era o certame, você foi bem.
Oiiii. Um conto que fala sobre o investigador Lúcio que está investigando um serial killer que sem que ele saiba é a própria esposa. A história começa em uma cena de crime brutal, em que a vítima de apelido Barril é encontrada desmembrada e no quintal tem indicios de que o serial killer responsavel pelo crime se desenterrou. É analisada uma ligação que o Barril fez para a polícia e Lúcio cria uma teoria com base nas evidencias. No fim ao voltar para a sua casa ele descobre da pior maneira que é a própria esposa que cometeu os crimes e que está pronta para cometer o próximo, dessa vez Lúcio será a vítima. Foi interessante como as peças foram sendo colocadas no seu lugar e principalmente os detalhes que ele não tinha notado antes, como os roxos no pescoço da esposa e o cabelo endurecido. A verdade estava na frente dele, literalmente, mas ele viu tarde demais. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.
Seus olhos (Matheus)
Resumo: Um detetive está envolvido no caso de um serial killer que só mata conhecidos dele. Enquanto investigam, descobrem que o serial killer é uma mulher e quase foi morta por uma de suas vítimas. No final descobrimos que a esposa do detetive é a assassina e acaba matando ele também.
Olá, Autor(a), eu gostei do seu conto… um bom conto de suspense policial, sem muito terror, como eu gosto :D. Achei a escrita bem interessante e o suspense foi habilmente firmado, os personagem são vivos, profundos e muito bem delineados, pra mim essa foi a melhor parte. A cena final, embora já esperada, não deixou de ser impactante. Gostei. Parabéns! Até mais!!
Obs: “segurando um guarda-chuvas que o protegia apenas da cintura para baixo”, não seria “da cintura para cima”? rsrsrsr imaginar o contrário foi engraçado…
Um policial faz uma investigação de assassinato. A vítima era conhecida do policial e era a quinta vítima do serial killer.
Após analisar a cena do crime e as evidências ele chega a conclusão que o homem matou a assassina, ou pensou tê-la matado, que esta retornou e terminou o trabalho.
O policial então volta para casa para almoçar e se sente culpado por não ser tão presente no casamento. No final descobrimos que o serial killer era a esposa dele, ela o mata.
Excelente descrição dos lugares, e dos sentimentos das personagens. Temos a ligação da esposa de Luciano no início do conto e nunca pensaríamos que ela teria algo haver com os acontecimentos macabros.
Achei o conto muito bem construído, envolvente, o clima de suspense e horror bem presente o tempo todo. Me lembrou muito os livros de James Paterson.
Achei maravilhoso o detalhe da transcrição do telefonema que o homem bêbado fez para a polícia, deu pra ver que ele não era levado muito a sério, porém a polícia não se interessou pelo menos em verificar o que ele estava dizendo.
Um conto realmente bem feito e eu só percebi quem de fato era a assassina quando o Luciano chegou em casa e a esposa dele veio toda carinhosa. Não esperava que ela iria matá-lo também, mas foi algo lógico após ele ver as roupas dela sujas com sangue e lama, ou seja, com provas de que ela era a culpada dos assassinatos todos.
Boa tarrrde! Tdo bem por ai?
Resumo: detetive investiga caso de serial killer. Todas as vítimas são suas conhecidas. Chega na cena do ultimo crime e desvenda o acontecimento por meio de uma ligação da vitima para a policia: o homem foi atacado, conseguiu subjugar a assassina, pensou tê-la matado asfixiada, enterrou-a no quinta. Ela nao havia morrido, saiu da cova e o matou. No fim, descbre (da pior forma) que a propria esposa era a assassina.
Comentario:
Cara, é um conto interessante, mas devo dizer que o final foi bem previsível. Mas vamos por partes.
Primeiro, é um bom conto, com uma escrita segura e com uma estrutura que favorece o estilo. Gostei das descrições e dos diálogos, e gostei especialmente da transcrição da ligação do homem. Achei que caiu muito bem!
Sendo sincero, acho que o conto é mais policial que terror. Mesmo tendo acontecido um assassinato bem sangrento, não acho que isso chegue a configurar uma cena de terror. É um suspense policial bem legal.
Quanto ao enredo, é curioso, mas o fato de ter apenas uma personagem feminina (viva), e por ter ficado claro que o relacionamento deles não ia bem, e que ele mantinha relações extraconjugais com uma das vítimas, deixou bem óbvio que a assassina era a esposa dele.
Não que isso desvalorize o conto. Só tira um pouco do suspense e do mistério, deixando o desfecho previsível cedo demais.
Não entendi muito bem a relação do título com o conto, também.
Enfim, é um bom conto, me deixou preso na leitura, que passou rápida, mas que perde um pouco pelo desfecho previsível e me deixou em dúvida quanto a adequação do tema.
Parabens e boa sorte!
Lúcio investiga a mais recente cena de um assassino em série, um bêbado chamado Barril. Todos eram conhecidos de Lúcio o que o perturbava. O diferente dessa última cena é que havia uma cova aberta por onde alguém escapou. Lúcio descobre que essa pessoa é uma mulher. Ao chegar em casa, descobre que a assassina é sua esposa Suelen que matava para ter mais atenção do marido e por fim ela mata ele.
Achei o conto excelente. A tensão bem construída, cenas fortes bem elaboradas, a reviravolta satisfatória (odiaria se o assassino fosse o próprio Lúcio) para tão poucos personagens (se fosse alguém não mencionado seria ruim também). E foi um conto que não tentou usar crianças (o que a essa altura tava ficando chato), e também ficou bem ambientado no Brasil, sem cara de enlatado americano. Muito bom!
A história de um investigador que tem vários amigos seus assassinados e esquartejados por um serial-killer. No final, ele descobre que foi a própria mulher.
O conto tem uma pegada policial bacana, com descrições precisas que dão consistência à trama e ao cenário. Acho que, no caso específico desse texto, a virtude está mais no desenvolvimento do que na conclusão, já que ela me parece um pouco óbvia.
Um policial busca resolver uma série de assassinatos de pessoas conhecidas.
Infelizmente o cenário de chuva logo da introdução sofre uma breve interrupção no “guarda-chuvas que o protegia apenas da cintura para baixo”, tentei imaginar isso por um tempo. Mas o texto se recupera muito bem e é o conto mais visual que li até agora, o corredor escuro, a luz no fim, os ladrilhos desbotados… ótimo!
Foi também um dos poucos que realmente me causou algum terror em determinado momento.
Cheiro de morte foi uma expressão que acabou interrompendo o tom crescente de suspense do conto, acabei me perguntando como morte cheiraria, sangue? Ferrugem?
Achei o título meio fraquinho e, para mim, não está a altura do conto. Gostei muito do conto, esperava algo menos óbvio do final.
Olá, Matheus, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.
Resumo: Cena de um crime, provavelmente mais um de uma série. Investigador e ajudante analisa os restos mortais que se encontram dependurado do teto e o torso sobre a mesa. A segunda parte do enredo é uma guinada totalmente sem nexo. Inesperadamente a mulher do investigador é a serial killer que o marido investiga desde o primeiro crime. Esta fora encontrada em casa ainda com resquícios de que fora enterrada viva, escapara da cova. Ao se surpreender com a chegada do marido para o almoço, mata-o. Este morre com o olhar de perplexidade.
Gramática: Não percebi nada grave que desabone a escrita.
Tema/Enredo: A princípio o enredo tem todos os ingredientes do conto policial, arrasta-se dessa forma até a cena final. Para no final descambar para um não sei o quê, pois terror mesmo só no olhar da vítima em total estado de perplexidade.
Resumo: Seus olhos (Matheus)
Bem, pode parecer mentira, mas no início da leitura, quando foi revelado que o detetive conhecia todas as vítimas, ao ver que ele atendeu a ligação da mulher, foi fácil deduzir que seria ela. Claro, isso ficou ainda mais óbvio quando temos a apresentação da personagem “Bárbara” e a cada passo tudo era mais certeiro, mas talvez seja pelo fato desse ser meu tipo de gênero predileto, adoro procurar o verdadeiro assassino e digamos que seja bom nisso, ao menos tenho um índice bom de acertos.
Quanto ao conto, é bom, sim, mas tem um porém, achei ele picado, teve um recorte, como se as descrições e ambientação inicial fossem ótimas, mas no meio do conto senti uma pressa desnecessária em chegar ao final, para mim faltou um pouco mais de desenvolvimento, isso também faltou em meu texto, eu sinto isso, mas… É um bom tabalho!
Alguns equívocos:
iluminou por uma fração de segundo – segundos
— Oi Suellen. – Oi, Suellen.
— Desculpa amor. – Desculpa, amor.
— Isso é fodido cara. – — Isso é fodido, cara.
– Então por quê ele se sentia tão acostumado com aquilo? – Então por que
Avaliação: (Para os contos da Série A-B não considerarei o título, as notas serão divididas por 5 para encontrarmos a média. Porém teremos uma ordem de peso para avaliação caso tenha empates… Categoria/ Enredo / Narrativa / Personagens / Gramática.
Terror: de 1 a 5 – Nota: 2,5 (Não é terror para mim, digamos que seja suspense com policial, mas as pitadas de terror em algumas cenas contam)
Gramática – de 1 a 5 – Nota 3,5 (Achei boa, mas faltou um pouco na revisão)
Narrativa – de 1 a 5 – Nota 4,0 (Gostei)
Enredo – de 1 a 5 – Nota 3,5 (Bem elaborado, mas achei que as pistas foram claras demais, difícil, talvez seja culpa minha)
Personagens – de 1 a 5 – Nota 5 (Gostei, achei que foram bem construídos durante a narrativa!)
Total: 18,5 / 5 = 3,7
Investigador às voltas com o último crime de um serial killer cujas vítimas são todas conhecidos seus. No local do crime, um cenário horripilante. Perturbado com a cena do crime e sentindo-se culpado por ter passado a noite fora da casa, o investigador retorna para sua casa onde sua esposa não o espera e a identidade do serial killer é revelada.
Gostei da trama, noir e nojentosa ( a cena do crime. Argh!!). A história está bem contada, com detalhes e descrições na medida certa. O suspense está bem construído, com pistas falsas, uma dúvida pairando sobre o envolvimento do investigador nos assassinatos. A cena do crime — o toque de terror — está descrita de modo a causar repugnância na medida certa no leitor. A explicação que resolve a trama é bem inverossímil, mas quem se importa com isso em uma história de suspense/terror? Certamente, não eu.
Durante a minha leitura, alguns engasgos (poucos). Recomendo uma revisão.
Um bom conto. Leitura divertida.
Parabéns pelo trabalho! Desejo sucesso! Um abraço.
Resumo
O investigador Lúcio e seu parceiro Matheus vão até a casa de Barril, quinta vítima de um serial killer. Nos fundos da casa, encontram um jardim com uma cova recém-desfeita, como se o que estivesse enterrado ali tivesse saído. Seguem as pegadas de lama e chegam na sala, onde o corpo da vítima, Barril, está pendurado no teto por barbantes, separados cabeça e membros. O torso foi colocado na mesa de centro, exposto como um barril. Naquele cenário, Lucio nota que o assassino havia expressado algum sentimento pela primeira vez, raiva. Enquanto vê a cena, Lucio imagina que a cabeça decepada conversa com ele e que os membros presos ao teto se movem. Lucio conhecia as vítimas e a cabeça diz que o serial killer está interessado nele.
A vitima havia ligado para a delegacia antes de morrer dizendo ter matado uma mulher, que ele julgava ser a serial killer que todos estavam procurando. Por ser um bêbado reconhecido por falar coisas sem sentido, a polícia o havia ignorado ignorou.
Os investigadores chegam à conclusão de que a assassina havia tentado matar Barril, que acabou a asfixiando e a enterrando em seu jardim, julgando que ela estaria morta. Após avisar as autoridades, Barril é atacado na sala e morto pela mulher que havia deixado a cova.
Quando vai para casa, Lucio é surpreendido pela esposa que é a verdadeira serial killer. Ela o ataca e deixa claro que ela havia feito tudo aquilo em busca da atenção do marido que não tinha tempo para ela e nunca conseguia expressar seus sentimentos.
Comentário
Gostei bastante do conto, em muitos momentos me lembrou a série Hannibal. O fato de a esposa ser a assassina foi uma sacada bem legal, parabéns. Só gostaria que tivesse desenvolvido mais a parte da revelação de que era ela a serial killer, achei muito rápido esse trecho tão importante. Não gostei muito do título, não entendi a escolha de Seus Olhos para nomear o conto. O texto está muito bem escrito, sendo que eu pontuaria apenas dois deslizes gramaticais:
por quê (por que)
Quando estacionou o carro (vírgula) a cabeça já estava cheia novamente.
Sinopse: Madrugada chuvosa na cidade. Um serial killer faz mais uma vítima. Um senhor apelidado de Barril é morto. A polícia chega para investigar, com o assédio da mídia e o risco de perder as pistas ainda frescas, Lúcio e Matheus adentram a cena do crime e descobrem o estado lastimável da vítima. Lúcio sente-se torturado por nunca capturar o criminoso, as ao que tudo indica, ele parece estar mais próximo.
Comentário: gostei muito do conto pelo clima noir. A transcrição do áudio de Barril foi genial, foi um intertexto bem aplicado ao conto. A narrativa obscura do autor e a fuga da realidade do protagonista foram elementos de terror sem igual. O final surpreende, mas não tanto quanto o início. Achei o final meio forçado, mas mesmo assim assustador. O autor usa o termo guarda-chuvas, quando deveria ser apenas guarda-chuva. Ele também coloca a Polícia Militar na investigação, algo que na verdade essa área está ligada a Polícia Civil e a Polícia Científica.
A Árvore que Divide o Mundo – NOTA: 1,0
Amarga Travessia – NOTA: 5,0
Aquilo – NOTA: 4,5
Capitão Ventania – NOTA: 4,0
Demasiado Humano – NOTA: 4,5
Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados – NOTA: 1,9
Magnum Opus – NOTA: 4,0
O Fim de Miss Bathory – NOTA: 5,0
O Jardim da Infância – NOTA: 5,0
O Ônibus, a Estrada e o Menino – NOTA: 3,5
O Parque – NOTA: 1,0
Penumbra – NOTA: 1,5
Prisão de Carne – NOTA: 3,5
Rato Rei – NOTA: 3,0
Seus olhos – NOTA: 4,0
Troca-troca Estelar – NOTA: 5,0
Variante Amarela – NOTA: 1,0
Vim, Vi e Perdi – NOTA: 1,0
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Melhor técnica: Aquilo
Conto mais criativo: Amarga Travessia
Conto mais impactante: O Jardim da Infância
Melhor conto: Troca-Troca Estelar
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Um detetive pesquisa assassinatos em série; os mortos eram pessoas que ele conhecia. Vai para casa tentando descansar e ordenar os pensamentos. Observar as roupas sujas da esposa, mas antes de qualquer reação, é pego de surpresa por ela , que o mata no mesmo ritual das outras vítimas. Ela queria apenas mais atenção dele.
O conto tem um núcleo bastante curioso e consegue desenvolver muitos assuntos e em diversas camadas, desde relacionamentos a competência policial. Um thriller ou suspense de ação e tensão mais de gênero policial de que terror, trazendo um bom plot twist final — o inimigo estava dentro de casa, que acaba por dar destaque para o aspecto humano.
A dica vai para a carga emocional que poderia ganhar intensidade. O tema está bem explorado, a narrativa tem todos os ingredientes de uma boa trama, inclusive a capacidade de nos deixar perturbados e pensativos; mas não encontrei os elementos característicos do terror.
Parabéns pelo trabalho e boa sorte! Um abraço.
RESUMO:
O Detetive Lúcio está na cena de um crime terrível. Ele investiga uma série de assassinatos e para seu desespero as vitimas, são todas conhecidas suas. A vítima da vez, o Barril chegou a fazer uma ligação para a polícia contando que tinha matado o assassino em série que estavam procurando há meses, no caso, Barril esclarecia – uma assassina. O atendente não lhe deu crédito e o resultado é que aparentemente, a morta saiu da cova e matou o Barril. Cansado e culpado pelos deslizes que cometeu a vida toda, o investigador Lúcio retorna ao lar e aos braços da sua abençoada esposa. Ela o recebe com beijos e uma facada precisa e mortal.
CONSIDERAÇÕES:
No fim das contas e do conto era somente a vingança de uma mulher ciumenta e abandonada. E eu aposto que quem escreveu esse conto foi uma mulher. Rs rs. A história me fez pensar em quanto tempo se leva para desmembrar um corpo de um homem, segundo a narrativa, grande? O telefonema da esposa entrega o assassino ou pelo menos dá essa expectativa. Por que o sujeito enterrou um corpo em seu próprio quintal? Isso, depois de ter informado o crime a polícia, era doido, o Barril?
Matheus, paz e bem.
O conto fala sobre Lúcio, um investigador de polícia que estava investigando um assassino em série. No local do crime presenciou uma morte horrorosa, havia muita água e barro no local. O assassino retalhou o corpo e pendurou os pedaços no teto.
Lúcio era atormentado por levar na mente assassinatos de algumas mulheres. Sem sucesso nas investigações seguiu para casa, reencontrando sua esposa que não estava tendo sua atenção, mesmo assim foi recebido com um beijo. Depois foi preparar uma refeição, na cozinha ele a observava mexer nas panelas segurando uma faca. Então ele resolveu sair na lavanderia para ver os pássaros. Notou que na máquina de lavar, avia roubas embarreadas com marca de sangue. Ao virar-se, foi golpeado por uma faca pela esposa. Todo ensanguentado olhou nos olhos da mulher, então ela lhe disse, era esse olhar que eu queria de você.
A trama é boa, envolve e bem criativa. A narrativa flui, a estrutura está correta e não notei erros de gramática.
Boa sorte!
Pensei que o assassino fosse ele e fiquei surpresa com o final.
Parabéns
RESUMO:
Investigador Lúcio enfrenta uma sucessão de crimes, cujas vítimas são todas pessoas que ele conhece. O assassino tem um padrão de conduta: gosta de estripar o cadáver e pendurar os pedaços no teto usando barbante. Ao voltar para casa após presenciar mais uma cena tenebrosa, Lúcio é recebido pela esposa Suellen com carinho e um ar de surpresa. A mulher é a real assassina que justifica seus crimes com a intenção de ser notada pelo marido. Ela o mata e se prepara para cumprir o seu ritual macabro.
AVALIAÇÃO:
Conto de terror com forte dose de suspense policial. O protagonista está bem construído e desperta empatia.
Não encontrei falhas de revisão a não ser a ausência de vírgula separando o vocativo: Oi, Suellen… / Desculpa, amor…
O ritmo da narrativa é bastante ágil e a leitura se desenvolve sem entraves. O interesse do leitor é logo fisgado, desde as primeiras linhas.
Algumas coisas fugiram um pouco do controle, o que tornou o enredo pouco verosímil. Como uma mulher teria tanta força para executar tudo aquilo? E os pedaços do corpo amarrados por barbantes? O peso de uma cabeça não seria sustentado por um fio tão fino.. seria preciso algo mais resistente como uma corda grossa. E a mulher saindo da cova, hein? Tudo bem, terror também permite algo fantástico. Não vou contestar isso.
Adivinhei qual seria o final, pois imaginei que o autor não teria colocado aquele telefonema da mulher à toa no enredo. Logo, percebi que deveria ser ela a assassina.
Conclusão após a leitura: veja bem com quem você casa e nunca menospreze a fúria de uma mulher desprezada.
Boa sorte no desafio!