EntreContos

Detox Literário.

Os Dois Lados da Penteadeira (Estela Goulart)

Diziam relatos que a penteadeira amaldiçoada estava abandonada no sótão da casa do Seu Damião, e o mais ressentido com isso era ele. Motivos para chamá-la assim não faltavam, sem dúvidas; afinal, o móvel era de sua falecida esposa.

Mas Maria nunca entendeu o motivo do temor de seu pai.

Damião era um homem corpulento e imponente. Sempre fora frio, inexpressivo, e quem o equilibrava era a esposa, a única que ainda conseguia tocar nas profundezas escondidas daquele coração. No entanto, depois da sua morte, mergulhara numa melancolia ainda maior e que Maria aprendeu a aceitar, mas nunca entendeu. Não sabia o nome da mãe, nem mesmo havia visto uma imagem dela.

As rotinas específicas, as ordens e o silêncio predominavam sempre que pai e filha estavam juntos. Perguntas e conversas serviam apenas para assuntos necessários e qualquer perda de tempo era inconveniente. Damião criava a filha a amadurecer e aprender a lidar desde cedo com as crueldades da vida. Ela sempre pensou demais.

 

***

 

A primeira vez que Maria adentrou a penteadeira foi em um momento de obstinada coragem; num lapso de euforia e mágoa com tanta frieza. Tudo havia sumido ao sentar em frente ao espelho velho.

O local lembrava um céu noturno, e frequentemente enxergava pontos luminosos piscando em um sinal de cumprimento à visitante. Maria caminhava sob uma ponte de miúdas pedrinhas brilhantes que se formavam a cada passo que ela dava. Caso parasse no caminho, elas seguiam tanto em frente quanto em curvas, acima ou abaixo em horizontes infinitos. Contavam à menina sobre as diversas opções a seguir.

Não havia notado isso, no entanto.

Seus olhos voltavam-se às inúmeras paredes a cada lado que ousasse observar. Para uma criança, era uma percepção válida. Mas seria necessário ao leitor uma alteração da perspectiva, contrariando um conceito, por mais familiar que fosse à percepção. Apesar disso, a menina enxergava diversas cenas. Inúmeras telas de televisão ligadas uma a outra, como ela diria. Nelas, a figura de uma mulher de costas era apresentada, pintando os mais belos retratos.

Maria ousou aproximar-se de uma tela, sem tocá-la. Não ouvia a mulher, mas podia enxergar seus lábios se movimentando, como se cantasse ou conversasse divertidamente consigo. Movia o pincel agilmente, com destreza. Vez ou outra, virava o rosto em direção à Maria e sorria. A menina, assustada, se ajoelhava na tentativa de se esconder; mas a mulher apenas continuava a pintar. Depois de um tempo, notou que todas as cenas eram praticamente iguais. Não maior foi o susto com isso. Eram pinturas admiráveis.

Ali estavam escondidas todas as cenas mais belas que a menina tinha visto.

— É lindo, não é?

Essa voz ressoou, mas não soube ao certo quem a pronunciara. Havia um vulto humanoide vermelho brilhante caminhando energicamente ao seu lado. Seu rosto era indefinido, não havia qualquer referência que ajudasse Maria a identificar se estava falando com ela ou simplesmente com os meros ventos. Mas, por alguma razão alheia aos entendimentos do leitor, a menina considerou que era ela a principal ouvinte.

— Creio que você ainda não me apresentou seu coração. — ele curvou-se em uma reverência delicada. — Emo de São, muito prazer.

— Eu deveria… apresentar o meu coração? — perguntou, com cautela.

— Pessoalmente, eu estou nas melhores pessoas…

— Depois eu quem sou esnobe.

A figura que caminhava nobremente ao lado oposto de Maria tinha o tom de pele rosado, também sem rosto definido, mas sua cabeça era devidamente grotesca. Ao contrário de Emo, com a essência calorosa bastante perceptível, caminhava com discrição e lentamente, precavido, apenas para acompanhar os passos de Maria. Seguia a menina como se fosse sua sombra.

— Você é esnobe por natureza, Razio. — Emo retrucou. — Eu sou esnobe quando posso ser esnobe.

Aquele que se chamava Razio soltou uma risadinha debochada.

— Meu nome é Razio Nalidad, você está segura por me ter ao seu lado, menina. Felizmente, estamos bem unidos.

Maria observou o delicado fio dourado que seguia de seus cabelos até o tronco de Razio, onde estaria localizado seu coração. Emo ignorou a indireta com desdém e prosseguiu: — Está vendo essas imagens, Maria? — agitou os braços ao redor. — Sou o mediador de tudo isso. Nada mais belo do que a comoção humana.

—  Você conhece esses quadros?  

— Eu sou apenas o bônus. A mais pura evidência de sentimento presente em todos eles. O mérito todo é de Diana.

Por um segundo, contemplaram a cena em que a mulher se aproximava da tela. Ela tinha uma beleza oriental peculiar na qual Maria também se identificava, com seu rosto redondo, os olhos puxados e o nariz atarracado. Os cabelos eram bagunçados e presos às pressas em um coque surrado; suas rugas nos contavam o tanto que sorria. Parecia conversar com eles, ainda que não ouvissem voz alguma.  

— Ela é… bonita. — murmurou Maria.

— Essa mulher já morreu. — Razio comentou.

— Existem métodos melhores de dizer isso! — e Emo reclamou. — Sim, ela era bonita, Maria. Uma artista sensacional.

— Por que ela conversa tanto com a gente? — perguntou a menina, assustada. — Queria poder ouvi-la. Mas eu não sei onde estou.

Era capaz de sentir ainda mais forte a presença do cabeçudo ao seu lado, apenas esperando que ela dissesse o que ele gostaria de ouvir. Emo ficava distante, não mais determinante.

— Você pode sair daqui se quiser. — comentou Razio. — Eu conheço o caminho.

A menina concordou, confusa.

 

***

 

— Você é incrível, Diana.

A mulher desviava o olhar de seu quadro para encarar o marido, atrás de si, segurando a filha de dois meses no colo. Ele exibia um sorriso mínimo, e bem menos esboçava alguma sutileza de prazer ao ver a esposa naquele ateliê improvisado e bagunçado no último andar da casa. Mas Diana sempre conseguiu enxergar além daquela máscara, afinal não era com ela que o marido passava a maior parte do tempo aprendendo a desenhar. Ele só não sabia expressar o quanto era grato em estar ao lado dela.

— Melhor acreditar que você ainda é cego diante da arte. — ela largou o pincel e observou os rabiscos iniciais do quadro. — Ou então vou admitir que seu conhecimento da abstração está melhor do que o meu.

— Garanto que não.

Eles observaram alguns quadros mal pintados ao fundo, com tintas escorrendo pela tela além de uma distorcida visão da realidade. Damião suspirou:

— Bom… apenas disse o que considero certo.

Diana conseguiu rir da inexpressão do marido. O nível de sua racionalidade era tão grande que ela apenas refletia sobre aquela escassez de sentimentalismo. Com Maria no colo, inquieta e sorridente, conseguiam um contraste ainda maior.

— Hoje eu vou considerar esse seu “certo” como uma coisa boa, porque foi um elogio.

— Como quiser. — ele concordou. — Você vai desenhá-la novamente?

— Sim, tive uma outra visão. Estava linda, usava um vestido florido tão meigo. Ela me lembra você, um pouco, sabia?

— Bobagem. Você sonha demais com isso. Deve ser de algum comercial da televisão, coisas assim. Ou você está alucinando de tanto olhar aquele espelho. — ele indicou a penteadeira negra ao canto do quarto com um aceno de cabeça.

— Que seja. O papai é muito chato, não é, Maria? — a mulher fez cócegas na bebê, que gracejou e começou a morder seu dedo. — É sim, é sim… e ela está com fome, querido. Coloca ela no carrinho que já desço.

O marido concordou, pensativo do quanto um bebê era capaz de se alimentar por dia, e saiu com a filha para fora do quarto. Diana continuava a terminar os traços iniciais do rosto da garota misteriosa, para então largar os pincéis e conferir rapidamente sua aparência no espelho da penteadeira. Ajeitava os cabelos, sorria; mas também observava aqueles olhinhos castanhos que lhe encaravam, curiosos. Era o resquício de um rosto apagado, querendo sair do espelho de algum lugar que Diana não conseguia entender.

Então, quanto mais a mulher sorria, ela sumia. Talvez Damião estivesse certo e poderia estar alucinando com sua criatividade. Mas ela nunca viria a saber.

— Diana!

Era o começo do único incêndio que presenciaria na vida. E último.

 

***

 

Passados os dias, Maria venceu aquele susto inicial e continuou a se encontrar com Emo na penteadeira. A cada dia lhe mostrava mais cenas e imagens de Diana e, de modo peculiar, criava caminhos através daquela imensidão do infinito cujas ideias Maria não sabia formular com clareza.

— Pule comigo! — Emo pediu, depois do primeiro salto. — Vamos seguir um pouco mais adiante.

A cada salto ela flutuava entre as estrelas, entre os quadros de Diana. Seus caminhos não tinham rumo certo. Sempre que podiam, paravam para contemplar alguma pintura; muitas, a menina notou, eram retratos de seus parentes distantes. As figuras então costumavam acenar para ela. Retribuía com bom grado e um conforto gostoso no coração.

Mas seu susto foi maior ao enxergar seu rosto em uma parede distante. Sem esperar Emo, lançou-se a frente e contemplou a cena. Diana terminava o retrato de uma menina de cabelos castanhos claros, pele cor de oliva e negros olhos puxados. Ela sorria, mas parecia distante.

A modelo era exatamente igual à Maria.

— Ela consegue me enxergar. — murmurou, incrédula. Soou mais como uma pergunta.

— Ela está morta, Maria. — ouviu a voz de Razio, entoando uma sentença. A garota então suspirava, ainda mais confusa.

— Ela… conseguia. Mas…

— Conseguia bastante. — Emo comentou, então ela mudou o foco de visão à outra tela.

Cresciam-se as pinturas em que o rosto de Maria estava retratado. Diversos, de vários tamanhos e cores. O rosto mais bem conhecido daquelas telas era única e exclusivamente dela. Inclusive, as roupas eram iguais às que usava quando visitava o mundo da penteadeira.

No entanto, uma cena mudou seu foco completamente. Além de Diana, um homem de costas ocupava metade da tela. Ele entregava um bebê à mulher e ela abria um sorriso enorme, levantando a criança no ar, fazendo-a gargalhar. Havia uma semelhança de olhares entre elas: os olhos puxados. O homem então caminhava pelo local, observando as pinturas. E quando se virou, Maria perdeu um compasso da sua respiração.

O rosto era mais jovem, mas sem dúvida Damião aparecia em uma conversa com a mulher, que continuava a brincar distraidamente com o bebê. Mas, num lapso, se aquele era seu pai…

— Ela é a sua mãe, Maria. — Razio afirmou. — Damião nunca lhe contou, mas Diana era o nome dela. E essa é você.

A menina não conseguia entender aquela sensação que cortava seu peito, muito menos entendia as lágrimas ardentes escorrendo em suas bochechas. Seu sorriso comovido era a única reação capaz de achar algum argumento: a primeira vez que enxergava sua mãe.

— Você é muito mais bela sorrindo. — Emo elogiou, num instante de pausa. A menina também se surpreendeu com a sensação gostosa do elogio.

— Eu queria… que você tivesse rosto.

— Eu tenho um. — ele contou. — Na verdade, tenho vários. Inclusive estou sendo contemplado por um deles agora…

Maria não entendeu de imediato, mas foi interrompida ao ouvir um grunhido atrás de si. Era o modo com o qual Razio reclamava de alguma situação. Para ele, não havia trabalho de pronunciar palavras avulsas, sem propósito.

— Razio permanece em silêncio porque não vê explicações a esse mundo. Considera uma perda de tempo, um mero acaso de uma mente imaginativa.

— E por que isso não seria bom?

Tanto Emo quanto Maria encararam Razio.

— Isso foge do meu consentimento. — respondeu, no que Emo revirou os olhos.

— Ele não tem é sentimento. — murmurou em um cochicho.

— E você não pensa.

 

***

 

Saber que aquela era sua mãe fez Maria passar cada vez mais em frente àquela penteadeira. Ela não se recordava mais dos riscos do pai de encontrá-la dentro daquele sótão, sequer lembrava de qualquer situação que não fosse o fato de sentar em frente ao espelho para encontrar com sua mãe. Sempre que voltava da escola, lá estava a garota imersa no tesserato extradimensional, conversando com Emo e ignorando as reclamações e alardes de Razio. A cada dia, o fio que ligava os dois estava mais fraco, e ele ficava mais para trás naquelas caminhadas agitadas de Maria.

Onde quer que estivesse, gostava de estar perto da mãe. Queria estar perto dela. Mas até o leitor reconheceria o som de um estômago faminto quando alarmado.

— Alguém está com fome. — afirmou Razio, logo atrás, em um sussurro quase inaudível.

— Eu estou bem.

— Maria, me escute. Você tem passado tempo demais aqui. — a voz dele era séria, quase forçada, mas preocupante. — Tempo demais.

— Alguém está querendo atenção? — Emo gargalhou. — Você pode voltar a ser ranzinza depois, Razio.

O humanoide rosado precisou de alguns segundos para recuperar a voz.

— Eu sou sensato. E não estou falando com você. Maria… me… ouça.

A menina continuaria andando se ele não puxasse o fio umbilical que os ligava. E ao coçar sua cabeça, ela o imitou. Isso a fez parar de caminhar e olhar para trás.

Foi um desconforto que lhe percorreu ao contemplá-lo.

— Não… me solte. — pediu. — Escute a minha voz.

Não podia simplesmente ignorá-lo. Sentia nele uma fragilidade que nunca aparentara; e inclusive Emo, contrariado, se apiedava da situação. Para sua surpresa, ele suspirou.

— Razio está certo. Você precisa voltar…

— E… dessa vez, não venha. — completou o outro, conseguindo erguer sua força com a hesitação de Maria.

Um instante de silêncio se formou. As cenas ao redor dos três continuavam sua trajetória nos horizontes flutuantes. Diana sorria, conversava, brincava com a bebê Maria e ria ao lado do marido. Era a visão perfeita. Os sonhos mais gratificantes que Maria conseguia… sentir.

— Mas eu não quero ficar longe de você. — contou a Emo. — Não quero… ficar longe da mamãe.

— Você nunca estará longe. Todo esse poder vem de você. E eu estou aqui, sempre. — gentil, ele tocou-lhe o coração. — Só lhe faço um pedido: fale ao mundo que eu existo, me expresse das mais variadas formas.

Maria concordou, ainda pensativa. Não confiava bastante em si para assumir a tarefa sozinha. Seus sentimentos ficavam tão melhor ali; era tudo mais fácil com eles.

— Sinta.

Quando a menina piscou, enxergou tudo embaçado. A escuridão prevaleceu e, antes que pudesse gritar, voltava ao sótão. Estava novamente em frente ao seu reflexo, sentada à beira da penteadeira. O sol iluminava parte do piso de madeira empoeirado, mas uma presença a fez levantar.

— Você não podia entrar aqui.

Damião a encarava, imóvel. Não sabia ao certo o quão magoado estava com a situação, até porque significava rememorar lembranças que ele preferia enterrar do mesmo modo como escondia a penteadeira no sótão. Porém, ao mero leitor, ele mantinha a postura e o rosto quase inexpressivo.

Maria abaixou a cabeça, sem resposta.

— Cabeça erguida. — o pai pediu. Um silêncio pesou entre eles, mas antes que perdesse a pergunta:

— Eu lembro a mamãe?

Podia quase ver a mágoa do pai, mesclando na tristeza dos olhos vermelhos e na insistente frieza. Era aquela máscara: evitava qualquer demonstração de sofrimento que lhe ardia a alma.

— Espero que esteja feliz. Agora você sabe quem era sua mãe.   

Ela entendeu. Estava novamente prestes a desistir quando se viu falando:

— O senhor… quer desenhar?

Por fora, ele não sorriu. Mas, por fim, concordou.

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20 comentários em “Os Dois Lados da Penteadeira (Estela Goulart)

  1. Ana Carolina Machado
    30 de março de 2019

    Oiiii. Um conto sobre uma menina chamada Maria que nunca tinha conhecido sua mãe, que não sabia nem o nome dela. Mas depois de adentrar em uma penteadeira especial viu imagens do passado da sua mãe. Descobrimos que a mulher era uma artista muito talentosa e também a via, tanto que faz até pintura da Maria sem saber que era sua filha bebê no futuro. Mas a penteadeira faz a Maria se afastar um pouco da realidade e querer ficar nessa onde pode ver a mãe. Ela passa tempo demais nela e no fim tanto Emo(emoção) como Razio(razão) concordam que é hora dela ir embora. No fim o pai descobre as idas da filha ao sótão e uma nova chance de interação nasce entre pai e filha que tinham uma relação meio fria na forma de desenhos. Foi interessante como o Emo representa as emoções, o lado sentimental e o Razio representa a razão e como lentamente a Maria foi se afastando do mundo real e a voz da razão foi ficando mais distante. O final foi emocionante pois mostra uma chance de recomeço e no desenho a Maria e o pai podem demonstrar os sentimentos que eles tanto guardaram ao mesmo tempo que lembram da mãe. Quando as palavras fogem os desenhos falam. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  2. Gustavo Araujo
    28 de março de 2019

    Resumo: garota órfã de mãe encontra uma penteadeira no sótão da casa em que vive com o pai. Através do espelho conhece um mundo mágico com a ajuda de dois seres que emulam razão e emoção; logo chegam a uma artista que pinta quadros que remetem à vida da garota; essa artista, claro, é sua mãe. No final, o pai descobre que a menina estava visitando a penteadeira, algo que considerava proibido mas que, no fim, serve para reaproximá-los.

    Impressões: confesso que eu queria ter gostado mais deste conto. Há uma sensibilidade latente nas maneiras da pequena protagonista, alguém que, afinal, só deseja saber mais sobre si mesma, sobre sua própria história. O problema é que esse tipo de enredo é muito, muito batido. Quantas histórias há em que crianças descobrem portais para outras dimensões dentro de suas próprias casas? Nárnia, Alice… E claro, a criança é órfã, o pai é ausente e severo até o último fio de cabelo… Isso está presente em Harry Potter e todos os seus filhotes. Por isso, não dá para se afeiçoar à trama e nem a Maria, por mais adorável que ela seja. Passando essas ressalvas, posso dizer que gostei do fato de a mãe ser artista, de retratar momentos e emoções que dizem respeito à garotinha; também gostei do embate subliminar entre razão e emoção — esses foram diferenciais bacanas que, pena, ficaram restritos a pequenos aspectos do desenvolvimento. O final cai no clichê emotivo do gênero, mais uma vez, com o pai reconquistado e arrependido por ter se mantido distante da menina.

    Há outros aspectos a considerar aqui, como a confusão que se faz no desdobramento da história, em que resta impossível saber quem está falando o quê, quem está fazendo o quê. Além disso, há trechos em que a autora se utiliza de determinadas expressões com um sentido diverso daquele que realmente têm. Isso se nota, por exemplo quando o narrador onisciente se dirige a quem lê, chamando-o, ou chamando-nos, de “mero leitor”. Talvez a intenção tenha sido dizer “caro leitor”… Até acho que essa ideia de conversar com o leitor é bacana – própria do Machado de Assis – mas aqui esses errinhos não colaboraram para que a empatia se estabelecesse.

    Faço estas críticas por acreditar no potencial da autora. Tenho certeza de que com um pouco mais de prática, poderá elevar seu nível de escrita, encantando-nos verdadeiramente, com enredos criativos e originais. Vamos ousar.

  3. LUCIANO ALVES
    27 de março de 2019

    RESUMO: O drama de Maria, que enfrenta a tristeza do pai “Seu Damião”, e a saudade da mãe Diana, morta em um incêndio. Uma luta entre a razão(Razio) para seguir a vida e a emoção (Emo) de viver uma saudade e a falta que sente da mãe.

    CONSIDERAÇÕES: Bem escrito, gostoso de ler. Com bastante cenas de diálogos bem interessantes, muito bem detalhadas. O tom de surrealismo e a curiosidade mística de um mundo paralelo dentro do espelho, convidam 0 leitor e provocam curiosidade.

  4. Virgílio Gabriel
    27 de março de 2019

    A menina Maria ia escondida para o sótão para ver o espelho da penteadeira que era de sua mãe. Lá, ela ia para um mundo onde dois seres (Razio e Emo de São), que entendo serem a sua “razão e emoção”, conversavam consigo enquanto via sua genitora segurando a si própria, ainda bebê. Ao final, seu pai a encontra no sótão, e resolve não brigar quando a menina pede para pintar. Atividade que ele fazia com a mãe da criança.

    O conto é bem escrito, mas em algumas partes o(a) autor(a) confunde o leitor. Por exemplo, logo no início diz que a menina adentrou a penteadeira. Fiquei imaginando como seria isso. E próximo do fim, explica que ela só olhava no espelho. Meu conselho é que se preocupe em situar melhor o que está acontecendo ao leitor, pois essa confusão tira um pouco o foco da história.

    Confesso que ao terminar o conto, fiquei com a impressão de que deixei algo passar. Por isso fico com medo de não avaliá-lo corretamente por ignorância minha. Mas tentarei ser bem ponderável. E após o desfecho do certame, voltarei para tirar maiores conclusões.

  5. Elisa Ribeiro
    24 de março de 2019

    Menina órfã vive com o pai, homem frio que após a morte da esposa torna-se ainda mais melancólico. No sótão da casa onde vivem, há uma penteadeira mágica. Certo dia, a menina adentra a penteadeira onde encontra um ambiente fantástico e uma mulher que pinta lindos quadros retratos e duas criaturas fantásticas: Emo e Razio.

    Em um flash back, vemos a menina aos 2 meses, sua mãe ainda viva ensinado o pai a pintar em um ambiente onde está a penteadeira. Após o pai e a criança saírem, ocorre um incêndio no local.

    A menina segue se encontrando com Emo na penteadeira e conhecendo mais sobre a mulher que pinta. Em certo momento vê sua imagem em um dos quadros pintados e logo em muitos outros quadros também. Quando vê o pai reproduzido em uma tela, Emo lhe diz que a mulher que pinta é sua mãe e a menina se emociona. Passa então a querer ficar mais tempo no mundo mágico da penteadeira. Depois de certa disputa entre Raio e Emo, os dois concordam que a menina deve voltar para o mundo real, mas mantendo uma conexão com o outro mundo, por detrás do espelho. A menina então volta para o mundo real e se reconcilia com o pai.

    Uma graça de conto! O tom é o de uma fábula infanto-juvenil onde a razão e emoção são confrontadas no processo de amadurecimento da menina Maria. Gostei muito da forma sutil como a história se desenvolve, a sensação é de uma gravura japonesa sendo desenhada, como as que vemos surgir nas telas da personagem Diana. Para mim, essa conexão entre as imagens construídas e a forma como o texto se estrutura e desenvolve foram o diferencial desse texto tão encantador.

    Desejo sucesso! Um abraço.

  6. Cirineu Pereira
    24 de março de 2019

    Resumo
    Ao adentrar o sótão proibido (pelo pai) de sua própria casa, a menina Maria descobre lá uma penteadeira que é de fato passagem para um outro mundo. Neste mundo fantasioso, ela encontra dois de seus habitantes, Emo e Razio (supostamente emoção e razão), e acompanhada destes descobrirá segredos relacionados à falecida mãe, Diana, uma artista que ela sequer conheceu.

    1. Aplicação do idioma
    Observa-se pleno domínio da língua escrita.

    2. Técnica
    Uma narrativa um tanto quanto linear, diálogos eficientes, mas que no entanto não entusiasmam. Quebras de parágrafos questionáveis, por vezes isolando em parágrafo único orações que complementam o parágrafo anterior.

    3. Título
    Bom título, eficiente, apesar de remeter a uma ideia (uma dimensão interior aos espelhos) já bastante desgastada.

    4. Introdução
    Início mediano, com ideia vaga (relatos, que relatos?), começando por um personagem menor.

    5. Enredo
    O enredo possui um teor psicológico, de resto é um tanto conhecido, pouco criativo.

    6. Conflito
    O conflito é claro, bom, porém poderia ser mais valorizado pelo autor.

    7. Ritmo
    Os diálogos do trio prejudicam um pouco o ritmo da narrativa, poderia se dizer que há muito papo e pouca ação.

    8. Clímax
    Bom clímax, onde a personagem aparentemente suas necessidades emocionais, as relega a um plano secundário e, num ato de empatia e altruísmo, prioriza os sentimentos do pai. O mais interessante é que isto fica implícito, não é dito claramente ao leitor. Aliás, de forma geral, essa é a grande virtude do conto, ou seja, deixa muito por conta da intuição e sensibilidade do leitor.

    9. Personagens
    Talvez até por se tratar de uma criança (personalidade em formação), o perfil de Maria é sumariamente esboçado, enquanto a natureza sorumbática é deveras explicitada. Razio e Emo poderiam ter sido melhor trabalhados.

    10. Tempo
    O tempo é mal marcado, indefinido.

    11. Espaço
    Descrições de cenários confusas (principalmente do universo fantástico interior à penteadeira), pouco eficazes.

    12. Valor agregado
    Diria que é um conto psicológico, pertinente ao entendimento que o indivíduo faz de si próprio e do outro. Um conto de grande sensibilidade, não obstante algumas falhas.

    13. Adequação ao Tema
    Um conto fantástico, psicológico, adulto, não obstante a personagem e contexto infanto juvenis (remeteu-me à Alice).

  7. Fernanda Caleffi Barbetta
    20 de março de 2019

    Resumo
    Quando a esposa morreu, Damião mergulhou em uma melancolia profunda. Sua filha Maria não entendia, mas aceitava o sofrimento do pai. Ela não sabia o nome da mãe nem nunca havia visto uma foto sua. Ambos poucos conversavam e Damião acreditava que a filha deveria saber lidar com as crueldades do mundo. Ele possuía uma penteadeira em seu sótão, a penteadeira amaldiçoada, que havia sido de sua falecida esposa. Num momento de euforia e mágoa, Maria entrou pela primeira vez na penteadeira. Lá, ela viu televisores que mostravam cenas de uma pintora de telas, seu marido e filha de dois meses. Encontrou dois humanoides sem rosto definido que a acompanhavam pelas caminhadas entre os televisores. Diana, a mulher que pintava os quadros, olhava para o espelho de sua penteadeira sentindo que havia alguém do outro lado. Até que um dia, Maria viu a Diana pintando seu rosto. Descobre que ela era sua mãe. A partir de então passou a permanecer quase todo o tempo na penteadeira, até que os humanoides a alertam que precisava retomar sua vida. Quando voltou para o outro lado da penteadeira, encontrou o pai, magoado por ela estar ali e por ter descoberto quem era a sua mãe. A filha o convidou a desenhar, coisa que ele fazia com a esposa. Ele aceitou.

    Comentário
    A história é criativa e bonita, por tratar de emoções. Só achei que, apesar dos elementos fantásticos e criativos, não deixou de ser uma trama previsível.
    Algumas observações quanto à gramática:
    ao sentar (-se) em frente ao espelho velho.
    O local lembrava um céu noturno, (tirar a vírgula) e (vírgula) frequentemente (vírgula) enxergava pontos
    Depois eu quem (que) sou esnobe.
    peculiar na (com o ) qual Maria também se identificava
    o quanto era grato em (por) estar ao lado dela
    pensativo do (sobre o) quanto um bebê era capaz de se alimentar (comer) por dia
    Nas falas, antes do segundo travessão, não colocar ponto final
    Cresciam-se (não é reflexivo) as pinturas em que o rosto
    Saber que aquela era sua mãe fez Maria passar cada vez mais (tempo) em frente àquela penteadeira.
    “Mas Diana sempre conseguiu enxergar além daquela máscara, afinal não era com ela que o marido passava a maior parte do tempo aprendendo a desenhar.” Para fazer sentido, precisa colocar o ponto de interrogação ao final da frase.

  8. Felipe Takashi
    18 de março de 2019

    Sinopse: Maria é uma jovem órfã de mãe. Ela vive com seu pai Damião, um homem torturado pela morte da esposa, que demonstra uma relação distante com a filha. Certo dia, a jovem entre em contato com uma penteadeira que a leva a um mundo de fantasia, onde acaba sendo confrontada por dois seres: a Emo e Razio.

    Comentários: Uma fantasia bem fechada. Gostei muito de a autora usar expressões humanas como personagens, ou seja, antropomorfizar a razão e a emoção. Só deixo a autora um cuidado com a correção, principalmente de maiúsculas.

    Lista de contos Felipe Takashi

    1º – A Dama Rubra
    2º- O Dia Em Que Acordei Morto
    3º – Betiron, um Reino
    4º- Os Dois Lados da Penteadeira
    5º- Dezembro
    6º – Sensitu
    7º- Uma Canção Para Nara
    8º – O Animalismo
    9º- Lúcia no Mundo das Coisas
    10º- Passageiro 3J
    11º- Apenas Um Dia Comum

  9. Gustavo Azure
    10 de março de 2019

    RESUMO: Maria passa conhecer sua própria mãe, falecida quando ela era muito nova, através de uma penteadeira no sótão que a leva a um mundo encantado.

    CONSIDERAÇÕES: Fiz uma interpretação sobre a penteadeira: Maria resgato algo de seu passado olhando para si mesma na frente do espelho, olhando para dentro de si. A personificação da razão e da emoção ficou um tanto quanto simplória, poderia ter sido um pouco mais simbólico, apesar de cumprirem seus papéis perfeitamente. O final foi muito gratificante.

  10. Rocha Pinto
    10 de março de 2019

    Uma penteadeira amaldiçoada abandonada num sótão. Maria não sabia qual o temor de seu pai pelo móvel de sua falecida esposa. A filha não havia visto uma imagem de sua mãe. Frente ao espelho da penteadeira, viu uma mulher a pintar perante dois santos que conversavam com ela. Maria viu-se quando tinha dois meses com os pais. Nos dias seguintes regressou à penteadeira para ver mais imagens de sua mãe. Seu pai descobriu e não queria que ela fosse até ali mas percebeu que a filha conheceu a mãe.

    Narrativa agradável de seguir e com imaginação. No entanto, a história poderia ter outro desfecho.

  11. M. A. Thompson
    10 de março de 2019

    Olá Tesserática.

    RESUMO: Uma menina órfã de mãe, morando apenas com o pai, descobre uma penteadeira no porão e passa a ter acesso a um outro mundo. Nesse outro mundo conhece criaturas que a guiam e conhece também a mãe, uma artista. Ao ser flagrada pelo pai contemplando a penteadeira surge a oportunidade para uma maior aproximação entre os dois.

    O QUE ACHEI
    Gostei da da história, apesar de ter incomodado a associação espontânea que fiz com O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. A descrição inicial desse universo paralelo NÃO contribuiu para que eu criasse uma imagem mental do mesmo. Desisti de tentar. Talvez na cabeça do(a) autor(a) esse universo paralelo fosse tão abstrato e complexo que dificultou a conversão da imagem em texto.

    FANTASIA ou COMÉDIA?
    Fantasia.

    Parabéns e boa sorte! 🙂

  12. Thiago Barba
    6 de março de 2019

    Menina que cresceu criada pelo pai, nunca conheceu a mãe (rosto ou nome) acaba descobrindo quem era ela dentro de uma penteadeira (segundo seu pai, amaldiçoada). A penteadeira tem propriedades mágicas e a menina pode entrar e sair dela. Dentro da penteadeira tem pinturas belíssimas que foi sua mãe quem pintara antes de sua morte.
    O texto, para mim, tem um ótimo equilíbrio entre técnica de escrita com a narração da história. Uma história de fácil assimilação e ao mesmo tempo gostosa de se ler. Gosto da escolha das quebras nos tempos serem bem definidas, facilitando assim ao leitor o entendimento e ao mesmo tempo dá uma sensação de se ler o conto dividido em capítulos.
    O único problema para mim (não é um problema grave, apenas enfraquece um pouco o resultado final) é o texto ter um final de certa forma óbvio, esperado, sem muitas surpresas, embora há uma beleza com diálogo final entre o pai e a menina, que ajuda em deixar o texto um tanto aberto para reflexões.

  13. Shay Soares
    3 de março de 2019

    Os dois lados da Penteadeira – conta a história de Maria, que descobre na penteadeira da falecida mãe um espaço para encontrar um lugar que não deveria estar lá. Na penteadeira consegue observar e conhecer a mãe.

    Que conto sensível! Consegui acompanhar e visualizar toda a jornada de Maria, entender os sentimentos e fragilidades do pai através de lembranças da mãe, mesmo sem muitas explicações sobre como ou por qual razão a narrativa se desenvolveu muito bem e não deixou grandes perguntas nem forçou a barra em nenhum momento.

    Texto muito fluído, me manteve interessada todo o tempo sem qualquer esforço de minha parte. Acho que o único incômodo que senti foi na fala direta do narrador sobre o leitor (EX: Mas, por alguma razão alheia aos entendimentos do leitor, a menina considerou que era ela a principal ouvinte). Não sei se consegui captar muito bem a intenção, mas honestamente (para mim) foi quase nada.

    Muito obrigada pelo texto!

  14. Paulo Luís
    28 de fevereiro de 2019

    Olá, Tesserática, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.

    Resumo: Uma criança convive entre uma penteadeira misteriosa e um pai taciturno. Que ao visualizar no espelho encontra figuras fantasiosas, entre elas sua mãe já morta, que passa a dialogar com ela, enquanto pinta quadros.

    Gramática: Pequenos lapsos, que uma revisão atenta não resolva. No mais nada que prejudique a narrativa. Exceção: O que significa “tesserato nem o dicionário decifrou.

    Tema/Enredo: Um conto fantasia à moda “Alice no País das Maravilhas”? Mas sem muitas definições. Um enredo bem interessante, embora seu entremeio pareça um tanto confuso, principalmente quando começam a aparecer uns personagens que, aparecem do nada, e com falas não muito compreensíveis. A criança adentra pelo espelho, mas não se sabe se anda por dentro ou ela vê o que se passa lá dentro, essas cenas são um tanto confusas. Uma outra dificuldade de entendimento é a fala do escritor com o leitor, achei uma intromissão meio sem sentido. A figura do humanóide também me pareceu gratuita. Enfim personagens que entram e sai sem muito sentido. Leitura cansativa, tanto que chegou ao limite da contagem do desafio e sem necessidade. Bem que poderia ser mais conciso.

  15. Lucifer Friend
    28 de fevereiro de 2019

    O conto narra sobre uma penteadeira em que Maria, olhando o espelho, se transporta para um mundo paralelo que lhe mostra imagens da vida comum de seu pai, Damião, e sua mãe, Diana. O móvel é uma espécie de portal, que a faz viajar para memórias do passado de seus pais, antes da morte de sua mãe, quando ela era apenas um bebê. Neste mundo subconsciente, Maria encontra-se com seus dois guias, o sentimento e a razão. Seus guias a levam pelos caminhos daquele mundo estranho, em que as paredes mostram telas em que uma mulher pinta quadros. Em uma de suas incursões ao mundo do espelho, Maria descobre que são seus pais que aparecem nas imagens das telas e que a mulher que pinta é sua mãe. Maria se vê retratada nas pinturas de Diana e se perde nas imagens pintadas, esquecendo-se da vida real. E é então que sua razão a convence a voltar. Quando ela percebe-se de volta à realidade, vê-se encarada por seu pai, que a censura. Mas Maria o desarma, trazendo para ele boas recordações do passado, unindo-os mais.

    Considerações:
    Cumpre o quesito tema: é fantasia
    O conto prende a atenção, criando uma atmosfera sombria e nostálgica que faz o leitor querer ver mais do que ocorre. O português é bom e o texto é rico em detalhes. As personagens têm profundidade e o autor consegue dar personalidade aos mesmos. Achei legal o flerte com o leitor no decorrer do texto.
    Pontos negativos:
    É levemente confuso em algumas poucas partes e o diálogo ficou sem marcação clara em partes.
    Quando usar uma palavra incrivelmente estranha como tesserato, fazer uma descrição breve do que se trata, de forma simples e direta. Uma palavra tão incomum, faz o leitor “cair” da leitura, se não houver uma explicação, um recurso que impede que o leitor fique sem saber do que se trata ou precise procurar o significado.

  16. Cicero Gilmar lopes
    26 de fevereiro de 2019

    Resumo: Havia uma penteadeira na casa em que moravam o pai e a filha de nome Maria. Os dois tinham uma relação bastante fria; pouco se falavam – o mistério inundava suas vidas. Um dia Maria se colocou a frente da penteadeira e se transportou para outra dimensão, onde, ciceroneada por dois sujeitos de nomes: Razio e Emo, Maria conhece uma mulher chamada Diana. Essa mulher belíssima pinta quadros que revelam sua história. Não demora para Maria descibra que Diana é sua mãe e entende porque seu pai é aquela figura triste e silenciosa. Quando volta Maria e o pai acendem um fio de luz e esperança de tempos mais harmônicos.
    Considerações: Provavelmente baseado na novela global, o que, prá mim, compromete a obra no quesito originalidade, mas quem pode ser original hoje em dia? É bem escrita. É uma obra delicada e bela. Gostei.

  17. Luiz Ricardo
    26 de fevereiro de 2019

    RESUMO: Maria vive com o pai e descobre que no sótão de sua casa se encontra a penteadeira de sua falecida mãe. Ao sentar-se no móvel e olhar para o espelho a menina é transportada para um plano tridimensional acompanhada de dois seres humanoides, e descobrem juntos um universo fantástico e surreal.

    CONSIDERAÇÕES: O conto é melancólico, intrigante e bastante insólito. Está bem escrito. Incomodou-me os momentos de fala do narrador com o leitor, achei-os desnecessárias. De qualquer modo um conto acima da média e bastante visual.

  18. Higor Benízio
    24 de fevereiro de 2019

    Resumo: Uma penteadeira mágica permite que Maria visite as pinturas e memórias de sua falecida mãe, acompanhada de sua própria razão e emoção materializadas.

    Sobre o Conto: O conto é muito bom. As descrições evocam alguma individualidade do autor(a), e o jeito como conversa com o leitor também. Outro ponto positivo foi a medida de “sentimentalismo”, o conto não soou pedante e nem meloso, mas sóbrio e bonito.
    No mais, “Emo” não é um bom nome, pois evoca uma imagem conhecida no imaginário popular: franjinhas e “piercings”… Isto assusta o leitor (pelo menos eu fiquei). Na frase: “Era o começo do único incêndio que presenciaria na vida. E último.” Precisa deste “E último”? Ao meu ver, não. Pense também sobre a frase que abre o conto: “Diziam relatos …. “. “Diziam relatos” não dá, né?

  19. DANILO RODRIGUES BEZERRA
    23 de fevereiro de 2019

    RESUMO: Menina órfã de mãe descobre uma penteadeira no sótão de sua casa que a leva a um mundo paralelo. Lá, dois seres disputam sua atenção numa luta entre razão e emoção. Essas viagens acabam por apresentar a garota à sua mãe (até então desconhecida) e transformam sua relação com o pai.

    CONSIDERAÇÕES: o melhor conto do grupo. Escrita firme, sem erros e com uma história envolvente. O tipo de conto que faz o leitor perder a noção do tempo. O desfecho foi coerente e, ao mesmo tempo, surpreendente.

  20. Emanuel Maurin
    21 de fevereiro de 2019

    Eita menina do espelho, tudo bom com você Tesserática, gostei do mome, lembrei dos Transformes. Vamos lá…

    Numa tentativa de reencontro com a mãe desconhecida, Maria subiu a um sótão, sentou em frente a uma penteadeira e foi entrando dentro do espelho aos poucos.
    Conheceu alguns personagens, uma pintora; era sua mãe. E ao sair de dentro do espelho da penteadeira, foi recriminada por seu pai e a menina ainda ficou incumbida de uma missão.

    Gostei do conto, mas achei que faltou explicar melhor de onde surgem os personagens. Nos diálogos em algumas vezes eu não sabia quem estava falando com quem. Mas a ideia é boa, criatividade é o ponto alto do seu conto, gostei.
    Boa sorte.

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Informação

Publicado às 17 de fevereiro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 1, Série C-Final, Série C3 e marcado .
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