EntreContos

Detox Literário.

Um Caso de Consciência (Wilson Barros Júnior)

O General Leonardo Ferro, Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, entrou na sala de reuniões do Palácio do Planalto, e olhou ao redor, irritado.

O cômodo havia sido redecorado. Havia agora um mapa-múndi em uma das paredes. Em outra havia o quadro de uma onça-pintada.  Na terceira havia um telão, e a quarta era coberta por janelas, por onde se podia contemplar o gramado da Esplanada dos Ministérios.

Na mesa de reuniões havia duas pessoas: Gustavo Serra, chefe do Gabinete Civil da Presidência, e um homem desconhecido, de idade indefinida, que usava um casaco comprido e mexia no celular, sorrindo. Aquele homem era o motivo da irritação do General.

Ele dirigiu um cumprimento vago e sentou-se, acomodando o notebook sobre a mesa. Ligou-o, decidido a ignorar o desconhecido. Gustavo iniciou:

– Senhores, o motivo de estarmos aqui são as mensagens ameaçadoras que o Presidente tem recebido pelo celular.  Ele deseja que o GSI trabalhe em conjunto com o Gabinete Civil. Não precisamos de mais para entender o quanto isso o está incomodando. General, já conseguiu alguma pista sobre a origem das mensagens?

– Ainda não. O problema é a quantidade de operadoras. Neste ano, passaram a ser quinze. Além disso, as mensagens sempre vêm de números diferentes.

– O que comprova – interveio o desconhecido – que o emissor é um só, disfarçando-se. Do contrário, os números repetir-se-iam pelo menos uma vez, mas…

– Já sabemos disso – o General Ferro interrompeu, sem nenhuma delicadeza –, e…

– General – o desconhecido também interrompeu, sorrindo – não se preocupe com Vinólia. Essa é uma fase de autoafirmação, pela qual todas as adolescentes passam. Ela o ama muito, e logo esquecerá esse gato vira-lata que trouxe para casa.

– Sim – confirmou o General –, mas enquanto isso… –levantou-se violentamente. – Como sabe disso? Gustavo, você andou me espionando! – Investiu subitamente, como seus dois metros de altura, em direção ao desconhecido. – E quem é você? Que história maluca é essa que me contaram? – Sua posição marcial demonstrava estar a ponto de lançar alguém sobre o gramado da Esplanada.

Gustavo também se levantou, com um gesto apaziguador:

– Pelo amor de Deus, Léo, sente-se. Eu também não acreditei, a princípio.

Finalmente, Ferro sentou-se, hesitante, enquanto o misterioso homem sorria e explicava:

– Ainda hoje não entendo como alguém se surpreende com algo tão simples. O senhor tem pelo de gato no uniforme. Ao olhar para o quadro da onça, fez uma careta de desagrado. A sua idade é de quem tem filhos adolescentes, que adoram recolher gatos de rua. Finalmente, observei enquanto o senhor digitava a senha do notebook, V-i-n-ó-l-i-a, provavelmente o nome da sua filha, que noventa por cento dos pais usam.

Ferro, trêmulo, bebia um copo de água. Virou-se para Gustavo:

– Então não é brincadeira? Ele é mesmo…

O próprio desconhecido respondeu:

– Mr. Sherlock Holmes, ao seu dispor.

 

***

 

Gustavo explicava:

– Nós o encontramos em Hunza, um vilarejo do Paquistão. O lugar é famoso pela longevidade dos habitantes, que vivem em média 130 anos. O Ministério da Saúde enviou uma missão para estudar os hábitos da população de lá.  Foi assim que o conhecemos. Ele afirma que desde que se retirou, vive lá, e que atualmente tem 140 anos. Então, o Presidente pediu sua ajuda, e ele aceitou.

– No fundo – disse Holmes –, considerei uma variação positiva para a monotonia dos meus casos atuais. Só tenho resolvido pequenos furtos, infelizmente raros em Hunza.

– Portanto, Léo – disse Gustavo –, peço-lhe que se lembre de que é um pedido do Presidente, e mostre-lhe as últimas mensagens recebidas.

O General Ferro não discutiu. Moveu o Notebook de modo que todos pudessem ver as mensagens:

“Fogofrioleira triboancestral Prometheus – Galinhaciscante.”

“A guerra terminou, lutaste contra lanças, perecerás de bofetadas!”

“Corrupião, currupaco, capuz-vergonha do carrasco. Remexe-se na corda trêmula.”

– A primeira mensagem – explicou Ferro – parece um insulto desagradável, “galinha ciscante” ou coisa que valha. A segunda é claramente ameaçadora. Afirma que o presidente, que foi policial e lutou com armas, irá morrer a pancadas. A terceira ameaça-o com a forca. Mas posso ver por sua expressão irônica, Mr. Holmes, que o senhor não concorda com nada disso, e decerto tem alguma teoria melhor.

Holmes não conteve um pequeno riso:

– Ora, vamos, não se aborreça, General. Nesse caso, sua desvantagem está em não ter conhecido, como eu, um irlandês beberrão que se expressava de modo idêntico a estas mensagens. Foi há anos, nos pubs londrinos. Chamava-se Jim, como todo bom Dublinense. De tanto ouvi-lo, entre um copo e outro, acostumei-me a frases desse gênero, que nunca significam o que dizem.

– Então – perguntou Gustavo – é esse irlandês que está enviando mensagens ao Presidente?

– Apenas se for do Além. Estive em seu funeral, em Zurique, 1941 – Holmes respondeu com sua costumeira precisão.

– Quem mandou as mensagens, então? – Gustavo insistiu.

– Isso ainda não sei. Preciso terminar de olhar meu Facebook.

Os Ministros entreolharam-se. Após um instante, o General Ferro levantou-se e declarou:

– Senhores, receio que deva continuar investigando, ainda que por meios mais tradicionais.

– Por favor, volte para o almoço, General – pediu Holmes.

 

***

 

Ao meio-dia o General Ferro tornou a entrar na sala de reuniões. Gustavo estava lá. Sherlock Holmes, em uma poltrona, interpretava uma valsa celta no violino.  A música parecia medieval, composta apenas por um curto trecho, que Holmes repetia de forma intermitente. Após alguns minutos, a têmpera militar do General Ferro cedeu e ele perguntou se podia pedir o almoço.

– Oh, claro, General – Holmes aquiesceu. – Estava tocando “O Bosque das Fadas”, em homenagem ao meu amigo irlandês.

Pediram os tradicionais bifes com arroz e batatas, acompanhados de uma jarra de suco, para os Ministros. Para Sherlock, presunto e uma garrafa de Guinness.

Durante o almoço, o General comentou:

– Mr. Holmes, seu amigo irlandês não seria James Joyce, o famoso escritor?

– Oh, sim, General, Jim Joyce. Mas não era famoso naquele tempo.

– Andei pesquisando. Ele inventou uma técnica de escrita denominada “fluxo de consciência”, não?

– Assim ele denominava nosso jogo. Era divertido ouvi-lo inventar frases pitorescas, para representar o que ele chamava de “estado da consciência anterior à saída da fala”.

– Infelizmente não entendo muito de literatura – confessou o General.

– Todavia, é apenas um jogo de pub. Ele escrevia uma frase que representava sua “pré-fala”.  Eu deveria adivinhar o que significava. Se não conseguisse pagava a rodada. Jim anotava tudo, pois pretendia escrever um livro.  Por exemplo, passou pela minha cabeça agora “química do prazer” O que eu vou falar?

– Não ousaria imaginar.

– Que esse presunto com cerveja é delicioso.  Era uma brincadeira bem agradável entre um literato e um detetive.

– Não duvido – murmurou o General. O resto da refeição transcorreu em silêncio, entrecortado por ocasionais elogios de Holmes à textura do presunto.

 

***

 

Após o almoço, Holmes acendeu seu cachimbo, e a fumaça escureceu a sala como um bar de baixa categoria.  O General Ferro perguntou:

– E então, Mr. Holmes? Já descobriu o significado das frases?

– Assim que as li pela primeira vez.

– E qual é, se podemos saber? – O General exibia um sorriso irônico.

– Calma, General. O senhor deve conhecer meus métodos, extensivamente divulgados por Watson. Adiantar informações é prejudicial.

– O senhor tem alguma previsão para o término das… investigações? – perguntou o General.

– Estão praticamente concluídas. Preciso apenas terminar de ler meu Facebook. O senhor pode voltar lá pelas cinco.

O General pareceu a ponto de dizer algo. Mas apenas perfilou-se e disse.

– Como queira.

Em breve, ouvia-se um violento acesso de tosse no corredor. O heroico General conseguira conter-se até estar fora das vistas de Sherlock.

 

***

 

Às cinco em ponto o General estava na sala.

– E então, Mr. Holmes? O Facebook revelou o criminoso?

– Nesse momento, General. Sente-se e sirva-se desse chá de morango. Mais alguns dias e adaptar-me-ia à capital brasileira.

O General encheu uma xícara, sem comentários.  Holmes falou:

– Uma vez que os senhores estão curiosos a respeito das mensagens, comecemos por elas. O significado da primeira é simples. O autor está se sentindo ludibriado pelo Governo, que extinguiu o Ministério da Cultura.

Os dois Ministros quase pularam da cadeira, e exclamaram em uníssono:

– Como?

Mr. Holmes sorriu e continuou:

– É a fala “Joyceana” em pré-consciência.  Notem as associações: O País está reduzido a um estado tribal, ancestral, antes mesmo de o herói Prometeu ter proporcionado o fogo e o conhecimento à humanidade. O autor da frase sente-se uma ave, que é mencionada no Facebook como o símbolo dos iludidos que votaram no Presidente.

Após um instante de silêncio, Holmes continuou:

– A segunda frase fala da Reforma da Previdência.

Mais uma vez os Ministros remexeram-se nas cadeiras, estupefatos.

– A referência é às pessoas que trabalharam a vida inteira, e estão a ponto de sucumbir à fome.

O General falou:

– Mr. Holmes, reformas são necessárias!

– Pouco entendo de política, general. A terceira mensagem é a mais clara. O início está associado a “corrupção”, e depois ela afirma ser uma vergonha o Presidente não combatê-la como prometido. E que o chefe da nação caminha na corda bamba, dividido entre promessas e a fidelidade a Ministros corruptos.

– É injusto! – Exclamou Gustavo Serra. – Há Ministros denunciados, mas nada foi provado!

– Calma, Ministro. Estas mensagens não são necessariamente apropriadas. Entretanto, refletem uma pré-consciência cristalizada nas redes sociais. Confirmei durante o dia no Facebook. É o pensamento da maioria das pessoas que postam.

– São essas pessoas que enviam as mensagens?

– Jamais conseguiriam.

– Quem, então? E por que se expressam dessa forma… entrecortada, incoerente?

– Vou dizer. Previno-os de que a explicação parecerá assombrosa.

– Mais ainda? – O General bradou.

– Sim.  Como os senhores sabem, o cérebro humano tem em torno de 90 bilhões de neurônios.

Os Ministros fitaram-se. Holmes continuou:

– Há muitos anos, os monges de Hunza fizeram uma descoberta. Perguntaram-se: O que nos faz sabermos que somos nós? E depararam-se com a espantosa resposta: os bilhões de impulsos eletroquímicos que trafegam pelos neurônios causam essa sensação de “consciência”.

– O senhor, General – Holmes prosseguiu –, deve ter formação em computadores. Poderia explicar-nos como funcionam as operadoras de celular?

– Elas são interligadas por “redes neurais”. Além disso…

– Basta, General, obrigado. O que são “redes neurais”?

– Grosso modo, é um software formado por neurônios artificiais. No caso das operadoras de celular, o processamento é feito por bilhões deles, e…

O General interrompeu-se, mortalmente pálido. Então fitou Holmes e balbuciou:

– Você está brincando…

– Nunca falei tão sério.  A cada nova operadora, são acrescentados bilhões de “neurônios artificiais” à rede. Em algum momento, a rede atingiu a quantidade necessária para formar uma “consciência artificial”. É essa forma de vida inteligente que está enviando as mensagens.

Os Ministros olharam-se, aterrorizados.

– O senhor… tem certeza, Mr. Holmes? – O Chefe do Gabinete perguntou.

– Eliminado o impossível, resta o improvável.  Observe como essa inteligência se expressa, em um nível “pré-consciente”. Não atingiu ainda a articulação plena. Sua fonte de informações é o Facebook, que flui 99% do tempo em seus circuitos. Daí seu tema e lado preferidos – o detetive permitiu-se um pequeno sorriso.

O General recobrara-se:

– O que importa, Gustavo, é como podemos desligar isso. Estarei no…

– Lamento discordar, General – disse Holmes. – Os senhores depararam-se com uma nova forma de vida. Creio que devem estudá-la, para nosso benefício e o dela.

Após um instante, Gustavo ergueu-se da cadeira.

– Ele está certo, Léo. E com a vantagem de que apenas nós conhecemos sua existência. Mr. Holmes, posso contar com sua discrição para manter tudo em segredo?

– Totalmente.

– Senhores, vejo-os no jantar – Gustavo dirigiu-se apressadamente para a saída. – No momento, devo comunicar-me com o Presidente.

 

***

 

O General fitou Holmes especulativamente. Dirigiu-se, decidido, a um armário, e tocou a fechadura digital. Escolheu uma garrafa de Amontillado, serviu um cálice para Holmes e outro para si.

A noite caía no Planalto Central.  O frio e as luzes artificiais invadiam a capital brasileira. O detetive contemplava raios multicores perdidos em sua taça, o General olhava pela janela, pensativo.

Súbito, o General Ferro voltou-se para o maior detetive do mundo. Seus olhos pareciam muito jovens.

– Mr. Holmes, posso fazer-lhe uma pergunta?

– Claro, General.

– Há pouco, o senhor quis ser gentil… ou realmente acha que minha filha me ama muito?

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17 comentários em “Um Caso de Consciência (Wilson Barros Júnior)

  1. Miquéias Dell'Orti
    23 de dezembro de 2018

    RESUMO

    Em Brasília, o detetive Sherlock Holmes é chamado pleo governo para investigar um caso de ameças contra o presidente. O criminoso enviava mensagens com conteúdos confusos, mas que pareciam conter certo teor de ódio contra o governo.

    Ao final, Sherlock resolve o caso, chegando à conclusão de que o criminoso é, na realidade, um tipo de inteligência artificial criada com o desenvolvimento das redes neurais dos sistemas de telefonia e que as mensagens eram enviadas conforme o que a IA “aprendeu” nas redes sociais.

    MINHA OPINIÃO

    Uma versão bem bacana (e brazuka) de um conto a lá Conan Doyle. Legal.

    Gostei da separação em blocos da história. Deu uma fluidez bacana e um respiro a cada parte.

    Uma única objeção foi quanto ao Sherlock em si. O personagem me pareceu jovial demais para um homem que tinha 140 anos! Aliás, que vilarejo surreal esse… fiquei com vontade de saber mais sobre ele.

    De qualquer forma, o fato de eu ter achado Sherlock mais novo do que deveria não atrapalhou a história. Inclusive, gostei muito do final, com a inserção de um fator tecnológico. Confesso que tive medo do final cair um clichê do gênero. Felizmente isso não aconteceu 🙂

    Um bom trabalho.

  2. Ana Carolina Machado
    23 de dezembro de 2018

    Oiiii. Um conto que começa em uma reunião que busca discutir mensagens estranhas e até ameaçadoras que o presidente estava recebendo, desde o começo quando o general Ferro entra se cita a presença de uma figura desconhecida que mexia no celular, mas para frente vamos descobrir que se trata de Sherlock Holmes, o famoso detetive. O detetive estava vivendo em um pacato vilarejo no Paquistão que é famoso pela sua longevidade, tanto que passava dos cento e poucos anos, aceitou o caso para fugir um pouco da monotonia dos casos que resolvia lá em Hunza. As mensagens são mostradas e o general diz o que acha que elas significam, o detetive tem outra teoria e fala de um amigo irlandês que mais tarde vamos descobrir ser o escritor James Joyce. As frases misteriosas representavam um estado de consciência antes da fala e conforme isso Sr. Holmes explica o significado de cada uma das frases e diz que eles estavam diante de uma consciência artificial, uma forma viva nova que estava mandando as mensagens. Eles discutem o que devem fazer com ela e o detetive aconselha que ela seja melhor a estudar. No fim o general e Sherlock Holmes conversam e o general pergunta sobre a primeira observação dele se ele realmente achava que Vinólia amava ele ou se apenas quis ser gentil. O conto é muito criativo, principalmente na ambientação do detetive no Brasil e resolvendo um mistério que envolve a internet e novas tecnologias, coisas que não existiam na época em que as histórias dele ocorrem, assim como foi interessante falar do momento político atual. As referências ao escritor James Joyce me deixaram com vontade de ler algum livro dele. Parabéns pelo conto. Abraços.

  3. Givago Domingues Thimoti
    23 de dezembro de 2018

    Olá!

    Tudo bem?

    Um dos contos mais criativos do Desafio! É uma mistura com Sherlock Holmes, políticos brasileiros, Facebook e Inteligência Artificial. Por mais que eu não seja um fã de histórias que façam essa bagunçinha, tive que dar meu braço a torcer

    Acho que a única coisa que não gostei muito foram os diálogos forçados. Na minha opinião, quando você pega um personagem tão conhecido como Sherlock, você corre o risco de não ser tão fiel quanto deveria. Sherlock tem uma arrogância irônica característica dele, coisa que não ficou tão evidente aqui.

    Fora isso, é um bom conto! Parabéns!

  4. Cirineu Pereira
    19 de dezembro de 2018

    Síntese
    O famoso detetive Sherlock Holmes é convidado ao Brasil após aparentes ameaças ao presidente chegarem ao governo. Depois de breve investigação, Holmes descobre que as mensagens ao estilo do escritor James Joyce de fato refletem a percepção dos usuários de uma rede social em relação ao atual governo, concluindo que na rede de computadores uma forma de consciência digital subitamente surgiu e é a responsável pelas mensagens.

    Análise
    O conto, muito bem escrito, “ressuscita” e toma por empréstimo um dos maiores personagens da literatura mundial, inserindo-o no contexto da política nacional. A narrativa é bem ao estilo de Sir Arthur Conan Doyle, como se o autor houvesse seguido uma receita, no entanto, o texto peca pela rapidez, não do estilo, pois no que tange ao estilo, a dinâmica narrativa me soa antes como uma virtude, mas da narrativa em si.

    A trama parece sumarizada, o mistério é apresentado e resolvido rapidamente, sem que o leitor possa ser envolvido pelo suspense ou sequer possa dar os primeiros passos no intento de resolver ele mesmo o caso (esse costuma ser o grande barato dos contos e romances do gênero). É desejável que em histórias policiais o texto e o formato narrativo tragam um mistério em si mesmo, mais que uma leitura, espera-se que esse gênero brinde o leitor com uma espécie de “puzzle”.

    O autor, poderia, por exemplo, deixar apenas implícita a identidade do detetive revelando apenas seu sobrenome. Enfim, a trama acaba por se manter um tanto rasa, pouco elaborada, mesmo visando um público jovial, já que o conto parece voltado para adolescentes, ou provavelmente funcionaria melhor com esses.

    No arremate, o questionamento do general – muito bem pensado a propósito, já que tende a humanizar o personagem – é mal elaborado, aja visto que concede ao mesmo um caráter simplório que não combina com sua patente. O mais adequado provavelmente seria o militar perguntar ao detetive sobre a linha de raciocínio que o levou à conclusão de que a filha o ama muito, ao invés de pedir diretamente a confirmação daquele amor.

    Enfim, com o perdão do trocadilho, um conto “elementar”.

  5. Paula Giannini
    13 de dezembro de 2018

    Olá, autor(a),

    Tudo bem?

    Resumo
    Um detetive descobre uma inteligência artificial criada a partir de binários de dados de celulares, que, é mais lúcida que muito cidadão brasileiro.

    Meu ponto de vista
    O ponto alto do texto é seu viés político, com crítica (nem tão) sutil e (nem tão) velada. Uma trama policial falando verdades em uma atmosfera ficcional que utiliza estereótipos comuns ao gênero.

    O desenvolvimento do texto intriga e o leitor (ao menos assim foi comigo) que se pega pensando, mas por que, afinal, este(a) autor(a) escreveu isso? E, então, há aquele belo momento. O momento do grande Ahhhhhh…. Com a triste extinção do Ministério da Cultura e tudo o mais, fazendo todo sentido na falta de sentido de nossa distópica realidade. A vida imita a arte e vice-versa, não é?

    Parabéns, autor(a) por sua criação.
    Boa sorte no campeonato.

    Beijos
    Paula Gainnini

  6. Regina Ruth Rincon Caires
    12 de dezembro de 2018

    Resumo do conto: Um Caso de Consciência (William Faulkner)

    Altos escalões do Governo contratam um detetive para tentar decifrar as ameaças codificadas dirigidas ao Presidente (via celular). O General era o mais aflito. Sagaz, o detetive, para impressionar o cabra, falou sobre a filha adolescente do General, dizendo até o nome: VINÓLIA, e também sobre o gato dela. O militar ficou assustado. O detetive calmamente explicou as evidências: tinha pelos de gato no uniforme, percebeu que o General havia olhado ferozmente para o quadro de um felino na parede, e que digitou o nome da filha ao colocar a senha no notebook. “Elementar, meu caro Watson!”

    O detetive era nada menos que Sherlock Holmes, que foi encontrado no Paquistão, vivendo numa aldeia que proporcionava vida longeva. O detetive estava com 140 anos.

    Convencido com a perspicácia do detetive, o General passou a ele as mensagens ameaçadoras. Sherlock pediu um tempo para analisar. Durante o almoço, comentaram sobre James Joyce… O detetive pediu mais um tempinho para dar a resposta final. Às cinco horas da tarde, a conversa final começou.

    Interessante diálogo final, Sherlock fala sobre o sentimento de “ilusão” do eleitor que votou no Presidente, sobre a tão falada Reforma da Previdência, e a terceira mensagem refere-se à corrupção. Diálogo atualíssimo! Inteligentíssimo. No texto, falam de “redes neurais”, “neurônios artificiais”, “consciência artificial”, impulsos eletroquímicos que trafegam pelos neurônios, de uma nova forma de vida já iniciada. Enfim, uma miscelânea de conhecimentos (???).

    Fechando a análise, a investigação, os militares pediram que o detetive guardasse sigilo sobre os fatos, que estes seriam repassados ao Presidente, e, ficando a sós com Sherlock, o General Ferro disse:
    – Mr. Holmes, posso fazer-lhe uma pergunta?

    – Claro, General.

    – Há pouco, o senhor quis ser gentil… ou realmente acha que minha filha me ama muito?

    ……

    (Touchê: “O amor é que move a vida…”)

    Comentário/Avaliação do Conto: Um Caso de Consciência (William Faulkner)

    Uma leitura interessante, leve, descontraída, irônica, bem-humorada. O autor brincou com verdades, trabalhou com pensamentos, colocou leveza e bom-humor em problemas imensos. O autor sabe tudo de escrita. Mestre. A narrativa é fluente, clara, conexa, bem amarrada. O desfecho é um mimo, emocionalmente arrebatador. Tudo tem importância na vida, mas o amor dá sentido a tudo. Sem ele, tudo perde a lógica. Bah!

    Interessante o pseudônimo, tudo a ver com o título. Vai até lá, na discussão do “fluxo de consciência” (que eu, particularmente, acho um porre e não compreendo “niente”).

    O texto tem estrutura perfeita para um conto. O teor prende a atenção de quem está lendo, o personagem longevo foi uma sacada de mestre.

    Parabéns, autor, você deu um show de entretenimento, um belo texto!

    Portanto, diante da decisão que me cabe, tendo no páreo: “Quando as Estrelas Não Tinham Nome” (Luneta) e “Um Caso de Consciência” (William Faulkner), o meu voto vai para “Um Caso de Consciência” (William Faulkner).

    Boa sorte!

    Abraços…

  7. Das Nuvens
    11 de dezembro de 2018

    Salve, William Faulkner,

    Resumo: inusitado encontro em Brasília entre Sherlock Holmes e dois ministros do governo (atual? Futuro?). Trazido de Humza, Holmes tem 140 anos, lúcido, deve desvendar o mistério de anônimas mensagens deixadas no celular do presidente. Como bom detetive, Holmes, sem sair de sua cadeira e apenas munido de seu Notebook, desvenda o mistério, não sem antes dar a sua costumeira esnobada sobre sua plateia.

    Comentários: um conto com jeito de paródia relativamente ao governo que se aproxima. Notei uma confusão logo de início, onde os nomes me tontearam um pouco. O general Leonardo Ferro, em cinco parágrafos, é chamado de General, General Ferro, Leonardo Ferro, Ferro e Léo.
    Há uma passagem curiosa. Não sei se o escritor leu os comentários de Leslie S. Klinger sobre a obra de Doyle. Digo isso porque em determinado momento surge uma construção-enigma “—General (…) não se preocupe com Vinólia. Essa é uma fase de autoafirmação, pela qual todas as adolescentes passam. Ela o ama muito, e logo esquecerá esse gato vira-lata que trouxe para casa.” Há uma confusão de gênero.
    Custei a saber que Vinólia era um gato (poderia ser uma rapaz), que só é revelado (de fato) mais tarde. Há uma diferença significativa entre pensar e escrever.
    O que eu penso está na minha cabeça como uma parte do todo da minha compreensão, ao passo que o que eu escrevo, e não escrevo para mim apenas, exige a compreensão desse todo com base exatamente no que está escrito para ser posteriormente lido. Um hiato entre o que eu penso e o que eu escrevo torna-se um enigma ou uma incompreensão para aquele que lê em outro momento.
    Então Holmes diz que “Finalmente, observei enquanto o senhor digitava a senha do notebook, V-i-n-ó-l-i-a, provavelmente o nome da sua filha, que noventa por cento dos pais usam.”
    Aqui surge a curiosidade. Na época em que se passam os casos de Holmes, cerca de noventa por cento das meninas nascidas em Londres ganhavam (conforme Leslie S. Klinger) o nome de Violet (quase Vinólia), mas… a frase-enigma dizia que os noventa por cento se referia ao fato de que os pais usavam o nome das filhas como senha… (ou noventa por cento dos pais davam o nome de Vinólia às filhas?)
    Esse modo de escrever paródias é interessante. Uma mistura tremenda onde entram personagens fictícios reais (Holmes, Watson etc) com personagens reais (Joyce) e personagens de pura invenção, como os ministros. O general, como nas comédias de pastelão, entra e sai da sala, vai e volta, mandado para lá e para cá, funcionando como se fosse um ato teatral.
    O equilíbrio entre todos esses elementos pode ou não dar ou tirar credibilidade do conto. No caso presente, acho que houve um excesso no manuseio ficcional, onde o que mais pareceu importar foi a afirmação política do redator. Um texto curioso que buscou a graça das contradições da vida política nacional, onde muito se rege pelas regras de Finnegans Wake, de Joyce, um emaranhado de palavras que pouco se conectam, sempre carentes de um Holmes para desvendá-las.
    Um conto com pretensões que, justo por isso, deixa falhas construtivas, mais se interessando pela passagem de uma ideia acerca de convicções políticas do autor, das quais nem discordo no todo.

    Acredito que o cuidado com a escrita na narrativa deva ser fundamental para construção do texto, dando a ele fluência, não permitindo ao leitor ser tirado de sua concentração para observar detalhes vocabulares ou construtivo. Nisso a simplicidade ajuda, e bastante. Minhas observações são nesse sentido, onde menos é mais, onde a simplificação é tudo.

    Boa sorte no campeonato.

  8. Amanda Gomez
    9 de dezembro de 2018

    Mr. Sherlock Holmes aparece com mais de cem anos pra resolver um caso sobre mensagens ameaçadoras que o presidente estava recebendo. Numa ilha onde a longevidade é destaque foi onde o encontraram. A trama segue dando indícios do mistério a ser resolvido, como mensagens em outra língua. Enquanto isso Holmes vai mostrando seu talento lendo perfeitamente a vida do general do caso. No fim o mistério é resolvido o ”criminoso” na verdade trata-se de um pré consciência propagada principalmente pelo Facebook, uma voz em uníssono que não dá pra rastrear pois está em todo o lugar . Não há o que fazer.

    ________________________

    Olá! Um texto nonsense, tive dificuldade de acompanhar o raciocino no autor, claramente demonstra uma critica a politica, a informação, as redes sociais , a polarização e a facilidade de como as pessoas são facilmente manipuladas tornando-se ecos de uma mesma voz. A questão é… a forma como foi contado isso não me agradou muito, a participação especial de Holmes foi muito…fraca, os outros dois personagens também não acrescentaram muita coisa. Tem sim os pontos interessantes que é o miolo do texto, a escrita é simples mas tem fluidez. As ressalvas é apenas para a artificialidade dos personagens e até mesmo do propósito do caso, uma profundidade maior teria dado um resultado mais satisfatório, pelo menos pra mim.

    Mas enfim, é isso, desejo-lhe boa sorte!

  9. JULIA ALEXIM NUNES DA SILVA
    9 de dezembro de 2018

    Em uma sala de reuniões no Palácio do Planalto, estão General Ferro e Gustavo, que têm cargos na presidência, e um desconhecido. O desconhecido mais adianta revela ser Sherlock Holmes. Eles investigam misteriosas e potencialmente ameaçadoras mensagens enviadas ao Presidente. Paralelamente, são apresentados elementos da relação do General com sua filha. Sherlock esclarece que as mensagens são enviadas por uma forma de inteligência artificial, uma nova forma de vida. No fim, o General indaga ao famoso detetive se sua filha o ama. O melhor do conto é o final. O texto, construído quase todos com diálogos, nem sempre flui, fica um pouco confuso e, às vezes, artificial. Tem elementos bacanas que lembram mesmo o Shelock, por exemplo, a forma como ele se apresenta e resolve o caso e a mistura criativa entre o personagem e a realidade brasileira. O que tem de legal no conto ficaria mais evidente em diálogos mais claros.

  10. Ana Maria Monteiro
    7 de dezembro de 2018

    Observações: uma crítica muito atual que usa a figura de Sherlock Holmes para desmontar um fenómeno, de certa forma, real: o funcionamento e papel que desempenham as redes sociais na formação de opinião. Inteligente e bem visto.
    Prémio “#EleNão”

  11. Marco Aurélio Saraiva
    7 de dezembro de 2018

    Que conto maneiro! Apesar dos personagens improváveis (Sherlock Holmes e James Joyce), a história é MUITO criativa e bem contada. Os personagens estão aí mais para “quebrar o clima” e trazer um pouco de descontração. Você conseguiu fazer um conto de ficção científica com uma super ideia inovadora, contá-lo de forma magistral e ainda divertir o leitor com momentos bem-humorados! Tudo isso com uma pitada de crítica política que ficou bem inserida no contexto, sem nenhum sentimento de panfletagem.

    Sensacional!

  12. Pedro Paulo
    2 de dezembro de 2018

    RESUMO: O conto trouxe ao solo brasileiro, nos corredores do Congresso, o maior detetive do mundo, o imortal Sherlock Holmes, diante do desafio notoriamente contemporâneo de desvendar quem estaria mandando ameaças ao Presidente da República. Depois de uma análise extensiva, responde aos chefes dos gabinetes a natureza inovadora e exclusivamente tecnológica dessa ameaça, resolvendo, portanto, o mistério instigante que centraliza a narrativa.

    O CONTO: Muito bom! Já li os contos que Doyle escreveu trazendo seus mais famosos personagens, Holmes e Watson. Acredito que o autor se sentiria honrado ao ler o seu conto, se bem que não entenderia nada. Mas bom, vamos à avaliação.

    O início do conto é um de apresentações, em que os três de personagens componentes da trama são introduzidos pelo narrador. Nesse sentido, o autor se saiu muito bem ao omitir a identidade de Holmes no início, contribuindo para a mística aura de mistério que geralmente envolve a personagem. Para melhor criar esse efeito, escolheu dizer exatamente quem eram os outros dois personagens. A maneira da revelação da identidade do detetive também foi feita da melhor maneira possível: pelo peso de sua dedução, típica de Holmes, na análise dos detalhes mais improváveis para chegar às conclusões mais prováveis. Com isso, ao mesmo tempo em que nos deu a devida introdução às personagens, soube dar um retrato acertado das principais características de cada personagem: Gustavo apaziguador; Ferro imponente, mas respeitoso e disciplinado; Holmes na afiadíssima astúcia de sempre.

    O proceder do enredo também é muito bem calculado, proponente ao leitor que também se esforce para solucionar o mistério por detrás das mensagens. Conhecendo Holmes, o leitor estaria apto a seguir o primeiro passo da investigação: atentar aos detalhes em busca de significados que estes geralmente não teriam. O provável pelo improvável. Eu sou um cara comum, porém, então simplesmente segui lendo aguardando pacientemente (única maneira de fazê-lo, já que Holmes não se importa em fazer esperar, o que é muito bem demonstrado aqui). Inclusive, o conto é recheado de diálogos muito bem acertados em representar as personagens, Ferro paciente, Holmes astuto, conhecedor de um milhar de coisas e de pessoas. É entremeio a esses diálogos que temos uma combinação perfeita de exposição e nuances das personagens, como quando Holmes fala dos furtos da vila em que mora e ainda completa que “infelizmente” é o que tem cuidado. Fiquei surpreso ao ver que o autor, ao trazer Joyce e seu fluxo de consciência, não só contribuiu para a aura de imortalidade de Holmes, como também fez disso algo primário para a resolução do mistério.

    Portanto, achei a solução final bastante acertado, uma vez mais alinhando a trama a algo que vinha sido mencionado durante a leitura: Holmes olhar o próprio Facebook. O que no início me pareceu apenas uma maneira engraçada de abordar a contemporaneidade do enredo e a típica irreverência do detetive, no fim das contas era parte da investigação. Mas afinal, não é sempre assim com Holmes? O que parece insignificante geralmente tem significado e, mais do que isso, é uma mente incessante, que está sempre focada no trabalho. Na estrutura do seu conto, é visível como soube preservar esse aspecto caríssimo ao personagem.

    Enfim, é óbvio que julguei este um conto excelente. Para encerrar, assinalarei que o autor também sucedeu na sutileza, pois soube abordar as contradições existentes entre a atual gestão eleita para o Executivo Federal e o eleitorado brasileiro, sem tornar do conto algo político, mas fazendo da política algo conjuntural do enredo. Isso demonstra domínio. Por toda a obra, meus parabéns.

    A DISPUTA: Estou sorrindo. Nas últimas avaliações que fiz, inevitavelmente decisivas, reclamei pelo fato de que a temática livre favorecia que cada conto tivesse a sua própria proposta, em abordagens livres por parte dos autores… dessa vez, a combinação favoreceu o confronto entre dois contos de temáticas parecidas, ainda que com abordagens diferenciadas. Dessa maneira, a disputa se faz ainda mais acirrada e justa. Vejamos:

    Ambos os contos estão dentro do gênero de histórias de investigação policial, ironicamente cada qual reutilizando narrativas “tradicionais” desse gênero em perspectiva contemporânea. É notório que cada autor quis fazer essa reverência à sua maneira, de uma maneira mais indireta em “Tiro Certeiro” ou com algo mais evidente em “Um Caso de Consciência”. Digo isso porque em Tiro, Cherloque deu preferência a aproveitar o “estrutural” da trama policial, com a vida precária do investigador, a rede de mistérios e a femme fatale. Já no Caso, Faulkner trouxe Holmes tal como ele é para um mistério contemporâneo, com uma contextualização sucinta e precisa que escapa do particular que demarca “Tiro”.

    Ambos são contos muito bem escritos que fizeram total proveito das abordagens escolhidas. Para esta disputa, minha escolha fica com “Um Caso de Consciência”, por eu achar que foi mais ousado ao não se manter só no “estrutural” das histórias de Conan Doyle (o que também segue, na fórmula do enredo e na concepção das personagens), mas sendo logo direto e trazendo Holmes como um dos protagonistas. Meus parabéns a ambos os autores e desejo sorte nos confrontos que virão!

  13. Gilson Raimundo
    29 de novembro de 2018

    Quando o presidente brasileiro recebe mensagens ameaçadoras via celular, o serviço de inteligência manda busca o maior detetive já criado. Sherloc Holmes que apesar da jovem aparência possui mais de 140 anos, a sua juventude se deve a reclusão num misterioso vilarejo do Paquistão. O detetive com sua tradicional analise confronta o general Ferro, militar durão que tem problemas com a filha, Holmes deduz que as mensagens desconexas é uma forma de linguagem de uma forma de vida artificial ciada nos sistemas de telefonia, uma inteligencia virtual que reflete os desejos da maioria dos usuários decepcionados com as atitudes do presidente eleito.

    A presença do Holmes é bem curiosa, gostei da imaginação do autor. A narrativa parece tentar prever o futuro do pais, Os diálogos são dinâmicos e de fácil compreensão, o texto pode até ser considerado doutrinador, mas não tem importância no meu julgamento, gosto de textos que despertam pensamentos. boa a forma como finalizou, deixando o general expor seus sentimentos em relação à filha.
    boa sorte no desafio

  14. Sidney Muniz
    26 de novembro de 2018

    Resumo:

    Sherlock está de volta… hehe e agora para ajudar os figurões brasileiros a descobrirem quem está encaminhando mensagens “criptografadas” para o presidente. O fato é que o detetive tem 140 anos e descobre ao final de sua investigação que foi uma inteligência artificial que se criou a partir de… bom, é mais ou menos isso. Um conto interessante!

    Gramática:

    Não precisamos de mais para entender o quanto isso o está incomodando. – “de nada mais”

    Conto lido após o do concorrente!

    Notas de 1 a 5

    Título: 5 – Muito bom e alinhado ao conto após eu ter lido o mesmo.

    Construção dos Personagens: 4 – como já se trata de um personagem conhecido, fiquei com a sensação de faltar algo, achei ele muito jovial… e talvez tenha faltado também um pouco mais de arrogância, mas o trabalho é bem feito.

    Narrativa: 3,5 – Uma narrativa muito boa, mas confesso que a primeira parte do texto não me agradou o bastante!

    Gramática – 4,5 – Apenas um pequeno deslize, no resto está ótimo.

    Originalidade: 3,5 – Por se tratar de mais um conto de Sherlock há de se concordar que já é um tema batido, ainda assim o autor teve muita audácia quando colocou a inteligência artificial e a forma interessante dela ter ganhado vida.

    História – 3,5 Gostei da maior parte da história, foi bem desenvolvida, mas queria sentir um pouco mais de um Sherlock velho, achei que passou uma jovialidade que ele de certo não teria, então teria sido interessante alguma manobra do autor para nos apresentar isso de uma maneira mais contundente.

    Conto interessante!

    Sua nota é 24 de 30 pts!

    Boa sorte!

  15. Jowilton Amaral da Costa
    22 de novembro de 2018

    Presidente do Brasil se vê ameaçado com mensagens enviadas por celular e contrata Sherlock Holmes para resolver o caso.

    É um conto de bom para médio. Achei do meio para fim melhor do que o início. Interessante a ideia de escrever um conto com o Sherlock e posicionar a estória do nos dias atuais. Está bem escrito, não percebi erros. Achei a trama bem simples e acho que a estória deveria ser um pouco mais densa, e o detetive ser melhor trabalhado. As deduções que ele faz me pareceram um pouco forçadas. As tentativas de humor também não me agradaram o suficiente para uma gargalhada, a não ser no final, quando o General faz a pergunta ao detetive sobre a filha. Há um pequeno suspense e achei bem legal a tal da inteligência artificial ser a responsável pelas ameaças ao presidente.. Esta parte ficou bem criativa. Infelizmente, comparando-se ao conto que li primeiro, que também não me empolgou muito, este, literariamente, é inferior a aquele, na minha opinião, claro.. Boa sorte no desafio.

  16. Priscila Pereira
    21 de novembro de 2018

    O Presidente está recebendo mensagens ameaçadoras e seus ministros se reúnem para desvendar o caso. Sherlock Holmes foi convidado a ajudar na investigação. Ele descobre que quem manda as mensagens é uma nova forma de vida, uma inteligência artificial que se alimenta das postagens do facebook.

    O conto entretém, eu particularmente amo o Mr Holmes e até que achei uma fanfic decente. A estória é sem duvida original e o autor tem talento em contá-la. Não notei erros de revisão nem de gramática. A abordagem sobre eventos atuais está leve e quase neutra. Quase. Os personagens, tirando o Mr Holmes, são muito genéricos. O autor poderia ter aprofundado e dado mais uma camada ao texto. Um bom Conto. Boa sorte!

  17. Ricardo Gnecco Falco
    21 de novembro de 2018

    Resumo da história: Alta cúpula do Governo brasileiro encontra e contrata ninguém mais, ninguém menos, que o lendário detetive ‘Sherlock Holmes’ para elucidar uma série de mensagens ameaçadoras direcionadas a um mitológico presidente da república e que, após rápida investigação por parte do famoso detetive inglês (menos de um dia), descobrem-se como sendo resultado de uma nova forma de inteligência, oriunda da união dos dados de diversas operadoras de celular em atividade no país.
    Impressões pessoais: Gostei da história; bem divertida e sem cair muito fundo no perigoso calabouço das prisões ideológicas mentais. Parabéns pelo trabalho e boa sorte no Desafio!

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Publicado às 20 de novembro de 2018 por em Copa Entrecontos e marcado .
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