EntreContos

Detox Literário.

O frango e a freira (Paulo Luis Ferreira)

Nasceu em 23 de março de um ano desses qualquer na cidade de Mogi das Cruzes, na grande São Paulo. A princípio não ganhou nome por ser filho de chocadeira. Igual tantos outros irmãos, branco e exmiliguido. No entanto, para maior infortúnio se diferenciava dos outros por ser atrófico da perna esquerda e da asa direita, e ainda estrábico. Logo se percebia o preconceito reinante das frangas e frangotes do galinheiro. Enquanto ainda pintinho sofreu muito em virtude de seus problemas físicos. Tornou-se um frango adolescente angustiado, solitário e amargurado. Diante esse estado macambúzio e sorumbático foi escolhido muito cedo para ir para o abatedouro.

Não conformado com sua sina decidiu que não morreria como um carneiro. Resignado. Quando decidiu num ato de bravura, do alto do caminhão que o transportava, atirar-se na estrada empoeirada de barro e cascalho. Não tendo condições de voo pelo fato de seus aleijões na asa e na perna, machucou-se muito na queda. Ficando ali no meio da estrada agonizando por horas a fio. Pedindo a Deus que abreviasse sua vida, que acabasse logo com aquela agonia. Não foi atendido. Foi ai que, por obra do divino, vem-vindo a Kombi da madre Celestina lá no fim da estrada levantando poeira a toda velocidade. A noviça Lenasilva gritava de medo e pavor ao lado da madre, – uma verdadeira doidivanas, uma sádica no volante, – que dava gargalhadas de prazer e arrepio de êxtase lascivo, infundindo medonho horror na noviça. Num repente, no meio da depravada risada, se ver obrigada a dar uma brecada violenta, rodopiando num cavalo-de-pau, atravessando a Kombi na estrada. Deixando-a envolta numa nuvem de poeira. A madre superiora sai gritando impropérios. A noviça rapidamente corre até aquele estrupício no meio da estrada. Com carinho põe o frango em seus braços e chora comovida.

Socorre-o levando-o para o convento. Limpa-o e cura seus ferimentos com zelo. A partir desse dia passou a ser o xodó da noviça Lenasilva e motivo de biscuinha da madre Celestina. Pois a noviça não mais saia a passear com ela. – A noviça era sua diversão quando dirigia, houve dia em que ela, a superiora, mijou-se de rir, e a noviça, de santo horror. – Agora não, era Macuco pra cá, Macuco para lá. – Macuco. Esse foi o nome que Lenasilva deu para o frango. – Era o mesmo nome de um ex-namorado dela. O sujeito que a deflorou, um catimbau peruano. Daí o motivo de sua entrada para o convento. Quando entregou sua vida a Deus e agora ao frango. Pois de certa forma aquele seu ato de carinho para com Macuco acendeu a chama da libidinagem que até então estava apenas adormecida.

Macuco por sua vez, achava-se renascido das cinzas, sentia-se um verdadeiro Fênix. Estava forte, com saúde e cercado de carinho por Lenasilva. Quantas vezes não havia dormido com ele no celeiro, sobre o feno, alisando sua pequena crista, esquecendo o corpo nu sob as volumosas vestes religiosas. Deixando Macuco brincar por baixo dos panos em seu corpo alfenim. Evidente, que como macho que era, Macuco se excitava e para retribuir tanta afeição ele pulava cacarejando em cima de seus peitos e coxas. Picando aqui e ali, usando e abusando, fazendo a noviça sentir a plenitude da lascívia sexual aflorando seu branco corpo cristal como pérola maculada. – Corpo este, deflorado há tão pouco tempo por seu namorado, porém já recomposto, quase intacto, como por um milagre. – Lenasilva estava feliz. Era a vida que havia pedido a Deus. A noviça a priori, nutriu por Macuco, um amor platônico. Amor este, que sentia por qualquer cão vira lixo da rua, todavia em pouco espaço de tempo viu este sublime sentimento transformar-se numa obsessão sem limites. Uma obscena devoção carnal. Não obstante, nesse mundo nada é eterno. A inveja e a mesquinhez humana é devastadora, vingativa e cruel.

Madre Celestina, a superiora, aturdida sentindo-se injustiçada, jogada para escanteio, passou a persseguir o frango obstinadamente.

Sempre na espreita, para pegá-lo sozinho, desprovido da guarda da noviça. – Sonhava em vê-lo espetado numa máquina de padaria, servindo de vitrine e desejo para os cachorros do bairro. – Na melhor das hipóteses cozido em lata de querosene sobre o lerdaço fogo frio dos jornais, em baixo dos viadutos servido como canja para famintos desvalidos. Não obtendo sucesso na caça ao penudo, madre Celestina, arquitetou um plano diabólico. Arrumou um pecado escabroso para a noviça Lenasilva. Motivo: ela andava muito feliz ultimamente, que aos olhos de Deus aquilo era artimanha do capiroto para desvirtuá-la dos votos (3-D). Dom da Dádiva Divina e sua dedicada obediência à Santa Madre Igreja. Pois agora a noviça só queria saber do primeiro canto do galo. (Macuco já se tornara um galinho). Passou-lhe um pito e o castigo: na sexta-feira próxima ela, a noviça, iria acordar e dormir orando de joelhos em cima de um punhado de grãos de milho. A reza, para purificação dos males da luxúria, e o milho para esquecer o objeto do desejo e lembrar o porquê do castigo. Isto feito, enquanto Lenasilva pagava sua penitência ela, a madre, passou à ação. Cega de ódio a madre partiu para cima do frango com toda empáfia que Deus lhe deu de faca peixeira na mão, quando se apercebeu de que não poderia simplesmente matá-lo, daria na vista. Decidiu que faria diferente, – e até mais gostoso e apropriado para seu espírito no momento. – Levou-o à linha do trem, prendeu-o, atando-o ao trilho, pondo o pescoço no ponto fatal da roda. Era o triste fim daquele que almejou apenas ser um frango feliz. E para sua consagração, ficou ali madre Celestina, aguardando pacientemente escondida, de cócoras, atrás de um arbusto, o desfecho da tragédia, quando da passagem do trem das 18h25min, com destino à Santana do Parnaíba e Bom Jesus do Pirapora. Fato consumado ficou Macuco ali degolado às margens do trilho e da vida. Só restava deixar-lhe dito. Glória aos vencidos! O morto, que em Deus o tenha em sua santa glória, com glórias a Deus seria enterrado!

Entretanto o pior estava por vir. Ao passar por ali, um mendigo aproximou-se e sem nenhuma cerimônia, enfiou os destroços do frango num saco plástico, pensado em fazer um gostoso guisado. Mas de repente apertou uma vontade danada de tomar uma cachaça. Porém, não tinha dinheiro. Veio-lhe na ideia a decisão de vender o frangalho para um sacolão perto de sua marquise, onde pernoitava. No sacolão fez um ótimo negócio, trocou o frango por uma garrafa de marafo e meia dúzia de limão. E passou a noite em festa com seus companheiros de penúria, cantando:

“Eu bebo sim… Estou vivendo…

 Tem gente que não bebe… Está morrendo”…

O dono do sacolão achou por bem separar os membros atrofiados de Macuco. Pois não lhe dariam uma boa aparência exposta em cima do balcão. Mas logo chegou uma senhora e comprou o Macuco, fiado para pagar no dia 10 do mês seguinte. (Evitando assim a amputagem dos membros de macuco).

Bom apetite! Disse o dono do sacolão para a freguesa sorridente da Vila Leopoldina. Enquanto isso no convento, a irmã Lenasilva, desolada chorava desconsoladamente, trancada em seu quarto, quando a madre bate na porta chamando-a:

– Irmã Lena!… Irmã Lena!…

– Quem é?  – Pergunta irmã Lenasilva.

– Sou eu.

– Eu quem?

– Irmã Celestina, a superiora.

– Chegou?

– Que isso, irmã Lena! Você parece ansiosa. Chegou o quê?

– A minha mãe ficou de me mandar uma encomenda, hoje à tarde.

– E você acha que pode ter chegado?

– Acredito que sim, (Abrindo a porta) há tempo estou esperando…

– Seria este pacote? – mostrando a caixa, toda solícita. –

– (Tentando tirar o pacote das mãos da Madre). É meu? É para mim?

– (Mesmo que fosse! Este é “para mim” revela um grande egoísmo de sua parte…

– É que…

– O que não fica bem para uma noviça. Você está num momento de reflexão, lenasilva. De provação…

– Eu sei Madre, desculpe. Neste momento eu sinto como se fosse…

– Fosse o quê?

– Esse pacote…

– Esqueça este pacote. Esqueça!… Esqueça tudo! O pacote! Seu corpo! Você mesma!

– Não posso, não posso, eu existo!

– Lenasiva você esta delirando.

– Macuco! Macuco! Estou sofrendo tanto!

– Orgulhosa! Só você que sofre? E eu, não sofro também?

– Não tanto quanto eu.

– Ajoelhe-se! Coloque a cabeça no chão. Seja humilde! (A noviça obedece. A madre degusta por uns momentos a situação).

– Levante-se Minha filha! Não quero atormentá-la mais. O senhor há de nos perdoar. Esta caixa chegou para você. Pelo cheiro, é um frango assado. Sua mãe que mandou.

(A noviça ansiosa põe a caixa em cima da mesa, abrindo-a).

– Meu Deus!… Quem espera sempre alcança.

– Irmã Lena! A impaciência é a mãe da imprudência. Você é uma serva de Deus. Não perca a postura. Não se aprece, o bom do frango assado é que ele não cacareja! Sente-se, vamos comer. (A Madre senta-se, põe as mãos postas em sentido de oração).      Agradeça ao senhor à lembrança de suas servas!

– Aleluia. “Réquiem Aetermam dona Eis”.

– “Requiescat in pace”.  Sirva-me!

Irmã Lenasilva, cheia de cuidados, vai virando o frango dentro da caixa, pegando pela micula.

A madre, observando o movimento da noviça. Grita ríspida.

– O sobrecu é meu!

           – Assombrada, a noviça grita: – Deus nos acuda! É macuco! É macuco!

-Deixe de ser besta. Todo frango é igual. (Arrancando o sobrecu da mão da noviça).

– E desde quando a senhora tem direito ao sobrecu? Isto não consta nas regras monásticas e nem no regulamento interno do convento!…

Num arrebate de fúria, tira o sobrecu da mão da madre.

– Com vento ou sem vento, não interessa. A noviça deve cega obediência à superiora.

– Não a uma superiora de araque como você, que não passa de uma inferiora!…

– Mal criada! Filha do demônio! Me dá o sobrecu!

– O sobrecu é meu! O macuco foi meu. Portanto o cu dele me pertence por direito e tradição.

– Me dá o sobrecu, Lenasilva, ou te arrebento!

– Vai tomar no cu, se você quer o sobrecu!

As duas partem para agressão física. Briga de cortiço. O sobrecu está em jogo. Na confusão derrubam a mesa e a caixa no chão. Pisoteiam todo o frango. Por último, engalfinham-se rolando pelo chão. Após perder a posse do sobrecu, no calor da disputa, a noviça num golpe de extrema destreza, apoderou-se mais uma vez do cobiçado objeto do desejo. E põe o sobrecu entre os dentes, enfia na boca e engole numa atitude de puro egoísmo. Madre Celestina furiosa com este gesto fica de pé e dá um ponta-pé na genitália de Lenasilva.

– Ai!!!… – Grita Lenasilva – Cai o pano.

 

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23 comentários em “O frango e a freira (Paulo Luis Ferreira)

  1. Roselaine Hahn
    27 de agosto de 2017

    Oi autor, que conto doidaço. Arrancou-me gargalhadas a parte do sobrecu. A ideia do enredo é muito boa, engraçada mesmo, porém penso ser necessário alguns ajustes na construção, como parágrafos muito longos, revisar, revisar e revisar, pois há falta de vírgulas e tempos verbais misturados, observe na frase: “Ficando ali no meio da estrada agonizando por horas a fio. Pedindo a Deus que abreviasse sua vida, que acabasse logo com aquela agonia. Não foi atendido. Foi ai que, por obra do divino, vem-vindo (sinistro o vem-vindo, talvez avistou ficasse melhor) a Kombi da madre Celestina lá no fim da estrada (entre vírgulas lá no fim da estrada) levantando poeira a toda velocidade.” E , “passou a persseguir o frango”, é perseguir. Também não entendi o motivo de algumas frases estarem entre parenteses, e nos diálogos, as explicações da narrativa ficariam melhor identificadas ao final do diálogo, após o travessão. Bom, é isso, espero ter contribuído. Abçs.

  2. Thiago de Melo
    18 de agosto de 2017

    Amigo Oliveira,

    Quando eu era adolescente eu tinha uma banda. Eu adorava a minha banda. E na minha banda eu percebi uma coisa que eu achei muito doida. Algumas músicas que a gente tocava eu não gostava tanto de ouvir. Mas eu adorava tocá-las com a banda.
    Estou comentando isso pq acho que seu texto deve ter sido muito divertido de escrever. Eu fiz o exercício de me colocar no seu lugar escrevendo sobre a freira com o galo no palheiro. Deve ter sido bastante divertido. O problema é que quando eu fui ler, fiquei numa situação complicada pq o texto era ambíguo quanto até onde ia a comédia e onde descambava para outros gêneros.
    Apesar disso, achei a cena da luta pelo sobrecu muito engraçada! Parabéns!
    O plotwist na última frase ficou muito legal também ficou bem legal!
    Parabéns!

  3. Jowilton Amaral da Costa
    18 de agosto de 2017

    Gostei do conto. O início está mais bem escrito do que do meio para fim. Os diálogos da parte final poderiam ser melhores, ao meu ver. Pareceu que houve uma euforia no autor e ele saiu mandando absurdos de qualquer jeito, kkkkkk. A cena do sobrecu me lembrou a festas de Natal aqui em casa, meu irmão grita logo que o sobrecu do Peru é dele. Mas, aqui não há brigas por isso e sim pelas coxas. No final fiquei imaginando que a noviça era um homem disfarçado. É isso mesmo? Dei algumas gargalhadas com seu conto. Boa sorte.

  4. Leo Jardim
    17 de agosto de 2017

    O frango e a freira (1,2,3, Oliveira 4)

    Minhas impressões de cada aspecto do conto:

    📜 Trama (⭐⭐▫▫▫): simples e um tanto sem sentido. Até o momento em que a noviça estava fazendo sacanagem com o frango, o conto ia até bem, tinha uma comicidade interessante, mesmo não sendo realmente engraçado pra mim. Depois que a madre resolveu (e conseguiu) matar o frango, a trama desandou. Todo o plot de como o frango foi parar na casa da mãe da noviça foi bastante inútil (e acabou removendo um personagem importante, praticamente protagonista, de forma pouco emotiva: Macuco). O final ficou confuso, mas falarei disso à frente.

    📝 Técnica (⭐⭐▫▫▫): nesse caso infelizmente tenho que dizer que a técnica atrapalhou a compreensão do texto, principalmente no diálogo final. Creio que o autor deve trabalhar melhor a última parte para criar o efeito desejado.

    ▪ A madre superiora *sai* gritando impropérios. A noviça rapidamente *corre* até aquele estrupício no meio da estrada. Com carinho *põe* o frango em seus braços e *chora* comovida (nesse parágrafo ocorre uma variação do tempo verbal, pois o texto estava no passado e, aqui, os verbos estão no presente)

    ▪ Pois a noviça não mais *saia* a passear com ela (saía)

    ▪ quando a madre *bate* na porta chamando-a: (voltou a alterar o tempo verbal)

    ▪ Acredito que sim, (Abrindo a porta) há tempo estou esperando… (esse diálogo ficou muito confuso e um tanto mal formatado, atrapalhando até o efeito final do conto)

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): o texto tem personalidade. Não é todo dia que vemos um amor carnal entre uma freira e um frango.

    🎯 Tema (⭐⭐): tem teor cômico, mas não me fez rir. A batalha pelo sobrecu (não tenho certeza se sei o que é isso) seria a parte hilária, mas não foi bem executada.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): como já adiantei, o conto estava me agradando até o romance carnal inusitado. Depois que o protagonista morreu, fiquei meio chateado. A conversa final e a batalha pelo sobrecu do Macuco ficou muito nonsense. Não consegui visualizar muito bem e nem comprar as ações de cada um das freiras. Ficou parecendo uma comédia pastelão, daquelas que um palhaço aparece do nada e dá uma tortada na cara do outro. Era, porém uma cena que tinha tudo para ser engraçada se fosse melhor desenvolvida.

    🤡 #euRi: Infelizmente não ri nesse conto 😕

    ⚠️ Nota 6,0

    OBS.: sobre diálogo, sugiro essa leitura: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5330279

  5. Amanda Gomez
    16 de agosto de 2017

    Sinopse do conto:

    A história de um frango, que sempre foi o patinho feio, em um grito de liberdade resolveu fugir, quase morre, mas é encontrado por uma freira que cuida dele e o usa para aliviar sua luxúria. A Madre superiora com ciúmes(?) resolve matar o animal de forma cruel. O destino faz com que o frango morto e assado vá parar nas mãos delas, e o final é as duas criaturas depravadas e medonhas disputando o sobrecu do infeliz.

    Bah!

    É um dos contos que me deixou sem palavras quando terminei de ler. Ri de nervoso algumas vezes por não crer mesmo no que estava acontecendo. É uma sensação agridoce encontrar um texto tão bem escrito, com um começo tão bacana se encaminhar para um rumo tão.. sei lá, cara. Estou de expectativas frustradas, quando li sobre ele caído no meio da estrada agonizando, imaginei que ele iria se dar bem na vida =/ mas você optou por transformá-lo em um michê de noviça e ter o seu sobrecu disputado por duas criaturas depravadas. Eu tentei,mas não dá pra encontrar humor nisso, não dá. Mesmo pq eu tenho sérios problemas em ver animais sofrendo e a cena do trem foi de muito mau gosto. Falo isso por que já criei uma galinha que consegui salvar da morte… morreu de velhice a bixinha.

    Dava pra fazer diferente, dava pra deixar de bom gosto de divertido!! Mas o conto é seu, a escolha é sua, aqui só posso dar minha opinião como leitora e infelizmente ela não é boa. Não tenho a intenção de recriminar as escolhas polêmicas que optou por usar, ou sua liberdade de fazê-las, mas é humor que não me agrada, pode agradar a outros ( acredito que vai)

    No mais, o conto tem uma fluidez que impressiona, li muito rápido, e se for esquecer o enredo, me deixou atenta do começo ao fim.

    Boa sorte no desafio.

  6. Priscila Pereira
    16 de agosto de 2017

    Oi Autor(a).
    Este comentário não serve como avaliação, é só minha opinião sobre o seu texto!
    Não gostei!! Achei de muito mau gosto, me desculpe, mas pra mim o conto não agradou, não achei graça nenhuma! Piada com freiras, zoofilia, assassinato brutal do frango, luta sobre o sobrecu ( nunca ouvi falar dessa parte do frango) um show de horrores. De novo, me desculpe.

  7. Wender Lemes
    16 de agosto de 2017

    Olá! Primeiramente, obrigado por investir seu tempo nessa empreitada que compartilhamos. Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto.
     
    ****
     
    Aspectos técnicos: apesar da disposição muito clara do eixo narrativo, o conto passa por uma transformação de estilo do meio para o final. Assim, apresenta-se bem organizado, mas gera certo estranhamento nessa mudança estética. Uma revisão mais apurada sanaria os poucos erros ortográficos do texto. Fica também um pouco confusa a troca de tempos (uma hora a narrativa é no passado, então no presente, depois volta ao passado).
     
    Aspectos subjetivos: não vejo o que questionar em relação ao tema do desafio, os dois estilos que citei estão enquadrados na comédia. Percebo no começo um humor mais sarcástico, incisivo, explorando a tragédia da vida do galo, depois a estranha relação amorosa dele com a freira. Próximo ao final, o estilo descamba para o humor pastelão, com enfoque em palavrões (como não se espera esse palavreado de freiras, é natural que se veja graça na situação).
     
    Compreensão geral: apreciei mais o começo do conto que o final – confesso que não esperava esse tipo de reviravolta. O lado caótico que permeia todo o conto é bem interessante, ainda mais unido ao insólito, com a “humanização” do galizé. Foi uma bela escolha.

    Parabéns e boa sorte.

  8. Gustavokeno (@Gustavinyl)
    16 de agosto de 2017

    Zoofilia, profanação, e briga pelo sobrecu…

    Olha, confesso que o começo do conto até me cativou. Macuco tentando debalar o destino inapelável de sua existência. A escrita estava muito boa, com sacadas ótimas. Porém, do meio para o final, a coisa descamba e aquilo que me cativara finda com Macuco degolado, sem a miníma razão, na linha de um trem.

    No mais, é um conto que, enveredado pelo caminho certo (e caminho certo depende da opinião de cada um), teria dado mais certo.

  9. Anderson Henrique
    16 de agosto de 2017

    O texto tem algumas pontuações esquisitas. A escolha de alguns vocábulos também é questionável, mas passa. Partes do texto pareceram forçadas, construídas para fazer graça ou causar impacto. Pensei em dar 1, 2, 3, Oliveira, 4? “Enquanto ainda pintinho sofreu muito em virtude”. Deixar o enquanto ou o ainda. Não há necessidade dos dois.

  10. Renata Rothstein
    15 de agosto de 2017

    Eu fiquei com muita pena do pobre frango, cheio das mazelas, renasce para uma nova vida e pá: vira alvo de zoofilia, é atropelado por trem e finalmente , como se não bastasse, ainda querem comer seu (sobre)cu rsrs
    Então, vi alguns erros como “a princípio”, exmiliguido, em baixo, dentre outros que talvez tenham acontecido simplesmente por falta de atenção, enfim, Madre Celestina parece vingada e pronta para continuar (ou passar a ) abater sua franga Lena…
    Bem, me diverti com o conto, dou nota 7,5
    Abraço!

  11. Fernando.
    13 de agosto de 2017

    Meu caro 1, 2, 3, Oliveira 4. Estou aqui com o finado Macuco, a noviça da Kombi, antes deflorada pelo antigo namorado peruano (do frango para o Peru, tudo termina em aves mesmo) e a madre superiora. Conto-lhe amigo, que por um problema interno meu, esta sua narrativa, apesar de muito bem contada, não me gerou gosto e alegrias. Ao contrário, senti mais pena (epa, olha as aves aparecendo de novo) dos personagens do que os curti. E isto a começar pelo pobre e defeituoso frango. Para mim tratou-se de uma história triste e, reitero, parece ser este um problema muito mais meu do que seu. Releve então esses meus sentimentos. Grande abraço.

  12. Cilas Medi
    11 de agosto de 2017

    Inicialmente, achei esses erros que me torturaram e, por isso, fiz questão de destacar:
    1.Exmiliguido = o que é, ou o que significa?
    2.Persseguir = perseguir.
    3.Concordância verbal: A inveja e a mesquinhez humana “é” devastadora, vingativa e cruel. = A inveja e a mesquinhez humana “são” devastadora, vingativa e cruel.
    4.(Evitando assim a “amputagem” dos membros de macuco) = (Evitando assim que “amputassem” os membros de macuco). Ou (Evitando assim a “amputação” dos membros do macuco).
    6. Não se “aprece”, o bom do frango assado é que ele não cacareja! = “apresse”.
    5.Nome citado duas vezes, em erro: lenasilva e Lenasiva.
    6.— Lenasiva você esta delirando. = … “está” ….
    7.Réquiem “Aetermam” dona Eis = Réquiem “Aeternan” dona Eis.
    8. ponta-pé = pontapé.
    Nos movimentos de interação entre duas malucas, apesar de freiras, trouxe um largo sorriso e um pouco de graça, no final. As cenas de briga parecem nos trazer uma alegria pela desgraça e um pouco de escatologia na cena. O xingamento foi apropriado pelo fervor e antagonismo. Atendeu o desafio. Parabéns!

  13. Cláudia Cristina Mauro
    10 de agosto de 2017

    O texto está bem organizado, que mesmo com várias reviravoltas, pode-se acompanhar bem a jornada infeliz do frango, sem que se fique confuso.
    Tem erros de português (pontuação, ortografia), que acabam pesando a leitura, além de uso de muitos adjetivos para evidenciar sentimentos, que já estavam claros.
    Achei interessante e criativa a ideia do frango entre as duas religiosas, despertando vários sentimentos, causando um embate entre elas, que prende a atenção.
    Gostei da abordagem do universo psicológico das personagens femininas e como cresceu este universo no decorrer do texto, onde o frango perde o lugar. Embora este fato tenha dramatizado o texto.
    Apesar do frango, do final, achei o texto dramático.
    Nota 6.

  14. Catarina Cunha
    9 de agosto de 2017

    O crescimento destrambelhado da trama é uma das características mais importantes da comédia. Aqui esse recurso foi usado com maestria. Mesmo criando grande empatia com o frango, o (a) autor (a) soube manipular o leitor de forma a não sofrer com a morte do bicho, pois fora promovido a frango assado com sobrecu disputadíssimo! Genial.

    Frase auge: “Diante esse estado macambúzio e sorumbático foi escolhido muito cedo para ir para o abatedouro.” – Desde este momento comecei a rir só imaginando como seria a morte de Macuco. Você me fez desenvolver um sadismo inédito.
    Sugestão:
    Alguns parágrafos estão muito grandes e com frases divididas por muitas vírgulas. Dá uma enxugada com flanela bem macia e revisa com carinho esse diamante.

  15. talitavasconcelosautora
    9 de agosto de 2017

    Gente, quanta criatividade para se livrar de um simples franguinho! Só precisava de um cutelo e boa pontaria, rs.

    Imaginei esse conto como um desenho animado enquanto lia, talvez influenciada pela imagem. As duas freiras disputando o sobrecu do frango foi hilário! E olha só a ironia: a romaria que a madre fez pra se livrar do Macuco, pro bicho terminar na mesa da noviça e com o sobrecu disputado a tapa. Só verifica se essa noviça não é frade.

  16. Luis Guilherme
    8 de agosto de 2017

    Ola, amigo, tudo bem?

    Olha, sendo sincero, nao gostei muito.

    Achei as situaçoes um pouco forçadas, nao sei. Nao me soou natural. Gostei da linguagem, achei rica e ampla, mas o enredo em si nao me prendeu. Uma sucessao muito apressada de situaçoes. A freira superiora eh detestável, e vc teve merito na construçao dos personagens.

    Mas de forma geral, achei que faltou um pouco de carisma, nao sei.

    Tambem notei muitos problemas de pontuaçao, que acabam travando a fluidez do conto, o que seria essencial no estilo de historia q vc escolheu.

    A cena final nao me agradou mto, tbm.. Achei um fim un pouco apressado.

    Enfim, tem potencial, mas achei q a execuçao nao foi muito legal. O ponto positivo, pra mim, foi a escolha cuidadosa e rica do vocabulario. Provavelmente nao me atingiu, de modo particular.

    Parabens e boa sorte!

  17. Higor Benízio
    8 de agosto de 2017

    O que é 3-D??? O parágrafos estão muito grandes, o que cansa e acaba minando a leveza que o texto poderia ter. Alguns deles – parágrafos – , poderiam ser divididos em três, o que já seriam muito melhor. Falando em parágrafo, o terceiro é extremamente confuso, talvez por mau uso de “-“. Faltou vírgula em muitas frases, muitas mesmo. Só chamo atenção pra essas coisas, quando o erro se repete muito, ou incomoda a leitura, como é o caso aqui. Tente ler o texto em voz alta e vai reparar. O enredo não funcionou comigo. Algumas cenas tem até um quê de cômico, mas a narrativa não colaborou. A cena que o frango meio que masturba a cidadã é um bom exemplo disso, e que vai se repetir durante o texto. O texto melhora no momento em que o frango assado é entregue, mais aí, já estamos casados e sem expectativas com o texto.

  18. iolandinhapinheiro
    8 de agosto de 2017

    Método de Avaliação: IGETI

    Interesse – O conto inicia bem, o destino do galo com necessidades especiais gera no leitor uma imediata empatia. A gente torce pelo galo e esta parte foi boa. Depois chega a Kombi com as duas freiras e a gente fica feliz porque o galo encontrou um lar e uma cuidadora carinhosa, e o leitor pensa: sou feliz, o galo está salvo. A partir deste ponto, porém, o conto sai completamente dos trilhos e fica muito difícil para esta leitora organizar a saraivada de informações que vêm a seguir sem perder o interesse em vários momentos. Foi um verdadeiro esforço de concentração ler o resto do conto sem desistir.

    Graça – Realmente o autor tentou muito, juntou vários elementos que, bem utilizados, são boas fórmulas para produzir humor: Pessoa dirigindo loucamente, rivalidade entre pessoas próximas (freira e madre), briga por motivo fútil (sobrecu da galinha) etc. Mas isso tudo junto e com uma maneira de escrever amontoada, acabou não ficando engraçado.

    Enredo – História das aventuras de um galo que foi salvo por uma freira apreciadora da zoofilia. O resto é um emaranhado de subtramas que envolvem uma madre com um comportamento incoerente quase o tempo inteiro, um mendigo bêbado, um vendedor, um pacote com um frango assado dentro, uma briga… Os pedaços, ainda que não se colam e o autor fica enchendo o conto de acontecimentos que só o avolumam, deixando a leitura cansativa e sem conclusão.

    Tente Outra Vez – Tente outra vez, não ficou bom.

    Impacto – Seu conto fez com que eu criasse expectativas, que foram frustradas. O impacto foi negativo.

  19. Anorkinda Neide
    7 de agosto de 2017

    Olá!
    Ok, que você colocou elementos hilários no conto, embora eu não tenha rido, mas dae é questão de gosto. O frango cativou e fiquei triste quando morreu o que contribuiu pro conto perder a graça, a questão com o sobrecu pode ter recuperado humor para alguns, mas não pra mim. Isto não influenciaria na nota, não fosse este um desafio de comédia…
    Há algumas palavras estranhas, o q me pareceu ser vc de Portugal, tentando disfarçar-se de brasileiro haihua será?
    adorei o nome Macuco, pois é o apelido do meu irmão Marco 🙂
    Duas palavras tenho quase certeza de estarem erradas: biscuinha, é picuinha e exmilinguido, é desmilinguido.
    ‘o corpo nu sob as volumosas vestes religiosas’, nao entendi.. ou está nu ou está vestido.. quis dizer q nao usava nada debaixo das vestes religiosas? mas todos usamos nada por baixo das roupas, nao é?
    Bem, é um conto bom, que não me apaixonou mas foi bem traçado, sem dúvida, em seu contexto.
    Abraços

  20. Regina Ruth Rincon Caires
    6 de agosto de 2017

    A leitura, de início, faz o leitor viajar. Delineia-se um paralelo entre o aleijão e o sofrimento, a busca de findar o sofrimento, o que é recorrente no ser humano. Em seguida, há a chegada do sadismo da madre Celestina e a lascividade encoberta da noviça Lenasilva, o encontro com Macuco. Daí em diante, a narrativa toma um rumo que foge ao controle do engraçado, do cômico. O enredo caminhou em direção do inusitado, da fantasia, do imponderável. É a minha impressão, não sei se compreendi a essência do texto.

  21. Jose bandeira de mello
    5 de agosto de 2017

    Nao minha opiniao o conto inicia bem…com um humor sutil e bem medido..ganha ares de exagero no meio e termina totalmente perdido e sem noçao. A falta de revisao do autor quanto a pontuaçao atrapalhou muito a leitura. Sinto que esse conto eh mais um onde o autor se ve desafiado a alonga-lo, nem que para isso seja obrigado a preenche-lo com qualquer coisa que lhe venha a mente na hora. Uma bricadeira apos a morte do frango iria coroa-lo bem. A cena final com ares de pastelao passada no quarto da noviça, para mim alem de desnecessaria foi altamente apelativa e desprovida de qualquer graça. Texto carente de uma bela revisao.

  22. Fabio Baptista
    5 de agosto de 2017

    SOBRE O SISTEMA DE COMENTÁRIO: copiei descaradamente o amigo Brian Lancaster, adicionando mais um animal ao zoológico: GIRAFA!

    *******************
    *** (G)RAÇA
    *******************

    Bom, sendo bem sincero, eu não estava achando graça nenhuma até surgir a frase redentora:
    – O sobrecu é meu!

    Brigar por causa de um sobrecu… quem nunca? kkkkkkkkkkkkk

    *******************
    *** (I)NTERESSE
    *******************
    Acabou prendendo minha atenção por motivos diferentes dos habituais, mas tá valendo.
    Por exemplo, a cena de zoofilia com o frango é totalmente inusitada e acaba dando aquela sensação de “putz… é isso mesmo que tá acontecendo?”.

    *******************
    *** (R)OTEIRO
    *******************
    O frango vai sendo jogado de um lado para o outro (literalmente) e vamos acompanhando suas desventuras, sem um fio condutor mais forte.
    No princípio achei que seria uma fábula com animais, mas logo o engano se desfez.

    O final é muito forçado e inverossímil (me refiro ao envio do frango assado… e o tal frango ser logo o pobre Macuco), mesmo dando aquele desconto para o fator comédia. Ao menos ficou engraçado.

    *******************
    *** (A)MBIENTAÇÃO
    *******************
    Boa. Tanto a parte do convento, quanto as cenas externas foram bem descritas e contextualizadas.
    A freira tem certo carisma, o frango também. Já a madre superiora (jump the gun) ficou caricata e meio sem personalidade. pensei que ela era lésbica e queria dar uns catos (nossa… desenterrei essa expressão rsrs) na noviça, mas isso não se confirmou.

    *******************
    *** (F)ORMA
    *******************
    Não chegou a ser ruim, mas notei a falta de vírgulas e pontuação adequada em alguns pontos.
    Precisei ler alguns trechos mas de uma vez, para captar o que queria dizer.

    – Num repente, no meio da depravada risada, se ver obrigada
    >>> Essa frase ficou estranha, esse “se ver” não está em concordância com o resto da narrativa.

    – desvirtuá-la dos votos (3-D)
    >>> ????

    – Só restava deixar-lhe dito
    >>> Outra frase estranha

    – desolada chorava desconsoladamente
    >>> má escolha na sequência de palavras

    *******************
    *** (A)DEQUAÇÃO
    *******************
    Então… até o final estava com a sensação de que o conto estava mais pra drama/terror psicológico que pra comédia.
    Mas o sobrecu salvou a pátria.

    NOTA: 7

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Publicado às 5 de agosto de 2017 por em Comédia - Grupo 2 e marcado .
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