EntreContos

Detox Literário.

Filho do Sol (Victor O. de Faria)

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Era uma mãe dedicada… Mas agora, segurando uma tesoura banhada em sangue de outrem, já não sabia quem era.

Yosef Hamashia, perplexo com as manchas que se multiplicavam em seu traje branco, imaculado, articulou apenas duas palavras antes de abraçar a morte, ensaiando um mórbido sorriso. Miriam largou o objeto sobre a mesa, derrubando a exótica Flor de Lótus – sua planta preferida. Não contendo a fúria que consumia suas entranhas, gritou. Fitou mais uma vez o berçário de luz. Precisava ter certeza. As células solares ainda banhavam o pequeno ser. Passou o braço no rosto e enxugou as lágrimas, vermelhas de sangue.

Lá estava ele. Tão pequeno. Tão frágil. Tão… Queimado. Aquilo não era mais seu filho. Não podia ser.

***

Do alto de planícies verdejantes, ao lado de um oceano límpido, encontrava-se o resultado do projeto mais ambicioso da humanidade: o Platô Solar, uma megalópole produtora de energia limpa, autossustentável. Seus arranha-céus, construídos de forma que a floresta nativa os atravessasse, constituíam apenas uma parte do equilíbrio natural. As pontes aéreas e ruas transversais acompanhavam o movimento de seus espécimes mais antigos, criando um visual único e distinto, uma nova forma de expressão artística. Sua principal fonte de energia provinha da estrela vizinha, o que a tornava um imenso ponto brilhante no horizonte.

Embora as corporações estivessem cedendo espaço aos conglomerados, onde a hierarquia horizontal melhorava a distribuição de recursos, algumas empresas se sobressaíam, como era o caso da Regen Solartech Inc., liderada por Heilel Ben-Shahar.

No entanto, Yosef Hamashia, patriarca da família, conhecido por suas excentricidades e gênio forte, ainda comandava. Sua barba comprida e aspecto arcaico, de coluna arqueada, davam-lhe uma aparência decrépita. Corria o boato de que o velho estaria realizando experiências em seus próprios filhos.

O objetivo? Completar a fórmula da equação humana.

 

I.

Miriam cambaleou até a sacada. Os jardins suspensos, que até um tempo atrás lhe causavam admiração, agora lhe traziam apenas asco. O cheiro de plantas nativas invadia seus sentidos sem permissão. Olhou para baixo. Estava no centésimo andar. Se pulasse, talvez caísse sobre as velas dos drones de segurança. O prédio ao lado, consumido por uma floresta natural, não parecia nada convidativo.

Por um momento, teve pena de si mesma, e ficou pensando se a esfera de luz e calor se importava com alguma coisa. Cuspiu, torcendo para que o astro-rei se sentisse ofendido. Sem forças, encostou as costas nos cipós e deslizou até o chão. Abraçou os joelhos. O que tinha feito?

Precisava de mais uma dose de solarina. Vasculhou os bolsos e retirou um pequeno frasco transparente, contendo um líquido amarelado, brilhante. A combinação de vitamina D, aliada a um poderoso energético natural, causava um torpor intenso – uma droga sintética sem grandes efeitos colaterais, exceto desorientação, mas que trazia vários problemas ao conglomerado.

Sacudiu o objeto e bateu com força na coxa esquerda. A pequeníssima agulha microscópica fez seu serviço. Balançou o pescoço. Passou as mãos nas longas, e únicas, mechas amarelas de seu cabelo encaracolado. Admirou sua própria negritude. Sorriu. Gemeu. Gargalhou. E então não sentiu mais nada.

Do bolso de seu traje térmico, já não tão branco quanto gostaria, retirou uma tela fina e correu os dedos trêmulos sobre o noticiário.

O Instituto Fraunhoffer prevê para hoje tempo aberto, sem nuvens, com bastante luz direta na região oeste do Platô Solar. Haverá múltiplas auroras na longitude sul, pois uma tempestade elétrica…

Pinçou a previsão do tempo e a jogou fora. Novas informações surgiram.

O conglomerado livre Regen Solartech Inc., comandado pelo empresário Heilel Ben-Shahar, filho adotivo do famoso geneticista Yosef Hamashia, continua sua impopular pesquisa sobre células-tronco auto-regenerativas, movidas por um mecanismo nanotecnológico, batizado precocemente de “fórmula da eternidade”. O composto experimental, testado anteriormente em cobaias, vem produzindo resultados satisfatórios, segundo assessores de imprensa do próprio geneticista.

No entanto, o conglomerado vem sendo alvo de duras críticas por parte de seus acionistas, devido ao crescente boato de que a empresa estaria utilizando cobaias humanas, oriundas de contratos ilícitos com famílias consumidoras da conhecida droga solarina.

Após o apontamento inicial realizado pelo jornal científico “The Sun”, Heilel Ben-Shahar emitiu uma nota esclarecedora, informando que fará todo o possível para desfazer os efeitos negativos desta pesquisa impopular e antiética, arquitetada principalmente por seu progenitor. Na mesma nota ainda informou que pretende fortalecer as relações com a população, continuando a gerar tecnologia limpa, com foco na eco sustentabilidade. As ações…

Jogou o aparelho nas folhas de trepadeira. O artefato se espatifou, deixando para trás verdades, mentiras e cristais de quantum. Levantou-se num salto ao perceber que dois elevadores panorâmicos subiam. O zunido baixo a confundiu. Pensou ter ouvido um choro.

Voltou ao escritório. Pulou o corpo estirado ao chão, desviando o olhar. Se aproximou novamente do berçário. Era seu filho! Seu! E de mais ninguém! A luz quente ainda banhava sua pele escura. Pareceu mexer os bracinhos. Com a solarina ainda dispersando efeitos em sua corrente sanguínea, não sabia se aquilo era real. Queria segurá-lo. Confortá-lo. Dizer-lhe que havia alguém o esperando ali fora.

Ao ouvir um choro mais forte, não se conteve. Arrancou a enorme tela de quartzo da parede e a jogou sobre a cápsula maternal. Um ato desesperado, mas em vão.

A parede deslizou suavemente, revelando três cidadãos distintos: um homem alto, forte, trajando um colete branco sem mangas e duas mulheres jovens, de roupa social igualmente branca, ostentando uma longa faixa amarela dos ombros aos pés, responsável por capturar a luz natural e convertê-la em energia para suas lentes cibernéticas. Não se surpreenderam ao ver o corpo, pois o sistema já os havia alertado sobre o ocorrido. O homem retirou do braço mecânico uma pequena cápsula de um líquido viscoso cinza e o injetou no braço de Miriam. Sua energia vital se esvaiu em segundos. Caiu, de frente para o corpo. Os olhos do falecido a fitaram. A equipe registrou seu chip e retiraram Yosef da sala.

“M… eu… Fi… lho”, murmurou a mãe, esforçando-se vigorosamente para recuperar o controle e ouvir o que diziam. “A coitada está viciada em solarina”, exclamou a mais velha. “Quem diria que a própria esposa o mataria”. O homem se interpôs. “Não estou surpreso. Dizem por aí que ele fazia experiências com seus próprios filhos. E esse – apontou – não deve ser o primeiro. O velho tinha uns costumes bizarros”. Encararam a enorme estátua de uma gárgula, no canto da sacada, esculpida em mármore antigo, segurando uma lança e um escudo. O silêncio foi a resposta mais sensata.

Esposa? Não se lembrava daquela informação. Na verdade, não se lembrava de quase nada antes de chegar ali. “Ela vai passar um bom tempo na Inatividade”, ouviu, claramente.

Emitiram uma ordem simples. Uma sombra disforme se abaixou ao sair do segundo elevador. Os painéis solares, cuidadosamente alinhados em seus braços, indicavam sua origem. Seus inexpressivos olhos artificiais percorreram a sala, em busca do alvo. Suas feições não demonstravam qualquer emoção, apesar de sua aparente forma humanoide. Segurou Miriam delicadamente.

A aparelhagem foi desconectada. O homem deslizou a mão sobre um painel cheio de listras e arrastou o vermelho carmesim até o amarelo opaco. A cúpula superior se recolheu, estendendo um tapete de boas-vindas ao astro-rei.

Assim que entraram no elevador, ouviram um choro.

Um clarão irradiou suas faces. Miriam se contorceu, recuperando parte da coordenação motora. Os diminutos espelhos de quartzo, fragmentos de sua explosão emocional, refletiram um bebê forte e sadio em cada um de seus milhares de pedacinhos – a cápsula do berçário finalmente se abria. A mais nova se aproximou. Retirou as fortes amarras, afastou as agulhas e desconectou o capacete neural. Acomodou-o em seus braços.

Lá estava ele. Seu filho. Completamente saudável. Perfeito. Com uma auréola acima da cabeça, uma visão sublime que durou poucos segundos. “Qual o nome dele?”, perguntou a moça. “A mãe deve saber”, disse o outro.

Miriam não fez questão de enxugar as lágrimas. Finalmente compreendia as últimas palavras de seu falecido marido. Quando pudesse, enfim, se mover, já sabia que nome daria à luz do mundo.

 

II.

Yeshua Hamashia andava sobre as águas do Platô Solar. Buscava uma rara Flor de Lótus, espécie preferida de sua mãe. Tornara-se um homem bonito, alto, moreno, agraciado com profundos olhos verdes. Era bastante cauteloso, mas conseguia manter a simplicidade ao conversar. A maioria o conhecia pelo sobrenome, e isso trazia apenas solidão.

Era um filho dedicado… Mas agora, tendo uma mãe presa, diagnosticada com um distúrbio agressivo de personalidade e mantida sob tratamento, tinha de se contentar com seu irmão. Quase não se viam, mas quando isso acontecia, geralmente o encontro acabava em pequenas discussões sobre direitos, deveres e privilégios. Já não sabia quem era.

Heilel Ben-Shahar estampava os noticiários locais. O grande embaixador da energia limpa, transformando antigos loteamentos industriais em imensos parques tecnológicos, merecia destaque. Chegara a afirmar categoricamente a descontinuidade do programa “fórmula da eternidade”, pesquisa que dera a benção (não divulgada) ao seu irmão mais novo. Todavia, isso ainda o incomodava. Afinal, a fórmula não havia sido testada em adultos…

Quando Yeshua finalmente encontrou a exótica flor, plantada de forma incorreta, percebeu o motivo que levava sua mãe a gostar tanto delas. Infelizmente, parecia que alguém a havia jogado ali, sem qualquer cuidado. Retirou um retângulo do bolso, o estendeu sobre a planta e aguardou a transformação. Ao longe, pontes transversais desenhavam um curioso infinito. Meditou por um tempo. A Flor de Lótus, finalmente envolvida por um vidro transparente, ganharia uma nova casa.

Rejeitou a carona do Chrysler Solarmatic e partiu, andando. Um de seus passatempos favoritos era apreciar a natureza tomando seu lugar de direito, encobrindo até o mais alto dos arranha-céus.

Pouco mais de uma hora depois, voltava ao prédio onde sua mãe era mantida sob observação. Do elevador vislumbrou a grande praça central do Platô Solar, exuberante em sua flora e singela em sua construção retrofuturista. Agradecia seu irmão por tê-la deixado por perto, no nonagésimo andar, mesmo após o incidente. A Inatividade, um enorme andar psiquiátrico, visava resgatar o espírito de convivência nos indivíduos errantes.

O vigia se empertigou ao avistar Yeshua saindo do elevador. Dificilmente encontravam os filhos de Hamashia pelo complexo. Entrou com um código simples, baseado em harmonia de cores e contraste, e estendeu o braço.

Yeshua encontrou logo o bloco pretendido. A guardiã já o conhecia muito bem. Ensaiou um contato visual. As diretivas de humanização tornavam mais amigável o convívio com inteligências artificiais. Ao entrar na redoma designada à Miriam e lacrar a imensa porta branca, caminhou lentamente até o jardim botânico, onde raios de Sol batiam por frestas calculadas engenhosamente. Sua mãe preparava a terra do zigurate com as próprias mãos. O contato pessoal era muito mais eficaz, além de prazeroso.

Ao avistá-lo, sorriu. Pensou em abraçá-lo, mas foi impedida por um leve espasmo. Todo dia Yeshua presenciava a mesma cena, consternado. Sua mãe costumava esquecer das coisas, devido aos traumas sofridos. Entretanto, devia sua vida a ela.

Colocou a Flor de Lótus no chão, ajeitando suas pétalas. O vermelho rosado coloriu aqueles olhos tristes. Não havia mais lágrimas. Apenas gratidão. Yeshua passou a mão em sua face. O cheiro repousante daquela espécie reconfortava. Fecharam os olhos e inspiraram juntos, lenta e profundamente. Sorveram o líquido trazido pelo servo mecânico.

E foi a última coisa que fizeram.

 

III.

Heilel Ben-Shahar jamais admitiria, mas sentia falta de sua mãe adotiva.

Era um irmão dedicado… Mas agora, segurando uma cápsula de solarina em suas mãos, já não sabia quem era. Talvez, um deus.

Criava vida onde antes não existia, fornecia energia solar e tecnologia limpa a todos, controlava a estrela vizinha ao seu bel prazer, dispunha de uma infinidade de servos leais, bem como mordomos mecânicos, e possuía uma vista privilegiada. Além disso, sentava no lugar mais alto de Platô Solar, no centésimo andar do arranha-céu da família Hamashia, sendo agraciado com uma visão sublime. O que mais um deus poderia querer?

A maldita eternidade. Uma resposta que não encontraria num frasco vazio de solarina.

Seu pai estava errado. A busca pela equação completa traria apenas desequilíbrio. Se todos soubessem que a fórmula da eternidade funcionava, o caos se instauraria de forma imediata. Quantas famílias se reuniriam às portas da Regen, implorando que aplicassem o composto em seus filhos recém-nascidos? Formariam uma nova doutrina, o mesmo caminho que levara seus antepassados à destruição. Não! Não deixaria isso acontecer. Yeshua não podia ser imortal.

Cerrou o punho. A tela holográfica tremeluziu, exibindo o resultado da pesquisa recém-concluída.

Na literatura clássica de muitas culturas asiáticas, a Flor de Lótus simboliza elegância, beleza, perfeição, pureza e graça, sendo frequentemente associada aos atributos femininos ideais. Embora ainda não se consiga explicar sua fascinante característica de repelir micro-organismos e partículas de pó, sabe-se que estas plantas possuem o efeito de narcótico, causando um sono pacífico e amnésia a quem as ingerir. Em alta concentração torna-se letal.

O que um deus faria? Traria a reconciliação, mesmo que isso custasse a vida de seu primogênito.

E, por uma vontade maior, assim se deu…

Envergonhado pelas terríveis lembranças, largou o frasco vazio dentro do vaso de flores e saiu, concentrado. A bela Flor de Lótus o encarou, como se pudesse fazê-lo pagar pelos seus pecados. “A vida de um em troca da vida de muitos”. Onde havia lido isso? Recolheu o blazer.

Passou a mão nos controles da parede, de cima para baixo. O amarelo opaco trocou gradualmente de cor, até assumir um tom carmesim, obscuro. Fora da janela, a gárgula, envolta em espinhos, parecia sorrir. Suas mãos, banhadas em vermelho na escuridão, tremiam.

Sua face se contorceu, de forma bizarra. Desgrenhou os cabelos, sem se importar com os implantes nos dois lados da testa. Arqueou os ombros. Digitou uma senha. A protuberância mecânica e dourada, presente de seu pai, novamente livre e pendendo de seu cóccix, teclou o andar desejado: subsolo.

Contemplou, com certo prazer, os últimos raios de Sol. Novamente via-se livre de suas amarras.

Sorriu ao ver o tubo amarelo gigante, uma ode ao “portador da luz”. Ali, despia-se de sua máscara mundana e revestia-se de seu verdadeiro eu. Ali, onde o Sol não batia e ninguém o julgava por seus atos, era a lança e o escudo, o Alfa e o Ômega, o Princípio…

… E o Fim. O maquinário estremeceu. A “fórmula da eternidade”, injetada aos poucos em seu próprio corpo, finalmente produzia efeitos. Seu sangue ferveu. A pele queimou. As protuberâncias foram recobertas por uma fina camada de tecidos e músculos. Rosnou de dor. Vociferou. A aceleração repentina deu-lhe um ar grotesco, desfigurado. Suas mãos socaram o reflexo escarlate, disforme. Ali, onde a escuridão reinava, não havia espelhos. Derrubou os outros protótipos.

O corpo de Yeshua, pendurado numa coluna, deu seu provável último suspiro. “Obrigado, irmão. Seu sacrifício trouxe a ordem e o equilíbrio ao nosso mundo”, disse a voz gutural. O prédio inteiro apresentou rachaduras, do distante centésimo andar até o subsolo, sendo abalado por um tremor indistinto. Drones caíram, autômatos enlouqueceram, inteligências artificiais se desligaram e comportas, tanto acima quanto abaixo, se abriram.

Aquele dia seria bastante produtivo.

 

Epílogo.

Sem os principais cabeças por trás da Regen Solartech Inc., a empresa se dissolveu, tornando-se parte do conglomerado e apenas mais uma engrenagem do grande relógio solar. Curiosamente, a droga solarina desapareceu assim que este fato se consumou.

Entretanto, três dias após o fatídico evento que passou a ser conhecido como “A Atividade”, empresários afirmaram terem visto uma sombra semelhante à Yeshua Hamashia no último andar do arranha-céu da Regen, ao lado de uma gárgula com a cabeça destruída, sendo usada como tapete para seus pés. Parecia portar asas mecânicas, douradas.

Naquela mesma semana, astrônomos registraram uma mancha escura na superfície do Sol.

Heilel Ben-Shahar nunca mais foi visto desde então.

41 comentários em “Filho do Sol (Victor O. de Faria)

  1. Leonardo Jardim
    16 de dezembro de 2016

    Minhas impressões de cada aspecto do conto:

    📜 Trama (⭐⭐▫▫▫): uma premissa interessante, mas contada de uma forma um tanto confusa. Essa técnica de contar a história por cenas desconexas que se conectam aos poucos é boa, mas um tanto arriscada. Nesse texto, eu fiquei um pouco perdido, mas acho que entendi a ideia. Se organizasse melhor as cenas, acho que teria uma ótima história (ainda assim, é boa).

    📝 Técnica (⭐⭐⭐⭐▫): muito boa, sem nenhum defeito grave e boas descrições de cena. Só faltou melhorar o uso do narrador para deixar a história mais clara de forma a deixar o leitor preso.

    💡 Criatividade (⭐⭐⭐): é uma história criativa dentro do tema. Já merecia pontos por ser o único solarpunk do desafio (pelo menos dos que eu li).

    🎯 Tema (⭐⭐): um legítimo solarpunk. Nessa vertente, a parte “punk” (submundo) fica mais escondida mesmo num mundo pseudo-utópico.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): o final não me agradou muito, principalmente a forma em que foi desenvolvido. O cara se jogar no sol ficou meio forçado. Sei lá, esperava uma resolução melhor…

    ⚠️ Nota 7,5

  2. Pedro Luna
    16 de dezembro de 2016

    Heilel foi em direção ao sol, estilo ícarus. Bom, o conto mostra os pontos de vista dos três personagens, mas ao fim, fiquei com a impressão de que as ligações entre eles não foram bem exploradas (apesar dos laços familiares, ainda que adotivo). Também não entendi direito as suas motivações. Por que Heilel se sacrificou? Por que o irmão teve que morrer? Ele foi em direção ao sol pq achava que lá era sua morada destinada? Acho que não peguei. E também acho que muitas coisas foram inseridas, como no início, as três figuras que foram até Miriam. Eles não voltaram a aparecer e não consegui conectá-los ao restante do conto. Achei confuso como um todo.

  3. Bia Machado
    16 de dezembro de 2016

    Um conto interessante e muito criativo! Será o único solarpunk por aqui, talvez? Eu mesma confesso, talvez seja o primeiro que esteja lendo do tipo. Mas… para mim, o desenvolvimento não me pareceu ocorrer da melhor forma. Senti a narração um tanto fria, os diálogos poderiam ser trabalhados um tanto mais, me deixaram um pouco desapontada. Achei interessante a Solarina, me lembrou um pouco “Admirável Mundo Novo” por conta disso. É engraçado como o que li a respeito de solarpunk pregue algo tão tranquilo, ou mais “light”, mas esse conto vai contra isso, né? Acho que vou me aventurar a ler outros textos do tipo. Depois me indica algo? Só conheço aquela coletânea da Draco…

  4. Jowilton Amaral da Costa
    16 de dezembro de 2016

    Um bom conto, muito bem escrito e trágico. Nos faz refletir sobre a natureza humana. pessoas que tem tudo para serem felizes, vivendo num mundo quase perfeito, ainda experimentam a angustia e a tristeza, e nos faz pensar que a felicidade plena é utópica, assim como o mundo criado no conto. A ambientação foi bem feita. A leitura fluiu bem, sem entraves. Boa sorte no desafio.

  5. Thiago de Melo
    16 de dezembro de 2016

    3. Filho do Sol (Chandra): Nota 8
    Olá, Chandra,
    Parabéns pelo seu texto. Acredito que o seu conto seja o exemplo máximo do Solar Punk que citaram no início do desafio!
    Parabéns, gostei. Gostei de como você fez um paralelo legal com a história bíblica, INCLUSIVE, gostei de como você colocou a ideia de que exterminar o “imortal” seria “a coisa certa” a fazer. “Para evitar o caos”.
    “O que um deus faria? Traria a reconciliação, mesmo que isso custasse a vida de seu primogênito.” Minha frase preferida no texto.
    Apesar de ter gostado, seu texto não foi o meu favorito. Não sei se faltou algo para diferenciar um pouco a sua história da história bíblica.
    Uma dúvida: Heliel é a versão “solarpunk” de Belial?

    Abraço, boa sorte no desafio.

    • Micro Estória (Admin)
      17 de dezembro de 2016

      Agradeço o comentário! Coloque os dois nomes completos dos protagonistas no Google e veja a mágica acontecer.

  6. Leandro B.
    16 de dezembro de 2016

    Oi, Chandra.

    Como em alguns outros contos do desafio, achei o espaço um tanto curto para desenvolver toda a proposta do texto.

    Temos três povs diferentes de três personagens, mas não consegui estabelecer conexão com nenhum deles. Parece que o espaço foi verdadeiramente ficando curto, pois tenho a impressão de que cada pov subsequente é menor do que o anterior.

    A estrutura solar, por outro lado, ficou muito boa. Acho que investir em um solarpunk é um desafio a parte, já que o gênero ainda é tão pouco explorado.

  7. Renato Silva
    16 de dezembro de 2016

    Olá.

    O conto nos apresentou um mundo aparentemente perfeito, portanto, me parece mais uma utopia e o cenário X-punk costuma ser mais pessimista, no entanto, senti um certo distanciamento e frieza na narrativa. Não sei se essa impressão foi proposital, mas suas descrições sobre o cenário e os acontecimentos ajudam bastante o leitor a compreender melhor o que acontece aos personagens.

    Fazer analogia com a história de Jesus Cristo não é nenhuma novidade, nem mesmo no Entre Contos, mas neste conto ficou legal.

    Boa sorte.

  8. mariasantino1
    16 de dezembro de 2016

    Olá, autor(a)!

    Seu texto tem alguma coisa mística e tem uma ambientação até bonita. Tentei ler ele antes e comentar, mas não consegui absorver tudo (ainda agora não consigo). Gostei das explicações, da droga Solarina e do lance de se fazer experimentos com os filhos. Mas achei a narrativa meio distante, como narrador de apresentação de filme. Não consegui me ligar cem por cento a trama, infelizmente.

    Boa sorte no desafio.

    Nota: 7,8

  9. Wender Lemes
    15 de dezembro de 2016

    Olá! Dividi meus comentários em três tópicos principais: estrutura (ortografia, enredo), criatividade (tanto técnica, quanto temática) e carisma (identificação com o texto):

    Estrutura: conto muito bem revisado, não encontrei nenhum erro que valesse a pena citar. A sequência de eventos me pareceu linear, facilitando o entendimento dos fatos, mas tentando deixar sempre um gancho em aberto para fisgar a atenção. Infelizmente, essa opção pela subjetividade acompanhada dos termos específicos do tema me cansaram um pouco durante a leitura. Ademais, é um conto muito bom.

    Criatividade: gostei da associação da busca pela eternidade com a mitologia de Ícaro (o tipo de busca tão megalomaníaca que nos leva à destruição). O Solarpunk também se encaixou muito bem nessa premissa.

    Carisma: a escrita inteligente é o principal atrativo, na minha opinião. O conto não se sustenta apenas no que conta, mas na administração do contar, e na escolha do que deixa subjetivo.

    Parabéns e boa sorte.

  10. Luis Guilherme
    15 de dezembro de 2016

    Boa tarde, querido(a) amigo(a) escritor(a)!
    Primeiramente, parabéns pela participação no desafio e pelo esforço. Vamos ao conto.
    Bom, apesar da escrita impecável e bonita, o conto não me ganhou tanto. Achei um pouco confuso, mas não confuso do tipo que dá vontade de desvendar, e sim do tipo que eu queria acabar o quanto antes. Desculpe a sinceridade.
    A maior parte do tempo eu não tinha certeza do que tava acontecendo.
    Mas não tenho só críticas negativas! Tem alguns conceitos bem interessantes, como o uso das características da flor do lótus, por exemplo, e as referências a Jesus Cristo (a não ser que eu tenha viajado demais, mas pelo jeito teve mais gente que captou isso).
    Engraçado que existe as referências a Jesus em contraponto à flor do lótus, que é um dos símbolos principais do Budismo Mahaiana, em especial no Budismo japonês.
    Enfim, existem várias referências e conceitos que me agradaram, e a qualidade da escrita e estrutura, mas no geral não me apaixonei muito por que achei meio cansativo.
    De qualquer forma, parabéns!

  11. cilasmedi
    13 de dezembro de 2016

    A segunda leitura e uma nova avaliação. Li rapidamente e a avaliação foi mais do que falha. Desculpem. É essa que prevalece.
    Concordância com o substantivo: com foco na eco sustentabilidade. As ações…(, com foco no eco sustentabilidade. As ações…
    Um conto fantástico, bem estruturado e uma leitura consistente. Nota: 9,0.

  12. Daniel Reis
    13 de dezembro de 2016

    Prezado autor Chandra, seguem meus critérios de análise:
    PREMISSA: o símile à história do messias, ambientado num contexto de dominação por corporações, uso de drogas, e outros elemento, demonstra a coragem do autor e seu conhecimento do tema.
    DESENVOLVIMENTO: a história se desenvolve, surpreendentemente, pelo twist das personagens conhecidas, e por colocar o Messias numa situação adversa e sombria. E o papel do “irmão” Heilel, além de outras referências (Caim e Abel), remeteu à obra de um dos colegas aqui…
    RESULTADO: apenas o final da história, contado em epílogo, ficou parecendo aqueles cartões em final de filme que dizem o que aconteceu com os personagens 10 anos depois. Poderia ser melhor acabado.

  13. Ricardo de Lohem
    13 de dezembro de 2016

    Olá, como vai? Vamos ao conto! Um bastante respeitável Solarpunk. A primeira coisa que reparei na sua história foi a maneira de se referir ao sol: “a estrela vizinha”. Esse termo se repete várias vezes, acho um pouco confuso, já que quando se fala em estrela vizinha geralmente se está falando das estrelas mais próximas ao sol, não ele próprio. Eu não me referiria ao sol dessa maneira: na minha opinião, isso pode gerar confusão na cabeça do leitor. Logo no início ocorre uma coisa bem estranha no enredo, bem irrealista. O tal conglomerado de empresas é acusado de fazer pesquisas antiéticas com cobaias humanas. O dono da empresa, Heilel Ben-Shahar, emite uma nota, “informando que fará todo o possível para desfazer os efeitos negativos desta pesquisa impopular e antiética, arquitetada principalmente por seu progenitor”. Pera aí, eles admitiram que faziam pesquisas antiéticas com seres humanos?!?! Uma grande empresa, ou um conglomerado delas, nunca admitiria uma coisa dessas; é claro que negariam até o fim. No final, o tema parece ser a busca pela imortalidade como sendo um mal. É um tema clássico, mas acho que precisa de uma certa inovação. Por que, afinal, a imortalidade seria um mal? Gostaria que histórias com esse tema esclarecessem melhor esse ponto, em vez de darem por óbvio. A história, principalmente no final, tem um clima qu lembra muito a mitologia egípcia, e mesmo a asteca, com todas essa veneração ao Sol. Você podia ter explorado mais esse aspecitor, usando essas mitologias. No todo, achei um bom Solarpunk, parabéns, desejo para você muito Boa Sorte.

  14. rsollberg
    12 de dezembro de 2016

    Filho do Sol (Chandra)

    Caro (a), Chandra.

    Penso que o ponto alto do conto é a criatividade. Você teve muito sucesso em criar um universo cheio de particularidades e minucias. Combinado com algumas referências, a história tornou-se bastante interessante.

    Particularmente não curti muito a maneira com que você desenvolveu a coisa toda; várias informações importantes vindo através de um anúncio, enquanto as ações são exageradamente detalhadas. Faltou emoção, efetivamente sentir os personagens. Creio que você poderia ter trabalhado mais com as elipses. Os diálogos entregaram a informação de mão beijada, num formato que remete as novelas, faltou trabalhar mais a sugestão e confiar mais no leitor.

    A revisão foi bem feita, não vi nada que pudesse ser apontado.
    Enfim, foi um conto que me cativou pela criatividade, mas que me decepcionou pela forma.

    De qualquer modo, parabéns e boa sorte.

  15. Fil Felix
    12 de dezembro de 2016

    GERAL

    Gostei da ambientação do conto, ela é bastante rica em detalhes e consegue dar uma atmosfera muito boa a ele. Alguns pontos me chamaram a atenção, como as reflexões a cerca da imortalidade, a cidade auto sustentável, energia limpa, questões bem interessantes e sempre atuais, além de toda a relação com Jesus. Me perdi em alguns momentos, acho que os nomes e o excesso de descrições cibernéticas me confundiram um pouco, mas consegui pegar a ideia geral.

    O X DA QUESTÃO

    Seria solarpunk esse estilo? Pelo que comentaram no grupo, acho que sim. Há muita tecnologia a partir da energia solar e o legal é que toda a base do texto gira em torno disso, desde o título à Paixão de Cristo Solar, com direito a ressuscitar 3 dias depois. A pesquisa e essas relações merecem destaque.

  16. Amanda Gomez
    8 de dezembro de 2016

    Olá,

    Acho que podemos dizer que o conto é um solarPunk.

    Confesso que tive problemas com essa leitura, muita informação, nomes complicados de decorar, houve momentos em que eu não sabia quem era quem. O jogo da narrativa, intercalando passado, presente e futuro tbm me travou bastante no entendimento do texto. Mas talvez, talvez…isso seja só culpa minha. Talvez.

    A escrita do autor é muito bem feita, não observei erros aparentes. Embora tenha achado tudo bem técnico demais. Não..não me empolgou.

    O mundo criado ficou bem nítido no quesito ambientação, (muito bem escrito mesmo) mas o enredo ficou complicadinho.

    Sobre a história não sei muito o que dizer, talvez nem tudo tenha ficado compreensível. A lógica de tudo é convincente, os problemas criados são solucionados. Mas…faltou algo. Não sei explicar. Desculpe.

    No mais, boa sorte no desafio!

  17. vitormcleite
    8 de dezembro de 2016

    texto interessante, que no final me pareceu ser um texto retirado de uma história mais longa, resultando cortes e situações que não percebi muito bem. Se estiver enganado peço desculpa, mas houve momentos que não percebi a linha condutora da trama.

  18. Davenir Viganon
    6 de dezembro de 2016

    Olá Chandra [seria um(a) jogador(a) de Magic?]
    Um Solarpunk. O conto tem até umas passagens dizendo expressamente “energia limpa”; “planta solar” para que ninguém duvidasse do que se trata.
    Falando da estória em si. Gostei bastante. Cheio de sutilezas e significados orientais. Dos nomes a flor-de-lotus. A referência a ícaro ficou muito boa. A trama em si não é complexa mas a linguagem foi bastante imersiva e foi uma experiência muito bacana.
    Um abraço!

    “Você teria um minuto para falar de Philip K. Dick?” [Eu estou indicando contos do mestre Philip K. Dick em todos os comentários.]
    Teu conto tem uns usuários de drogas malucos. Acho que você gostaria do conto “A pequena caixa preta” que tem uns elementos religiosos e psicodélicos bacanas.

  19. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    1 de dezembro de 2016

    Olá, Chandra,

    Tudo bem?

    Incrível como você conseguiu fazer quase um romance com apenas 3000 caracteres.

    A história, certamente merece se transformar em um livro com uma narrativa de maior fôlego. Tenho certeza que deixou muita coisa de fora ao escrever e que o assunto ainda tem muito “pano para manga”.

    Gostei das descrições dos espaços e da naturalidade com que as novas tecnologias surgem no texto, sem soar forçado.

    Parabéns por seu trabalho.

    Boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  20. Anorkinda Neide
    29 de novembro de 2016

    Uma interessante historia de Jesus na ficção cientifica… Um pouco complicado pra minha pequenina inteligência, nao entendi muito bem algumas coisas, mas o enfoque tá ae e o texto tá bonito, tá fluido.
    Acho q o problema aqui é mesmo meu que não acompanho bem este tipo de tema.
    Vc fez um belo trabalho, parabéns.
    abração

  21. Eduardo Selga
    28 de novembro de 2016

    Infelizmente, é um conto demasiadamente centrado no enredo (o que acontece com quem, por qual motivo, quando e onde, além dos inter-relacionamentos entre os núcleos dramáticos), dando pouca importância à construção de personagem e à palavra. É claro que o enredo é importante, afinal um conto é uma trama, mas antes dele vem o personagem,a peça que sustenta a força do enredo. E ainda antes do personagem temos a ferramenta que o constrói, qual seja a palavra. E esta, acredito, não deve ser excessivamente coloquial, uma vez que assim nos é mostrada a vida, um aplanamento que prejudica sua ampla percepção. A menos que na coloquialidade haja a força do personagem e do enredo por ser um imperativo estético, o que muitas vezes ocorre, mas que não é o caso desse conto. O coloquial, aqui, não ilumina as duas categorias anteriormente citadas.

    Some-se a isso alguns clichês oracionais e comportamentais. No primeiro caso, temos “do alto de planícies verdejantes […]”; no segundo, “sem forças, encostou as costas nos cipós e deslizou até o chão. Abraçou os joelhos”, uma cena bem conhecida.

  22. Waldo Gomes
    28 de novembro de 2016

    Caraca, não entendi nada, mas é um puta conto (rsrsrsrs).

    Agora sério, bom conto com desenvolvimento prejudicado, as partes não se atam, os personagens não se comunicam e a história fica solta.

    Acho que não entendi mesmo, afinal.

  23. Gustavo Castro Araujo
    27 de novembro de 2016

    Muito bacana o paralelo entre ficção científica (solarpunk) e religião. Tive a impressão lá no início, quando se menciona o sol como um deus. Os nomes também me chamaram a atenção, e o embate entre Yeshua (que havia andado entre as águas) e Heilel (em sua forma escarlate) reproduziram com bastante fidelidade o confronto entre bem e mal, como na Bíblia. Nesse sentido, dá para dizer que o conto acerta em cheio pois cria uma trama bem amarrada, de inveja, ciúmes e conspirações, bem ao estilo das narrativas do Novo Testamento. Demais disso, dá para dizer que o conto está muito bem escrito, tanto no que se refere a esse paralelo, como também na ambientação científica, com o platô solar puxando a verossimilhança para cima. Enfim, é um ótimo trabalho que, se não encanta (por faltar emoção, algo que me é caro), cumpre muito bem a função de entreter. Parabéns ao autor.

  24. Priscila Pereira
    26 de novembro de 2016

    Oi Chandra, que interessante o seu conto…
    Você usou claramente a história de Jesus, muito legal usar os nomes em aramaico, mas te dou um toque… no seu lugar eu trocaria o nome do pai para Yavé ou Jeová, já que o José foi só quem cuidou de Jesus aqui na terra e não o seu verdadeiro pai. Me parece que você não pintou lá um quadro muito bom do pai, não é mesmo…
    Mas vamos ao seu conto né… eu achei as partes que falam da tecnologia da época muito confuso, não consegui visualizar como se pareceriam os personagens… mas achei muito criativa a história. Parabéns!!

  25. Zé Ronaldo
    26 de novembro de 2016

    A estrutura do texto, feita assim, com esses intervalos, facilita sua leitura e isso agrada qualquer leitor.
    Achei a trama bem engendrada, sem partes desnecessárias.
    Gostei da ideia do uso de energia solar e de uma empresa que acabasse dominando tudo, achei super isso também.

  26. Pedro Teixeira
    26 de novembro de 2016

    O início cumpre bem a função de despertar interesse, com todo o mistério sobre quem é a mulher e o que aconteceu com seu filho.Depois acho que acaba ficando misterioso demais e não peguei bem o desenvolvimento da trama. Notei que o vilão sacrifica pessoas em algum tipo de ritual demoníaco para obter a imortalidade.
    O texto em si tem qualidade, envolve, há um cuidado na construção das sentenças, que tecem um clima pesado e sufocante. Mas acredito que daria para podar alguns advérbios, adjetivos e pronomes sem prejuízo ao conjunto.

    Dicas: manchas que se multiplicavam em seu traje branco, imaculado – tem uma contradição aqui: ou as manchas se multiplicavam, ou o o traje estava imaculado.
    No geral me agradou, mas acho que a conclusão poderia ser mais impactante, e algumas informações poderiam ser um pouco mais claras.

  27. Bruna Francielle
    25 de novembro de 2016

    Tema: to lendo na ordem, e até agora, este é o que mais aproximou-se de ser do gênero punk.

    Pontos fortes: a inovação da história, o desdobramento final. Achei bastante criativo. Foi inteligente colocar um ‘drama familiar’ no meio da história, isso certamente facilitou para a montagem do conto. Achei bacana também o mundo que o autor criou. Não me surpreendi por nenhum erro ortográfico. E o começo da história, instigou curiosidade, vontade de saber mais sobre o que estava havendo. Tbm gostei da imagem de ilustração do conto.

    Pontos fracos: Teve partes que achei confusas e de difícil visualização. Como, porque a Mirian matou o marido ? Foi por causa da droga? A questão da eternidade não ficou muito bem explicada. Pelo título, talvez a gente possa imaginar algo que poderia estar no texto, como, ele conseguiu a eternidade através do Sol ou algo assim.. alguma explicação adjacente poderia cair bem.
    E, confesso ter lido o conto “à prestação”. Apesar da ausência de erros ortográficos (ao menos evidentes) o conto não está totalmente fluído e possui uma certa dificuldade para lê-lo continuamente.

  28. Zé Ronaldo
    24 de novembro de 2016

    Muito instigante…muito bom!

  29. Marco Aurélio Saraiva
    24 de novembro de 2016

    História muito interessante! Diferente de muitas que li. Esse é o famoso Solarpunk? Bem legal!

    O escritor tem um estilo único tanto na formação das suas frases como na forma que manipula seus personagens. Cada personagem teve o seu momento, dando espaço para outro em seguida e servindo ao mesmo tempo de transição. Desde o pai até o filho adotivo, o leitor acompanha a tragédia da família Hamashia até o seu fim.

    Gostei muito do desenvolvimento do enredo. A técnica rebuscada do autor, às vezes, confunde mais do que ajuda o leitor. Especialmente o final, que achei confuso além do esperado. Como o texto é pequeno, não acho que isto tenha grande impacto mas, se fosse um livro ou um conto mais longo, acredito que a leitura acabaria se tornando cansativa. De qualquer forma, isso não tira o mérito de um cenário primorosamente construído nos mínimos detalhes: desde a descrição da economia até as micro tecnologias implantadas na sociedade futurística. Também não tira o mérito da criação de personagens fortes e complexos como Miriam e Heilel.

    Gostei muito da leitura e das imagens que pude conjurar com ela. Parabéns ao autor e à sua criatividade fértil!

  30. catarinacunha2015
    23 de novembro de 2016

    A narrativa é competente, mas muito lenta na pegada “nerd” para o meu gosto. O texto merecia uma boa enxugada. Sou chata com isso, eu sei. Exemplo: “branco, imaculado” , “energia limpa, autossustentável”, etc, etc, etc. Isso prejudicou o desenvolvimento de trama tão inquietante e sagaz.

  31. angst447
    22 de novembro de 2016

    Olá, autor.
    Não vou discutir sobre a adequação ao tema proposto, pois não me sinto segura quanto ao meu conhecimento sobre X-punk.
    Um ótimo conto, muito bem escrito e que requer atenção para o leitor não se perder os detalhes. Aliás, lerei mais algumas vezes para assimilar o que me fugiu.
    Gostei da simbologia da flor de lótus, da sua imagem associada à pureza e à morte. Esta planta pode ter o efeito de um narcótico que causa um sono e também amnésia a quem a ingerir.
    Não encontrei erros que tenham escapado da revisão.
    Quanto aos nomes dos personagens, nem tentei pronunciá-los. Só procurei identificá-los para não me perder durante a leitura.
    Acabei de ler com uma música na minha cabeça – Who wants to live forever? Talvez eu esteja precisando de uma dose de solarina…
    Boa sorte!

  32. Sick Mind
    19 de novembro de 2016

    Achei que a construção de algumas cenas ficaram confusas, me obrigando a ler o conto duas vezes. Apesar disso, o enredo conseguiu me motivar, mas o desfecho não me satisfez, nem senti necessidade de um epílogo para a história. O texto está repetitivo nas descrições do ambiente, sendo que na primeira já havia ficado bem claro que se tratava de um solarpunk.

  33. Rubem Cabral
    18 de novembro de 2016

    Olá, Chandra.

    Gostei do conto. É um legítimo exemplar de solarpunk e o cenário montado foi impressionante. A história, contudo, apesar de sofisticada e de misturar elementos de mitologia cristã bem bacanas, ficou apertada nos limites impostos pelo desafio. Da mesma forma, o desenvolvimento dos personagens foi bem tímido; em nenhum momento nos pegamos torcendo contra ou a favor deles.

    Resumindo: bom conto! Nota 7.

  34. Fheluany Nogueira
    17 de novembro de 2016

    O TEMA é bem explorado com uma TRAMA cinematográfica, em que representantes de Caim e Abel vivem uma aventura distópica, ambientada com esmero; a ciência está na eterna busca pela imortalidade. A LINGUAGEM está adequada ao desenvolvimento proposto, muito bem executada; a LEITURA é fluida e instigada por boa dose de suspense. Gostei muito do ritmo e da ambientação do texto, apesar de precisar reler para entender algumas das situações criadas. Parabéns pela participação. Abraços.

  35. Tatiane Mara
    15 de novembro de 2016

    Fiquei toda confusa sem saber “quem nem por que”, acho que os nomes fizeram isso. Poderia ter investido mais no trabalho tecnológico movido a energia solar, ficou vago, se era essa intenção, não sei. O desajuste do protagonista também me soou explícito.

    É isso.

  36. cilasmedi
    15 de novembro de 2016

    Um conto confuso, onde não se define os personagens integralmente e suas interações com muitas explicações sobre o local, mas indistintos. Li duas vezes e confirmo a sua complexidade. Infelizmente, não gostei. Nota 5,0.

  37. Evelyn Postali
    13 de novembro de 2016

    Oi, Chandra…
    Uma história tensa, densa. Ao final, foi impossível não me remeter à Ícaro ou a Frankstein, mas isso se deve ao fato de eu sempre associar manchas no sol com o personagem da mitologia. Mas é só isso também. Eu gostei de como narrou a trajetória de Yeshua e de Heilel, de como colocou a questão da vida eterna e do preço a se pagar por ela. A loucura e a certeza.
    O homem jamais será eterno, apesar das tentativas. Talvez em um futuro muito muito muito distante de nós, quando ele aprendesse a dominar seu ego, isso pudesse realmente acontecer. Mas assim como agora, ou no tempo da história, isso seria desastroso. A vida eterna só é possível, no meu entendimento, a partir do momento em que se equilibram as forças egoístas dentro do homem.
    Alguns trechos da história ficaram confusos, mas, no restante, é uma boa história.
    Parabéns ao autor.

  38. olisomar pires
    12 de novembro de 2016

    Bonito conto, cheio dessas coisas bonitas. SolarPunk ? talvez, não sei. Achei tudo muito “brilhante”, ruas limpas, casas boas, pode ser que tenha entendido errado… mas é um bom conto. Não me empolgou, mas isso já é pessoal demais. A técnica é boa e a narrativa, embora lenta, flui sem entraves.

  39. Evandro Furtado
    11 de novembro de 2016

    Gênero – Outstanding

    Ainda que eu tenha pouco conhecimento em relação ao solarpunk, me pareceu que o autor conseguiu, aqui, criar uma atmosfera interessante o suficiente para não deixar dúvidas. Ambientou sua história em um mundo futurista, cheio de grandes corporações, mas que, ao contrário do cyberpunk, me parece muito mais cheio de cor do que cinzento.

    Narrativa – Good

    A narrativa em terceira pessoa auxiliou na construção do cenário, mas, por outro lado, atrapalhou na construção dos arcos fechados. Quando se trata de ver o mundo sob a perspectiva de um plano aberto, tudo funciona muito bem, quando fechamos o foco para acontecimentos específicos, as coisas se complicam.

    Personagens – Weak

    A crítica que faço em relação à narrativa se manifesta claramente nesse quesito. Sinto que os personagens não foram suficientemente desenvolvidos. Eles se comportam como meros coadjuvantes no cenário construído o que, nesse caso, não é positivo já que a história gira em torno deles e conta com eles em sua construção. Não foi criada uma conecção personagem-leitor, não foi possível que nos importássemos com seus tramas e suas vidas e, consequentemente, aquilo que a eles aconteceu não causou impacto.

    Trama – Average

    Apesar dos elementos bem colocados e da brincadeira bíblico-metafórica, em vários momentos a história fica confusa. Creio que, com a quantidade de informações que o autor quis dar aqui, tudo se encaixaria muito melhor em um romance do que em um conto. É difícil apresentar um mundo – o que o autor fez bem – depois colocar personagens, desenvove-los, fazer com que nos importemos e, ainda, criar uma problemática que seja interessante o suficiente em um espaço tão curto.

    Balanceamento – Weak

    Apesar de bem ambientado e bem escrito, o conto falha no conteúdo, principalmente pelo enredo confuso e os personagens sem apelo.

    Resultado Final – Average

  40. Fabio Baptista
    11 de novembro de 2016

    Texto muito bem escrito, só teria limado alguns adjetivos em determinados trechos. A ambientação solarpunk ficou perfeita (e a maior parte da nota será por causa da técnica). A história, porém, apesar de bem amarrada, não conseguiu me empolgar em nenhum momento, com exceção ao final da parte 3. Até prendeu minha atenção, mas isso foi mais por despertar a curiosidade de ligar os pontos e estabelecer os vínculos sobre “quem era quem” e tentar desvendar as referências bíblicas do que pela trama em si.

    – empresários afirmaram terem
    >>> não tenho muita certeza sobre essa regra, acredito que as duas maneiras estejam corretas, mas acho que “ter” soaria melhor ali

    Bem escrito, com uma trama redonda, mas não me agradou em cheio.

    NOTA: 8

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Informação

Publicado às 10 de novembro de 2016 por em X-Punk e marcado .