Aquele cagão mijando inteiramente no caimento de seu mentirosíssimo Armani, engasgado de terror. A tremedeira impedindo abrir o livro preto, ejacular glorificações na minha cara. Seu grito nem atravessava a garganta, meus olhos gozavam de ver. Poderia matá-lo sem cerimônias ali, pleno púlpito: o machado do meu Xangô, por ele roubado, estava novamente comigo.
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Este conto faz parte da coletânea “Devaneios Improváveis“, Quarta Antologia EntreContos, cujo download gratuito pode ser feito AQUI.
௫ Oh, Glória (Kabiyécilé)
ஒ Estrutura: Bem, estilo diferenciado, que se encontra num caminho neutro. Sem muita definição. Isso não é ruim, na realidade. É só um estilo diferente! O autor só precisa tomar cuidado para não cair na prolixidade.
ஜ Essência: Não há beleza na estória. Apenas violência. Isso pode ser atraente para os violentos, mas os mais calmos irão querer entender o porquê daquilo tudo. Eu não entendi, infelizmente.
ஆ Egocentrismo: Não gostei muito. Achei confuso. Tentei ler mais vezes, mas não engoli. Falha minha, talvez. Falha do autor, talvez. Não sei!
ண Nota: 7.
Não consegui gostar. Pelo que vi nos comentários seu texto talvez se refira a uma religião africana, e como muitos também não entendo sobre isso, então fiquei um pouco perdida com tantas descrições. Em fim, foi questão de enredo mesmo, sua escrita está boa.
Opa, algo relacionado a religiões africanas?
Como um comentário já dito, eu sou um pouco ignorante em religiões da mesma.
Mas esse texto trata de canibalismo entre a guerra de tribos?
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Oh, Glória (Kabiyécilé) – Pseudônimo abusado esse! Rs
1. Temática: Fantástico.
2. Desenvolvimento: Cagão mijando – que loucura isso!
3. Texto: Repleto de figuras que me são estranhas, mas muito bom.
4. Desfecho: No final, Xangô é a entidade ou o terreiro em si? Fiquei com essa indagação. Ficou legal o convite, criando perspectivas.
Talvez minha ignorância em relação aos símbolos de religões afro possa ter me feito perder alguma coisa, mas não me desceu bem o espírito vingativo, ainda que não gratuito, e as imagens literalmente viscerais utilizadas não chegam propriamente a chocar, mas me causaram certa resistência ao texto.
Caro Kabiyécilé (wow, que pseudônimo estranho!)…
Que conto é esse? Putz…
Eu simplesmente adoro histórias escritas dessa forma! E essa não foi exceção! Vocabulário muito divertido, cenas geniais. Tudo escrito com uma mão que domina completamente a arte de escrever… simplesmente fabuloso.
A única coisa que tenho a reclamar não é necessariamente sobre o seu conto, mas sim sobre mim. Acho que não fui capaz de compreender a história. Não entendi qual o objetivo central do enredo, e qual mensagem o autor gostaria de ter transmitido para o leitor. Somente por isso, este conto não ficou no meu top 1.
A imagem do conto está muito legal. O conto todo é todo misterioso e ogro, isso que dá a ele um charme surreal, que o destaca entre os demais contos deste desafio. Parabéns cara!