Neste quarto frio e úmido sobrevivo
Na epiderme de um disfarce pífio
No inverno de braços incógnitos
Na veracidade de um mundo sombrio
Busco a moeda sórdida que mal me alimenta
Uso o fascínio do batom que habita meus lábios
E eternizo o capítulo de um libido de momento
Eu… A roupa que vestem sem nenhum juramento
Esse lascivo corpo de pecados inglórios
Na vertigem desses meus atos réprobos
Enxerga-me um mundo por diversos olhos
Na estupidez do apetite da espécie
Na mercancia de minha reles vida
Alienei minha alma… Tornei-me inferno.
Profundo. Sem muitas rimas, mas consegue transmitir o senso de desespero. Alguma palavras apresentaram uma sonoridade um tanto estranha, mas não tira o brilho do texto.
é acida! gosto disso.
o final é fatal
Alienei minha alma… Tornei-me inferno.
gostei demais
E ae, guri!!
Gostei do teu soneto, é uma coragem escrever nesse tema, eu pouco me aventurei nele…rsrsrs
Achei apenas a segunda estrofe um tanto quanto, embaralhada… gostaria de vê-la burilada ^^
Neste verso, acredito eu que ‘libido’ seja uma palavra feminina,nao?
‘E eternizo o capítulo de um libido de momento’
eu trocaria assim:
‘E eternizo o capítulo da libido de um momento.’
Você podeira escrever mais poemas pra nos brindar, né? q tal?
Abraços
Como nunca fui de ler poesias e estou começando agora, percebi que esse tipo de poesia eu gosto. Parabéns Sidney, muito boa.
Passou um sentimento muito forte, de uma prostituição que afeta bem mais que somente o corpo, se entendi bem. Os últimos versos fizeram parecer que o vazio do mundo lhe tivesse roubado a alma e, para amenizar tal sensação, ela roubasse um pouco da alma de cada um através do desejo, tornando-se inferno assim. Parabéns.
Fala, Sidão!
Mandou muito bem nessa poesia, velho.
Pessoal tá ficando afiado… 😀
Parabéns!
Caramba, Sid! Mandou muito bem.
Consegui sentir a as emoções descritas, e você ainda usou belas palavras para ilustrar isso. Parabéns, ficou muito bom!
Grande Sidney Muniz! Esse poema é a intensidade de uma alma mercadoria! Que muito louco! O vocabulário intenso e poético e sombrio… Consegui sentir daqui, desse lado decá onde as coisas são “fáceis e vão bem, obrigado”, a tensão de uma declaração dessas! Sua veia poética é pulsante como uma jugular.