EntreContos

Detox Literário.

Apoteose Gaia (Anorkinda Neide)

apoteose gaia (1)

– Uma grandiosidade!

Luzes fortes e coloridas e pontuais, mostraram e encantaram durante todo o tempo.

Atuações perfeitas e ousadas. A música, uma só, escolhida a dedo. De uma originalidade perfeita.

Na verdade, todos os adjetivos existentes mostravam-se pouco producentes em face deste espetáculo. Felizes eram aqueles que puderam assisti-lo. Pessoas de diversos e até inusitados lugares fizeram-se presentes durante toda a turné. Esta noite fora a apoteose!

Na primeira fila, as amigas aplaudiam extasiadas. Sentiam que não queriam que o musical acabasse, nem naquele momento, nem nunca!

– Lúcia, vamos ao coquetel com os artistas? Fui convidada! – Teresa mal podia conter-se de emoção e de animação.

– Não estou com vontade… Estou sentindo uma tristeza pequenina aqui no peito. Estou querendo ir pra casa, relaxar e dormir para ver se passa…

– O que é isso?! Depois de assistir uma maravilha dessas, sentir tristeza? É por causa do fim da turné?

– Não sei… Parece mais com um pressentimento…

Logo que as cortinas baixam, Veritta encontra os olhos ávidos de censuras de seu namorado, Stênio. Ela tenta caminhar apressada em meio a tantos artistas que abandonam o palco o mais silenciosamente possível.

– Precisava escorregar a alça do vestido daquela maneira, Veritta?

A moça revira os olhos, totalmente exausta e sem paciência.

– Você sabe que é preciso. É a personagem. Ela é sensual.

– Nunca houve a necessidade de deixar a alça cair e deixar as costas totalmente à mostra.

– Não, mas hoje a personagem quis fazer como despedida, é ela quem manda!

Veritta já se encontrava em frente à porta de seu camarim. Ela tomou um fôlego olhando para seu nome ali inscrito, suspirou e entrou.

O rapaz assumiu o seu posto, caminhando de lá pra cá, como um cão de guarda guardando o seu tesouro. Ele sempre ficava ali depois dos espetáculos, não por necessidade, mas porque ele nada tinha a fazer ou onde ir longe da presença de Veritta.

Tony Ástor, diferentemente de sua parceira de cena, encaminhava-se tranquilamente a seu camarim. Ele amava o burburinho das gentes a sua volta, lançando-lhe olhares de admiração e de paixão. Mesmo colegas, ele sentia sempre a adoração dos que o rodeavam.

Ao entrar em seu camarim e sentar-se em frente ao espelho, olhou-se e pensou no que fazer do resto de sua noite. Estava já meio cansado de sair a cada dia com uma mulher diferente, mas o hábito sempre o impelia a repetir o padrão.

Lembrou-se de uma moça especialmente aprazível que estava na primeira fila, tinha olhos de fã ardorosa.

– Se ela estiver lá fora, é com ela que eu vou.

Disse para si mesmo, sem empolgação, enquanto levantava-se para trocar-se.

– É melhor você se apressar Tony, pois se você para, pensa e se pensa, chora.

– E, decididamente, eu não nasci para chorar…

Continuamente, o famoso e badalado ator conversava com sua consciência quando estava sozinho.

No coquetel preparado para fechar em grande estilo aquela turné única do musical de maior sucesso do país, Tony adentra a sala em grande estilo. Passa os olhos com rapidez e precisão por todas as mulheres ali presentes e não vê a moça da primeira fila. Decepciona-se, mas não demonstra e segue por entre elogios e sorrisos até o diretor da peça que está de braços efusivos abertos para recebê-lo num abraço. Flashs disparam, garantindo a foto de capa dos jornais matinais.

Veritta chega à festa com seu largo e lindo sorriso treinado nos longos anos de atuação.

Ela está cansada e sem paciência para repórteres, diretores, bajuladores e afins. Mas não deixa este estado de ânimo transparecer. Ela só quer atuar nesta última vez, até o fim da noite e depois descansar, quem sabe para sempre… Seus pensamentos estão bastante desobedientes, a atriz nem sabe de onde eles vem.

Stênio vem escoltando-a, evitando que os mais chatos a importunem demais. Muita fofoca rola sobre este namoro, que Veritta não é feliz, que o homem a sufoca, etc.. Mas a verdade é que a estrela finge amuar-se com ele, mas ela gosta da segurança que Stênio lhe proporciona. Veritta sente que, hoje em dia, ela não está mais à deriva num oceano de tubarões.

A noitada transcorre naquele clima ameno de celebridades, paparicações e champanhe. Teresa até entedia-se e um pouco tonta pela bebida consumida, vai até uma janela e tenta uma ligação para Lúcia.

– Alô? Olá, baby.. liguei justamente para saber se estavas acordada. Tudo bem por aí?

– Sim. Não consegui dormir. Mas estou bem. E o coquetel? Acabou?

– Estou por aqui, ainda. Vou ver se consigo uma companhia pra ir embora ou ir pra algum outro lugar. Agora que já vi todos os artistas, a festa perdeu a graça. Só queria mesmo saber se estás bem, fiquei preocupada. Amanhã vou dar uma passada aí.. Agora vou desligar, você acredita que o Tony Ástor está aqui pertinho de mim e olhou pra cá… Oh céus! Tchau, amiga, até amanhã!

Do outro lado da linha, Lúcia teve um pensamento rápido e forte:

– Não terá um amanhã.

Tony Ástor tinha visto Teresa e lembrou que ela estava na primeira fila ao lado da moça bonita de olhos ardorosos. E pensou, se aquela não está, vamos com essa mesmo. Ele aproximou-se e desferidos os galanteios de praxe e capturado suspiros assustados e mal-disfarçados da vítima, o galã pergunta:

– Tem um grupo aqui que vai pra uma boate, esticar esta noite. Preciso de uma companhia, de sua companhia, vem comigo?

– Minha companhia? – Teresa treme. – Mas é claro! Vamos!

Alguns minutos depois, pela porta dos fundos, escondidos dos fotógrafos, Teresa sai de mãos dadas com o astro…

Esta era sua apoteose!

No estacionamento, prestes a entrar em seu carro, Veritta observa o movimento do grupo que reune-se em uma van para irem a uma boate. Ela lembra dos tempos em que também acompanhava os colegas nestas noitadas, mas sem saudades.

– Não sei porque estou tão nostálgica …

– O que disse, querida?

– Nada meu amor, estava pensando alto. Eu já lhe disse que te amo hoje?

Stênio recebeu um beijo doce e apaixonado que deixou-o feliz e perplexo.

Sentaram juntos no banco de trás da limousine e entregaram-se aos carinhos dos enamorados por toda a viagem.

Já em casa e quase prontos para dormir, Veritta e Stênio fazem um pequeno lanchinho com leite frio e biscoitos. Ele fala um pouco sobre as pessoas que estavam no coquetel, sobre os comentários que fizeram sobre a peça e principalmente sobre Veritta e sua arte. Mas quando ele toca no assunto, planos para o futuro e próximos trabalhos, Veritta o interrompe:

– Amor, estou tão exausta! Apenas pensar no futuro me parece algo tão estranho e impossível! Vamos dormir sem nenhum plano ou perspectiva? Só hoje?

– Você manda, benzinho!

Já deitados, abraçados, Stênio estica o braço e apaga a luz do abajur. A escuridão completa o quarto e nenhum dos dois percebe que é para sempre.

Olhando por uma janela de um prédio de apartamentos modestos, Lúcia espera a alvorada. Ela não conseguiu dormir pois sua intuição lhe dizia que não iria amanhecer… Então ela deu plantão na janela, queria ver os primeiros raios de sol a lhe provar que o que sentia era uma tremenda bobagem!

Mas não veio nenhuma claridade, ao contrário, todas as luzes da cidade apagaram-se.

O mundo inteiro foi coberto por um manto de escuridão.

– As cortinas do mundo baixaram! Fim do espetáculo.

Foi tudo o que Lúcia pôde pensar naquele último minuto.

– Uma grandiosidade!

Luzes fortes e coloridas e pontuais, mostraram e encantaram durante todos os séculos de apresentação. Atuações perfeitas e ousadas. Na verdade, todos os adjetivos existentes mostravam-se pouco producentes em face deste espetáculo. Felizes eram aqueles que puderam assisti-lo. Seres de diversos e até inusitados planetas fizeram-se presentes durante toda a exibição.

Quando a luz se apagou e o planeta em cartaz saiu de cena, mergulhando no buraco-negro das obras-primas completas, palmas foram ouvidas por todo o firmamento.

– Você gostou do espetáculo?

Axntx olhou para sua acompanhante, sentada ao lado de sua poltrona e ela estava magnífica com seus olhos fora das órbitas completamente marejados de emoção e sua pele de brotoejas verdes piscando numa tentativa de auto-controle. Esta beleza toda cativava seu coração…

– Querida… – Ele entregou-lhe um dispositivo ressecador ocular – Já assistimos tantos

espetáculos por este Universo afora e você continua se emocionando neste grau!

– Este Apoteose Gaia foi, sem dúvida, o mais emocionante… Tão complexo, tão cheio de cores e nuances…

– Sim, esmeraram-se dessa vez! Precisamos lembrar de cumprimentar aos Criadores de Mundos. Fizeram um belo trabalho aqui.

Juntaram-se a outras tantas naves que lentamente, dispersavam-se pela galáxia afora. Dentro de poucos bilhões de anos-luz, todos teriam mais outro grandioso espetáculo para assistir, mas agora era hora de retornar a seus afazeres siderais.

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57 comentários em “Apoteose Gaia (Anorkinda Neide)

  1. Anorkinda Neide
    6 de abril de 2014

    Olá pessoal!
    Quero fazer este comentário geral para agradecer aos votos que recebi e agradecer pelos comentários, tanto elogiosos quanto críticos, os dois tipos me ajudam muito!
    Não respondi aos ultimos comentarios simplesmente porque eu estava numa maré de responder com o perfil errado, que até eu me impacientei comigo mesma!
    Obrigada moderação, pela paciência!

    Neste conto eu tentei com maior afinco, seguir as sugestões que há anos os amigos vem me dando de que eu trabalhe mais os personagens… ainda não atingi o objetivo da excelência.. hehehehe… mas avancei.. por certo que avancei.

    Como alguns aqui, ainda não me conhecem, eu sou poetisa.. e me arriscar em uma prosa já é espinhoso pra mim.. numa prosa mais longa, então.. é como caminhar em areia quente, eu fico querendo chegar logo ao mar! Mas ao mesmo tempo adorando cada passo da caminhada.

    Um abração em todo mundo!
    Até o próximo desafio!

  2. jggouvea
    5 de abril de 2014

    Não sou dos que gostam de catar piolhos em textos interessantes para ter motivo para criticar. Este texto tem uma ideia original, interessante, o desenvolvimento tem suas falhas, mas nada que não possa ser corrigido, então o que fica é a qualidade da concepção e o potencial de arrojo que ele tem. É um dos melhores textos do desafio e será injusto se não ficar entre os cinco primeiros (mas sabemos que injustiças acontecem nessa peça, digo, nesse mundo). A única coisa de que senti falta foi algo que marcasse a apoteose final. Talvez uma guerra nuclear, ou algo assim, para funcionar como os fogos de artifício. Mas talvez seja melhor ficar com essa lacuna, para que cada um de nós imagine o que teria sido a apoteose…

  3. Vívian Ferreira
    3 de abril de 2014

    Gostei do tom agradável e despretensioso da tua escrita. A ideia do espetáculo terrestre é muito boa. Talvez se não soubéssemos durante a leitura que aquela seria a última noite ou que estariam fazendo as coisas pela última vez, os acontecimentos descritos na hora do ¨fim¨ terrestre seriam mais impactantes? É uma sugestão. Ah! E conservando intuições, pq não? 😉 Parabéns e boa sorte!

  4. fernandoabreude88
    1 de abril de 2014

    Achei um conto simpático e gostoso de ler. A analogia final entre teatro e o fim dos tempos é bem interessante. Apesar de alguns deslizes na estrutura do texto e na formatação, há bons personagens e uma ambientação bem feita. Talvez eu não vote nesse conto, por que já li muitos que gostei mais, mas ele é bom.

  5. Wilson Coelho
    31 de março de 2014

    Um conto muito agradável de ler e “simpático” tbm. Concordo que a boa ideia praticamente pede por mais desenvolvimento.

  6. Weslley Reis
    25 de março de 2014

    A ideia de que somos nada além de uma centelha do universo atrelada a um espetáculo é ótima e bem executada. Lembrou-me o Guia do Mochileiro das Galáxias num tom mais melancólico. Infelizmente, pela falta de profundidade dos personagens, não consegui apegar-me ao texto.

  7. Gustavo Araujo
    25 de março de 2014

    O sonho dentro do sonho, o show dentro do show. Bacana a premissa e mais legal ainda a surpresa no fim. Achei legal o desenvolvimento – esses aspectos mundanos que nos envolvem sempre dão pano para manga. Só achei que faltou um pouco de magnetismo aos personagens – não há muita coisa que nos faça torcer por eles. Apenas Veritta surge como um alento, talvez por causa de sua melancolia. Enfim, um bom conto mas que pode render mais.

  8. Eduardo B.
    24 de março de 2014

    Notei alguns errinhos bobos na execução do texto, mas nada alarmante. A trama é legal, mas os personagens foram desenvolvidos de modo pífio e o final não emociona.

    Continue escrevendo. Abraço. 😉

  9. Hugo Cântara
    21 de março de 2014

    Gostei do conto, um espectáculo por trás do espectáculo, ideia muito bem conseguida. A escrita e o ritmo são apelativas, e prende o leitor ao conto. O fim não decepcionou. Parabéns e boa sorte!

  10. Felipe França
    19 de março de 2014

    Aqui, a autora conseguiu um encaixe perfeito para a analogia entre o final de nosso mundo e o término de uma peça de teatro. O final do conto me lembrou muito um episódio do Doctor Who; as cenas assemelham-se bastante. Um texto fluído, bem escrito e com bons diálogos. Minha única sugestão é para que a personagem Lúcia fosse um pouco mais aproveitada. Ela ficou muito restrita… servindo como uma simples telespectadora do fim do mundo. Parabéns e boa sorte.

    • Ágata
      19 de março de 2014

      Obrigada, Felipe!
      sugestão anotada!

      Abração

  11. Rodrigues
    18 de março de 2014

    Apesar de meio confuso em algumas partes, gostei do conto. A comparação entre a peça de teatro e o fim da vida, quando as cortinas se fecham… Caiu bem. O final foi o mais marcante, mas há de organizar algumas partes para evitar a confusão e desenvolver mais os personagens.

    • Ágata
      18 de março de 2014

      Rodrigues!
      Nem sabes o que aconteceu, eu não soube configurar o word e o texto veio todo torto! A moderação ainda ajeitou um pouco, imagina como estava! hahaha
      Mas agora aprendi.. é errando que se aprende não é?

      Obrigada pela leitura!
      Abração

  12. bellatrizfernandes
    16 de março de 2014

    Primeiro devo começar dizendo que devia ter alguma separação entre a cena da Teresa e da Veritta, porque fiquei MUITO perdida até perceber que uma estava vendo o show e a outra estava apresentando.
    Como disse o Marcelo, lembrou muito um dos primeiros episódios de Doctor Who, quando o Doctor leva Rose para ver a Terra acabar.
    Eu gostei do começo do conto, mas a relação dele com o fim foi um pouco fraca, muito rasa. Sinto como se você pudesse ter explorado muito mais do que fez, o que foi triste, porque a ideia foi muito boa.
    Adorei o seu estilo! Estou curiosa para descobrir quem é!
    Parabéns e boa sorte!

    • Ágata
      18 de março de 2014

      Obrigada pela leitura!
      E pelas palavras!
      Nossa adoro este episódio do Dr Who.. é onde aparece a ultima humana, não é? Muito bom!
      Realmente nao pensei nisso quando tive a ideia do conto, mas certamente influenciou o fio dos meus pensamentos.. hehehe
      Outra influência foi do Guia do Mochilheiro da Galáxia.

      Abração, querida!

  13. Marcellus
    14 de março de 2014

    Não é um conto ruim, apenas não funcionou comigo. Entendi a conexão entre as várias personagens e gostei da sacada da comparação entre o teatro “terreno” e “terrestre”.

    Mas achei muito cadenciado, sem reviravoltas. E, partindo do pressuposto que o mundo acabaria mesmo… não me empolgou.

    Mas a autora tem ótimas qualidades, claro! Foi só uma questão de gosto mesmo… boa sorte!

    • Ágata
      15 de março de 2014

      Obrigada pelas palavras, Marcellus!

  14. Marcelo Porto
    14 de março de 2014

    Me lembrou um episódio de Doctor Who.

    Gostei do enredo, o link entre os personagens funciona bem e a galeria de tipos convence. O conto talvez desse um salto de qualidade caso a autora ousasse um pouco mais e desse uma movimentada na trama, mas mesmo assim me agradou.

    Parabéns!

    • Ágata
      15 de março de 2014

      Puxa, adoro Dr Who! \o/

      Obrigada pela leitura e sugestão, estou assimilando tudo, antes que tudo se acabe!

      Abraço

  15. Fabio Baptista
    13 de março de 2014

    Um conto “ok”.

    Bem escrito, criativo (não vi qualquer semelhança com o dos alienígenas viciados em “Civilization”), trama bem desenvolvida, etc., mas que deixa a sensação que faltou alguma. Talvez um pouco de ação, algo que nos deixasse apegados aos personagens, não sei.

    Acho que teria um efeito mais impactante reduzir a participação dos ETs apenas ao último parágrafo, tipo um elemento para encerrar o conto com gosto de surpresa.

    Abraço.

    • Fabio Baptista
      13 de março de 2014

      sensação que faltou alguma *coisa

    • Ágata
      15 de março de 2014

      Oi Fabio!
      Obrigada pela leitura! 🙂

      Eu achei que os ETs proporcionaram surpresa, não? snifss

      rsrsrs
      Abração!

      • Fabio Baptista
        16 de março de 2014

        Olá, Ágata!

        Sim, proporcionaram!
        Porém acho que eles ficaram ali tempo suficiente para nos acostumarmos com eles. 😀

        Mas talvez eu seja um pouco radical nesse sentido. Às vezes gosto de finais mais abruptos, para acabar o conto com aquela sensação de “putz, peraí… o que foi iss… PUTZ!!!!”… sabe? kkkkk

        Abraço!

  16. Rodrigo Arcadia
    11 de março de 2014

    Gostei do conto, da narrativa. Apesar queria saber mais do casal extraterrestre, faltou explorar o final, também. Tirando esses detalhes, o conto não deixa de ser bom.
    Abraço!

    • Ágata Frota
      13 de março de 2014

      Olá!
      Que bom que gostou, eu sei que tenho q apurar este final!
      Obrigada pela leitura, abraço!

  17. Thata Pereira
    11 de março de 2014

    Eu gostei *muito* da ideia do conto e gostei bastante da sua escrita. Por isso mesmo, senti que a história poderia ter sido melhor desenvolvida. Achei estranho usar “etc” em um conto (pode ser birra minha, mas é que eu nunca havia visto e estranhei bastante).

    A escrita é muito agradável de ler, muito bonito.

    Boa Sorte!!

    • Thata Pereira
      11 de março de 2014

      obs: quando mencionei desenvolvimento, não expliquei porque o desenvolvimento ao qual me refiro é uma coisa que só se aprende na prática. Uma ousadia maior na hora de escrever os fatos e elaborar os diálogos… 😉

      • Ágata Frota
        13 de março de 2014

        Que bom que gostou, Thata!
        Obrigada pelas palavras!
        Etc. ? Nunca cogitei se pode ou não usar.. pode isso, Arnaldo? rsrsrs
        Abraço

  18. britoroque
    10 de março de 2014

    Legal esse conto. Gostei bastante. Não sei fazer muita teoria, só sei dizer que gostei. Impliquei apenas com dois detalhes. 1. A expressão ‘moça especialmente aprazível’ – não parece que aquele personagem usaria essa expressão, que é tremendamente formal. 2. No final o cara fala que precisa dar os parabéns aos criadores de mundos. Mas o chou não era de destruição? Não seria melhor dar os parabéns aos destruidores de mundos? Fora isso acho que gostei de tudo.

    • Ágata
      10 de março de 2014

      Olá!!

      Obrigada pelo apreço na leitura!
      ‘especialmente aprazível’, ficou rebuscado né? quem sabe influencia do texto da peça q ele estava encenando? deixa eu defender um pouco né! rsrsrs

      os Criadores de mundos aqui, entram como se fossem os diretores de teatro.. no caso, ele criam um mundo, um planeta-cenário e desenrolam ali os enredos. por isso Criadores, dae um dia o espetáculo termina não é? é isso.

      Abração!

  19. Anorkinda Neide
    9 de março de 2014

    Tal o outro conto, traz o terráqueo que não sabe, realmente, o que ou quem ele é, afinal de contas.. um brinquedo? um marionete? um passatempo?
    Gosto desta ideia… hehehe

    E o texto é bonito! ^^

    • Ágata
      10 de março de 2014

      Obrigada, Anorkinda!

      Como disse pra Bia… aproveitemos da vida seja lá o q ela for!! 🙂
      Que bom que gostastes da leitura

      Abraço

  20. Bia Machado
    9 de março de 2014

    Olá, gostei da ideia do conto, mas achei que ele poderia ter se desenvolvido melhor, quanto à caracterização das personagens (e achei aquela intuição das mulheres, mesmo sendo mulheres, um pouco fora de propósito). A ação antes do escuro total poderia ter sido melhor explorada, e achei o final corrido. Mas é uma ideia interessante e, assim como a do outro conto, dá um certo medo, pensar que a vida no planeta é o que esse conto e o outro apresentaram, rs…

    • Ágata
      10 de março de 2014

      Oi Bia!
      Pra ficar mais clara a intuição das mulheres, poder-se-ia ter desenvolvido mais as características de cada uma, dae entra uma maior explanação das personalidades das personagens, q vcs pedem e não fiz mesmo.. hehe
      Entao ficaria facilmente visível que elas eram pessoas centradas, equilibradas e por isso a intuição lhes sobreveio…(ó q palavra bonita.. :p)

      Obrigada pela leitura e não fique com medo não, de qualquer forma a gente aproveita bem essa vidinha por aqui, seja ela um upload, generosamente concedido por um Kepleriano ou uma atuação teatral no espaço cósmico! \o/

      Abração

      • Bia Machado
        15 de março de 2014

        Obrigada, me sinto mais reconfortada agora, hahahahh

  21. Paula Mello
    8 de março de 2014

    Gostei bastante do conto, a escrita me prendeu do começo ao fim.
    A ideia foi muito boa e muito bem desenvolvida, mas confesso que uma passagem rapida de um acontecimento a outro me incomodou um pouco.
    Mas nada que estrague o conto.
    Mulheres são intuitivas… 😉
    Parabéns e Boa sorte!

    • Ágata
      8 de março de 2014

      Obrigada pela leitura, Paula!
      E que bom que gostou.

      Abração

  22. Felipe Moreira
    8 de março de 2014

    Não posso dizer que não gostei. A escrita é agradável, te leva sem turbulências até o destino do texto. A semelhança com o 2.0 é pequena. Mas imaginar que nós e o nosso mundo é apenas uma projeção artística de um quadro maior é fascinante.

    Eu queria ser entretido com a leitura e fui. Obrigado e boa sorte.

    • Ágata
      8 de março de 2014

      Obrigada, Felipe.
      Que bom que te entreti com uma ideia que acho fascinante tb! 🙂

      Abraço

  23. Thales Soares
    7 de março de 2014

    Achei o conto em si bem mediano.
    A narração flui bem, mas eu particularmente me sinto meio entediado quando nada de emocionante acontece.
    Os nomes dos personagens são meio estranhos…

    O final foi bom. Mesmo o leitor já esperando algo do tipo, foi legal como foi mostrado.

    Eu não me encantei com a obra por um simples motivo de gosto. Mas está bem feita e acredito que várias pessoas vão apreciar.

    • Ágata
      8 de março de 2014

      Thales, obrigada pelas palavras.

      Abraço

  24. Pétrya Bischoff
    7 de março de 2014

    Então… não gostei :/ Achei fraco.
    Não gostei de as mulheres pressentirem um fim, digo, mais de uma. Ou uma, ou todxs, mas parcialmente… ficou estranho. Também não gostei de ser um espetáculo semelhante ao “grande espetáculo”. E, definitivamente, não gostei da maneira que a autora apresentou o fim em si, como um espetáculo extraterrestre. Não funcionou comigo, enfim, boa sorte.

    • Ágata
      8 de março de 2014

      Obrigada, pela leitura, Pétrya!

      Só explico que a intuição de perceber o fim, estava no tipo de personalidade de cada uma, quem estava mais envolvido com o mundo não percebeu, quem estava mais ‘centrado’ intuiu.

      Abraço

  25. Claudia Roberta Angst
    7 de março de 2014

    Gostei bastante da leitura. A narrativa flui fácil e divertida. A ideia do fim do mundo como um grande espetáculo me agradou pois tive um sonho bem parecido quando bem jovem. Encontrei uma redundância em “pequeno lanchinho” .
    O conto entretém e prende a atenção com encanto. Parabéns e boa sorte.

    • Ágata
      8 de março de 2014

      Olá, Claudia!
      Que bom que gostou!
      Sonhaste com isso? Que legal! Tb quero! hehehe

      obrigada pelo pequeno lanchinho, comi mosca aqui!

      Abração

  26. adriane dias bueno
    7 de março de 2014

    Mulheres são intuitivas sim e talvez por isso possam até atribuir, em função da liberdade que a literatura dá, sentimentos humanos a criaturas de outro planeta. Também é possível, na literatura, utilizar coisas que são para alguns absurdas ou aparentemente sem nexo. Se não fosse assim, Laranja Mecânica nunca teria virado o sucesso que virou mesmo na época em que foi escrita. Apesar de gostar do seu conto, apenas acho que ficou muito próximo do Suna, o que também pode acontecer, eis que, mesmo sem querer, outros autores influenciam nossa escrita. Desejo sucesso a escritora.

    • Ágata
      7 de março de 2014

      O conto estava pronto para ser enviado ao desafio quando li o conto 2.0. 😉

      Obrigada pela leitura e pelas reflexões!

      Abração

  27. Abelardo
    7 de março de 2014

    Bem escrito e interessante. Ainda acredito que o autor deveria fazer uma “passagem”, mais suave da primeira parte, onde se fixa nos artistas e a segunda parte quando entram em cena os seres alienígenas, que assim permitem classificar o texto como sendo de Literatura Fantástica. Despretensioso, divertido, bem escrito…um bom conto.

    • Ágata
      7 de março de 2014

      Obrigada, Abelardo.
      Eu também achei abrupta esta passagem, até mexi nela um pouquinho, mas deveria ter mexido mais. hehehe

      Abração!

  28. rubemcabral
    7 de março de 2014

    Divertido o conto! O mote realmente lembrou o outro texto participante do desafio “Suna Sistemo 2.0”.

    Tem algumas coisas pra arrumar, mas está bem escrito em linhas gerais. Ah, no parágrafo que começa com “Dentro de poucos bilhões de anos-luz…”, ano-luz é uma unidade de distância e não de tempo, ok?

    Só senti falta de maior desenvolvimento das personagens, ficaram todos um pouco superficiais. Descrições mais caprichadas tbm viriam a calhar, pois acabamos por não formar imagens mentais da Lúcia, Stênio e demais.

    • Ágata
      7 de março de 2014

      Ah é? eu ia colocar apenas anos, mas achei que em se tratando de coisas estelares era assim.. hehehe preciso aprofundar meus conhecimentos extra-planetários! Também não se usaria a medida ‘anos’ pois esta contagem existe apenas na Terra! Agora fundiu minha cuca 😛

      Acredito que em sua mente fizestes uma imagem dos personagens a partir de tuas próprias referências, é ou não é? como seria uma estrela de teatro, um ator badalado e tal, pra vc?

      Que bom que divertiu-se! Esperei para postar justamente pra apurar o conto e fazer aquelas revisões que não gosto de fazer.. mas errei, pois um conto na mesma linha de imaginação apareceu e agora parece q imitei a genialidade do Suna Sistemo 2.0! 😦

      Abração ae gurizada!

      • M. Rusa
        8 de março de 2014

        Ô, Ágata, fica tranquila, a ideia que tive não foi muito original (e para com esse negócio de genialidade, faz favor, hhe), então super normal aparecer mais de uma com um mote parecido, mas certamente você deu seu toque à coisa! Boa sorte pra nós! 😉

  29. Eduardo Selga
    7 de março de 2014

    Então um dos personagens pergunta: “Você gostou do espetáculo?”

    O espetáculo não está bom, lamentavelmente. Algumas questões:

    1- Texto literário é a concretização estética de uma ideia artística. Para que isso ocorra é preciso o uso correto dos instrumentos, de modo que a forma seja adequada. Contudo, por mais de uma vez, entre uma linha e outra há um duplo espaçamento sem nenhuma justificativa. Ou seja, a linha anterior não termina e sua continuação se dá arbitrariamente no próximo parágrafo. Esse fato chama a atenção logo no início. Curiosamente, o mesmo trecho, bem mais abaixo, é repetido, desta vez corretamente. Essa repetição teve propósito (mostrar que o fim do mundo é um espetáculo, bem como a encenação teatral), mas não fez sentido registrar o mesmo texto de duas maneiras distintas, sendo ambas prosa, sendo ambas a expressão do narrador.

    Ainda referente à forma, tem-se o seguinte trecho:

    “- É melhor você se apressar Tony, pois se você para, pensa e se pensa, chora.”

    “- E, decididamente, eu não nasci para chorar…”

    Nada demais, se não fosse o mesmo personagem falando. O travessão é indicativo, no diálogo, de mudança de interlocutor. Logo, o segundo travessão é descabido.

    2- Quanto à narrativa, faltou conexão entre o primeiro núcleo dramático (o teatro) e o segundo (a aparição extraterrestre). Eles ficaram divorciados e o primeiro, no qual havia um drama se insinuando, não tem consequência. As luzes simplesmente aparecem e está decretado o fim do mundo, terminando com dois personagens que, como bons extraterrestres, são intrusos na estória.

    A ideia de mostrar o fim do planeta como um espetáculo não é ruim, mas não foi desenvolvida adequadamente. A intenção foi, é provável, ter iniciado com uma cena de teatro para demonstrar a ideia de show, mas não funcionou por falta de liga. Além disso, o comportamento da extraterrestre, cheia de “brotoejas verdes”, ao chorar de emoção, é totalmente inverossímil porque absolutamente humano.

    Outra inadequação está no uso do vocabulário por parte de uma das personagens que estava assistindo ao espetáculo. Ela diz: “Estou sentindo uma tristeza pequenina”. Este adjetivo (“pequenina”) na boca de uma mulher adulta é muito artificial. Nem se fosse para demonstrar afetação da personagem.

    Ademais, o(a) autor(a) precisa se decidir quanto ao tempo narrativo. Ora o texto está no presente, ora no pretérito. E com certeza não é por causa de algum recurso estético.

    • Ágata
      7 de março de 2014

      Olá!
      Acho que torna-se claro, que a autora aqui presente, NÃO tencionava dar estes espaçamentos fora de proposito nas frases e parágrafos. Eles ocorreram por um erro no manuseio do word.
      Acredito que isso não deveria afetar o julgamento do conto aqui neste desafio entre amigos.

      Obrigada pela dica sobre o travessão.. se bem q eu queria iludir de q ele falava com alguém para depois dizer q estava falando consigo mesmo.

      Sinto pela falta de liga que vc sentiu no conto!
      Meus ETs sim, tem comportamentos bem humanos, porque acho que ‘humanidade’ no sentido de sentimentos e comportamentos podem existir fora deste planeta sim, pq não?

      Eu sinto tristezas pequeninas a toda hora 🙂

      Obrigada pela leitura!
      Abraço

  30. Jefferson Lemos
    6 de março de 2014

    Gostei. Achei interessante a ideia de usar a terra como um espetáculo. Lembra um pouco o conto 2.0 sobre o vídeo-game. Só não ficou muito claro para mim, o porquê das mulheres saberem que o fim estava próximo. Achei isso um pouco confuso.

    Pode ser impressão minha, mas não acho que a segunda linha tenha ficado boa. Acho que ficou um pouco confusa.

    Enfim, não achei o melhor, mas foi legal de ler.
    Parabéns e boa sorte!

    • Ágata
      7 de março de 2014

      Obrigada pela leitura.
      Quando li o 2.0 tb pensei… a ideia seguiu pro mesmo lado que a minha.. rsrsrs

      A segunda linha tem aquelas repetições de ‘e’…’e’…’e’… é uma coisa que gosto e me dou essa licença, embora a gramática possa embravecer comigo!

      Pq as mulheres sabiam q o fim estava próximo? Intuição feminina, meu caro! 🙂

      Abraços

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Publicado às 6 de março de 2014 por em Fim do Mundo e marcado .
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