De repente, a mão pesada da inesquecível surra se transformara na palma macia que me acariciou o rosto antes de sair. A última lembrança do pai. Mônica, só me disse, meio sorrindo, que ele estava indo embora por se sentir incapaz de conviver com gente tão excêntrica. Olhei-a intensamente querendo entender aquela palavra nova. Precisei de alguns anos para compreender seu significado. Juntava cacos da cena e reparava que ela estava feliz. Pouco depois daquele inesperado carinho e cantava no quarto: “Não preciso de modelos, não preciso de heróis. Eu tenho meus amigos”. Aquilo era tão esquisito. Ela podia ter tudo, menos amigos. Mãe e solidão eram sinônimas.
Os homens implicaram com a quantidade de caixas, além das sacolas e as malas. Mônica me deixou em meio às bagagens e sumiu naquele lugar imenso e movimentado. Abraçou-me com toda força o congelante medo. Mais um tempo, que para mim pareceu longo, e retornou com algo na mão que entregou ao motorista. Só então guardaram as tralhas no bagageiro do ônibus. “Vamos passear na casa da vovó”, enfim acomodados, mas ainda estacionados na rodoviária do Tietê, ela me explicou a viagem. A felicidade tinha mudado de pessoa. Cantarolava feliz a música do último desenho da televisão largada no apartamento: “Tem sempre alguém no cosmos ajudando o cavaleiro a vencer”.
Foi por este tempo que comecei a ver as pessoas em pedaços. Não era com todo mundo e nem sempre que isto ocorria, Mônica, por exemplo, eu sempre vi inteira, toda bela. Da minha poltrona olhava para o motorista lá adiante e ele não tinha braços. O rapaz de óculos redondos na poltrona do outro lado só possuía cabeça e pés. Uma vez, ao fixar o olhar na professora, reparei que ela só tinha o tronco. Nem cabeça, nem pernas, nem nada. Era gorda e tive um inusual acesso de risos com a visão daqueles peitões e barriga flutuando na minha frente. Acho que nem preciso dizer que fui posto para fora da classe.
“Não bastava a louca da sua mãe nos avacalhar a existência, enchendo-nos de vergonha com seus rolos e confusões e ela chega assim do nada e, pior ainda, trazendo rabo.” Vontade de picar a minha avó em pedacinhos. Ali não era o nosso lugar e eu imaginei a casa ardendo em chamas. Botar fogo em tudo antes da nova partida. As caixas transportadas desde São Paulo continuavam do mesmo jeito quando embarcaram novamente. “Estamos indo para uma cidade linda. Lá nós dois seremos o que nunca fomos: felizes”. Escutava aquelas palavras contemplando embevecido o rosto de Mônica, a mulher mais linda do universo. Que bom que o pai tinha ido embora e que não permanecemos morando com os parentes. Agora, ela era só minha.
A atração pelo vento é algo que foge do meu controle. Quanto mais forte, maior é o anseio de meter o rosto nele. “Mônica, eu quero entrar num furacão”. Era bem pequeno, incapaz de pronunciar direito as palavras e ela se impressionou com a forma como articulei meu desejo. Sempre dei um jeito de aproveitar o meu companheiro da natureza. Teve um dia de ventania e eu não voltei para a sala depois do recreio. Achei o portão da rua só encostado. Saí correndo, gritando e cantando para o meu amigo. Dizem que tive muita sorte de não ter morrido atropelado. Ao menor sinal da ventania e Mônica saía trancando portas, cerrando janelas e escondendo as chaves.
Fomos morar em uma casinha azul de dois andares. A primeira do lado esquerdo numa vila antiga em Realengo. Uma tarde, surpreendi-me com o sorriso de Mônica a me falar: “Um amigo do seu pai se encontrará comigo à tarde para me entregar a mesada. Pedirei a ele que providencie sua nova certidão de nascimento. Aí, irei correndo fazer a matrícula na escola aqui de perto. Melhor trocarmos seu nome por enquanto. Como o meu filhinho quer ser chamado, hein?”. A ideia de que teria que frequentar as aulas era angustiante. Ir à escola era ficar longe de casa, distante dela, sem a segurança de ter o amor ao alcance das mãos. Escolhi o nome de Frederico. Fez-me uma reclamação: Acho muito chato você nunca me chamar de mãe”. Optei por permanecer calado. Só lhe sorri com carinho.
Odiava as escolas, se respeitassem meu jeito de ser e me deixassem quieto… Mas me perseguiam nos recreios, mexendo, rindo e até me batendo. Nas aulas era como se carregasse na testa um imã atraindo a atenção dos professores. Uma noite, Mônica reparou na mancha roxa no meu braço esquerdo e virou onça. Gritou que iríamos juntos à escola e que não procuraria a direção, mas contaria aos cretinos quem era meu pai. Que ele viria para vingar a maldade feita ao filho. Pagariam caro. Até esqueci as dores, mais que do braço, da humilhação sentida. Foi a primeira vez que ela me contou algo sobre o pai. Dormimos e acordei com a ameaça na cabeça. Sentia um misto de orgulho, ódio e medo. Ela agia como se nada fosse diferente. Parti sozinho para o suplício diário.
Mônica me trazia a compreensão de que o pai era importante e respeitado. Será que nunca sentira a sua falta? Em minha confusão mental me perguntava se aquela recordação teimosa da mão imensa, a me fazer a primeira e última carícia, seria saudade. Desconhecia as razões da sua partida, bem como também de sua chegada na vida dela. O que experimentei foi a sua frieza, violência e os movimentos da gangorra da fortuna. Lembro-me é das surras, daqueles pés atravessando a sala quase a pisar-me, do estômago sempre a doer, ora empanturrado de chocolate, ora vazio a corroer as próprias paredes. Belos carros, grandes apartamentos, geladeira e despensa abarrotadas e caros brinquedos para me divertir sozinho. De repente, morávamos em algum barracão, comíamos quentinhas, quando havia, e o transporte era de ônibus. Nunca me ensinaram a chamá-lo de pai. Achava que seu nome era Gatão, que era o jeito de Mônica se dirigir a ele.
Os serviços de psicologia escolar enviavam bilhetes convocando Mônica para reuniões. Olhavam-me esquisito, diziam que eu era o doido da escola. Quando, relutante, atendeu ao chamado, retornou furibunda, brandindo um laudo nas mãos. “Veja os disparates escritos nesse papel. A psicóloga afirma que você é maluco: não sente empatia, despreza regras sociais e normas de convivência, incapaz de sentir culpa pelos erros, mente descaradamente e não constrói relacionamentos. Absurdo isto: a fresca tentando me convencer de que sou mãe de um sociopata.”. Rasgou em mil pedacinhos o relatório. Nas novas escolas mais bilhetes, mas Mônica nem abria os envelopes que eu lhe entregava.
Minha certidão não continha o nome do pai e só vim a saber como se chamava na adolescência. Fui acordado a porradas. Três homens reviravam tudo, rasgavam sofás e colchões, destruíam travesseiros e almofadas. Fomos amarrados um ao outro enquanto, sussurrando para não despertar os vizinhos, nos agrediam perguntando pelo dinheiro que o filho da puta do Cachorro Doido havia guardado. Mesmo que soubéssemos, de que jeito poderíamos responder se as bocas estavam tampadas pela fita adesiva? Apartamento destruído e a morte em frente. Um deles, a menos de um metro das nossas cabeças, atarraxou à arma o cano grosso do silencioso. Antes de partirem, ameaçaram afirmando nos vigiar e que mesmo que conseguíssemos fugir para nos encontrarmos com o sacana do Paulo, iriam nos buscar nem que fosse nas profundezas do inferno e aí o castigo seria grande: assados feito porcos, até ficarmos esturricados nos pneus dos micro-ondas.
O dia ia alto quando nos desvencilhamos das fitas. Mônica me mandou ir à rua fingindo que era para comprar pão e observar se os bandidos ainda estavam por lá. Venci o medo. Voltei com a boa notícia e duas mochilas tinham já sido preparadas por Mônica. Saímos depressa e tentando parecer tranquilos, mais uma vez, rumo à rodoviária. Ela escolheu, não imagino seus critérios, novo destino e em pouco tempo embarcamos. Tive vontade de indagar do Paulo, mas me vinham receios de que ela me respondesse que logo ele voltaria para casa. Sentia horror dessa possibilidade, pois que não mais poderia dormir em seus braços.
Grandão, barba já brotando intensa, aparentava mais idade do que meus dezesseis anos. Implorava à Mônica que me deixasse com ela em casa. Prometia estudar através da rede. Afinal, pelo computador aprendia muito mais do que nas aborrecidas aulas. Passados uns meses e a convenci. Estava livre. Não precisaria mais ficar dando bandeira das minhas confusões mentais para professores e alunos e, ao mesmo tempo, ganhava o grande prêmio: podia me dedicar totalmente a ela. Ninguém mais mexia comigo, ou ria do meu jeito. Ao contrário, havia criado meu grupo e nele eu era respeitado. O chefe da gangue. Levantei que Paulo Cachorro Doido, o grande líder da maior facção criminosa distribuidora de drogas, estava condenado a mais de quinhentos anos em um presídio de segurança máxima.
Quando alcancei a maioridade tinha total domínio dos meandros da rede. Constatei que a vida é mais interessante na ‘deep web’. Faro para negócios, esperteza e inteligência, alicerçavam meu sucesso. Identifico-me como facilitador virtual de transações alternativas. Descobri que não existe sapato sem pé. Sempre que alguém queira vender ou comprar algo, ofereço meus préstimos para encontrar e ligar as pontas. Ao contrário da rede comum sobre a qual se tenta ter algum controle, o território da ‘undernet’ é de liberdade plena. Nele não cabem regras. Aliás, há uma só: apagar rastros. Tornei-me conhecido no submundo virtual como Mad Dog. Com a expansão dos negócios e a riqueza em moedas virtuais, passei a ser reverenciado em toda parte.
Um dia me chegou a mensagem do pombo correio da facção de Paulo. Desejava contratar apoio logístico para uma escapada. Não tive dificuldades em sacar que se tratava da fuga de Cachorro Doido. Aceitei o desafio. Só precisava saber a data prevista da ação e onde apanharia a mercadoria, para levá-la, segura, até Beira, em Moçambique. Passados uns dias, o pombo informou que o produto seria colhido nos arredores de Recife e que a fruta estaria madura em cinco semanas. Vi que dali a dois meses seria carnaval. Enviei mensagem sugerindo que adiassem o projeto e realizassem a transferência durante a festa. Concordaram não só com a data do transporte, mas também com o preço absurdo para realização do negócio.
Reuni gente competente de fora do país e montamos o plano. Um ex-comandante da marinha venezuelana, grande fornecedor de armas, contratou o rebocador de alto mar com tripulação da maior confiança. Navegavam, evitando se aproximar da costa, rumo ao litoral nordestino. Cachorro Doido seria apanhado num subúrbio e levado de helicóptero até o navio a 80 milhas náuticas do Porto. Na semana do carnaval a fuga cinematográfica foi insistente manchete nas televisões e sites de notícias. O Galo da Madrugada desfilava quando a ave voou.
Mônica não queria acreditar que a deixaria sozinha. O filho que tão raramente saía de casa, que nunca viajava, dizia para ela que fosse forte, que seriam somente dois dias e que era para o nosso bem. Desconfiada de haver mulher envolvida naquela história, fez menção de me perguntar o assunto da estranha viagem no carnaval. Coloquei o indicador em seus lábios e entendeu que eu não iria falar nada. Demonstrando grande preocupação, arrumou-me a pequena bagagem. O carro veio me apanhar na hora acertada e em menos de uma hora o jatinho tinha decolado.
A última vez que nos encontramos tinha menos de seis anos de idade e naqueles dias me curava da surra tremenda por brincar com a arma apontando-a para o seu peito. Os dois helicópteros levantaram voo praticamente ao mesmo tempo em Natal. Enquanto um rumava na direção de Recife, o meu partia para o mar. Pousei no rebocador com tempo para receber o cão.
Quando chegou pude ver que estava diferente das fotos. Bem gordo e os cabelos ralos e grisalhos. Ainda não era a hora de conversarmos e deixei-o curtir, enfim, a liberdade. Tomou vinho, saboreou whiskies, bebeu cachaça. Foram dias de festa e muita alegria para ele. Só reclamava da falta de mulheres a bordo. Ordenei, passada uma semana, que não lhe servissem bebida. Queria-o lúcido. Esperneou e reclamou da lei seca. Afinal, a Organização pagava caro e exigia tudo do bom e do melhor. Foi nessa hora que lhe falei na nossa língua. Ordenei que se acalmasse, porque no grito, ali em alto mar, ele não conseguiria nada. Questionou-me bastante agressivo: “Quem é você para me falar assim?” Respondi-lhe que amava Mônica e que, por dois motivos ele não poderia seguir viagem conosco. Sacou a armadilha e veio para cima de mim. Dois paquistaneses o agarraram firme, amarrando-o. Vi que não aconteceria a conversa que tinha planejado. O bicho estrebuchava tentando se libertar. Contei-lhe os motivos que impediam sua permanência conosco. “Primeiro que Mônica é só minha e o segundo ponto diz respeito aos socos e tapas no rosto naquele dia em que devia tê-lo matado.” Cachorro Doido, despencava. Sua cara parecia de menino assustado e sozinho diante da gangue rival.
Tomei o punhal de um chinês e dei um passo adiante. Aquele ventre me convocava. Cravei-o com uma estocada forte no umbigo e arrastei a lâmina para o alto até que a costela freou a subida. Junto com o punhal vieram saltando as vísceras. Cachorro Doido e seus urros foram jogados no oceano. Aguardei o helicóptero e viajamos para uma fazenda próxima à João Pessoa. O piloto tentou conversar, mas me mantive em silêncio. Sorri quando me avisou que iríamos enfrentar vento forte.
A história do meu conto teve uns lances legais. O Cirineu, como não iria participar, o leu e conversamos bastante. Ele me apontou os pontos fracos da história, as dificuldades que o conto enfrentaria (acertou tudo, é claro). Mesmo assim, como estava curtindo demais o tema e tinha gostado da minha história, resolvi investir nela. Antes o tivesse escutado, né? rindo aqui. Bem, foi um desafio muito legal. Acho que nunca havia participado tão intensamente. Esses últimos dias estive com a minha agenda mais tranquila e isto ajudou que me envolvesse. O que mais gostei nos comentários? Ah, da Ana Maria achar que eu era jovem. Gente, isto não tem preço. Tamojuntoemisturadoem2021.
esse tópico era para agradecer também o Cirineu. Valeu, amigo. Obrigado demais pela sua parceria.
R1: E aí, Mad Dog. Cara, ia te chamar pra uma reunião sobre o futuro de pessoas como nós. Mas se você quiser ir, não pode levar sua mãe. Na verdade…esquece cara, você é esquisito pra Caraí.
Mãe é mãe, viu? Sem ela eu não vou a lugar nenhum. Muito menos pra me encontrar com malucos como vocês. Eu sou um cara normal. Esquisitos pra caraí são vocês.
Resumo: Trata da obsessão de Frederico pela mãe e, na mesma proporção, da rejeição pelo pai.
Comentário: Em poucas palavras, diria que a narrativa casa perfeitamente com o tema da loucura. Mas a autora vai mais longe e nos apresenta um painel rico e multifacetado sobre o qual o protagonista desenvolve suas tragédias e complexos. A narrativa em primeira pessoa fluiu muito bem, enfim, envolvendo, sensibilizando e conquistando. Parabéns!
ei, Almir, obrigado pelo seu comentário ao meu conto. Que legal que gostou da minha narrativa. Fiquei feliz. Obrigado. Fica com o meu abraço agradecido.
RESUMO: História de um sociopata obcecado pela própria mãe e sua saga de vingança contra seu pai.
COMENTÁRIO: Um conto bem escrito, que salvo o componente da paixão pela mãe, daria um espetacular filme.
Na narrativa é boa, fluída, convidativa. Não perde tempo em lirismos, está sempre a entregar algum aspecto.
Isso faz o personagem profundo. Um ótimo desenvolvimento, nos ajudando ver a sociopatia por dentro.
O enredo é bem criado e desenvolvido, só passei a achar estranho quando o protagonista passa a ficar famoso na deep web. Achei um pouco inverossímil pois a ideia anterior era que ele e a mãe moravam em lugar humilde e a vida era dura. Um pessoa destas na deep web, consegue fazer muito dinheiro e seria de certa forma rica, acho que isso não foi mostrado. Achei a passagem de tempo um pouco abrupta também. Nos detivemos muito tempo na sua infância, mas num ápice vimos seu crescimento e a história voltou a ritmo normal em sua idade adulta. Achei corrida.
Há a incongruência dele fazer um serviço de resgatar o pai, mas matá-lo, (Isso era previsível), mas e quem pagou pelo serviço, será que ficou contente com o assassinato de Paulo? Acho que faltaram algumas palavras sobre isso, já que Mad Dog falou detalhadamente de sua fama no submundo.
Um bom conto, com um bom final, gostei da originalidade e gostei de ter deixado em aberto a obsessão dele pela mãe, não caracterizando como apenas proteção, paixão sexual ou sentimento de filhos, pode ser um amálgama, ou não. Bom isso.
Um abraço!
ei, Rafael Penha, obrigado pelo seu comentário. Gostei bastante dele. O cara ficou rico em alguns poucos anos, pela sua competência na deepweb. Sim, eu precisava ter trabalhado mais essa passagem, concordo com você. Receba o meu abraço agradecido pelos comentários. Fiquei feliz aue tenha gostado da minha história.
Olá, “Mad Dog”.
Resumo: garoto abusado na infância, e com uma intensa relação com a mãe, cresce e se vinga do pai.
Comentários: é um bom conto. A estória é bem contada. A linguagem é bem usada e não há tantos pontos de revisão. O narrador conduz bem a narrativa. A relação com a mãe me parece um tiquinho exagerada. Achei estranha também a transição muito brusca da infância/adolescência para o trabalho na deep web.
Me parece que as relações todas poderiam ser um pouco mais trabalhadas em, talvez, um conto um pouco maior, ou uma novela.
Muitíssimo boa sorte e parabéns!
ei, Misael, Pulhes, que legal que tenha gostado da minha história. Obrigado pelo seu comentário. Sim, eu quis exagerar a relação edipiana com a mãe. Pena que com você não funcionou, né? Puxa, eu queria muito ter trabalhado mais as relações, mas me deparei com um problema terrível: o limite das três mil palavras. Mas poderia ter resolvido isto, claro, colocando menos coisas na panela da história, não é mesmo? Pois é, Misael. receba o meu abraço agradecido pelo seu comentário.
Obs.: A nota final não se dará simplesmente pela soma da pontuação dos critérios estabelecidos aqui.
Resumo: A história do Frederico e de como lida com o abandono do pai e a obsessão pela mãe.
Parágrafo inicial (2/2): Parágrafo enigmático, que já dá um certo caminho ao leitor. Já criei empatia com o menino.
Desenvolvimento (1,5/2): até o momento em que ele se virava na deep web eu gostei, mas depois já tomou um rumo de filme de ação que já não achei muito legal. A não ser que seja coisa da cabeça dele, aí eu acharia bacana, mas não tem muita coisa sinalizando isso… A parte de que mais gostei foi até a adolescência, ele sendo um psicopata, sim, por que não? Há mais psicopatas entre o céu e a terra do que julga a nossa vã filosofia, já disse o Shakespeare rs.
Personagens (2/2): Gostei do Frederico e da Mônica, mas ela poderia ter se destacado mais…
Revisão (1/1): Se havia algo a arrumar, não percebi.
Gosto (2/3): Gostei do texto, com a ressalva que expliquei no desenvolvimento. Espero ler mais textos seus. Parabéns e boa sorte!
ei, Amana, obrigado pelo seu comentário ao meu conto. Sabe, fiquei feliz que tenha gostado da minha história. Pois é, quis dar uma agilidade ao texto e me dei mal, né? Sim, meu amigo, o Frederico, era um psicopata. Digo que ele era porque o nosso herói morreu um pouco de tempo depois. Morte bem trágica. Depois te conto o que lhe aconteceu. Veja, esse será o outro conto meu que lerá. Fica com o meu abraço agradecido. Ah, sobre a nota que dará ao meu conto, preciso lhe dizer que aceito qualquer uma, desde que seja de 8,5 pra cima.
Morreu? Ah, não… Faz igual aos filmes de ação, que agora estão dividindo o filme em dois, rssss… Hum, 8,5 pra cima? Agora já foi, já mandei as notas… Mas acho que fui justa. Eu sempre mexo um pouco nas notas, mas agora que já entreguei nem consigo mais lembrar qual foi a sua… Mas aguardo a continuação. =D
Resumo📝 Acompanhamos a vida de um menino com psicopatia que cresce, se torna um criminoso e se vinga do pai abusivo.
Gostei 😃👍 Gostei da leitura, achei que a história foi bem aprofundada dado o limite, personagens bem feitos com vozes características. Eu não conhecia o termo complexo de édipo, pesquisei e fiquei bem impressionada em como é comum, acho que você soube abordá-lo muito bem. A crescente do texto em si é muito legal pois dá movimento, vemos o menino crescer, os sinais da sua doença florescer, ao fundo tem a indicação de quem era o pai em que aquela família estava metida. O fato dele ver pessoas desmembradas desde criança foi uma colocação muito certeira, disse muito sobre quem ele era ou seria. O passo a passo pra ele chegar no crime foi bem feito também, a desistência da mãe de lidar com a escola e tudo que falavam sobre o filho deixando ele livre pra ser quem quiser. E no fim ele parece bem orgulhoso. O acerto de contas com o pai foi bem… cinematográfico. Enfim, achei um conto completinho, conto com cara de conto, enredo, personagens, trama, e essas coisas que eu curto mais ao ler um texto.
Não gostei 😐👎Não sei… em alguns pontos, sobretudo o final eu fiquei meio… torcendo o nariz, como disse, achei bem cinematográfica a cena, o poder que ele possuía ‘’ de repente’’ mas, pode ser só eu buscando defeitos.
O conto em emoji : 👩👦
EI, Amanda, que legal que tenha gostado da minha história, viu? Achei bem bacana essa sua cuidadosa avaliação que fez dele. Sim, amiga, quis investir na questão do seu complexo de Édipo como forma de dar maior profundidade ao personagem Frederico. Legal você ter sacado isto. Muito significativo pra mim você ter achado o conto com cara de conto. Senti isto como um baita elogio, tá? Fica com o meu abraço agradecido.
Acompanhamos a história de um menino com distúrbios na infância, provavelmente causado por abusos, seu crescimento com obsessão pela mãe, até chegarmos ao início de sua vida adulta, quando entra para o mundo do crime e decide se vingar do pai.
Olá, Mad Dog.
Tenho uma interpretação que pode ser um tanto polêmica para o seu conto, mas comecemos pelo começo, rs.
E o começo do texto é excelente. Mesmo. Conduzido com maestria. A cena de abertura pode parecer um pouco confusa, mas com o tempo você vai explicando todo o contexto da infância de Frederico até entendermos perfeitamente o personagem.
Mas você o faz da forma mais admirável que um autor pode fazer: contando sem contar. Teve algum gênio musical que disse que a música é o intervalo entre as notas. Há muito disso na literatura também. Quando Frederico fala da vida que levava, alternando momentos de fartura e escassez, carros caros e transporte público e constante mudanças de endereço, entre apartamentos de luxo e barracões, você diz tudo o que precisamos saber sobre o pai, sem sequer citá-lo.
Você também não precisa fazer descrições detalhadas sobre o bullying sofrido na escola, ou mesmo sobre o comportamento estranho do narrador. Também não nos é descrito quais os problemas da mãe. Mas está tudo ali, no não dito, no silêncio entre as palavras. É uma habilidade invejável. E o conto vai nessa toada até chegarmos na idade adulta do narrador.
O perfil traçado até esse momento também é muito crível. Gosto de conhecer histórias de assassinos em série, de pessoas que cometem crimes brutais. E muitos deles passam exatamente pelos processos narrados por Frederico: abusos dentro de casa, bullying dentro da escola, incompreensão em todos os lugares. Até a obsessão pela mãe é um elemento comum nessas histórias. Você não só nos trouxe a loucura, mas as causas dela perfeitamente bem colocadas.
Aí vem o ponto de virada do conto. Agora Mad Dog, Frederico se fez através da deep web, encontrando e vendendo coisas no mercado negro virtual. Até aí ok. Mas de repente ele se torna um criminoso com acesso a recursos surreais. Helicópteros, capangas, contatos internacionais. E o conto assume um ritmo de ação hollywoodiana, onde tudo parece corrido e artificial. Até chegarmos ao final numa cena excessivamente dramática, numa vingança apoteótica e pouco crível.
Essa artificialidade toda, depois de uma primeira metade tão palpável, me fez questionar se toda essa ação não se passou apenas na cabeça de nosso tresloucado canino. Se não seriam alucinações, delírios de uma mente perturbada realizando fantasias de matar o pai e ter a mãe só pra si.
Não há muitos elementos para sustentar minha teoria. Só achei esquisito você falar que a “fuga cinematográfica foi insistente manchete nas televisões e sites de notícias” antes mesmo de descrever a fuga. Seria uma pista? Provavelmente só viagem minha, rs.
O fato é que fiquei feliz com essa interpretação e vou ficar com ela. Talvez eu tenha deturpado seu conto, mas defendo que o leitor tem esse direito. A mensagem na arte é construída em conjunto por emissor e receptor. E foi assim que recebi seu ótimo texto 🙂
Só tenho duas ressalvas a fazer: achei esquisito Frederico adotar para si uma variação do apelido do pai, que ele tanto odiava; a paixão do narrador pelo vento prometia ser algo relevante no conto, está inclusive na imagem que o ilustra, mas após a apresentação ela some e só é retomada na frase final. Deixou a impressão que você só colocou esse elemento no texto para arrematá-lo com essa frase de efeito.
De resto, só posso lhe dar parabéns. Adorei a leitura.
Um abraço!
Cara, acordar nesse sábado e me deparar com o seu comentário ao meu conto, daquele jeito que dizia o reclame do cartão de crédito, me trouxe alegria, viu? Te digo que não teve preço! E que legal, Bruno, essa sua interpretação para a história! Sim, concordo com você, a obra é aberta. A partir daquele momento em que a publiquei ela deixou de ser minha. Passou a ser do leitor e esse pode (e deve) enriquecer o que está diante dos seus olhos. Claro que o contrário também é válido, né? Tem vezes que se empobrece o texto, mas isto (desculpas pelo trocadilho) é outra história. Sobre o Frederico adotar o nome do pai quis mostrar uma faceta da loucura dele: aproximar-se de alguma forma daquilo que se odeia (aquela coisa de que os opostos terminam sendo atraídos). Pois é, pensei em explorar mais o vento, sabe? E havia bastante espaço para isto. Mas fiz uma opção por guardá-lo para um momento chave (o final da narrativa). Deixo aqui o meu abraço agradecido pela interpretação que você fez do meu conto.
Putz, Mad Dog, fico até com medo de comentar seu conto. Se eu falar algo errado, afinal, posso virar comida de peixei igual Paulo.
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Eu gostei do conto, não vou mentir, apesar da virada mirabolante do conto não me agradar. Eu gosto de sociopatas. Não, não gostar de gostar, mas, sim, no sentido de curiosidade. O problema é que não encaro isso como uma loucura. A excentricidade e a sociopatia do personagem, para mim, apenas refletem uma natureza humana. Diga: a violência é prazerosa, não é? Por isso nossa sociedade sempre foi, e suspeito que sempre será, violenta.
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Voltando para a reviravolta da trama, eu gostaria de uma construção menos espalhafatosa. Eu adoraria vê-lo se transformar num serial killer, caçando homens semelhantes ao pai, se vingando de sua figura, enquanto mantinha a obsessão pela mãe. Essa característica, aliás, achei incrivelmente bem construída no texto. Sente-se, literalmente sente-se, o amor obcecado do filho pela mãe. Achei sensacional como conseguiu deixar isso tão forte e presente no conto.
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Para finalizar, achei sua narrativa madura, muito bem delineada, mostrando um autor seguro de si. É um estilo que não me encanta, mas não desagrada, pois não é difícil ou denso.
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Caso tenha te irritado, tenha pena de mim, sou um pobre coitado, um mero leitor.
Relaxa, estou regenerado. Sobre o seu comentário, como não gostar? Você valoriza vários pontos da minha narrativa. Pelos meus cálculos, a partir do seus comentários ganharei no mínimo 9! kkkk Brincadeira, claro. Todo comentário é bem-vindo. Não fosse assim eu não estaria aqui no desafio. A partir do momento em que publico nada mais é meu, mas do leitor. Infelizmente não sei escrever denso e difícil. Até já tentei no passado, sabe? Mas sou mais de “folhetim”, né? Grande e agradecido abraço, mas se vier menos do que nove….
Conta-se a história de amor obsessivo (e vingança) de Mad dog, desde sua infância até o derradeiro encontro com seu pai.
Passa-se pela violência doméstica do pai, a aversão social, pelo bullying na escola, sobrevivência e por crimes cibernéticos. Mas todas as passagens são pontuadas pela obsessão pela mãe, esse sentimento o norteia em suas decisões – as quais cada vez mais apegadas em permanecer junto à Mãe, isolando-a e isolando-se do mundo.
“Sorri quando me avisou que iríamos enfrentar vento forte.” – excelente frase de fechamento do conto, associativa (remetida a adentrar ao furação) e muito bem construída.
*Algumas colocações pronominais: ‘Uma tarde, surpreendi-me’, ‘arrumou-me’, não entendi o uso destas. ‘ser e me deixassem’, aqui é oração coordenada, é ênclise. ‘Mônica se dirigir’, ‘tentando me convencer’, ‘afirmando nos vigiar’, essas, devido o infinitivo, é ênclise.
*Acredito que tenha redundância aqui ‘bem como também de sua’, bem como e também tem o mesmo significado.
Como gosto pessoal, não me alegrou, mas reconheço os méritos.
É um conto equilibrado, com uma construção pautada do inicio ao fim, bem proposta a motivação e plausível ao contexto obsessivo.
Obrigado, Euler pelo seu detalhado comentário. Saiba, dÉugênia, que gosto de análise assim, mostrando o que, na sua opinião deva ser mudado. Irei avaliar com calma e cuidado esses seus apontamentos. Não tenho esse domínio do idioma e admiro pessoas que o possuem. Lamento não ter te alegrado. Claro que teria ficado feliz caso isto houvesse acontecido. Quem sabe numa outra história no futuro, não é…. Receba o meu abraço agradecido.
Também não tenho domínio [ninguém tem, sempre falta, rs!], estou ilustrando-os pontos para possíveis discussões, caso seja necessária.
O alegrado é muito subjetivo. Reconheço seu valor, esquenta não. O ponto é ter méritos e os seus são muitos.
Quando escrito, pode mandar que será lido.
ei, Anderson, fico bem satisfeito que tenha gostado do meu conto. Olha, um campeão do Entrecontos apreciar a minha história, como aquele reclame do Cartão de Crédito, não tem preço. Sua análise e comentários me deixaram feliz. Fica com o meu abraço agradecido.
RESUMO: Acompanhamos a vida do narrador desde a infância, quando o pai, um chefão do tráfico, abandona sua família. Ele cresce com extremas dificuldades sociais devido a disfunções mentais e enfim convence a mãe de ficar em casa e parar de frequentar a escola. Estudando de casa, vira hacker e vê na nova profissão a oportunidade de reencontrar o pai que o abandonou. Aproveitando o ensejo, vinga-se matando-o.
É uma história completa e me impressiona você ter conseguido contá-la toda dentro do limite de palavras. Vem desde um cenário de abandono familiar, passando por uma adolescência hacker e terminando em uma execução em alto mar. A leitura me prendeu por causa do ritmo acelerado e a constante mudança de cenários, além de um enredo que é sempre impulsionado adiante por eventos interessantes. Parabéns!
A narrativa é fria, sem muito sentimento, mas acredito que foi proposital já que o narrador é o próprio protagonista que, a meu ver, sofre com algum grau elevado de autismo ou algo parecido. Apesar de não ter muito sentimento, a escrita é bem feita e o texto tem uma boa revisão, sem erros.
Achei algumas decisões um pouco estranhas, como se você quisesse enfatizar a loucura do narrador com detalhes que depois se perderam. Por exemplo, é citado que ele via as pessoas sem os membros – o que achei interessantíssimo! Mas depois o fato é completamente esquecido e nunca mais retomado. Outra vez descobrimos que ele amava o vento e corria atrás dele mas depois o fato também é praticamente esquecido e só é usado na última sentença. Também há algumas inconsistências: como alguém que ama o vento mal sai de casa? Como alguém que praticamente não sai de casa tem a autonomia e a desenvoltura social para liderar grupos de bandidos?
Mesmo com estes apontamentos, gostei bastante da leitura. =)
ei, Marco Aurélio, gostei bastante da sua análise da minha história. Obrigado. Pois é, podia ter usado mais o vento e isto de ele ver as pessoas por pedaços, né? Fato é que resguardei essas duas características para o ato final: além do que já citou do vento, ele também diz que “aquele ventre me convocava…”. E quem disse que ele, em momentos de ventania não saia de casa, mesmo com todas as suas características autistas?
Filho da Mãe (Mad Dog)
Resumo:
A história de Frederico, filho de um contraventor, que cresce em meio ao ambiente de crimes e fugas,
Comentário:
Conto de excelente estrutura, muito bem escrito, trabalho de gente grande. A qualidade da narrativa pode ser observada a partir da forma fria de contar. Tudo é descrito de forma linear, sem poesia, retratando a mesma dureza que a vida oferecia a Frederico (que é o narrador). É apenas o retrato da vida, vida contada com crueza. Mesmo os sentimentos mais profundos que Frederico tenta descrever são mostrados como se um rolo compressor os tivesse esmagado, plainado. São contados friamente, sem emoção. Técnica que exige do autor uma contenção extremada. Exige competência.
Interessante que não vi em Mônica a figura da mãe. Pareceu-me uma companheira do pai que trouxe para si a criação do menino. Havia uma relação diferente na visão de Frederico, ele nunca se refere a ela como “mãe”. É o seu escudo, o seu amor, a única “peça” da vida que não trazia desafeto.
Mad Dog, parabéns pelo lindo trabalho!
Boa sorte no desafio!
Abraços…
ei, Regina, obrigado pela sua avaliação do meu conto. Gostei muito dela, deixou-me feliz.
RESUMO: “filho de peixe, cachorro é” – o filho abandonado de um traficante se torna, pouco a pouco, tão psicopata quanto seu pai, por ódio do papel que ele exerceu em sua vida. Apegado à mãe, ele envereda pelo crime cibernético e tem a oportunidade de resgatar o pai prisioneiro mas o executa friamente, praticamente para tomar seu lugar, edipianamente.
IMPRESSÕES: o texto parte de uma boa premissa e tem um desenvolvimento um tanto arrastado, mas é bastante crível e envolvente. Daria um bom thriller de criminosos, depois de uma revisão meticulosa de cenas e sequências. Boa sorte no desafio.
Ei, Daniel, legal a avaliação que faz da minha história. Obrigado. Fiquei curioso para saber como ficaria a revisão que faria das senas e sequências. Sabe que essa coisa de escrita arrastada é um defeito da minha narrativa? Legal tê-lo apontado. abraços agradecidos.
RESUMO:
Pelo que entendi, um psicopata que mata o pai marginal porque deseja a exclusividade da mãe.
ABERTURA:
Boa abertura, dessas que revela que estamos diante de um bom autor, que sabe o que quer. O tom dramático nos faz entrar no clima que se desenvolve.
DESENVOLVIMENTO:
O desenvolvimento segue por camadas nebulosas, demora a ficar claro qual é a do protagonista, mas isso ajuda a narrativa, aprimora o suspense. Os personagens periféricos também ficam nesse mesmo terreno nebuloso, onde não conseguimos identificá-los com clareza. Não sei se essa foi a intenção do autor ou uma fragilidade da construção. O conto é bom, bem escrito e prende a nossa atenção.
DESFECHO
O fechamento não surpreende, seguiu a lógica do desenvolvimento do texto, mas foi um bom desfecho para uma história bem trabalhada pelo autor. Sucesso.
Ei, Alexandre, obrigado pela avaliação que faz do meu conto. Gostei bastante dela.Fiquei feliz que tenha gostado. sim, deixei os personagens periféricos mais nebulosos de propósito, mas não porque desejasse que permanecessem assim, mas por causa do limite de palavras do Desafio. Esse foi o meu ponto. Abraços
Boa noite!
Uma criança sociopata e apaixonada pela mãe vai crescendo e se tornando uma figura importante no submundo da internet, fazendo o resgate (e assassinato) do pai traficante quando se torna adulto.
O conto abordou uma parte do tema loucura de maneira bem diferente de como vem sendo escrita no desafio. Trouxe a questão da psicopatia, apresentando uma criança sociopata que cresceu em meio às intrigas da mãe com o pai traficante, levando surras, bullying na escola e diversas mudanças. Gostei também de como abordou essa fixação dele pela mãe, dando uma maior aprofundada no protagonista. Entretanto, a futura vingança e trama cibernética não me conquistaram muito, achei um pouco didático demais o fechamento desse ciclo, quase que sem pontas soltas e muito simples, principalmente tendo em vista a primeira metade do conto, que abordou melhor a parte mais inconsciente e doentia do garoto, que é o seu grande diferencial. Apesar disso, um conto ainda assim muito interessante de ler.
Ei, Fil Felix, obrigado pela avaliação qeu você faz do meu conto. Gostei dela e achei bem legal que tenha reparado nessa abordagem diferente dos demais contos da loucura. São tantos loucos, não é? Optei por um final fechado, sem dar margens a que o leitor pudesse viajar puxando as pontas soltas. Deveria ter feito diferente, né? Fica com o meu abraço agradecido.
Resumo: A história de um psicopata que mata o pai bandido para ficar com a mãe só pra ele.
Olá, Mas dog!
Que medo de você, menino! Um conto bem legal que mostra a sociopatia e psicopatia, de uma forma bem interessante de ler e acompanhar. Gostei do conto, gostei de como vc escreve! A leitura foi bem legal e a história foi contada de forma direta e fluída. O protagonista ao mesmo tempo nos atrai e nos afasta, queremos saber mais e ao mesmo tempo não saber de nada. Realmente esses distúrbios mentais que foram abordados no texto são extremamente interessantes. E foram muito bem desenvolvidos.
Parabéns!
Boa sorte!
Até mais!
Olá, Priscila Pereira, não tenha medo de mim. Sou da paz. É que na noite em que escrevi o conto era lua cheia e aí…. Fiquei feliz com a sua análise da minha história. Que bom que gostou da minha narrativa. Fica com o meu abraço agradecido.
Olá, Mad, você me traz a história de um cara muito maluco, um sujeito com grande dificuldades de relacionamento, sociopata o cujo, né? E que acaba enveredando pelo ramo do crime pela rede oculta, a tal deep web. Ele se faz criminoso tal qual seu pai, que o agredia e que é líder de uma poderosa facção. O conto está bem escrito. Gostei da agilidade da narrativa, o que me lembrou um pouco a linguagem cinematográfica e isto foi bem legal. Você conseguiu escrever uma história que me prendeu do começo ao fim. A cena final ficou bem bacana. Uma história criativa, intensa, forte de um garoto e sua mãe. Achei interessante esse fato do filho não a nomear como mãe, mas pelo seu nome verdadeiro, Mônica. Isto me fez lembrar um garoto esquizofrênico que conheci e que só chamava seus pais pelos seus nomes de batismo. Bem, é isto. A corrigir tem umas duas vírgulas mal postas. Desejo a você toda sorte no desafio e fica com o meu abraço.
ei, Fernando, gostei da análise que fez da minha história.Você entendeu bem o que eu queria passar com o texto. Realmente fiquei feliz que tenha gostado do meu conto. Fica com o meu abraço.
Olá Contista,
Tudo bem?
Resumo – Filho se vinga do pai por sofrer abusos psicológicos.
Minhas impressões:
Escrito em primeira pessoa, este conto toma ares de história de piratas, cheia de intrigas, aventuras e um tipo de coerência que demonstra o belo trabalho da pena por trás do texto. Aqui encontramos, por exemplo, imagens como o mar, o barco e a internet, todos remetendo a diferente significados da palavra navegar.
Interessante notar que a voz narrativa escolhida pelo(a) autor(a) – embora na primeira pessoa -, mantém uma certa frieza, ou melhor, há um certo distanciamento do personagem em relação àquilo que narra. Algo extremamente coerente com a personalidade criada para seu protagonista, vítima de violência na infância. Esse distanciamento está claramente marcado no modo, por exemplo, como ele nomina a própria mãe – Mônica e não mãe -, bem como no modo como conduz a trama propriamente dita.
Um trabalho muito imagético, que prende o leitor do início ao fim.
Como digo a todos, se acaso minhas impressões não estejam de acordo com seu trabalho, apenas desconsidere-as.
Parabéns por seu trabalho.
Desejo grande sorte no desafio.
Beijos
Paula Giannini
Ei, Paula, puxa, que legal que tenha gostado da minha história, Ela me deixou feliz. Ficou bacana essa análise que fez do meu conto. Legal ter captado essa frieza do narrador, mesmo na primeira pessoa. Quis passar esse aspecto da psicopatia dele. Fica com o meu abraço agradecido.
Gostei muito!
Resumo; Criança com problemas psicológicos sofre bullying no colégio. O pai, criminoso, é preso. Ele e a mãe precisam fugir dos comparas do pai A criança cresce, se torna um criminoso e é contratado para libertar o próprio pai(?)Na ocasião, ele o mata.
Comentário/análise; O argumento não é ruim, porém a construção da trama ficou meio que fraca, acho que o autor perdeu a chance de mostrar o seu potencial como escritor. A entrada de uma gangue na trama, para contratar o rapaz para transportar o próprio pai, e depois ele o matar, ficou meio que, desconcertante. Achei que foi uma escolha errada. Boa sorte no desafio.
Caramba, Antonio Batista, você detonou o meu conto, cara! Bem, pelo menos o argumento não é ruim, né? Vou me esforçar para que, no próximo desafio, eu consiga produzir algo que te envolva e encante. Tentarei, tenha a certeza, fazer a escolha certa da próxima vez. Tomara que os demais pensem diferente… né? Fica com o meu abraço agradecido e boa sorte também no desafio.
RESUMO
Frederico relata sua trajetória em direção à sociopatia, levado pelo desejo de vingança em relação ao pai, um criminoso condenado, que o abandonou ainda criança. O relacionamento com a mãe, Monica, calcado pelo complexo de Édipo e o abandono paterno, que usa como justificativa da sua vida no submundo criminoso na deepweb e como uma razão para assassinar o pai.
AVALIAÇÃO
O conto está bem escrito, necessitando apenas de pequenos ajustes na revisão. Apresenta um ritmo confortável de leitura, mesmo trazendo passagens mais densas, que exigem maior atenção.
O narrador convida o leitor para um mergulho em sua loucura, indo do raso – detalhes da sua vida por alto – até a profundeza dos sentimentos (complexo de Édipo, que o leva a assassinar o próprio pai).
A narrativa vai aos poucos revelando o desenvolvimento da loucura de Frederico, como se esta o domina-se de formal gradual e contínua. O menino esquisito vira um psicopata entranhado no submundo do crime.
Boa sorte e bons ventos (ou um furacão) para você.
Cláudia, obrigado pela rica análise que faz do meu conto. Gostei do que me apresentou e tem toda razão. Deixei passar umas coisinhas na revisão. Obrigado pelos votos de furacão. Aliás, hoje ventou bem aqui pela manhã…. Fica com o meu abraço agradecido.
… como se esta o dominasse de forma gradual e contínua… – viu como a revisão falha?
Olá, Mad Dog.
Conto em primeira pessoa em que Frederico relata sua relação com a mãe, seu desenvolvimento em direção à sociopatia, e o desejo de vingança contra o pai, um criminoso condenado.
Acho que o mérito deste conto é nos mostrar a progressão, o crescimento, da loucura (aqui no caso, a sociopatia) de Frederico. Essa descrição, esse panorama mental do personagem foi muito bem feito e cria o ambiente para o ápice do enredo, o confronto entre ele e o pai criminoso. Aliado a tudo isso, há o provável complexo de Édipo do personagem, que trata a mãe, desde muito cedo, pelo primeiro nome e busca, em todas as situações, uma proximidade sempre muito grande com ela.
Mas devo dizer que senti uma dificuldade muito grande de me conectar com o texto. Frederico é um personagem difícil de apreciar. Ele não tem o “charme” de outros psicopatas da literatura, cinema ou quadrinhos. Ele não é carismático. Na verdade, ele é bem antipático com toda a arrogância com que narra, embora chegue mesmo a misturar um pouco os focos da narrativa (começamos de forma mais emocional, com as situações com o pai, nos colégios, com a avó, e depois, sem muita conexão, partimos para algo quase cinematográfico, com gangues, helicópteros, assassinato).
No geral acho que ele funcionaria mais se fosse em direção ao caminho mais agressivo, da vingança e da sociopatia. Da forma como ficou, com esse foco dividido, não me conquistou.
É isso. Boa sorte no desafio!
Ei, André Brizola, primeiro para te agradecer pela sua análise da minha história. Obrigado, amigo. Em seguida para lamentar não ter te conquistado com a minha narrativa. Pois é, até tentei enveredar por esse caminho mais agressivo, eis que sou um tanto passivo. A cena final quando estripo o cara que é o meu pai foi bem agressiva, não achou? Ah, acho que entendi. Eu deveria ter sido mais Tarantinesco, né? Grande e agradecido abraço.
Da perspectiva de adulto, o protagonista narra sua infância sofrida, o relacionamento com a mãe e o abandono do pai, como se justificasse sua atual vida criminosa na deepweb e o assassinato do pai.
O pseudônimo e o apelido do protagonista fazem referência a um jogo eletrônico: o vigarista Mad Dog e seu bando de assassinos sanguinários tomaram conta da cidade. O conto segue a linha do thriller, caracterizado por uma atmosfera de suspense, visual, ritmo ágil, personagens estereotipados, cenas chocantes.
Trabalho interessante. Sorte no desafio! Abraço.
Ei, Fheluany Nogueira, acho que ter escrito esse ‘Trabalho interessante’ ao final da sua análise significa que gostou um pouco do meu conto, não é? Tomara. Obrigado pela análise que faz da minha história. Eu não conheço esse jogo eletrônico, vou buscá-lo para reparar essa referência que você captou e que foi por coincidência. Meu abraço agradecido.
Olá, Autor.
Resumo: O relato da vida de Frederico desde a infância, em que foi abandonado pelo pai, até à idade adulta, em que acerta as contas, matando-o. Pelo meio, Frederico tem um profundo complexo de Édipo em relação à mãe, uma adolescência atribulada em que as mudanças de residência se sucedem e uma grande ascensão na vida criminosa através dos submundos da deep web.
Comentário: O conto é estranho, pois os contornos não são definidos. O protagonista afirma que é doido, mas os fragmentados que oferece vêm de terceiros (os colegas que riam, as professoras que reclamam…) mas nada de estranho é relatado além do seu complexo de Édipo exacerbado, isso não é loucura nem justifica as tais reações externas.
A mãe, sim, parece ser um pouco louca e ter um comportamento errático mas, uma vez mais, pouco ou nada corrobora essa impressão vaga que se tem.
Também o caráter dos personagens não é claro nem definido, o leitor fica ali no limbo, sem perceber muito bem.
Frederico torna-se, nas suas próprias palavras, um “facilitador virtual de transações alternativas”, o que pode indicar uma pessoa sem escrúpulos, mas nada que não seja comum em indivíduos mentalmente sãos, que é, aliás, a perceção que se tem dele durante toda a leitura.
No final mata o pai, é um assassínio por vingança, acontece. Além disso, a primeira e segunda parte do conto são absolutamente distintas, dá ideia que o autor começou a escrever num dia e continuou mais tarde, optando por um caminho diferente do que inicialmente se propusera,
Sendo a leitura fácil, houve passagens que tive de ler duas vezes para perceber uma ou outra frase, isso indica que o autor deve ser pouco experiente ainda, pois a revisão até nem está má, é sobretudo uma questão de articulação na sequência das palavras.
Em minha opinião teria resultado melhor se a mãe enlouquecesse com o desgosto e as dificuldades que enfrentou após ser abandonada pelo pai e que Frederico se desenvolvesse tal e qual como desenvolveu e culpando o pai pelo estado da sua adora mãe, acabando por matá-lo como forma de se vingar disso mesmo. Penso que teria sido mais coerente enquanto um todo e também mais adequado ao tema do desafio.
Continua a ser uma história que denota criatividade e capacidade de desenvolvimento de um escritor que, acredito, seja ainda jovem.
Parabéns e boa sorte no desafio.
Olá, Ana, obrigado mesmo pela profunda avaliação que faz da minha história. Ficou bacana. Só lamento é que eu não tenha conseguido passar a minha loucura no texto. Aliás, nessa coisa do meu diagnóstico, relembro que todas as vezes em que Mônica era convocada pelas psicólogas à escola eram para lhe dizer que o filho dela era maluco. Também tentei passar isto ao escrever que via as pessoas por partes e que gostava de fugir para curtir o vento… Bem, loucura é mesmo algo controverso. Dizem que loucos mesmos somos todos quando vistos bem de perto… Gostei disso de você ter achado que o conto tem duas partes bem distintas. Quem sabe, Ana, isto faça parte da minha loucura, né…? Bem, de novo te agradeço e te deixo meu abraço daqui de aquém mar. fr
Resumo: Personagem obcecado pela mãe sofre com um transtorno que pode ter sido causado pela ausência do pai. O ódio pelo pai é tanto que ao final ele acaba se vingando pelas dores vivenciadas.
As bases para a formação do caráter estão no que aprendemos com nossos pais ainda na infância. Por mais doloroso que seja esse aprendizado possa ser, é ele que nos conduz as boas praticas morais.
O texto mostra um rapaz que tem um apego exagerado pela mãe. Ele a trata como se fosse sua mulher, sua propriedade. É nítido o carinho, mas há uma transferência de sentimentos deturpados e confusos.
O pai é um mal elemento nos mais variados aspectos.
A mãe, péssima educadora.
O ódio do personagem vai crescendo conforme entendemos a narrativa. A vingança lhe parece ser um prato cheio.
Personagem perigoso com transtornos variados. Em alguns momentos achei que ele fosse um demente. Errei piamente. Demência não é uma de suas características. O personagem é muito esperto para carregar esse tipo de patologia.
O desenrolar da historia é confuso pelo excesso de informações. Talvez se dividido em capítulos estivesse mais fácil a compreensão.
O texto é bom. Atinge com excelência o objetivo do tema proposto.
Eu gosto de me sentir parte do texto de alguma forma e neste não encontrei a combinação perfeita, seja cenário, personagem, contexto ou o clímax da historia. Evidentemente isto é pessoal.
De toda forma.
Boa Sorte autor(a)
Puxa, Fábio Monteiro, vou me esforçar no próximo desafio para diminuir a confusão do meu texto. Você tem razão, coloquei coisa demais nessa panela no foto. Lamentei também que você não se sentiu parte do texto. Faz parte, né? Obrigado por gastar seu tempo com a leitura do meu conto me avaliando. Fica com o meu abraço agradecido.
Resumo: A história de vida de Frederico, um rapaz que cresceu sendo chamado de maluco, e fez sua vida na internet com negócios clandestinos. Tem a oportunidade de encontrar o pai do qual não se lembrava e decide resolver de uma vez por todas os problemas com o pai.
Olá, caro autor.
Seu conto e bem escrito, fiz até uma postagem no EC falando que você me fez ouvir pegasus fantasy enquanto lia. Sua história vai se desenvolvendo como um filme, daqueles de ação hollywoodianos, mas achei que ficou um pouco confuso. A loucura, propriamente dita, não existe no conto. Existe uma pessoa com um transtorno de sociopatia, mas a trama em si não tem esse ponto da loucura com objetivo principal. É mais a história de Frederico em busca de resolver sua situação. Mônica também aparece bastante, mas não de forma efetiva pra causar uma conexão.
No fim, achei que teve muita informação e pouca resolução, e o tema principal do desafio ficou posto de lado.
De qualquer forma, parabéns pelo texto e boa sorte no desafio!
Olá, Jeff, obrigado pela avaliação. Só não entendi uma coisa. Você detona o meu conto e me dá os parabéns? Lamento também não ter te passado a loucura do meu personagem. Acontece, não é? Achei estranho isto de ter me citado no entrecontos a respeito de ter ouvido uma música? Não entendi nada. Depois verei no google o que é pegasus fantasy. Imagino que um desenho animado para crianças, né? Bem, não gostou, me dá os parabéns e fica escutando uma música, da qual parece gostar muito, enquanto me lë…. Ao contrário de você que não viu a loucura no meu personagem, cá fico eu achando que isto me pareceu meio louco. rindo aqui. Brincadeira, claro. Fica com o meu abraço.
Olá autor. Gostei do seu conto, que narra a história de um homem com distúrbios mentais que descobre que é filho de um mafioso e que consegue vingar-se do mesmo pelo facto de os ter abandonado.
O conto é extremamente visual, parecendo-se demasiado com os muitos filmes e séries de mafiosos. Cai facilmente em estereótipos e não consegue construir uma personagem coerente, que salta de um estado de fragilidade extrema para a libertação de um mafioso de uma prisão de segurança máxima. Isso funcionaria bem num filme de digestão fácil.
Olá, Jorge, obrigado por ter avaliado meu conto. Fiquei feliz que tenha gostado dele. Senti como elogoi o fato de ter visto meu conto como “extremamente visual”. Fica com o meu abraço de aquém mar, bem agradecido.
RESUMO: Crescendo bem próximo à mãe e sem pai, Frederico eventualmente se troca o “facilitador” Mad Dog, fazendo uma carreira na internet que o leva de encontro ao pai, uma vez o seu carrasco. Então se vinga, enfim.
COMENTÁRIO: Tive a impressão que o conto não soube exatamente que estória queria contar, pois iniciamos a partir da última memória do rapaz quanto ao seu pai e então acompanhamos o seu crescimento junto à mãe, mesmo momento em que mostra os primeiros sinais de distúrbio e começa a passar por problemas na escola. Como a primeira metade do conto se desenrola nesse meio, introduzindo a mãe e até a avó, bem como a situação escolar, imaginei que o enredo se encaminharia por aí. Entretanto, há uma virada brusca quando o personagem entra na adolescência e a estória assume até um tom de thriller criminal, com deep web, helicópteros, traficantes e fugas, que reconecta o personagem à imagem do seu pai, marginal ao longo do texto e de volta no final, chegado e saído sem causar grandes impressões, o que é ruim, já que sua morte é o que encerra o conto. Quanto à abordagem temática, pareceu-me um detalhe da narrativa mais do que um elemento realmente importante da trama. Acredito que se tivesse focado na infância do personagem ou na adolescência, aí atribuindo mais importância ao pai do personagem, a estória teria se encaminhado melhor. Apesar dessa crítica, é claro que o conto tem pontos positivos, sobretudo no uso da primeira pessoa, apresentando um personagem verossímil, e na escrita ágil, que nos levou a tantos lugares sem dificuldades e mantendo o texto, em maior parte, fluido. Para mim, o principal problema se refere ao enredo.
Boa sorte.
obrigado, Pedro Paulo, pela sua análise profunda da minha história. Pois é, devia ter realizado um corte na história, né? Tratado somente da infância, juventude, ou mesmo da idade adulta. Tratado, como me sugere, mais da questão paterna, quem sabe investido na relação edipiana, não é mesmo? Sim, poderia ter ficado melhor. Bem, há salvação. No final você me anima mais ao dizer que o conto tem pontos positivos. Ufa. Mais uma vez obrigado pela sua acurada e certeira avaliação. Fica com o meu abraço.
Resumo
Garoto com problemas mentais, muito apegado à mãe, é abandonado pelo pai traficante e cresce tentando descobrir quem ele era. Passa a atuar no mundo das drogas e da ilegalidade até que encontra seu pai e o mata.
Comentário
Seu conto é bom, gostei da ideia, da forma como desenvolveu os personagens, da linguagem utilizada.
O primeiro parágrafo ficou bem confuso por dois motivos, um deles é o uso equivocado da vírgula em “Mônica, (tirar a vírgula) só me disse, meio sorrindo”, o segundo é o fato de não explicar logo de cara que ele chamava a mãe pelo seu nome. Precisei ler algumas vezes para entender.
O texto se dividiu em duas partes bastante distintas no que se refere ao enredo e também à técnica. Parece que foi escrito por duas pessoas diferentes. A segunda, por um escritor mais experiente, pois o conto foi melhorando após os primeiros parágrafos. Gostei mais do ritmo da segunda parte também.
O texto tem ótimas construções, trechos bem pensados. Você utiliza muito bem a linguagem apropriada para este tipo de texto.
“Até esqueci as dores, mais que do braço, da humilhação sentida.” – muito bom
“O dia ia alto quando nos desvencilhamos das fitas. Mônica me mandou ir à rua fingindo que era para comprar pão e observar se os bandidos ainda estavam por lá” – um pouco incoerente esta ideia de fingir que vai comprar pão… na minha opinião, claro.
Encontrei deslizes gramaticais, como:
“Pouco depois daquele inesperado carinho e (trocar o e por uma vírgula) cantava no quarto”
“Não era com todo mundo e nem sempre que (tirar o que) isto ocorria, (talvez um ponto final aqui fique melhor) Mônica, por exemplo, eu sempre vi inteira, toda bela.”
“Cachorro Doido, (tirar a vírgula) despencava”
Gostei bastante do final. Muito bem escrito, bem descrito, fluido, ágil. Muito boa a ideia do vento e a forma como utilizou isso no finalzinho. Muito boa a sacada. Parabéns.
ei, Fernanda, obrigado pela sua acurada e tão bem fundamentada análise da minha história. Pois é, deixei passar essas vírgulas aí que prejudicaram o começo. Foi bastante interessante pra mim essa sua observação de que o conto parece ter duas partes distintas. Quero estar mais atento nela, eis que não foi a primeira vez que alguém me alertou para algo assim nos meus escritos. Mais uma vez obrigado e fiquei feliz por considerar meu conto bom e por gostar bastante do final. Fica com o meu abraço.
A história de um psicopata desde o seu abandono pelo pai na infância até a vingança finalmente consumada, passando por sua relação edipiana com a mãe e seu mergulho na deepweb.
A história é contada pela voz do protagonista já adulto. A princípio o relato soa ligeiramente desconexo, gerando certa tensionamento narrativo, as lacunas impulsionando o interesse do leitor. Quando o personagem chega à adolescência a narrativa fragmentada cede lugar às aventura do jovem contraventor como elemento impulsionador do interesse do leitor.
A estratégia é boa, mas, embora sutil, me causou certo estranhamento a mudança, digamos, de estilo do narrador. Nada, porém, que comprometa a experiência agradável de leitura que sua narrativa ágil proporcionou.
O texto me pareceu muito bem revisado.
Embora a ideia do final, com a retomada do vento e tal, tenha me agradado, ele me soou brusco, Penso que numa revisão caberia arredondar com pelo menos mais um parágrafo esse fecho do conto.
O que gostei: o enredo cheio de movimento e ação e a agilidade da narrativa.
O que não gostei: há uma quebra muito marcante no seu texto deixando a sensação de que duas histórias foram contadas: a da infância do personagem até o diagnóstico da psicóloga e do jovem malfeitor que acaba conseguindo se vingar do pai. Como resultado, a coesão do texto resta um pouco prejudicada.
Parabéns pelo trabalho.
Desejo sorte no desafio. Um abraço.
Ei, Elisa Ribeiro, obrigado pela sua análise bem acurada do meu conto. Sim, esta não é a primeira vez em que me é apontado em um conto essa questão de “histórias” meio que partidas. Legal esse alerta. Ficarei mais atento daqui por diante e espero mesmo que numa próxima oportunidade eu possa lhe apresentar uma história mais redonda. Fica com o meu abraço agradecido,
Resumo :
A doce vingança de um filho, matar seu pai.
Resumo:
Frederico guardou consigo a lembrança das surras sofridas , quando criança. Um pai bandido que agredia mãe e filho.
Cresceu apegado a sua mãe, desprezando o seu pai. Até o dia que armou um plano infalível, acabar com aquele que foi a razão da sua infelicidade.
Um conto legal, bem escrito, com apenas um ou dois deslizes na gramática. Mas que passou muito bem a mensagem que você propôs, Filho da Mãe.
Adorei a sua história! Obrigada por me proporcionar um pouco da loucura que nos permeiam no dia, a dia.
ei, Leda, puxa, gostei mesmo da sua leitura que fez do meu conto. O fato de que tenha gostado dele me deixou feliz. Obrigado e fica com o meu abraço.
Garoto com infância complicada e obcecado pela mãe torna-se um criminoso, seguindo os passos do pai ausente.
O conto é bem legal. Gostei do enredo e do ritmo. O que apenas me incomodou mesmo foi que, na minha opinião, houve um certo excesso de informações: a violência, a relação estranhamente obsessiva com a mãe, a vida desregrada, as constantes mudanças, o bullying, a aparição dos inimigos, a entrada no crime através da deep web, a descoberta da vida criminosa do pai, até o desfecho final Tarantinesco. Há material aqui para um novela, mais do que para um conto; acho que um enredo mais enxuto faria a história ganhar dramaticidade. Mas essa é apenas a minha opinião, o que não quer dizer muita coisa…
Tecnicamente é bom, mas eu sugiro que reveja a questão “vírgula separando sujeito e verbo”, porque esse foi um descuido que aconteceu durante todo o texto, como, por exemplo, aqui: “Mônica, só me disse, …” ; aqui: “Faro para negócios, esperteza e inteligência, alicerçavam meu sucesso.”; e aqui no fim: “Cachorro Doido, despencava.”
O final foi bem legal. Fechou com chave de ouro! 🙂
Parabéns e boa sorte no desafio!
ei, Giselle, puxa, sua avaliação da minha história ficou bem legal. Gostei mesmo que tenha gostado. Tem toda razão. Coloquei mais ingredientes na panela do que a capacidade do fogo de cozinhar tudo muito bem. E essas vírgulas… imperdoáveis, né? Meu abraço agradecido.
Filho da Mãe, a estória de um garoto que deseja e que tem amor pela figura materna, ao passo que repudia a figura paterna. O conto revela a trajetória de alguém com traços de psicopatia, a projeção de um indivíduo que se configura por tantos eposódios adversos, de agressões física e psicológica. A narrativa proporciona um bom fluxo de leitura. Eu achei interessante que Mônica não necessariamente seja a mãe biológica do protagonista. O final do conto parece revelar uma vingança e um conforto ao protagonista após executar o Cachorro Doido, seu pai.
ei, Josemar, tudo bem? Cá estou eu para te agradecer por ter lido e analisado a minha história. Obrigado, achei legal que ela lhe tenha proporcionado um bom fluxo de leitura. Fica com o meu abraço agradecido.
Resumo : O protagonista passou por muita coisa ruim durante a infância e adolescência. Acaba por se tornar um criminoso que opera pela deep web. O pai dele também é fora da lei e o protagonista parece sentir amor carnal pela própria mãe.Acaba por matar um pai como forma de vingança pela falta de presença e por o considerar um rival em relação a mãe.
Comentário : O conto é extremamente pesado, seria interessante caso eu gostasse de contos de conteúdo mais problemático mas eu confesso que o conto me fez refletir sobre quanta dor alguém pode suportar antes de se corromper e perder a própria identidade.
Ei, Anna, estou aqui para te agradecer por ter lido e analisado a minha história. Só quero lamentar que não tenha gostado. Espero, de uma outra vez, te trazer algo mais leve e agradável. Há loucuras muito mais confortáveis, não é mesmo.
Relato da vida de um psicopata, desde sua infância inconstante física e emocional (fixação erótica com a mãe e ódio ao pai), chegando à vida adulta como um negociador de negócios obscuros na deep web.
Complexo de Édipo em sua máxima expressão. O protagonista chamar a mãe pelo nome (Mônica) a coloca em um patamar de objeto erótico viável, mas sem a consumação sexual. O ódio ao pai, nesse caso, parece haver base real nas surras e no distanciamento afetivo. A psicopatia, condição inata, é reforçada pela mãe, que se nega a enxergar a doença, e ainda estimula o exclusivo relacionamento entre ela e seu filho.
Filho da mãe é um título mais do apropriado, pois abarca vários sentidos. Boa sacada, autor(a)!
A descrição da infância sob o olhar do protagonista é clara e envolvente, expondo ali os traços psicopáticos de fixação na figura materna, de isolamento, de consciência de sua diferença, de determinação, de falta de empatia e de inteligência.
O ritmo é ágil, quase cinematográfico – o texto me parece um misto de conto e script. Não se sei em virtude do limite de 3000 palavras, a passagem da infância para a adolescência e construção de seu novo eu na deep web ficou sem maiores detalhes, ou se foi opção do autor. Teria gostado de ver essas etapas mais detalhadas; no entanto, a rapidez nessa passagem não prejudicou a condução do enredo.
Amor e ódio. Duas fixações, de forças extraordinárias. Na minha opinião, o ódio ao pai permaneceu latente, à espera do desfecho e retribuição, já que, logo que houve a oportunidade de se vingar do pai, o protagonista não hesitou. Interessante que, nesse caso, o ódio se sobrepôs ao amor da mãe, pois o protagonista empreendeu uma jornada arriscada para sua revanche ao pai e poderia não retornar ao seio materno.
Ótimo texto – seria ótimo em um curta-metragem… pois você conseguiu transpor as imagens das cenas muito nitidamente!
A morte do pai foi descrita fria e assertivamente, consoante com a personalidade do protagonista. Cena chocante! (muito bem feita!).
Parabéns, autor(a)! Excelente texto! Domínio do argumento. Penso que você tinha o “filme” pronto em sua mente quando escreveu o roteiro!
ei, Bianca, puxa, adorei os seus comentários. Sua avaliação do meu conto me deixou verdadeiramente feliz. Muito obrigado. Fica com o meu abraço.
Resumo : Um garoto passa a infância e adolescência conturbadas por ser filho de um fora da lei. Quando cresce entra no mundo da malandragem virtual e acaba por matar o pai.
Comentário : O conto é assustador. Fiquei surpresa pelo protagonista ter matado o pai, eu imaginava que iria ser um encontro emocionante e cheio de perdão.
ei, Lara, obrigado pela sua avaliação e comentário ao meu conto. Estou entendendo que o fato de ter achado o conto assustador e a sua surpresa com o final tenham uma conotação positiva. Tomara que sim, né? Fica com o meu abraço agradecido.
Resumo:
Menino cresce em um lar conturbado. Cresce, se envolve na deep web, aprende a manusear as malandragens do mundo e acaba matando o pai.
Comentário:
Legal o conto. Achei que via Jason Stathan aprontando em navios e coisa e tal.
Tem um enredo que fala uma língua cinematográfica, que pode ser mais bem trabalhada, uma vez que há passagens que pouco explicam a evolução do garoto: na infância, o mal do garoto é subjetivado; na idade adulta ela é real. Isso criou, no meu entender, uma dicotomia na condução da personalidade confusa do moleque.
Um misto de complexos: um amor estranho pela mãe, Mônica, um ódio visceral pelo pai; a inadaptabilidade, o silêncio, o medo de ir à rua.
Digo que o texto adquiriu uma abordagem cinematográfica particularmente pelos cortes, pelas sequências sem muitas explicações, afinal, no cinema, as coisas são como são.
Um nascido psicopata que se especializa em crimes virtuais, de repente, está pronto para crimes reais. Um cinema.
Boa sorte no desafio.
ei, Ângelo, olha, achei legal que tenha achado “legal” o meu conto. Obrigado pela sua acurada avaliação e comentários. Estarei atentos a eles para as minhas futuras escritas. Fica com o meu abraço agradecido.
Resumo: Garoto cresce distante do pai que o maltratava, numa infância e adolescência instável. A consequência desemboca numa terrível e inimaginável vingança.
Comentário: Conto interessante, parte da premissa que uma infância desestruturada, junto com a falta de percepção para um diagnóstico de loucura pode ter consequências fatais. Há uma série de elementos que se agregam na equação de loucura do pernsonagem: um amor/paixão/ obsessão por Mônica, que se recusa a chamar de mãe; o desentendimento da sua condição;instabilidade financeira; problemas escolares.
Achei apenas um pouco abrupta a virada violenta do personagen, para não dizer surreal a forma como se tornou um comerciante ilegal na deepweb, mas em tempos de reclusão digital, não duvido de nada. Quando digo que a virada foi abrupta, é no sentido que não vi o personagem praticando atos de psicopatia ou violência na infancia (sei lá, dissecando um gato, por exemplo), então toda sua malícia e vingança me pareceu chocante.
Mas o texto tem um ritmo bom e o final é marcante, bastante visual.
Boa soete!
Desculpe os erros, digitei pelo celular e não revisei como deveria.
ei, Thiago de Castro. Obrigado pela sua análise e comentários ao meu conto. Pois é, deveria ter feito cortes mais sutis e menos abruptos, né? Mas o drama foram os limites do desafio… Olha, sabe que tinha um parágrafo que contava na infância o menino furando os olhos de um passarinho? Preferi nõa levar adiante por considerar que seria clichê demais. Bem, fico feliz que tenhya gostado também do ritmo e do final marcante e bastante visual. Fica com o meu abraço agradecido.
Resumo:
Garoto sofre violência doméstica e, adulto, se vinga do pai.
Comentário:
Achei bons tanto o domínio da língua quanto da narração! Para usar um termo que aparece no texto, o enredo me soou “cinematográfico” e, portanto, bem diferente de tudo o que apareceu no desafio! Senti como se estivesse assistindo a um filme de ação! Adorei o título! Deparei-me com alguns excertos criativos, divertidos e inteligentes!
Para o texto ficar melhor, faltou, na minha opinião, enxugar um pouco os parágrafos longos, inserindo diálogos. Faltou uma ou outra vírgula aqui e acolá.
Ah, lembrei de última hora: adorei a cena do estripamento! E gostei do finalzinho com a questão do vento!
Parabéns pelo texto, do qual gostei, e boa sorte no desafio!