EntreContos

Detox Literário.

A Neblina (Fátima Heluany)

Deixei meu marido cortando a árvore caída sobre o gradil da casa e desci a ladeira. 

— Não consigo pegar a Futura — minha filha reclamou mexendo no rádio. 

Assim que estacionei liguei para Davi. Estava preocupada, mas não imaginava por quê. Queria dizer-lhe que a árvore era pesada para ele, que fosse devagar.  Só ouvi zumbidos… 

Uma brecha de desconforto me invadiu. 

Caminhei para o supermercado em passos lentos, com tempo exato para apreciar um incidente: um casal colidiu em cheio com a porta de vidro. O homem abriu-a, com esforço e entraram rindo. Quando a eletricidade desaparece, somos surpreendidos de modos diferentes.

Lá dentro, um burburinho… Um barulho começava na distância, aumentando até se transformar no ulular de sirenes. Buzinada, chiado de freios e cheiro de borracha queimada. Algumas pessoas saindo das filas para espiar.

Minha inquietação começava a se concentrar. Fique calma, disse-me.

— Que cerração! — gritou um jovem entrando no estabelecimento. — Deviam ver. — Ofegava, como se tivesse corrido. Ninguém disse nada. 

— Vocês deviam ver! — repetiu, defensivo.

Algumas pessoas moveram os pés, mas não queriam perder o lugar na fila. Outras procuraram descobrir sobre o que ele falava. Um grandalhão escancarou a porta e saiu. Mais pessoas seguiram-no. Houve risadinhas.  

— Por que não vai dar uma espiada, Titina? — sugeriu Padre Reis. Sorri ao cumprimentá-lo.

— Não — falei de imediato, sem qualquer razão concreta.

Ouvi dizerem que o rapazinho devia estar brincando. Alguém mencionou uma linha de névoa na serra. 

— Já vimos cerração sobre a cidade antes — outra observação. 

— Nunca uma coisa assim — o rapaz parecia em transe. — Como é possível?

— Como nuvens que vemos de um avião. — Sorri e passei o braço pelos ombros de minha filha. — Alguma sobra da chuvarada, nada mais. 

— Esquisito — o padre me lançou outro olhar dubitativo, com a mão em pala sobre os olhos, meneou a cabeça e tornou a observar o banco de névoa. — Parece aproximar.

— Só se desafiar todas as leis da natureza, porque o vento sopra em sentido contrário — eu tentava tranquilizar, porém a sensação era de Dia do Juízo Final. 

Foi quando Padre Reis gritou, com voz potente:

— NÃO SAIAM! —  As filas se desorganizavam inteiramente, com gente que saía para espiar a neblina ou que andava de um lado para outro. 

NÃO SAIAM!! — gritou o sacerdote. — É a morte! Sinto que ela está lá fora! — à volta dele pessoas se movimentaram. 

Então, um homem empurrou a porta com violência. Seu nariz sangrava:

— Há alguma coisa naquela nevoeira! Alguém foi agarrado… — gritou, tropeçou em uma banqueta. — Ouvi um chamado! 

A situação mudou. Já nervosos pelas sirenes, pela falta de sinal do celular, do rádio, da força elétrica e pelo ambiente, todos começaram a se mover como um todo.

Não houve pânico ainda. Não houve correria. As pessoas andavam. Paravam nas portas e olhavam para fora ou saíam. Houve um barulho de vidro quebrado e latas de Coca rolaram.

O gerente da loja gritou:

— Ei! Ninguém sai sem pagar! — Mesmo aqueles que riram dele, estavam perplexos, confusos.

Devia ter voltado para casa nessa hora. Contudo, talvez fosse tarde demais.   

Padre Reis trovejou novamente para que ninguém saísse do local. 

— Estou com medo. Vamos para casa? E aquele homem cheio de sangue, mãe? — Titina choramingou.

— É só o nariz dele. 

— O que quis dizer, com alguma coisa na neblina? — insistiu.

Recebi um encontrão que me fez perder o equilíbrio. A confusão aumentava. A moça do caixa quis sair, um freguês a puxou de volta. Ela avançou, pronta a lhe bater. O homem berrou com ela. 

— Cristo, o que está acontecendo? — alguém exclamou.

Foi quando começou a escurecer… No momento, pensei que não podia estar anoitecendo e olhei as lâmpadas, em ato reflexo. Não fui a única. 

Até recordar a interrupção da energia elétrica, pareceu-me que as luzes se apagaram. E, antes que as pessoas espremidas contra as vidraças começassem a gritar e apontar, adivinhei:

Era a neblina eclipsando o sol, uma moeda de prata no céu, vista através de uma fina camada de nuvens. Vinha com rapidez, sem reflexos. Rolava pela avenida negra, apagando-a. A praça pareceu ter sido abocanhado, transformando-se em um fino risco de lápis. Então, desapareceu… 

Infiltrava-se, pela porta aberta, um cheiro vagamente acre. O branco-opaco pressionava-se contra as vidraças do prédio.  Gavinhas, como renda flutuante, esgueiravam-se pelas frestas. A luz prateada invadia os pulmões. Tentei cuidadosamente puxar o ar, então com mais força, e finalmente lutei com ímpeto. Era uma sensação estranha.

Olhei ao redor, mas não tinha ar para gritar por socorro, e ninguém para me ajudar, de qualquer modo. Ao me virar, vi pelas expressões dos demais, que todos estavam passando pelo mesmo. Titina tinha os braços enrolados ao redor do corpo e um olhar de terror mudo nos olhos. Estremeci pensando em meu marido, em casa.

Uma mulher fez o sinal da cruz três vezes. Um bebê chorou prolongado. Um velho gemeu e atirou-se por um corredor, em direção à porta. Uns poucos riam, excitados. Titina apertou-se mais contra mim; tremia como um monte frouxo de fios, percorridos por alta voltagem.

Então, desencadeou o estouro. Ansiedades, frêmitos vinham brotando… Os ânimos se inflavam com a verdade sufocada, com propostas sem pejo… Vozes abafadas por choros e tapas. Podia-se ouvir o barulho do sangue correndo nas veias, o pulsar dos cérebros, a agitação das febres… a força fácil sobre gatilhos do medo. 

Muitas pessoas penetraram na cerração e ninguém mais tornou a vê-los. Outras amontoavam-se nas portas envidraçadas entre empurrões e encontros. Garrafas se estilhaçaram no piso. O ar cheio. O ar úmido do humano sofrimento. A dor perdida no ar…

Titina correu rumo à porta. Agarrei-a, antes que me fugisse do alcance:

— Nada disso, querida! — falei.

— O quê? — ela se virou para mim.

— É melhor esperar para ver.

— Ver o quê?

— Sei lá…  

— Meus filhos ficaram em casa! — …um guincho me interrompeu. Impossível que qualquer par de pulmões contivesse ar suficiente para aguentar semelhante uivo —Ninguém aqui… ninguém leva uma senhora em casa? 

O guincho não foi diminuindo; estancou de repente. Não houve resposta. Ela olhou rosto por rosto. E saiu…  Vimos a névoa abraçá-la, torná-la insubstancial, não mais um ser humano, o desenho do ente feito no papel mais branco do mundo. 

Um outro homem a seguiu. Talvez pretendesse resgatá-la. Por um momento, ficou visível através do vidro e da neblina, como uma figura discernida através do leite em um copo. Algo além dele pareceu mover- se, uma sombra cinzenta em toda aquela brancura. Tive a impressão de que ele foi puxado para o interior da bruma, as mãos se debatendo… 

— Não é uma cerração igual às outras — disse-me Titina agarrada às minhas pernas. Ergueu o rosto circundado de sombras. Senti algo como uma lâmina fria me varando — talvez ela pressentisse algo. 

— Não, não é igual — falei, não querendo mentir. 

— Não vão lá fora! — crocitou Padre Reis. — Os demônios… — Ninguém parecia disposto a discutir ou rir. 

Houve outro som saído da névoa. Furtivo, suave, persistente. Parou, depois recomeçou, com um furtivo baque. Fechei os olhos com força, afastando a visão de uma mão seca e morta, prensada como papel fino, arranhando, tentando entrar. O medo dobrou meu estômago, e senti que meu rosto endurecia.

— Vocês ouviram? — Minha voz soava estranha aos meus próprios ouvidos. 

— O que foi? — um sujeito perguntou. 

— Não sei. Um ruído rastejante.  

— Foram seus nervos — disse outro.  

Fiquei ali, xingando-me e esfregando a cabeça, dizendo a mim mesma para ficar calma e sair daquele lugar. Não. Não foram meus nervos.  Não adiantava explicar, podia ver pela maneira como me olhavam. Não queriam mais notícias ruins; nada amedrontador ou fora do normal. Já haviam tido o suficiente. 

O silêncio que se seguiu foi a quietude expectante esperando algo mais… As pessoas na fronteira das vidraças, espiando o lençol de névoa. Outras, pelos corredores, perambulavam como fantasmas. O sacerdote reunira um pequeno grupo de ouvintes. 

— Quem sair daqui MORRERÁ! — repetia agudamente. O rosto projetava-se para diante, como se inchasse. 

— Pare de falar assim! — Um moleque o empurrou e ele caiu. O tombo conseguiu uma dose de risadas.

— É A MORTE! — aqueles que riam calaram-se prontamente. O religioso levantou-se e avançou para o centro do círculo que se formara, irradiando luminosidade própria.  

— Por favor! Se apenas esperarmos… — uma confusão de gritos conflitantes acolheu minhas palavras:

— Ela tem razão! 

— Cabeça fria…

— VOCÊS OUVEM, mas não escutam! QUEM QUER IR LÁ FORA… e constatar por si mesmo? — Os olhos do reverendo passaram em torno, afiados e malevolamente cintilantes e depois caíram em mim. — O que pretende fazer sobre isto, Jenifer? O que pensa que pode fazer?

O religioso sorriu, como uma caveira:

— É O FIM, estou lhes dizendo. Final dos Tempos. 

— Não podem fazê-lo calar a boca? — explodiu uma adolescente. 

— Não está com medo, queridinha? — perguntou, virando-se para ela. —No entanto, quando as criaturas imundas que o ímpio lançou vierem buscá-la…

— Basta!  É um monte de merda — disse irritadamente um homem, apesar de olhar para as vidraças da fachada, de maneira inquieta e especulativa.

— É o fim! É A MORTE! Parece algo saído de um pesadelo, mas é a pura verdade — Padre Reis exibia sorriso alucinado.

Do meio do nevoeiro, chegou um grito agudo e oscilante. Senti aquele cheiro acre e difuso de novo. Odor antinatural. Mais dois gritos brotaram. O primeiro, talvez de medo. O segundo, de dor.

Foi quando algo se desenrolou da névoa. Impossível distinguir contra o fundo branco, mas podia ser ouvido. Soava como um chicote de couro, desenrolando-se sem muita pressa.

Uma coisa albina-voadora procurava abrir caminho, através de um buraco no vidro. Ouvia-se o arranhar, agora que parte da gritaria cessara. Pontos vermelhos cintilaram. A criatura tentou abrir as asas, que batiam contra as paredes e se dobravam sobre si, acima das costas arqueadas. 

De certo modo, talvez o nevoeiro nos estivesse protegendo… escondendo-nos do mal. Só que o esconderijo poderia não durar muito… 

— Não existe defesa contra a VONTADE de DEUS! Isto estava para vir — a boca do vigário era uma linha de corda em nós. —  OS SINAIS. Ninguém é mais cego do que quem não quer…

— Afinal, o que quer dizer? — alguém o cortou impaciente.

— Pretendendo? — o padre olhou para todos nós.  — Que se preparem para encontrar Deus!  

— Acho que devia calar-se — falei para ele. — Está assustando.

— Só há uma chance. Um sacrifício — o pregador parecia rir na claridade mortiça. No rosto sulcado por fortes linhas verticais, a língua dançava em torno dos dentes desiguais. — UM SACRIFÍCIO DE SANGUE…

As palavras ficaram suspensas no ar, girando lentamente. Desconfiei que traziam motivos mais profundos e mais sombrios, mesmo acreditando que se referiam a algum animal de estimação. Havia alguns trotando pelo mercado, apesar dos regulamentos. 

Esconjuros nasceram aqui e ali. Um baixote deu-lhe um tapa, de mão espalmada. Um filete de sangue escorreu no sulco de uma ruga, da boca ao queixo, assemelhando a um pingo de chuva descendo por uma calha. O padre levou a mão à boca, depois estendeu-a, em uma acusação sem palavras, mostrando a palma suja do sangue. 

— Esta noite, quando ficar escuro. Os demônios virão e levarão mais alguém. É com a noite que virão. Rastejando e coleando. E quando estiverem aqui suplicarão a mim que lhes mostre o que fazer! — sussurrou, malévolo. Os olhos negros pareceram dançar, com louca alegria. — Agridam-me. 

— O senhor estava provocando! — exclamou uma velha. 

Ocorreu-me que a maioria de nós devia ter aparência infeliz e envelhecida. Menos Padre Reis. Ele aparentava de algum modo mais jovem e mais vital. Como se… estivesse se alimentando daquilo. Irradiando veneno. E, se pessoas estiverem apavoradas pelo tempo suficiente, apegar-se-iam a quem quer que lhes prometesse uma solução. 

Reis deu um passo à frente. Seus olhos chispavam. Havia horas estávamos acuados e ainda não tínhamos conseguido fazer nada que valesse a pena. Portanto, não era de admirar que estivesse aumentando seu rebanho. A ideia de que um grupo ouvindo sua arenga sobre abismos do inferno, produzia em mim uma terrível sensação de claustrofobia.

O padre começou a falar sobre sacrifício outra vez. SACRIFÍCIO HUMANO. Pediram mais uma vez para cessar com aquelas sandices. Pessoas que estavam com ele, responderam que ainda vivíamos em um país livre. Todas tinham a aparência de quem esteve em um acidente de carro ou viu um disco-voador pousar.

— Vocês não podem sair! Se saírem, é morte certa! Já deviam saber disso.

— Ninguém se meteu com o senhor — respondi. Ele puxou fardos de uma prateleira, espalhando latas pelo chão. Soda esguichava para todos os lados.

— Aqui temos o tipo de pessoas que atraíram isto! — gritou ele. — Pessoas que não se dobram à vontade do Todo-Poderoso! Pecadores orgulhosos, obstinados! É dentre eles que deve vir o sacrifício! Dentre eles virá o sangue da expiação!

Um crescente murmúrio de assentimento… O sacerdote estava frenético. A saliva saltava-lhe dos lábios, enquanto orava para os que se amontoavam às suas costas:

— É a menina que queremos! Peguem-na!

O grupo avançou, recuei, cambaleante, apertando minha filha com força. Com os braços enrolados em meu pescoço, ela olhou para mim, aterrorizada. Era um apocalipse de sombria alegria. O vigário não era mais a mesma pessoa. Sua mente se estiolara. 

— Deixe-nos em paz! — O orador olhou para mim assustado. Era quase como se tivesse esquecido que eu estava ali. 

De repente, eu o odiava. Odiava essa conversinha idiota, sua falsa preocupação com os fiéis, sua horrível batina e tudo o mais nele. Senti a raiva ardendo não só pelo que estava fazendo comigo, mas pela insensibilidade dele com minha menina, usando as pessoas que eu amava como peças humanas em seu joguinho patético.

Consegui mover os pés e, ao meu lado, meus amigos estavam se mexendo também. Avancei e me pus a esmurrar o falso profeta, em loucos socos de esquerda e direita, apenas agredindo. Então, esmurrei-o abaixo no estômago, o ar escapou de seu corpo e ele parou de falar. Ao meu lado, estava com o corpo dobrado em agonia, respirações curtas e rasas saindo por entre os dentes.  

Não sei quanto tempo continuaria a esmurrá-lo, se alguém não me agarrasse pelos braços. Libertei-me com um puxão e me virei. Esperava que fosse alguém que quisesse esmurrá-lo também. 

Ele abriu e fechou a boca. Uma vez. Duas vezes. Estava querendo falar. Por fim, conseguiu:

— Peguem as duas! — gritou o clérigo. — Peguem essa prostituta também!

Fui invadida por um senso total de irrealidade. Sombras dançavam nas paredes, distorcidas e monstruosas pelos fachos de luz que se entrecruzavam pelas paredes. Fiquei uma coisa esquisita e perdi a orientação. Minha respiração parecia um vento rasteiro, agitando palha. 

Eu me armei de coragem e joguei o corpo para frente. Faca nas mãos… Com uma flexão, rasguei a garganta do padre de lado a lado. O sangue começou a fluir.

O que fiz? Meu coração cambaleou e deu um salto de mergulho… Batia alto no silêncio. Tão forte que coloquei a mão sobre ele, como se pudesse silenciá-lo ao pressioná-lo. 

— Olhe bem para isso. Olhe bem para o que você fez… — alguém gritou, com medo e raiva.

— Você o assassinou! — Entretanto, ninguém apontava que ele estivera planejando algo similar contra mim!  Contra minha garotinha!!! 

Eu permaneci imóvel na posição de ataque. Fiquei assim por algum tempo, os cabelos caídos no rosto, esperando para ver se ia perder os sentidos, vomitar ou qualquer coisa. Tentava me recordar do impulso que tivera, do ímpeto de raiva e de amor.

Alguém me tocou de leve.

— Eu o matei — disse, em voz rouca. 

— Não tinha saída! — consolaram-me.

Todos estavam preocupados que um grande colapso fosse iminente. No entanto, a “congregação” começou a debandar, após eliminado o foco. Nenhum dos membros afastava os olhos da figura caída e do sangue escuro que começava a espalhar-se.

Um grupo recolheu o corpo e atirou-o para dentro da cerração. Sumiu… Aquele seria o sacrifício pedido pelos demônios?

Foi o que aconteceu. Ou, quase tudo o que aconteceu. A névoa trouxe infortúnios nas camadas do ar, estrangulados pelo vento: vozes remotas, soluços de lugares para sempre perdidos, os primeiros gritos do homem sem rumo, catástrofes em elaboração… 

A vida voltava com rapidez chocante através de alguma fenda mínima na cerração úmida.

Quando a neblina se afastou, transformando o ato de dirigir em um risco não-suicida, minha filha e eu voltamos para casa. 

— O que houve? — Davi perguntou. Parecia que a névoa nem passara por ele. Lembrei da sua borda já distante quase tão reta como uma régua:

— Foi Deus — pude sentir no meu sussurro a influência do Padre Reis. Maldito! Completa loucura da natureza… que encontrara eco, como se tivesse instalado nas mentes uma súbita consciência de que algum ser atávico tivesse liberado a névoa, soltando a raiva e confusão.

Teria de responder pelos meus atos…, mas, naquela note precisava dormir… se conseguir dormir, em vez de ser assombrada até o amanhecer pelo rosto do sacerdote. Entretanto, primeiro quero beijar minha filha e lhe cantar uma melodia. Contra os pesadelos que possam surgir.

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17 comentários em “A Neblina (Fátima Heluany)

  1. Karen Salazar Cardoso
    12 de setembro de 2020

    Durante sua visita ao mercado uma mulher e sua filha são surpreendidas por uma espessa neblina e, presas no local, tem que lidar com o lado podre da humanidade para poderem sair de lá ilesas. deixando-se levar por sua própria humanidade e após um ato desesperado, ela se vê livre da neblina e da criatura que nela habita, podendo assim retornar a casa, onde nota o resquício do que teve de enfrentar.

    a ideia é muito interessante e o fanatismo desencadeado por um momento de desespero é muito bem colocado, mostrando que ele pode surgir por vários motivos. achei os diálogos confusos, mas de certa forma eles conseguem mostrar exatamente como a situação estaria naquele momento, dando mais realismo.

  2. Leo Jardim
    11 de setembro de 2020

    🗒 Resumo: uma mãe de família vai ao mercado com a filha e se deparam, de repente, com uma neblina branca e muito estranha. Uma confusão bastante inusitada acontece dentro do mercado, começando por um padre que chega aos limites da loucura de exigir que matassem a filha dela e a ela própria. Por fim, ela assassina o padre, a neblina se dissipa e as coisas voltam ao “normal”.

    📜 Trama (⭐⭐▫▫▫): eu entendi a referência ao conto O Nevoeiro (e filme baseado), mas achei o desenrolar deste conto aqui um pouco confuso. As ações, os personagens, tudo ficou muito difuso na minha interpretação do texto. Entendi a trama em si, conforme resumi acima, mas as ações e reações no meio ficaram meio perdidas. Achei as reações estranhas. Pessoas rindo e batendo no padre quando gritos e mortes vinham do nevoeiro.

    A própria frenesi da protagonista, que veio a matar o padre, por mais que seja justificada, não comprei essa reação. Nem mesmo entendi se a tinha gente a favor do padre ou não.

    ▪ Ela olhou rosto por rosto. E saiu… (ela quem? um exemplo do problema de confusão de personagens)

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): o texto é gramaticamente bem escrito, apesar de uns pequenos problemas de revisão (abaixo) e do excesso de uso das reticências em alguns momentos. Faltou a técnica ajudar à trama, porém, na hora de determinar melhor os acontecimentos e reações.

    ▪ A praça pareceu ter sido *abocanhado* (abocanhada)

    ▪ o desenho do ente feito no papel mais branco do mundo (frase truncada, de difícil compreensão, daquelas que tem q ler de novo pra entender; melhor evitar)

    ▪ pareceu *mover- se* (mover-se)

    ▪ — Não é uma cerração igual às outras — disse-me Titina agarrada às minhas pernas. Ergueu o rosto circundado de sombras *travessão?* Senti algo como uma lâmina fria me varando — talvez ela pressentisse algo.

    ▪ aquela *note* (noite) precisava dormir

    🎯 Tema (⭐⭐): fanfic de “O Nevoeiro”, de Stephen King.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): percebi uma tentativa de fugir do material fonte, mas acabou não indo muito além. Não chega a ser clichê, porém.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): dada toda a confusão que tive com a leitura e a não compreensão das reações da protagonista e dos demais personagens à terrível cena de assassinato, fiquei meio boiando na trama como um todo. Talvez seja apenas o caso de o texto não ter encontrado o melhor leitor.

  3. Fernando Amâncio (@fernandoamancio)
    10 de setembro de 2020

    Mãe e filha vão a um supermercado. Enquanto aguardam na fila, elas e os outros clientes percebem uma forte neblina se formando do lado de fora. Algo nunca visto e sem justificativa. Algumas pessoas tentam sair e são engolidas pelo nevoeiro, desaparecendo. Um padre começa a dizer coisas assustadoras, dizendo que a neblina é coisa do demônio e que será necessário um sacrifício de sangue.

    Não sei se o conto se enquadra como FanFic, pois me parece mais uma versão dos acontecimentos que acontecem na história do Stephen King. Fanfics, acredito, expandem o original, criando histórias paralelas ou sequências. Mas isso não irá influenciar minha avaliação.

    Jenifer, gostei da sua história. Você tem um texto bem maduro, com boas descrições e uma escrita bem refinada. Apesar de não ter certeza do quão original é sua história, admiro a sua escolha. Você contou bem uma história de suspense, o que é para poucos.

    Acho, porém, que houve alguns problemas na execução da narrativa. Apesar da narração em primeira pessoa, falta empatia do leitor com a personagem principal. Ao fim da história, a sensação é de que dela só sabemos que tem uma filha e que não gosta que proponham sua utilização como sacrifício. Faltou desenvolver um pouco melhor os personagens, no meu ponto de vista.

    Isso acaba prejudicando bem a história. Em suspense a gente precisa gostar dos personagens, para temer pela vida deles. Como isso não aconteceu, não sei, não senti que o ritmo da narração ficou bom. Mas, ainda assim, é um belo conto. Parabéns e boa sorte!

  4. Fernando Dias Cyrino
    10 de setembro de 2020

    olá, Jenifer. Você me traz um conto baseado numa história do mestre do terror Stephen King e que se transformou depois em filme. Isto tudo vi pelo oráculo moderno, o Google. Na verdade, não li o livro e muito menos vi o filme. Seu conto me deixou curioso para fazê-lo. Achei legal, Jenifer, a tocada que você deu à narrativa. O comportamento das pessoas quando acuadas e sendo lideradas, se transformando em perigoso bando, a loucura que vai se apossando do grupo no interior do malfadado supermercado enquanto vai chegando a aterrorizante neblina. O padre , totalmente paranoico, que se vê ainda embasado nas religiões primevas e sente que haja a necessidade de deixar correr o sangue humano para aplacar o demônio que vem atacando escondido pela neblina. A escolha, pelo sacerdote, da sua filha para ser sacrificada e, em seguida, pelo sangue dela própria para aplacar a ira do diabo ao atacar a cidade através daquela fortíssima bruma. A morte do padre pelas suas mãos. E o final, que achei ótimo com a excelente sugestão de que tudo aquilo que ela vivera não tinha passado de um mero pesadelo. Você escreve bem, sabe prender o leitor. A narrativa está bem construída, muitos poucos pontos necessitando de revisão. Parabéns pelo seu conto.

  5. Ana Maria Monteiro
    9 de setembro de 2020

    O conto inspira-se no livro (ou no filme) “O nevoeiro”, de Stephen King e relata a história da estranha neblina que invadiu a cidade e se concentrou no supermercado onde os protagonistas são uma mãe e sua filha Titina e o Padre Reis, que aproveita a ocasião para, com um ataque de fanatismo, arrebanhar o maior número de possível de fiéis. A mãe da menina mata o padre para salvar a filha e a si mesma, o nevoeiro desaparece e ambas regressam a casa onde o marido ficou, sem se ter chegado a aperceber de nada do ocorrido.

    Olá, Jenifer. O seu conto tem muitos pontos a favor e não encontrei nenhum contra. Você pega a história original de “O Nevoeiro” e dá-lhe uma excelente reviravolta (foi uma excelente ideia deixar Davi em casa e mandar a mãe às compras em lugar dele). A história começa por se desenrolar fiel ao original, mas a partir do momento em que ficam confinados dentro do supermercado, tudo muda e essa é a verdadeira raiz de uma boa fanfic. A figura do padre está muito bem desenvolvida e o conto lê-se muito bem, sem sobressaltos nem desvios. Obrigada por participar e boa sorte no desafio.

  6. jowilton
    8 de setembro de 2020

    O cobta narra uma história de terror onde uma né fantasmagórica invade uma cidade provocando pânico nós moradores.

    Achei um bom bom. Eu não li essa história do Estephen king, eu vi o filme, mesmo assim, não vi todo. Achei a narrativa boa e os pontos de tensão foram muito bem trabalhados. Conseguiu me deixar na expecativa do que iria acontecer. O escritor mostra que familiaridade neste tipo de história. A leitura fluiu bem, sem percalços. Boa sorte no desafio.

    • jowilton
      8 de setembro de 2020

      Corrigindo: O conto narra uma história de terror onde uma névoa*

      • jowilton
        8 de setembro de 2020

        Corrigindo: Achei um bom conto*

  7. Marco Aurélio Saraiva
    6 de setembro de 2020

    Jenifer e sua filha vão ao mercado fazer algumas compras e um nevoeiro encobre a cidade, prendendo todos dentro do mercado. Instaura-se uma confusão e Padre Reis aglomera um séquito de fiéis e declara que a fllha de Jenifer deve ser executada para que todos voltassem para casa. Ela o mata, em defesa da filha, e a névoa aceita a oferta, dissipando-se.

    Vejo fanfics como obras “spin-off”, ou seja, relatos no mesmo cenário ou visões diferentes dos mesmos eventos já narrados em uma obra existente. Às vezes, fanfics são reescritas de obras existentes mas com reviravoltas diferentes, o que muda completamente a história.
    O seu conto me parece apenas aproveitar a ideia de O Nevoeiro e escrevê-lo novamente. Vi o filme há tempos e não li o livro então não posso dizer com certeza de existe algo a mais na sua narrativa mas, para mim, é uma fanfic sem muita criatividade (sim, fanfics podem ser criativas, elas só se aproveitam de uma ideia já existente, mas daí podem ganhar asas próprias).
    Mesmo assim, é uma narrativa surpreendente. O arco de Jenifer é interessante – começamos com uma ida inocente ao mercado e terminamos com ela matando um padre fanático para proteger a própria filha. Há tanto que pode ser dito aqui: tantos papéis que o Padre Reis tem. No final, tudo é uma grande mensagem para o amor da mãe pela filha e também de como fanatismo e cultos / seitas podem destruir famílias e fazer “pessoas boas cometerem atos ruins”. Mesmo achando que faltou criatividade, curti a leitura.

    Seu estilo é bem autoral. Às vezes me parece que você economiza palavras onde não deveria mas, voltando para ler, vi que é apenas estilo. Diálogos sucintos, naturais de uma forma diferente. Sua narrativa também tem um quê de poesia, com frases belas; descrições que nos fazem pensar.

    No geral, fiquei com uma ideia positiva do seu conto =)

  8. Gustavo Araujo
    31 de agosto de 2020

    Resumo: mãe e filha ficam presas em um mercado com outras pessoas enquanto uma neblina misteiorsa clama a vida dos incautos; um padre tenta converncer a todos de que aquilo é uma manifestação demoníaca e que basta oferecer a garota para que tudo volte à calma; no fim, a mãe degola o padre, o que basta para que a neblina se dissipe.

    Impressões: por mais neblinas assim, kk O conto é uma releitura do clássico do Stephen King, mas com algumas vantagens, eu diria. Isso porque não cai na armadilha de gosto duvidoso de inserir criaturas escatológicas e improváveis dentro da névoa assassina. Ao contrário, aqui se mantém o suspense porque inteligentemente não se revela a natureza do evento, deixando ao leitor a tarefa de preencher essa lacuna da maneira como achar melhor.

    Outro ponto positivo foi colocar o padre como nêmesis, como agregador do mal, como a pessoa que manipula a multidão em busca de um sacrifício cuja eficácia só se imagina. No conto original esse papel não é desempenhado por um clérigo ou algo assim, mas por uma mulher fanática, de modo que aqui essa ideia ficou mais interessante e verossímil. Vibrei, confesso, quando a protagonista passou-lhe a lâmina de fora a fora.

    Certa vez li uma entrevista do King em que ele dizia que no início, para treinar a escrita, ele tomava emprestado contos autores diversos de quem gostava e os reescrevia à sua maneira, mundando partes do enredo e mesmo o final. Acho que ele ficaria contente com a maneira como A Neblina foi reescrita aqui. Eu, pelo menos, achei melhor do que os tentáculos gigantes, as aranhas monstruosas e pterodáctilos improváveis do original. Ponto para você, Jenifer.

    Por fim, digo que a maneira de narrar também está bem próxima do SK, com os diálogos secos, com as descrições simples e com o foco na criação do suspense. Nada de construções elaboradas, metáforas poéticas nem nada do tipo. Excelente emulação do original.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

    Nota: 4,0

  9. antoniosbatista
    31 de agosto de 2020

    Resumo de, A Neblina- mulher e filha vão ao supermercado quando uma estranha neblina cai sobre a cidade, trazendo monstros em seu interior. As pessoas ficam encurraladas no prédio e um padre propões sacrificar a menina para afastar os monstros, mas a mãe agride o padre e quem acaba como oferenda é ele.

    Comentário – O argumento é o mesmo do livro de Stephen King, e do filme. A diferença é mínima e parece que a autora não colocou nenhuma ideia sua baseada nesse argumento. Por exemplo, em vez do supermercado, poderia ser outro lugar, a mãe e a filha presas dentro do carro como no livro do mesmo autor intitulado, Cujo. Aí teríamos duas referências importantes. De qualquer forma, a escrita é muito boa, também gostei dos diálogos. Não encontrei erros. Só faltou mais ideias suas que enriquecesse o argumento de Stephen King. Boa sorte.

  10. pedropaulosd
    29 de agosto de 2020

    RESUMO: Uma neblina antinatural confina um grupo de pessoas dentro de um supermercado, cada vez mais espremidas entre os horrores da neblina e as pregações apocalíticas do Padre Reis. Com um neurônio no marido e outro na filha amedrontada que a acompanha, Jenifer tem que tomar uma decisão quando vê que o falatório de Reis visa um sacrifício de sangue.

    COMENTÁRIO: Um grande mérito desse texto é, com certeza, a gradação. As reações iniciais são difusas, pouco a pouco dando espaço à incerteza e a decisões mais desmedidas. Eu assisti ao filme baseado no conto de King, mas não lembro muito bem e apenas pesquisei sobre o enredo do conto original, em que, pelo visto, há um conflito parecido: o momento em que o fanatismo tem o apoio da maioria num mundo de horrores. O mesmo tema é central aqui e a execução é muito boa, com o Padre Reis constando sempre presente, parecendo cada vez mais alto e forte enquanto todos murcham diante de sua convicção lunática, inclusive a própria protagonista, que tanto presencia como se assombra com essa transformação. Assim que passou a mencionar sacrifício humano – abandonada a sutileza ao indicar as palavras com caps lock – tornou-se um pouco previsível de que a filha dela seria alvo da tirania do grupo. Mesmo não sendo surpresa, o que realmente me pegou desprevenido foi a própria Jenifer contra-atacar, momento em que parabenizo a autora por ter escrito um plano de fundo de surrealidade, dando continuidade à atmosfera sobrenatural que parecia reinar desde que o Padre Reis pareceu sobrepor todos os demais. Como mencionei a gradação no início desse comentário, aponto outro ponto positivo que foi o de trechos em que nunca se sabe o que realmente está acontecendo, imergindo o leitor junto da aflição dos próprios personagens que, assim como nós, não sabem o que os aguarda do lado de fora. Momentos como esse permeiam toda a leitura. Com o fim da neblina e o retorno para casa – uma casa aparentemente intocada pelo suspense da névoa – Jenifer lidar com os próprios pecados é um desfecho interessante, pois permite perguntar até quanto longe uma pessoa pode ir numa situação extrema, sem ter que lidar com as consequências pelo fato.

    Então o conto apresenta uma escrita imersiva e um conflito instigante, com dois personagens que se veem cada vez mais opostos até que não há mais como adiarem o conflito entre si.

    Boa sorte!

  11. Maria Edneuda Oliveira Pinto ; Claraliz Almadova
    28 de agosto de 2020

    O conto não deixa de ter a sua temática criativa, porém ficou um pouco obscuro e com truncamentos na sua narrativa. O diálogo em excesso tira a narratividade , deixando de ser o diálogo, um recurso para lincar o fato principal, a invasão de estranha névoa, representando a chegada de uma entidade que exigia o sacrifício, a entrega da garota para a oferenda, liderada pelo padre. A árvore derrubada ficou ali como um” jaboti”, como algo que não tinha nada a ver com a história. Alguns aspectos como este causaram quebras na narrativa, assim como ouso de diálogos em excesso, o que tirou um pouco do glamour do conto. Atribuo 3 para este conto.Obeservando esse aspectos comentados, creio que o autor pode melhorar a qualidade do conto.

  12. Bianca Cidreira Cammarota
    27 de agosto de 2020

    O conto relata um grupo de pessoas em um supermercado, onde ficam aterrorizadas pela cerração intensa que envolve o prédio. Narrado sob o foco de uma das pessoas, Jenifer, mostra como aqueles seres humanos entram em histeria diante do desconhecido, liderados por um religioso que sugere que é aquilo é obra de demônios e que se é exigido um sacrifício para que tudo acabe. A escolhida é a filha da protagonista, uma criança apenas. A histeria chega a tal ponto que Jenifer acaba matando involuntariamente o religioso em defesa de sua filha. Subitamente, a cerração se dissolve, bem como a histeria coletiva.

    Imaginei que se baseasse no filme O nevoeiro – que não assisti. O gênero terror na escrita não é bem minha praia. Porém devo dizer que o conto está muito bem escrito no seu gênero, em um crescente de suspense e terror. Não posso falar muito sobre a referência da obra, pois não a conheço. No entanto, a história está bem construída, a velocidade das emoções adequada e o desfecho coerente. A linguagem é envolvente.

    Mesmo não conhecendo a obra na qual foi baseado o conto e não ser o gênero que me agrada, este conto merece um OHHHHHHH” (excelente!)

  13. Anderson Do Prado Silva
    25 de agosto de 2020

    Resumo:

    Forte neblina se abate sobre a cidade, gerando desespero e caos. Depois que o corpo de um religioso é oferecido em sacrifício, a neblina se vai.

    Avaliação:

    (Autor, não leia o presente comentário como crítica literária, pois se trata apenas de uma justificativa para a nota que irei atribuir ao texto.)

    No contexto do desafio, não me ficou claro de qual ficção (“fic”) o autor seria fã (“fan”), de modo a justificar sua “fanfic”. Espero que seja uma deficiência minha.

    O conto é bem escrito, veloz e dialogado. O enredo desperta a curiosidade, porém não consegui entender que raios seria essa maldita neblina! Um demônio, um extraterrestre, uma metáfora, o quê? E essa dona de casa que num estalo se torna uma exímio assassina também não fez sentido! Talvez não ter captado a “fanfic” tenha prejudicado muito meu entendimento. Ou talvez eu esteja tentando ver sentido no que não possui sentido mesmo.

    Embora o enredo não tenha me agradado, vislumbrei atrás do texto um escritor competente, com uma prosa bem encaminhada. Para formar um juízo sobre a qualidade dessa escrita, eu precisaria de outros textos desse autor.

    Quanto a esse conto específico, infelizmente não me agradou muito. Talvez seja essa maldita dessa tal de “Fanfic”. Eita, coizinha irritante!

    Ah, moro em Petrópolis/RJ, região serrana do estado do Rio de Janeiro. Por aqui, tem muita neblina. Às vezes, não dá para enxergar dez metros adiante. Então, me identifiquei bastante com a ambientação do conto.

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio!

  14. britoroque
    24 de agosto de 2020

    Muitos diálogos quebraram a fluidez do conto. Um conto de terror tem que fluir. Se você ficar parando para pensar, o terror desaparece. O terror tem um ritmo rápido.

  15. Giselle F. Bohn
    24 de agosto de 2020

    Mãe e filha ficam presas em um supermercado com outras pessoas enquanto uma neblina sobrenatural envolve o prédio. Um padre enlouquece e sugere sacrificar a criança para apaziguar os demônios lá fora, o que gera uma luta entre todos os presentes.
    Conto muito bem escrito tecnicamente. Percebi logo no início que se tratava de uma releitura de “The Mist”, de Stephen King. É interessante e mantém o suspense. Por se tratar de um conto e não dispor, obviamente, dos recursos de um romance, deixa muitas lacunas. Achei o final meio “apressado”. Mas é um bom conto. Parabéns!

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Publicado às 24 de agosto de 2020 por em FanFic, FanFic - Grupo 2 e marcado .
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