1
Era já noite cerrada quando dois vultos entraram num edifício abandonado de Satkeel, uma das mais pequenas cidades de Numidian Prime. O mais baixo coxeava ligeiramente, fruto de uma recente ferida de guerra. O seu companheiro era bastante mais alto, um autêntico gigante coberto de pêlo castanho que protestava ruidosamente.
“Eu sei, Chewie… ”, disse Han Solo, “Pára de reclamar. A mim também não me agrada isto. Mas sabes que precisamos de dinheiro.”
Precisavam sempre de dinheiro, pensou Han. Quando não tinham de pagar dívidas de jogo, tinham de comprar peças para a Falcon, que estava a ficar antiquada. Neste momento precisava de dinheiro para as duas coisas. Leia seria bastante prática nesta situação: venderia a nave sem hesitar um instante. Agora que a Falcon era considerada uma lenda, poderia conseguir um bom dinheiro por ela. Para Leia, a Millennium Falcon não passava de um monte de sucata. Para ele, a nave fazia parte da família – e não se vendia a família a menos que o negócio fosse realmente vantajoso. Assim pensaria o Han Solo de antigamente, quando não tinha ninguém na sua vida. Antes de conhecer Luke, Ben e Leia.
Leia.
Parecia que ela continuava fisicamente a seu lado e ele revia constantemente o que tinham vivido juntos, num exercício de masoquismo supremo. Nos primeiros tempos tinham sido felizes, embora tivessem temperamentos completamente opostos. Ela levava o altruísmo ao extremo, ele era um aventureiro egoísta. Ben nasceu um ano depois da Batalha de Endor, quando Luke, um rapaz cujo destino era ser agricultor, venceu Darth Vader numa batalha que culminara com a morte do próprio Imperador Palpatine. O nascimento coincidiu com a Batalha de Jakku, o último estrebuchar do Império. Enquanto Leia sofria no hospital, Han estava metido na maior confusão em que já se tinha visto e de onde sairia vivo por milagre – nunca tinha sentido a morte tão próxima, nem mesmo quando estivera nas garras nojentas de Jabba, o Hutt. No final a Aliança Rebelde venceu e os sobreviventes do Império refugiaram-se na Orla Exterior da galáxia, menosprezados pelo novo governo – o que se provou ser um erro. Leia tentou contrariar o fortalecimento da Nova Ordem por todos os meios, mas a sua posição tinha ficado enfraquecida desde que os seus rivais na Nova República tinham tornado público um facto que até então era segredo: a verdadeira identidade do seu pai, Darth Vader.
Quando Ben fez três anos, entregaram-no a Luke, como era tradição entre os Jedi, que eram obrigados a viver sem qualquer laço familiar e a um voto de castidade que os impedia de constituir família no futuro. Ben seria um dos três padawan de Luke. A difícil decisão tinha sido tomada no momento em que Ben mostrara sinais mais do que evidentes de possuir a Força, mas lidar com a separação a que isso obrigava demonstrou ser extremamente doloroso, tanto para Leia como para Han, que pela primeira vez na sua vida tinha algo a que podia chamar de família. Leia chorou todas as noites durante mais de um mês. Han ficou do seu lado e ajudou-a no que pôde, mas a separação abrira uma ferida profunda. Como forma de compensar a perda, Leia decidiu dedicar-se ainda mais à luta contra a Primeira Ordem. Contra as recomendações insensatas do senado da Nova República, que iam no sentido de ignorar a Primeira Ordem e dar prioridade ao fortalecimento do poder da Nova República, Leia reuniu um grupo que partilhava a sua visão e iniciou a luta contra a Primeira Ordem chefiada por Snoke.
“Vem comigo”, rogara ela na altura. As palavras tinham ficado gravadas a fogo no espírito de Han. O olhar dela era de súplica, mas o distanciamento e a separação do filho tinham criado um fosso entre eles. Por outro lado, ela conhecia sobejamente a natureza aventureira dele. Leia esperara conseguir mudá-lo, mas teve de dar-se por vencida. A separação foi definitiva – a decisão mais difícil que Han se lembrava de alguma vez ter tomado. E, no entanto, a única que fazia sentido. Aquela que ele tomaria de novo para garantir a sua sanidade mental.
Ele não soube se tinha ouvido um barulho ou se pressentira uma presença, mas apontou de imediato o seu blaster. Chewbacca fez o mesmo, apontando a sua espingarda na mesma direção. Uma mulher materializou-se à frente deles.
“Eu sou Sar-Kaan. Fui eu que o chamei, Han Solo”, disse ela. Era alta, um corpo deslumbrante, a pele azul e os olhos vermelhos.
“Um lugar estranho para me encontrar com uma mulher de Mobus.”
“São tempos complicados. Precisamos falar em privado.”
Han olhou para Chewbacca e fez o seu habitual sorriso sarcástico.
“Eu não tenho segredos para o Chewie.”
“O cérebro de um wookie é um livro aberto para qualquer Cavaleiro de Ren.”
Antes, Han pensava que os Cavaleiros de Ren eram tão lendários como os Cavaleiros de Jedi. Mas Luke mostrara-lhe que estava enganado.
“Desculpa, Chewie”, disse, baixando o blaster e aproximando-se dela.
O wookie protestou ruidosamente, apontando a sua arma a Sar-Kaan. Ela estendeu a mão, mostrando um pequeno aparelho, um campo de força portátil. Solo aproximou-se dela e ela ligou-o. O campo de força envolveu-os como uma esfera. Passados dois segundos, Chewbacca deixou de os ver, protestando ruidosamente.
“Calma, Chewie. Vai ficar tudo bem.”, disse Han, virando-se para Chewbacca.
“Ele não o consegue ouvir, Han Solo.”
Sar-Kaan pousou o campo de forças no chão, aos pés dela.
“Eu sei. Ele é sempre assim… Mobus… Eu conheci uma rapariga de Mobus.”
Sar-Kaan sorriu.
“Eu sei. Todos sabem da sua passagem por Mobus. Não pelos melhores motivos, digamos.”
“Como é que ela está?”
“A aldeia de Ju-Kar foi atacada pela Primeira Ordem. Ela tentou impedir que levassem o irmão dela. Foi morta à frente dele. Eles estão a recrutar jovens por toda a Orla Exterior.”
“Já ouvi dizer. Foi por isso que convocou esta reunião?”
“Não. Nem o grande General Han Solo consegue resolver todos os problemas da galáxia. O que me traz aqui é algo mais comezinho. Preciso contratá-lo para um serviço. Transportar vinte Madrakks adultos de Csilla para Jakku. Estou disposta a pagar-lhe 25 mil créditos agora e 25 mil quando chegarem a Jakku.”
Han sorriu. 50 mil resolvia-lhe todos os problemas.
“A proposta é tentadora. Mas Csilla é controlada pela Primeira Ordem, e não há nada que proíba transportar Madrakks, por mais fedorentos que sejam.”
“Com os Madrakks deve levar uma família de agricultores. Um casal com um bebé. Eles são procurados pela Primeira Ordem e por todos os caçadores de prémios da galáxia.”
Han assobiou.
“Também nós. Dificilmente conseguiremos aproximar-nos de Csilla.”
“Nós tratamos disso. Levará um droid com a localização da sua carga e o destino exacto em Jakku. Aceita o serviço?”
Han pensou um momento.
“Estou com um mau pressentimento sobre isto”, murmurou.
Ela estendeu uma caixa a Han. Ele hesitou um instante, depois pegou nela. Olhou para o interior. Continha 25 mil créditos que reluziam à luz difusa do campo de forças que se desvaneceu naquele momento. Um droid apareceu a poucos metros deles. Chewbacca apontou-lhe a espingarda. Han sossegou-o.
“Calma, Chewie. Temos um serviço para fazer.”
2
O transportador de minério era excessivamente lento para o carácter impetuoso de Han Solo. A Millenium Falcon estava parcialmente escondida debaixo de painéis de metal. Esperavam assim conseguir escapar ao bloqueio imposto pela Primeira Ordem. Como iam conseguir sair de Csilla era outra história. Han iria ter de improvisar, mas era esse o seu forte. Só esperava conseguir suportar o cheiro de vinte Madrakks adultos. Toda a energia na Falcon tinha sido desligada. Han usava um casaco grosso e até Chewie se queixava do frio. Ao longe viam o planeta Csilla. A orbitar o mesmo estava um gigantesco Destruídor Estelar. Dois caças TIE voaram a rasar o transportador de minério.
“Estes tipos não estão a brincar”, comentou Han. Chewie concordou.
Quando o transportador se aproximou do solo, Han ligou os motores e saiu rapidamente. O droid X2 pairou ao lado dele e projectou o holograma de um mapa do planeta. Um ponto vermelho mostrava o destino. Para evitar os radares, Han dirigiu a nave a baixa altitude pelos íngremes desfiladeiros de Csilla. Quando chegaram ao destino, X2 começou a emitir silvos irritantes. Han pousou a nave num planalto.
“E agora?”, perguntou, olhando para o exterior. Não havia ali nada para além de rocha. Pegou no blaster e desceu a rampa. Saíu da nave. A diferença térmica obrigou-o de imediato a despir o casaco. Sentou-se na rampa e olhou em volta. Não viu nada nem ninguém. Aqueles tinham sido os 25 mil créditos que ganhara mais facilmente na vida.
De repente, o seu olfato foi atingido por uma rajada de peixe podre. Só havia uma coisa em toda a galáxia que cheirava assim: um Madrakk adulto. E o que cheirava pior do que um Madrakk adulto? Vinte Madrakks adultos que apareciam por uma passagem que parecia excessivamente estreita para um Madrakk. Tinham a altura de um homem, estavam cobertos de pêlo e duas grossas patas. Eram os animais mais pachorrentos que existiam na galáxia.
À frente vinham dois homens armados, com o rosto coberto por máscaras de pano. No fim da comitiva vinham duas pessoas, uma delas transportando uma caixa às costas. Sem perder tempo com qualquer conversa, os dois homens da frente começaram a fazer subir os Madrakks pela rampa.
“Sintam-se em casa”, comentou Han Solo. No fim, o casal subiu a rampa. Ela era uma mulher simples que o cumprimentou com um sorriso. O homem transportava a caixa. Han percebeu que dentro estava um bebé. O último bebé que tinha andado na Falcon tinha sido o seu filho Ben. As recordações tinham um sabor amargo e ele evitou-as. Tinha um serviço a fazer. Os dois homens armados saíram da Falcon.
“Adeus. Gostei de conversar convosco.”, disse Han. Depois entrou na Falcon. O cheiro era já insuportável. Passou pelo casal. Ela dava de mamar ao bebé, tapando-o com o seu manto. O homem olhou para Solo com nervosismo. Sentou-se no cockpit ao lado de Chewbacca que já tinha ligado os motores. Ele protestou ruidosamente.
“Eu sei, Chewie. Mas o cheiro parece o teu hálito de manhã. Por isso, não fales muito.”
Han levantou a nave do solo e ganhou altitude, tentando não chocar contra as paredes de rocha afiada do desfiladeiro. Assim que sentiu que não tinha nenhum obstáculo que o impedisse, acelerou. Queria fugir ao bloqueio e entrar no hiperespaço. Ali estaria a salvo. Só tinha de conseguir escapar a um Destruídor Estelar. Isto se conseguisse suportar o fedor dos Madrakks. Olhou para trás. Os passageiros estavam sentados, ela segurava a criança. Havia ali um cenário dolorosamente familiar.
Chewie ficou subitamente agitado. Han olhou em frente. Em vez de um Destruídor Estelar, havia três e uma nuvem compacta de caças TIE que voavam na sua direção. Han ativou os escudos e aumentou a velocidade da Falcon. Queria esquivar-se aos caças TIE e impedir que a Falcon fosse puxada por um feixe de tração de um Destruídor Estelar. A Falcon começou a estremecer e várias luzes de aviso apareceram no painel de bordo.
“Não me abandones agora”, suplicou ele, acariciando a parede da nave enquanto atravessava a passagem que dava para a zona de passageiros. Uma explosão abanou a nave. O passageiro levantou-se.
“Quero ajudar”, disse.
Han limitou-se a indicar a torre inferior da nave. Depois, subiu para a torre superior e sentou-se aos comandos do canhão. Três caças TIE seguiam a Falcon. Han acertou na primeira depois de duas rajadas de tiros. O passageiro demonstrou a sua perícia, acertando nos outros dois caças com uma rajada única para cada um. Sem tempo para regozijos, uma nova explosão atingiu a Falcon. Mais de vinte caças estavam a persegui-la. Antigamente, Han sabia que não teria hipóteses. Mas tinha reforçado o armamento da Falcon, ajudado por Leia.
“Agora, Chewie. Lança as T-bombs.”, gritou.
Do casco inferior da Falcon saíram dezenas de esferas negras que se espalharam atrás da Falcon. As esferas eram atraídas pelos caças TIE e explodíam ao seu contacto. Han saltou da cadeira e correu pela passagem para o cockpit. Introduziu as coordenadas do salto no hiperespaço e dirigiu a nave para o espaço entre dois Destruídores Estelares. Ativou os excitadores do motor de hiperespaço, a nave estremeceu e depois tudo desapareceu.
O homem subiu da torre inferior e foi ter com eles ao cockpit.
“A sua fama é merecida, Han Solo. Chamo-me Nial Nartano.”
“Não foi a minha fama que nos meteu nesta enrascada – foi a sua.”
“É por uma boa causa, garanto-lhe.”
Han Solo riu.
“A última vez que me dediquei a uma causa ia morrendo.”
“Mas ajudou a acabar com o Império.”
“A minha participação foi mínima.”
Nartano esboçou um ténue sorriso.
“Todas as participações contam.”
“E o que isso interessa agora? O Senado está dividido. A Primeira Ordem ganha força.”
“Sim. Mas há forças escondidas a crescer na Galáxia. A Senadora Leia está certa em continuar a luta. No entanto, a Primeira Ordem é apenas uma face do mal que aí vem. Fugimos deles. Não posso revelar mais pormenores. Só quero viver uma vida simples com a minha família.”
“Para isso não precisava trazer as criaturas mais fedorentas da galáxia…”
O passageiro sorriu.
“São as criaturas mais inofensivas que existem. Se todos fossem assim, não haveriam guerras.”
“Concordo… teríamos todos tombado com o cheiro.”
Solo levantou-se. A bebé tinha acordado e estava rabugenta. A mãe pegava nela ao colo. Depois aproximou-se o pai. A cena era demasiado familiar para Han aguentar. Comeu qualquer coisa na cozinha improvisada da Falcon e encostou-se numa cadeira para tentar descansar. Veio-lhe à memória uma recordação da última conversa que tivera com Luke. Este transmitira-lhe a preocupação que tinha com Ben. O rapaz, que na altura tinha 10 anos, era demasiado rebelde e procurava poder. Ambas as coisas eram contra a natureza dos Jedi. Parecia-se demasiado com o avô e Luke temia não o conseguir controlar no futuro.
3
Han acordou com o Chewie a protestar. Tinha detectado um sinal no exterior da Falcon. Han analisou o sinal. Era um localizador.
“Temos de tirar esta coisa antes que tenhamos companhia”, disse Han, que comandou a nave de forma a sair do hiperespaço. Sentiu imediatamente o embate da Falcon contra um fragmento de asteróide. Nartano entrou no cockpit. Han levantou-se.
“Tenho de ir lá fora”, informou Han, tirando o exo-fato do armário. Vestiu-o e dirigiu-se ao compartimento de descompressão.
“Tenho mesmo um mau pressentimento sobre isto”, murmurou Han enquanto abria a escotilha para o exterior. Saiu e ficou a flutuar no Espaço. Ativou os jatos do fato e distanciou-se do casco da Falcon. Não viu nada de estranho, para além das marcas recentes das explosões que se sobrepunham a outras mais antigas. A nave já tinha sofrido bastante. Passou por baixo do casco e descobriu o que procurava. O localizador era de um modelo que nunca tinha visto. Aparentemente, tecnologia da Primeira Ordem. Usou um alicate para retirar o aparelho que estava cravado no casco da Falcon. Tinha pensado destruí-lo mas, depois, teve uma ideia melhor. Empurrou o localizador até um fragmento de asteróide com cerca de quatro metros de diâmetro e cravou-o lá.
“Isto vai ensiná-los a não meter-se comigo”, pensou Han, esboçando um sorriso que durou pouco tempo. Uma segunda nave saiu do hiperespaço mesmo ao seu lado. Parecia ser ainda mais antiga do que a Falcon e igualmente maltratada. Han sabia reconhecer um caçador de prémios quando via um.
“Chewie, tens companhia. Livra-te dele.”, gritou Han pelo intercomunicador do exo-fato. Depois viu a Falcon afastar-se rapidamente com o atacante a segui-la de perto e disparar sobre ela. A Falcon ripostava, sem usar toda a artilharia. Chewbacca tinha o suficiente bom senso para evitar ferir Han, que continuava agarrado ao pedaço de rocha. Da torre inferior da nave saíam disparos. Um, mais certeiro, atingiu em cheio a nave do caçador de prémios, que se desfez em milhões de fragmentos de metal, alguns deles projectados na direcção de Solo à velocidade de uma bala. Han sentiu primeiro o impacto na barriga, depois uma nuvem de gás que saía de um rasgão no exo-fato, misturada com pequenas esferas vermelhas que ele reconheceu ser sangue. Perdeu os sentidos e começou a flutuar no espaço até ser apanhado pelas mãos experientes de Nartano, que usava o segundo exo-fato.
4
Acordou deitado na mesa. Tana Laa, a esposa de Nial Nartano, observava a ferida de Han com uma experiência evidente.
“A minha esposa tem formação médica. Pode confiar nela.”
Ela falou pela primeira vez: “O Han teve muita sorte. O fragmento metálico falhou por pouco o fígado.”
“Obrigado. O Nial tem treino militar, a sua esposa tem formação em medicina. Nada mau para duas pessoas que querem levar uma vida simples.”
O homem ficou sério.
“Temos os nossos motivos. E é para o bem de todos.”
“É sempre para o bem de todos, mas sou eu que sofro na pele. É a história da minha vida. Chewie, quanto tempo falta para chegarmos a Jakku?”
Chewbacca, aos comandos da Falcon, disse algo de incompreensível. Han tentou levantar-se, mas parecia que pesava o dobro. Nartano ajudou-o.
“Não devia levantar-se. Precisa descansar.”
Han vestiu a camisa. Apareceu uma mancha vermelha no lugar da ferida.
“Já estive pior. Estou farto dos vossos segredos. Prefiro contrabandear armas para os Hutt. É mais seguro. Quero deixar-vos no vosso destino, receber o meu dinheiro e partir. Gostava de esquecer esta viagem, se bem que acho que nunca vou conseguir tirar o cheiro dos Madrakks do meu corpo, por mais banhos que tome…”
“Só lhe interessa o dinheiro na vida, Han?”
Han fitou o vazio. Imaginou ver Leia e o Ben.
“Não. Mas quando me interesso por mais alguma coisa fico sempre a perder. Já tive uma família. Agora estou sozinho.”
Chewie protestou ruidosamente.
“Desculpa, Chewie…”
“Então percebe a minha luta. Eu quero o melhor para a minha família, que está ameaçada por forças muito maiores do que a Primeira Ordem.”
Jakku apareceu em frente. O droid deu sinal de vida, projetando um holograma de um mapa, tal como tinha feito em Csilla. A diferença é que em Jakku não havia forças da Primeira Ordem a bloquear o acesso. A Falcon deu um solavanco mais pronunciado e acenderam-se várias luzes no painel de instrumentos. O motor estava a um passo de colapsar. Han seguiu o mapa até uma pequena aldeia e aterrou a Falcon.
“É aqui”, confirmou Nartano, espreitando para o exterior.
O droid abriu um compartimento no seu corpo metálico, mostrando uma caixa.
“É o resto do seu pagamento. Já nos pode esquecer.”, disse Nartano.
A mulher estava com a filha ao colo, que sorria para Han.
“A Rey gosta de si. As crianças sabem quando conhecem boas pessoas, Han. Nunca perca a esperança de ser feliz, por maiores que sejam as feridas.”
Han sorriu. Tirou uma pulseira e deu-a a Tana Laa.
“Era do meu filho. É para a sua filha.”
Tana Laa agradeceu e mostrou-a à bebé, que começou a brincar com ela.
Descarregaram os Madrakks com a ajuda dos cinco agricultores que festejavam efusivamente a chegada deles. Nial Nartano e Tana Laa acenavam. Han despediu-se de uma forma evasiva, como era seu hábito. Levantou a rampa e elevou a Falcon.
“Abre as escotilhas, Chewie. Vamos ver se conseguimos tirar daqui o mau cheiro.”
Han dirigiu a Falcon até uma zona montanhosa. Foi lá que se ouviu um estrondo e Han só teve tempo de acionar os motores auxiliares para conseguir pousar a nave em segurança.
5
Depois de perder algumas horas à volta do motor, Han deu-se por vencido: precisava de peças. Deixou o Chewbacca a guardar a Falcon e tirou a speeder que roubara de um depósito de armas abandonado pelo Império depois da batalha de Jakku. Montou na speeder e ligou-a. Depois, deslizou por cima do solo a grande velocidade em direcção à cidade mais próxima. Sendo um planeta de sucateiros, deveria encontrar rapidamente o que procurava, e não se enganava. Regressou quando o sol forte de Jakku estava já muito próximo da linha de horizonte. A planar atrás da sua moto voadora estava uma caixa com um regularizador de fluxo. Queria reparar o motor e desaparecer, mas não foi isso que aconteceu: em vez da Falcon guardada por Chewbacca, encontrou apenas Chewbacca no chão, aos berros. Han não demorou muito tempo para perceber o que tinha acontecido: a Falcon tinha sido roubada.
Soltou Chewie, que não se conseguia perdoar por ter caído tão facilmente na armadilha.
“Acalma-te. Agora não há nada a fazer… temos de arranjar outra nave e procurar a Falcon. Também já estava a precisar de ser substituída. Se eu apanho o tipo que fez isto não se vai ficar a rir com a proeza. Tem a cabeça a prémio. Agora é a minha vez.”
Chewie soltou um longo uivo de dor. Depois montou atrás de Han na speeder e partiram para Ka-moon, a cidade mais próxima.
Parabéns! Uma saga cheia de ritmo e aventura.
O conto narra mais uma aventura do maior mercenário da galáxia de Star Wars. Han Solo recebe uma proposta de transportar um bando de criaturas estranhas, casal e um bebê. Sem saber que esse ato iria desencadear em um perigo grande e seria o início de uma grande e importante história.
Gosto do conto. Consegue manter bem os elementos da saga original. A ideia da história também é muito boa.
Gosto também da revelação de um elemento importante, no final.
Teve bons usos de referências da obra original.
Porém, a linguagem me pareceu culta e rebuscada demais, ainda mais se tratando do personagem de Han Solo, e isso por vezes me incomodou.
🗒 Resumo: o conto mostra como Han Solo e Chewbacca perderam a Millenium Falcon em Jakku uns anos antes do episódio VII: estavam carregando a Rey, cujos pais eram procurados por toda a galáxia.
📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): o ponto forte do texto é caracterização do Han Solo. Ele ficou muito bem personificado no texto, irônico, mas com toda a carga emocional do relacionamento com Leia e o filho Ben. O relacionamento dele com Chewie também ficou bem legal, com o Wookiee sendo tratado sempre com desleixo pelos outros. Gostei da introdução e de como os acontecimentos foram descritos. Até deu dó ao lembrar como estragaram essa história da Rey nos episódios seguinte 😦
O conto tem, porém, dois problemas:
1) Ele depende de um conhecimento dos personagens e do mundo. Eu sou consumidor do universo Star Wars e entendi tudo, mas acho que quem não conhece, vai sofrer um pouco para entender todas as referências.
2) No fundo ele não conta muita coisa. É uma aventura episódica do contrabandista. Explica como ele perdeu a Falcon e como Rey foi parar em Jakku, mas não diz muito mais que isso. Não explica quem são os pais de Rey, por exemplo. É uma trama que nem os filmes resolvem. Parece o primeiro capítulo de uma história maior e não um conto fechado com começo, meio e fim.
▪ Han ativou os escudos e aumentou a velocidade da Falcon. (Nesse momento, eu tinha entendido que eles estavam na nave de transporte e não na Falcon)
📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): olha, gosto do tema e estava empolgado para ler o texto desde que o vi, mas preciso confessar que me decepcionei um pouco nos primeiros parágrafos com a gramática utilizada: muito simples e com uns errinhos que incomodavam ou truncavam a leitura. Em algum momento, porém, eu percebi que se tratava de um autor lusitano e parei de anotar aquilo que considerava errado. Ficam aqui, então, as anotações que fiz e utilize-a conforme desejar:
▪ uma das *mais pequenas* (menores) cidades de Numidian Prime
▪ coberto de pêlo (pelo; esse acento a última reforma ortográfica removeu)
▪ *Pára* (Para) de reclamar (outro acento assassinado pela reforma)
▪ A mim também não *me* agrada isto. (“A mim isso também não me agrada” ficaria menos ambígua e truncada, ou mesmo “Isso também não me agrada”)
▪ Nos primeiros tempos *vírgula* tinham sido felizes
▪ A difícil decisão tinha sido tomada no momento em que Ben mostrara sinais mais do que evidentes de possuir a Força, (…), que pela primeira vez na sua vida tinha algo a que podia chamar de família. (Muita informação para uma frase só; seria melhor dividir em duas ou três)
▪ Solo aproximou-se *dela e ela* ligou-o (a sonoridade dessas palavras tão próximas deve ser evitada, bastava “Solo aproximou-se e ela ligou-o”)
🎯 Tema (⭐⭐): fanfic de Star Wars.
💡 Criatividade (⭐⭐▫): dentro do possível, consegue misturar os personagens conhecidos com uma trama nova (nem que seja só um punhado dela).
🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫): gostei do texto e até fiquei com gosto de “quero mais”. O impacto não foi maior, porém, justamente pela sensação de que era só um trecho de uma trama muito maior.
Han Solo e Chewbacca, após os acontecimentos do Episódio 6, aceitam um trabalho bem remunerado. A missão é levar Madrakks adultos e uma família Jakku. Durante o percurso, Han se lembra de sua família: Ben, seu filho que foi treinar com o tio Luke e Leia. O casamento, sem a criança, acabou. No caminho, eles são perseguidos, mas conseguem terminar o trabalho.
Um desafio de FanFics não seria completo se faltasse um conto sobre Star Wars, né? O conto traduz bem o universo do George Luccas para a literatura. Talvez seria um roteiro mais bem sucedido do que o filme que fizeram para o Han Solo.
Achei a narrativa muito bem construída, tem um bom ritmo e a escrita é objetiva, sem malabarismos. A parte de perseguição entre naves é a que eu menos gosto nos filmes. Mas não seria uma FanFic de Star Wars sem isso.
Não gosto do final aberto. Entendo o conceito (é o episódio seis e meio), mas eu faria uma escolha diferente. Independente disso, é um ótimo conto. Parabéns e boa sorte no desafio!
Olá, Sar-Kaan, cá estou eu às voltas com a sua história. Um fanfic de Guerra nas Estrelas. Interessante isto. Nosso herói é contratado por cinquenta mil créditos, na sua nave velha Falcon para resgatar e transportar para lugar seguro a um homem guerreiro – Nial Nartano, à sua esposa e criancinha, procurada que a família estava, por toda a Galáxia. Junto com os resgatados eles transportam também Madrakks adultos, extremamente fedorentos, como costumavam ser. A fuga, literalmente cinematográfica como haveria de ser, leva-os de novo à segurança. Cumprido o objetivo, eles saem quando a nave colapsa e termina roubada. E lá vão nossos heróis em busca da antiga Falcon… Sar-Kaan, dei umas pesquisadas no oráculo do google para sacar a história, eis que jamais, lamentavelmente, assisti a um dos filmes da série. A história bem contada, com certeza que não alcancei muitas das referências à série que devem existir nela. Achei o final aberto solto demais. A emoção era para se dar apenas na escapada com a carga preciosa? Fato é que achei que o final ficou a dever na história. Creio mesmo que possa haver algo implícito aí que não saquei e, se esse for o caso, peço desculpas. Você lida bem com o nosso idioma. No caso, o português da raiz. Acho que se trata aqui de um companheiro de além mar. Meu abraço e boa sorte, amigo Sar-Kaan.
O conto narra uma aventura de Han Solo e seu amigo Chewbacca que acontece entre o episódio seis e o sete da saga Guerra nas Estrelas.
É um bom conto. Sou pouco familiarizado com os personagens de Guerra nas Estrelas. Eu assisti quase todos, acho. Mas não tenho o fascínio que muitos têm pelos filmes. O autor demonstra segurança narrativa e conhecimento da obra em questão. As cenas de ação foram bem feitas, o uso do humor também foi bem empregado. Boa sorte no desafio.
Han e Leia tiveram um filho e a tradição deles obrigava a que não criassem laços familiares e entregassem esse filho para ser criado por outras pessoas. Ele é contratado por Sar-Kaan para transportar 20 Madrakks adultos de Csilla para Jakku e ganhar 50.000 créditos pela tarefa, o que aceitou e conseguiu, mas no regresso foram atacados e conseguiram sobreviver. Eles refugiaram-se e ele saiu, tendo sido atacado por uma nave caçadora de prémios, a Falcon conseguiu anulá-la, mas Han sofreu ferimentos e recuperou-se graças à ajuda do casal (afinal eram só dois) que resgatara e finalmente entregou-os sãos e salvos, mais a filha a quem ofereceu uma pulseira do seu próprio filho. No regresso a nave sofreu uma avaria e Han saiu para procurar as peças necessárias, deixando Chewie a tomar conta da Falcon, mas quando regressou só Chewie ainda lá estava pois a nave tinha sido roubada. Depois foram-se embora.
Olá, Sar-Kaan, este é a quarta ou quinta vez que tento comentar o seu conto e sempre volto para refazer o comentário, pois não me agrada não poder avaliá-la melhor e, com certeza, como você mereceria, mas não sou capaz; deve ser muito óbvio a, partir do resumo que fiz, que nunca vi os filmes da Star Wars. Imagino que reduzi a história que se empenhou em escrever a uma coisa absolutamente rasa e peço-lhe desculpa por isso, mas para quem, como eu, não conhece um dos maiores sucessos cinematográficos de todos os tempos, é o que fica. Confesso que vi o primeiro filme, lá pela década de 70, quando era uma garota, mas detestei aquilo tudo e nunca mais me dispus nem a olhar, pelo que até o pouco que vi se apagou da memória. A sua história tem um grande mérito: está muitíssimo bem escrita, mas o certo é que descontextualizada, não ganha uma pulsação que lhe permita viver por si só. Obrigada por participar e boa sorte no desafio.
Han Solo, após se separar do filho (que foi treinar para ser um jedi) e Leia (que foi lutar contra a primeira ordem) se vê, novamente, precisando de dinheiro. Aceita uma missão de transporte clandestino que acaba revelando ser dos pais da futura heroína Rey.
O conto tenta preencher lacunas enormes do episódio sete; lacunas que, a meu ver, eram imperdoáveis. Deixar as coisas acontecerem por acaso é sempre um problema em storytelling para mim e você conseguiu não só fazer um encontro entre os pais de Rey e Han Solo, como também justificar o fato da Millenium Falcon estar em Jakku para que Rey tivesse acesso a ela. Não preenche tanto as lacunas assim por quê a premissa ainda é muito improvável: Rey e Finn encontrarem justamente a nave de Solo e conseguirem pilotá-la sabe-se lá como, e encontrá-lo em toda a vastidão do espaço. Mesmo assim, é uma história boa, que traz sentimentos de nostalgia. Você emula muito bem a personalidade de Solo e Chewbakka, a ponto de às vezes me sentir estar assistindo aos atores de verdade.
A escrita é um pouco incômoda. Corrida demais, com muito “explicar”, pouco “mostrar”. Não deu tempo para gerar tensão, suspense ou algo parecido. Não senti medo por Han Solo ou Chewie. Além disso, deu para sacar muito cedo que aqueles eram os pais de Rey.
Ao final, a meu ver, a média do conto ficou positiva.
Resumo de Episódio Seis e Meio- Han Solo e Chewbacca são contratados para resgatar um casal de um planeta e levar para outro. Na saída são atacados por naves inimigas. Conseguindo passar, chegam ao destino, onde deixam o casal, recebem o pagamento e partem. A nave sofre uma pane, Han sai para comprar uma peça de reposição, na volta descobre que a nave foi roubada.
Comentário- O conto é mais um episódio da saga Guerra na Estrelas. O autor usa a ambientação e os personagens da saga. A única coisa diferente é o episódio, uma história simples e parecida com todos os outros episódios. O conto está bem escrito, está no tema, no universo da saga, mas não traz nenhuma novidade em termos de originalidade, algo diferente criado pelo autor. Pegar os personagens, a ambientação de Star Wars e escrever um episódio é fácil. Boa sorte.
RESUMO: Após enviar seu filho para reconstituir a ordem jedi e deixar seu matrimônio fracassado para trás, Han está de volta à vida de contrabando à qual se acostumara antes de ser um herói revolucionário. Bem, ele e seu grande amigo, Chewie. Mas essa missão é diferente, pois transportará pessoas que, descobrirá mais tarde (mais tarde ainda do que esse conto), não são pessoas comuns. Ainda não saberá da importância de sua missão quando sua nave for roubada.
COMENTÁRIO: O conto aproveita personagens já existentes da famosa saga espacial, pretendendo contar uma aventura que se passa entre o desfecho do fim do Império e a ascensão da Primeira Ordem. A ideia é boa e guarda sua surpresa para o final do conto, tirando-a de um lugar comum para conecta-la ao grande esquema das coisas, ao nos mostrar que Han transportava Rey, protagonista das próximas guerras nas estrelas. No entanto, a maior parte da aventura é extremamente lugar comum. Traz algo que tenho criticado em outros contos, que é escrever personagens preexistentes em situações que parecem idênticas àquelas em que estiveram em estórias anteriores. Há agora um filme voltado apenas ao Han Solo, mas, mesmo assim, é de se argumentar que a saga central não tem momentos em que os negócios do contrabandista são o centro da trama. O problema, no entanto, é que tudo, das falas às situações que perpassam essa aventura, é bastante clichê. O mercenário com um coração, seu parceiro caricato e uma missão que parece ser mais do que apenas o dinheiro… E sim, eu sei, os personagens já são esses, mas aí faltou um esforço do próprio autor para dar uma estória que ultrapassasse isso. A conexão com a trilogia seguinte foi um toque esperto, mas ainda insuficiente para emocionar a maior parte da leitura.
Boa sorte!
Resumo: após o episódio VI, Han Solo e Chewbacca retomam a vida de mercenários. O problema é que Han agora tem um passado, com Leia e o filho, entregue para treinamento com os Jedi. Entre preocupações com o herdeiro e a necessidade de cumprir suas próprias missões, precisa levar um casal e um bando de seres fedorentos de um ponto para outro da galáxia, enquanto é perseguido e atacado.
Impressões: é um conto que navega bem no universo de Star Wars, fazendo bom uso dos personagens. Consegue emular bem as características de cada um, fazendo ao mesmo tempo um exercício interessante com a personalidade deles. Não sou um fã inveterado da série, mas posso dizer que conheço bem os protagonistas, de modo que para mim tudo se encaixou muito bem. O problema — que não chega a ser assim um problema — é que a história não cativa. Apesar das preocupações do Han como o filho, tudo soa distante. Não há um ato de sacrifício, uma fuga do lugar comum. Lá está o Han sarcástico e o Chewie grunhindo, mas nada muito além disso. Até houve um momento em que me interessei mais, quando se revela o temor que o menino sucumba ao lado negro da Força, mas não houve avanço além disso. Como peça de entretenimento, o conto se sai bem, está bem escrito e se amolda satisfatoriamente ao universo SW. Só não me cativou. De todo modo, parabéns e boa sorte no desafio.
Nota: 3,0
O gigante coberto de pêlo entra em satkeel com o seu amigo guerreiro. Ele é habitante de outra galaxia que precisam urgentemente de uma nave. Luke e Leia formam o casal. Entregam seu bebe para outros, pois assim era o destino das crianças que ali nasciam. bebe se torna um heroi , leva a nave para outra galáxia , a Csilla , caindo o heroi em uma armadilha, perde a relíquia da familia. Narrativa cansativa sem um clímax bem marcado e sem acontecimentos surpreendentes, trazendo apenas mais uma história no universo dos jedi. Nota 30.
Aventuras de Han Solo e Chewbacca, de Guerra nas Estrelas.
Não sei na verdade o que comentar além do fato de que o texto é muito bem escrito. Sim, tecnicamente é perfeito, escrito à moda lusitana – temos um português no grupo? Interessante! Mas se é criativo, se a história tem grandes inovações em relação à obra de referência, não sei, pois não tenho nenhuma familiaridade com ela.
É um bom conto, muito bem redigido e imagino que deva ser bem interessante para os aficionados da saga. Ou para os aficcionados! 😉
O conto disserta sobre pós Endor, na visão do autor que Han se separou de Leia, após Ben, seu filho de 3 anos, ser entregue a Luke para o treino na Força. Essa separação de sua esposa e filho levou Han Solo e Chewie a retornar, de certa forma, á sua vida anterior aos eventos de Star Wars IV, V e VI. No entanto, Han estava mudado,, marcado pela saudade de sua família.
Nessa fanfic, mostra Han e Chewie sendo pagos para transportarem um grupo de Madrakks adultos de Csilla para Jakku. Na viagem, sofrem um ataque, aparentemente da Primeira Ordem.
É um recorte, na visão do autor, da vida de Han antes do episódio VII, o Despertar da Força. Há familiaridade com o universo star wars, o que detona ser um fã muito carinhoso com a saga. Procura expôr, sob as ações, o psicológico de Han Solo. Um bom conto.