EntreContos

Detox Literário.

Take it Easy (Evelyn Postali)

Sentada sobre a mala no terminal de embarque da pequena Winslow, mergulhada em lembranças, Nora Woods culpava-se por ter sido tão ingênua. Como perdera o controle de sua vida? Como deixara o coração comandar as ações, apontar-lhe as direções? Como o doutorado em Biotecnologia Ambiental deixara a cegueira dispor na balança os pesos imprecisos do amor?

— Maldição! — praguejou em voz baixa; levantou e caminhou de um lado para outro, com olhos marejados.

O atraso do ônibus apenas aumentava a angústia. Precisava sair daquele lugar. Fugir! Sim. Ela precisava fugir. Fugir do homem que amava, daquele pelo qual se apaixonara por completo e pelo qual fora acusada injustamente. Seguir em frente, esquecer, porque, apesar de provar estar ao lado de Paul, apesar de colocar em risco a carreira por causa dele, assim mesmo a acusou e a escorraçou de sua vida.

— Desgraçado — os lábios mal se moviam, mas o coração galopava, sem rédeas, sem freio, naquele deserto de cidade, num final de tarde melancólico. O céu, carregado de nuvens cinza, contrastando com o escarlate do horizonte, prometia chuva.

Não importava. Voltaria para a rotina de trabalho e, com sorte, em algumas semanas, talvez um mês, estaria mergulhada em mais uma pesquisa, envolvida em mais uma investigação. Esquecer aquele amor seria a grande meta; seu grande desafio.

Absorta, mal viu o ônibus ao longe, aproximar-se. Seu olhar enxergava apenas um borrão de tom laranja mesclando-se ao cenário meio-árido.

Nessa hora, os primeiro pingos bateram contra sua face, marcaram, aos poucos, a jaqueta de linho bege.

— Ótimo! — balbuciou contrariada. — Tudo o que preciso agora é ficar molhada. — Levantou-se e arrumou a bolsa ao ombro e cruzou os braços. Não se deu por conta das lágrimas escapando, correndo sem freio pelo rosto e colocou-se mais próxima do ponto de embarque.

A chuva intensificou, mas permaneceu imóvel.

 

Entre passeios e jantares, encontros fortuitos e ligações, estar com Paul tornava os dias mais leves. Seu tempo em Winslow, porém, terminava, assim como a avaliação final, isentando a mineradora nas denúncias de poluição ambiental.

— Não me diga que não quer.

—Eu quero.

Ele aproximou-se e a beijou, colocando-a em uma situação nova. Até então, a carreira tomara parte de sua vida e os relacionamentos despencaram para o último patamar do desejo, mas a bem da verdade? Conter aquele sentimento estava longe do querer e ela entregou-se ao momento.

— Tem certeza?

Ousado, ele separou-se de seus lábios e tomou-a pela cintura, puxando-a para perto, beijando-a novamente, deslizando a boca para o pescoço, invadindo um universo preservado para poucos. Com mãos ágeis, buscou os botões da blusa, soltando-os das casas, expondo o peito nu, tocando os seios pequenos.

— Tenho.

Nora gemeu e ele afastou-se, segurando suas mãos, convidando-a para despi-lo também. Analisou-o por um tempo breve e, determinado e carinhoso, entendeu a hesitação momentânea, o nervosismo, e enlaçou-a e conduziu-a para a poltrona, sentando-se e puxando-a para seu colo. Posicionando-se confortável, Surpreendeu-se consigo mesma, com a excitação crescente, com o desejo explodindo abrasador, e desabotoou a camisa lentamente. Um a um os botões abriam-se despertando um desejo latente.

Inclinou-se, aproximando-se. Primeiro beijou-lhe os lábios, depois a face. Deixou a fragrância discreta da loção invadir o olfato. Roçou os lábios no pescoço, deixando-se envolver pelo aroma cálido da pele do homem pelo qual, sabia, conquistara seu coração. Sentiu-se explodir quando as mãos fortes tomaram os seios. Tateou o peito de Paul percebendo a textura e o retesamento muscular. E então, tomada de coragem e desejo, desafivelou o cinto das calças, desabotoou-as e puxou para baixo o zíper.

 

John Cameron, vestido no costumeiro paletó cinza, jogou as pastas sobre a mesa diante do seleto grupo de pesquisadores de sua equipe. Não era a toa que chegara onde estava: proprietário e pesquisador chefe da BioTec, entusiasta das questões ambientais, da sustentabilidade e produção alimentar saudável, e vigilante das ações de degradação da natureza, sustentava contratos exclusivos com o Governo como órgão fiscalizador naquela região. Ele, à frente das pesquisas, acima de qualquer contrato, empreendia uma luta ferrenha ao analisar denúncias sobre grandes indústrias e corporações cujas ações infringiam as leis de preservação e proteção ambientais, degradando e provocando impactos negativos junto às comunidades menores às quais se instalavam. Também por isso, os contratos nos quais mergulhava tinham muito mais a ver com trabalho filantrópico do que remuneração justa.

— Deem uma olhada nas denúncias. Leiam com atenção. Gravem a imagem do sujeito — sentou-se e esperou todos abrirem as pastas. — Quero tudo o que puder ser levantado da empresa. Precisamos juntar informações concretas e confiáveis. Temos trabalho a fazer e pouco tempo até nosso investigado conseguir o segundo alvará de funcionamento — soltou uma baforada de desassossego e prosseguiu: — Nora, você vai até Winslow, coleta material dos rios próximos da empresa, conversa com as pessoas. É uma localidade pequena. Não vai ser difícil conhecer quem é quem.

— Sim, senhor.

— Faça relatórios diários e mande a coleta pelo serviço expresso. Todos os dias.

— Entendido.

Well, I’m a standin’ on a corner in Winslow, Arizona… — o colega brincou cantando. — Tire uma foto na Corner Park¹, mas não se aproxime muito da cratera do meteoro². Não queremos ficar sem você por aqui.

— Você é uma gracinha, Tom. Pode ficar tranquilo. Não vou me perder por lá.

 

Well, I’m a standing on a corner in Winslow, Arizona and such a fine sight to see.. O barulho das rodas deslizando no piso brilhante e o pensamento na música do Eagles³ distraiu-a a ponto de não perceber o carrinho vindo em sentido contrário pelo corredor do supermercado – o maior da região, mas modesto, se comparado àquele frequentado na capital, cujos corredores transformavam-se em labirintos de mercadorias coloridas e de tamanha variedade que a escolha tornava-se difícil. Beterrabas, alface, pacote de arroz, sal e outros mantimentos estremeceram com o choque, juntamente com seu corpo.

— Perdão!

Primeira palavra pronunciada; parte da educação formal recebida. Porém, o baque do metal passou longe do impacto causado pelo olhar castanho esverdeado, emoldurado pelo tom negro dos cílios do sujeito parado à sua frente. De uma altura invejável, cuja tez de tom claro acentuava o contraste com os cabelos negros, sorriu simpático, sinalizando um ‘tudo bem’ com um leve balançar de cabeça.

— Deve estar acostumada com os supermercados da cidade grande, com corredores maiores e mais largos.

— É tão óbvio?

— Não temos muitas pessoas ‘de fora’ na cidade.

— Você deve ser um bom observador. A cidade não é tão pequena assim. Muito prazer — estendeu a mão. — Sou Nora Woods.

Ele abriu um sorriso e ela não conteve o furor a subir e esquentar seu pescoço, avermelhando a face. Pelos céus e terras, sentia o chão faltar e não era por ter criado asas!  Retribuiu o sorriso, sem jeito, baixando a cabeça, tentando esconder o constrangimento.

— Paul Evans. O prazer é todo meu.

Imediatamente, Nora deu-se por conta quem parava diante de si. Paul Evans! Dono da mineradora e alvo das investigações da BioTec. Titular de grandes áreas próximas à reservas e suspeito da degradação dos córregos ao norte da pequena Winslow.

— Então, Nora Woods, o que a traz para cá?

— Férias — engoliu a mentira a seco porque a verdade estava fora de cogitação. O calor, antes sentido, deu lugar a um tremor leve e involuntário. A possibilidade de ser descoberta envolveu-a de súbito e embranqueceu.

— E escolheu o isolamento, porque a cidade não oferece muito que fazer além de dias sossegados e silenciosos. 

— É do que eu preciso.

— Só posso lhe desejar uma ótima estadia, Srta. Woods.

Ela agradeceu e seguiu em direção à saída, mas já fora fisgada: carregava consigo o olhar e o tom de voz daquele homem charmoso “poluidor astuto e inconsequente, com sua mineradora mortal”, completou mentalmente na tentativa de dissipar o encanto sofrido, mas já era tarde.

 

O Café, longe do centro, oferecia uma variedade de doces e salgados feitos pelo dono. As bebidas quentes servidas, chás e cafés, não ofereciam grande variedade, mas no espaço restante, longe do balcão de pedidos e da pequena cozinha, as delicadas mesas redondas se dispunham acompanhadas de duas, três e quatro cadeiras e faziam um convite irrecusável. Uma grande janela lateral mostrava a paisagem característica da região, sendo impossível não querer sentar e contemplar.

Pela segunda vez, escolhera fazer o lanche do final da tarde ali, em um sossego ainda maior oferecido pelo lugar.

— Eu sugiro o pastel de nata. — Nora virou-se para se certificar: Paul Evans. — E um dos meus favoritos: mocha.

— Aceitarei a sugestão.

— Por minha conta, Nino — e virou-se para ela. — Se me permitir acompanhá-la à mesa.

— É claro.

A mesa mais próxima da janela serviu para a conversa prolongar-se até o final da tarde, onde as cores do ocaso transformavam o céu em rosas e lilases discretos. Entre histórias reais do cotidiano e relatos disfarçados do trabalho por Nora, e explicações do funcionamento da mineradora e lembranças da infância em Winslow por Paul, um convite para um passeio pela empresa abriu a possibilidade não só de conhecer o homem que a fazia encantar-se, mas, também, de avaliar com mais precisão o trabalho da mineradora sem expor-se como ambientalista ou, no mais perigoso termo diante da situação, como inimiga declarada da exploração e degradação ambiental.

 

A incursão pela mineradora, a convite de Paul, naquela quarta feira, fora uma aula de como um pequeno empreendimento tornou-se, aos poucos, uma das empresas mais produtivas na região e de como os investimentos em preservação ambiental e sustentabilidade apontavam para o esvaziamento das denúncias feitas à BioTec.

Nora conheceu a pequena usina de força. Em funcionamento ininterrupto, para gerar a energia necessária para manter os sistemas de refrigeração, onde ventiladores enormes faziam o ar circular, assim como mantinham em operação constante as esteiras e máquinas de perfuração.

— Coloque o capacete. Você é minha responsabilidade — Paul olhou-a com atenção, enquanto ela ajustava o item à cabeça.

— Estou surpresa com tudo o que vejo.

— As minas são minha vida. Apesar de minhas roupas de empresário, não se engane. Eu trabalhei muito tempo aqui dentro. Sei como o trabalho é duro e perigoso. Procuro manter o pessoal sempre alinhado com o que é certo. Não quero acidentes.

— E pelo que vejo, tudo anda conforme o dono quer.

— Venha — apontou a direção. — Vou lhe mostrar 

Nora pode ver os moinhos em funcionamento, girando e conduzindo o material retirado do solo. Conheceu alguns funcionários ao longo do percurso e as instalações do escritório.

Saiu da visita encantada com a organização e o cuidado. Para ela, uma bióloga totalmente centrada nas questões ambientais, as questões legislativas, normativas, técnicas, bem como as questões referentes à preservação dos recursos naturais e a destinação dos resíduos produzidos pela mineradora.

— Algumas pratas por seu pensamento.

Surpresa e sem jeito, não se dera por conta de que ele estacionara diante do hotel.

— Então, devo presumir que já sabe que a convidarei para jantar e que terminaremos a noite bebendo um bom vinho.

 

Saiu cedo para uma corrida e para pensar em como dizer a Paul sobre sua real função naquela cidade. Contar a verdade. Depois da noite de amor que tivera viu-se como um judas. Estivera omitindo a identidade para o homem que conquistara seu coração. Entrou no quarto do hotel depois do café da manhã e deparou-se com Paul sentado à mesa próxima da janela. Ele segurava aberta uma das pastas que ela esquecera sobre a mesa.

— C-como entrou aqui? — A gagueira sutil e o tremor na voz evidenciaram a surpresa. Sequer conseguiu disfarçar e o semblante tornou-se um misto de apreensão e agonia. É uma localidade pequena. Não vai ser difícil saber quem é quem. As palavras do chefe vieram à tona. Deu-se por conta de ter esquecido o laptop aberto, com o relatório final incompleto, juntamente com os arquivos da BioTec referentes a ele e à mineradora. Que droga!

— Você sabe… Cidade pequena. Favores cobrados…

Ele levantou-se devagar e jogou o papel que segurava em cima das pastas.

— Não é o que está pensando. — Fechou a porta sem pressa. Talvez ganhar um tempo ajudaria a se acalmar e encontrar as palavras certas para desfazer aquilo que parecia inevitável.

— E o que você acha que eu estou pensando?

— Esse relatório que estou escrevendo isenta você das denúncias, mas isso não é mais importante do que o que eu sinto por você.

— Até porque você pode constatar na visita que minha mineradora tem tudo regularizado, não é? — ironizou e sequer ouvira o restante da frase. — Está tudo dentro da lei. Você já pode voltar para Phoenix.

— É o meu trabalho, Paul. Eu não podia…

— O seu trabalho é envolver o cliente e arrancar todas as informações possíveis para John Cameron ganhar reconhecimento. Eu entendi essa parte.

— Conhece John Cameron? — Nora aproximou-se mal contendo o nervosismo. Apesar do logo da BioTec nas pastas e relatórios, o nome John Cameron não constava nos papéis. — Sabia quem eu era desde o início?

— Eu não nasci ontem, Nora. Não passei esses vinte anos da minha vida brincando de caçador de prata. Estruturei minhas propriedades de acordo com a lei e quando algum desafeto meu denuncia as minas, meus amigos costumam avisar.

— Você sabia quem eu era…

O mundo tomava, ali, outra forma, outra cor, outra vibração. Um emaranhado de coisa ruim.  Nora embarcara em uma cilada desde o início e, apesar de ter omitido sobre a pesquisa, apaixonara-se por Paul, e entregara-se completamente. A paixão era verdadeira. Não poderia dizer o mesmo dele. Eis que à sua frente estava alguém inescrupuloso.

— Você mentiu!

— E você não? Aproximou-se de mim, mostrou-se simpática, educada, romântica. Foi pra cama comigo e para quê? Para me envolver nessa história e buscar uma promoção? Mostar seu bom trabalho para o chefe?

— Eu não menti sobre o que eu sinto!

— Não? — passou por ela sem perder-se do olhar. Viu-o abrir a porta e sair sem dizer mais nada.

 

A chuva caia mais intensa quando o veículo estacionou abrindo a porta dianteira. Nora voltou-se para trás, para uma última olhada. O que você está esperando? Que ele venha correndo como nos romances? Ralhou consigo mesma e entrou com a pequena mala, sentando-se numa das últimas poltronas, do lado esquerdo, próxima à janela, resistindo à decisão de mover seus pensamentos para Paul. 

Enquanto o ônibus partia, observava a paisagem por entre as gotículas de chuva presas ao vidro, escorrendo tranquilas cada vez mais intensas. A pequena Winslow ficaria para trás, assim como a lembrança do homem que a conquistara e, ao mesmo tempo, jogara para o algo a felicidade que, mesmo negando, ela procurava o tempo todo.

(…)Take it easy, take it easy

Don’t let the sound of your own

Wheels make you crazy

Come on baby, don’t say maybe

I gotta know if your sweet love is

Gonna save me(…)³

 

  1. Standin’ on the Corner – estátua em bronze feita por Ron Adamson, na esquina da Avenida Kinsley com a antiga Rota 66, em Winslow, Arizona.
  2. Cratera de Barringer, perto de Winslow, Arizona.
  3. Eagles. “Take it Easy”. Jackson Browne/Glenn Fray. 1972
  4. Imagem da capa: Love Seat, de Daniel Del Orfano. Óleo sobre tela.
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22 comentários em “Take it Easy (Evelyn Postali)

  1. Elisabeth Lorena Alves
    16 de setembro de 2019

    Evelyn, olá
    Vim ler de novo.
    Não consegui comentar antes de abrir autoria.
    Mas vou pontuar o ápice de seu Conto: o cara sabia o tempo todo quem ela era e por isso fez a canalhice de contar aquela lorota toda de comprometimento com o funcionário e com a Natureza. O interessante é que você colocou isso de forma bem clara e no fim. E há algo legal no seu texto que é a idéia de que em cidade pequena todo mundo se conhece e se deve um favor.
    Nasci em São Paulo e fui criada em um bairro dormitório com alma de cidade do interior e sempre rimos dos “de fora”. Os forasteiros chegavam cheios de histórias, mas o serviço nada secreto das praças, portões e esquinas já sabem até a árvore genealógica, não há segredos que se esconda entre receber o verdureiro e o leiteiro que atravessa o bairro com suas vacas. Se sabe do enterro ao casamento entre a compra de coentro e de pano de pratos.
    Quando ela é descoberta, em sua narrativa, não é só o mundo dela que gira, porque eu estava lá com ela. Deu muita raiva da invasão. Ah, propósito, detestei ele de cara…
    Contar histórias com flashback tem sua beleza e seu prejuízo, assim, levei alguns segundos para captar a mudança de realidade para o tempo de memória recente. Não chega ser ruim, porque eu acreditei o tempo toda em Nora.
    Muito bom, Parabéns!
    Abraços,
    Elisabeth

  2. Jowilton Amaral da Costa
    15 de setembro de 2019

    O conto narra a história de Nora Woods, uma bióloga que trabalha com questões ambientalistas e que é mandada pelo seu chefe para uma outra cidade para investigar uma mineradora por poluição do meio-ambiente. Ela acaba conhecendo, se envolvendo e se apaixonando pelo dono da mineradora.

    Gostei do conto. A narrativa é muito bem feita, percebe-se que é de alguém que experiente na escrita. Os diálogos são muito bons. De cara eu saquei que o encontro com o Paul não havia sido por acaso, deu para sentir que ele sabia que era.ela. Por isso a trama não impactou tanto, mas, a escrita sim. Imaginei que no fim tudo se acertaria como numa comédia romântica, mas não aconteceu.Seria um clichezão, no entanto, acho que o conto pedia isso, um final feliz bem clichê. Boa sorte no desafio.

  3. Ana Carolina Machado
    15 de setembro de 2019

    Oiiii. Um conto sobre uma mulher chamada Nora que em uma viagem a trabalho conhece o sedutor Paul e se envolve com ele mesmo sabendo que ela é a investigadora e ele o dono da mineradora investigado. Uma história de amor que não poderia terminar bem e realmente não terminou. No fim Nora saiu da cidade com o coração partido por sentir que tinha perdido a felicidade que nem sabia que procurava. Foi interessante a narrativa ter colocado os dois em lados opostos do tabuleiro e o final foi bem realista pois nem sempre tudo termina como nos filmes de comédia romântica ou de romance. Apenas achei que o momento da revelação foi muito rápido, poderia ter sido melhor trabalhado. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  4. M. A. Thompson
    15 de setembro de 2019

    Olá autor(a). Parabéns pelo seu conto.

    TÍTULO: Take it Easy

    GÊNERO:
    [ X ] Sabrinesco (erótico)

    RESUMO: Pesquisadora se envolve com o dono da empresa de mineração sobre a qual ela deveria fazer um relatório.

    ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA: Erro de concordância em “os primeiro pingos bateram”, ausência de crase, dia semana por extenso escrito sem hífen, “mostar” no lugar de “mostrar”,

    O QUE ACHEI DA HISTÓRIA:
    Um conto bem escrito e causou estranhamento os deslizes com a língua portuguesa pois, a autora (ou autor?) demonstra conhecer a arte de escrever.
    É um conto sabrinesco sem grandes emoções que usa a fórmula do caçador que se apaixona pela caça e é descoberto em suas mentiras.
    Faltou substância e pareceu incompleto. Desde o encontro com o empresário até a despedida as coisas se resolveram aos saltos, sem uma coesão.

    Desejo sorte e torça por mim também. 🙂

    Abçs.

  5. Adauri Jose Santos Santos
    12 de setembro de 2019

    Resumo: Ambientalista é recrutada para investigar, de longe, suposto explorador dono de mineradora no Arizona. Ao chegar ao local, a ambientalista conhece o investigado, transa com ele e se apaixona, mas é descoberta antes de contar a verdade sendo abandonada logo em seguida.
    Considerações: É uma estória interessante e tem um final legal. Em relação ao tema parece fugir um pouco, o conto lembra uma estória policial. Achei que faltou aquela cena de amor mais ardente, porém não sou expert em “sabrinês” para afirmar categoricamente. A escrita é boa, mas tem alguns erros de revisão. Parabéns e boa sorte!

  6. Tiago Volpato
    12 de setembro de 2019

    Resumo:

    Uma mulher com um nome estranhamente familiar e que segundo minhas pesquisas fez uns filmes que nunca ouvi falar, é uma senhorinha que já se foi, é uma nadadora em um colégio norte americano e que aqui é doutora em Biotecnologia Ambiental.
    Ela conhece um sujeito no supermercado, quando seu carrinho bateu no dele. Acontece que o tal rapaz é o dono da mineradora que Nora está investigando por suposto crime ambiental. Ela se envolve carnalmente com ele, escreve um relatório que o isenta de toda a culpa, o cara descobre desse lance oculto dela, fica putaço e basicamente a chama de aproveitadora.
    Ela vai embora e chora na chuva.

    Comentário:

    Texto bem escrito, os personagens foram muito bem trabalhados e a história segue um fluxo bom. Tem tudo pra ser um ótimo texto, mas achei que faltou alguma coisa, apesar de não saber dizer muito bem o que. Acho que pro desafio ele está bem cotado. Pessoalmente achei o texto um pouco comum, não que tenha algo de errado com isso, ele é muito bem escrito, mas não foi um texto que me chamou a atenção. Mas entre os outros textos daqui, eu o coloco entre os 5 melhores, sem dúvida.

  7. Rafael Penha
    12 de setembro de 2019

    RESUMO: Nora viaja para uma cidade remota a mando de seu chefe para investigar e expor uma empresa mineradora por seus crimes ambientais, porém, ela se apaixona pelo dono, e essa confusão se torna difícil para ela até o derradeiro fim.

    COMENTÁRIOS: Uma legítima história de amor, mas com um final não tão feliz. O quesito romântico e erótico estão presentes, caracterizando o conto no tema. Entretanto, o conto passou tempo demais se imiscuindo na parte profissional da protagonista e em aspectos da empresa de Paul, tempo este que poderia ter sido utilizado no desenvolvimento da paixão entre os dois.
    Os personagens são unidimensionais, sem muito aprofundamento. Nora poderia ter sido mais desenvolvida como uma profissional apaixonada, ter sua personalidade mais explicitada. Paul segundo a narrativa, não passou de um empresário inteligente e galante, um estereótipo.
    A narrativa, a meu ver, comete um erro ao trocar as ordens da história, que seria mais impactante se tivesse sido contada de forma linear. Assim, a cena de sexo que geralmente está perto do clímax do conto, perdeu sua força. A história, mesmo não tendo os pontos altos e baixos que prendem o leitor, é bem escrita, conseguindo me manter entretido até o fim, que infelizmente foi sem sal, sem impacto. Se a cena de sexo tivesse sido utilizada no fim, o impacto da separação poderia ter sido maior.
    Um bom conto, muito bem escrito, mas precisa ser revisto nos quesitos de personagem e roteiro .

  8. Luis Guilherme Banzi Florido
    11 de setembro de 2019

    Boa tarde, amigo. Tudo bem?

    Conto número 54 (estou lendo em ordem de postagem)
    Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.

    Vamos lá:

    Resumo: mulher vai para uma cidadezinha investigar uma mineradora, se apaixona pelo dono da mineradora sem revelar sua identidade. No fim, o cara já sabia quem ela era, e ela vai embora apaixonada e magoada.

    Comentário:

    À princípio, eu diria que a história não é muito inovadora. Porém, a forma como você contou, fragmentando o enredo, acabou deixando a leitura bem mais interessante. Vamos por partes.

    Vou começar falando da escrita. Por mais que esteja bem escrito, existem alguns errinhos pequenos de pontuação e revisão, que não comprometem o trabalho. Porém, uma coisa que me incomodou um pouquinho foi que alguns trechos pareceram um pouco longos demais, sem acrescentar muito ao conto.

    Quero dizer, gostei bastante das descrições, que deixaram o conto bem visual. Mas achei que alguns trechos específicos foram um pouco longos. O principal exemplo disso é o parágrafo:

    “John Cameron, vestido no costumeiro paletó cinza, jogou as pastas sobre a mesa diante do seleto grupo de pesquisadores de sua equipe. Não era a toa que chegara onde estava: proprietário e pesquisador chefe da BioTec, entusiasta das questões ambientais, da sustentabilidade e produção alimentar saudável, e vigilante das ações de degradação da natureza, sustentava contratos exclusivos com o Governo como órgão fiscalizador naquela região. Ele, à frente das pesquisas, acima de qualquer contrato, empreendia uma luta ferrenha ao analisar denúncias sobre grandes indústrias e corporações cujas ações infringiam as leis de preservação e proteção ambientais, degradando e provocando impactos negativos junto às comunidades menores às quais se instalavam. Também por isso, os contratos nos quais mergulhava tinham muito mais a ver com trabalho filantrópico do que remuneração justa.”

    Achei esse parágrafo um pouco cansativo, e com infos demais. Talvez quebrá-lo, e otimizar as informções, pudesse ajudar. Mas sei lá, é só uma opinião.

    Sobre o enredo, como falei inicialmente, não chega a ser algo original, mas gostei da construção textual. A quebra temporal funcionou bem, e vamos descobrindo a história e montando o quebra cabeça.

    Achei que a cena do hotel ficou um pouco estranha. Ele já sabia de tudo, então enganou ela, é isso? mas enganou como? Pelo visto, a fábrica já era adaptada corretamente, então, ele não precisava engana-la, né? De outra forma, ele teria que ter deixado tudo correto em um ou dois dias, até a visita dela. E se ele podia ter adaptado a fábrica, pq precisou engana-la? Esse trecho me deixou com essas questões.

    Ainda assim, gostei. Foi um boa história, com um ritmo interessante, resultando numa boa leitura.

    Parabéns e boa sorte!

  9. Gustavo Aquino Dos Reis
    11 de setembro de 2019

    Resumo “Take it Easy”: Nora Woods é funcionaria da Biotech – empresa especializada em questões ambientais. À pedido do chefe John Cameron, ela é enviada até a pequena cidade de Winslow para investigar uma mineradora e, consequentemente, o seu dono. Chegando lá, Nora encontra o seu alvo, Paul Evans. A paixão é imediata. Porém, ambos descobrem as reais intenções um do outro e o relacionamento se fragiliza, prefigurando uma triste despedida.

    Considerações: Em termos de escrita, o trabalho é muito competente. No entanto, pelo menos para mim, achei a história extremamente batida: o velho drama onde a responsabilidade profissional se choca com os laços afetivos. A maneira como o enredo foi conduzido também não me agradou tanto: há idas e vindas que, numa primeira leitura, confundem um pouco o leitor. Sintetizando: gostei da escrita segura, porém achei clichê demais. Faltou inventividade.

  10. Fabio
    11 de setembro de 2019

    Take It Easy

    Resumo: Uma mulher (funcionária de uma empresa de analises) fica incumbida de fazer uma inspeção que poderia deixar a organização avaliada em má situação. Ela acaba conhecendo o dono da empresa, por quem se apaixona e, acabam tendo uma relação. O que ela não sabe é que, o dono da empresa, a usa para conseguir informações, mesmo ela achando que, por acaso, era ela quem o estava fazendo. Ela acaba voltando para sua cidade de origem, relembrando os bons momentos vividos e a possibilidade de ter perdido um grande amor.

    Ponto forte: A relação casual narrada no texto tem boa acolhida. Isso estimula a leitura e me faz desejar continuar.

    Ponto fraco: Parágrafos longos sem a devida pontuação. Ausência de cenas mais picantes para o tema.

    Comentário Geral: O narrador (a) constrói um cenário interessante com base na relação de conflito entre revelar-se ou omitir-se. Essa situação cativa a leitura permitindo que você se mantenha fixo aos acontecimentos seguintes. Me remete a uma cena de filme (do qual não me lembro o nome), mas que tem boa aceitação. A fraqueza está na ausência de um cenário mais picante. Talvez, uma única cena mais envolvente e um final desbravador. Esperava que o amor puder vencer.

  11. Miquéias Dell'Orti
    10 de setembro de 2019

    RESUMO

    Nora Woods, uma doutora em biotecnologia, trabalha em uma empresa que fiscaliza questões ambientais em corporações. Ela é designada para ir até Winslow, uma pequena cidade no Arizona, e coletar material sobre uma mineradora que recebeu denúncias de violações ao meio ambiente.

    Já na cidade, ao passar em um mercado, conhece Paul Evans, um homem bastante charmoso e que chama muito sua atenção. Ao saber seu nome, Nora descobre que o homem é o dono da mineradora que veio investigar. Após um novo encontro dos dois em um café na periferia da cidade, Paul a convida para conhecer a mineradora.

    Atraída por ele e pelas pesquisas que deveria realizar, Nora aceita e faz um tour pela empresa de Paul. Ela se surpreende com as boas instalações e a cuidado que Paul tem para com o meio ambiente e com seus funcionários.

    Depois da visita, Paul a leva até o hotel e eles acabam ficando juntos. No dia seguinte, durante uma corrida matinal, ela decide contar a Paul sobre os reais motivos de sua vinda à cidade, porém ao voltar par ao quarto se depara com Paul que está com a pasta com suas anotações sobre a mineradora em mãos. Ele a coloca contra a parede e confessa que sabia das suas intenções. Nora a chama de mentiroso, eles discutem e, apesar dela estar apaixonada, não há o que fazer. Paul se vai e Nora volta para casa com o coração amargurado.

    MINHA OPINIÃO

    Olá!

    Acho que esse e uma dos poucos contos que li que realmente fazem jus ao que (na minha rasa concepção) seria o gênero sabrinesco. Uma história muito bem estruturada, muito bem contada e com todos os elementos de um romance assim, com o ponto positivo de trazer as cenas mais sensuais sem deixá-las banais.

    O único ponto de atenção é sobre um trecho no meio do conto:

    “Para ela, uma bióloga totalmente centrada nas questões ambientais, as questões legislativas, normativas, técnicas, bem como as questões referentes à preservação dos recursos naturais e a destinação dos resíduos produzidos pela mineradora.
    — Algumas pratas por seu pensamento.
    Surpresa e sem jeito, não se dera por conta de que ele estacionara diante do hotel.”

    Nesse trecho, parece que faltou algo para concluir a ideia do primeiro paragrafo e o dialogo posterior me pareceu meio deslocado, como se uma parte do conto fosse suprimida.

    Acho que é isso.

    No mais, é um ótimo trabalho!

    Parabéns!

  12. jetonon
    10 de setembro de 2019

    Nora uma ambientalista trabalha para a Biotec, uma empresa ambiental ligada ao governo.
    No seu trabalho foi designada a uma mineradora na cidade de Winslow e conhece sem querer o empresário dono da empresa a qual foi designada a fiscalizar, nos bate-bapos tenta esconder a sua ida àquele lugar.
    O empresário muito astuto a tem como amante e ela se entrega aos prazeres.
    Quando descobre que ele sabia da sua ida àquele lugar, percebe que foi muma armação.

    Comentários: O conto tem um enredo bem interessante, foi bem escrito, apesar de alguns erros gramaticais.

  13. Cicero Gilmar lopes
    6 de setembro de 2019

    Resumo: Nora Wood é uma doutora em biotecnologia que trabalha para a Biotec, empresa prestadora de serviços de fiscalização ambiental para o governo. Nora é encarregada de investigar uma mineradora que estaria poluindo o meio ambiente na cidade de Winslow, Arizona. Chegando lá, ela logo se envolve emocionalmente com o dono da mineradora called Paul. Ela se entrega ao galã, antes mesmo de descobrir que as acusações são injustas. Apaixonada, decide se revelar, mas, não tem tempo, é descoberta pelo bonitão que a enxota de sua vida. Sai da cidade ao som de “take it easy” do Eagle.

    Considerações: O (a) autor (a) captou com propriedade o clima do tema proposto, me senti uma dona de casa que após ter servido o almoço, levado as crianças à escola e realizado todas as tarefas do lar, tem agora o seu momento de descanso e na solidão da sala se delicia com a leitura, deixando sua imaginação correr pelos campos de Winslow, Arizona, e consegue até sentir o hálito quente do intrépido Paul a queimar-lhe as faces rubras de desejo incontido.
    Muito bom, parabéns pela criação de toda essa atmosfera. E tenho a certeza que no capítulo 36, Paul e Nora se reconciliam.

  14. Lucas Cassule
    6 de setembro de 2019

    O Texto relata a história de uma investigadora/fiscalizadora ambiental, enviada para uma pequena cidade a fim de descobrir os podres de um exímio empreendedor na área de biotecnologia comprometido com a proteção ambiental no exercício de sua atividade. Nesta aventura, gera um romance intrigante entre ambos e são postos a prova pelas suas profissões.

  15. Jorge Santos
    2 de setembro de 2019

    Resumo:
    Investigadora de crimes ambientais é enviada a uma pequena cidade onde uma empresa de mineração é acusada de poluir o ambiente. Sente-se atraída pelo dono da empresa que no final revela que sabe da sua identidade.
    Comentário:
    Este é um conto bastante actual. Não tem falhas ao nível da linguagem mas só peca por um fraco desenvolvimento. Não chegamos a ver a razão pela qual é tão difícil para Nora abandonar a cidade. O relacionamento dos dois não evoluiu a esse ponto. Acho que o autor ou autora devia ter arriscado mais, só assim conseguiria prender o leitor.

  16. Fernanda Caleffi Barbetta
    30 de agosto de 2019

    O romance do casal não me convenceu, o que não quer dizer que o conto seja ruim, é apenas minha opinião de leitora. Parabéns e boa sorte.

  17. Emanuel Maurin
    26 de agosto de 2019

    Boa tarde!
    Uma mulher sofrendo por perder um relacionamento foi fiscalizar uma mineradora, ela iria fazer uma denúncia, mas abaixou-se pelo dono da empresa depois de uma noite de amor.
    A trama está bem estruturada e não encontrei erros, mas a narrativa que fluía bem no início ficou maçante do meio para o fim.

  18. Vladmir Campos Leão
    21 de agosto de 2019

    Resumo: Doutora em Biotecnologia Ambiental reflete sobre como acabou caindo numa armadilha que a deixou duplamente ferida.

    Impressões: O conto começa com a protagonista no presente, mergulhada em suas lembranças. Esse começo, com ar de fim… já ajuda mostrando quem é a personagem e o efeito que as suas decisões lhe causaram, sem revelar exatamente o que se passou. O que deixa o leitor curioso.
    A partir do 18º parágrafo a história dá mais base para quem a protagonista é, e quais eram as suas motivações.
    No 25º parágrafo a personagem principal está na cidade onde fará suas pesquisas. Lá ela topa com um personagem que deveria ser seu antagonista, e que só mais adiante, no clímax,depois de um intenso envolvimento amoroso e uma surpresa infeliz, é revelado que esta função dramática era na verdade desempenhada pelo chefe da protagonista.
    Os últimos parágrafos são um retorno ao presente, com a Nora (a protagonista) voltando para a sua cidade, de coração ferido e envergonhado por ter sido enganada tanto pelo amor que pensava ter achado, quanto pelo chefe.
    Gostei de não ter visto uma história linear e que apresenta com clareza seus momentos de tensão. A estrutura é maleável e o clímax consegue passar com êxito a sensação de constrangimento de Nora. A vergonha e o nó na garganta dela também podem ser sentidos desde o começo da história. E o fôlego dado pelos momentos de romance ajuda a sair um pouco dessa sensação e dar um equilíbrio para o conto. Não deixando ele só mergulhado em tristeza.
    Não achei pontas soltas ou informações inúteis. É um conto excelente.
    Está de parabéns!

  19. Gustavo Araujo
    20 de agosto de 2019

    Resumo: Nora é uma mulher que trabalha para uma empresa que investiga condutas ambientais pouco louváveis. Quando ela se dirige a Winslow, AZ, para confirmar as suspeitas sobre uma mineradora, acaba conhecendo o dono, Paul, por quem termina se apaixonando. Paul é esperto e, depois de uma noite de amor, acaba desmascarando Nora, que diz a ele que não, não iria denunciá-lo. No fim, ele não quer saber mais dela. Nora toma o ônibus de volta Phoenix.

    Impressões: é um conto sabrinesco raiz, desses em que uma mulher aparentemente confiante acaba sucumbindo a um romance e traindo seus próprios princípios. Gostei da ausência de linearidade, com as cenas se sobrepondo feito quebra-cabeças, para o leitor montar a história. É um método muito eficaz para incentivar a leitura e que funciona tanto melhor quanto melhor for a escrita (caso que se vê aqui). Curti também a menção direta à música do Eagles e a maneira como ela influencia no desenvolvimento da trama. Isso explica a opção pela ambientação do conto no Arizona. Não gostei muito dos diálogos, porém – me pareceram um tanto teatrais, mas isso se deve, talvez, à atmosfera de romance-de-banca evidentemente escolhida pelo(a) autor(a).

    Confesso que fiquei um tanto decepcionado com a atitude de Nora, entregando-se a uma paixão de ocasião, inclusive se dispondo a trair seus parceiros da BioTec. Mas, se fiquei com raiva dela, que se revelou uma mulher fraca, isso se deve à perícia de quem escreveu o conto. Creio que nada é pior do que um texto que nada desperta no leitor. Se conduz à raiva ou à admiração, está ótimo. O desprezo, a indiferença, é que deve ser evitada e isso, como eu disse, não ocorreu aqui. Nora é alguém que temos vontade de dar uma sacudida e dizer: acorda!

    Enfim, um bom conto. Parabéns e boa sorte no desafio.

  20. Luciana Merley
    19 de agosto de 2019

    Uma biotecnóloga viaja a uma cidade pequena do Arizona para uma averiguação de possíveis irregularidades ambientais e acaba por apaixonar-se pelo dono da empresa fiscalizada.

    Gramática – Algumas pontuações extras e fora de lugar que tornaram o texto mais pedregoso no início. Ex (“Absorta, mal viu o ônibus ao longe, aproximar-se.”) E (“mas a bem da verdade?”)

    Sobre o texto
    – Um belo e legítimo sabrinesco, escrito com muita inteligência, com linguagem fluída e nada vulgar (surpreendeu-me o cuidado com as palavras na cena mais íntima, sem uso de palavrões eróticos e sem perder o calor da cena).
    – A forma como você dispôs o texto, do ápice do conflito às partes introdutórias, pareceu-me satisfatória, sem entregar tudo e sem deixar pontos em branco.
    – O uso da referência musical e dos lugares deram um charme bem especial no texto.

    Gostei muito, parabéns. Um abraço.

  21. Vanessa Honorato
    18 de agosto de 2019

    Olá. Primeiro conto sabrinesco que leio do desafio e acabou “não feliz”, o que foi uma surpresa, já que não me lembro de ler nenhum sabrinesco que não tinha um final doce e feliz, hahaha. Não sei se isso é bom ou ruim. Nora Woods, que até então mostrou-se uma excelente profissional, colocando o trabalho sempre à frente de seus amores, encanta-se justamente com Paul, o cara que deveria investigar. Apaixonada, ela não se dá conta de que ele já sabia quem ela era. Fica-nos a dúvida: ele somente a usou para benefício de sua própria empresa? Ou será que também se apaixonou? Um conto leve, com uma pitada de erotismo, mas sem um final meloso de Sabrina. A música deu um ar gostoso ao conto, além de ligar ao título, bem legal.
    Valeu a leitura!
    Abraços.

  22. Claudinei Novais
    16 de agosto de 2019

    RESUMO: Nora Woods foi para a pequena cidade de Winslow a fim de fazer um relatório sobre a mineradora altamente poluente. Acontece que ela acabou se apaixonando por Paul Evans, proprietário da mineradora. Ela só não imaginava que Paul sabia desde o início que era ela e o que ela estava fazendo ali. Após uma noite de prazer, Paul entrou na sala onde Nora fazia o relatório sobre sua mineradora e contou a ela que sabia de tudo. Nora foi embora da cidade, triste e chateada, pois, embora tivesse mentido para Paul, o amor que ela sentia por ele era verdadeiro.

    CONSIDERAÇÕES: Tive a impressão de estar lendo o resumo de um livro. Não encontrei elementos sabrinescos, nem mesmo romântico. Uma pena. Embora não tenha percebido erros gramaticais, achei um excesso de adjetivos, o que torna a leitura um pouco cansativa e não agregando muito à descrição da cena. Quanto à fluidez da narrativa, achei que poderia ser um pouco mais elaborada, fazendo a cena posterior permanecer ligada à cena passada. Mas um bom conto.

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Publicado às 1 de agosto de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 3, R3 - Série C e marcado .
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