Luiza acordou irritada naquele dia. Havia mais de um mês que o marido não a procurava para um momento íntimo e ela não sabia mais o que fazer a fim de despertar o interesse sexual dele. Ela precisava ser amada, desejada, possuída outra vez, mas ele a evitava.
Ela era uma mulher jovem, os hormônios saindo pelos poros e um calor inextinguível abaixo do umbigo. Caio, às vésperas de completar trinta anos, estava naquela idade em que a maioria dos homens janta esperando o sexo como sobremesa. Ele, no entanto, preferia deslizar a língua em uma bola de sorvete ao invés de explorar com a língua o corpo da mulher. E essa indiferença já estava afetando a autoestima de Luiza.
Alguns homens fariam de tudo para se deitar com ela, por que o marido a evitava? Teria alguma sirigaita fora do casamento? Estaria com problemas no trabalho? Ou será que ele estava gostando da mesma fruta que ela? Eram muitas as possibilidades, e Luiza já não sabia o que pensar. Os dedos delgados de sua mão feminina não supriam as suas necessidades fisiológicas e nem lhe ofereciam o prazer desejado. No entanto, haviam se tornado seus únicos amantes nas últimas semanas.
Depois do café da manhã ela foi até a varanda e procurou espairecer a cabeça ocupando-se com as plantas. O jardim do terraço era uma espécie de refúgio aonde Luiza costumava ir sempre que precisava se esquecer de algum pensamento perturbador. Podou a samambaia, completou o vaso de orquídea com um punhado de substrato e, então, se apoiou sobre o parapeito da varanda a fim de observar o movimento das pessoas que caminhavam pela rua. Nada incomum. Uma senhorinha subiu a rua puxando pela coleira um poodle encardido, uma mulher de pernas finas e tronco largo arrastando uma criança birrenta pelas mãos, um homem de bigode tingido com uma bolsa de couro debaixo do sovaco. Ela já estava desistindo de olhar a rua, quando uma van amarela despertou sua atenção.
O motorista diminuiu a velocidade e estacionou em frente à casa. Olhou para o número fixado no portão e novamente para a prancheta que segurava. Então, desceu da van. Luiza ajeitou a mecha de cabelo atrás da orelha e desamassou uma ruga imaginária na blusinha de viscose que usava.
“Moça, tem uma entrega aqui pra vocês.” Disse o homem, com um sorriso largo no rosto.
Antes de responder Luiza deu uma breve analisada no homem. Peitoral largo e coxas grossas dentro da calça azul. Pensamentos dos mais diversos provocados pelo jejum sexual despertaram-lhe o instinto naquele instante, aquecendo-lhe a virilha. Ela passou a mão pela testa e procurou se lembrar do marido. Talvez a imagem de Caio afugentasse os pensamentos perversos que surgiram. Em vão. Lembrou-se apenas das pernas arqueadas, do traseiro que não enchia as calças, do peito reto e do sorriso frio do marido.
“Já vou, moço. Já estou descendo.”
E desceu rápido os degraus da escada, quase correndo. Quando abriu o portão e se aproximou do entregador, sentiu um calor mais intenso subindo da virilha e se alastrando por entre os seios. De perto o sujeito pareceu mais atraente do que ela havia julgado enquanto o observava da varanda.
Apanhou o comprovante de entrega da mão do sujeito e fingiu estar lendo, antes de assinar, o que lhe rendeu uns segundos extras para avaliar o corpo dele. O homem se abanou com a mão e esse gesto foi a deixa que ela esperava.
“Hoje o sol tá de rachar coco! Aceita um suco gelado?”
O entregador sorriu e agradeceu, explicando que havia acabado de beber um copo de suco na entrega anterior.
“Se eu beber mais líquido, vou precisar ir ao banheiro e, quando se trabalha na rua, fica complicado. Sabe como é, nem sempre há banheiro por perto.” Justificou ele.
Luiza assentiu com a cabeça e ficou observando o entregador enquanto ele se afastava. Ela não pretendia trair o marido e nem de longe havia passado algo semelhante em sua cabeça, mas “olhar não é traição”, justificou em pensamento.
A encomenda era para o marido, algo comprado pelo Mercado Livre, e ela não se interessou em abrir. Colocou o pacote sobre o aparador na entrada da casa e voltou para as plantas da varanda.
Ela estava podando o limoeiro no vaso quando viu um homem de camisa amarela e bermuda cargo azul subir a rua. Desta vez era o carteiro. Ela parou a poda do pé de limão e se debruçou sobre o parapeito outra vez. O carteiro não lhe pareceu tão atraente quanto o entregador da van amarela, mas ainda assim despertou sua atenção. A carência advinda da rejeição do marido estava levando-a a sentir atração até pelo vizinho corcunda, que dirá por aquele carteiro alto e coxas grossas. Ela suspirou fundo observando aquele homem. Nesse instante o vento soprou com mais intensidade e revelou o peitoral forte e desenvolvido sob o tecido fino da camisa, despertando ainda mais os desejos de Luiza.
“Boa tarde, moça!” Cumprimentou ele com um sorriso simpático no rosto. “Vou deixar uma carta aqui na caixinha.”
Carta? Quem mandaria cartas hoje em dia? No máximo alguma correspondência de banco ou comunicado da Serasa.
“Só um minutinho, moço. Já estou descendo.”
Luiza desceu as escadas em passos rápidos, como se fosse a correspondência mais importante de sua vida. Isso não era traição, era apenas a necessidade de um contato mais próximo com um homem, coisa que o marido há tempos vinha lhe negando.
Ela segurou o envelope sem puxá-lo das mãos do carteiro e fitou-o por uns instantes. O sorriso largo e simpático, e o perfume almiscarado que exalava com o calor, fizeram a mulher entrar em uma espécie de êxtase momentâneo. Após soltar a carta, ele pressionou os lábios, despediu-se com a cabeça e atravessou a rua a fim de entregar correspondência na vizinha da frente. Ela ficou parada no portão observando-o por trás. A cada passo que ele dava, a panturrilha se contraia e os músculo da região se tornavam evidentes em meio aos pelos dourados. Ela balançou a cabeça com o intuito de dissipar os pensamentos lascivos que insistiam em apresentar-se, mas seu desejo falou mais alto e, mesmo sem saber ao certo o que dizer, ela o chamou de volta.
“Moço! Moço! Posso fazer uma pergunta?”
Ele arregalou os olhos verdes sob as grossas sobrancelhas de pelos claros e assentiu com a cabeça. Depois olhou para os lados e atravessou a rua novamente.
“Pois não!” Respondeu o carteiro ao se aproximar.
Com a libido exalando pelos poros, os bicos dos seios entumecidos e o calor que sentia na região abaixo do umbigo, Luiza perguntou se ele aceitava um copo de suco gelado. A voz estava trêmula e a entonação um tanto insegura. O carteiro já estava acostumado com esse tipo de cantada feito por mulheres solitárias e soltou um sorriso safado com o canto da boca.
“Não precisa oferecer duas vezes, moça!” Assegurou ele. “Daria de tudo pra beber um suco gelado e relaxar um pouco.”
Luiza sentiu suas pernas tremerem nesse instante. A voz dele era pausada e máscula, e ela o imaginou sussurrando palavras safadas em ao pé do ouvido. Instintivamente ela o mirou dos pés à cabeça e observou cada parte do corpo daquele homem. Ele também estava disposto a um momento de loucura, era evidente. Bastava apenas ela ser um pouco mais invasiva.
Ele a mirou por uns instantes nos olhos e em seguida explorou cada parte do corpo da mulher com o olhar. Os peitos dela pareciam vivos sob a blusa fina de viscose, com os bicos apontando em sua direção, como mãos de beatas apontando aos céus, rogando por um pouco de prazer. Ele soltou um suspiro e mordiscou o lábio inferior ao imaginar a aréola rosada daqueles seios jovens e safados. Baixou um pouco mais o olhar e os deteve nas panturrilhas, imaginando como seriam as coxas daquela mulher. Depois olhou para os lados e coçou a nuca exibindo a bíceps desenvolvida.
“Posso acompanhar você até lá em cima, se quiser”, ele ofereceu. “Assim, não vai precisar descer novamente apenas pra trazer o suco.”
Ela ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha e lançou o olhar ao redor a fim de ver se estava sendo observada por algum vizinho.
“Claro! Claro! Vamos entrando… e… pode subir despreocupado, porque não tenho cachorro no quintal.”
Luiza subiu as escadas segurando o corrimão. Com as pernas visivelmente trêmulas, ela ainda não havia imaginado o que fazer após servir o suco ao carteiro. Ela havia feito o convite e o homem aceitou sem cerimônia, mas o que fazer agora? Enquanto o marido trabalhava, ela estava ali com outro homem, dentro de sua casa, dando asas aos pensamentos mais perversos. Isso não parecia certo. O carteiro, por outro lado, sabia o que fazer. Luiza não era a primeira e nem a última mulher a lhe oferecer suco gelado com intenções além da mera gentileza.
Ele colocou a bolsa de cartas sobre a pia, sentou-se com as pernas abertas e cruzou as mãos atrás da nuca. Ela foi até a geladeira, inclinou-se um pouco para a frente e apanhou a jarra de suco na parte de baixo da geladeira. O carteiro aproveitou o momento para apreciar as curvas da mulher. Cintura fina e um traseiro redondo, carnudo, ansioso por um momento de luxúria eventual com um desconhecido.
Antes que ela levantasse o corpo novamente, ele se aproximou por trás e a segurou pela cintura, encostando seu membro volumoso naquele belo par de nádegas. Luiza soltou um gemido nesse instante e se desvencilhou da ousadia do carteiro.
“Você está louco?!” Gritou ela. “Quem lhe deu esta ousadia?”
Ele a agarrou pelos cotovelos, sorriu safado com o canto da boca e assentiu com a cabeça.
“Nós dois sabemos o que queremos, moça. Você não me chamou aqui apenas pra servir um copo de suco gelado.”
Luiza o fitou assustada, imaginando qual seria a próxima atitude. O carteiro a puxou pelos braços, a segurou pelos ombros com firmeza e encostou a boca no pescoço dela, roçando a barba farta em sua nuca arrepiada, desarmando-a de qualquer receio.
Caio foi o primeiro homem na vida de Luiza e até aquele momento era o único homem a tocar seu corpo, e ela não sabia o que fazer naquele momento. De fato, não era sua intenção ter o corpo maculado por outro homem, mas a rejeição do marido a havia conduzido àquela situação. E ela não podia se culpar. Se Caio não tivesse deixado de amá-la, ela não teria a necessidade de se entregar a outro homem. O culpado da situação era Caio, não ela.
Sem saber como agir, apenas deixou os braços soltos e esperou o carteiro dar sequência ao que havia iniciado. Um misto de excitação e medo tomou conta de si naquele instante, e, à medida em que se entregava ao entregador de cartas, seus desejos mais obscuros vinham à tona.
O carteiro deslizou a língua em seu pescoço e começou a sussurrar safadezas em seus ouvidos, fazendo-a sentir-se desejada e atraída por aquele homem que a possuía.
Num movimento inusitado jamais realizado pelo marido, o carteiro se ajoelhou em sua frente e se despiu da blusa amarela, exibindo o peitoral malhado. Ele levantou a saia dela e puxou a lingerie de renda com os dentes, levando-a à loucura. Luiza apoiou as mãos sobre a mesa atrás de si e fechou os olhos enquanto o carteiro explorava sua virilha com a língua. Caio jamais a havia amado com tanta intensidade e ela queria aproveitar ao máximo aquele momento. Vagarosamente o carteiro se levantou, deslizando a barba até o pescoço dela novamente e depois colocou a mão sobre a cabeça dela, conduzindo sua boca trêmula até o peitoral másculo dele.
Luiza já não estava aguentando de tanto prazer. Caio se limitava e segurá-la por trás, deslizava as mãos pelo ventre dela e, depois de se satisfazer, se virava para o canto da cama e dormia. O carteiro, por outro lado, parecia se sentir excitado ao vê-la tendo prazer, e os gemidos que ela soltava deixava o homem ainda mais ensandecido.
Ao mesmo tempo em que Luzia explorava o peitoral do carteiro com a língua, ela desceu a mão até o botão da bermuda e o soltou. Depois abriu o zíper e deixou a bermuda cair ao chão, descendo, em seguida, a língua pelo caminho da felicidade do homem até encontrar o membro rígido sob a cueca Calvin Klein branca. Esfregou o rosto com tesão sobre o membro do carteiro como jamais havia feito com o marido e baixou a cueca dele. Luiza já estava chegando ao clímax do prazer, quando o carteiro a segurou pela cintura, debruçou-a sobre a mesa e a possuiu como jamais ela havia sido possuída.
Nesse instante Luiza não queria mais saber do marido metódico ou do casamento imaculado. Queria apenas ser desejada, ser possuída por aquele homem, ser amada na acepção mais ampla da palavra. E ele a fez se sentir mulher novamente, deixando-a plena e com uma sensação de felicidade que há tempos ela não sentia.
Quando o carteiro foi embora, agradeceu a hospitalidade e prometeu que voltaria sempre que houvesse cartas a entregar. Luiza retribuiu a gentileza, afirmando que sempre haveria suco gelado à sua espera.
De noite, ao chegar em casa, Caio encontrou a mulher com evidente satisfação, preparando o jantar e assobiando à beira do fogão. Ele se aproximou sorrateiro e a segurou pela cintura, beijou sua nuca e enfiou a mão por baixo da saia dela. Mas, Luiza se desvencilhou do marido. Desculpou-se que precisava terminar o jantar e que não estava com cabeça para outra coisa naquele instante. E ela não estava mentindo. Seus pensamentos estavam ocupados com as carícias do entregador de prazeres, e imaginando qual suco lhe ofereceria da próxima vez. Ela não precisava mais depender das migalhas do amor do marido. Agora ela sabia como era ser desejada, sabia como era ser amada por um homem de verdade. E sabia o que era se entregar ao prazer, desprovida de preocupações ou pudores.
O conto narra a história de Luíza, uma mulher que está na “seca”, por conta do marido não a procurar há mais de um mês. Luíza então, com a libido saindo pelos poros começa a flertar com outros homens, até chegar “as vias de fato” com o carteiro garanhão. .
Achei o conto médio. A trama é típica de filme pornô, tocando nas fantasias femininas, com um tiquinho a mais de história. As cenas de sexo foram bem feitas ao meu ver, no entanto, o conto não tem muita substância, digamos assim, tudo se volta para chegar nas partes mais quentes. Além do mais, na minha opinião, um pouco mais de um mês sem sexo, não é para deixar ninguém tão desesperado como Luíza estava. É isso, para mim, enfraqueceu um pouco a história, por não me soar verossímil numa situação de casamento Boa sorte no desafio.
Olá autor(a). Parabéns pelo seu conto.
TÍTULO: O Entregador de Prazeres
GÊNERO:
[ X ] Sabrinesco (erótico)
RESUMO: Mulher mal amada se envolve com o carteiro.
ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA: Não encontrei.
O QUE ACHEI DA HISTÓRIA:
Muito simples. Uma mulher mal amada trai o marido com o carteiro. Bem escrito, mas não tem mais do que isso. Nada de novo no front.
Desejo sorte e torça por mim também. 🙂
Abçs.
Entendo o que diz e agradeço por suas observações.
” O narrador mostra, por conta-gotas, como o desejo insatisfeito está tirando o eixo de Luiza. A narrativa se firma de forma gradual e aos poucos ela deixa de ser a esposa para se transformar na mulher com hormônios em guerra. A ansiedade está bem situada nas ações irrequietas no jardim da varanda: “procurou espairecer a cabeça ocupando-se com as plantas.”; “O jardim do terraço era uma espécie de refúgio …” Podar samambaia, cuidar, completar o vaso da orquídea, cuidar do limoeiro são atividades antiestresse , porém mostram a verdadeira necessidade da mulher – um gol de placa do autor! – Já que estamos trabalhando com essa possibilidade.
O foco narrativo é bem executado e esse narrador permissivo, que justifica a traição de forma velada e constante é muito interessante, o típico advogado do diabo.
A Linguagem é explícita, quase sempre sem ser vulgar, carnal: “sexo como sobremesa;” “Ele, no entanto, preferia deslizar a língua em uma bola de sorvete ao invés de explorar com a língua o corpo da mulher.”; “Os dedos delgados de sua mão feminina … haviam se tornado seus únicos amantes nas últimas semanas.
A forma como o narrador mostra o desejo aflorado é muito intensa, assim como a execução final do ato sexual.
O Conto é erótico, quase pornográfico e por isso mesmo justifica a antecipação que suaviza o texto e as intenções da mulher, sem perder o sentido. Há alguns equívocos, não sei se do autor ou do narrador e estão ligados ao comportamento sexual do casal oficial. O narrador diz que Caio é ritualístico, metódico, previsível, mas antes afirma que ela tem desejo de ser “possuída outra vez” e como ela só teve o marido por parceiro, logo, em algum momento a relação foi prazerosa. E essa percepção está posta claramente mais adiante: “E ele a fez se sentir mulher novamente, deixando-a plena e com uma sensação de felicidade que há tempos ela não sentia.”
Na verdade parece que o narrador protege Luiza, por isso enfraquece o marido, fundamentando a justificativa que deveria ser só dela: Caio é o responsável pela traição da mulher. O marido não é bom no ato, não é desejável, basta olhar a descrição do pobre homem: “pernas arqueadas, traseiro que não enchia as calças, peito reto e sorriso frio (…) e nem carinhoso, já que a evita. Justificativa dela mesmo está em um único parágrafo: “Caio foi o primeiro homem na vida de Luiza e até aquele momento era o único homem a tocar seu corpo, e ela não sabia o que fazer naquele momento. (…) a rejeição do marido a havia conduzido àquela situação. E ela não podia se culpar. Se Caio não tivesse deixado de amá-la, ela não teria a necessidade de se entregar a outro homem. O culpado da situação era Caio, não ela.”
A traição é feita nos mínimos detalhes, sem que o narrador, que a pormenoriza, tenha como esconder do leitor: a aproximação; a desculpa para estar juntos mais tempo; o cuidado de não ser vista pelos vizinhos, a aceitação do convite para próximos encontros eventuais – “prometeu que voltaria sempre que houvesse cartas a entregar. Luiza retribuiu a gentileza, afirmando que sempre haveria suco gelado à sua espera.”. Tudo vai sendo premeditado enquanto acontece, como uma dança, um jogo talvez.
A princípio ela – ou o narrador usurpando o pensamento dela – se justifica: “não era traição, era apenas a necessidade de um contato mais próximo com um homem”, proximidade que já não tinha com o marido. Mas a tentação ou melhor, a necessidade é maior que os pudores e a mulher dá o primeiro passo quando vê o objeto de sua possível satisfação se afastar, o corpo dele se torna um ímã e ela quebra todas as barreiras, chamando o homem para sua teia. É quando ela vai tramando e executando seus passos. E conquistar o carteiro já experiente nessas atividades fica fácil, porque há a disponibilidade dele que reconhece o interesse contido no convite não tão inocente. Aqui, quando o corpo dela dá os sinais exatos e necessários para a investida do recém chegado, podemos perceber que ela está obedecendo seus instintos. O desejo vem/vinha de sua necessidade fisiológica e não está condicionado a alguém específico. Ela não deseja o carteiro, o alvo dela é o prazer e há muito tempo está se preparando para desfrutá-lo, tentou de tudo com o marido: “ela não sabia mais o que fazer a fim de despertar o interesse sexual dele”. A traição é uma consequência de sua necessidade física e de sua auto-estima, tentar seduzir alguém de fora da relação é só uma consequência de sua dor, do sentimento de inferioridade em relação ao marido insosso.
Assim, quando o carteiro chega, os sinais estão evidentes: Os seios túrgidos, evidenciados já na roupa, suspiros e descontrole dos lábios; os passos trôpegos, o desequilíbrio necessário para romper a dúvida entre realizar o que deseja (sexo) e a lealdade ao marido. O ato se completa bem descrito, o narrador o tempo todo justifica com frases do tipo: “como nunca fez”, “como Caio não fazia”, “com receio”, até que as comportas internas da personagem se rompem: “seus desejos mais obscuros vinham à tona.”, então o próprio narrador perde espaço: “Nesse instante Luiza não queria mais saber do marido metódico ou do casamento imaculado. Queria apenas ser desejada, ser possuída por aquele homem, ser amada na acepção mais ampla da palavra. E ele a fez se sentir mulher novamente, deixando-a plena e com uma sensação de felicidade que há tempos ela não sentia.” Ou seja, perdeu, playboy – e não estou me referindo ao marido sem sal.
Acabou! Não há mais volta e ela se entrega de vez, exausta e pronta para ser saciada.
Para a Psicologia Luiza está apenas resolvendo sua situação, fugindo de uma mesmice matrimonial, afinal, por todo o caminho feito pelo narrador, dá para entrever nas linhas sobrepostas de desculpas e justificativas que a traição começou em sua insatisfação pessoal, “como um modo de evasão da vida cotidiana, da areia movediça dos hábitos e das frustrações de cada dia” (PASINI, 2010,p.11).
De resto, há uma junção perfeita entre sagrado e profano quando o narrador cria uma metáfora falando dos seios da mulher sob a roupa: “como mãos de beatas apontando aos céus, rogando por um pouco de prazer.”
Há alguns excessos na narrativa que incomoda a leitura: “O carteiro deslizou a língua em seu pescoço e começou a sussurrar safadezas em seus ouvidos, fazendo-a sentir-se desejada e atraída por aquele homem que a possuía”. A frase teria mais força sem o complemento por “aquele homem que a possuía”. Peitoral másculo ficou muito próximo do “tufo de pelos” do Conto da série A, “O Buquê jamais recebido”, uma escorregada sexagenaria aqui, em “O Entregador de prazeres”. O vocábulo “safado” poderia ser substituído em todas as vezes que aparece por algo mais sútil, o texto é bom, vale o esforço da mudança. E também seria interessante substituir peito por seios, seria mais condizente com o resto da narrativa.
OQuanto a negar-se ao sexo com marido, provavelmente isso não aconteceria. Mulheres apagam evidências e ela já estava diferente, por isso foi notada – como fêmea – pelo companheiro real e sem graça. Analisando esse momento da narrativa fica a dúvida: Ou o autor não é casado e nunca foi traído ou engana muito bem já que nega ao pobre Caio uma noite de prazer com a fogosa traidora. É notório que uma mulher que teve uma boa experiência fora do relacionamento vai repeti-la em casa. Isso porque ela não tem ligação sentimental com o outro – ainda, afinal, Luiza pretendia oferecer outro suco ao carteiro…
Parabéns pelo texto e sucesso no Desafio.
Referência. PASINI, Willy. Amores infiéis: Psicologia da traição. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
Elisabeth, agradeço muitíssimo pelo comentário! Você analisou de forma profunda e entendeu/interpretou o que intencionava passar. Não conseguirei responder à altura de seu comentário, mas saiba que sou grato por ter disposto de seu tempo e fazer tais observações!
Resumo: Mulher carente, depois de passar um mês sem a atenção do marido acaba se entregando a um momento de prazer em sua própria casa com um carteiro.
Considerações: Estória simples. Pelo menos não fugiu do tema. Apesar de eu não ser expert em sabrinesco, achei uma estória sem muita potência para prender o leitor, tem um ritmo bom, mas não tem nenhuma surpresa ou algo de excepcional. Não vi erros de revisão. Boa sorte!
Oiiii. Um conto sobre uma mulher chamada Luiza que se sentia desprezada pelo marido e que se redescobriu ao se entregar para um carteiro. No começo descobrimos que ela anda tendo problemas no casamento, o marido não a procura mais como antes e isso a incomoda profundamente. Devido a isso, aos desejos e outras coisas, ela oferece um copo de suco gelado para o carteiro já mal intencionada e ele não pensa duas vezes em aceitar o convite. Os dois se amam profundamente e Luiza sente algo mudar dentro dela, de noite o marido vem querendo alguma coisa, mas ela se coloca no controle e diz que não quer mais o que ela considera migalhas. Um conto muito bem construído principalmente no quesito as motivações da Luiza e o porque dela ter se entregado a um estranho, pois temos a sensação que todo o desprezo do marido foram se juntando em um desejo que ela não conseguiu suprimir. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.
Ana Carolina, obrigado pelo comentário. Você conseguiu captar a mensagem que queria passar.
RESUMO – Luiza anda frustrada pela falta de desejo e procura de seu marido e se vê desejando outros homens pela vizinhança, até que um sedutor entregador aparece e compreende o seu jogo. O homem sabe como seduzir a mulher, que frustrada, se deixa levar pela luxúria e transam.
COMENTÁRIO: Mais um bom representante do tema Sabrinesco. Um tanto sem sentimentos, portanto eu diria que está mais para erótico.
O conto é muito bem descrito e a narrativa flui fácil. A autora não faz um malabarismo e palavras complexas, tampouco é simplista, atingindo um excelente meio termo. As descrições sãoem dados momentos certeiras, como: “o traseiro que não enchia as calças” ou “ aréola rosada daqueles seios jovens e safados” entretanto, peca em outros pontos ao fazer muitas repetições sobre “ peito largo” ou “coxas grossas”, mas nada que realmente incomode. A descrição também é eficaz a ponto de transparecer o desejo que Luiza sente e incuti-lo no leitor, fazendo-o se identificar e mergulhar na trama, que é deveras simplista.
A personagem Luiza é bem trabalhada e é interessante estar em seu lugar. Sua certeza e indecisão simultâneas são um excelente combustível de interessa para a trama e a autora soube ocultar bem como seria o desfecho, eu por exemplo duvidei que ela se entregaria, apesar de haver um spoiler imenso no próprio título do conto.
Fora a minha opinião de que o gênero sabrinesco é mais do que simplesmente tesão, luxúria e sexo, oque são as coisas narradas neste conto e o fato da história não ser nada original, não há como negar que o enredo é bem conduzido, a escrita é muito agradável e precisa e a trama e personagens interessantes de se acompanhar. Um ótimo conto.
Grande abraço!
Rafael, agradeço pelo comentário e fico muito feliz com seu feedback. Abraço!
O Entregador de Prazeres
Resumo: Luiza é uma mulher que sofre com a indiferença ocasionada pelo marido. O casamento não vai bem, ele não a procura como ela deseja. Isso acaba gerando um grande problema para Luiza devido a sua necessidade de prazer. Jovem e com a libido exacerbada, Luiza acaba pensando em como satisfazer suas necessidades carnais. Ao conhecer um entregador que deixou um pacote em sua casa ela sente um forte e intenso desejo. Após alguns acontecimentos eles finalmente se encontram. Numa relação de muito prazer ela parece ter uma das melhores transas da sua vida. Embora ate este momento ela tenha sido fiel, ela percebe que seu prazer com o entregador tem maior valor que o seu casamento fracassado.
Ponto Forte: Tem pegada. Tem pontos comuns de uma vida muito, muito real. Os detalhes com as questões simples me remetem a fatos verdadeiros. Por ex: Entrega de uma encomenda do mercado livre. Um casamento que passa por problemas devido a ausência de interesse de uma das partes. O desejo por pessoas que fazem parte de cenas reais do dia a dia.
Ponto Fraco: Luiza devia ter mandado este homem (marido) de merd….a conchunchina. Srsrs…Não há pontos fracos. O texto é excelente.
Critica Geral: Se não estiver no top dez desta 3ª fase de contos, ouso dizer, que não souberam apreciar os detalhes. Parabéns ao criador (a) deste conto. Excelente. Por falar de um casamento cheio de problemas me fez pensar muito no meu conto que tem um enredo bem parecido.
Meu caro Fábio! Fico lisonjeado e envaidecido por suas palavras! Agradeço de coração pelo feedback e por ter gostado do meu conto. Forte abraço!
RESUMO
Luíza passa por problemas no casamento e o sexo já não ocorre com a frequência que ela gostaria. Em meio às dúvidas quanto a ausência do esposo, ela passa os dias tentando se aliviar como pode.
Em um dia, acaba flertando com um entregador, oferecendo um pouco de suco, mas deixa passar.
Logo depois um carteiro aparece e ela faz a mesma tentativa, dessa vez com sucesso. Dentro da casa, eles flertam mais e o homem toma a iniciativa. À princípio Luíza o rejeita, mas depois cede ao prazer e ele transam.
Depois do ato, ele se despede dizendo que voltaria quando houvesse mais cartas e ela volta à sua vida corriqueira, mas diferente agora, pois não sente mais que depende do marido para se sentir desejada e satisfeita.
MINHA OPINIÃO
Um texto muito bem escrito. É uma história que, com meu raso (com raso, quero dizer nulo) conhecimento sobre “sabrinesco”, é o que mais tem a ver com e gênero dos que li até agora.
Gostei da técnica, sua escrita é direta, fluida, todas as palavras no lugar certo na hora certa. Sem erros aparentes.
Sobre a trama, confesso que não sou muito fã, então não consigo dizer muita coisa, rs. Mas posso colocar que gostei da atitude da protagonista, que apesar de parecer hesitante, toma as iniciativas para mudar sua situação e acaba tendo sucesso no final.
Creio que seja isso.
Parabéns pelo trabalho!
Miquéias, agradeço pelo feedback. Mesmo não tenho subido de categoria, percebo que atingi meu objetivo, levando o que intencionava ao leitor. Obrigado!
A mulher deixa de ser procurada sexualmente pelo seu marido.
Sedenta de prazer se entrega ao carteiro que a faz chegar ao ápice do orgasmo como nunca.
Resumo “O Entregador de Prazeres”: Luiza e o seu marido Caio já não fazem mais sexo como antigamente. Luiza está um poço de vontade, anseia pelo toque e, cotidianamente, se masturba. Um dia, ao quedar-se na varanda para cuidar das plantas, vê um carteiro atraente. Convida o homem para tomar um suco e, como era de se esperar, o sexo entre os dois se realiza.
Considerações: Esmeradamente bem escrito. Cada frase, cada escolha de palavras. Tecnicamente é perfeito. Porém, é excessivamente clichê. Eu entendo que a proposta do Desafio, se a escolha fosse voltada ao sabrinesco, teriam contos com esse tipo de enredo; no entanto, o trabalho perde muito com a falta de originalidade. Basicamente é a história da mulher insatisfeita que supre suas necessidades com um carteiro. Tecnicamente o conto é dez, em termos de enredo e originalidade deixa muito a desejar.
Gustavo, obrigado pelas observações e fico lisonjeado com suas palavras. Talvez se tivesse fugido do clichê tivesse conseguido uma pontuação melhor, então só tenho a agradecer por essa observação.
Seu conto fala sobre uma mulher que foi evitada pelo marido, que ficou fascinada pelo carteiro. Ofereceu um suco ao homem e o convidou para entrar. Ela e o carteiro namoraram. A noite quando o marido voltou, ele a via sorrir, e procurou-a para ter relação. Ela não quis namorar o marido.
Achei sua trama fraca. Não encontrei erros. Sua narrativa flui bem e é de fácil entendimento e até achei que você foi bem ao levar a trama ao clímax, o que na minha opinião é o mais difícil.
Resumo: Mulher insatisfeita sexualmente com o marido frio e sem o vigor que deveria ter, acaba praticando adultério com um carteiro bonitão. Enquanto as oportunidades de fornicar lhe passam numa bandeja de prata servida pelo acaso, esta mulher ainda precisa enfrentar a perseguição em sua mente de algum tipo de moral (possivelmente cristã) que a faz se questionar se deve ou não gozar de uma oportunidade para sair da infelicidade.
Comentários: É uma história que consegue ser erótica sem ser vulgar.
Há algumas redundâncias como dizer que as mãos da mulher são “femininas” e o peito do carteiro é “másculo”.
E o quinto parágrafo tem uma informação faltando. Nele o leitor não entende quando foi a primeira vez que o carteiro olhou para a prancheta. Então por que escrever: “Olhou para o número fixado no portão e NOVAMENTE para a prancheta que segurava.”?
Mas fora isso, o conto é bem sucedido em sua proposta.
Parabéns!
Vladmir, obrigado pelas observações. Quanto às redundâncias, entendo que algumas mulher têm mãos de ogro e nada femininas, e que alguns homens têm peitoral liso, sem nenhum traço de masculinidade, nem um pouco “másculo”, mas acho que entendi o que você quis dizer. Obrigado!
Resumo: mulher cujo casamento se encontra numa fase de resfriamento sucumbe aos desejos de transar com outros homens, no caso, um carteiro.
Impressões: Conto sabrinesco raiz. Se se tratasse de uma lição de casa teria nota dez, porque o(a) autor(a) faz exatamente o que manda a fórmula: a mulher quase rejeitada pelo marido e que termina cedendo aos apelos de sua própria libido, deixando-se levar por uma aventura sexual – pelo jeito a primeira de muitas. Há diversas variações desse tipo de enredo, com o encanador, o vendedor de enciclopédias, o bombeiro e por aí vai. Ou seja, não é um enredo que prima pela originalidade, mas aferra-se a um esquema narrativo já visto muitas vezes. Sim, está bem escrito, com ótima escolha de palavras; demais disso, o jogo de sedução foi bem conduzido e desenvolvido, com a mulher cedendo aos poucos, ora em dúvida, ora desejando tudo aquilo. O problema, como eu disse, foi a falta de ousadia quanto à história em si. Vale dizer, está de acordo com o tema proposto pelo desafio, mas nada mais do que isso. Por se tratar de um(a) autor(a) de evidente talento, fico aqui na torcida para que da próxima vez os clichês sejam deixados de lado. De todo modo, parabenizo-o(a) pela coragem em participar deste certame e em dar a cara a tapa. Boa sorte!
Gustavo, muito obrigado por suas observações. Você desceu do Olimpo e veio até mundo dos reles mortais, fez suas observações, apontou os pontos positivos e os pontos negativos, e só tenho a agradecer. Vou ficar mais atento a essas questões e procurar me lapidar mais no próximo conto. Muito obrigado! Abraço.
Resumo:
Desprezada pelo marido, Luiza começa a ter desejos eróticos com carteiros. Até o dia que leva uma surra de piroca bem dada e fica feliz.
Comentários:
O texto é muito bem escrito. As frases são agradáveis de ler e o texto flui tranquilamente, não me senti aborrecido. A história é aquela de sempre, mulher ignorada pelo marido resolve pular a cerca. Eu gostei do texto, não da história. Tem uma putariazinha, mas sei lá. Eu sei que era o tema do desafio, mas achei que o texto não acrescenta em nada nas milhares de histórias do tipo, leu uma, leu todas.
Tiago, agradeço pelas observações. Percebi que optei pelo clichê, quando poderia ter seguido por outro caminho, mas seu comentário sobre a técnica e fluidez do texto me deixa feliz. Obrigado!
Resumo: Um marido displicente, uma dona de casa em labaredas, uma época de grande circulação dos correios, (primeiro uma van e depois o carteiro, seria Natal?) e por fim, um carteiro “pegador”; é a equação que resulta numa trepada que faz a mulher se sentir amada e realizada.
Considerações: Nenhum reparo a escrita, considero que atende a temática proposta e a construção é bem-feita, o que falta para tirar uma nota “dez” é que o (a) autor (a) nos apresenta uma história digna de um roteiro de filme adulto, pouco inspirada e muito usada em todos os aspectos, a mulher mal comida, o marido frouxo, a amante sarado, até a cueca Calvin Klein, são muitos clichês e prejudicam a avaliação da história.
Cicero, muito obrigado por suas observações. de fato acabei caindo nos clichês e isso não agradou muito, acho.
Boa tarde, amigo. Tudo bem?
Conto número 37 (estou lendo em ordem de postagem)
Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.
Vamos lá:
Resumo: mulher, amargurada pela frieza do casamento (leia-se falta de sexo), entrega-se aos prazeres proibidos com o carteiro.
Comentário:
O conto relata a vida amargurada de uma esposa, que já não recebe atenção do marido, e acaba se entregando ao carteiro. No início, ela está reticente, incerta sobre o ato. Porém, vai se soltando, e após, tem certeza de que é o que quer.
Devo dizer que o enredo não é algo exatamente inovador, pois é um tema bastante batido, já. Até o Lineu acabou traindo a Nenê, né? rsrs
Porém, acho que o ponto forte do conto, que acaba valorizando o todo, é o bom uso do sabrinesco. Acho que foi um dos contos mais ousados que li até agora, sem medo de abusar da sexualidade e das descrições. Gostei bastante. Subiu até um calor do baixo ventre aqui. Entendi bem o que a Luiza tava passando kkkkkkkk
Brincadeiras a parte, parabéns pelo uso do sabrinesco muito eficiente.
Não ficou erotismo gratuito, mas também não ficou puritano.
Apesar de discordar das justificativas que a protagonista dá pra traição (pra mim, é algo injustificável, mas isso não vem ao caso), achei que ela é uma personagem bem carismática, e você teve o mérito de nos fazer colocar na pele dela. Isso é um mérito do autor. Consegui sentir claramente a situação que ela vivia, conduzindo-a ao ato que cometeu. Ao fim, percebe-se que era um desejo que ela já tinha, mas não admitia. Parece que finalmente se livrou de alguma amarra que a prendia.
Parabéns e boa sorte!
Luiz Guilherme, muito obrigado pelo comentário! Fico feliz em saber que atingi meu objetivo levando o leitor a se colocar no lugar de Luiza. Caí no clichê, concordo. Talvez se tivesse optado seguir por outro caminho não teria ficado no limbo da série C, mas vou ficar atendo a essa questão no próximo desafio. Abraço!
Resumo:
Mulher jovem, desiludida com a falta de sexo no seu casamento com Caio,o único homem com quem tivera relações, depois de um momento de dúvida resolve entregar-me de corpo e alma ao carteiro. Mais corpo do que alma.
Comentário:
Achei o texto de fácil leitura e com bom ritmo, sem falhas graves na linguagem. Os momentos descritivos são sucintos e eficazes na caracterização da motivação da personagem principal. O acto sexual é descrito com a sensualidade necessária para esta temática Sabrinesco que, para ser totalmente franco, não me diz nada. Não dou um ano para que o casamento do Caio se desfaça e ele fique em modo “P” (de puta ou punheta).
Jorge, agradeço pelo comentário. Você conseguiu entender o que eu intencionava passar. E sim, se meu conto tivesse uma sequência, Luiza trocaria Caio pelo carteiro. rss. Abraço!
O texto é bom, mas parece que faltou se soltar um pouco mais na utilização dos termos mais característicos de um conto erótico. Boa sorte.
É uma chamada de atenção sobre a rotina nos relacionamentos. Conta a história de uma mulher que por conta do desprezo do marido, por aquilo que são suas necessidades carnais, se vê na aflição em se entregar para o próximo homem que aparecer na sua vista.
De fato é isso mesmo, Lucas. Vemos muitos casais ponto fim ao relacionamento justamente porque ou o marido ou a mulher começa e negligenciar algo tão necessário no casamento. Sexo é tão importante quanto o companheirismo e se não houver esse elemento, o casamento perde a razão de ser, entendo eu.
Uma esposa rejeitada pelo marido que sente o desejo lhe consumir. Um conto erótico, sem dúvidas, mas deixou o espírito sabrinesco de lado. Se ela talvez tivesse se apaixonado pelo carteiro e fugido com ele depois do amor, talvez ainda houvesse resgate do romance hehehehe. Todavia, foi apenas desejo mesmo. E o final me deixou ainda mais certa de que fugiu do sabrineso, pelo motivo do marido tê-la encontrado alegre e se interessado. Será que ela disse ao marido quanta falta estava sentindo dele?
Abraços.
Vanessa, ela disse ao marido, sim. Não com palavras, mas com gestos. No início do conto relato que ela o tocava, mas ele se virava, sem demonstrar interesse.
Uma mulher sentindo-se rejeitada sexualmente pelo marido e que se oferece e se entrega ao carteiro.
Gramática – Não encontrei erros de ortografia.
Observação geral – O conto não é sabrinesco, logo não se adequa ao propósito do desafio. Isso porquê os livros Sabrina continham histórias românticas, com aproximação e conquista progressiva até chegar num clímax sexual que não era o cerne do texto. Esse conto é, na minha visão, muito mais erótico puro. Talvez não tenha havido um esclarecimento adequado do que se tratava, não sei…Eu fiz questão de ler Sabrina pra poder fazer avaliações aqui.
Pontos a melhorar – Além do fato citado anteriormente com relação à inadequação, alguns outros:
– Geralmente um conto possui um centro de conflito apenas. Não entendi porque falar sobre o motorista do carro e depois sobre o carteiro. Ficou um pouco confuso.
– Os pensamentos sobre ela, justificando-a totalmente, é uma forma não recomendada de colocar personagens num pedestal, “santificando” em demasia o que deveria parecer uma pessoa verossímil, que age e é a responsável final por sua ação.
– Eu não tenho costume de ler contos eróticos, mas a mudança brusca da atitude do marido ficou solta no texto e pareceu forçada, criando uma oportunidade de vingança para a personagem.
Peço desculpas mas, como eu disse, não tenho costume de ler contos puramente eróticos, logo, não sei o que seria um bom conto desse estilo.
Um abraço.
Luciana, obrigado pelo comentário. Eu não tenho costume de ler contos eróticos, mas acabei optando pelo sabrinesco, porque tenho bem menos afinidade com o FC.
Caro(a) escritor(a)…
Resumo: Luíza encontrou no carteiro o que o marido não lhe oferecia.
Linguagem clara, sem erros – não notei. Narrativa linear, sem tropeços, com palavras adequadas e leitura fluída. Frases na medida e, de quebra, uma análise da relação marital lá pelo meio do sexo. Ficou bom.
Eita! Pensei que teríamos uma cena mais gráfica, mas não deu. Não foi dessa vez. Contudo, ficou de bom tamanho. E passou, de uma maneira adequado, o clima do encontro entre os dois. É um bom conto. Um dos melhores dessa série C.
Boa sorte no desafio.
Evelyn, muito obrigado pelo comentário. Só o fato de dizer que é um dos melhores da série C, já me deixa envaidecido e feliz. Obrigado!