EntreContos

Detox Literário.

O Conselho das Galáxias (Adauri Falcão)

Apesar das muitas brigas que tive com meus pais, sempre me achei um cara legal. Depois que saí da casa deles fui morar com um amigo numa casa alugada afastada do centro da cidade. Dividíamos o aluguel, trabalhávamos pelo dia meio período e, à noite, íamos à universidade; eu fazia o curso Ciência da Computação e meu amigo Adilson fazia o curso de Letras. Não entendi o porquê, já que esse negócio de aprender sobre Literatura, na minha modesta opinião, à época, nunca deu futuro a ninguém. Mas apesar de tudo, ele era um cara legal, amigo de infância. Hoje sinto sua falta e das aventuras e até de algumas desventuras que tivemos antes de ele ser aprovado num concurso para professor de Literatura Brasileira numa universidade de Londres depois que terminamos o mestrado. 

Se as palavras têm poder para mudar a vida de alguém, acho que aquela conversa, não muito amigável, que tive com o alienígena modificou algo em mim. Foi apenas um sonho, mas hoje depois de alguns anos tenho dúvidas disso. Nunca acreditei em discos voadores, todavia, lembro que acordei com algumas marcas no corpo que, hoje pensando mais friamente, não poderiam ter sido feitas por alguém que ficou a noite toda deitado, por mais irrequieto que eu fosse dormindo. 

Devia ser mais de meia-noite quando um barulho estranho no fundo da casa me fez despertar. Com os olhos meio fechados meio abertos, achando que havia alguém no outro quarto, chamei Adilson da cama mesmo: 

─ Adilson, Adilson, que barulho é esse, velho? Obtive apenas o silêncio como resposta.

─ Puta que pariu, velho! Veja que porra é essa aí, você que está mais perto da porta! E nada de Adilson responder. Fui rastejando para fora do lençol, como uma cobra sucuri que acabou de engolir um boi, desci da cama, calcei os pés lentamente e mesmo de calção e camiseta fui verificar o tal barulho. 

Dei uma olhada no outro quarto e nem sinal de Adilson pela casa. Ao segurar a maçaneta percebi que o barulho havia parado. Pensei imediatamente que seria Adilson querendo me pregar uma peça. Fiz bastante impulso para puxar a porta de uma vez, e já estava preparado para qualquer tipo de trollagem que pudesse estar me esperando. Ao abrir a porta vi lá fora algo que jamais havia imaginado. Imediatamente, meu sangue gelou, o coração disparou e senti que minha vida tinha chegado ao fim; não sei se por causa do medo ou de alguma outra força invisível não conseguia me mexer e fiquei ali estático observando, sob a luz da lua cheia, um tipo de criatura disforme que lembrava o Geléia, dos Caça-fantasmas, só que com quase o dobro do meu tamanho. Assisti atônito àquela criatura ir rapidamente mudando de forma, foi encolhendo até que ficou da mesma altura que eu. Logo desenvolveu braços, pernas e uma cabeça como um ser humano, porém, sem cabelos, olhos, boca. Parecendo um manequim a criatura aproximou-se e tocou em minha mão que ainda segurava a maçaneta da porta, afastando-se em seguida. No mesmo instante em que ele me tocou senti como se visse todas as minhas lembranças passando pela minha mente num rápido momento.

Diante dos meus olhos, aquele humanóide foi tomando uma aparência familiar; brotaram como num passe de mágica: cabelos, boca, olhos, braços e pernas iguaizinhos aos meus. Qual não foi minha surpresa ao ver aquele ser transformar-se em uma cópia exata de mim, inclusive com minha roupa. Pensei naquela hora que o novo eu iria me matar para assumir meu lugar e dominar o mundo. Num misto de medo e surpresa, busquei lá no fundo de mim força e disse:

─ Por favor, não me mate! 

O novo eu ficou olhando para mim de baixo para cima como a escanear-me por dentro; mexeu os braços e as pernas como se fizesse alongamento e olhando nos meus olhos disse: ─ Por favor, não me mate. 

Desse momento em diante, comecei a sentir meus movimentos de volta. Sob o olhar atento do outro “mim”, larguei a porta e me sentei ali mesmo no chão agora frio. Fiquei estarrecido ao ver aquela coisa falando igual a mim. Como se não estivesse acontecendo nada de mais ali, o alien estendeu-me sua mão. ─ Nem morto pego na mão desse cara, de repente ele quer me pulverizar ou solver meu corpo como Chang Tsung, de Mortal Combate. Pensei ainda aterrorizado. Ficamos por algum tempo assim, os dois parados, um olhando pra cara do outro. É incrível, mas nunca pensei que um dia iria ter medo de mim mesmo, analisar a si mesmo pode ser bem constrangedor. Vendo que eu não iria sair dali tão cedo, o alien disse então: 

─ Deixa de ser covarde e deixe eu te ajudar a levantar; você devia ver sua cara de mulherzinha. Eu não vou matar você não, fique tranquilo. Fui atingido por um meteorito e fui obrigado a fazer um pouso de emergência para reparos.

Segurei na mão dele e me pus de pé em sua frente, ainda com as pernas tremendo um pouco olhei nos olhos dele e perguntei pelo meu amigo Adilson. O “mim mesmo” respondeu que antes do pouso viu um carro saindo da frente da casa e precisava entrar no local. Só não contava com minha presença no local.

─ Minha nave está aqui perto, e pela leitura que fiz das redondezas, detectei aqui em sua casa um depósito com todas as peças e ferramentas que preciso para consertá-la antes que o gerador auxiliar pare de funcionar e a nave fique visível aos olhos de vocês terráqueos. Disse o outro eu. 

─ Como posso ajudar? Já recuperado do susto perguntei. 

O alien apertou o pulso da mão direita com a mão esquerda e atrás dele apareceu no chão um cubo preto mais ou menos do tamanho de uma caixa de sapato. Sem cerimônia já foi entrando, pediu que eu pagasse o objeto e o levasse para dentro enquanto. Peguei o cubo com as duas mãos e fazendo grande esforço consegui carregá-lo até dentro de casa onde estava o outro “mim” que me olhava com um riso irônico enquanto eu suava para levar a caixa até ele. 

─ Você parece um viadinho! Se cagando pra carregar, por poucos metros, um mísero conversor de partículas quânticas. Disse ele, enquanto eu me continha para não xingar até os seus antepassados. 

─ Deixe o conversor aqui e vamos ao depósito, rápido. Precisamos terminar antes de amanhecer. Onde caralhos você colocou a porra do celular!?

Deixei o pesado objeto na mesa da cozinha e fui até o quarto pegar o celular. Enquanto procurava o aparelho no meu quarto ouvia o outro eu berrando lá da cozinha: ─ Puta que pariu, velho! Onde você guardou a porcaria da chave do depósito, que eu não acho? Bradou o “eu” ferozmente. Peguei o celular e fui correndo pegar a chave do depósito que eu havia esquecido no banheiro na manhã anterior e levei-os até ele que esperava em frente à porta. 

Enquanto eu abria a porta o outro eu colocou a mão nas minhas costas e falou baixinho perto do meu ouvido: ─ Agora que não preciso mais de você vou pulverizá-lo. 

Meu sangue gelou. Olhei para ele quase chorando e sem fala. Ele afastou-se de mim e disse: Brincadeira! Soltando uma risada em seguida. 

Entramos no depósito, o outro eu olhou em volta para aquele monte de tralha e falou em tom de ordem: 

─ Vá lá e pegue o conversor. 

Quando eu ia dizer que estava com a coluna doendo ele disse: ─ Eu sei que você vai reclamar do peso e blá, blá, blá, mas pode ir tranquilo porque eu já religuei o dispositivo antigravitacional. Falou novamente como se estivesse se divertindo.  

Entrei no depósito e já encontrei o eu separando teclados velhos, cabos USB e conectores de um lado e as chaves, ferros de solda e fios de outro. Deixei o conversor ao lado do meu celular e das chaves da casa que estavam na bancada onde ele iria trabalhar e fiquei sentado atrás dele pensando por quanto tempo ainda teria de aturar aquela criatura chata. ─ E esse dia que não amanhece! Acho que uma noite nunca demorou tanto quanto essa. Pensei.

Não se passaram cinco minutos de observação e o outro eu me chamou e mandou que eu pegasse a chave Philips que havia caído no meio das CPU. Rapidamente obedeci. Intrigado, perguntei para que ele queria meu celular, prontamente ele respondeu: 

─ Puta merda, cara! Você pergunta pra caralho viu. É pra enfiar no meu rabo! Se eu estou com ele aqui é porque vou usar pra alguma coisa. Eu sei que você quer enviar mensagens, ouvir músicas e tudo mais, mas há um bloqueador de sinal na minha nave, fique tranquilo que não há nenhum sinal num raio de 4 km. Calma, meu amigo. São poucas as pessoas que têm a chance de conversar com alguém igual a si. Já estou quase acabando.

Essa última frase me alegrou bastante. Mal acabei de pensar em me ver livre dele, lá veio outro pedido:

─ Hei, vá lá na cozinha e traga alguma coisa pra gente comer, estou verde de fome. Traga muita comida viu, o bastante pra vinte comer! Entendeu a piada? “pra vim te comer”! Falou pausadamente enquanto ria sozinho. 

Enquanto eu preparava um lanche rápido pra dois, fiquei pensando porque aquele cara se comportava assim. Não tive tempo de pensar muito. Sob os gritos do alienígena, voltei ao depósito com a comida e lá sentamos numa mesa improvisada.

Curioso, mas com medo da resposta tentei puxar conversa com ele enquanto comíamos: 

─ Você tem nome? 

─ Pra que eu preciso de nome? Nome, RG, CPF, tudo isso é uma maneira de marcar os humanos. Nomear, enumerar, classificar e dominar. Respondeu enquanto mastigava. 

─ Todos os que vêm do espaço se comportam assim como você? Arisquei mais essa.

─ É uma das desvantagens de se transformar em outra criatura, eu tenho sua inteligência, todos os seus defeitos, todas as suas lembranças, mas ainda bem que o meu intelecto se mantém cem vezes superior ao seu.

─ E a morte? Você não tem medo de sua nave cair ou explodir? Falei.

Ele sorrio com a comida entre os dentes e falou: ─ Morrer? Eu já vivi algumas centenas de anos contados no tempo terrestre, viajei por várias galáxias coletando e enviando informações para a Ordem Interplanetária. Não, não tenho. Faço o que tenho que fazer enquanto tenho tempo e condição para fazê-lo. E depois que a morte me alcançar não terei mais nada a temer. 

Antes que eu tivesse tempo de fazer outra pergunta, um brilho forte tomou conta do lugar. Ele largou o sanduíche, virou-se para a bancada onde estava o conversor e disse: 

─ Caralho! Consegui! 

E pulando feito um dançarino de frevo, correu todo desengonçado em direção ao conversor agora brilhante. Confesso que me deu vontade de rir, mas tive medo e fui pra perto dele. Ele olhava normalmente para o cubo que brilhava intensamente enquanto eu tapava os olhos com a mão para chegar mais perto. O outro eu retirou os cabos e falou: 

─ Abra as portas, veja se há alguém lá fora e volte. Rápido, tartaruga! 

Sem titubear fui abrindo as portas da casa. Ao chegar ao fundo do quintal dei uma olhada ao redor e voltei correndo para o depósito rezando paraque o “mim mesmo” não estivesse mais lá. Ao entrar no depósito o outro eu mandou-me encostar na parede, apertou o pulso direito com o polegar da mão esquerda e, como num passe de mágica, o objeto parou de brilhar, elevou-se no ar cerca de um metro e meio e saiu voando lentamente pela casa saindo pela porta dos fundos. E o alien disse: ─ Gostou? Ele vai retornar à nave e preparar tudo para a ignição. O amanhecer está próximo, minha missão aqui está quase concluída, vamos até lá fora. Vá na frente e certifique-se que a rua está deserta, já estou indo.

Assim fiz. Fui até o fundo do quintal e gritei alegremente lá para dentro: ─ Pode vir! 

Já estava contando os segundos para ver aquela criatura pelas costas e nunca mais voltar a vê-la. Estava olhando para o mato a minha frente imaginando que tecnologia seria aquela quando ouvi os passos do outro eu que se aproximava rápido. De repente levei um tapão no pescoço e caí de cara no chão. Ainda sentado, olhei meio atordoado pra o alien que olha de volta pra mim com um olhar de quem está analisando um fato a fim de tirar alguma conclusão.

─ Por que você fez isso? Perguntei. E ele com olhar sério continuou:

─ Porque eu posso! Sou mais forte que você. Lembra que você gostava de fazer isso nos garotos menores na sua escola? Vasculhando suas lembranças quis saber como era essa sensação. Confesso que não senti nenhum prazer. Tem também aquela vez em que você tomou a namorada do seu amigo Adilson; você leu a mensagem que a garota mandou pra se encontrar com ele e apagou. Depois foi ao local e disse que ele não queria nada com ela, e que você a amava. Tudo mentira. Você ficou com ela, transou e quando cansou descartou a garota como se fosse um objeto, deixando seu “amigo” esperando, achando que um dia ela iria aparecer ou mandar alguma mensagem. Nessa última atitude sua não vejo lógica alguma. 

Chorei copiosamente diante daquele estranho. Diante de mim.

O alien me estendeu a mão e ajudou-me gentilmente a levantar, olhou nos meus olhos e disse: ─ Vou mudar meu relatório sobre esse planeta, acho que você aprendeu a lição. Todo ser humano merece uma segunda chance. E outra: instalei um APP temporário no seu celular que, de acordo com os dados da sua memória cruzados com mídias sociais, através do reconhecimento facial, vai dar localização e número do celular daquela garota. Quanto a essa bagunça não se preocupe, quando você acordar tudo vai estar arrumado, limpo e organizado, inclusive você. Bem, meu amigo, preciso ir. Afastou-se um pouco, apertou o pulso direito e começou a voltar a sua forma original. Terminada a metamorfose, sumiu, de repente, assim como houvera aparecido. 

Mudança, eu acho que essa é a palavra de ordem aqui. Hoje, relembrando depois de quase duas décadas, posso dizer que sou um homem feliz comigo mesmo, bem-sucedido nos negócios e com uma família maravilhosa. E devo tudo àquele alien, ou àquele sonho. A verdade é que ao terminar de ler essas mal traçadas linhas você vai notar se mudou ou não algo em você também.

 Ah, e o Adilson foi atrás e encontrou a garota que ele perdeu contato por minha causa depois que eu mostrei meu celular a ele. Casou com ela e mudou-se para Londres. Hoje não passa um dia sem a gente se falar pela internet.

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21 comentários em “O Conselho das Galáxias (Adauri Falcão)

  1. Ana Carolina Machado
    15 de setembro de 2019

    Oiiii. Um conto sobre um encontro com um alien bem peculiar que mudou a vida do protagonista. O encontro ocorreu em uma noite qualquer e o ser de outro planeta com aparencia meio gelatinosa assumiu a forma dele(e pelo que entendemos ele pode virar qualquer forma) e no fim o fez confrontar seus próprios erros, como o que fez com que ele tomasse a namorada do amigo e intimidasse as outras crianças na escola. O alien foi um tratamento de choque para que ele mudasse sua forma de viver e pudesse consertar aquele erro do passado, podendo dá a chance do amigo e da menina se reconciliarem . Esse foi um dos primeiros contos que li e comentei, mas como minha internet tava muito ruim no dia não tenho certeza se foi. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  2. Gustavo Araujo
    15 de setembro de 2019

    Resumo: homem relembra um sonho que teve com um alien e como isso modificou sua vida, transformando-o em uma pessoa melhor.

    Impressões: conto de sci-fi com pegada adolescente. Conta a história de alguém que, como Ebenezer Scrooge, recebe a visita de um espírito (alien) que o faz enxergar a vida de outra forma e assim redimir-se de seus pecados. As semelhanças terminam aí, infelizmente. O intuito de dar uma faceta moderna a essa fábula naufragou quando optou-se pelo exagero. O alien é um personagem caricato, raso, alguém que não cativa o leitor. Como ele reflete o próprio protagonista, o mesmo pode se dizer em relação a este. Também não gostei do ar de lição de moral no fim do conto, onde até mesmo o Adilson encontrou a redenção. Entendo e respeito a escolha do(a) autor(a) por esse caminho, mas não posso deixar de dizer que o texto não conseguiu me parecer atrativo. De todo modo, espero que outras pessoas possam ter uma experiência melhor. Boa sorte.

    • Adauri Jose Santos Santos
      17 de setembro de 2019

      Observações pertinentes. Quanto aos personagens, não aprendi a dar-lhes profundidade ainda, estou escrevendo aqui meus primeiros contos para serem avaliados por mais alguém que não seja eu. Pretendo usar o máximo de comentários para tentar corrigir os erros mais graves e escrever melhor. Em relação aos erros de gramática, pontuação etc., vou revisar todo o texto com muito mais atenção. Obrigado pelos comentários!
      Obs.: Enviei o título como: O Conselheiro das Galáxias. Por algum motivo que não sei o qual, ficou: O Conselho das Galáxias. Tirando muito da relação do título com a estória.

  3. Jowilton Amaral da Costa
    15 de setembro de 2019

    O conto narra o encontro de um homem com um alien que teve a nave espacial quebrada por conta de uma chuva de meteoritos. O ser espacial acaba se transformando na figura exata do do dono do quintal onde nave caiu, semelhantes na aparência e na altitude. Fica a dúvida se tudo não passou de um sonho.

    Rapaz, eu estava gostando de tudo no conto, gostando muito mesmo. A narrativa é boa e leve, engraçada, cheia de boas tiradas e sarcasmo. Mas o final acabou enfraquecendo o conto. Aquelas explicações e a pergunta se o leitor também iria refletir e mudar o comportamento, não caiu bem. Foi como se autor houvesse subestimado a inteligência do leitor, como se o leitor não pudesse por si só perceber que o que lia era uma crítica sobre comportamentos. Além de tudo, o conto termina como se fosse algo de auto-ajuda, o que enfraqueceu literariamente o texto, ao meu ver. Mas, no geral, eu gostei, poderia ter gostado mais. Boa sorte no desafio.

  4. M. A. Thompson
    15 de setembro de 2019

    Olá autor(a). Parabéns pelo seu conto.

    TÍTULO: O Conselho das Galáxias

    GÊNERO:
    [ X ] Ficção Científica

    RESUMO: As memórias de um jovem universitário sobre um encontro com extraterrestre desbocado que ele suspeita de não ter sido um sonho. O conto sugere que o tal Alien veio a Terra para dar uma lição no estilo da série “O Toque de um Anjo”.

    ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA: “trollagem” com dois “L” sem necessidade, “geléia” perdeu o acento com a reforma ortográfica, “humanóide” não leva acento, o “outro eu” deveria ser destacado, seja com itálico, inicial maiúscula ou aspas, uso excessivo de “pra” substituindo “para”, “sorrio” no lugar de “sorriu”, falta espaço entre palavras em “paraque”, ausência de preposição, uso indevido da vírgula, “solver” no lugar de “dissolver”, problemas com plural, etc.

    O QUE ACHEI DA HISTÓRIA:
    A quantidade de deslizes ortográficos acabou prejudicando a leitura e também não sou fã do uso do baixo calão fora de contexto.
    Autores iniciantes, o que parece ser o caso, gostam de impactar o leitor com o baixão calão. Autores mais experientes dispensam este artifício e impactam o leitor com a narrativa.
    Incomodou o uso exagerado da expressão “o outro eu” e da mesma forma que analisei em outros textos, lá vem o quantum para dar uma impressão de altas tecnologias e “mudernidade”.
    A propósito, o autor deve ser baiano e ter entre 45 e 50 anos, pois usa algumas marcas textuais características e referências de quem nasceu na década de 1970.
    Apesar disso, não deixa de ser uma narrativa mais fora da curva do que as outras histórias que li. Parabéns!

    Desejo sorte e torça por mim também. 🙂

    Abçs.

  5. Rafael Penha
    12 de setembro de 2019

    RESUMO:
    Um dia, um rapaz é visitado por um estranho ser alienígena que muda sua forma copiando a forma física, os maneirismos e as memorias do protagonista. A nave do alien está danificada e ele precisa de ajuda para consertá-la. Ao longo do processo, o alienígena se comporta de forma estranha e dá ao protagonista uma lição de caráter, mostrando-o como o rapaz era no passado. Depois de aprender a lição, o protagonista vai viver a sua vida, corrigindo erros do passado e sendo uma pessoa melhor.

    COMENTÁRIOS: O Conto se enquadra no tema de ficção cientifica. O enredo me pareceu pouco original, já batido algumas vezes por ai, mas a forma despojada e desbocada do alienígena falar e se expressar foi uma boa novidade. Ele emulava o protagonista sem este mesmo perceber. Alguns nomes e conceitos científicos me incomodaram, como se para criar um dispositivo precisasse apenas de juntar duas ou três palavras cientificas complicadas, ex.: “conversor de partículas quânticas” e “ordem interplanetária”. Talvez um pouco mais e pesquisa e cuidado resolvam esse problema das nomeações.
    A lição dada pelo alien é interessante, mas acho que o protagonista absorveu muito rápido, sem ponderação ou resistência.
    Quanto à gramatica, apenas uma passagem realmente me incomodou: “ Ele sorrio com a comida…” o correto seria “ele sorriu…” Fora isso, nada que me salte os olhos. O estilo de narrativa é rápido, direto ao ponto, simples e objetivo, o que é muito bom. Os diálogos também são um ponto positivo pois , mesmo com vários xingamentos, me pareceram muito naturais e verossímeis, coisa difícil de se ver.
    Um grande abraço

  6. Fabio
    11 de setembro de 2019

    O Conselho das Galáxias

    Resumo: Um homem que mora com um amigo durante anos recebe a visita de um alienígena. Estranhamente este se torna o personagem da história que confronta o seu eu real obrigando-o a ajuda-lo no conserto da sua nave. Assim que a nave é consertada o alien provoca situações que levam o seu eu real entender suas ações maldosas do passado. Em especial quando fez o seu melhor amigo perder um relacionamento por apagar uma mensagem importante do seu celular. Ao final o alien se despede e diz que o homem merece uma segunda chance. O homem narra sua história anos depois descrevendo os consertos que fez na sua própria vida e mudando fatos que prejudicaram o seu amigo.

    Ponto Forte: Apesar da relação Sci-Fi, me parece que o narrador viveu momentos de contato com o seu próprio eu, ou, com a sua própria psique. O título conselho das galáxias casa bem com a narrativa.

    Ponto Fraco: O narrador não deixa claro, mas cita que o fato, pode ter sido um sonho, um momento, uma realidade. Algumas frases não me parecem casar bem (Vinte comer). Um alien com senso de humor, sarrista, irônico. Não entendi bem a casualidade.

    Conceito Geral: Opinião pessoal. Texto mediano. Tem cenário, tem contexto, mas não gostei muito da mistura de ironia com aconselhamentos.

  7. Miquéias Dell'Orti
    10 de setembro de 2019

    RESUMO

    Um homem sonha (ou acha que sonhou) com um alienígena transformo que ele vê virar um clone seu.

    Depois de tomar um chá de canseira do alien, além de ser zoado pelo dito cujo enquanto tentava ajudar, ele descobre que o alienígena, além de seu corpo físico, também replica seus trejeitos e manias.

    Ao terminar o concerto da nave, o alienígena dá um tapa no cara e desembesta a dar um sermão sobre seu passado (também absorvido na transformação), sobre seu trato com as pessoas e suas traições.

    O homem, então, chora arrependido dos seus atos e o extraterrestre o perdoa, dizendo que reavaliará o relatório sobre os seres do nosso planeta.

    Por fim, o homem se arrepende e muda, tornando-se uma pessoa melhor.

    MINHA OPINIÃO

    Gostei da premissa da sua história. Um homem visitado por um Alien que vê seus próprios atos dirigidos a si e se arrepende do mal que causou. É uma mudança forte na trajetória do personagem. Bem legal.

    Alguns poucos erros atrapalharam um pouco a narrativa para mim, como: ‘Sorrio’ ao invés de sorrir; e humanoide e geleia (que não têm mais acento), mas essas coisas podem ser facilmente suprimidas em uma nova revisão.

    Outra coisa que me incomodou foi o uso do “mim” e do “eu”. Eu entendi o recurso, mas achei um pouco exagerado e conforme esses termos foram aparecendo, começaram a me incomodar na leitura.

    Enfim, é isso.

    Parabéns pelo trabalho.

  8. jetonon
    10 de setembro de 2019

    O cara acorda e sente diferente. dividia o apartamento com Adelson um colega.
    Certa noite acorda com barulho, levanta para verificar e depara com um alienígena que toma sua forma com todos os detalhes.
    O alienígena veio para estudar o outro como sendo ele.

  9. Gustavo Aquino Dos Reis
    10 de setembro de 2019

    Resumo “O Conselho das Galáxias”: Um dos estudantes que divide o imóvel com o companheiro é surpreendido por um insólito acontecimento noturno. Um extraterrestre, após ter a nave danificada por um meteorito, solicita ajuda. Através de uma tecnologia avançada, ele assume as mesmas feições e traços do estudante, bem como as suas próprias memórias, criando assim uma situação cômica e imprevisível.

    Considerações: Uau! Olha, autor(a), o seu conto é curioso. Ele se aproxima e afasta dos clichês. E isso é bom. Porém, faltou mais apuro e capricho na escrita, bem como um enredo mais amadurecido. Existem muitos erros de estrutura gramatical, principalmente nos diálogos; e ainda alguns erros ortográficos também. A história é cômica, mas infelizmente me deixou a impressão de ser cômica pelo descompasso em que ela é conduzida. Achei admirável a sua coragem e, penso, que se você caprichar mais na próxima nós seremos agraciados com um trabalho melhor acabado.

  10. Tiago Volpato
    8 de setembro de 2019

    Resumo

    Uma forma disforme se transforma em um rapaz incauto e pede ajuda para arrumar sua nave, por ajuda eu quero dizer achincalhar. 
    Depois de trolar, xingar, bater e outras avacalhações, a forma disforme na forma do cara revela que é um ser do espaço que veio puní-lo por ter sido um (censurado) no passado. Além do sujeito ter feito  buling na escola, ele encoxou( sem roupa) a namorada do amiguinho.
    Comovido (claro, depois que a pessoa é avacalhada até o dedo do pé fica fácil se arrepender), o rapaz muda de vida e todos vivem felizes para sempre. Fim.

    Comentários

    O texto é bem escrito, gostei como você foi construíndo as coisas rumo ao desfecho. O texto parece mais com uma peça de teatro, com a interação dos atores como forma da história avançar, o problema desse tipo de texto é que os diálogos precisam ser perfeitos, pois são eles que carregam o texto. Eles são bons, mas alguns não me agradaram. O personagem do Alienígena não curti, sei que o objetivo era ele ser um troll como forma de punição para o rapaz, mas achei que as ações dele não foram bem encaixadas, senti como se ele fizesse as coisas só porque tinha que fazer, podia ter trabalhado melhor isso.
    O conselho também não foi muito bem explorado, não se sabe o que é e porque eles fazem isso, seria interessante trabalhar mais sobre isso.
    O texto não é ruim, mas também não é uma maravilha das galáxias. Deu pra curtir.

  11. C. G. Lopes
    6 de setembro de 2019

    Resumo: o protagonista divide o aluguel da casa com um amigo de infância a quem ele critica pela escolha dos estudos. Como a história conta um fato do passado, logo ficamos sabendo que o amigo construiu uma brilhante carreira. E então ele nos conta que uma noite , foi acordado pelo que ele descobriu ser um ser de outro planeta. O alien tomou sua forma e começou a falar com ele num português, bem coloquial e se mostrou um “mano” digno das quebradas de Diadema e adepto das zoeiras never ends. O Alien só queria consertar sua nave e para isso precisava da ajuda e das ferramentas do rapaz. Durante o conserto, o alienígena sente fome e o rapaz prepara um lanche. O alien informa que quando se adaptou ao corpo humano, adquiriu junto o domínio da linguagem, as qualidades e os defeitos do homem e ainda coletara as lembranças do seu molde – sabia por exemplo que ele fazia bulling com os mais fracos da escola e sabia que ele “furara” o olho do amigo com quem, hoje dividia o aluguel, lhe roubando a namorada de maneira sórdida. Nosso protagonista chora copiosamente. Mas o alien era bonzinho e ajuda o rapaz a consertar as coisas erradas que fez e no final ele se revela feliz e realizado até o amigo reencontrou a antiga namorada e casou com ela e mudou-se para Londres. Hoje não passa um dia sem a gente se falar pela internet.

    Considerações: O ritmo do seu conto é leve e divertido, sinceramente, não é faz muito tipo o meu tipo de leitura, mas tem o seu valor.

  12. Jorge Santos
    2 de setembro de 2019

    Resumo:
    Estudante relembra a noite em que foi visitado por um alien.
    Comentário:
    Texto com algumas repetições desnecessárias, especialmente quando a personagem principal descobre que o alien tomou a sua aparência. Destoou também a forma coloquial como o alien falava, como se fosse já grandes amigos que se insultam em cada frase que falam. Por outro lado, isso até jogou a favor da criatividade do texto, porque era algo inesperado, tal como é inesperada a banalidade do “conselho”. Um ser extraterrestre viaja pelo espaço para cair na casa de um homem e dá-lhe lições de moral sobre o valor dos amigos. Parece uma versão do grilo falante, a consciência do do Pinóquio.

  13. Luis Guilherme Banzi Florido
    2 de setembro de 2019

    Boa tarde, amigo. Tudo bem?

    Conto número 35 (estou lendo em ordem de postagem)
    Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.

    Vamos lá:

    Resumo: homem relata seu encontro com um alien (ou teria sido um sonho), e como observar a si próprio o fez repensar suas atitudes e mudar de vida.

    Comentário:

    O conto traz uma interessante ideia: como seria ver a mim mesmo? Eu gostaria de mim? Seria uma companhia agradável? Infelizmente, não temos essa oportunidade, de observar um clone e perceber como somos. Nossa tarefa, então, é muito mais complexa: a auto-observação constante. Acho que sem isso, temos poucas chances de crescer e desenvolver como seres humanos.

    Bom, vamos por partes. Pra começar, devo dizer que a história é boa, curiosa e interessante. Foi bem gostosa de ler, e me deixou bastante curioso sobre o desfecho. À partir de certo ponto, tive a impressão de que o alien ´ era super chato pq era como o cara era. Imaginei que fosse terminar com ele percebendo que na verdade ele era o chato, e o alien só tava reproduzindo isso.

    E foi mais ou menos o que aconteceu.

    Por outro lado, apesar de ter gostado da história, achei que a forma como ela foi contada foi um pouco arrastada. Tem bastante informação e diálogo um pouco desnecessário, que acaba prolongando um pouco uma história que poderia ser mais curta. Isso não estraga o conto, obviamente, porém, acaba inchando demais, sabe?

    Um exemplo rápido:

    “Não se passaram cinco minutos de observação e o outro eu me chamou e mandou que eu pegasse a chave Philips que havia caído no meio das CPU. Rapidamente obedeci. Intrigado, perguntei para que ele queria meu celular, prontamente ele respondeu:”

    Tem várias informações meio desnecessárias assim no conto.

    Outro apontamento que faço é sobre a parte que você fala que o alien parecia o Geleia. Acho que é mais adequado que você descreva a criatura, em vez de compará-la com um personagem já existente. Eu, por exemplo, não assisto há muitos anos o filme, e não lembro bem quem é o geleia, então a imagem não se construiu bem na minha mente, sabe?

    Eu ia dizer, também, que achei muito chata a linguagem do alienígena, Porém, quando percebi que ele só reproduzia a personalidade do homem, fez sentido e ficou tudo encaixado.

    Enfim, desculpe ficar apontando vários pontos, mas é que realmente achei uma história boa, com uma mensagem interessante, e apontei questões que, no meu ponto de vista, podem ajudar a torná-la ainda melhor.

    Ah, uma ultima observação: o título do conto ficou meio deslocado. O conselho é citado brevemente. Fiquei imaginando que ele fosse se encontrar com o conselho, ou algo assim.

    Parabéns e boa sorte!

  14. Fernanda Caleffi Barbetta
    29 de agosto de 2019

    Ri bastante lendo seu conto. Gostei do texto, mas o final não era bem o que eu esperava, mas é só a minha opinião. Parabéns.

  15. Lucas Cassule
    21 de agosto de 2019

    Um pesadelo sobre uma visita inesperada de um extraterrestre deixa uma mensagem pertinente sobre a maneira de como humanamente nos comportamos em relação aos outros.

    Gostei da criatividade e da mensagem do texto

  16. Luciana Merley
    18 de agosto de 2019

    Um rapaz recebe a visita de um extraterrestre que transforma-se num ser idêntico a ele e passa a mostrar-lhe detalhes nada agradáveis da sua personalidade.

    Gramática – Sugiro rever porque encontrei alguns pontos em que a sintaxe poderia ser muito melhorada. Percebi também 2 falas da mesma pessoa em travessões distintos e em sequência.

    Pontos fortes – A ideia de um ET que torna-se uma cópia de alguém é bacana, desde que seja muito bem trabalhada.

    Pontos a melhorar –
    – O primeiro parágrafo é absolutamente dispensável na minha opinião. O início de um conto deve ser revelador para despertar curiosidade no leitor. Logo, o segundo parágrafo seria um melhor início.
    – Repetição de palavras facilmente substituíveis como “local…local” e “mim…mim”. Aliás, essa forma de se referir à cópia ficou bastante cansativa.
    – Acho que usar introduções como “Desse momento em diante” é também dispensável, já que o leitor consegue perceber isso.
    – Termos como “É pra enfiar no meu rabo! ” são, na minha visão de leitora, altamente afastadores da leitura. Não que muitas pessoas não digam isso, ou que seja proibido na literatura, mas entendendo que você quis passar a ideia de que o ET estava “sendo” o personagem principal e a linguagem desleixada que vinha usando, completamente inesperada para um ET, já seria suficiente para nos deixar claro isso.
    – Essa fala “Eu tenho sua inteligência …mas meu intelecto é cem vezes superior…” ficou confusa uma vez que intelecto e inteligência são sinônimos na maioria das interpretações.
    – Numa análise mais dura, e aqui quero desculpar-me, mas acredito que seja o intento do desafio, considerei muito simplista essa forma de deixar “a moral da história”. Como disse lá em cima, ver-se numa cópia idêntica pode ser uma maneira bacana de trabalhar a percepção de seus próprios erros, mas não desse modo tão ‘dado”. O leitor gosta de completar os pensamentos e as percepções e você não permitiu isso. Você deu isso de bandeja no final quase que numa confissão. Acredito que trabalhar esse tema com mais sutileza nas falas, com diálogos mais psicológicos traria melhor aproveitamento à sua boa ideia.

    Espero ter contribuído. Um abraço.

  17. Claudinei Novais
    16 de agosto de 2019

    RESUMO: O protagonista acorda certa noite com o barulho estranho vindo de fora. Levanta e dá de cara com um ser estranho. Era um alienígena, que aos poucos assume sua forma e seu jeito de falar. Explica que precisa de ferramentas a fim de arrumar sua nave e consegue a ajuda forçada do protagonista do conto.
    No fim, dá uma lição de moral e vai embora. E o protagonista até hoje não sabe se o encontro com o alien foi real ou se foi apenas um sonho.

    CONSIDERAÇÕES: Posso estar enganado, mas pelas expressões usadas e figuras de linguagem, estamos diante de um autor jovem (entre os 30 e 40 anos?). Foi utilizada algumas figuras de linguagem que um leitor mais velho, talvez, tenha dificuldade de entender. Quando ao conto, um bom conto. Se o autor lapidar e fizer algumas adaptações, detalhando um pouco mais, ficará um excelente conto. Tive a impressão que o final do conto foi meios às pressas.

  18. Emanuel Maurin
    12 de agosto de 2019

    Olá!
    Um aliem visitou o “seu” quarto e tomou sua forma. E o aliem idêntico a “você” (protagonista), é bom deixar bem claro, já que no final, sua pergunta sobre se mudou algo em mim, me pegou de jeito. (Mudei, sei que você não existe e vive apenas na minha cabeça.)
    Bom, voltando ao aliem que é “você” falando besteiras e brincadeiras “bestas”, (mas que fez eu dar boas risadas) fizeram uma gambiarra na nave quebrada e o aliem “meleca verde” que tinha se transformado em “você”, voltou a ser “gelatina” e voltou para o espaço.
    Não encontrei erros, apenas no primeiro parágrafo achei que aquela explicação sobre letras não ter valor não precisava entrar no conto. De resto achei a trama legal, criativa e engraçada. Gostei. Ah! A narrativa flui bem e é de fácil entendimento.

  19. Evelyn Postali
    9 de agosto de 2019

    Caro(a) escritor(a)…
    Resumo: Um extraterrestre visita um humano e pede ajuda para consertar sua nave.
    Ficção científica. Diálogos fracos. Roteiro pouco atraente. Embora não encontre erros muito escabrosos, a escrita, o tipo de linguagem, não contribuiu para prender minha atenção. Faltou uma limpeza geral no texto, deixá-lo mais enxuto, sem lenga-lenga. Referências a Caça-fantasmas ok.
    Na tentativa de fazer humor, desandou. Expressões inadequadas, muito ruins – “devia ver sua cara de mulherzinha” e “você parece um viadinho”. Esse é outro conto que me lembrou de Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias, mas está longe de alcançar o humor sutil do livro citado. A leitura foi arrastada. Penei para encontrar uma relação no conto com o título e penei ainda mais para chegar ao fim. Quase chutei o balde na metade. Melhor personagem: Adilson.
    Boa sorte no desafio.

  20. Vladmir Campos Leão
    5 de agosto de 2019

    Resumo: Esse é um conto sobre um homem que se depara com um alienígena que precisa de ajuda para consertar sua nave antes que notem sua presença. Depois o alienígena ainda dá uma lição no protagonista. Mas não lhe dá nenhum conselho, o que deixa o título do texto deslocado.

    O que vi na obra: A intenção do autor me pareceu ser a de escrever uma alegoria sobre a auto reflexão.
    O narrador, que também é o protagonista começa falando sobre si. E logo nos primeiros parágrafos o personagem já dá sinais de ser uma pessoa pouco modesta e ignorante.
    No desenvolvimento da história o alienígena que apareceu na porta do protagonista assume não só a aparência, como também o modo de agir e falar deste. E os diálogos entre os dois acabam por confirmar que o protagonista é bem isso mesmo: um típico babaca.
    Sendo esta uma das vontades do ET (além de consertar seu meio de transporte/metáfora para o comportamento do terráqueo?): fazer o humano ver como suas palavras e ações estavam sendo prejudiciais.
    Quanto à conclusão: não me impactou. Achei bem água com açúcar; dada sua semelhança com um final de telenovela “global”. O autor poderia ter refeito esta parte dando mais profundidade e riqueza de detalhes à evolução do protagonista como ser-humano, e não apenas contando que ele se tornou uma pessoa que “venceu na vida” depois que lhe mostraram seus maus comportamentos.
    OBS: Ainda tem a confusão do narrador ao insistir que aquilo tudo poderia ter sido um sonho, já que ele mesmo fala sobre marcas em seu corpo e ainda mostra seu celular com o aplicativo instalado pelo alienígena.

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Informação

Publicado às 1 de agosto de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 3, R3 - Série C e marcado .
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