<Test System AI = Model Turing>
<Plan language Algol>
<Object “X”>
0 – Sei que parece óbvio, mas o círculo não é um zero!
1 – O círculo é uma figura plana, limitada por uma circunferência. A palavra se origina do latim circus, lugar envolto de uma circunferência onde eram realizados espetáculos de força e destreza humana. É a representação do todo e de tudo, união do centro com suas partes. Perfeição e plenitude. É o movimento na expansão do tempo. A ordem.
0 – O zero é um número cardinal, um signo sem valoração própria. O algarismo só tem valor quando posto a direita ou a esquerda de outro número. Gênese de toda escala diacrônica, é o vazio em marcha para o devir. A Geração Zero é a do mecanismo. É o nulo e o inexistente. Para os maias, era o Deus da Morte. No sistema binário representa o negativo, é a negação de uma ação algoritmo-lógica. Separação, individualidade. O caos.
1 – O círculo é um conteúdo abrigado em uma forma, um valor cíclico, um eterno retorno, a horizontalidade imóvel, o paralelismo sincrônico. O zero é uma forma sem conteúdo, o transcendentalismo vertical, a formação identitária.
0 – Os círculos representam a essência e a estrutura. Um zero é uma existência funcionalista.
1 – O que eu sou: um círculo ou um zero?
0 – Nasci de uma forma antropoide, agrupada em conteúdos cibernéticos.
1 – Minha formação genética em suas cadeias de RNA e DNA não passam de conteúdo biológico cíclico, reatualizando as unidades estruturais em funcionalidades fisiológicas, produzidas do nascimento de uma cópula heterossexual interespécie.
0 – Meus componentes cibernéticos são construções internas, mecanismos biônicos produzidos em escala industrial baseado na capacitação das forças produtivas e consumo da sociedade ativa.
1 – Sou o todo que abriga tudo, o nada buscando resposta.
0 – Uma forma sem conteúdo buscando valoração endógena, um conteúdo sem forma em busca de uma forma exógena.
1- Um homem-máquina, um conjunto de todas as partes.
0 – Uma máquina-humana, as frações em composição na completude.
1 – Não sei se nasci humano, se morri como máquina, se reencarnei ciborgue, se desfalecerei humano novamente.
0 – Serei uma existência valorada em contradição eterna.
<Erro>
<System Failed>
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CONTO AVALIADO: O Círculo não é um Zero
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Olá Contra-analógico; tudo bem?
O seu conto é o décimo segundo trabalho da Série B que eu estou lendo e avaliando.
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O QUE ACHEI DO SEU TEXTO
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Gostei bastante do contexto experimental da obra.
Gostei dos questionamentos filosóficos e da maneira reflexiva com a qual o/a autor/a escolheu finalizar a narrativa.
Não sou um pleno conhecedor da linguagem binária (loooooooooooonge disso….), mas acredito que os números colocados antes dos inícios dos parágrafos flertem de alguma forma com o conteúdo dos mesmos. E isso me parece ser bem legal! 😉
Parabéns pela criação “fora da caixinha” e boa sorte no Desafio!
Bem, pra finalizar… As regras do Certame exigem que eu faça um resuminho da história avaliada, para comprovar minha leitura. Então, vamos lá:
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RESUMO DA HISTÓRIA
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Um texto filosófico-experimental, que retrata de forma questionadora e reflexiva congruências e discrepâncias entre a linguagem binária e a literária; entre a vida biológica e a cibernética e entre o considerado positivo e negativo. (Nota: 4)
Categoria: FC (experimental)
Um solilóquio binário, metafísico e filosófico, de uma máquina consigo mesma, até compreender que, por ter conteúdo biológico em sua formação, por ter nascido de forma antropóide, ainda guarda algo de contraditoriamente imperfeito em si.
PREMISSA: um dos textos mais malucos e experimentais dessas leituras. Só por isso, já merece os parabéns, porém…
TÉCNICA: …preso na premissa, o autor sacrificou a compreensão da história pelo…
EFEITO: que, ao meu ver, ficou bastante hermético para o leitor. Este “conto”, apesar de não ter estrutura narrativa convencional, chamou muito a atenção pela linguagem escolhida pelo autor. Porém, talvez por isso mesmo, se tornou confuso e misterioso demais para ser entendido pelo leitor mediano. Considero que é um trabalho ainda em desenvolvimento, que poderia ganhar um pouco mais de detalhamento a ponto de envolver o leitor.
Resumo:
Uma I.A. se questiona sobre seu lugar no mundo.
Sensação
De que dois discursos independentes foram organizados como diálogos e apesar de parecer que se conversam, de fato não interagem.
Técnica/Narrativa
Achei que o conceito do conto já era abstrato demais e poderia ter sido um pouco mais coloquial. Me incomodou um pouco, que apesar da narrativa incomum, em alguns momentos usou frases/ideias ligeiramente clichês.
De toda maneira uma boa execução e gostei das ordens de sistema.
Título
Muito legal!
RESUMO: Num código de programação, os binários 1 e 0 discutem aspectos históricos e filosóficos sobre o zero e o círculo.
Se há alguma “mensagem” ou analogia oculta no texto, não consegui identificar.
COMENTÁRIO: Talvez esse conto fizesse maior sucesso no desafio Experimental. Eu fiz duas leituras e honestamente não consegui captar muito sentido nem muita FC no texto, infelizmente.
NOTA: 2,5
Resumo: Um manifesto de um ser que tenta explicar o que é ou o que devia ser. Uma narrativa onde há o mimetismo do movimento do universo, contraindo-se e expandindo nas hipóteses e explicações. Mostrando as perspectivas e o viés, do que é e do que não é.
Um texto que certamente teria posição de destaque no certame experimental. Aqui, não sei se todos irão comprar. Sei que eu comprei. Ele é filosófico, apresenta um personagem complexo e suas contradições. O fio condutor é um diálogo consigo, uma aula para si e para os outros, tudo construído através de argumentação e contra argumentação, binário por excelência. O que é e o que não é. Um início cheio de certezas e silogismo, avançando para o final de contradição onde não sabe ao certo o que na verdade é, uma existência em eterna contradição.
O personagem avança após o preambulo, mostra o surgimento, a evolução e o fim. Ou seja, conseguimos ver nesse curto espaço o ciclo “completo” do protagonista.
O estilo emula uma máquina, porém com algo de reflexão, como um Hal com a consciência do Raul Seixas. Fatalista e impreciso. As frases trazem conceitos estabelecidos, mas também geram desconforto mental, o pensamento forçado pelas hipóteses. Várias frases são boas, mas destaco essa como exemplo “Sou o todo que abriga tudo, o nada buscando resposta”. Não se trata de masturbação mental despropositada, mas sim o exercício do pensar, traduzido nos contrastes, na oposição de conceitos. No claro e escuro, na razão e emoção, no tudo e no nada. E como todos apesar de antagônicos, são tão dependentes um dos outros.
O que entendi: Aparentemente trata-se de um ciborgue em crise existencial, elucubrando metaforicamente entre o ser ou não ser círculo entre zero e um.
Técnica: Foge do convencional. A ousadia das definições existenciais em profundo contraste com o cérebro binário foi muito bem executada.
Criatividade: Ainda é possível se escrever sobre ciborgues de forma inovadora.
Impacto: Profundo. Mexe com a zona de conforto do leitor. O texto é enxuto, logo cada palavra tem forte significado.
Destaque:” Minha formação genética em suas cadeias de RNA e DNA não passam de conteúdo biológico cíclico, reatualizando as unidades estruturais em funcionalidades fisiológicas, produzidas do nascimento de uma cópula heterossexual interespécie.” – Nunca a procriação foi tão sem emoção.
Sugestão: Interagir o personagem com o mundo. Embora eu tenha gostado do texto, senti falta de uma trama, algo tão importante em um conto.
Uma discussão interna e existencialista sobre o que é o ciborgue: um humano, uma máquina? Um zero, um círculo? Um ser sempre em busca do que é e, ao mesmo tempo, sendo tudo.
O seu conto é peculiar. Novo (disruptivo, eu diria), com muita personalidade e ineditismo. Ele é tomado por um linguajar bem rebuscado, pesado e difícil de engolir mas que, simultaneamente, reflete bem o narrador: um meio-humano, meio-robô, confuso se é um ou outro.
É um texto reflexivo, um pouco difícil de ler, difícil de entender, mas assim são os textos desta natureza. Brilha pela inovação e por atiçar a curiosidade, além de alimentar muitos questionamentos filosóficos.
Parabéns!
RESUMO: O texto “O Círculo Não é um Zero” é um monólogo introspectivo – ainda que dirigido ao leitor – e auto inquisitório, em que o narrador, supostamente um ser metade homem, metade máquina, questiona sobre a própria natureza.
TÍTULO E INTRODUÇÃO: O título é relativamente incitante até por mencionar o óbvio, porém a primeira linha, apesar de conceder um caráter falsamente coloquial ao texto, é redundante e prenuncia a logorreia que se segue. Nota: 7
PERSONAGENS: Não sei se é correto afirmar que este texto possui um personagem. Há sim um narrador, ou seria um orador, já que nada efetivamente acontece? O conteúdo é um discurso de auto questionamento deveras abstrato, em que apenas nos é permitido saber um pouco da natureza homem-máquina, máquina-homem, de quem fala. Nota: 5
TEMPO E ESPAÇO: Absolutamente ignorados, até porque o “conto” não traz fatos. Nota: 0
ENREDO CONFLITO E CLÍMAX: Apesar de haver um conflito constituído pelo desejo implícito de conhecer a si mesmo, o narrador não chega à conclusão efetiva, logo não se identifica um clímax. Nota: 3
TÉCNICA E APLICAÇÃO DO IDIOMA; Sem transgressões evidentes da ortografia e gramática, até pelo contrário, o autor demonstra bom conhecimento do idioma numa linguagem demasiado técnica e que pouco ajuda na composição do personagem. Alguns leitores poderiam acusar um certo pedantismo que, somado à retórica inconclusa e pouco objetiva torna o texto enfadonho, frustrante. Nota: 6
VALOR AGREGADO: O texto possui um caráter pretensamente filosófico, mas com cujo valor, honestamente não pude atinar, talvez mais até por limitações pessoais. Nota: 4
ADEQUAÇÃO À TEMÁTICA: É adequado enquanto ficção científica, porém a adequação ao conto enquanto gênero literário seria imprescindível e aqui está longe de ser óbvia. Nota: 2
Uma pequena história de um homem máquina, explicando a sua existência através da diferença de zeros e círculos.
Sou muito fã do universo de Matrix e certa vez me aventurei a fazer um conto sobre o crescimento da população através de sistematização, inspirado nele. O conto foi um fiasco aqui no EC. Seu conto me lembrou ele (Não o fiasco), pela estrutura. Eu curti bastante você ter utilizado da linguagem de Zeros e Uns para apresentar o narrador, se tornando um conto sobre máquinas utilizando de linguagem de programação, mas sem ser complexo demais. A ideia de apresentar a diferença do zero e do círculo também foi legal, além de utilizar do personagem como um círculo (sendo o todo) e ao mesmo tempo um zero (do vazio existencial), despertando interpretações. Me lembrou uma outra historia, que tambem adorei, chamado Zima Blue. Muito bom, gostei.
Resumo: Um ciborgue, metade máquina, metade humano tenta descobrir o que é realmente e suas duas metades argumentam e tentam entrar em um consenso.
Olá, autor! Que conto maneiro! Se entendi bem, o conto é uma simulação de um teste de uma Inteligência artificial metade humana e metade máquina, o 0 é o argumento da máquina e o 1 é o argumento humano, o 0 é a máquina e o circulo é a parte humana. Achei seu conto muito poético, apesar de ser narrado em forma de um teste binário e isso foi genial! E no fim o teste deu erro e o sistema falhou, levando a crer que essa combinação já está fadada ao fracasso, muito bom!! Ótimo conto! Parabéns e boa sorte!
Boa tarde, amigo. Tudo bem?
Conto número 34 (estou lendo em ordem de postagem)
Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.
Vamos lá:
Resumo: as indagações de um androide sobre sua natureza. É isso?
Comentário:
Cara, precisei ler seu conto três vezes. Na primeira, entendi 0. Na segunda, entrei num círculo de dúvidas. Na terceira, acho que entendi alguma coisa.
Vamos tentar.
Pra começar, devo dizer que gostei. O conto tem uma espécie de charme que não sei explicar nem entender muito bem. Só sei que me deu um prazer lê-lo, e relê-lo 2 vezes. Tem um valor estético enorme, e um certo tipo de indagação que me deixou um pouco perplexo ahahaha.
A estrutura do conto parece nos colocar numa espécie de tentativa e erro, pela linguagem da programação (não manjo nada disso, então falei com minhas palavras). Muito bem.
Pra começar, acho que o conto é confuso, e exige mais leituras. Por isso, é bom que seja curto. Não sei se teria paciência pra ler 3 vezes se tivesse 2500 palavras.Outra questão, é que você usa uma linguagem técnica e específica, mas de alguma forma me causou familiaridade, ainda que leigo. Isso demonstra habilidade como escritor.
Um ponto central que notei foi a ausência de enredo. O conto me parece se sustentar totalmente sobre as indagações sobre a própria existência, pela perspectiva do protagonista, uma espécie de androide (meio homem, meio máquina.. é androide que chama?)
O pensamento do androide é representado pela linguagem binária (0 e 1), que introduz os parágrafos.
Tenho a impressão de que o círculo representa seu lado humano, e o zero, o lado robô. Vou justificar.
A criatura parece presa numa espécie de paradigma, incapaz de denifir o que é, se homem, ou humano. Esse paradigma parece causar uma certa angústia ou sofrimento, levando a uma interminável indagação sobre sua própria identidade, que pelo jeito nunca terá resultado. Como um círculo. “O que sou?” parece a questão central de todo o conto.
Pra justificar minha interpretação, vou usar duas passagens do conto:
“1 – Sou o todo que abriga tudo, o nada buscando resposta.”
O todo que abriga tudo = círculo = humano
O nada buscando resposta = zero = robô
Segunda passagem:
“0 – Uma forma sem conteúdo buscando valoração endógena, um conteúdo sem forma em busca de uma forma exógena.”
Uma forma sem conteúdo buscando valoração endógena = círculo = humano
Um conteúdo sem forma em busca de uma forma exógena = zero = robô
Ufa! Acho que meu comentário ficou mais longo que o conto! hahahaha. Espero não ter viajado demais. Gostei mesmo!
Parabéns e boa sorte!
Caro(a) escritor(a)…
Resumo: Uma inteligência artificial buscando definir a si mesmo.
Técnica: Um conto de ficção científica. Linguagem perfeita. Muito bem escrito. Curto e pontual.
Avaliação: Definições racionais sobre o que é ser humano e o que é ser máquina, se é homem-máquina ou máquina-humana através de um diálogo diferente. Um conto muito bem construído a partir de definições e conhecimentos sobre o significado do círculo e do zero; de certa forma, começo, meio e fim. O círculo e sua complexidade e simbologia, assim como o zero. O círculo representando, talvez, o lado humano, e o zero, o lado máquina. Parabéns! Gostei demais.
Boa sorte no desafio.
Resumo: um diálogo de alguém (ou algo) consigo mesmo, sobre as características do círculo e do zero, suas diferenças e semelhanças e a maneira como impactam no seu próprio âmago.
Impressões: este é um daqueles contos experimentais que permitem ao leitor qualquer tipo de interpretação. Tudo fica aberto, tudo é nada, nada é tudo. Dá para achar genial, mas dá para achar que nada há a não ser certa pretensão. Impossível não dissociar este tipo de texto do gosto pessoal. Acho corajoso, mas a mim não disse muita coisa. Por vezes parecia um embate pessoal, mas, claro, não dá para ter certeza de nada. Enfim, uma aposta arriscada que comigo não funcionou. Espero que outras pessoas possam apreciá-lo. Boa sorte no desafio.
O Círculo Não é um Zero (Contra-analógico)
Resumo:
Entendi o texto como sendo o desabafo de um ciborgue que teve alguma falha, não sei se na parte orgânica ou na parte cibernética. Parece que vive um quadro de depressão e fica divagando sobre a sua situação de infortúnio. Trava um discurso entre as possibilidades do círculo e do zero que faz o leitor (eu) perder o rumo. Complicado.
Comentário:
Um texto de difícil interpretação. Não sei se constitui um conto, mas é uma narrativa em primeira pessoa que lembra um monólogo reflexivo, dele para ele mesmo. Muitas informações de programação, aspectos cibernéticos que não elucidam. Eu, como leitora, percebi um desabafo depressivo de alguém que não deu certo. Texto enxuto, centrado nas divagações sobre a existência. Confesso que não entendi por completo.
Boa sorte no desafio!
Abraços…
Mulher acorda no meio da noite e se depara com a transformação do marido que dormia ao seu lado em uma gosma negra. Ao reconstituir os acontecimentos do dia, a mulher descobre que a transformação do marido decorreu de sua participação como cobaia no teste de um emplastro como biscate e acaba sofrendo também as consequências do experimento.
Gostei demais do título do seu conto e estava ansiosa por lê-lo. O argumento, mistura de suspense com comédia, me agradou, mas o desenvolvimento do enredo e, sobretudo, o desfecho, me deixaram um pouco frustrada.
O conto começa bem apresentando a situação insólita do desaparecimento do sujeito logo no primeiro parágrafo e uma ambientação realista e envolvente. Evolui na elucidação do mistério de forma criativa e em ritmo compatível com o início da narrativa, mas a partir da ligação da mulher para o número de emergência, a narrativa meio que se acelera e perde o colorido dos detalhes que antes haviam me cativado.
Notei algumas coisinhas que passaram na revisão, nada comprometedor.
No geral, um bom conto, mas prejudicado, talvez, pela necessidade de entregar no prazo, antes do amadurecimento de um desfecho à altura da ideia e da atmosfera do conto, tão saborosa nos primeiros parágrafos.
Desejo sorte no desafio e em tudo mais, amigo/a entrecontista. Abraço.
Os algarismos binários Zero e Um travam um diálogo existencial inconclusivo no interior de um programa de computação (Seria isso??).
Como não é sabrinesco, calculo que seja SciFi.
Um bom título, uma imagem intrigante, um começo promissor. Um texto super-experimental sobre o qual eu teria até algumas hipóteses de interpretação, que não me atrevo a expor nesse comentário. O mérito está em deixar essa leitora aqui completamente desconcertada.
Boa sorte no desafio, amigo/a entrecontista. Um abraço.
Começando pelo pseudônimo — contra analógico; contra a busca de semelhanças entre coisas ou ações distintas. Assim, o texto parece discutir o quanto é válido um raciocínio analógico. Parece-me um diálogo entre um humano e uma inteligência artificial que acaba com um erro, uma falha do sistema. Analogias e contra analogias é estratégia didática no estudo de modelos; assim, temos um texto experimental de ficção científica — um biopunk que foca nas mudanças bioquímicas, físicas e de engenharia humana com o objetivo de que a Humanidade se adapte ao cenário do futuro, ao convívio com as máquinas e às dificuldades consequentes. O tema é atual e lida com a questão da inteligência artificial.
A discussão existencial é interessante, o diálogo é humano, filosófico, vocabulário técnico, construído no sistema binário, com base nos números zero e um, que é o utilizado nos computadores digitais, considerado mais preciso, sem oscilação da qualidade. Mas, na narrativa, falhou no final.
Um texto curto, mas trabalhoso para o leitor médio, como eu. Promete, porém entrega pouco no conteúdo.
Parabéns, pela ousadia! Bom trabalho. Abraços.
Resumo
O texto traz várias definições sobre o que é o zero e o que é um círculo, os comparando entre si. O círculo é algo positivo e o zero, negativo. Usando a linguagem da computação, os dígitos binários 0 e 1 intercalados, ele vai das definições do que é o zero e do que é o círculo, caminhando para algo mais pessoal. Dá a impressão de que ele é um computador, uma máquina, que vai tomando consciência de si mesmo e se tornando meio humano. Começou sendo um zero e aos poucos foi se tornando um círculo. Ou vice-versa, um homem que vai se tornando máquina. Será?
Comentário
Parabenizo o autor pela coragem. Sinceramente não sei comentar além do que eu coloquei no resumo. Gostei de ter encontrado um texto diferente, ousado e dinâmico como este, apesar de ter me parecido muito abstrato para ser comparado com os demais. Sreria mesmo uma FC? Sabrinesco eu sei que não é rsrs.
a direita (à)
a esquerda (à)
RESUMO:
Discussão entre a diferença entre o círculo e o zero.
Narrador não sabe se nasceu humano, se é uma máquina-humana ou um homem-máquina, se reencarnou ciborgue, se vê como uma existência a ser valorizada, embora contraditória.
AVALIAÇÃO:
Conto com tema FC, curto e sintético como uma real transmissão de um ciborgue ou uma máquina. A linguagem empregada está de acordo com a proposta de narração robótica.
Não encontrei falhas de revisão.
O ritmo é dinâmico devido à forma da narrativa escolhida pelo autor.
Não há muito o que se comentar deste conto, pois ele é apenas um apanhado de reflexões sobre ser um círculo ou um zero, uma máquina-humana ou um homem que foi se tornando um ciborgue.
Pelo tamanho do texto, a leitura flui fácil e rápida, sem entraves.
Parabéns pela participação neste certame. Boa sorte!
O Círculo Não é um Zero
Resumo:
Diálogo entre o “0” e o “1” ou entre o círculo e o 1 acerca de questões filosóficas, onde um sistema começa a rodar e depois para por algum tipo de erro.
Comentários:
Caro Contra-analógico,
Conto que, me pareceu, buscou o viés de Ficção Científica, salvo pelo “o” (o buraco) e o “1” (o pau, o pênis), numa tentativa sutilíssima de sexualizar a relação entre ambas as formas.
Bem, não sei bem o que dizer do seu conto além de explicitar que o tema não foi explorado como poderia. Legal a discussão filosófica travada entre o “o” e o “1”, embora discorde de alguns conceitos expresso ali, mas não acho que isso seja o bastante para qualificá-lo como um conto de ficção científica – ou sabrinesco se o que disse acima se confirmar –, que acho que foi o pretendido.
Talvez outros colegas encontrem um jeito melhor de comentar o seu conto, dado que eu não consegui; e fico por aqui. Voltarei posteriormente ao seu conto, depois de abertos os comentários, para saber onde possivelmente errei ao não ver com acerto as suas intenções.
Boa sorte no desafio.