EntreContos

Detox Literário.

Eles Estão Entre Nós (Victor O. de Faria)

Prólogo

Essa é a história de um ser humano em que, no alto de sua serenidade e sapiência, teve a cara e a coragem de fazer o que ninguém jamais faria e acabou, assim, salvando toda a humanidade no processo: misturou leite com manga.

 

I. Os Visitantes

Debaixo de pele humana e isolados numa cidadezinha do Kansas, um casal de reptilianos vivia tranquilamente sob o curioso disfarce de fazendeiros. De tanto abduzirem vacas, haviam decidido criar seu próprio gado num sítio litorâneo. As criaturas serviam apenas como animais de estimação, contrariando o inconsciente popular, confundidas inicialmente como a espécie dominante (eram vegetarianos em sua maioria). Enquanto seus parentes preferiam conduzir a política externa nos bastidores, a vida no campo parecia lhes trazer maior satisfação. Dominação global era muito cansativo.

“Bem-vindos ao Rancho Neila” estampava a placa rústica, acima do portal. Já acostumado às esquisitices de seus patrões, Seu Zé, o empregado mais antigo do recanto, desembaraçava as redes na varanda. Todo dia, exatamente às onze horas, deixavam seus afazeres de lado e deitavam-se ao sol. Não envelheciam nunca. Mal sabia ele que os visitantes possuíam um catálogo genético virtual e escolhiam seu perfil com base num simulador interativo de emoções humanas. Somente seus nomes precisaram ser trocados por títulos menos chamativos, embora o sistema ainda exigisse o uso de caracteres especiais.

Karlos Arroba e Chandra Asterisco viviam bem como exportadores de produtos bovinos, até o dia em que a banda larga surgiu.

 

II. Os Conspiradores

Tudo começou com o vídeo vazado de uma coletiva de imprensa. Um segurança da Casa Branca, distraído com os protocolos sociais, esqueceu-se temporariamente de baixar suas pálpebras, revelando um curioso olho felino. Foram menos de dez segundos, mas o suficiente para descobrirem o plano de dominação mundial. A internet quebrou, um jovem enriqueceu e os Illuminati comemoraram a mudança de foco, mesmo que não existissem.

Depois daquele dia, um grupo de revolucionários de sofá dedicou sua vida a descobrir a verdade por trás da mentira. Enquanto devoravam a indústria fast food e assistiam vídeos de gatinhos (algo impossível de se escapar), publicaram registros indiscretos e reveladores dos visitantes, incluindo aquele em que um deles imitava a dancinha imperturbável de um garoto de mochila.

Assim como encontrar uma pepita de ouro numa terra distante, um dos registros “confidenciais” acabou indo parar nas mãos de Seu Zé. Segundo ele, o “zap-zap” da família era bastante ativo. Com o título gigante “Eles podem estar em sua casa nesse momento”, fez questão de abrir o arquivo logo de manhã cedo. As vacas já pastavam no campo quando viram seu amigo derrubar os baldes no chão e coçar a cabeça de nervoso. O chapéu de palha voou longe. A mensagem terminava com um ruído estranho que fez Raimundo, seu cão pastor, virar a cabeça. Precisava alertar seus patrões.

Assim que pôs os pés na casa, paredes metálicas desceram, as portas foram trancadas, o holograma da cozinha tremeluziu e o piso foi substituído por um mármore branco e transparente. O forno apitou. Ficou na dúvida se servia o bolo ou surtava. Fez vários sinais à espera de que tudo não passasse de uma simples assombração. Logo na semana em que havia parado de beber! Raimundo, esperto como era, aguardava do lado de fora. Sozinho e em pânico, fez o que qualquer ser humano faria naquela situação… Tirou o bolo do forno.

 

III. Os Mentirosos

Karlos e Chandra surgiram do subsolo por meio de um elevador translúcido. Lhe asseguraram, de maneira enfática, que não enfiariam sonda em lugar nenhum; seu objetivo era esclarecer o que estava acontecendo. A verdade não estava lá fora, e sim, ali dentro. Seu Zé era um amigo de longa data e não gostariam de perdê-lo. Alguns reptilianos podiam ser agressivos.

Ainda em sua forma humana ofereceram-lhe chá. A camuflagem de “casa do campo” funcionava muito bem, e escondia outras partes da nave e seu curioso formato: um “nove” enterrado no solo. Permitiram a entrada de Raimundo, seu fiel escudeiro – o cachorro já sabia, afinal, dominavam muitas línguas. O olhar de Seu Zé para o cão dizia tudo.

Explicaram-lhe brevemente que em suas incursões pelo sistema haviam encontrado um planeta muito divertido de se estudar, cheio de animais, esquisitices e, acima de tudo, diversidade. A princípio, abduziram a espécie mais inteligente, que colaborava com o ecossistema e ainda produzia alimento nutritivo, mas depois descobriram que os predadores é que mandavam e a vaca foi pro brejo.

Revelaram que os primeiros reptilianos eram mais insensíveis e dissecaram centenas de humanos, pois se reproduziam de forma descontrolada. Então acharam que não tinha problema. Depois de aprenderem um pouco mais de sua cultura e fisiologia, utilizaram a informação para criarem os disfarces. Os agressivos logo aprenderam a manipular o sistema e os mais receptivos passaram a criar laços sentimentais. Fizeram-no entender que estavam à espera de um resgate. Logo a nave-mãe voltaria e os terráqueos seriam deixados em paz (ou não). O problema era que o “logo” estava demorando muito. Teriam sido esquecidos?

Seu Zé travou na palavra “dissecar”. Bem, pelo menos seus patrões tinham boa índole. O medo, agora, era saber o que havia embaixo das peles de cordeiro. Chandra matou sua curiosidade puxando a pele do olho esquerdo. Quase teve um infarto.

 

IV. Os Precursores

O que ele não sabia era que os infiltrados haviam sido responsáveis por várias invenções do passado, como a uva passa no panetone e o uso de meia esporte por cima da calça. Contudo, perante a lei, não existiam. O que fizeram para assegurar seus direitos de cidadania foi entrar em contato com os maiorais de seu povo e solicitar um visto permanente como estrangeiros, palavra que, curiosamente, era sinônimo de alienígena.

Num período anterior a esse plano, seus companheiros haviam deixado o planeta recém-descoberto carregados de recursos valiosos. Foi o ano com o maior avistamento possível de objetos voadores não identificados. Naquela época, sair nos jornais de grande circulação era igual a ter milhares de seguidores no Instagram. Deu certo. Uma legião de interessados se reuniu e criou sua própria rede de teorias. Contudo, embora os precursores esperassem um retorno, este jamais veio. Os reptilianos souberam, muito tempo depois, que seus irmãos distantes haviam enriquecido vendendo videogames e aparelhos de som três em um em Alfa Centauri. Não voltariam.

A tecnologia evoluiu. Os meios de comunicação também. E em menos de um século os esquecidos já podiam enviar um novo pedido à nave-mãe. O plano de dominação teve início assim que descobriram qual era o destino final de suas queridas vacas de estimação. Alguns realmente desejavam governar, enquanto outros estavam apenas indignados por nunca terem acertado um USB de primeira.

 

V. Os Illuminati

Nunca existiram.

 

VI. Os Interceptadores

Era muita informação para uma mente cansada pelos afazeres do campo. Para curar aquela enxaqueca danada, somente uma semana de férias. Exatamente o que Seu Zé pretendia fazer. Depois de jurar que não contaria a ninguém, sob o risco de ser desintegrado “sem querer”, pescar com seu cão parecia uma boa ideia. Precisava esquecer toda aquela loucura… Por isso o solo ao redor da casa era tão duro! A última vez que plantara uma orquídea, nascera uma lagarta. Pensou em ligar para a polícia. Mas quem acreditaria que sua cozinha era uma cápsula criogênica e o forno era, bem, um forno? Puxou o celular e digitou no grupo de família: “Tô trabalhando pros ETs”. A resposta imediata, após uma série de carinhas engraçadas, foi “Já cedo assim, Seu Zoroastro?” e voltou a pescar. Uma hora de total silêncio.

Quando o maior peixe da região estava prestes a morder a isca, uma agitação incomum nas estradas interrompeu seu cochilo. Uma camionete preta cortou o capim de forma desordenada, impaciente, veloz, como se não houvesse amanhã. Raimundo rosnou em alerta. Era problema, e dos grandes. Recolheu suas coisas, montou na bicicleta novinha e deixou para trás a mata nativa. Quatro figurões desceram da van com armas em punho. Redes sociais eram monitoradas o tempo todo.

Seu Zé segurou o chapéu, colocou a língua pra fora e ajustou para a oitava marcha (Dezoito marchas! Pra que tanto, se o carro tinha só cinco?). Ninguém devia invadir uma propriedade daquele jeito. Chegou a tempo de perceber que Karlos e Chandra já estavam no chão, algemados. Duas macas os aguardavam. Teria sido sua culpa? Quando disseram que grupo de família não prestava, não acreditou. Mas o que poderia fazer naquele momento? O cachorro atacou o primeiro homem. Sem pensar muito, jogou a bicicleta em cima do terceiro e arrancou à força as chaves do segundo. Assim que teve a oportunidade, lançou o calhamaço nas mãos de Chandra. O quarto indivíduo foi mais rápido. Atirou nos dois. O cachorro tombou, Seu Zé também.

Há muito tempo os visitantes não deixavam seu lado agressivo aflorar. O que veio a seguir tornou-se uma pintura renascentista a óleo, com pinceladas jogadas ao esmo, sem direção, até formarem um enorme, indecifrável e feliz borrão artístico.

 

VII. Os Resgatadores

Raimundo e Seu Zé foram carregados para o subsolo. Estancaram os ferimentos da melhor forma possível. A ala médica da nave já não funcionava como deveria. Precisavam levá-lo ao hospital. Como fariam isso com a pele rasgada e cheia de cortes? Seus pensamentos foram interrompidos por um tremor acima do solo. A sala foi preenchida com uma brisa fúnebre. Em questão de segundos, a ventania transformou o dia em noite. Relâmpagos semearam o solo, como uma tempestade de verão. Saíram rapidamente. A enorme sombra triangular encobria toda a fazenda e além. Um asteroide pontiagudo acabava de estacionar acima do Rancho Neila. Devido à uma incrível coincidência de roteiro, a nave-mãe voltara!

As notificações explodiram, as mídias enlouqueceram, os ufólogos piraram, os reptilianos festejaram discretamente e os problematizadores questionaram a palavra “disco voador”, sendo que aquilo mais parecia uma “lança voadora”, enquanto os filósofos de redes sociais destilavam seu ódio contra tudo e todos. Um dia comum, não fosse pelo eclipse artificial.

Karlos e Chandra foram transportados imediatamente à sala de reparos, enquanto seus amigos foram colocados na câmara biótica. Aproveitaram para abduzir mais cinco cabeças de gado. Se conseguissem mais uma leva de Playstation e polainas coloridas, estariam satisfeitos.

 

VIII. Os Reptilianos

Era a primeira vez que Seu Zé via a Terra do espaço, e nem havia precisado beber. Aquele planetinha azul era muito agradável de se contemplar, um verdadeiro paraíso turístico. Tinha lá seus defeitos, como gente chata, mas o restante compensava.

A sala de recuperação era bastante espaçosa e continha vários objetos estranhos, como um lustre formado por triângulos que se moviam um dentro do outro e ressoavam em sintonia. Acabou encontrando uma esfera para seu cachorro brincar. Sentia-se muito bem, apesar do buraco no peito. Por curiosidade, levantou o curativo. E xingou a mãe do juiz ao perceber que haviam lhe costurado uma pele viscosa no lugar do rombo.

A porta se abriu. Pela primeira vez presenciava a anatomia dos anfitriões em sua forma natural: olhos felinos, uma cabeça proeminente, língua partida, pele verde, escamas, uma cauda pequena e patas amarelas com pequeninos pontos de sucção. Aonde já havia visto aquilo? Ah, em seu jardim – lagartixas gigantes. Já não se surpreendia com mais nada. Ao chegar em casa, voltaria a beber. Era uma promessa. Ainda mais depois de ver sua “enfermeira” lamber os olhos de uma forma tão displicente.

Ficou aliviado ao encontrar alguém que não falava sua língua. Karlos e Chandra se reapresentaram e pediram encarecidamente para que o cachorro largasse seu primo distante. Aquilo era um ovo. O que Zoroastro Uáshinton Euclides Inácio Raimundo do Araguaia (escrito no prontuário, mas popularmente conhecido como Seu Zé) não sabia, era que, para ser possível revivê-lo, fizera-se necessário realizar um transplante de coração, tanto nele, quanto no cachorro.

Estupefato, não acreditou quando sentiu uma vontade incontrolável de lamber o próprio olho.

 

IX. Os Estrangeiros

Para sua própria segurança, os dois deveriam permanecer em observação nos jardins da nave-mãe, por tempo indefinido. Enquanto muitos pediam para serem levados, Seu Zé havia ganhado um passe-livre sem custos adicionais, com guia incluso. Bem, estava mesmo precisando de férias e os reptilianos orgulhavam-se de suas águas termais. Aproveitaria para conhecer aquela exótica cultura. Quem sabe não resolvesse experimentar uma nova vida num mundo distante, longe dos parentes, das redes sociais, dos impostos e, principalmente, da uva passa nos finais de ano…

De tanto perambularem pela nave a fim de conhecê-la, um ecossistema móvel e completo, os reptilianos acabaram acostumando-se à sua presença. Sempre que o humano e seu cão apareciam, cochichavam um no ouvido do outro. E pediam mais vacas como lembrança.

 

X. Os Estagiários

Antes de partir, levando consigo os que desejavam voltar à Alfa Centauri, deixaram aos terráqueos uma mensagem importante grafada nos céus, como um aviso: “Todos esses mundos são seus, exceto Europa. Não venham até ele. Use-os juntos. Use-os em paz”.

E só depois notaram que aquilo vinha de uma mídia antiga, alugada por um de seus companheiros e nunca devolvida. Dois mil e dez já era um filme bem velho, e a multa já devia bater na casa dos milhões. Alguém escreveu “Desculpe”. Encontraram o aviso certo e grafaram novamente.

“Todo esse mundo é seu. Voltaremos em mil anos. Cuidem bem dele. Caso contrário, o destruiremos”.

O gerente de publicidade coçou a testa. Os novatos deram de ombros. Aquilo soava ambíguo demais. Vasculhou rapidamente um fórum na internet e acrescentou a frase final.

“E a Terra não é plana! #pas :)”.

 

XI. O Fim

Séculos mais tarde, com um maior entendimento filosófico proporcionado por seus convidados, voltariam ao pálido ponto azul do sistema solar, prontos para dar prosseguimento à missão original e povoar a Terra com seus híbridos. Mas, com pesar em seus olhos, haveriam de descobrir que nem os humanos, nem os reptilianos, nem o google, e tampouco os Iluminatti, haviam conseguido concluir seu plano. Eles estavam entre nós o tempo todo, silenciosamente preparando o caminho para o que estava por vir, com seus vídeos engraçados e patas fofinhas… Os gatos dominavam o mundo.

34 comentários em “Eles Estão Entre Nós (Victor O. de Faria)

  1. Victor O. de Faria
    14 de outubro de 2018

    Apenas 3 detalhes para encerrar:
    Litoral do Kansas: não existe, erro meu (ERROU!)
    Zoroastro Uáshinton Euclides Inácio Raimundo do Araguaia: acrônimo de Z.U.E.I.R.A.
    Leite com manga: se os gatos dominaram o mundo, misturar leite com manga fez eles passarem mal (em teoria), mas isso ficou muito subentendido.

  2. Daniel Reis
    12 de outubro de 2018

    Prezado Autor: inicialmente, esclareço que, neste Desafio, dividi a análise em duas etapas – primeira e segunda (ou até terceira e quarta) leitura, com um certo espaçamento. Vamos às impressões:

    PRIMEIRA LEITURA: eu realmente não gosto de histórias com divisões capitulares convencionais. Prefiro ir entendendo à medida da leitura, sem tentar “adivinhar” o que vem pela frente conforme aquele subtópico. Na leitura, o texto tem uma série de correções gramaticais, como pronome oblíquo começando frases, etc. Já a história, com reptilianos, cachorro, vacas, e finalmente gatos, me pareceu um tanto maluca.

    LEITURAS ADICIONAIS: não melhorou nada o meu conceito. Inclusive, achei difícil chegar ao final sem pular umas partes. Sinto muito, acho que não sou o seu leitor ideal.

    Desejo a você, e a todos os participantes, sucesso no desafio e em seus futuros projetos literários!

  3. Amanda Gomez
    12 de outubro de 2018

    Olá,

    Terminei o conto me sentindo fora da caixinha. O fato de estar lendo uma sátira .. com comedia num momento em que nada me dá graça e ainda falando de gatos ( a minha faleceu ontem) me senti até sem graça de e comentar. Em outro momento eu deixaria pra depois mas não dá mais tempo!

    Mas vamos lá!

    O texto apesar de aparentar nonsense… Confuso e sem ligas se montra justamente o contrário no decorrer da leitura. O autor pensou sim em cada detalhe, há liga, um propósito. Achei os personagens bem interessantes assim como toda essa ” cultura” usurpadora. Você usou muitos elementos que causam identificação imediata com o leitor, por ser coisa de dia a dia, de conhecimento público. As tiradas são ótimas, não fosse a minha ausência de humor teria me feito rir.

    Há momentos confusos, tem muito ir e vir… As coisas estão sem acontecendo com bastante velocidade, o que é ótimo pq a leitura vai acontecendo sem tempo pra achar tedioso ( embora ele seja mais longo do que precisaria em minha opinião)

    Enfim, um texto de destaque, parabéns. Boa sorte.

  4. Priscila Pereira
    11 de outubro de 2018

    Olá Zamunda,
    “Os gatos dominavam o mundo.” Só com essa frase você já me ganhou…kkkk amo gatos!!!
    Então… o conto parece não ter nada a ver com nada… o começo promete manga com leite que não encontramos e a salvação do mundo que também não consegui achar, mas está muito bem escrito, tem ótimas tiradas, as cenas de ação são muito boas, a criatividade é enorme, os personagens são bem críveis, É um ótimo conto de entretenimento.
    Boa sorte!
    Até mais!

  5. Fil Felix
    8 de outubro de 2018

    Boa noite! Eu tenho certo fetiche por contos mais bem estruturados, com capítulos, divisões, essas coisas. Acho que dá uma outra estética e uma leitura mais agradável. E aqui tudo isso fluiu muito bem, com o formato ajudando o leitor. Como a parte dos Illuminatti. Uma comédia muito boa, lidando com o exagerado e caricato, num contexto bem atual (internet, memes…) e bastante debochada. Gostei muito, principalmente de algumas referências (como Arquivo X) e por ter dado relevância, não deixando cair no exagerado mas simplista, de algumas situações: como a descoberta pelo whatsapp, em saber que somos sempre vigiados. Mostra que não são somente eventos jogados. Muito bom!

  6. Emanuel Maurin
    7 de outubro de 2018

    O texto é engraçado. Revolucionários de sofá foi demais, não aguentei e comecei a dar risadas. Gostei que colocou nome nos capítulos, acho que da um descanso para o leitor. Enfim, gostei da trama, boa sorte.

  7. Dônovan Ferreira Rodrigues
    7 de outubro de 2018

    Olá, autor.

    Muito, mas muito bom mesmo. Parabéns. Não vejo muito o que comentar quando tudo é tão agradável e divertido.

    Só achei que faltou o call back da piada nesse processo:
    “Essa é a história de um ser humano em que, no alto de sua serenidade e sapiência, teve a cara e a coragem de fazer o que ninguém jamais faria e acabou, assim, salvando toda a humanidade no processo: misturou leite com manga”
    Eu ri, mas não vi o leite e a manga que estava esperando. XD

  8. Fabio D'Oliveira
    6 de outubro de 2018

    Acho justo esclarecer como avalio cada texto. Eu tento enxergar a essência do escritor e de sua escrita. Eu tento sentir o que o escritor sentia ao escrever. Eu tento entender a mensagem do conto. Eu tento mergulhar naquela história que o autor quis passar. Apenas ler o que está ali, apreciar o que foi oferecido, procurar entrar na história. Assim como todo bom leitor. Mas mantenho a atenção e meu sentido crítico. Então, já peço desculpas por qualquer coisa que fale que te cause alguma dor. Um texto que criamos é como um filho.

    – O que vi: O autor escreve muito bem. Sua narrativa é concisa e precisa. Os atos são divididos de forma razoável. As transições de cenas também são boas. A leitura flui naturalmente, o que é um fator de excelência para o conto. Você sabe escrever! Parabéns!

    – O que senti: Foi uma leitura um pouco tediosa, para mim. Eu costumo gostar de piadas mais inteligentes, que possuem uma razão, um motivo para estarem ali. Piadas óbvias e banais não me agradam tanto. Parece-me forçado. O autor usa e abusa dessas piadas, tanto que acaba inundando o texto e afogando o leitor. Dependendo da pessoa, pode ser uma leitura boa, agradável, mas quem espera um pouco mais, como é o meu caso, a leitura acaba se tornando bem desagradável. Não conseguiu arrancar nenhuma risada. Nem sorriso, na verdade. Outro fator que me incomodou foi a história líquida. sem força e sustentação sólida. A narrativa segue o fluxo das piadas, não o contrário. O mesmo acontece com o enredo do conto. Isso enfraquece a trama. E ela não se sustenta sozinha.

    – O que entendi: Um emaranhado de acontecimentos, sempre voltando para Seu Zé e seus amigos reptilianos. Acontece a revelação, uma cena de ação, uma invasão até pacífica, um adeus cheio de falhas e um final peludo e felino. O forte do conto não é a história. Ou sua narrativa. São suas piadas. Por elas serem óbvias demais, não curti a leitura no geral. Dentro de sua proposta, acredito que seja um bom conto.

  9. jggouvea
    5 de outubro de 2018

    Onde eu estou com a cabeça?? Outro conto que eu tinha esquecido de comentar!

    Bem, esse texto eu li há duas semanas e terei de ler de novo para poder me lembrar porque ele não me marcou quase.

    Lido e relido o texto, descobri porque. Eu não o havia lido até o fim! Minha nota não vai mudar significativamente porque, embora eu tenha gostado mais do texto, eu já tinha dado para ele uma nota bem boa.

    Bem, qual é o problema?

    O texto nega a sua premissa.

    Não há nele qualquer menção a leite com manga e tampouco as ações dos personagens resultam na salvação da humanidade. Perdeu pontos aí.

    Não ficou bem caracterizada a necessidade de termos a história ambientada no Kansas e termos um trabalhador brasileiro. Não tirei pontos por isso, mas achei que valia a pena não cometer esse pecadilho.

    Mas, pensando bem, eu devia ter arredondado a nota para cima em vez de para baixo. #remorsos

  10. Bruna Francielle
    5 de outubro de 2018

    Bem, apesar de eu passar a maior parte do conto com essa cara: :l , quase sorri 3 vezes.
    O autor(a) escreve bem, mas a narrativa não me empolgou.
    Possivelmente se deve ao fato de ser muito difícil uma comédia me agradar, apesar de eu adorar o gênero, são poucas as histórias que me divertem.
    Talvez tenha sido o excesso de nonsense, pois quase nada do que foi escrito tem alguma ligação com a realidade. Pra mim não funciona piadas com coisas do gênero “espaguete voador”, porque é nonsense. Para ler, prefiro humor associado a inteligência e a ironia.
    O que mais gostei do texto foi do primeiro nome do “Seu Zé” : Zoroastro, talvez porque foi a única coisa que fui capaz de conectar a algo vagamente familiar no texto.

  11. Jorge Santos
    2 de outubro de 2018

    Texto bem construído à volta da saga interplanetária do Seu Zé, cheia de humor inteligente que nunca nos abandona até ao final. Tive de me controlar para não rir sozinho enquanto lia. Parabéns ao autor e venham mais destes. O mundo precisa e os gatos também.

  12. Miquéias Dell'Orti
    27 de setembro de 2018

    Olá!

    Seu texto já me fisga com a máxima de 99% das mães e avós do universo: “nunca beba manga com leite, meu jovem!”

    A gente espera daí pra frente um texto recheado de humor e é exatamente isso que temos. Muito humor, e humor dos bons (ainda bem).

    Gostei da trama, dos reptilianos vivendo debaixo dos nossos narizes, quando começamos a ler contos muito humorísticos como esse é quase certo que não esperamos uma trama muito aprofundada, mas eu senti o contrário. Tudo se acerta e se conecta numa ótima história.

    Seu Zé é um personagem ótimo, mas Raimundo meio que roubou a cena pra mim, rs (desculpe, se Zé).

    Nota para o Deus ex machina inserido e comentado propositalmente em “Devido à uma incrível coincidência de roteiro, a nave-mãe voltara!”, que, apesar de ter uma crase fora do lugar, foi a melhor das sacadas de todo o texto.

    Por fim, eu percebi por baixo do pano humorístico uma crítica bem sutil a nossa sociedade contemporânea, como os estrangeiros “sinônimos de alienígena” ou os haters/gurus/filósofos da internet e suas críticas infundadas a tudo.

    Um ótimo trabalho.

    Parabéns!

  13. Paula Giannini
    24 de setembro de 2018

    Olá Autor(a),

    Só quem já conviveu com gatos sabe que eles, de fato, dominam o mundo.
    Seu conto aposta em um tipo de humor quase ácido, para construir uma trama que brinca com várias teorias de conspiração. Dessa forma, o(a) autor(a) nos apresenta cada uma destas “teorias” e seus personagens em capítulos cheios de ironia e presença de espírito.

    Interessante notar o modo como o(a) escritor(a) costura os capítulos através da figura do personagem seu Zé, fazendo de seu trabalho, ao final, com todas as partes unidas, uma única e maior teoria da conspiração.

    As ótimas referências ao mundo da internet, em um viés cômico de situações tidas como sérias por grupos adeptos as tais teorias, como por exemplo a da Terra plana, mostra toda a pesquisa que há por traz da pena.

    Parabéns por escrever.

    Beijos e boa sorte no desafio.

    Paula Giannini

  14. angst447
    22 de setembro de 2018

    Olá,autor, tudo bem?
    Conto muito bem elaborado, escrito por alguém que domina bem a arte das palavras. Além disso, o tom cômico, satírico, com clichês muito bem aproveitados, dão fluidez e leveza ao texto.
    Incrível habilidade na construção das frases e imagens.Não estou me apegando a qualquer falha de revisão neste desafio. Só fiquei intrigada com o mármore branco transparente. Como é isso? É translúcido?
    Apesar de longo, o conto possui um ritmo ágil que torna a leitura bastante agradável.
    Adorei acompanhar a saga de Seu Zé e o cão Raimundo entre os amiguinhos reptilianos. Muita criatividade e bom humor. Parabéns!

    • angst447
      22 de setembro de 2018

      Além disso, o tom cômico, satírico, com clichês muito bem aproveitados, dão fluidez e leveza ao texto.
      * o tom cômico, satírico, E os clichês muito bem aproveitados dão fluidez e leveza ao texto.
      Viu como eu não estou nem aí para REVISÃO? 🙂

  15. Marco Aurélio Saraiva
    19 de setembro de 2018

    Cara, o seu conto é sensacional! rs rs rs rs

    É raro eu curtir um conto cômico assim pois acho muito difícil escrever comédia bem… mas você fez com louvor! MUITO engraçado! E praticamente sem erros. Sua escrita flui muito bem, você fez uma excelente revisão e a história é sensacional.

    Putz, um dos melhores que eu li. Ri horrores! hahaha!

  16. Fabio Baptista
    18 de setembro de 2018

    Anotações durante a leitura:

    – misturou leite com manga.
    >>> o conto já começa mostrando uma pegada mais descontraída. Gostei.

    – Karlos Arroba e Chandra Asterisco
    – Tirou o bolo do forno
    – nunca terem acertado um USB de primeira
    – Nunca existiram
    – Já cedo assim, Seu Zoroastro?
    >>> kkkkkkkkk

    – A verdade não estava lá fora, e sim, ali dentro
    >>> talvez isso não tenha ajudado muito a convencer sobre a sonda kkkk

    – a nave-mãe voltara
    >>> há uma certa predileção por mais que perfeito. Eu tenho implicância com isso e sugiro evitar quando possível. Mas é gosto.

    ———————-

    Impressões finais:

    Gostei bastante desse conto. Eu usei essa palavra para definir um conto em outro desafio e a autora ficou brava comigo, mas não vejo outra que se encaixe melhor aqui: despretensioso. Isso não é pejorativo, não é ruim. Antes um conto despretensioso e muito bem executado, como é o caso aqui, do que um cheio de pretensões artísticas/linguísticas/etílicas/estilísticas que acaba se revelando um pé no saco depois do segundo parágrafo.

    Enfim… a parte técnica está ótima, sem erros gramaticais, segurando o ritmo da narrativa e conseguindo fechar praticamente todos os capítulos com um toque de bom humor que funcionava como gancho para a próxima sequência.

    A trama é mais estruturada do que imaginei no começo. Pensei que seria um completo nonsense, sem ligação nenhuma entre os capítulos e acabei me surpreendendo positivamente com a saga do caseiro dos reptilianos. De todo modo, o clima geral ficou dominado pela sensação bem humorada de que qualquer coisa poderia ocorrer a qualquer momento, sem qualquer lógica. Se fosse um pouco maior, talvez essa falta de um plot mais atrativo se tornasse um problema, mas aqui ficou na medida certa.

    Muito bom.

    Abraço!

  17. Wilson Barros
    18 de setembro de 2018

    Misturar leite com manga mostra bem como alguns mitos da classe dominante se perpetuam no Brasil. Até hoje essa história espalhada pelos senhores de engenho como o intuito de evitar que bebessem seu precioso leite perdura. É necessário manter o senso crítico para com tudo que políticos disserem. Curioso que Lagartos alienígenas foram abordados no incrível livro de Jack Vance, “Reis das Estrelas”, que eram répteis disfarçados de homens e infiltrados nos planetas da humanidade. Provavelmente esse livro já foi esquecido por todos. A frase “contrariando o inconsciente popular” é o que venho dizendo aqui o tempo todo e ninguém acredita: os alienígenas não são maus. A frase “os Illuminati comemoraram a mudança de foco, mesmo que não existissem” ficou muito boa e lembra a famosa afirmação de Cormac McCarthy, “Deus não existe e nós somos seus profetas.” A linguagem do autor é bastante coloquial, mas com frases de humor bem elaboradas, entre as quais destaco “O problema era que o “logo” estava demorando muito” e “Seu Zé travou na palavra “dissecar””. O estilo é valorizado por comparações criativas “veloz, como se não houvesse amanhã” e inversões (“Ao chegar em casa, voltaria a beber. Era uma promessa”, já que normalmente a promessa é não beber mais). Há também aquelas cenas da comédia clássica, o cachorro brincando com o ovo. Todo esse estilo produziu um conto que apesar de inovador em seu formato mantém contato com as boas práticas estilísticas. Muito bom, parabéns.

  18. Fheluany Nogueira
    17 de setembro de 2018

    Uma história bem humorada, satírica ao mesclar clichês suas subversões sobre óvnis e alienígenas, anedotas com fundo histórico ou da atualidade, trocadilhos, ação policial, conspiração – um caos que instigou a curiosidade do leitor.

    Conteúdo e linguagem se amarraram perfeitamente. Texto bem escrito, com pequenos deslizes que não trouxeram nenhum prejuízo. Gostei muito da mixórdia de elementos que foram se agregando, a tensão substituída pelo cômico.

    Parabéns pelo divertido trabalho. Abraço. 🤣👏👏👏

  19. Rafael Penha
    14 de setembro de 2018

    Olá Zamunda!

    Um conto descontraído e fluido.

    PONTOS POSITIVOS: A gramática do autor é impecável. Formal quando necessário, informal como a maioria do texto pede. Não notei nenhum erro que atrapalhasse a leitura. A descontração do texto é gostosa e sabiamente conduzida em pequenas pitadas até o final.

    PONTOS NEGATIVOS: Achei a história um pouco desconexa e sem objetivo. Senti uma certa falta de aprofundamento nos personagens, o que fez eu não me importar com nenhum deles. Apesar de bem escrito e descontraído, senti falta de algo que me prendesse à história. Algo que me motivasse ler até o fim. Obviamente li, mas não estava tão afim de saber o que aconteceria.

    Um conto divertido, mas o enredo (ou falta dele) prejudica o geral.

    Grande abraço

  20. Higor Benízio
    13 de setembro de 2018

    Bom trabalho. A narrativa tem passagens excelentes, como “Há muito … borrão artístico” . Focar a maior parte em Seu Zé, foi um acerto, e serve bem como exemplo para a maioria dos textos que li até agora no desafio. Alguns piadinhas funcionaram bem, outras nem tanto, mas no geral o saldo é positivo. Talvez os iluminat sejam os gatos no fim das contas.

  21. Evandro Furtado
    12 de setembro de 2018

    Pontos Negativos

    – Alguns pouquíssimos problemas gramaticais no começo do texto, nada que prejudicasse o panorama geral do texto;

    Pontos Positivos

    – Uma sátira extremamente engraçada e divertida, fazendo uso de diversos elementos culturais pra construir o seu cenário;
    – Uma história original e inovadora, apesar de fazer refêrencias a aspectos já abordados, o que diferencia esse conto dos outros é a forma como foi trabalhado.

    Balanço Final: Very Good

  22. Ricardo Gnecco Falco
    10 de setembro de 2018

    Olá, Zamunda! Terminei agora de ler o seu conto e gostei bastante da forma cômica com a qual você escolheu permear 99% do texto. E digo 99% porque, como em qualquer boa comédia, as piadas partem sempre de um ponto comum: a realidade. Portanto, por mais risadas que possamos dar (e as damos aos montes) durante a leitura; por mais esdrúxulas que sejam as ações e situações encontradas e muito bem narradas na história, sempre fica aquele unzinho por cento ali, funcionando como crítica social (na maioria das vezes) e delatando as características comportamentais de nossa insana Espécie. Curti a viagem toda: as piadas, as metáforas, os nomes (Zoroastro Uáshinton Euclides Inácio Raimundo do Araguaia!), os memes… Enfim, foi uma leitura bastante agradável. Parabéns pela obra e por compartilhar com a gente esta sua criativa história! Boa sorte no Desafio! Saudações felinas,
    ‘Pas’ e Bem!

  23. iolandinhapinheiro
    10 de setembro de 2018

    Olá, autor!

    Conto zoeiro, leve e divertido que chegou como um feriado inesperado no meio de tantos textos pesados, chegou na hora certa, eu gostei: bom ter um refresco nas ideias e rir de teorias conspiratórias e de gatinhos perigosos.

    A linguagem foi um pouco verborrágica, e eu prefiro textos mais limpos, menos cheios de subdetalhes, quando a informação vem com outros dados ali colados como carrapichos, mas aí eu respirei, aumentei a letra, e fui lendo com paciência até tudo entrar macio no meu juízo.

    Dentro das escolhas que vc fez, acho que não precisava haver um grande mergulho nos personagens ainda que eu tenha achado o Zé e seu cachorro Raimundo absolutamente adoráveis, vi o seu conto como uma colcha de retalhos que formasse um desenho se vc olhasse de longe, não apenas um monte de retalhos aleatórios, e por isso cada retalho, isoladamente, não tem tanta importância assim, por isso os personagens não teriam, necessariamente que ser tão trabalhados. Será que me fiz entender ou ficou confuso?

    No cômputo geral posso afirmar que gostei bastante, é isso. Beijos e sorte no desafio!

  24. Anderson Roberto do Rosario
    9 de setembro de 2018

    Uma concepção totalmente nova, visto que parece uma miscelânea de conceitos pré-existentes com a intenção de criar algo novo. Isso tem seu mérito. Atente à alguns erros, por exemplo no início quando diz: sítio litorâneo, querendo dizer na verdade subterrâneo, não é? Pois sabemos que o Kansas não tem litoral. Eu me divertir com esta ideia de seres repitilianos vivendo entre nós e sobre as vacas e os gatos, enfim, foram muitas tiradas hilarias que divertiram e ainda teve uma dose moderada de critica social. Parabéns e sorte no desafio.

  25. Pedro Paulo
    8 de setembro de 2018

    Antes de começar, esclarecerei alguns dos critérios a partir dos quais estarei avaliando, ainda que a nota não vá estar totalmente definida antes do desafio. Avaliarei o conto a partir do domínio da língua portuguesa, da estruturação da narrativa, da adequação ao tema e, enfim, mas não menos importante, da criatividade. Vê-se que são critérios interligados. Vamos lá!

    Ri bastante com esse conto. Cuidou de logo no começo estabelecer seu tom humorístico, construindo um enredo ao nos situar sobre os personagens e seus relacionamentos ao mesmo tempo em que encaixou várias piadas, aproveitando-se de dois artifícios especialmente notáveis: o timing e as referências ao tema. Em nenhum momento o humor pareceu desnecessário, pois soube sempre escrever nos despertando uma expectativa e a contrariando no final com um efeito cômico (sim, acabei de descrever o funcionamento de uma piada). Foi o que fez logo no começo e o que continuou fazendo no restante do conto, como no momento em Zé se vê confuso na cozinha e faz “o que qualquer ser humano faria naquela situação”. No entanto, é no humor “metalinguístico” que se destaca, com mais de uma piada se tratando justamente de subversões dos clichês que geralmente podem ser encontrados em histórias de alienígenas, como ao dizer que “dominações mundiais são muito cansativas” ou que não terão sondas sendo enfiadas em lugares nenhum. Em todas as vezes que brincou com esses elementos comuns do tema, ri bastante, especialmente com os fundamentalmente conspiradores (e aqui inexistentes) Illuminati. Além deste fator que se destaca, é merecido dizer que está tudo muito bem escrito e que os personagens, embora não tão desenvolvidos, contribuem para um enredo envolvente. Aliás, acredito que os personagens não precisavam de tanta profundidade, pois é um enredo que funcionou melhor na abordagem panorâmica que teve. Parabéns!

  26. Caio Freitas
    7 de setembro de 2018

    Muito bom o conto. Me senti lendo guia do mochileiro das galáxias. Será que o Seu Zé tinha uma toalha? O conto é divertido do começo ao fim. Explorou bem tanto os alienígenas quanto os humanos, na figura do seu zé. Talvez o meu amor por gatos tenha me deixado na vontade de ouvir mais sobre eles. Se algum dia resolver contar esse lado da história não esqueça de me mandar. Boa sorte.

  27. Evelyn Postali
    4 de setembro de 2018

    Finalmente duas coisas importantes e que não devem ser esquecidas:
    Os gatos irão dominar o mundo.
    “E a Terra não é plana! #pas :)”
    Eu ri, porque é uma miscelânea de coisas nesse conto que me perdi algumas vezes. Mas o seu Zé, que esteve presente o tempo todo me guiou pelas sendas da diversão, por entre a construção muito inteligente desse texto. Gostei muito! Ele é leve e a leitura vai muito tranquilamente. Tenho a sensação de já ter lido outros textos seus. Por acaso você mora em Minas Gerais? Enfim… Um conto muito bom.
    Boa sorte no desafio. Abraços!

  28. Antonio Stegues Batista
    1 de setembro de 2018

    Aliens com outros temas, drama, suspense, mistério, etc. Aliens com o tema humor, por que não? As ideias, a escrita, tudo bom, mas não sei, é uma história para fazer rir o tempo todo, nada é sério. De qualquer forma é um trabalho bem feito e criativo, não resta dúvida. Só por curiosidade,misturar leite com manga, uva com melancia, faz mal. Essas superstições vem do tempo dos escravos.
    Legal a história que se passa em Kansas, interior dos EUA.( não entendi aquele gado no litoral!) Tem gente que não gosta de autor que faz ambientação fora do Brasil e eu digo que escritor não tem pátria. Não se pode colocar fronteira na literatura, ponto final! Boa sorte.

  29. Nilza AA de Souza
    30 de agosto de 2018

    Ufa!Quem são os alienígenas?os répteis,o seu Zé, o conto é longo, as personagens superficiais, as situações embaralhadas, enfim cuidado com os gatos.
    3

  30. Mariana
    30 de agosto de 2018

    A história é divertida demais, a inspiração de Douglas Adams é latente. O autor sabe usar os trocadilhos e piadinhas, os memes e hashtags da internet, para construir uma história animada sobre reptilianos, o seu Zé e eles, os verdadeiros tiranos do mundo… Adorei a imagem, que casou com o que é contado. Parabéns mesmo e boa sorte no desafio.

    PS: Quantas vezes eu á repeti que os Iluminattis não existem e é sempre uma decepção entre os meus alunos heheheheh

  31. Sarah Nascimento
    30 de agosto de 2018

    Olá! Seu conto é o mais divertido de todos! Parabéns!
    Me ganhou logo no comecinho com o “leite com manga”, risos.
    Sua história tem tanta coisa divertida que eu fui lendo aos pouquinhos para poder apreciar e rir com cada detalhe, parabéns pela sua criatividade!
    Bem interessante também a forma que você dividiu a história, como se fosse tudo em capítulos.
    Só não entendi o final, por que os gatos dominaram o mundo? Não que eu esteja reclamando, risos, adoro gatos.
    Eu sei que o meu comentário vai ficar enorme, mas eu precisava muito falar algumas partes que eu gargalhei com o seu texto, ok?
    São elas: “os Illuminati comemoraram a mudança de foco, mesmo que não existissem”, “fez o que qualquer ser humano faria naquela situação… Tirou o bolo do forno”, “os infiltrados haviam sido responsáveis por várias invenções do passado, como a uva passa no panetone e o uso de meia esporte por cima da calça.”, “Devido à uma incrível coincidência de roteiro, a nave-mãe voltara!”, “Aproveitaram para abduzir mais cinco cabeças de gado. Se conseguissem mais uma leva de Playstation e polainas coloridas, estariam satisfeitos.”, “. Melhor eu parar por aqui ou vou acabar colando o texto inteiro. risos.
    Para finalizar queria dizer que achei bem engraçado também o fato da esfera ser um ovo, então ser o primo dos reptilianos. Fiquei bem aflita na parte que os quatro homens chegam lá na fazenda e prendem o casal e o final foi bem legal, com eles levando o Zé e o o cachorro.
    Continue escrevendo assim, você me lembrou o Luis Fernando Veríssimo! Maravilhoso conto! Não consegui pensar em nenhum ponto negativo para citar e se eu fosse sugerir algo para o texto, seria colocar com cuidado esses trechos engraçados. Não coloque tudo de uma vez, é bom ir distribuindo ao longo da história, assim como você fez aqui. Então é isso, boa sorte no desafio!

  32. Nilza AA de Souza
    30 de agosto de 2018

    Ufa!!!Quem eram os alienígenas,os répteis,as lagartixas, seu Zé, e em quanto tempo o mistério foi solucionado?Devemos desconfiar dos gatos?
    Li de novo.O conto é interessante,
    Espere,vou ler de novo,descobri as relações, e divertido e as personagens bem elaboradas.

  33. Alessandro Diniz
    30 de agosto de 2018

    Uau! Gostei muitíssimo do conto! vc escreve de forma fluida, leve e descontraída. É gostoso de ler e é divertido. As referências às coisas humanas ficaram perfeitas. O texto é bastante coeso, tudo bem conectado. Seu português é ótimo. Um conto perfeito, na minha opinião.

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Informação

Publicado às 29 de agosto de 2018 por em Alienígenas e marcado .