EntreContos

Detox Literário.

Com Tudo Pago (Sower)

Estava frio, essa foi a primeira coisa que senti enquanto minha consciência voltava lentamente. Tentei abrir meus olhos, mas uma luz intensa brilhava rente ao meu rosto.

Tentei mover meus membros, eles estavam pesados. Não fui capaz. Pensei em gritar, movi minha língua dentro da boca seca. Senti gosto de sangue. Respirei fundo. Dor! Meu corpo se contorceu em um espasmo. O gosto de sangue se fez presente. Esperei a dor diminuir. Respirei lentamente. Procurei reunir ar suficiente para proferir uma palavra. Tudo que consegui fui um ruído mudo e um amargo intenso como féu em minha boca.

O desespero estava chegando, era inevitável, mas antes que ele me invadisse busquei em minha mente a memória mais recente da qual pude me lembrar. Era meu reflexo no balcão de um bar, pessoas ao meu redor falam um inglês com sotaque. Sim, eu estava esperando o motorista da agência de viagens me buscar. Conhecer o Reino Unido de graça? Que sonho!

O ponto de encontro era estranho, mas cavalo dado..  uma garota vem até mim, puxa conversa, uma garota como aquela não me daria sequer um bom dia no Brasil, fiquei fascinado. Ela me ofereceu uma taça de vinho, lembro que ela estava rindo de algo que eu disse quando o mundo começou a girar e meu corpo ficou pesado. Sim, foi naquele momento, me lembro da sensação de ser carregado.

Sou tirado de minhas memórias ao ouvir o som de uma porta abrindo. A luz se apagou. A superfície sobre a qual eu estava se moveu. Pude abrir meus olhos, mas só vi manchas coloridas que se dissipavam aos poucos. Quando finalmente pude distinguir formas notei sua presença. Ela se inclinou sobre mim, demorei para focalizar seu rosto, mas aos poucos o borrão tomou forma, uma forma linda. Era ela: A moça do bar. Com um sorriso malicioso no rosto ela me perguntou: “está aproveitando suas férias com tudo pago?”.

Sobre Fabio Baptista

14 comentários em “Com Tudo Pago (Sower)

  1. Thiago Amaral
    12 de maio de 2024

    Olá, Sower!

    Estava achando interessante seu conto, mas me surpreendi com o final acontecendo tão cedo!

    Acredito que, pelo pouco que mostrou, faltam mais detalhes. Sim, melhor falar pouco do que enxer linguiça. No entanto, penso que o conto não traz nada tão novo à mesa, deixando o leitor na vontade.

    O título já entrega do que se trata, então não há surpresa no final. A punchline já é entregue desde o início… isso faz com que a história perca o impacto também.

    Resumindo, acredito que o problema não é ser um microconto, mas sim que você precisa usar muito bem o microconto pra ele dar certo. Nesse caso, acredito que tenha faltado história para cativar o leitor.

  2. Luis Guilherme Banzi Florido
    9 de maio de 2024

    Bom dia, Sower! Tudo bem?

    Diário de viagem (kkkkkk): tô nos EUA sem notebook e sem internet, então tô lendo e comentando os contos pelo celular. Então desculpe por prováveis erros de escrita e pela estrutura não tão organizada do conto. Porém, vou comentar com a mesma seriedade e parâmetros que vinha usando até então. Vamos lá!

    Gostaria de começar meu comentário te parabenizando pela coragem de enviar um microconto pra um desafio com limite de 3500. Pouca gente arrisca assim, porque sabemos que um conto de 300 palavras dificilmente consegue contar uma história tão completa quanto um conto de 3000 consegue. Então parabéns por isso. E também pelo conto, no geral. É uma história muito boa, que usa muito bem as limitações de espaço de um microconto para contar muita coisa em pouquíssimo espaço. Você usa bem as entrelinhas para contar tudo de forma “não-dita”. Vamos ver se eu peguei bem essas entrelinhas.

    Homem é enganado e cai num golpe. Ele estava em algum lugar que já falava inglês (essa parte me confundiu um pouco, porque inicialmente achei que ele tava no Brasil, mas o pessoal do bar falava um inglês com sotaque. Um bar de ingleses no Brasil? – de todo modo, apesar de confusa, essa questão não atrapalha o desenvolvimento do enredo). Foi-lhe oferecida uma viagem pro reino unido, e ele foi num bar suspeito encontrar a moça da empresa. Acabou tomando um sonífero na bebida e acordou com seus órgãos sendo retirados. Pelo menos isso foi tudo que eu extrai da história. Por favor, me corrija ou acrescente, se necessário. O protagonista é burrinho que dá pena. Quem cai num golpe desses hoje em dia? Kkkkkkk. Eu pergunto isso, mas oq tem de gente q cai em golpe absurdo, é impressionante.

    De todo modo, eu gostei bastante da história. Tem um que de mistério, apesar da curta duração, um pouco de suspense, e o final me ganhou, apesar de não ser exatamente surpreendente. Alguns dos quesitos que estou avaliando acabam perdendo pelo pequeno espaço que você utilizou pra contar a história, como o desenvolvimento de personagens que é praticamente inexistente num conto desse tamanho. Podemos dizer que ele é um cara solitário, provavelmente, e bastante suscetível a golpes, provavelmente bem bobinho. Mas isso é tudo que sabemos sobre ele. Se você tivesse usado pelo menos umas 500 palavras a mais pra nos dar mais informações sobre ele, talvez a gente se preocupasse mais com o destino dele e sofresse ao descobrir seu trágico fim. Num desafio de microcontos eu não cobraria esse desenvolvimento mais detalhado do personagem, mas levando em conta que você tinha espaço para isso, mas preferiu não usa-lo, não tenho opção além de descontar pontos da construção de personagens. De todo modo, bom trabalho!

    Construção de personagens: 6,0

    Enredo: 7,0

    Ritmo: 8,5

    Técnica: 8,5

    Desfecho: 8,0

    Nota final: 7,6

    Parabéns e boa sorte!

  3. Givago Thimoti
    8 de maio de 2024

    COM TUDO PAGO (SOWER)

    Bom dia, boa tarde, boa noite!

    Primeiramente, gostaria de parabenizar o autor (ou a autora) por ter participado do Desafio Viagem/Roubo – 2024! É sempre necessária muita coragem e disposição expor nosso trabalho ao crivo de outras pessoas, em especial, de outros autores, que tem a tendência de serem bem mais rigorosos do que leitores “comuns”. Dito isso, peço desculpas antecipadamente caso minha crítica não lhe pareça construtiva. Creio que o objetivo seja sempre contribuir com o desenvolvimento dos participantes enquanto escritores e é pensando nisso que escrevo meu comentário.

    No mais, inspirado pelo Marco Saraiva, também optei por adotar um estilo mais explícito de avaliação, deixando um pouco mais organizado quando comparado com o último desafio. E também peguei emprestado do que o Leo Jardim fazia antes, com categorias e estrelinhas, e também deixando no final um “trecho inspirado”, que é uma parte do conto que achei particularmente digno de destaque.

    Mesmo diante de tudo isso, as notas e os comentários podem desagradar, como percebi hoje, dia 29/04/24. Como já está no meio do desafio, e eu já avaliei alguns participantes, eu vou manter o estilo de avaliação, “anunciando” a nota e tecendo minha opinião do mesmo jeito. A diferença é que essa nota é provisória e sujeita a alterações. Obviamente isso se estende aos contos já avaliados.

    Outra coisa que eu percebi que deu ruído até o momento também foram os critérios. Vamos lá, para tentar esclarecer: refleti bastante sobre o assunto e a minha conclusão é a seguinte: não consigo avaliar um texto literário como um conto, dentro desses critérios, sem considerá-los como um todo.  Afinal, uma técnica apurada pode beneficiar a história do mesmo jeito que o contrário pode ocorrer; um conto com a escrita não tão boa pode afetar a história, seu desenvolvimento e seu impacto e assim por diante.

    Por fim, é isso! Meu critério é esse e não sofrerá mais alteração. Creio que é o mais justo entre meu jeito de avaliar, a lisura do certame e o respeito e a consideração pelo autor/pela autora.

    AVALIAÇÃO + IMPRESSÕES INICIAIS

    Um dia, Tim Maia disse: “uns nascem para sofrer, enquanto o outro ri”. Arlecchino terminou a noite com os seus Cem Euros em mãos, uma nova foto de sua paixonite de verão em Veneza enquanto Sower terminou retalhado sem um dos órgãos…

    Enfim, o lado bom de ter a autoestima baixa é saber que se uma mulher bonita chega em mim, deve ser para roubar algum órgão meu mesmo…

    Esse conto me lembrou bastante aquelas correntes antigas sobre roubo de órgãos que se passava antigamente…

    HISTÓRIA  (1,5/3)

    “Com tudo pago”  é um conto sobre uma pessoa, um viajante pela Inglaterra, que acorda numa mesa, após sofrer do golpe do “Boa Noite, Cinderela”, cheia de dor e com gosto de sangue na boca.

    É um conto de terror (se eu mostro esse conto para minha mãe, nunca mais eu frequento meus sambas), curto e aberto, deixando para o leitor imaginar os horrores que a moça bonita fará com a pessoa.

    Acho que num desafio contos de contos curtos, talvez o resultado desse conto seria melhor. Nesse desafio em específico, penso que a opção pelo conto curto foi muito arriscado. Sim, a história está bem desenhada e o leitor capta a ideia. Mas, a sensação que poderia ter escrito mais é muito forte e não posso deixar de pensar: por que você não escreveu mais? Com mais espaço, você poderia criar uma maior  ambientação para arrematar melhor o leitor…

    TÉCNICA  (1/3)

             Aqui o grande ponto da crítica. Um conto curto (ou o micro) tem uma diferença fundamental dos contos maiores: cada palavra tem um peso, em termos de importância, bem maior. Cada palavra tem que ser bem escolhida para, ao mesmo tempo que conta a história, impacte o leitor.

             Exemplo: Senti gosto de sangue. Respirei fundo. Dor! Meu corpo se contorceu em um espasmo. O gosto de sangue se fez presente. Esperei a dor diminuir. Respirei lentamente. Procurei reunir ar suficiente para proferir uma palavra. Tudo que consegui fui um ruído mudo e um amargo intenso como féu em minha boca.

                Você citou duas vezes o gosto de sangue de forma similar (se eu senti gosto de sangue, ele já está presente na boca). Ficou repetitivo. Assim como respirar fundo e respirar lentamente… Acho que nesse ponto, faltou uma boa revisão de ideias nesse conto. Menos é mais (em termos de microconto). Fui (ao invés de foi)… Faltou a revisão gramatical.

             Resumidamente, é um conto que poderia ter sido muito melhor trabalhado em termos de técnica.

    TEMA  (1 /1)

    O conto tem uma pegadinha (risos):  o tema viagem quase não encaixa, ao meu ver. Não tem viagem, só um viajante. Agora, o elemento “terror” do conto encaixa no tema se for roubo de órgãos (porque eu imaginei que foi isso que a personagem sofreu).

    IMPACTO  (1/2)

    O impacto foi bem mediano. Acho que foi interessante o puzzle para encaixar o conto no tema. Mas de resto, baixa adesão do leitor ao conto.

    ORIGINALIDADE  (0,5/1)

             Eu não consegui desassociar essa história com uma das primeiras fakes news (se bem que nem encaixa direito como fake News, com certeza alguém já passou por isso) das era da Internet. Você recebia um e-mail, na espécie corrente, que contava uma história similar: um cara foi numa balada, conheceu uma mulher deslumbrante que ele jamais teria chance, eles bebem juntos, ele de repente se sente mal, acorda numa banheira de motel barato, sentindo um talho na parte de trás das costas e um bilhete dizendo algo como “peguei seu rim!”… Enfim, acho que você entendeu porque eu descontei em originalidade…

    Trecho interessante: A superfície sobre a qual eu estava se moveu. Pude abrir meus olhos, mas só vi manchas coloridas que se dissipavam aos poucos. Quando finalmente pude distinguir formas notei sua presença. Ela se inclinou sobre mim, demorei para focalizar seu rosto, mas aos poucos o borrão tomou forma, uma forma linda. Era ela: A moça do bar. Com um sorriso malicioso no rosto ela me perguntou: “está aproveitando suas férias com tudo pago?”

    Nota: 4,5

    • Givago Thimoti
      8 de maio de 2024

      Na verdade seria 5 né a conta…

  4. Queli
    4 de maio de 2024

    Conto curto, como eu gosto.

    O tema está ok. A escrita é fluida, clara, envolvente. O leitor fica preso, imaginando o que diabos estaria acontecendo… o autor nos instiga e… fim…

    O que houve???? São tantas as possibilidades. Na minha, ele virou um doador de órgãos involuntário… kkkkk

    O famoso “boa noite, Cinderela” é um tema mais que comum, porém, o autor fez uma abordagem diferenciada e deixou em aberto as razões… geralmente, o golpe é aplicado para o cometimento de roubo de objetos e dinheiro, mas não necessariamente. Ao que parece, o roubo vai doer mais que somente no bolso…

    Gostei muito do conto. Parabéns! Boa sorte no desafio!

  5. Regina Ruth Rincon Caires
    1 de maio de 2024

    Aqui está uma narrativa que mostra bem o que antigamente era chamado de “conto do vigário”. O episódio que deu origem a essa expressão (história engenhosa inventada por alguém para enganar, lograr ou burlar outra pessoa) aconteceu no século XVIII, coisa de mineiro, e até agora dá nome às falcatruas, às larapices.  

    E o nosso querido Sower entrou de gaiato no navio, ou no avião (Paralamas – Melô Do Marinheiro). Diariamente isso acontece, a lábia é uma forma de convencimento tão eficiente que nada consegue vencê-la. E há uma tendência generalizada de desfrutar do “grátis”. Verdade! Eu tinha uma amiga que era apaixonada por carros novos. Quando havia lançamento de um novo carro no mercado, ela não se aquietava enquanto não fizesse um “test drive” na concessionária. Eu ficava numa aflição danada! Ela dizia: é grátis, sem riscos. Claro que ela andou comprando alguns deles, né?! “Grátis” é uma coisa que me assusta.  

    O texto é célere, daqueles que você começa a leitura e… pronto, acabou! Bem escrito, enigmático. Não se sabe se Sower vai ser morto, se vai ser saqueado em suas contas bancárias (que não devem ser “gordas”), se vai ser usado para “mula” do tráfico. E o desfecho deixa a conclusão para o leitor.

    Boa técnica para contar, a arte da concisão.

    Parabéns pelo trabalho, Sower!

    Boa sorte no desafio!

    Abraço…

  6. Priscila Pereira
    29 de abril de 2024

    Olá, Sower! Tudo bem?

    Vou deixar minhas impressões sobre seu conto, lembrando que é a minha opinião e não a verdade absoluta. (Obviamente)

    Conto curtinho que deixa a maior parte da história para a imaginação do leitor. Os sentimentos do personagem são bem descritos, estão verossímeis, dá pra imaginar o desespero quando a ficha vai caindo… O arrependimento por ser tão burro.(alguém, ainda hoje, cai nesse tipo de golpe?) Aqui em Minas temos um ditado que se esse cara soubesse ainda estaria vivo: Quando a esmola é demais até o santo desconfia.

    Comparando com os outros contos, seu conto não é tão bom, até porque são histórias bem mais elaboradas e com enredos mais desenvolvidos, mas levando em consideração só o seu conto, eu achei ele muito bom. Tem uma história legal, tem sentimento, tem ação. Achei muito bacana!

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

  7. Thales Soares
    27 de abril de 2024

    Escrita:

    A escrita desse conto é muito boa, e prende o leitor, fazendo descrições fluidas e diretas, numa narração em primeira pessoa. No entanto, por ser um texto extremamente curto, acho imperdoável haver falhas de revisão, e aqui há!

    “Tudo que consegui fui um ruído mudo e um amargo intenso como féu em minha boca.”

    Não seria FOI?

    ” (…) pessoas ao meu redor falam um inglês com sotaque.”

    Não seria FALAVAM, para entrar em concordância com os outros verbos dessa mesma frase?

    Tema:

    Olha, desculpa… mas… viagem? Roubo? Sei lá. Para ser sincero, eu nem entendi direito o final. O personagem principal foi sequestrado, é isso? Um sequestro pode ser considerado como um sequestro? Um sequestro pode ser considerado um roubo? Não sei… achei que o autor forçou a barra aqui, ein.

    Enredo:

    Achei que este foi o ponto fraco do conto. É uma história bem estruturada, mas não vi nada fora do comum aqui. Fazer um micro conto num desafio de 3500 palavras foi uma decisão bastante ousada, mas interessante. Gostei do fato de a história ser bem rápida e direta ao ponto, isso foi bem agradável, ainda mais num certame com tantos contos gigantescos! Mas a única coisa que realmente me incomodou é que eu não entendi direito o final, e, dessa forma, não pude compreender o verdadeiro propósito deste conto. Parece que a história meio que acabou na metade… palavras é o que não faltaram para o autor, será que não dava para usar mais algumas, para terminar de mostrar o que estava acontecendo?

    Consluão:

    PONTOS POSITIVOS:

    -Conto curto e direto ao ponto.

    -Ótima narração, com boas construções de frases.

    PONTOS NEGATIVOS:

    -História um pouco desinteressante, sem muito brilho.

    -Final aberto demais, de forma que não pude compreender o propósito de tudo isso.

    -Alguns pequenos errinhos de revisão, que num conto grande passariam despercebidos, mas num micro conto fica meio paia.

  8. Emanuel Maurin
    26 de abril de 2024

    O conto é sobre um camarada que acorda num lugar desconhecido, um tanto confuso. Pelo jeito, ele está num boteco inglês, depois ele se lembra que foi carregado. Daí, vem uma mina e pergunta se ele está aproveitando as férias pagas. A trama é misteriosa e tem suspense. Acho que cada um que lê, imagina o que pode ter acontecido na viagem enquanto o protagonista estava apagado. Não teve antes e nem depois, apenas durante.

  9. Antonio Stegues Batista
    26 de abril de 2024

    Homem vai viajar com tudo pago, ( primeira coisa estranha) chega num bar  para se encontrar com o agente de viagem, ( que normalmente atende na agência de viagem, segunda coisa estranha), ao redor todo mundo fala um inglês com sotaque, uma garota aparece e lhe oferece uma bebida, ele desmaia e acorda num lugar diferente onde aparece a mulher. O cara caiu no conto da carochinha. Ou ele vai ter que revelar a senha do cartão, ou vai para o açougue como aqueles turistas do filme, Albergue. . “ Uma garota como aquela não me daria nem bom dia no Brasil”, isso quer dizer que ele já estava na Grã Bretanha, onde se fala inglês com sotaque. Esta parte ficou meio confusa. E a palavra certa é fel e não, féu,  fel líquido produzido pelo fígado, acho que é isso.

  10. Angelo Rodrigues
    26 de abril de 2024

    Olá, Sower,

    Um conto rápido, bem escrito dentro do que se propõe.

    Fiquei com a impressão de que o conto busca falar de uma enganação. Não dá para saber exatamente o que aconteceu com o nosso viajante. Se foi levado para algum lugar depois de um “boa noite cinderela”, se tudo corre bem ou se lhe vão retirar alguns órgãos para venda no mercado negro.

    É isso: um conto rápido com uma história aberta à compreensão do leitor.

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  11. brunosower
    26 de abril de 2024

    O conto termina na melhor parte, porém o subtexto permite que conclusões sejam tiradas por conta própria, a temática do desafio foi respeitada. No geral, um texto comercial que entrega uma boa experiência.

  12. Kelly Hatanaka
    26 de abril de 2024

    Costumo avaliar os contos com base nos seguintes quesitos: Tema, valendo 1 ponto, Escrita, valendo 2, Enredo, valendo 3 e Impacto, valendo 4. Abaixo, meus comentários.

    Tema
    Conto dentro do tema. Homem cai em cilada na promessa de uma viagem grátis.

    Escrita
    Muito boa. Palavras bem escolhidas, construções interessantes. Narrativa clara e direta.

    Enredo
    Um homem aceita uma oportunidade para conhecer o Reino Unido com tudo pago. Cai em um boa noite cinderela e acorda num cativeiro.
    Gostei? Gostei muito. Achei a premissa ótima. Mas, já acabou? Assim, na hora que a história ia começar?

    Impacto
    Um conto curtinho e interessante. Mas fiquei com a sensação de que acabou antes de começar.
    Senti falta de mais explicações. Como essa oportunidade apareceu? Ele já estava fora do Brasil e foi uma oportunidade de um passeio grátis, ou ele estava no Brasil e a viagem inteira estava no pacote cilada?
    Quem são essas pessoas que o abduziram e o que elas querem? São ladrões de órgãos? Ou é uma vingança por algo que ele fez? Ele só deu azar ou foi escolhido?
    Se este desafio fosse de contos curtos, estaria perfeito assim. Mas, se o limite máximo é de 3500 palavras, fica a sensação de que faltou algo. Claro, não há um limite mínimo; você não fez nada errado. É só que escrever um conto curto neste desafio é meio arriscado.
    De minha parte, não desconto ponto por ser curto. Prefiro uma história curta e boa do que uma história longa e chata. E a sua história é curta e boa.

  13. Vladimir Ferrari
    26 de abril de 2024

    O dito popular é “curto e grosso”, mas o caso desse conto é “curto e claro”, direto ao ponto. Uma escrita limpa, com o subtexto bem delimitado e narrativa fluída. A premissa atendida, como um golpe fatal. Como o conto, o comentário também curto e direto. Sucesso.

E Então? O que achou?

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Informação

Publicado em 25 de abril de 2024 por em Viagem / Roubo.