São Paulo. Setembro de 1992
O delegado Josias sentou-se numa cadeira. Estava com 67 anos e subir os três lances da escada, deixou-o com o coração acelerado e as pernas bambas. Já está passando a hora de me aposentar. Pensou ele e ergueu a vista para olhar o cadáver sobre a cama. Pelos documentos, Jaqueline Cerqueira tinha 28 anos, mas o corpo parecia o de uma velha, estava completamente seco, mumificado. Era o terceiro casa em dois meses. Quem, ou o que estava provocando aquilo ainda era um mistério.
Os exames nos dois corpos anteriores, duas mulheres, não revelaram nada. Em princípio pensou-se que fora alguma droga, porém não havia nenhum produto químico nos corpos. Jovens e saudáveis, sofreram o mesmo processo. Não eram amigas e nem tinham parentesco. O delegado começou a pensar em eventos sobrenaturais.
– Encontrei um fio de cabelo, louro. – disse um dos peritos, exibindo o fio de uns 20 centímetros de comprimento com uma pinça.
O delegado comentou, pensativo:
– Como a vítima é morena, outra mulher esteve nessa cama.
Um investigador surgiu na porta.
– A irmã dela informou que Jaqueline havia comentado que tinha um encontro com uma arqueóloga- revelou um dos investigadores. Josias olhou para ele.
– Consiga nomes e endereços de todas as mulheres que tem essa profissão.- ele fez uma pausa, meditando por alguns segundos e continuou: – As duas vítimas anteriores eram lésbicas e pelo jeito, Jaqueline também é e isso me leva a crer que o assassino é uma mulher. Mas, o que ela usa para matar essas mulheres?
– E por que? – ajuntou o investigador.
****
Duas semanas depois…
Eram 16:15 horas quando delegado bateu na porta do apartamento de Angelina Vikander, 32 anos, cabelos claros.
– Entre, por favor! – disse ela com uma voz suave, sussurrante, quando abriu a porta.
Ele entrou sentindo o odor do perfume dela, um cheiro suave e sedutor. As janelas estavam fechadas e o ar condicionado ligado numa temperatura fria. O dia não estava tão quente e ali dentro estava frio, mas Angelina usava um vestido curto, de tecido leve, esverdeado, com um degote que exibia seus belos ombros e o colo. Era uma bela mulher, de aparência delicada, mas o olhar indicava ser uma pessoa destemida, segura, curiosa. Aptidões indispensáveis a uma arqueóloga, sem dúvida. O delegado notou algo mais naqueles olhos, que ele não conseguiu identificar. Ela indicou um sofá e sentou-se em outro, de frente para ele. Josias sentiu-se incomodado com a penumbra daquela sala.
– Como eu lhe disse ao telefone… – começou a dizer, mas ela o interrompeu.
– O senhor não quer beber alguma coisa? Água? Café? Uísque?
– Não, obrigado. Como eu ia dizendo, eu lhe disse ao telefone que precisava de algumas informações suas sobre Jaqueline Cerqueira.
– Coitada! Há pouco assisti na televisão a notícia da morte dela. Mais uma morte misteriosa, dizia a legenda.
– Saiu a notícia?
– Sim. O senhor está surpreso?
– É que, estávamos ocultando da mídia, mas segredo é como gato, se esconde, mas sempre deixa o rabo de fora. Você a conhecia?
A mulher acomodou-se com um suspiro e respondeu:
– Realmente, eu a conhecia. Nos conhecemos numa boate e tivemos alguns encontros.
– Eram namoradas?
– Não. Apenas sexo, o senhor entende!
Josias ficou hipnotizado com a voz dela, com o jeito de falar, com aquelas belas pernas cruzadas, as mãos graciosas se agitando, voando como pombas, dando ênfase às palavras.
– Então, vocês não eram namoradas?
– Não.
– Esteve com ela na quarta-feira passada?
– Não.
Josias sabia que algumas pessoas, para se defenderem, às vezes se precipitam com a resposta. Quando se arrependem com o que dizem, é tarde demais. Angelina ficou calada, limpando o joelho de alguma coisa invisível. Parecia ter perdido a segurança.
– Sabe se ela tinha relacionamento com outra pessoa? Inimigos? Jaqueline não tinha parentes, portanto só podemos contar com o depoimento de conhecidos, amigos. Temos que investigar todas as possibilidades.
Ela olhou-o surpreendida.
– O senhor acha que alguém a matou? Eu achei que talvez fosse algum vírus! Mas, como e por que a deixaram murcha como uma passa de uva?
Foi à vez de o delegado mostrar surpresa.
– Passa de uva?
Angelina deu de ombros.
– No sentido figurado! O noticiário disse que ela sofreu um ressecamento espontâneo!
Josias fez uma pausa, procurando um novo assunto.
– Na empresa onde a senhorita trabalhava como arqueóloga, me disseram que você abandonou a profissão!
– Sim, estou trabalhando como enfermeira num hospital no turno da noite. Uma coisa que eu também sempre gostei de fazer, cuidar de doentes.
Ela resolveu encerrar a entrevista.
– Posso usar o banheiro?
– Claro! É a primeira porta à esquerda no corredor.
No banheiro ele encontrou uma escova com alguns fios de cabelo e não perdeu a oportunidade para pegar três deles. Serviriam para fazer o teste de DNA, confrontando com o DNA encontrado debaixo das unhas das vítimas. Colocou-os num saquinho de plástico.
Ao sair, deparou-se com a mulher esperando-o, numa atitude nada amigável.
– Acho que o senhor não tem boas intenções a meu respeito- disse ela com uma voz, embora feminina, tinha agora um som áspero, desagradável.
Com uma agilidade incomum, Angelina avançou para ele e agarrou-o pelo pescoço. Josias sentiu um ardor pelo corpo, o ar começou a faltar. Conseguiu reunir forças para dar-lhe uma cabeçada. Angelina recuou, surpreendida. Suas feições mudaram, ficaram horríveis, feições de uma louca! Josias tentou se afastar, sair dali e chamar ajuda. Mas a mulher saltou sobre ele. O delegado perdeu o equilíbrio e tentou se segurar em alguma coisa. Apoiou-se na persiana da janela que arrebentou do suporte.
A luz do sol inundou a sala. A mulher gritou. As forças lhe faltaram e ela caiu de joelhos. Josias ficou atônito. Angelina sofreu uma transformação. A carne pulsou e tremeu como se algo debaixo dela quisesse sair. Os músculos e tendões dilataram, o tecido fino do vestido rompeu-se em vários lugares, caindo aos pedaços enquanto a mulher adquiria um novo corpo.
Agora Josias não via uma mulher, mas sim um monstro, uma ser meio homem, meio animal. A cabeça parecia a de um cão. Veio à sua mente, as imagens de seres de outro mundo, daqueles filmes de ficção científica, um exomorfo, alienígena que era capaz de se transformar em outra pessoa. O alien recuou para as sombras, pois o sol era prejudicial para sua pele e olhos. Josias não pensou duas vezes, puxou a pistola do coldre e descarregou o pente.
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SAQQARA- Egito
Dois Meses Antes
O sol lançava seus raios de fogo sobre o deserto. Colinas de arenito se erguiam na paisagem desolada, como sentinelas petrificadas guardando o silêncio e o mistério.
No fundo de uma ravina, Hamilton, Ahmed e Omar, começaram a tirar as pedras da passagem. Angelina não tinha certeza de que aquilo era uma tumba. De qualquer maneira, feito a abertura, eles entraram ansiosos com a perspectiva de encontrar algum tesouro arqueológico. Ligando suas lanternas, o grupo desceu por uma escada de pedras até um espaço mais largo onde estava depositado um sarcófago de granito. Angelina circulou-o, examinando.
– Não tem nenhuma inscrição, nenhum adorno!
– Com certeza não é nenhum nobre. – afirmou Hamilton – Talvez o interior possa nos revelar quem é.
Retiraram a pesada tampa de pedra. As luzes das lanternas revelaram uma múmia. Mas nem ali dentro havia objetos ou inscrições.
– Estranho que não tem os objetos costumeiros que eles colocavam junto ao morto – Disse Angelina.
Omar respondeu: – Deve ser alguém pobre, sem condições financeiras para pagar pelo processo de embalsamamento.
– Sim, mas os pobres eram enterrados nas areias do deserto. Esse está dentro de um caixão de pedra!
– Vamos tirar as bandagens – propôs Ahmed. – Talvez tenha alguma coisa sobre o corpo que o identifique.
– Ok. Vamos tirá-lo.
Retiraram a bandagem com cuidado até o corpo ficar exposto. Era um homem e sobre seu peito estava um medalhão de bronze com algumas inscrições.
Ahmed traduziu; – “Que a alma de Alupo seja devorada por Ammit”.
– Isso quer dizer que ele foi um homem mau e deve ter cometido algo muito grave- comentou Hamilton.
– Talvez um assassino- completou Omar.- Ammit era o demônio que devorava a alma dos homens maus.
Angelina se inclinou, observando um buraco no peito do morto.
– Parece um ferimento que lhe causou a morte. Tem algo sobre o coração.
Com o polegar e o indicador ela pegou um cristal verde.
– É um talismã– disse Ahmed- Sobre ele o sacerdote lança um encantamento, para que o ka, ou seja, a alma, fique presa ao corpo e não alcance o Aaro, que seria o paraíso.- Ahmed fez uma pausa e apontou para a pedra- Retirando o talismã, você está libertando a alma do homem.
Angelina esboçou um sorriso.
– Naturalmente isso é uma superstição!
Ahmed sacudiu os ombros, sugerindo dúvidas.
– Que faremos agora? – perguntou Hamilton.
– Preparar para partir. Não temos mais tempo. – respondeu Angelina, recolocando a joia no lugar.
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Angelina, estava esgotada, havia ficado horas sob o sol quente. Sentada num mochinho, na entrada da tenda, bebia água e se recuperava. O tempo estava se esgotando e ela se lamentava por não terem encontrado nenhum sinal do túmulo de Cleópatra. O prazo que o Instituto de Arqueologia lhes dera para executar as escavações arqueológicas, terminava no dia seguinte.
Enquanto os colegas se preparavam para partir, Angelina ficou na tenda examinando novamente o mapa da região.
Notando a demora de Hamilton, Omar e Ahmed, ela saiu e desceu até a escavação. Levou um susto ao ver os três corpos estirados no chão.
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Magdalum, Egito- Ano 2376, Antes de Cristo.
Nafti, o comerciante de camelos, colocou água na farinha e misturou, amassando. Retirou as brasas, assoprou as cinzas e espalhou a massa sobre a pedra quente, para assar o pão.
Entardecia, no horizonte o céu pintava-se de ouro e carmim. Além do belo pôr- do- sol, algo mais chamou a atenção do beduíno. Uma bola de fogo cruzou o céu sobre o deserto e caiu além dos montes. Soou um estrondo e o abalo fez a poeira escorregar das encostas.
Curioso, Nafti ajeitou o manto sobre os ombros e foi ver o que era. Quando chegou ao local, encontrou uma cratera fumegante, com material em combustão ao redor. Um pouco afastado algo se movia nas sombras. Nafti aproximou-se e descobriu um ser hibrido, meio humano, meio animal, caído ao solo. A criatura soltou um gemido de dor e colocou a mão de quatro dedos sobre o ferimento na ilharga. Nafti ficou maravilhado, pois achava que estava diante de um deus. Estava ferido e precisava ajudá-lo.
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Tinis, Egito-
Dois Meses Depois
Após as festas de coroação do novo faraó, Amés I, seu tio Séchen, recém-chegado de Tebas, pediu uma audiência com o soberano. Amés adiou a conversa por duas vezes, alegando estar ocupado com os assuntos do reino. Séchen não desistiu e na terceira vez, o faraó resolveu recebê-lo.
– Meu caro tio, devo mostrar aos servos que não concedo privilégios aos meus parentes. O que tens a me dizer de tão importante?- Antes de ser seu parente, sou o sumo sacerdote do templo de Isis. Me parece que o brilho da coroa ofusca teus olhos, sobrinho. A euforia é tanta que não vês o que se passa ao teu redor.
– Se falas das intrigas da corte, não te preocupas que são apenas fofocas de lavadeiras.
Séchen retrucou em tom duro.
– Nada disso! É sobre aquele monstro que chamam de Alupo e dizem ser um deus. Para mim é uma aberração da natureza! E por que mandou acorrentá-lo se é um deus?
Amés ficou pensativo por alguns instantes, depois respondeu:
– Ele matou um escravo.
Séchen fez um gesto, impaciente.
– Eu sabia! Boa coisa não é!
– O estranho é que ele tocou o escravo com a mão e o homem morreu seco. Foi num instante! E o ferimento que tinha, foi curado! Isso não o torna um deus?
Quando o tio ia responder, três criados irromperam na sala. Um deles carregava uma criança nos braços. O corpo estava escuro e seco, como uma múmia.
– Majestade, seu filho…
Amés saltou da cadeira e caiu ajoelhado diante do filho morto. Ergueu o rosto, pálido.
– Foi a criatura?
– O menino se aproximou demais, ninguém o viu entrar no templo!
O faraó ergueu-se e correu para o templo de Osíris. No caminho pegou a lança de um soldado e chegando ao templo, a enfiou no peito da criatura. Alupo soltou um urro e caiu, inerte.
-Tratem de levar esse monstro para bem longe da cidade – recomendou o faraó, arrasado pela morte de seu único filho.
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Planeta Sombra – Ano 2098, DC.
A nave estelar exploratória Cronos, com sete tripulantes, aproximou-se do planeta recém descoberto. Envolto em sombras, por estar distante do sol daquele sistema estelar, dera-lhe o nome de Sombra.
Os sensores detectaram resquícios de uma intensa atividade eletromagnética na área.
– O que isso quer dizer? –perguntou o capitão Nicolay ao doutor Bayer.
– Que a estrela, ou por outra, o sol, teve atividades intensas num passado não muito distante. Intensas que falo, se refere a uma anormalidade, uma explosão, por exemplo, lançando nuvens imensas de calor para o espaço. Se minha teoria estiver certa, se havia vida no planeta, o calor torrou.
O capitão sacudiu a cabeça e foi conduzir a descida.
Quando a nave pousou, alguns procedimentos foram tomados. Os astronautas precisaram seguir o protocolo, antes de uma excursão no solo. A atmosfera tinha uma percentagem muito alta de carbono e isso obrigava o grupo a usar máscaras de oxigênio, que limitava o tempo de exploração em apenas uma hora.
Com o capitão, saíram Bayer, Karen, Franz e Marcelo. Partiram num jipe de 6 rodas, o que possibilitava percorrer uma área maior para explorar. O solo era extremamente seco e cinzento. Foi depois das colinas que eles encontraram a cidade. Uma cidade de prédios de arquitetura simples, de linhas retas e sem adornos. Avenidas largas, pontes e passarelas muito altas, veículos de passeio e transporte também simples, mas concebidos com formas arredondadas para melhor desempenho tanto no solo quanto no ar. Havia corpos espalhados por todo canto, uma vegetação cinzenta, composta por liquens, crescia em toda parte, inclusive sobre corpos e objetos. Franz agachou-se para examinar o cadáver de uma das criaturas. Os tecidos estavam torrados, mas era possível distinguir a forma de um ser humanoide com orelhas grandes, pontudas e rosto comprido, parecendo um focinho.
– Eles tinham uma aparência hibrida, entre humano e cão – disse Franz, erguendo-se. Ele olhou para capitão, que parecia olhar algo em algum ponto do outro lado da avenida.
– O sol deve ter tido erupções violentas – disse Bayer- Matéria incandescentes foram lançadas para o espaço. O fogo se extinguiu em certo trecho, mas as ondas de calor continuaram até atingir o planeta. Tudo foi reduzido a cinzas! Aparentemente, ninguém escapou.
– Não houve tempo para evacuar todo mundo. –disse Nicolay, retirando o capacete.
– Não faça isso, capitão! – avisou Karen- O ar é nocivo.
Mas o homem não deu ouvidos, tirou também, as roupas. Diante dos companheiros atônitos, Nicolay sofreu uma transformação. Os membros se alongaram, o tórax entumeceu, o rosto projetou-se formando um focinho e as orelhas cresceram para cima. O capitão era agora um daqueles seres carbonizados. Ele abriu os braços e as mãos de quatro dedos, ergueu o rosto para o sol e soltou um urro, de dor ou tristeza, ou os dois ao mesmo tempo e desintegrou-se, desmanchando-se numa nuvem de pó, levada pelo vento.
O delegado Josias inclinou-se sobre a criatura. Ninguém sobreviria a 8 projéteis, mas o alienígena parecia ainda estar respirando. De repente ele abriu os olhos e esticou a mão…
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O delegado esperou anoitecer para sair da casa. Esgueirando-se, sumiu num beco escuro.
Prezado Autor: inicialmente, esclareço que, neste Desafio, dividi a análise em duas etapas – primeira e segunda (ou até terceira e quarta) leitura, com um certo espaçamento. Vamos às impressões:
PRIMEIRA LEITURA: no início, fiquei esperando um conto policial, que se fragmentou em diversos momentos históricos. Não consegui de primeira seguir todo o fluxo da história, ou montar o quebra-cabeça, nem encontrei explicação.
SEGUNDA LEITURA: relendo o conto, continuei com a impressão de que foi escrito num só ímpeto e que os saltos temporais atrapalharam um pouco a leitura. A necessidade de retroceder no tempo deixou a situação mais presente em suspenso. Na parte técnica, o conto tem leitura fluída, ainda que com alguns diálogos previsíveis. A história parece ser um bom argumento para um material maior.
Desejo a você, e a todos os participantes, sucesso no desafio e em seus futuros projetos literários!
Acho justo esclarecer como avalio cada texto. Eu tento enxergar a essência do escritor e de sua escrita. Eu tento sentir o que o escritor sentia ao escrever. Eu tento entender a mensagem do conto. Eu tento mergulhar naquela história que o autor quis passar. Apenas ler o que está ali, apreciar o que foi oferecido, procurar entrar na história. Assim como todo bom leitor. Mas mantenho a atenção e meu sentido crítico. Então, já peço desculpas por qualquer coisa que fale que te cause alguma dor. Um texto que criamos é como um filho.
– O que vi: Um escrita boa e fluida, com pouca necessidade de lapidação, e boa construção textual. O estilo não se destaca, ele é bem direto e simples. A leitura foi agradável, sim. Vi potencial no autor, ainda mais por causa de como ele conduziu a história! A única coisa que me incomodou foi o final, um tanto brusco e a transição da penúltima cena para a última foi muito sutil, mal dando pra perceber. Isso me confundiu um pouco.
– O que senti: Muitos personagens, muita coisa acontecendo, pouca aproximação. Não consegui gostar de nenhum personagem, achei-os bem genéricos. Sem força, sem realidade, sem autenticidade. Meras marionetas nas mãos do autor, que usa-os para conduzir a história como deseja. A ideia geral do conto, porém, é muito boa. Interessante como usou a mitologia egípcia para criar o alienígena. Não é original, sendo que existem teorias antigas que os deuses retratados nas pinturas egípcias eram, de fato, extraterrestres; mas foi aplicada de uma forma intrigante.
– O que entendi: Uma série de assassinatos leva um delegado encontrar um ser estranho e confrontá-lo. Em outro ato, é revelado como ele assumiu o corpo de uma arqueóloga e misturado na humanidade. Depois, vemos sua chegada na Terra e sua punição pelas terríveis atitudes. Para finalizar, sua origem é revelada. E como ele continuou na luta pela sobrevivência. A escrita é boa. A parte técnica também. Mas a construção dos personagens deixou a desejar. E o maior problema, na minha visão, foi aplicar profissões de forma extremamente fraca. O tom policial no início do conto ficou muito raso. O autor incluiu os itens de investigação sem ao menos conduzir o leitor pela investigação no quarto e delegacia e já jogou o delegado diante a acusada no próximo ato. Não teve mistério, não teve suspense real. Na parte arqueológica, bem, completamente sem noção. Nenhum arqueólogo de verdade entra em tumbas assim, abrindo túmulos sem precaução nenhuma, sem cuidado algum, ainda mais desenrolar uma múmia enfaixada, pois pode acarretar em grandes danos no achado. Até uma múmia antiga de um zé ninguém é um achado importante para a arqueologia, ainda mais no Egito. De resto, não teve problemas semelhantes, só achei que as coisas aconteceram um pouco rápidas demais e sem muito desenvolvimento de personagens e ambiente — acredito que a história pedia um espaço maior para se desenvolver de forma saudável. É um conto mediano, no geral, que agrada pela simplicidade na escrita, mas que pode afastar alguns leitores mais exigentes.
Olá, Zé! Tudo bem?
Termino meu processo de leitura e análise dos contos constantes neste Desafio com a sua ótima obra. Foi uma leitura muito agradável e a história também foi muito bem apresentada.
Viajamos por séculos, países e até mesmo pelo Espaço Sideral neste seu trabalho. Gostei bastante desta ruptura espaçotemporal e das personagens Alupo e suas diversas ‘vítimas’.
O tom policial casou direitinho com a história narrada e o alienígena aqui foi muito bem desenvolvido. Agradeço a você por compartilhar sua criação e lhe desejo sorte no Desafio!
Abraços caninos,
Paz e Bem!
Olá autor.
Achei muito legal o seu conto. Curti os saltos temporais apesar de pensar que isso faz o tempo ter algumas lombadas que desaceleram a trama. É difícil narrar algo assim em tão pouco tempo (letras).
Gostei mais da história policial do início. por algum motivo que ainda não sei identificar o por que, achei lega a investigação e tinha gostado da ideia de matar quem eu achei que seria o protagonista logo no começo.
Bom… acho que esses dois são os pontos positivos e negativos do rolê.
Obrigado pela atenção e espero que não tenha causado desconforto.
Paz.
Gostei do seu texto, embora os saltos temporais tenham deixado muita coisa no ar e você tenha caído na armadilha de alguns clichês cinematográficos. Apesar disso, a leitura me prendeu e isso é o que importa. Seu texto pede uma releitura para interligar algumas ideias, mas não classificaria isso como bom ou ruim, apenas como uma característica. Gosto de desafios. Por ex., não achei fácil fazer a conexão entre a moça do início e o capitão da nave. Já os deslizes gramaticais em nada que prejudicaram a minha leitura, então não os vi como um problema.
Boa sorte!
Com este conto, o autor pretende narrar a epopeia de uma criatura alienígena ao longo de cinco mil anos. É uma tarefa ingrata com um limite imposto de 3000 palavras e o texto sofreu com isso. Como ponto positivo, achei a forma não linear da narrativa simples de seguir. Como pontos negativos temos diversos erros de linguagem que deveriam ter sido apanhados com uma revisão mais apurada do texto. Para além disso, o texto tem diversos clichês muito vistos no cinema – a mistura do alienígena vampiro não é novo. Depois há uma mistura com o tema da múmia e a cereja no topo do bolo é o nome da arqueóloga lésbica, Angelina Vikander, uma evidente relação a Alicia Vikander, protagonista do último filme da saga Tomb Raider.
Olá Autor(a),
Tudo bem?
O primeiro conto publicado no desafio traz uma imagem belíssima e uma aposta na literatura de gênero, ao optar por escrever um policial.
É interessante que, ao falar em policial futurista extraterrestre, me vem logo em mente a imagem de Blade Runner.
Interessante, também, notar que o autor estrutura seu conto a partir de flashs, localizando o leitor no tempo espaço com cabeçalho, como uma espécie de “escaleta” (ainda que longa para ser uma) para um filme. Mais que isso, os flashs se desenrolam como cenas passadas na tela, conduzindo o leitor pelos episódios (arco dramático), que levaram a trama a se desenrolar.
Uma técnica ótima, mas que me leva à reflexão. Até que ponto, ao pensarmos em seres de outros planetas, não somos imediatamente remetidos ao cinema? Isso não é ruim, ao contrário, trata-se apenas de uma, como disse acima, reflexão. Sendo assim, acredito que o conto renderia um bom roteiro, com esse clima Noir-extraterreno, com direito aos mistérios do Egito e tudo o mais. Você tem aí, quase um argumento para um filme. 😉
Parabéns por escrever.
Beijos e boa sorte no desafio.
Paula Giannini
ET (Enredo, Texto)
E: Começa muito bem. Uma curiosa mistura de Stargate com Além da Imaginação. Também pensei em usar saltos temporais, mas o texto esbarra no mesmo problema que enfrentei: regressões demais confundem o leitor. Aqui ainda há um “pulo pra frente” dentro da regressão. Não chega a atrapalhar, mas corta um pouco o ritmo. No parágrafo final também poderia existir um espaço de tempo maior, uma separação, pois a mente está no planeta estranho e de repente somos levados à cena inicial. Não ficou bem claro o que ocasionava a mutação, mas com as referências ao Egito deu a entender que se tratava de algo expelido no ar. Como cenário geral, me agradou bastante, apesar de pequenos problemas de suspensão de descrença (2098 seria um ano muito próximo para uma viagem dessas).
T: Cuidado com os tempos verbais. Como sugestão, colocar pensamentos entre aspas. Alguns diálogos estão muito explicativos, as informações precisam vir naturalmente. Se os dois são especialistas, por que ficariam dissertando um ao outro?
Minhas anotações durante a leitura:
– subir os três lances da escada, deixou-o com o coração acelerado
>>> sem vírgula
– o terceiro casa
>>> caso
– O delegado começou a pensar em eventos sobrenaturais
– Como a vítima é morena, outra mulher esteve nessa cama (conclusão tirada depois de ver um cabelo loiro de 20cm)
>>> esse delegado é meio impulsivo, né?
– degote que exibia seus belos ombros
>>> decote
– mas segredo é como gato, se esconde, mas sempre deixa o rabo de fora
>>> essa foi boa! kkkkk
– Ela resolveu encerrar a entrevista
>>> aqui acho que era “ele”, não?
– Com uma agilidade incomum (…) puxou a pistola do coldre e descarregou o pente.
>>> Nesses 3 parágrafos a ação ficou muito boa! Gostei!
– Com o polegar e o indicador ela pegou um cristal verde
>>> Me pareceu uma atitude bastante precipitada. Poderia sugerir que o cristal exercia algum poder de atração.
– O delegado Josias inclinou-se sobre a criatura
>>> isso aqui me deixou bastante confuso. Precisei ler mais de duas vezes e cheguei à conclusão de que a divisão de capítulo está no lugar errado. Deveria ser antes dessa frase.
Tipo, depois de mostrar o que aconteceu no futuro, o conto volta aos dias atuais e mostra o que aconteceu depois que o delegado meteu bala no bicho. É isso?
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Impressões finais:
A narrativa é bastante simples e isso torna o conto fácil de ser acompanhado, a leitura não é cansativa em nenhum momento, o que é ótimo.
Há frases bem elaboradas, como nas descrições do Egito antigo e isso agrega valor ao texto.
Eu gostei do clima de investigação criado no início, tudo numa pegada de aventura, sem muita complexidade ou detalhes técnicos que só travariam a leitura.
O ritmo se quebra um pouco quando o conto volta no tempo, para mostrar a origem da criatura no antigo Egito. Essa parte pedia uma quantidade de palavras além dos limites do desafio e acabou ficando corrido, mas, ainda assim, interessante.
Só esse futuro que não me agradou. Entendi que era a tal da volta ao lar do Alupo, mas mesmo assim ficou meio desencaixado do restante da narrativa.
Acredito que o resultado teria ficado melhor se encerrasse com o delegado “possuído” olhando para o céu e pensando como faria para voltar para casa, ou algo desse tipo.
No apanhado geral, um conto muito bom!
Abraço.
Olá, Fábio. Respondendo sua pergunta, realmente a esqueci de colocar uma divisão ali, o que dá a impressão de ser o mesmo capítulo.Você está certo. Quanto ao final, a sua sugestão é válida, mas ficaria inconclusiva, em aberto. Achei que a volta ao planeta, não se sabe por que ele partiu, e a descoberta da destruição por causa da violenta atividade solar, e o seu suicídio, daria um impacto maior. Estou escrevendo uma versão da história (já está com 11.000 palavras) e esse detalhe é mencionado, ou seja os estudos que ele faz sobre o sol e a descoberta que o astro pode explodir qualquer dia. Obrigado.
Boa noite, Zé! Seu conto foi uma surpresa bastante agradável pra mim! O começo tem alguns deslizes gramaticais, tornando a leitura mais simples, e seu estilo narrativo segue um modelo mais de cinema, com as coisas sendo muito “explicadas”, não há espaço pro leitor sugerir ou ir pegando as ideias. Mas, da parte de Nafti pra frente, a narrativa melhora drasticamente, criando até algumas figuras de linguagem, deixando pro leitor bolar algumas associações (como o final, do alien ir de pessoa em pessoa), além de algumas imagens interessantes (como o início do Nafti).
Concordo com os colegas, em relação a revisão ou furos (como não ficar muito nítido a questão lésbica). Mas em se tratando de história, esse final ficou sensacional. O alien/ deus sobreviveu e caminhou durante milênios, a fim de retornar à sua terra. E ao melhor estilo Superman, a encontra destruída. Muito bom.
Achei os cenários e a história narrados, os mais criveis para mim, se levarmos para o lado da ficção cientifica. Porque embora saibamos que historias de extraterrestres são normalmente ficção científica, temos a versatilidade de conduzir narrativas análogas à própria FC. Alguns erros tem que ser observados no seu conto, como: Matéria(s)… incandescentes, e Ninguém sobreviria, quando você quis dizer: sobreviveria, enfim. Gostei bastante do conto. Parabéns e boa sorte no desafio.
Olá, amigo!
Achei seu conto interessante. Gostei das cenas que criou, elas viraram imagens com facilidade na minha cabeça. Os cortes da história, individualmente, eram bem interessantes, eu mesma uso muito este recurso de quebra-cabeças em meus contos, o problema é que quando se juntam as peças nem sempre o todo fica bem amarradinho. Talvez com mais pistas que juntassem as partes ficasse melhor para o leitor apreciar as qualidades do seu conto.
Percebi alguns erros de digitação, mas que já foram apontados pelos colegas, coisas que sumiriam com uma simples revisão, e que não chegaram a prejudicar a compreensão do texto.
Acredito que colocar o Alupo em vários momentos da história humana foi uma forma de mostrar a dificuldade do ser para concretizar o retorno ao seu planeta. Há teorias que falam que os deuses na verdade eram alienígenas, viajantes de outros mundos que povoaram a terra e deixaram sinais que ainda hoje intrigam os pesquisadores. Gostaria de ler mais sobre o assunto dentro da narrativa que vc nos trouxe.
Para resumir eu gostei do seu conto. Eu me lembrei de A Múmia (filme), da série Jornada nas Estrelas e de Além da Imaginação. Parabéns pelo conto, e tenha muita sorte no desafio, abraços.
Olá Zé, já falaram bastante dos erros que passaram na rua revisão, então não me atentarei a eles. A trama é bem interessante, parecida com um filme de ação.Gostei das cenas em outros tempos, você consegue viajar sem problemas no tempo sem perder o fio da meada….Me explica uma coisa, o ser que conseguiu chegar ao planeta sombra e se desintegrou era o Alupo? Porque depois disso vem a parte do delegado então fiquei confusa…tinham dois deles? ou essa parte do delegado era pra ser antes do Alupo voltar pra casa? Me desculpe se a resposta estiver óbvia no texto… as vezes não consigo pegar essas coisas…
Muito criativo com um enredo bem pensado e bem executado. Parabéns pelo texto e pela coragem de ser o primeiro.
Boa sorte e até mais!!
Olá, Priscila! Realmente era o Alupo. Esqueci de colocar os asteriscos entre os parágrafos para dividir também, o tempo decorrido. A parte do delegado no final, é a continuação da luta com Alupo. Como a Angelina se transforma em Alupo, ficamos sabendo que ele tem o poder de se transforma em outra pessoas, num simples toque de mão. Não é difícil descobrir isso. Então, ele levanta a mão para tocar no delegado. Não foi dito, mas podemos imaginar que Alupo se transformou no delegado e anos depois, como um astronauta humano, ele voltou ao planeta dele. Algumas coisas não foram ditas, apenas esboçadas, ou insinuadas para não haver tantas explicações no texto. Alupo na realidade é Anúbis, deus dos mortos e do embalsamamento, por isso os corpos secos quando ele lhes toma o fluido vital para conseguir sobreviver. Aliás, estou reescrevendo o conto, colocando outros fatos começando com a infância de Alupo no planeta dele. É claro, corrigindo os erros apontados e seguindo as sugestões. Obrigado.
Oi Zé, obrigada pela resposta, então.. eu entendi que o delegado tocou nele e se transformou, mas na minha opinião ficaria melhor vc ter colocado isso antes, deixar a cena do planeta sombra por ultimo, pra finalizar o conto… só minha opinião, claro.
Olá, Zé!
Primeiro parabéns pela coragem de abrir o certame!
Achei seu conto muito interessante. Ele começa sem muitas pretensões, achei que seguiria nessa linha investigativa até o fim, as viagens temporais foram muito bem vindas, tirou digamos… uma provável monotonia.
Vou dizer que tive dificuldades pra acompanhar os personagem, por serem muitos e aparecerem muito rapidamente na história, talvez tenha faltado uma desenvolvimento mais deles, ou mesmo diminuí-los pro leitor não ficar tendo que voltar na história pra saber quem é quem.
Gostei dos elementos históricos, da descrição e ambientação, é simples mas competente.
A resolução de tudo foi um tanto confusa, não sei se entendi de fato, mas a leitura valeu, entretive-me!
Parabéns e boa sorte no desafio.
O texto tem certos vícios narrativos, como o personagem que instantaneamente detecta, só pelo olhar de uma personagem, traços psicológicos complexos: “o olhar indicava ser uma pessoa destemida, segura, curiosa”. Aceito que o olhar possa sugerir uma pessoa destemida ou segura, mas isso não se observa de imediato e precisa ser bem colocado na narrativa, para não dar poderes paranormais aos personagens.
Acho que, considerando a qualidade do personagem Alupo, certos elementos normalmente forçados para permitir a ação do mal me pareceram forçados demais. Vou explicar.
Em primeiro lugar, não acho que tenha sido um erro a cena no Egito. Ela é quem dá carne à narrativa, com o primeiro indício de QUEM é Alupo. Eu não tiraria esse trecho, de jeito nenhum. Esse texto não tem, nessa sua forma atual, nada que tirar, e muito a se acrescentar.
A grande inconsistência que eu notei, e que você talvez possa me explicar, é se Alupo realmente MIGRA de corpo para corpo ou se ele se reconstituiu quando foi removida a pedra sobre seu coração e usando a energia vital dos três arqueólogos.
Isso pode não parecer tanto, mas é bastante importante para definir QUEM é Alupo.
Se Alupo migra de corpo para corpo, então Alupo é um parasita que submete seu hospedeiro a uma transformação.
Se Alupo se regenerou e usa a aparência exterior das pessoas como uma maneira de viver entre os homens, isso o torna uma espécie de vampiro.
Mas ficou obscuro por que Alupo teria imaginado a necessidade de assumir a aparência de sua vítima. Quando ele chegou à terra, no Antigo Egito, sua aparência híbrida o fez ser reconhecido como um deus. Desde então ele esteve preso no sarcófago e nada viu da evolução cultural da humanidade.
Uma forma de resolver isso seria simplesmente mencionar, en passant na cena com o delegado, que ele saíra da casa da mulher realmente como um delegado, isso mostraria ao leitor esperto que Alupo não só retira energia de suas vítimas, mas também informação.
Esse tipo de coisa, informação nas entrelinhas, faz horrores pela qualidade de um texto.
Também achei que seu texto carece de um pouco mais de beleza de linguagem, mas isso é algo que não vai sair de hoje para amanhã.
P.S. És português/a? Tive a ligeira impressão de um lapso léxico que denuncia isso….
Bom dia José! Estou respondendo ao seu comentário por que você fez uma pergunta; se eu sou português? Não. Sou brasileiro e talvez esse lapso léxico seja um cacoete de imitar o linguajar antigo e ou, o português PT já que aprendi a ler com as obras de grandes autores portugueses e também edições portuguesas como a coleção Argonauta de ficção científica. Influências ficam, como marcas na memória. Agradeço o comentário e acho que se eu colocasse mais informações sobre Alupo, seriam “informações desnecessárias”. Não posso e não devo entregar tudo explicado ao leitor, cabe a ele, raciocinar e completar a imagem que foi esboçada, como você bem o fez deduzindo e completando a ideia. Obrigado.
Saudações, Zé. Tudo bom?
Cara, sua história tem um baita potencial. É uma premissa muito boa esse fato simples (do Alupo querer voltar pra casa, e só). É uma motivação e uma justificativa forte para amarrar toda a história. Gostei das trocas temporais também. Deram um fôlego bacana na narrativa.
Como ponto de atenção, percebi algumas falhas de revisão que escaparam (e que não vou ficar apontando aqui, muita gente vai fazer isso, com certeza) e o trecho de Amés que ficou meio sobrando para mim. Parece não acrescentar em nada na história e ainda insere mais dois (três com o menino morto) personagens que também não acrescentam em nada na trama.
Talvez você pudesse retirar esse trecho ou revê-lo. (Modo pitaco – on) Se o garoto “voltasse dos mortos” no corpo do exomorfo, por exemplo, poderia ser uma saída (até para mostrar quais os poderes de Alupo para o leitor).
Bem, é isso. Parabéns pelo trabalho!
Abrax
Olá, Zé!
O seu conto prendeu a atenção e despertou curiosidades. Foi uma leitura divertida e interessante. Seu estilo é simples mas, em geral, você comete poucos erros. Gostei de como você é bem direto com as suas descrições e sucinto nos seus desenvolvimentos, sempre jogando a trama pra frente e aproveitando cada espacinho das 3000 palavras do desafio.
O conto invoca algumas imagens interessantes à mente e o saldo da sua leitura é, no geral, positivo, mas há uma série de coisas que eu gostaria de destacar como “passíveis de melhoria” (baseado exclusivamente na minha opinião como leitor e escritor):
1) Seu conto tem MUITOS personagens. Isso impede que qualquer um deles ganhe profundidade. São eles : Josias, Jaqueline, Angelina, Hamilton, Ahmed, Omar, Nafti, Amés I, Séchen, Bayer, Karen, Franz e Marcelo (ufa!). Três mil palavras é pouquíssimo espaço para desenvolver tanta gente assim, e isso acaba tornando todos os personagens rasos demais e sem muito conteúdo, quase “robôs”. A cena onde Amés I perde o filho, por exemplo, não passou a emoção que um pai sente ao perder um filho. Ou quando Josias percebe que Angelina é um monstro: não há susto ou terror. Há apenas reações automáticas e rasas, que acredito que você teve que enxugar devido ao espaço limitado.
2) Você usa muitos pontos de exclamação. Eles devem ser usados com muita parcimônia, senão a narrativa inteira ganha um tom meio infantil.
3) Há alguns erros de descrição mas talvez o mais grave seja a descida à mais recente tumba encontrada no Egito. Nunca vi arqueólogos tão inconsequentes, pisando em degraus milenares sem nenhum cuidado, abrindo sarcófagos sem a menor das preocupações e até mesmo desenrolando múmias só pela curiosidade! O trabalho de arqueólogos é demorado e cheio de frescuras… as suas descrições estavam mais para um filme do Indiana Jones, rs rs.
Em geral, apesar dos pontos citados acima, o conto é bom e gera uma leitura agradável.
Gostei, principalmente porque a trama não saiu dos trilhos, da mistura de investigação policial com história egípcia. Também gostei da forma que descreveu a trama, fiquei curioso para chegar ao final, que ao meu ver foi surpreendente. Achei a linguagem fácil e da forma que conta prendeu a minha atenção. Boa sorte.
Olá, Zé. Gostei muito do seu conto. Achei que a melhor parte foi a maneira como você conseguiu pular de uma época para outra sem perder o fio da meada. Realmente há alguns pontos estranhos, como a falta de cuidado dos arqueólogos ou o fato de o Alupo conseguir estar na primeira expedição ao seu planeta natal, mas para mim isso se fez necessário para tornar a história interessante. Parabéns e boa sorte no desafio.
Eu cheguei ao final me lembrando de Anúbis – meio chacal meio homem – porque os egípcios tinham essa coisa de misturar natureza com seres humanos – antropomorfismo. Achei bacana isso porque tenho fascínio pela história dos deuses egípcios e por toda a história da Arte dessa grande e já esquecida civilização. Digo esquecida porque hoje em dia não se tem mais o encantamento pelas passagens históricas. Parece que se tornou obsoleto. Quem sabe por já ter sido tema de inúmeros livros, filmes… Enfim…
Sua história com idas e vindas ficou bacana. A não linearidade deixou o texto mais dinâmico. O começo foi bem parecido com as cenas de séries de investigação policial. E eu amo! Também ressalto a questão da diversidade – mulher com mulher – embora tenha sido um pequeno ponto dentro de toda a trama.
Gostei do final, deixando o leitor pensar sobre a possível transformação do investigador.
Não vou falar dos erros de escrita porque talvez com uma revisão mais minuciosa eles desapareçam.
Então, boa sorte no desafio! Abraços!
Pontos Negativos:
– Problemas com a pontuação;
– Problemas com a ortografia;
– Problemas de paralelismo nos tempos verbais.
Obs: Os problemas, no entanto, condensaram-se no começo do texto
Pontos Positivos:
– Grande capacidade descritiva nas cenas de ação;
– Ótimo trabalho na não-linearidade da trama, sendo capaz de viajar entre épocas e manter a consistência do texto;
– Bom avanço no trabalho da trama, sendo capaz de atrair a atenção do leitor com isso;
– Bom trabalho de pesquisa, trazendo elementos históricos que contribuíram com a verossimilhança na história.
Balanço Final: Average
Olá, autor, tudo bem?
Desta vez, farei diferente e só me aterei ao enredo. Portanto, não espere que aponte falhas de revisão ou detalhes formais.
A narrativa prendeu minha atenção longo no seu início. Esse toque detetivesco tornou tudo mais interessante, mesmo o tema não ser muito do meu gosto.
Gostei de como desenvolveu a história, dividindo em pequenos capítulos que mesclam tempos e espaços diferentes.
Fiquei em dúvida quanto ao final: o detetive transformou-se em um alienígena? Pelo o que entendi a moça o tocou no final e …
Concluindo: gostei do trabalho apresentado, pois a leitura fluiu com bastante facilidade. Adoro diálogos.
Boa sorte!
Olá, sua história está muito legal! Gostei bastante dela. A investigação, a troca de cenas, você contou tudo do presente para o passado. Ideia genial!
Tenho que te falar que fiquei muito surpresa quando a arqueóloga vai atrás dos colegas de trabalho e encontra todos daquele jeito. Eu realmente não esperava por essa!
A pequena luta entre o delegado e a arqueóloga foi emocionante também.
Só acho que na última cena você poderia ter colocado algo que sinalizasse que era o presente. Talvez não coube por conta do limite de palavras, mas ficaria melhor. Mesmo assim a história está maravilhosa. Minha parte favorita é quando a nave chega no planeta sombra e o que acontece em seguida com o capitão!
TEMA: Sim
CRIATIVIDADE: Sim. O alienígena é transmitido como um vírus de pessoa em pessoa. Achei interessante.
INTERESSE PELA HISTÓRIA Baixo.
ERROS APARENTES: Diversos erros de gramática. Ex.: “Era o terceiro casa em dois meses.” ;
“degote” (Decote); “uma ser meio homem” (Um ser)
PONTOS POSITIVOS: Achei muito criativo que a forma dos alienígenas era de um ser meio cachorro e meio humano. Até um pouco engraçado.
Inclusão do gênero policial na trama. Investigação geralmente é um tema que agrada.
Gostei de o nome da nave ser Cronos. Não sei se houve alguma intenção do autor em ligar a mitologia grega com a egípcia.
PONTOS NEGATIVOS: Erros de gramática atrapalharam excessivamente a leitura, principalmente no começo. Depois melhorou um pouco.
Faltou desenvoltura e inventividade na criação das cenas. Por exemplo, a parte em que Josias passou com Angelina, desde sua chegada no apartamento até ela se transformar em outra criatura e atacar ele, foi um tanto sem graça e truncada.
FRASE DE DESTAQUE: “O fogo se extinguiu em certo trecho, mas as ondas de calor continuaram até atingir o planeta.”
Conto interessante, talvez exagerado no tamanho considerando-se que todo conto deve ser dinâmico com personagens fáceis de se identificar.A interrupção da história a todo o tempo causa uma indagação sobre o tma da narrativa.O delegado se perde um pouco na trama.Talvez seja uma boa porta para uma novela curta.
Uma nota de desejo pessoal do leitor: Não desista desse conto. A gramática do texto desliza, gracejo dizer, escorrega no que pede a norma culta, mas se tratando de literatura; O leitor que se esforce pra entender e o autor que se avalie como pode.
Quando digo pra não abandonar essa história é porque o recheio é bom. Instigante. Personagem central (apesar do autor ter colocado alguns) se faz ser investigado (pequeno trocadilho) hehehe. A intenção de link entre o espacial e o egípcio também é forte. Talvez funcionasse melhor em um romance (pense nisso) onde talvez os personagens pudessem contar a história com detalhes dignos de Eça de Queiroz (perdoe a graça).
Pra que os diálogos fossem mais elegantes, talvez um pouco menos de explicação. Algumas coisas são muito óbvias. Sendo assim, quando uma coisa é prometida, logo em seguida o segredo é revelado e o gozo é interrompido. Além disso, pode subestimar a inteligência do seu nobre e consagrado leitor.
No mais, entendo também que o conto tem de ser uma situação curta na vida do(s) personagem(ns). Não que seja regra, cada qual com seu cada qual (como diria minha avó) mas como leitor; confesso que seria mais fácil de tragar e absorver se fosse assim.
Parabéns e forte abraço.
Olá Zé. Parabéns pela coragem de iniciar os trabalhos. Vamos lá:
PONTOS POSITIVOS:
A brincadeira com a narrativa do tempo, indo ora para trás, ora çara frente é bem interessante. Sobretudo, deixar a morte do alienígena para antes do fim e mostrar a resolução do Delegado depois.
Trazer o Deus Egípcio a um patamar alienígena não é novidade, mas foio bem executado aqui, de forma crível.
PONTOS NEGATIVOS:
O texto necessita de uma boa revisão, alguns errinhos que passam despercebidos aos olhos do autor (o que acntece com qualquer autor) realmente me tiraram um pouco da imersão. Talvez pedir para alguem dar uma lida ajude a pescar esses erros que estão na nossa cara e a gente não vê.
Um quantidade enorme de personagens, que acabam confundindo muito a história. Muitos nomes e muitas ações acabaram me deixando confuso. Poderia ter economizado nos personagens, visto que a maioria não faz diferença para o andamento da história.
Algumas decisões tolas dos personagens me tiraram muito da imersão também. Arqueólogos sem o menor cuidado com um artefato milenar. Delegado indo atrás de uma suspeita sem a menor precaução… É compreensível que a história precise andar, mas a meu ver, a coerência nas atitudes dos personagens é o que traz a imersão e a qualidade no argumento.
Em suma, um conto com uma boa premissa, mas talvez carecesse de mais espaço para narrar melhor alguns acontecimentos e desenvolver mais a personalidade de Alupo.
Grande abraço!
Elementos interessantes sobram na narrativa – suspense, crimes, investigação, alternância do tempo e até mitologia egípcia: Anúbis era o deus da morte, da mumificação e do submundo, representado nas pinturas com o corpo de homem com a cabeça de um chacal. Era também o juiz dos mortos e quem conduzia a alma dos mortos no além.Ficou muito bem colocado aqui como um extraterrestre, que camuflado de humano esteve entre “nós” por milhares de anos. E o que desejava mesmo era regressar para o seu planeta; quando conseguiu e o viu destruído, acabou por cometer suicídio.
Se a história é clichê, recebeu roupagem nova. A trama foi feita por alguém que possui intimidade com a escrita. Bom uso do vocabulário, e a forma como estruturou a narrativa foi o ponto alto. O tema foi bem explorado.
Gostei da história! Ótimas descrições e o enredo é simples, mas tudo se encaixa bem. Faltou apenas reforçar os sentimentos do alien, que no geral ficou como sombra, pois o enxergamos, porém sem conseguir sentir muita coisa.
Outra dica é quanto à revisão, pois, ao longo da narrativa, alguns deslizes acabam por prejudicar o conjunto: pontuação, ortografia, repetição de palavras e ideias.
Parabéns pela participação, com um bom trabalho! Acredito realmente que “eles” estão aqui desde sempre, interferindo no nosso mundo. “ Eram os deuses astronautas?” Boa sorte. Abraço.
Olá, Zé!
Antes de começar, esclarecerei alguns dos critérios a partir dos quais estarei avaliando, ainda que a nota não vá estar totalmente definida antes do desafio. Avaliarei o conto a partir do domínio da língua portuguesa, da estruturação da narrativa, da adequação ao tema e, enfim, mas não menos importante, da criatividade. Vê-se que são critérios intrínsecos.
Muito bem, agradeço por ter dado o “pontapé inicial” para o nosso desafio, agora vamos lá.
Passando logo por pontos que ficam mais evidentes, devo recomendar uma revisão mais atenciosa na próxima vez, dado que podem ser vistos alguns erros bobos ao longo da narrativa. Aparece uma ou duas vírgulas mal colocadas e existem alguns deslizes que acabam (ou não) afetando a coerência do conto, como na parte em escreveu “casa” no lugar de “caso” e, um pouco mais notório, quando escreveu que “ela resolveu encerrar a entrevista”, embora Josias estivesse conduzindo a conversa. Poderia ser proposital, mas o que segue dá a entender que ele coordenou o ato e que foi mesmo um erro. Espero não estar confundindo.
Ainda tratando da escrita, acredito que algumas construções poderiam ser mais desenvolvidas, em que aliviar o uso de adjetivos teria feito bem, como quando escreveu que “o olhar indicava ser uma pessoa destemida, segura, curiosa”, traços que poderiam ser melhor exibidos em ações da personagem (as que acontecem logo em seguida já bastam para designar o caráter confiante da personagem, por exemplo). Outro trecho que traz certa incoerência é quando Josias pede para que “consiga nomes e endereços de todas as mulheres que tem essa profissão”, o que realmente não me parece uma forma eficaz de iniciar uma investigação (ou talvez eu esteja superestimando o número de arqueólogas que tem por aí).
Estruturalmente, o conto consegue nos trazer uma história de início, meio e fim, jazendo bem dividida na medida em que vai nos esclarecendo a origem do personagem titular. Em contrapartida, alguns segmentos sofrem com detalhamentos que não pareceram pertinentes ao encerrar a leitura. Hamilton, Ahmed e Omar poderiam ser facilmente “uma equipe de arqueólogos”. Principalmente porque os diálogos serviram mais para exposição do que viam, sem trazer traços de personalidade que os diferenciasse de verdade. Na medida em que vamos avançando pelas passagens de Alupo pela Terra, vamos o entendendo e, aí uma boa escolha foi ter colocado a morte do alienígena antes do desfecho do policial, por acrescentar o mistério do que teria ocorrido nos tiros disparados. Aproveitando que comento esta parte da obra, falo que poderia ter tido uma transição melhor entre a morte de Alupo e o retorno da narrativa à perspectiva de Josias, pois ficou um pouco repentino sem os asteriscos que vinha usando para separar o texto.
Enfim o alienígena. Interligá-lo ao Egito Antigo foi uma boa ideia, mas não explorada com uma profundidade satisfatória, em minha opinião. Acredito que o conto seria mais interessante se pudéssemos ter visto a adaptação de Alupo ao Oriente Médio, o que daria mais camadas à personagem e mais “originalidade” à sua existência. Com isso quero dizer que o alienígena que pode se camuflar de humanos não é algo novo e, dessa forma, ele ser pego também não é, de modo que a partir do momento em que Josias encontrou a Vikander e antes mesmo do trecho que nos coloca na investigação da tumba, eu já sabia que Angelina era o alienígena. Neste desafio, o alienígena – para mim tido como um ser que de alguma maneira se diferencie do ser humano (e aqui o grau de diferença pode variar), merece um investimento de criatividade. Neste conto acredito ter encontrado uma trama um tanto “clássica” de alienígena que quer voltar para casa (independente do custo), cuja execução não empolgou tanto, faltando um maior desenvolvimento da personagem que é Alupo, o que certamente teria me envolvido mais com a sua jornada para casa.
Esse início detetivesco ajudou o conto, pois naturalmente são textos que prendem a atenção em torno do mistério. Depois, com as cenas alternadas nos lugares e no tempo, o texto mantém o interesse por desejarmos saber de onde vem aquele ser.
Os únicos pontos fracos são alguns erros de pontuação e diálogos expositivos demais. A cena da descoberta do túmulo incomoda com os personagens explicando a todo momento coisas aos outros e descrevendo o que enxergam. Mas no geral curti.
Alupo Bara, Saudação ao senhor dos caminhos, possuidor das chaves.
A história lembra um episódio de Jornada Nas Estrelas, em que o engenheiro Montgomery Scotch é julgado por um assassinato. (spoiler) No fim descobrimos que o assassinato é perpetrado por uma entidade que existe desde o começo dos tempos, e “possui” as pessoas levando-as a matar. Inclusive era essa entidade que possuía o famoso Jack Estripador.(fim do spoiler). De forma semelhante, aqui a entidade maligna, vinda do exterior em uma “bola de fogo”, suga a energia vital das pessoas, ressecando-as até a morte.
A ideia foi bem trabalhada, inserindo elementos religiosos, sobrenaturais e científicos. Claro, a história principal do delegado Josias ficou encurtada, devido ao espaço. Mas foi uma boa tentativa para um conto de três mil palavras.
Na verdade, minhas principais sugestões são quanto à técnica. Primeiro, noto que há um erro recorrente aqui. Trata-se da pontuação. Entre outros erros, há pelo menos duas situações semelhantes:
“subir os três lances da escada, deixou-o”
“No fundo de uma ravina, Hamilton, Ahmed e Omar, começaram a tirar as pedras”
Não se separa o sujeiro do predicado por vírgula. Em diversas outras frases encontramos erros de pontuação.
“– É que, estávamos ocultando da mídia”
“As duas vítimas anteriores eram lésbicas e pelo jeito, Jaqueline também é e isso me leva a crer que o assassino é uma mulher”
E algumas frases ficaram meio imcompreensíveis:
“As janelas estavam fechadas e o ar condicionado ligado numa temperatura fria. O dia não estava tão quente e ali dentro estava frio”
(se o ar condicionado está ligado, obviamente em uma temperatura baixa, claro que as janelas estão fechadas e está frio. )
“Mas, como e por que a deixaram murcha como uma passa de uva?
Foi à vez de o delegado mostrar surpresa.
– Passa de uva?
Angelina deu de ombros.
– No sentido figurado! O noticiário disse que ela sofreu um ressecamento espontâneo!”
(claro que seria no sentido figurado)
Em suma, a história é boa, mas sugiro que o autor(a) revise seus textos com maior rigor, aperfeiçoando sempre as construções frasais, de modo a prender o leitor com as boas práticas da estilística.
É muita história, e muitos personagens para pouco espaço. Não dá tempo de se conectar com nada. Talvez se o autor(a) investisse em apenas um desses núcleos, apostando na narrativa (visto que o enredo não tem muito para acrescentar) e focando em apenas um ou dois personagens, o conto ficasse mais bacana. Encontrei uns probleminhas de revisão: um/uma; casa/caso; Faltou pular uma linha num diálogo aí também. Talvez existam outros, nada demais. Boa sorte!
Essa de pular a linha foi falha minha no momento da postagem. Peço não descontar pontos do participante por esse motivo, pois no arquivo original a formatação está correta. Vou ajustar assim que possível.
O sr. está comparando o conto de 3.000 palavras com uma novela de televisão que tem vários núcleos e vários personagens. Disse que devia ter outros erros além daqueles que encontrou, então me parece que o sr. não deu muita atenção ao conto, leu superficialmente o texto. Acho também, que não entendeu o enredo. É a história de Alupo ( Anúbis para os egípcios, deus da mumificação)um alienígena, único sobrevivente de seu planeta, que foi destruído pelo fogo e que chega à Terra, mais precisamente no Egito no tempo do faraó Amés. Ele acaba morto, mas revive quando uma arqueóloga descobre seu túmulo. Alupo tem a capacidade de se transformar em outra pessoa e anos depois, como capitão de uma astronave, ele volta ao planeta natal. O período temporal é intercalado e talvez o sr, achou que fosse outras histórias
Então Zé, não li teu texto superficialmente não, jamais faria isso aqui no EntreContos (Nos mais, você que é o autor deixou escapar uma coisinha ou outra, visto isto, como eu não ter apontado mais erros pode ser atestado de que eu li superficialmente?). Mas, resumindo, Alupo quer voltar pra casa, ponto. Então porque não focar a história num cenário só? Arrumar no máximo mais dois personagens para ajudarem e/ou atrapalharem? Alupo voltar para casa ou não ganharia mais relevância, e talvez essa “focalizada”, digamos assim, nos desse meios de se conectar com ele ou com os personagens que participariam desse processo de volta para casa.