EntreContos

Detox Literário.

Samba-enredo (Daniel Reis)

No quintal do terreiro de Mãe Donana, praticamente todo domingo, o couro comia solto desde manhã. Nem era o mês de maio ainda e o pessoal do Grêmio Recreativo, Esportivo e Social Campo Comprido já esperava, com ansiedade, a divulgação das regras do concurso de samba-enredo para o próximo carnaval. Ao redor da grande mesa de madeira reuniam-se bambas da comunidade como Vadeco do Pandeiro, Canhotinho, Toninho Cuíca e vários outros, novos e da velha guarda. Ali também se temperava a feijoada com risadas e se enxugavam todos os tipos de garrafas de bebidas, embalando, desde o berço, o nascimento dos futuros sambas. Naquele ano havia a expectativa de uma parceria inédita entre os compositores Severino Paraíba e Dejair do Cavaquinho. Ambos, cada um por si, haviam tentado emplacar, no ano anterior, o samba-enredo e o prêmio em dinheiro oferecido pelo Presidente de Honra e Patrono da escola, João Eunício de Barros, o João da Boca Torta. Agora, iam juntos, em busca da fama e do prêmio, principalmente.

Severino Paraíba chegou criança à comunidade; foi mensageiro, office boy e ajudante de pedreiro, mas sempre sonhando tornar-se um daqueles cantores famosos da TV. Arranjou emprego em uma empreiteira grande, reponsável pelos conjuntos habitacionais populares financiados pelo governo, mas acabou demitido por causa da crise. Sobrevivia de bicos, fazendo uma reforma aqui, uma laje acolá. Apesar de tímido, fisionomia séria e frágil, era safo com as rimas e cantava com voz firme e grave, seu grande trunfo em busca do sucesso. Mas, nessa área, não conseguia nada além de um pagode ou festa de casamento por mês, quase sempre com cachê irrisório. Recém-casado com Jucimara, evangélica, filha de pastor, dezessete anos, depois de um rápido namoro tradicional, cafezinho na sala de visitas e muita conversa no portão; e antes que o pai dela descobrisse que, apesar de honesto, o genro não tinha onde cair morto.

Já Dejair do Cavaquinho era solto na vida. Cuca fresca, tomando todas com quem viesse conversar com ele no bar, a qualquer hora do dia. Vivia de pequenos golpes, cambalachos e outros truques mais ou menos inocentes. Quando se apertava, pedia emprestado aos amigos; mas fazia questão de pagar, mesmo que fosse num dia a perder de vista. Tocava um cavaquinho infernal, o que não facilitava com as dívidas, mas ajudava com as mulheres. Farrista, cachaceiro, sem-vergonha, diziam sobre ele. Mas nunca que não levasse a sério o samba, e, principalmente, a sua escola do coração. Inclusive, tinha feito um samba-enredo que, se não ganhou a avenida, ficou na memória da comunidade: “Em tempo de folia, Rei Momo e Monarquia estão aí para ficar”. Mas isso já fazia bem uns seis anos.

Caipirinha liberada, linguiça em prato de papel, cigarrinho suspeito de mão em mão, todo mundo aguardando a chegada da nova dupla. A previsão era que, naquele dia mesmo, poderia ser divulgado o tema do enredo elaborado pelo carnavalesco Abelardo da Rosa, o Purpurina.

Dejair chegou no embalo, afinando o cavaco para entrar no tom. Recebeu a saudação de reverência da batucada, e muitos beijos e abraços das novinhas, bem como das mais velhas também. Aquele seu jeito cafajeste agradava a todas, sem distinção. A casa se encheu de vizinhança e de cerveja, pinga, batida de coco, refrigerante barato. No pagode de Donana, cada um traz o que pode – e leva, quem sabe, a alegria de conhecer um samba campeão.

Alguém ouviu as palmas tímidas na rua e Mãe Donana foi atender. Era Severino Paraíba. Com ele estava Jucimara, olhar no chão, vestidinho bem-comportado de chita, cabelo longo preso em tranças. Toda sem jeito, pela primeira vez saindo com o marido, foi saudada pela geral com paradinha e repique de tarol. Teve vergonha de estar no meio deles. Na igreja dela, tudo era pecado.

Severino indicou onde a mulher deveria permanecer e foi para perto de Dejair. Respeitoso, ofereceu ao novo parceiro um aperto de mão protocolar, recebido como assinatura do contrato de trabalho, entre aplausos dos presentes.

Nisso, chegou o Magrelinho, esbaforido. Terceiro Mestre-Sala reserva da escola, o mulato comprido, de olhos mais compridos ainda, veio correndo da quadra de ensaios com um calhamaço de folhas mimeografadas nas mãos:

Puta que pariu, olha só, saiu o enredo! Vocês não vão acreditar!

Os músicos se amontoaram ao redor dele para conhecer o tema de autoria do Abelardo Purpurina, figurinista e carnavalesco, cinco vezes vencedor do grupo de acesso por outras escolas. E foi o próprio Magrelinho que leu, entre uma ou outra tropeçada no português de ensino fundamental, o teor do que o carnavalesco definia, bem ao seu estilo imodesto, como “um tema deslumbrante, para um desfile arrasador”.

***

Kua Iruí e Tian Tiá: do barro viestes, ao barro voltarás“.

Esse Purpurina, vou te dizer…

Porra, que merda de enredo, hein?!

— É um filho da puta mesmo, daí não sai nada!

Quase seis da tarde e só meia dúzia de pessoas no quintal, tamborilando, com desânimo, um pandeiro fraco, um surdo quase mudo. Nada de aparecer o tal do samba. Canhotinho deu desculpa e tirou o time. Vadeco apagou numa rede, com a cabeça cheia de cerveja. As novinhas foram embora, de fininho, com destino ao baile funk. Na mesa principal, restavam só o Severino, ainda mais sério do que de costume, lápis rombudo e rascunhos espalhados pelo chão; e Dejair, camisa aberta, manchas redondas nos dois sovacos, debruçado sobre o cavaquinho.

— Não sei o que fazer com essa história, Severino…

O letrista continuava quieto, lendo de novo a resma para tentar entender a “a concepção artístico-lítero-filosófica” do carnavalesco. É óbvio que a escolha do enredo foi ao gosto do todo-poderoso João da Boca Torta. O que justifica o desânimo coletivo: pelo menos dessa vez, a maioria apostava num tema histórico ou na exaltação da própria escola. Mas veio outra lenda…

Severino foi prático:

— Vamos para o lado do povão, Dejair. Eu preciso desse dinheiro do concurso pra pagar as contas, mas não dá pra ficar agradando o benfeitor. Tem mais é que fazer sucesso…

***

Enquanto isso, Jucimara, toda envergonhada à procura de um banheiro, não quis incomodar ninguém e entrou sozinha na casa. Deu de cara com o congá de Mãe Donana, todo enfeitado e iluminado com velas para os santos. Teve medo. Mas relaxou, pois começara a ouvir, de dentro, o verdadeiro batuque…

***

Dejair apertou a vista e o cavaco, baixou o queixo e mandou:

— E se a gente começasse assim:

Hoje eu vou cantar contente,

Vou contar pra minha gente

A história de um amor:

Severino aprovou o mote e retrucou:

Kua Iruí, índia bela e reluzante

Apaixonou-se de repente

Por Tian Tiá, um caçador.

Mãe Donana tinha sono pesado, principalmente em frente à TV ligada no Programa Silvio Santos, e por isso não viu a primeira contração do samba-enredo. Nem Jucimara, incorporada, batendo cabeça no salão.

Do lado de fora, Dejair modulava e mandava o outro verso:

Era o mais forte e altaneiro

E da taba o mais matreiro,

Sabendo o seu valor, o seu lugar…

Foi a vez do Severino emendar:

E apesar de tantas glórias e vitórias

O indio herói da nossa história

Não tinha um oca pra morar…

Revisaram as estrofes já elaboradas, ajustando detalhes da melodia, harmonia e convenções. Longe da vista dos dois, Jucimara, ou a Pomba-Gira, rodopiava livre no quintal.

***

Taba Iré, morubixaba da aldeia

Não queria sua filha entregar

Para um índio preguiçoso e festeiro

Mas Kua Iruí jurou amor

ao seu guerreiro

Fez pirraça para vê-lo

Mas seu pai não quis nem mesmo conversar

— Boa, Severino! Agora vem a parte triste, tom menor, porque afinal eles desobedeceram o pai da moça…

Fugiram juntos,

se esconderam ao relento

Mas ficaram sem sustento

Até que o cacique veio os encontrar

— Daí é drama continuou Severino, quase sem pensar:

Obrigou o jovem índio a um sacrifício:

nove noites, nove dias

sem poder se alimentar:

Tian Tiá foi feito prisioneiro

E a bela Kua Iruí chorou de medo

Que ele não pudesse aguentar.

Beberam o resto de cerveja quente, revisaram versos, beliscaram torresmo, juntaram as partes soltas. E seguiram em frente:

Depois de nove dias e uma prece

Tupã fez um milagre, ao que parece,

para o índio transformar:

Tantiá voou livre, um passarinho

ficou forte e fez um ninho

aonde ele e sua amada vão morar.

 

— Agora, paradinha e refrão… disse o Dejair, escolhendo uma sequência maior no cavaquinho:

Olê, olá,

Que bom que é ver

Com tanto ardor,

João-de-Barro

Ser fiel ao seu amor.

Olá, olê,

Vamos cantar,

Pra você ver:

Até de barro

o nosso lar

dá pra fazer!

***

Já era segunda-feira clara, e Severino e Dejair se despediram, trôpegos. Jucimara dormia no chão da varanda quando o marido a acordou para ir embora. Aturdida, cambaleou com ele até o barraco onde moravam. Nem bem fecharam a porta e ela sentiu um impulso estranho, irrefreável, de o arrastar para a cama – e praticar seu próprio “culto de libertação”. Severino ficou impressionado com as iniciativas da mulher, sempre tão recatada; mas se deu por satisfeito e preferiu não reclamar. Depois do amor, dormiu feliz, com a certeza de que a fama e a fortuna estavam por perto. Era o samba ideal, com o melhor parceiro. E, para despistar a concorrência, os ensaios dos dois seriam ali no barraco mesmo, melhorando um pouco a cada dia, até a data do concurso – duas semanas depois.

***

Severino andava meio nervoso nos bastidores. Não se sentia intimidado com a quadra lotada, inclusive de amigos fazendo campanha pelo samba deles. E nem contrariado com a transformação de Jucimara, ex-crente, agora toda simpática na multidão, cabelo solto e barra da saia acima do joelho, distribuindo folhas de xerox para quem quisesse acompanhar a letra, parceria entre o seu marido e o fabuloso Dejair do Cavaquinho. A angústia de Severino, no momento, tinha outra razão: Dejair estava em lugar incerto e não sabido. Estranho, pois, apesar da cachaça, o novo amigo sempre dava notícias e chegava até mais cedo, demonstrando dedicação e empenho em todos os ensaios. Ligou na pensão, onde o parceiro morava, e perguntou sobre o seu paradeiro, mas ninguém sabia. E, nos bares, idem, ibidem.

Severino circulou entre o povo na quadra, recebendo tapinhas nas costas de “já ganhou” até dos desconhecidos. Era quase hora de cantar o samba, duas vezes sem acompanhamento, depois com a bateria completa, para contagiar o público presente. E nada do Dejair aparecer.

Conformou-se em puxar o samba sozinho. Severino voltou aos bastidores a tempo de encontrar o parceiro, agarrado com Jucimara, atrás de uma coluna de concreto.

***

Severino girou nos calcanhares, voltou ao bar e pediu uma dose extra de coragem com conhaque, para aquecer e esquecer. Mas só decidiu subir ao palco quando o puxador oficial da escola começou a chamá-lo pelo alto-falante, insistentemente, para que se apresentasse de imediato “o oitavo samba-enredo concorrente desta noite”.  Já de frente para a plateia, com as luzes fortes no rosto, Severino cruzou olhares com Dejair, e este percebeu que o marido sabia de tudo. Pego de surpresa, o cafajeste deu os ombros e fez um gesto com as mãos e o cavaquinho, como se pudesse explicar alguma coisa: “não tive culpa, parceiro”.

***

No fim das contas, o escolhido foi outro: “João de Barro, Campo Comprido contará pra sempre a sua história”. Os detalhes da melodia, que contagiou a netinha de seis anos, e a letra, na qual era citado até o nome da nova esposa dele, certamente convenceram o patrono da escola a influenciar os jurados, e a desconsiderar a falta de empolgação da plateia.

Dejair não se abalou. Continuou tocando a vida do jeito que dava, como fazia com o cavaquinho; mas, por via das dúvidas, evitou cruzar com o antigo parceiro. Já Severino, provavelmente, foi embora para a Paraíba; e Jucimara, como souberam Mãe Donana e a turma do pagode, apareceu até na televisão: “Pedreiro João-de-Barro: mata e empareda esposa no barraco”.

41 comentários em “Samba-enredo (Daniel Reis)

  1. Wender Lemes
    31 de março de 2017

    Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação em três partes: a técnica, o apelo e o conjunto da obra.

    Técnica: nota-se uma linguagem ágil, nada engessada, que cresce no decorrer do conto. Imagino que alguns vão questionar a abordagem do tema aqui, mas creio que ele tenha sido explorado até em mais de uma via. Carnaval faz parte da cultura brasileira, então é a aposta mais certa, mas a história do João de Barro em que se espelha parte da trama também é um toque muito peculiar de crença popular. Nunca foi comprovado que o João honrasse sua fama de vingativo, ainda assim é algo conhecido de canto a canto desse Brasil.

    Apelo: achei um conto redondo, cada ponta presa em seu devido nó. A princípio, senti o baque com aquela avalanche de nomes, tudo passando muito rápido, achei até que precisaria voltar para entender, mas os olhos foram se adaptando ao estilo e a leitura acabou sendo bem legal. Há alguns estereótipos presentes, e não vejo problema em explorá-los, bem aplicados como foram (vide a moça recatada que acaba por se entregar aos prazeres da vida).

    Conjunto: a escrita entra no próprio ritmo que homenageou, sambando diante dos olhos e proporcionando uma leitura ímpar.

    Parabéns e boa sorte.

  2. mitou
    31 de março de 2017

    o conto abordou o tema do folclore de uma maneira diferente da maioria ,se não de todos, os outros contos do concurso. sem deixar monstros e deuses do nosso folclore. bem o conto tem pontos altos e baixos, tem uma boa figura de linguagem como exemplo no trecho que fala : ” um pandeiro fraco, um surdo quase mudo”. porem os parágrafos são grandes de mais e as vezes muda de assunto no meio do paragrafo, essa estrutura dificulta muito a compreensão.

  3. Pedro Luna
    31 de março de 2017

    Achei muito bom. Criativo a forma de inserir na trama o folclore, na forma de samba, mesclando com o resto da história – muito interessante por sinal. Personagens simpáticos, um climão de morro, de festa de fundo de quintal, de gente tocando cavaco. Muito da hora. As únicas coisas que me incomodaram foram essa passagem: ” As novinhas foram embora, de fininho, com destino ao baile funk”. Sinceramente, eu tiraria esse baile funk na revisão, porque esse texto tem algo de atemporal, e esse baile funk o situa no tempo. E o outro detalhe é que pelo menos para mim, o engalfinhamento entre Dejair e Jucimara foi bem previsível após toda um foco nos dotes cafajestes do cidadão. Mas não foi algo que atrapalhou o texto, pois se formos ser racionais, isso cansa de acontecer. Nem preciso dizer que é muito bem escrito. Ótimo conto.

  4. Elisa Ribeiro
    30 de março de 2017

    Um enredo bem carioca e uma narrativa com uma pegada irônica, bem carioca também. O desfecho, não foi surpreendente, mas ficou bom. O início do seu conto não me agradou muito. Parágrafos longos, excesso de descrições. Gostei demais do samba-enredo que você criou. Para mim, foi o destaque do conto. Parece mesmo um samba. Sucesso!

  5. juliana calafange da costa ribeiro
    30 de março de 2017

    Gostei muuuito do seu conto. A linguagem leve, em tom de crônica, o humor sutil, uma leitura muito boa do ambiente que envolve o samba de escola. Os personagens são muito bom construídos, sem precisar de firula. E vc ainda é poeta pra escrever a letra do samba-enredo! Um folclore dentro do outro. Muito bom mesmo! Só não gostei do último parágrafo, q pra mim ficou banal, óbvio, previsível. É sempre difícil terminar, não sei como eu terminaria esse conto, mas talvez terminasse no penúltimo parágrafo, deixando o leitor apenas com a banalidade da vida como ela é… Parabéns!

  6. Vitor De Lerbo
    30 de março de 2017

    Maneira diferente de falar sobre uma lenda, dentro de uma música composta por dois personagens. O texto transmite bem o espírito dos protagonistas e tem algumas viradas bem feitas, tal qual um samba enredo.
    Boa sorte!

  7. Bia Machado
    30 de março de 2017

    Fluidez da narrativa: (4/4)
    Construção das personagens: (3/3)
    Adequação ao Tema: (1/1)
    Emoção: (1/1)
    Estética/revisão: (1/1)

    Gostei muito! Narrativa que fluiu muito bem e que soube trabalhar o tema de forma que não caísse no lugar comum, ou que fosse apenas mais um. Acho que o mais bacana foi o desenvolvimento, chegando a um final inesperado. E o autor/a autora ainda me joga dentro uma letra de samba enredo, rs… que eu me vi cantando (ou tentando cantar), mas olhe… não deu muito certo, não! XD Resumindo, parabéns pela criatividade e boa prosa. 😉

  8. Marsal
    30 de março de 2017

    Olá, autor (a). Parabéns pelo seu conto. Vamos aos comentários:
    a) Adequação ao tema: adequado
    b) Enredo: bastante interessante, algo como “A vida como ela e’ ”. Achei bacana encontrar um conto assim, fugindo um pouco das criaturas folclóricas fantásticas e de temas indígenas. O suspense e’ crescente, podia sentir, desde o começo, que algo não ia acabar bem.
    c) Estilo: conto muito bom. Leitura fluida, linguagem bem elaborada, personagens bem construídos.
    d) Impressão geral: Um excelente conto, um dos meus favoritos. Boa sorte no desafio!

  9. jggouvea
    29 de março de 2017

    Apesar da qualidade do estilo narrativo do autor, este conto tem um problema muito grave: a súbita e inexplicada transformação da moça. Esse é o ponto nevrálgico da narrativa, e justamente aqui o autor se perde no acessório, como a letra inteira do samba, descrevendo uma simples ida ao banheiro e passando pelos santos, mas deixando o leitor sem saber como a moça se torna uma periguete tão súbito.

    O final também me parece muito desatado, com um grande salto narrativo.

    Vamos às notas:

    Média 9
    Introdução 9
    enredo 10
    personagens 10
    Cenário 9
    Linguagem 9
    Coerência 7,5

  10. felipe rodrigues
    29 de março de 2017

    Gostei da história passada entre os sambistas e do personagem tresloucado de Jucimara. As letras do samba misturaram-se bem com a história, mas achei que faltou um pouco mais de ação na trama, por exemplo, em vez de apresentarem os personagem de forma esquemática como no começo, espalhar essas informações em diálogos ou ações, deixando o conto mais leve, pois ele me parece até meio jornalístico por vezes.

  11. Rsollberg
    29 de março de 2017

    Fala Allan Tejoula, rs

    O ambiente e os personagens são apresentados com propriedade na primeira parte do conto. Aclimatando com cuidado o leitor Depois começa a história, ou as estórias. São subtramas desenvolvidas muito bem em um curto espaço de tempo, sem revelar muito as motivações, mas, ao mesmo tempo, sem largar o leitos no meio do limbo, O Conto é completo. Tudo é bem aproveitado e não há qualquer ponta solta. A conexão acontece, mas não é arrebatadora, muito em razão da complexidade de tudo. O final tem similaridade com o “Cidade de Deus”, mas é verossímil e, para piorar, cada vez mais ordinário.

    Com um pouco mais de espaço e, obviamente, desenvolvimento iria para o 10 com certeza. (E certamente teria praticamente se igualado ao conto vencedor do desafio de duas partes em grupos, não me recordo o nome, mas conta a história de alguns jovens da periferia, onde um poeta é solar e tudo ocorre diante dos seus olhos. É do Gustavo Aquino.)
    Bem, um dos melhores contos do desafio,
    Parabéns!

  12. Fabio Baptista
    29 de março de 2017

    Conto muito bem escrito e gostoso de ler. Tem um ritmo, não apenas na parte da música que, aliás, foi impossível não ler em ritmo de samba.

    Não sei bem onde ficou o folclore aí (só carnaval?), mas não estou levando isso muito em conta de qualquer forma. Achei que esse final destoou um pouco e o “João de Barro” logo em sequência confundiu… por um momento pensei que fosse o patrono da escola. Enfim, não curti muito o último parágrafo, mas, no geral, foi um conto muito bom.

    Abraço!

    NOTA: 8,5

  13. Cilas Medi
    29 de março de 2017

    Um pouco mais de cuidado com a revisão para as palavras (o word chamaria a atenção), como segue:
    1. reponsável = responsável.
    2. reluzante = reluzente.
    3. indio = índio.
    4. um oca = uma oca.
    5. desobedeceram o = desobedeceram ao.
    Não funcionou bem a primeira parte, com relação a letra do samba-enredo. Um pouco cansativa por querer explicar música através de palavras, realmente não funciona. Um final plausível que para mim, soou perfeito, dentro do clima do local, no meio da malandragem. O traído vingou-se. O parceiro sumiu.

  14. Gustavo Castro Araujo
    29 de março de 2017

    Muito bacana o conto. Essa pegada musical funcionou muito bem comigo. Aliada à descrição caprichada dos ambientes, me transportou diretamente para o cenário. Era como se eu estivesse junto de Severino e Dejair, testemunha da perseguição pela letra e pela melodia do samba-enredo. Se a história da composição já é boa, a que segue em paralelo também o é. A transformação da recatada Jucimara (tive uma colega de escola com esse nome) em uma mulher fogosa, por conta de uma experiência extrassensorial, também ficou muito bacana. Tudo isso cada muito bem com a letra desenvolvida, com a lenda do João de Barro. Se isso já é um deleite, fico imaginando se o autor poderia, hora dessas, nos contemplar com a melodia, quem sabe dando uma palhinha num ‘live’ no facebook. Enfim, um conto muito criativo, fluido, gostoso de ler, com uma pegada brasilianíssima, colorido, com um ritmo excelente e convidativo. E olha que eu nem gosto tanto assim de samba… Como sugestão, eu eliminaria os últimos dois parágrafos – acho que o conto ficaria mais enxuto e forte com a constatação da traição como arremate, sem a necessidade de dizer o que aconteceu depois.

  15. Anderson Henrique
    29 de março de 2017

    Gostei do ritmo do texto, apesar de não apreciar samba-enredo. O que se mais destaca no conto, sem dúvida, é o movimento, que acontece desde as primeiras linhas. Os cortes também são precisos, como quando você salta da apresentação do cenário (1º parágrafo) para a descrição dos personagens (2º e 3º) e depois retorna à ação no parágrafo 4 (“Caipirinha liberada, linguiça em prato de papel”). Gostei bastante da estrutura, clara, bem definida e que imprime agilidade. A escolha dos nomes e alcunhas também foi ótima. Dá pra ver daqui um Dejair, um Severino e um Purpurina. Os diálogos são bons também, assim como o sambinha. Texto primoroso e muito bem escrito. A única parte que não gostei foi a conclusão que achei anticlimática e um pouco apressada.

  16. Rafael Luiz
    27 de março de 2017

    A riqueza de detalhes nas cenas [e imersiva e o enredo bem gostoso de se seguir. Os personagens são descritos de forma cômica e incrivelmente verossímil, dado o ambiente. Com um apreciador e frequentador de um ou outro samba, vi no texto muitos detalhes, minucias e maneirismos deste nicho muito bem descritos e apresentados. O ponto negativo é a dúvida se o ponto chave do conto se encaixa adequadamente no tema do desafio. De resto, excelente

  17. Matheus Pacheco
    26 de março de 2017

    Adorei o conto, mostrando a junção perfeita da visão popular do samba adequado ao tema do desafio.
    Eu na verdade estava devendo esse comentário porque faz 3 dias que estou nesse conto e não sei porque eu ainda não tinha terminado de comentar.
    Abração ao escritor.

  18. Olisomar Pires
    26 de março de 2017

    Assim, assim … bem escrito e interessante. Tem um bom ritmo, uma estória simples de traição e estereótipos.

    Bem contado.

  19. Ricardo de Lohem
    26 de março de 2017

    Olá, como vai? Vamos ao conto! Finalmente um conto sem boto, que obsessão esse que o pessoal ficou com essa lenda, existem muitas outras no nosso
    folclore, mas muita gente só lembrou dessa, por pura preguiça de pesquisar. Voltando ao presente conto, o começo é meio inverossímil: sambistas
    reclamando que não gostaram do enredo? Faz tempo que letristas de samba não se importam com enredo nem nada, já que os sambas atuais são uma sucessão
    de frases aleatórias que nada significam, como dizia Shakespeare, em Macbeth, são “uma conversa de bêbados, com muita fúria e confusão, e sem nenhum
    significado”. Depois disso começou o samba, e vi que o Folclore Brasileiro estava na letra dele, a lenda do João-de-Barro, achei muito boa a ideia de uma história dentro da história. Pena que o revestimento não foi muito interessante. De qualquer forma, evitou o botismo, foi um muito bom conto, pra ser sincero, um dos melhores, gostei, Parabéns! Desejo para você muito Boa Sorte no Desafio!

  20. Elias Paixão
    26 de março de 2017

    Não sei se este conto pode ser dito como dentro da proposta do desafio. O fantástico é uma mera história paralela. Não em Mise en abyme, mas algo que nem mesmo as personagens se importam. E se elas não se importam, por que o leitor iria? A história casa bem como uma narrativa sobre o brasileiro, sua alegria, as traições, a dualidade religiosa, mas como folclore, ao meu ver, deixou a desejar.

  21. Evelyn Postali
    24 de março de 2017

    Oi, Allan,
    Trágico! Gostei do conto. Bem escrito. Gostei de como inseriu as lendas na história. Acho que ficou bem diferente. Está bem escrito. A linguagem é cuidadosa e o enredo, apesar de não ser muito de me surpreender no final, ficou adequado.

  22. Antonio Stegues Batista
    23 de março de 2017

    A história é boa, muito bem contada, mas não encontrei nenhum folclore no conto. Se está em alguma lugar, é superficial. Pelo que li, é o drama de dois músicos e a esposa adultera. Aliás, a esposa era evangélica e misteriosamente é lhe dado outra religião, que pelo jeito, mostrou o mau caminho.

  23. Miquéias Dell'Orti
    23 de março de 2017

    Oi.

    Você fez um belíssimo trabalho e incluiu um fator importantíssimo da cultura brasileira na sua narrativa, o Carnaval… porém tenho dúvidas se isso é adequado ao que seria considerado Folclore. Tirando essa questão, seu conto é excelente. Bem construído e com um plot twist bem bacana no fim. Parabéns.

  24. Marco Aurélio Saraiva
    23 de março de 2017

    Uma escrita perfeita dessas dá muito gosto de ler, mesmo quando não entendo muito bem o que você quis passar! rs rs rs.

    Você é daqueles escritores que conseguem, expressar em duas mil palavras o teor de um livro inteiro! Ao final da leitura, me senti saindo do cinema ou terminando a leitura de um livro. Parabéns, tanto pelo poder de síntese, como pelo desenvolvimento dos personagens e, finalmente, também pela sua escrita impecável e muito atraente.

    Gostei da escolha da história do folclore a ser abordada. Gostei do enredo e da ideia de que não vi tudo o que tinha que ver no conto. Vou voltar e lê-lo novamente para ver se peguei tudo. Mas, de início, achei muito interessante a evolução Jucimara, assim como o arco narrativo de Severino e Dejair. O samba-enredo que ambos criaram juntos foi MUITO legal de ler, e não pude evitar de relê-lo umas 4 vezes, cantarolando uma melodia qualquer. Sinto que ele tem muito que ver com o resto do conto, uma vez o enredo escrito pelos personagens, mas ainda tenho que traçar o paralelo. ~

    Me parece, a princípio, que a história do conto é oposta à história do João de Barro: onde haveria paixão e fidelidade, há traição e promiscuidade. Mas no samba-enredo fala-se de “construir o lar de barro”, e um lar feito de barro não é lá muito forte, assim como não era Severino, sempre desempregado.

    De qualquer forma, gostei muito da leitura e das indagações que ela gerou. Parabéns mesmo!

  25. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    23 de março de 2017

    Olá, Allan,

    Tudo bem?

    Seu conto é ótimo. E seu pseudônimo um glamour. (rsrsrs)

    Você criou uma história que mescla várias camadas, todas ligadas, de certa forma, à cultura popular. Inclusive a violência contra a mulher e a maneira com que a sociedade a “aceita”.

    Mulher que “não presta”, está possuída pela Pomba Gira. O mito do João de Barro emparedando a companheira traidora, e tudo o mais que o povo cria para corroborar com o feminicídio. Seu conto faz pensar.

    A questão da escolha do Samba Enredo como pano de fundo dá o tom de poesia ao conto, bem como cria empatia com os personagens. A gente torce para a vitória do Samba do protagonista.

    Você escreve bem demais.

    Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  26. G. S. Willy
    23 de março de 2017

    A escrita e ritmo do conto são excelentes, todo o clima, os personagens, os locais, todos muito vívidos e reais. Procurei o samba no google e, como não encontrei, acredito que seja de autoria própria, parabéns por isso.

    Agora sobre o tema do desafio, sinto muito, mas, na minha concepção, passou longe. A lenda do João de Barro, embora esteja no samba, não interfere em nada na história, se fosse qualquer outra lenda, ou lenda nenhuma, a história permaneceria a mesma. O candomblé está mais presente que nosso folclore, e também não é muito. Infelizmente, por conta disso, segundo meus quesitos de avaliação, não poderei dar a nota máxima…

  27. Priscila Pereira
    22 de março de 2017

    Oi Allan, seu conto está bem escrito, bem descritivo, com muitos detalhes, bem ambientado. Infelizmente, pra você, não gosto de carnaval e não gostei nem um pouco da “evangélica” receber a pomba-gira só por pisar em um terreiro, achei de muito mau gosto, desnecessário para o enredo, visando só fazer chacota com os evangélicos. Mesmo assim, desejo boa sorte no desafio.

  28. catarinacunha2015
    22 de março de 2017

    “Allan Tejoula” é o máximo! Já ganhou um pontinho só com o pseudônimo. Os nomes dos personagens também estão maravilhosos. As referências ao imaginário carnavalesco são precisas e intensas. Tenho uma queda pelo estilo e pela natural fluidez do texto. Até o emparedamento da mulher santinha pelo pedreiro corno já faz parte das lendas urbanas.
    Até a crítica ao legítimo samba-enredo, preterido para dar lugar a uma homenagem grotesca, encaixou muito bem.

  29. angst447
    22 de março de 2017

    Um conto que reúne elementos folclóricos, mas de forma mais sutil do que os demais. Achei interessante.
    Bem escrito, o conto mantém um ritmo adequado à trama proposta. Os versos da letra do samba enredo cansaram um pouco, quase os ignorei mesmo.
    O final foi bem conduzido, com o destino da moça ex-crente/pomba gira selado de forma trágica, mas dentro da lenda do joão-de-barro.
    Bom trabalho!

  30. Bruna Francielle
    21 de março de 2017

    Tema: dupla ou triplamente adequado

    Pontos fortes: Severino não ganhou o concurso de samba, mas talvez tenha uma boa classificação no Entrecontos, Rs’. Religião, tanto o evangélico como o outro de terreiro, samba-enredo e lenda, abordou harmonicamente 3 temas que pode-se considerar folclore. A letra do samba ficou bem bacana, a parte final, relevando que a lenda era a do João-de-barro também me agradou, pois quando estive pesquisando lendas, essa foi uma que me encantou. Em meio a reunião dos 2 sambistas, outra história se mostrava no ‘fundo’, a de Jucimara, que terminou com sua provável morte, numa história não tão bonita qnt a da lenda original, mas muito interessante de se ler. Parabéns.

    Pontos fracos: devo citar que quando começou a falar que Jucimara estava pomba-gira, logo me passou pela cabeça que o único homem ali era o Dejair, e que ela poderia trair o marido com ele, por isso não chegou a ser uma surpresa, no entanto, não tira o brilho do conto.

  31. Eduardo Selga
    19 de março de 2017

    Não de hoje, a manifestação popular conhecida como samba-enredo foi abarcada pela indústria cultural, que modificou-o substancialmente, amoldando-o de modo a encaixar-se nas tais “exigências do mercado” ao qual passou a pertencer. Uma das alterações mais perceptíveis ocorreu no ritmo, que tinha uma cadência mais lenta, e a partir dos anos l980 acelerou-se, assemelhando-se à marchinha. Essa infidelidade às raízes não se vê nalgumas outras modalidades, como o samba de roda e o samba de terreiro, por exemplo. E mesmo anos antes da década citada, ele já havia perdido boa parte de seu caráter folclórico, por causa do processo de urbanização dos temas pelo qual o samba-enredo passou. Assim, se é bem verdade que o samba faz parte do folclore brasileiro, o samba-enredo, especificamente, “desfolclorizou-se”, motivo pelo qual acredito que usá-lo no desafio não foi a melhor escolha para os que consideram importante a fidelidade ao tema.

    Quanto à narrativa em si, acredito que a maior qualidade esteja na construção dos personagens masculinos. A Mãe Donana, coincidência ou não, é uma interessante referência à personagem histórica do samba carioca Tia Ciata, em cuja casa muitos sambas importantes nasceram.

    Todavia, entendo haver uma falha em relação à Jucimara. Ela chega ao ambiente constrangida, meio sem saber o que fazer, por causa de sua religião, onde “[…] tudo era pecado”. Ato contínuo, no mesmo tempo ficcional e coerente com a situação anterior, ela se assusta com o altar espírita de Mãe Donana.

    A partir daí complica. Ela de repente incorpora alguma entidade, fazendo o sinal de reverência, que é tocar a cabeça no congá ou no chão próximo a ele (o texto fala apenas em “no salão”). Isso ocorre após ela “[…] ouvir, de dentro, o verdadeiro batuque…”, ou seja, sentir o chamado mediúnico, segundo os preceitos do espiritismo.

    Não duvido que tal ocorra na chamada vida real, mas do ponto de vista da coerência narrativa me parece forçado um efeito tão imediato. Alguém que tenha sido educada num ambiente evangélico, sempre hostil ao espiritismo em quaisquer que sejam suas vertentes, cria uma “casca” que a impede de ceder tão imediatamente ao “chamado” das entidades. Costuma ser um processo que passa por romper com os preceitos tidos como corretos desde a infância.

    A súbita mudança comportamental de Jucimara demonstra um aspecto positivo da ética espírita: o sexo visto não como um ato pecaminoso, e sim como uma necessidade humana. No entanto, do modo como foi mostrado o evento, a interpretação mais manifesta é o espiritismo afro-brasileiro como um promotor da lascívia, da promiscuidade, o que é um clichê lamentável.

    Em “no pagode de Donana, cada um traz o que pode – e leva, quem sabe, a alegria de conhecer um samba campeão” o TEMPO VERBAL NO PRESENTE me parece um erro, pois todo o conto está no pretérito.

    Em “[…] e ela sentiu um impulso estranho, irrefreável, de o arrastar para a cama […]” o correto é ARRASTÁ-LO porque verbo no infinitivo exige pronome posposto.

  32. Roselaine Hahn
    18 de março de 2017

    Allan Tejoula (rsrsr), engraçado esse negócio de dar pitaco no conto dos outros, mas acho que essa é a graça da coisa, eu te ajudo com o seu, vc. ajuda no meu, e todo o mundo fica feliz. Buenas, por vezes fiquei confusa com o excesso de personagens no texto, e o excesso de nomes tb. tirou o foco da narrativa. O mote escolhido para o conto é interessante, diferente da grande maioria do Desafio, entre botos, sacis e lobisomens. Talvez se tivesse investido mais no humor típico do samba, mais escrachado, mais malemolência. Siga em frente lapidando a sua escrita, o burilamento do texto encontramos a cada nova história. Abçs.

  33. Neusa Maria Fontolan
    18 de março de 2017

    Eita! Temos até uma letra de samba aqui! E muito boa por sinal. Tive até a impressão de estar ouvindo a escola toda cantando.
    Severino levou a sério a história do João-de-Barro. Agora vamos ponderar… A coitada da Jucimara não estava em seu juízo perfeito, era a Pomba-Gira agindo em seu corpo, mas ninguém sabia disso, muito menos Severino que fechou os olhos para a mudança bruta que se deu na esposa, isso porque era bem conveniente a ele. Bom conto, parabéns.
    Destaque: “Aturdida, cambaleou com ele até o barraco onde moravam. Nem bem fecharam a porta e ela sentiu um impulso estranho, irrefreável, de o arrastar para a cama – e praticar seu próprio “culto de libertação”.”

  34. Fheluany Nogueira
    17 de março de 2017

    Antes de qualquer coisa, gostei da brincadeira com o pseudônimo; a lantejoula é um ornamento básico nas roupas de sambistas.

    O texto é o que o título entrega: enredo de um samba. Bem engendrada a narrativa: o folclore (carnaval, samba, o pássaro construtor e sua lenda indígena), o triângulo amoroso e o final de terror.

    Gostei muito da ideia, já da execução, nem tanto, muito descritivo, citação de nomes e nomes, muito “contar”, sem mostrar, a leitura ficou meio cansativa, travada mesmo. Que tal deixar um pouco para a imaginação do leitor?

    No geral, bom trabalho. Abraços.

  35. marcilenecardoso2000
    17 de março de 2017

    Se a igreja que a Jucimara frequentava era tão rígida, o pastor, ainda mais sendo o pai dela, não permitiria esse casamento. Isso destruiu toda a credibilidade possível. Apesar de ter deixado bem evidente o ente folclórico, o restante cumpriu apenas o papel de entreter, estória clichê.

  36. M. A. Thompson
    17 de março de 2017

    Olá “Allan Tejoula”. Parabéns pelo seu conto. Só acho que ele fugiu ao tema folclore, ou talvez eu esteja ignorando algum aspecto do folclore que foi abordado e eu – na minha ignorância – não identifiquei. A verdade é que comecei a ler com uma expectativa que não foi atendida. Mas não pense que seu conto está ruim, só não caiu no meu gosto e não identifiquei os elementos do folclore. O fato de o conto incluir palavras que remetam ao tema não o torna um conto sobre o tema. Compreende minha inquietação? Abçs.

  37. Iolandinha Pinheiro
    16 de março de 2017

    Ah, ri do seu nick Allan Tejoula. Já usei vestido com muita Allan Tejoula, rs.

  38. Iolandinha Pinheiro
    16 de março de 2017

    Devo felicitá-lo pela maneira muitíssimo criativa que encontrou para introduzir a lenda do Kua Iruí e Tian Tiá em seu conto, colocando-o como tema de um samba-enredo, e ainda criando a letra do dito samba para contar a história da lenda de modo bem original. Também achei que o seu conto estava muito bem escrito, parabéns por isso. O que não apreciei foi o fato de ter inserido diversos personagens, absolutamente, dispensáveis, o que atrapalhou, sobremodo, a fluidez de seu texto. Também houve muitas cenas sobrando, coisas que não precisariam estar ali e que poderiam ser retiradas sem prejudicar a compreensão da trama. Detalhes que não deliciaram a mim como leitora, apenas deixaram o texto maior, furtando a atenção e o interesse para a leitura da sua história. A ideia é excelente, a escrita é sem reparos, mas a execução deixou o texto chato, penoso. Tive vontade de pular vários parágrafos, só não o fiz por respeito a vc e à proposta do desafio. Um dia li que escrever é a arte de cortar palavras, reflita sobre isso e corte o que sobra, esse é o meu conselho. Sorte no desafio e um abraço.

  39. Evandro Furtado
    15 de março de 2017

    Resultado – Average

    A história vai ser tornando interessante conforme avança, com os personagens se desenvolvendo aos poucos. A lenda é inserida de forma tímida, mas no final, a ligação que o autor faz é bastante inteligente.

  40. Rubem Cabral
    14 de março de 2017

    Olá, Allan Tejoula.

    Não há nem muito o que falar: o conto é excelente, exala brasilidade, é divertido, é carioquíssimo, é bem-escrito (só vi um “um oca” por acertar). E o samba-enredo?

    10, nota 10.

  41. Fernando Cyrino
    11 de março de 2017

    Uau, que belo enredo e isto sem fazermos trocadilho, por favor, com o samba enredo que tanto tentavam desenrolar. Gostei bastante da história, bonita e envolvente. A me puxar para o samba, a me levar para dentro da casa de Mãe Donana. Tudo nos seus devidos lugares, palavras, construções frasais… Ficou muito bom o conto. Curti por demais a leitura dele e o final está ótimo. Parabéns.

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Informação

Publicado às 10 de março de 2017 por em Folclore Brasileiro e marcado .