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Detox Literário.

Cérebro humano perfeito (Pedro Crivello e Gilson Raimundo)

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O relógio no hospital marcava exatamente 00:01:30, nesse tempo já havia passado exatas 4 horas, 43 minutos e 30 segundos, que Liana estava ali, ela havia contado, tinha uma fascinação com números, era cientista especializada em robótica avançada.

A mulher de 30 anos, com 1,65 de altura, óculos com 3 graus para miopia e uma imaginação imensurável, adora os sistemas de medidas, os teoremas matemáticos, como o de Pitágoras e o de Tales, e adorava a projeção aritmética e a projeção geométrica.

Mas Liana odiava probabilidades, ela trabalhava com decisões exatas, não algo que tinha não-sei-quanto-por-cento de chances de acontecer. E começou a odiar ainda mais probabilidades a exatas, 4 horas 43 minutos e 30 segundos atrás, quando o médico mostrou o seu cálculo probabilístico.

– Seu marido tem poucas chances de sobreviver a cirurgia, diria que só 10%. -O presunçoso homem com um jaleco que devia custar apenas R$ 29,90, falou.

Liana começara a chorar no mesmo instante, e durante todo esse tempo até o exato momento, ela estava chorando por dentro. Já havia chorado muito quando o marido sofreu o atentado.

Era final da tarde, exatamente 17:44:20, Liana havia olhado no relógio, mas o ladrão havia olhado para aquele caro relógio de pulso, ele aparecerá do nada e apontará uma arma para Liana, foi quando o amor de sua vida tentou protege-la, e levou, 1, 2, 3 tiros. Dois bem próximos ao coração, o terceiro no pescoço, se uma ambulância não estivesse por perto, no momento exato, ele teria morrido. Mas isso não adiantara, os ferimentos eram muito graves.

Com certeza não imagina uma probabilidade de ser feliz sem que Rick estivesse com ela. Ela conhecera Rick no dia 20 de setembro de 2030, quando ela começou a trabalhar naquele projeto de robótica experimental, não tinha gravado a hora, por que nunca imaginou que ia se casar com aquele homem musculoso, de bronzeado natural, metido a garanhão com gel em seu cabelo castanho escuro, que mal parecia um cientista com doutorado em bio-robótica.

Mas no fundo Rick havia se mostrado mais do que as aparências, ele era o oposto diferente de qualquer estereótipo. Fora ela quem o convidou para sair no primeiro dia, era 2 de Dezembro de 2031, exatamente 12:02:50 no refeitório do laboratório.

Eles foram para as estufas, que eram os novos parques depois que a poluição se alastrou pelo mundo, principalmente por São Paulo. Depois foram para cinemas, teatros, restaurantes, até eles apresentarem um ao outro para seus respectivos pais. Após exatos 678 encontros, eles se casaram e estavam casados desde 29 de fevereiro de 2039 as 18h. Faziam 2 anos, 2 meses e 20 dias, mas parecia muito mais tempo.

– Senhora, não acha melhor dormir um pouco?- Uma enfermeira ruiva com sotaque britânico, falou para Liana, tirando-a de seu devaneio.

A mulher de branco olhou para ela com uma cara de dó. A cientista devia estar horrível, e após uma conferida no espelho ela percebeu que realmente estava. Seu cabelo loiro parecia feno de estabulo, olheiras imensas e negras saltavam de baixo de seus olhos azuis, ela realmente estava acabada.

– Sim, tem razão. – Liana se levantou ainda meu grogue e acompanhou a enfermeira ruiva pelo corredor do hospital, Rick estava em uma sala especial, então não teria como acompanha-lo, então, ela iria dormir na sala de descanso do hospital.

– Desculpe perguntar, a Senhora é Liana Chagas, a famosa cientista? – A enfermeira disse sorrindo, mostrando uma fileira de dentes perfeitos em contraste com seu batom vermelho.

– Não diria famosa. – Liana disse indiferente a conversa.

– Mas você trabalha naquele projeto, com os androides, certo? -Ela insistiu.

– Trabalhei, estamos parados, conseguimos criar órgãos híbridos mas só. –falou lembrando do projeto, que planejara para o resto de sua vida.

O objetivo era criar vida artificial humana, como os homúnculos antes testados, a intenção era substituir o corpo humano por um corpo artificial perfeito, a estrutura óssea seria metálica, mas os órgãos e membros deviam ser metade orgânicos metade robóticos, ou seja híbridos, era um novo tipo de tecnologia, que misturava genética e robótica.

Conseguiram construir um corpo inteiro, o problema é que esse corpo não tinha pensamento. Decidiram usar os últimos recursos para criar um cérebro artificial, mas todo o órgão rejeitava ou só fazia coisas simples como um computador.

Confesso que sou fascinada com a bio-robótica. Disse ela, com um risinho que Liana julgou ser bem britânico. – Sou formada em robótica, também fiz um ano de medicina, queria especializar em medicina robótica, mas não pude.

– Por que? -Liana perguntou, julgando a fala da enfermeira e seu tom misterioso, ela calculou que algo mau estava por vir.

– Porque eu, como algumas outras pessoas, tentamos salvar vidas, usando órgãos robóticos.

– O que? -Liana deu um pulo para trás, já ouvira falar desse tipo de pessoa, eles acham que a ciência estava acima das pessoas. – Isso é bobagem, existem o transplante de órgãos feitos em laboratório que são perfeitos.

– Eles não são perfeitos. -A moça parou, ela girou com seus calcanhares, encarando a cientista e a pressionando contra a parede. – Os órgãos vão falhar de novo, mas uma máquina dura muito mais, e é bem mais fácil de ser concertada, além do mais, o que isso difere com marca-passos e outras tecnologias?

-Existe um limite. -A cientista argumentou com a ruiva – já fiquei sabendo de casos que tentaram transpor um fígado inteiro, isso sem o consentimento da pessoa, é o mesmo de que tentar transformar uma pessoa em máquina.

-Ora, e vocês do projeto androide são diferentes? -Sim vocês não usam cobaias humanas mas órgãos híbridos é o mesmo que transformar algum em máquina…

– Aonde quer chegar? -Liana se preparava para o pior, sabia que algo ruim iria acontecer, mas ela calculava que isso seria essencial, 100% essencial.

– Vocês do projeto androide construíram o corpo humano perfeito, mas para que desse certo, só falta uma coisa. -Ela chegou muito perto do ouvido de Liana, como se fosse um segredo e disse: -Um cérebro humano perfeito.

Juntando todas as peças, como as funções de uma equação, Liana percebeu o que estava na sua frente. A chance de salvar seu marido. O cérebro artificial era ruim porque só tinha as informações que eles colocassem e ele não podia aprender nada novo, se um cérebro humano fosse colocado, e “plugado”, o androide funcionaria.

Liana, como cientista sabia que o cérebro humano guardava todas as informações da pessoa, o coração de Rick estava destruído e provavelmente haveriam muitas sequelas com qualquer transplante, essa era a única maneira de salva-lo.

– Vocês não pretende fazer isso aqui no hospital, pretendem? Liana começou a enxergar a situação. – É contra lei, usar cobaias humanas para isso.

– Sim, precisamos levar o corpo para um laboratório, aí que você entra. Ela sorriu. -Seu marido tem melhores chances de ser salvo, com meu pessoal do que aqui. Faça os cálculos, é o certo.

 

Liana ainda não acreditara que tinha feito aquilo. Colocou um boa noite cinderela, no café do médico, despistara um guarda, colocando fogo em uma lata de lixo com lenços de papel e agora levava o corpo de Rick em uma maca.

Era difícil correr com a cama pelo hospital, devido a grave situação, o seu homem devia estar a todo momento conectado a um soro, e a uma máquina que controlava um marca-passo externo. Teve de deixar a máquina de eletrocardiograma no quarto, ela ficava mais desesperada a cada respiração atrasada de Rick.

Ela não teve tempo de olhar o relógio, estimou que levou 8 minutos e talvez 40 segundos, para sair do hospital e ir para a garagem, não podia perder tempo, algumas enfermeiras a viram e sabia que as câmeras tinham capturado sua imagem.

Em um furgão prateado, a ruiva (seu nome era Gerda) esperava com sua equipe, pronta para leva-lo. Dois homens estavam vestidos de preto, um alto, a quem Liana julgou ter 35 anos, o outro um pouco mais baixo, loiro, fazendo sinal para que ela viesse mais rápido.

– Ei, você ai parada. -Uma voz atrás deu alarde.

A mulher olhou para trás por exatos 2 segundos, ela viu um homem vestido de azul, apontando uma arma em sua direção. Era o guarda do hospital. O loiro sem pensar muito deu um tiro de alarde, e o guarda correspondeu.

Liana abaixou, irracionalmente queria proteger Rick, mas sabia que não seria possível, seu corpo não serviria de nada. Ela ouviu… 1, 2, 3, 4 tiros não sabia que lados disparou qual, se preocupou em correr para o furgão de cabeça abaixada.

-parados temos um refém. -Gritou o homem mais alto.

-Agora, Liana pode contar com a gente… -Gerda começou a dizer com seu risinho de satisfação, Liana também ficou feliz por isso, a sua atitude ilegal e arriscada salvaria Rick. Porem a felicidade dela durou pouco, precisos 3 segundos, foi o tempo dela ouvir um último som de tiro e de sentir uma dor enorme em sua coluna. Depois sua vista escureceu.

 

 

Quando Rick acordou não tinha muito noção de nada, sua vista era um caleidoscópio de cores até que sua retina conseguia focalizar em uma sala de cirurgia. Uma luz amarelada pairava acima, o teto tinha lâmpadas coloridas, mesmo assim a sala parecia escura.

-Rick, você acordou. -Uma voz soou sofrida, Rick olhou para o lado de um corredor estreito uma mulher surgiu arrastando-se com sua cadeira de rodas, quando chegou mais perto ele percebeu que era Liana.

-Meu bem! -O jovem cientista quase gritou, ao esticar sua mão percebeu os eletrodos, cobriam todo o seu peito por baixo da camisola típica de hospital, ele olhou envolta e viu o eletrocardiograma, o coração estava em ótimas condições.

-Oh, você não sabe quanto tempo eu esperei por esse momento. -Liana pegou sua mão, ele não sentiu nada, era estranho as mãos dela sempre estavam quentes, era como se ele não as sentisse mais.

– Eu…lembro do assalto. -O jovem disse forçando seu cérebro, ainda estava tonto. –eu fiquei em coma, não fiquei? Você não está andando, o que aconteceu?

-Meu bem aconteceu muita coisa, o mais importante é que você é um herói.

Ele sempre fora o herói para ela, era como ela o gostava de chama-lo. Porém o tom de sua esposa soou errado para ele, era como se Liana não fosse mais ela mesmo, como se ela fosse uma fanática religiosa. Ele sabia que sua amada era uma mulher de números, não de crenças.

-O primeiro de um novo patamar na evolução, o exemplar perfeito –Ela sorriu, depois de ver a cara de confusão dele, a cientista falou de outra forma– lembra do projeto androide? como não conseguimos criar o cérebro perfeito, isso por que ele já existe, o seu.

Então percebera, algo estava errado. Ele se sentia que estava bem demais para alguém que saiu do coma recentemente, ele se levantou muito rápido para quem havia estado em coma, pegou um objeto qualquer com reflexo. Ainda tinha o rosto que se lembrava e ainda o mesmo corpo

– Vocês transportaram o meu cérebro para aquele corpo sintético? -Disse incrédulo, e então ele percebeu que podia suar com sua nova pele.

-Você é perfeito, tem o corpo perfeito, e seu cérebro se adequou perfeitamente na hora do transplante. Pena que nós não tivemos tanta sorte.

Liana retirou a manta que cobria suas pernas, revelando um exoesqueleto metálico, suas pernas eram brilhantes, finas feitas de aço, ela não tinha quadril, apenas um eixo que ligava as pernas ao resto do corpo por baixo da camisa.

-Estão tentando recriar sua perfeição mas é difícil, em mim por exemplo, os músculos sempre são rejeitados da cintura para baixo. Mas a tecnologia anda rápido e eu espero um dia estar no seu nível, já esperei tanto –Liana fez menção de chorar, mas nenhuma lagrima saiu.

-Qua..nto te…mpo? -Rick balbuciou

– Exatos 98 anos ,4 meses ,22 dias ,20 horas e 36 minutos. – Liana respondeu.

Efetivamente, Rick despertava para uma nova realidade. Mas em que se transformará? Aos poucos suas memórias se organizavam, em seu peito, a revelia de seu conhecimento a bomba cardíaca pulsava acelerada como um coração verdadeiro, porém em vez de sangue, apenas um líquido lubrificante se distribuía em suas artérias. Liana à sua frente não parecia feliz. Um olhar vazio percorria o corpo sintético que aos poucos ganhava movimentos.

Antes mesmo de buscar entender como habitava aquela carcaça, ele levou a mão no rosto da esposa. Não sentiu frio ou calor, os sensores de ambiente em sua pele estavam em processo de configuração. Levaria algum tempo para uma completa interação.

Liana afastou-se ante o toque. Moveu sua cadeira para trás como se estivesse decepcionada com o despertar do amado a quem com tanto zelo guardou por 98 anos, 4 meses, 22 dias, 2 horas e 36 minutos.

– O que houve com você? Perguntou Rick, pois a última lembrança que tinha era de tentar defendê-la do assalto.

– Muitas coisas aconteceram não só comigo, mas com tudo que conhecíamos.

A mulher não era a mesma doce e amável Liana por quem se apaixonará. Quase um século de espera modifica bastante as pessoas, ele não tinha como perceber a diferença.

– Agora que você despertou, podemos baixar os arquivos históricos. É melhor se atualizar.

A sequidão e amargura estavam impregnadas na voz da moça, ela parecia falar de dentro de um túnel escuro, suas palavras eram arremessadas como dardos envenenados na direção do seio do condenado.

Rick caminhou resignado até o centro de informações, foram 7 minutos e 26 segundos de um profundo silêncio, o eco de seus passos ressoava no vazio dos corredores. Como indicado, sentou-se numa espécie de poltrona reclinável, 33 cabos se plugaram em seu corpo, foram 42 minutos para resumir os últimos anos da história terrestre.

Enquanto uma avalanche de informações invadia fixando-se em sua mente, Liana tinha suas próprias recordações.

Ao ser alvejada no estacionamento do hospital, sabia ter perdido o amor de sua vida. Tombou vendo a maca escapar de suas mãos, tentou ainda alcançá-la, mas já não era dona de si. A dor sufocava sua alma, a acidez dava a seu paladar um gosto horrível de sangue. Gerda, empunhava também uma arma respondendo ao fogo dos guardas. Quis contar os estampidos. Desta vez os números eram seus inimigos. Probabilidades, eram todas desfavoráveis.

Os guardas perderam a vida defendendo o que não lhes pertencia. Gerda e um dos homens puxaram a maca para trás do furgão, Rick foi colocado numa espécie de UTI móvel previamente preparada. O motorista ainda teve tempo de descer, pegar a moça no colo deixando-a de qualquer jeito na traseira do veículo.

Liana quase não suportava a dor, suas roupas se encharcaram de sangue, ela estava de bruços enquanto a ruiva tentava estancar a ferida. 1,2,3,4,5…,1,2,3,4,5… Ela contava mas não sentia os dedos das mãos. Passaram-se apenas 1 minuto e 15 segundos entre o momento que teve o projetil alojado em sua espinha até perder de fato os sentidos.

Com o desastre da fuga, os planos se complicaram. As fotos do casal desaparecido tomaram conta das redes sociais, a mídia mundial cobriu os acontecimentos devido à importância dos envolvidos. Onde quer que reaparecessem, as autoridades imediatamente seriam informadas. Entrar no laboratório de bio-robótica e resgatar o protótipo do corpo artificial agora seria complicado. Tinham chegado bem próximos e terminado com dois moribundos em mãos.

A cientista acordou no dia 21 de abril de 2041. Estava entubada num quarto do laboratório da equipe chefiada pela falsa enfermeira Gerda. Do quadril para baixo seu corpo estava inerte.

As novas teorias da evolução humana transitavam entre duas vertentes, quase se confundindo. A ruiva pesquisava órgãos mecânicos de longa duração em substituição aos produzidos organicamente a base de tecidos humanos que certamente tinham seu prazo de validade pré-estipulado necessitando de reposição. Rick e Liana haviam desenvolvido um corpo artificial praticamente perfeito porém a moralidade não permitia seu total aproveitamento. Deveriam salvar o que restou da mulher e só depois se concentrar no esposo. Suas partes mortas foram decepadas e no lugar implantado equipamentos robóticos tornando-a uma espécie de ciborgue, o primeiro com tantas interferências.

No 2º domingo de agosto de 2041, o mesmo furgão prateado com placas adulteradas encostou na vaga 22 do estacionamento privativo C, perto do elevador 4 do Instituto de Bio-Robótica da Universidade do Estado de São Paulo. Liana e outros 5 comparsas entraram às 11 horas e 22 minutos e 14 segundos nas dependências da instituição. Não tiveram problemas com a segurança, pois sem seus maiores pesquisadores, os projetos de maior importância estavam parados e não havia nada de especial a ser protegido, nem os códigos de acesso foram alterados. As câmeras de segurança estavam ligadas e só na segunda feira certificariam do sumiço do corpo artificial que agora não passava de um monte de componentes eletrônicos cobertos por uma espécie de silicone.

Sob a supervisão de Liana o transplante foi bem sucedido. As funções vitais eram perfeitas indicando a boa interação entre os indivíduos, os sinais sinápticos estabilizados não indicavam o motivo pelo qual o novo ser ainda não despertava. Vigilante a mulher permanecia a seu lado, tentaram replicar o experimento inúmeras e desastrosas vezes, somente Rick detinha em seu cérebro adormecido os segredos do corpo que habitava.

Enquanto cuidava do amado, Liana evoluía. Suas partes ciborgues suplantavam os resquícios orgânicos. Fora das paredes do laboratório a humanidade se corrompia. Fundamentalista e cientistas digladiavam-se não só no campo da retórica, mas também em ofensivas armadas.

A ciência que deveria curar as mazelas do planeta, agora era uma mercadoria valiosa. Carteis comerciavam órgãos sintéticos produzidos sob encomenda. Milionários se mantinham no controle das grandes corporações sempre jovens e produtivos enquanto a maior parte das pessoas se arrastava a margem das maravilhas do novo regime. Não tardou para desesperados comercializarem partes dispensáveis de seus próprios corpos a fim de prover seus vícios ou sustento. Um braço aqui, um olho ali acabava por não fazer falta.

Da miséria vieram os primeiros gritos de alerta. Para aqueles de maior poder o temor à morte se extinguiu. Depois dos órgãos bio-robóticos, Deus já não era necessário.

Todo o sistema filosófico religioso ruiu. O homem perdeu a fé. Os fundamentalistas emergiram em meio à podridão. Um pedido de clemência ecoou no submundo tecnológico.

Começaram os debates, grupos historicamente rivais se uniam. Agora havia apenas dois tipos de pessoas, aqueles que têm a fé e aqueles que não precisam mais dela. Contra fatos, não existem argumentos, os dias se passavam e mais pessoas abraçavam a vida bio-robótica, a cada gota de sangue substituída por fluido de lubrificação, a cada nervo trocado por filamentos fotoelétricos a humanidade ia se perdendo.

A arma dos fracos é a covardia. As discursões das mesas ganharam as ruas, lideres religiosos eram silenciados sistematicamente, muitos vítimas de doenças ainda desconhecidas. Em contrapartida, terroristas explodiam laboratórios e fabricas de peças de reposição, depois foram os prédios do governo e rede de transporte. Pessoas importantes eram sequestradas, a mídia caiu sobre controle estatal. Por fim,… O genocídio.

Em 25 de dezembro de 2082, as 00 hora e 00 minuto, um vírus de contaminação aérea foi liberado simultaneamente nos maiores centros urbanos da Terra. A escolha desta data foi proposital e sarcástica.

Apenas os escolhidos eram imunes ao micro-organismo sintético. Do caos veio a paz. Após a barbárie, a humanidade ingressou no longo período de inovações e calmaria. Os líderes desta nova ordem criaram em pouco tempo uma sociedade utópica sem violência, crimes ou mortes, cada indivíduo era importante no conjunto. Sem um fim, não era necessário um recomeço, sem mortes era desnecessário novos nascimentos, a primeira lei de Deus acabava de ser revogada. Crescei e multiplicai-vos agora nada significava. O que importava era a manutenção das peças existentes. Sem amor e sem fé, este era o legado da nova civilização.

Liana concluiu sua missão, estava satisfeita em desempenhar fielmente seu papel. Rick ressurgiu para ser o guia de uma nova etapa.

10, 9, 8, 7,… Agora, estes eram os únicos números que importavam. No seu pulso um cronômetro marcava a contagem regressiva, ela estava pronta a se unir a seu criador, não os engenheiros ou técnicos de laboratório, mas Àquele a quem sempre devotou sua fé. Em poucos segundos os componentes mecânicos de seu organismo entrariam em colapso, uma toxina letal daria descanso ao resto de sua humanidade, finalmente seu cérebro ainda perfeito seria desplugado. Nos braços de Deus, Liana entregaria sua alma arrependida.

 

35 comentários em “Cérebro humano perfeito (Pedro Crivello e Gilson Raimundo)

  1. Thales Soares
    19 de agosto de 2016

    Fico feliz em ler bastante contos com o tema de ficção científica neste desafio. Um dos meus temas preferidos.

    A ideia da história ficou bacana. A personagem ficou interessante e divertida com essa mania por números. Essa coisa louca de tentar tirar o noivo da coma fazendo uma espécie de Frankenstein e os corpos sintéticos também me agradou muito. Gosto de histórias que mostram um futuro pessimista e todo podre devido à ciência que se desenvolve desenfreada.

    O casamento dos dois autores ficou muito bom. O segundo seguiu bem a proposta do primeiro, e tornou a leitura divertida para o leitor.

    O único ponto que me desagradou aqui é que a obra como um todo não ficou com uma escrita tão atraente em relação aos concorrentes.

  2. mariasantino1
    19 de agosto de 2016

    Oi, tudo bem?

    Então, tem umas confusões de tempos verbais no início >>> adora os sistemas de medidas […] e adorava a projeção aritmética e a projeção geométrica. Narrar tudo no passado sempre parece ser mais acertado para algo decorrido. Fora isso acho que o lance com o guarda do hospital muito hollywoodiano. Sfi-ci é legal, mas sua narrativa não convida a desvendar um mistério, ela narra tudo, não deixa que o leitor suponha algo e por esse motivo acaba não me sendo de todo agradável. Acho que quem escreveu a segunda parte desse conto foi o mesmo autor do conto que complementei (Primal), porque tem a mesma pegada narrativa. A trama é interessante, mas o conto se alongou nas explicações sociais e fez os dois personagens ficarem um pouco ofuscados.

    Bem, gostei do conto mas senti a perda dos personagens principais.

    Boa sorte no desafio.

    Nota: 7

  3. Wilson Barros Júnior
    19 de agosto de 2016

    O início apresenta certa confusão entre tempos verbais, ou narramos o conto no presente ou no passado. Aliás o conto precisa de revisão ortográfica, pois há excesso de erros. Nada tenho contra acontecimentos triviais, como colocar “boa noite cinderela” e não acreditar, pois são coisas típicas do gênero novelesco e voltado a um tipo de público. Contudo, em um conto as cenas devem ser descritas de outra forma, menos roteirísticas. Por outro lado, a trama é interessante e instigante.
    O segundo autor manteve os mesmos erros de ortografia, não sei se propositadamente, e o mesmo estilo. O conto pareceu, realmente ter sido escrito por uma só pessoa. Se a intenção foi essa, parabéns ao segundo autor, embora este procedimento tenha sido um tanto quanto curioso. De qualquer forma, parabéns pela participação e boa sorte no concurso.

  4. Wilson Barros Júnior
    19 de agosto de 2016

    O início apresenta certa confusão entre tempos verbais, ou narramos o conto no presente ou no passado. Aliás o conto precisa de revisão ortográfica, pois há excesso de erros. Nada tenho contra acontecimentos triviais, como colocar “boa noite cinderela” e não acreditar, pois são coisas típicas do gênero novelesco e voltado a um tipo de público. Contudo, em um conto as cenas devem ser descritas de outra forma, menos roteirísticas. Por outro lado, a trama é interessante e instigante.

  5. Thiago de Melo
    19 de agosto de 2016

    Neste desafio estou comentando os contos no exato momento em que termino de ler e, honestamente, não sei o que dizer sobre o trabalho de vocês! O que dizer depois de ler algo assim???? Adorei!! É só o que posso dizer!
    Amigos autores, vocês mataram a pau! (ou a ciborgue heheheheh).
    Falando sério agora. Meus parabéns aos dois autores. Vocês trabalharam num sincronismo impressionante. Gostei muito da premissa do conto e de como vocês conseguiram ir jogando elementos de ficção científica aos poucos, até chegar a um final totalmente tecnológico hehehehe.
    Contudo, devo dizer que o número de repetições de números ficou um pouco cansativo. Eu entendo que a ideia era mostrar o quanto “exata” era a mulher, mas achei que vocês exageraram um pouco na mão. Gostei, no entanto, de que no final ela contrapôs o seu próprio estereótipo de exatas e tomou uma atitude mais de “humanas” hehehehe. Mas ainda assim achei números demais. Isso só tira um pouquinho da qualidade do trabalho de vcs! Meus parabéns!

  6. Daniel Reis
    19 de agosto de 2016

    Prezados Autores, segue aqui a minha avaliação:
    PREMISSA: a ficção científica não está entre minhas preferências, mas essa história trouxe alguns questionamentos bastante interessantes sobre a imortalidade e a interferência da ciência na vida.
    INTEGRAÇÃO: os estilos até que se integraram, apesar do gênero de ficção obrigar o segundo autor a “inventar” soluções tecnológicas para resolver o conflito proposto pelo primeiro.
    CONCLUSÃO: a história, se não cativa, pelo menos não atrapalha a leitura.

  7. vitormcleite
    19 de agosto de 2016

    começo este comentário exatamente às 11:28:43, não sei se é importante, mas quis manter o rigor do texto. Também posso dizer que demorei 7:12 a formalizar este comentário e três segundos a pontuar o conto. Interessante este texto, mas perde força com pormenores que me parecem irrelevantes para o enredo. Apetece lançar o desafio a esta dupla para reescrever e desenvolver este texto, pois pode resultar um bom conto, mas sem controlo de tempos, deixem isso para os jogos olimpicos

  8. Bia Machado
    18 de agosto de 2016

    A ideia é muito interessante, adoro essa temática da FC, mas o desenvolvimento tem muitas descrições, em certo momento fiquei cansada de tanto número inserido no meio do texto, parei a leitura e voltei só depois. Além disso, tem também diversos erros (“vocês não pretende”, “concerto” no caso deve ser com S, com C é concerto musical, além de acentos faltando). Uma situação bem nonsense aquela do “boa noite, Cinderela”, hein? Não funcionou comigo. Enfim, boa sorte.

  9. Pedro Luna
    18 de agosto de 2016

    Rapaz, que fixação por números. kkk. Pena que aparentemente esses números não fizeram diferença na história, sendo apenas um recurso estilístico. De boa. Agora, confesso que a trama não me prendeu nem agradou. Até empolgou um pouco quando ela pôs em ação o plano de tirar o marido do hospital, mas depois voltou a estagnar. O ponto negativo que gostaria de apontar é o final apressado e contado. Do nada o autor meio que larga a trama entre os personagens para contar o destino do mundo, fim do sistema religioso, aparece até um vírus no meio da história, tudo contado como se fosse um livro de história. Não gosto muito de textos assim. Prefiro que as coisas se desenrolem por meio de ação, diálogos. Por questão de gosto, não gostei muito. Textos que contam detalhes como um livro de história servem mais para romance, e não para contos curtos.

  10. Renata Rothstein
    18 de agosto de 2016

    Irretocável, excelente, perfeito, fodástico. Ficção científica da melhor, a historia de Liana dá um livro, hein?
    Nota 10

  11. Simoni Dário
    18 de agosto de 2016

    Olá
    O conto tem um enredo que não me atrai e fica difícil avaliar. Lembrou muitos filmes de ação e fugas de hospitais e a história cheia de horários e datas que incomodaram bastante, principalmente na fase inicial. A parte complementar ainda conta com uma certa reflexão acerca da inviabilidade da realidade proposta no texto, mas não emplacou, ao menos comigo. Percebi a troca de autores, principalmente pela objetividade do autor inicial e as reflexões do autor complementar, o que muda a narrativa. Bom desafio.
    Abraços

  12. Luis Guilherme
    18 de agosto de 2016

    Pra começar, gostaria de comentar sobre a gramática. Existem diversos erros de pontuação, concordância verbal e nominal e acentuação (por exemplo: “Era final da tarde, exatamente 17:44:20, Liana havia olhado no relógio, mas o ladrão havia olhado para aquele caro relógio de pulso, ele aparecerá do nada e apontará uma arma para Liana, foi quando o amor de sua vida tentou protege-la, e levou, 1, 2, 3 tiros.” – aparecerá deveria ser “aparecera”, bem como “apontara”).
    Tem outros erros como “envolta”, que deveria ser “em volta”. Fiquei com a impressão de que faltou uma revisão do texto mais profunda. Esse tipo de erro não é denunciado pelo World, uma vez que envolta é uma palavra real.
    Pode parecer que sou cricri com isso, mas acho que é um ponto importante, pois os erros gramaticais em excesso acabam atrapalhando a fluência do texto. A gramática valoriza o conto todo.
    Em relação aos autores, achei que a primeira parte tava mais interessante, e deu uma caída na parte final. Não gostei muito da questão da precisão no tempo, como no trecho: “ Liana e outros 5 comparsas entraram às 11 horas e 22 minutos e 14 segundos nas dependências da instituição.” Achei que deixou o texto meio truncado, não rolou.
    Porém, não vou ficar só criticando. A história tá boa, enredo bem tramado e tem uma boa conclusão. Acho que o balanço é positivo, pois o mais importante é o texto ser interessante e criativo.

  13. Leonardo Jardim
    17 de agosto de 2016

    Minhas impressões de cada aspecto do conto (li inteiro, sem ter lido a primeira parte antes):

    📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): a ideia geral do conto é bem interessante, mesmo não sendo muito original, já foi abordada em diversas histórias de ficção científica. A primeira parte está bastante descritiva e prende e a segunda, em algum momento gasta muito tempo contando o que aconteceu no mundo muito à distância e fica frio. O final, quando as pessoas voltam para o centro da trama, fecha bem, porém.

    📝 Técnica (⭐▫▫▫▫): o texto é muito cansativo de ler em função dos muitos erros de português. Ambos os autores não se importaram com a correção ortográfica do texto. O idioma é nossa principal ferramenta de trabalho e deve ser melhor trabalhada. Anotei alguns erros abaixo, mas depois de um tempo desisti de anotar:

    ▪ o amor de sua vida tentou protege-la (protegê-la)
    ▪ não teria como acompanha-lo (acompanhá-lo)
    ▪ *travessão* Confesso que sou fascinada com a bio-robótica. *travessão* Disse ela, com um risinho
    ▪ – Por que? (Por quê?)
    ▪ – O que? (O quê?)
    ▪ transformar algum (alguém) em máquina
    ▪ única maneira de salva-lo (salvá-lo)
    ▪ Vocês não pretende (pretendem) fazer isso aqui no hospital, pretendem? *travessão* Liana ▪ ▪ começou a enxergar a situação
    ▪ aí que você entra. *travessão* Ela sorriu. -Seu marido tem melhores chances de ser salvo
    ▪ pronta para leva-lo (levá-lo)
    ▪ -parados temos (Parados! Temos) um refém
    ▪ Agora, Liana *vírgula* pode contar com a gente
    ▪ Porem (porém) a felicidade dela durou pouco
    ▪ Uma voz soou sofrida (repetição do som)
    ▪ ele olhou envolta (em volta)
    (Parei de me preocupar com erros repetidos a partir daqui)

    Pretérito mais-que-perfeito com acento agudo:
    ▪ Mas em que se transformará (transformara)?
    ▪ A mulher não era a mesma doce e amável Liana por quem se apaixonará (apaixonara)

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): é um conto criativo, mas usa vários clichês de ficção científica.

    👥 Dupla (⭐⭐): não percebi a mudança entre os autores. Até mesmo os problema se mantiveram na mudança.

    🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫): Aquele período em que o texto descreve em detalhes excessivos tudo o que aconteceu enquanto o personagem estava em coma ficou realmente cansativo. O último parágrafo trouxe de volta a emoção perdida com os vários parágrafos “contados”.

  14. Jowilton Amaral da Costa
    16 de agosto de 2016

    Não gostei muito. A primeira parte não está boa. Tem muitos erros.A fluência também não é boa e a história que poderia ser interessante é prejudicada por conta disso. A segunda parte dá uma salvada no conto, mesmo assim não redime muito a execução ruim do início. Boa sorte.

  15. Gustavo Castro Araujo
    16 de agosto de 2016

    O conto trata de um assunto cada vez mais recorrente: a prorrogação da vida. Seja por meio de download do conhecimento cerebral, seja pela confecção de órgãos robóticos. No futuro todos seremos meio ciborgues — isso é fato. A premissa interessante, porém, não salvou a narrativa. É com dor no coração que digo isso porque o assunto me atrai bastante. O fato é que o contexto, apesar de bem demonstrado, não levou a uma história que cativasse. Não houve tempo ou oportunidade para que os protagonistas fossem aprofundados, para que o leitor (eu) se afeiçoasse a eles. Demais disso, as duas metades não se encaixaram a contento. A primeira é ingênua, repleta de erros gramaticais. A segunda, embora melhor escrita, assemelha-se a um relato, deixando os personagens em segundo plano. O resultado foi frustrante, para ser honesto. A sugestão que posso fazer é que os autores, ou melhor, é que o primeiro autor reescreva esse conto, atentando para os detalhes e, principalmente, dando substância aos protagonistas. Um bom exemplo disso foi a mania de exatidão da garota. Isso, porém, foi pouco. Um conto irregular, portanto.

  16. Danilo Pereira
    15 de agosto de 2016

    O conto segue uma temática de ficção científica, colocando em xeque um grande debate nos tempos atuais. O avanço da tecnologia na saúde. Até que ponto viver mais, é o melhor? Nos dias atuais notamos mais pessoas querendo mudar o seus corpos, modificarem completamente. Seria isso um tipo de evolução? O conto tem uma narrativa boa, um foco narrativo importante. A personagem Liana tem características peculiares, como na questão de sempre lidar com números. A matemática é uma ciência exata, entretanto Liana vai ao mesmo tempo perdendo sua humanidade no corpo, entretanto no final do conto o seu lado humano renasce. O conto lida com um debate muito sério que me fez lembra o Livro “NÃO ME ABANDONE JAMAIS” (Kazuo Ishiguro) onde nessa obra o autor fala de clones, produzidos com a única finalidade de servir de peças de reposição.
    Assim que atingirem a idade adulta, e depois de cumprido um período como cuidadores, todos terão o mesmo destino – doar seus órgãos até “concluir”
    Na continuação do conto, o autor seguiu o mesmo ritmo e características. NOTA;9

  17. Ricardo de Lohem
    15 de agosto de 2016

    Olá como vai? Vamos ao conto! A história poderia ter sido muito boa, mas desde o primeiro parágrafo se percebe problemas. Faltou pesquisa na parte científica, tivemos muitos absurdos aqui. Por mais que a imaginação de um autor seja livre, é sempre altamente desejável manter um mínimo de coerência lógica e congruência nos conteitos ao se criar uma história. Liana “tinha uma fascinação por números, era especializada em robôtica”. No parágrafo seguinte, se diz que ela “adora os sistemas de medidas, os teoremas matemáticos, como o de Pitágoras e o de Tales, e adorava a projeção aritmética e a projeção geométrica”? Embora a informática e robôtica sejam baseadas em matemática, os fascinados por matemática pura geralmente não tendem a essa área da robótica, preferindo ficar com a pura abstração dos números. O contrário é ainda mais verdadeiro: muitos especialistas em computação e robôtica não começaram por um interesse em matemática pura. O absurdo continua:”Mas Liana odiava probabilidades, ela trabalhava com decisões exatas, não algo que tinha não-sei-quanto-por-cento de chances de acontecer”. Não é possível um cientista atual não querer lidar com probabilidades, toda a ciência atual lida com estimativas, não com certezas absolutas. Liana “nunca imaginou que ia se casar com aquele homem musculoso, de bronzeado natural, metido a garanhão com gel em seu cabelo castanho escuro, que mal parecia um cientista com doutorado em bio-robótica”?? Pessoas que trabalham com robôtica são feias? De onde você tirou isso? De algum filme Z? Usar esse tipo de clichê barato é muita falta de cultura e criatividade.”Confesso que sou fascinada com a bio-robótica. Disse ela, com um risinho que Liana julgou ser bem britânico”? O que seria um risinho britânico? Juro que não entendi. “Liana, como cientista sabia que o cérebro humano guardava todas as informações da pessoa…”? Não precisa ser cientista pra saber que as informações são guardadas no cérebro, basta no máximo o ensino fundamental.”– Ei, você ai parada. -Uma voz atrás deu alarde”;”O loiro sem pensar muito deu um tiro de alarde, e o guarda correspondeu”. Acho que você não sabe o que significa a palavra “alarde”. Definição de Alarde: “atitude exibicionista; retumbar, ressoar; gabar-se de; fazer ameaças; produzir ronco. Será que você não quis dizer “alerta”? Há muitos problemas de pontuação na história. Quase cem anos e não se conseguiu curar a paraplegia, mas existem órgãos artifiais de todo tipo? A tecnologia do mundo da história é bastante incoerente. E não só a tecnologia: “Todo o sistema filosófico religioso ruiu. O homem perdeu a fé. Os fundamentalistas emergiram em meio à podridão. Um pedido de clemência ecoou no submundo tecnológico”. Por que toda a religião e filosofia desapareceriam só porque o ser humano está prolongando sua vida com órgãos artificiais? Não vejo relação entre as duas coisas, seria bom uma explicação melhor dessa ideia. “Apenas os escolhidos eram imunes ao micro-organismo sintético. Do caos veio a paz. Após a barbárie, a humanidade ingressou no longo período de inovações e calmaria”. Quem eram os escolhidos? Qual era a filosofia do grupo que lançou o microorganismo? Seria bom explicar em algumas linhas. Foram os de mentalidade científica que mataram os religiosos? Como um microorganismo saberia que é um fanático religioso e quem não é? É tudo muito sem sentido… No final, a história termina com uma mensagem religiosa. Não dá pra entender qual é a mensagem: a religião é uma ilusão sempre, ou não? O narrador não defende um ponto de vista, mas ao mesmo tempo não mostra todos igualmente, ficando em um estranho meio termo. A última frase é: “Nos braços de Deus, Liana entregaria sua alma arrependida”. Arrependida de quê? De ter salvado o marido? De ter sido uma cientista? Não entendo.
    Resumindo, o conto é bastante fraco, pois a parte cinetífica é terrivelmentre mal pesquisada, os personagens são estereotipados e sem graça, e a parte ideológica é confusa e incoerente. Os dois autores se afinaram, pois a parte 2 tem os mesmo defeitos da 1. É uma história muito fraca e confusa, mas não se preocupem muito, há outras bem piores, vocês não terão uma nota muito ruim. Apesar dos problemas, vocês tem certo talento, continuem praticando, meu conselho é: pesquisem mais quando forem abordar assuntos complexos, como ciência, por exemplo, só no chute não se faz histórias consistentes com temas desses. Desejo para vocês muito Boa Sorte.

  18. Anorkinda Neide
    15 de agosto de 2016

    Comentario primeira fase
    Texto eficiente meio que correu no final ocasionando alguns erros de gramatica. No geral há alguns erros de acentuação. FC, mas de fácil entendimento apesar da matemática. Dentro da proposta FC ficou um conto até instigante e com um final impactante.
    .
    Comentario segunda fase
    Ai, que já me puxei pra curtir a primeira parte do texto, dae o continuista vem e coloca distopia associada a FC… fugi do texto a cem por hora… sinto muito. Há quem goste. Achei cansativa toda a narração de como a humanidade ficou, achei chato o final. Sorry (há problemas graves na acentuação das palavras)
    .
    Uniao dos textos
    Há uma importante diferença bem visualizada na passagem de um autor para o outro, até mesmo a linha de raciocínio foi quebrada, acho até natural q assim fosse, mas não deu um gosto bom à historia, sabe. Boa sorte aos autores. Abraços

  19. Andreza Araujo
    15 de agosto de 2016

    O início me empolgou, gosto de contos de Ficção Científica, mas confesso que o excesso de números me deixou meio entediada. Depois o texto volta para um ritmo bom. Gostei do modo como a conversa entre Liana e Gerda se desenvolveu na busca pelo cérebro perfeito, me pareceu que tudo fazia sentido, mas não de um jeito óbvio, e sim de um jeito interessante.

    As cenas que se seguem logo após Rick acordar são excelentes, mas depois tudo fica muito arrastado. O texto tem uma premissa bacana, aliás a narrativa de ambos os autores é excelente, mas o texto todo ficou longo demais, foi como ler mais do mesmo.

    O texto tem alguns errinhos de revisão, exemplo: acentos onde não deveria (apaixonará/apaixonara), vírgula separando sujeito do predicado (Gerda empunhava) e até mesmo na grafia/significado (concertada/consertada). Mas são coisas pequenas e que não atrapalharam a leitura.

    Eu gostei da história, apesar do sono que senti em alguns momentos. O final chega a dar um alívio, na personagem e na gente, de tão cansada que ela já estava. Liana realmente não era mais a mesma pessoa de antes, acho que ela merecia esse final.

  20. catarinacunha2015
    15 de agosto de 2016

    Todos os contos foram avaliados antes e depois da postagem da 2ª parte; daí a separação:

    1ª PARTE: O estilo é lento, descritivo e pesado. Cabe uma enxugada, por exemplo: “Ele se sentia que estava bem demais para alguém que saiu do coma recentemente…”, esse “que estava” está sobrando na frase. Mas a trama interessante e as personagens nos auxiliam na viagem.

    PIOR MOMENTO: “ele era o oposto diferente de qualquer estereótipo.” – A falta da vírgula depois de “oposto” alterou o sentido da frase; assim como em “meu grogue”, “concertada” e outras falhas grosseiras de revisão.

    MELHOR MOMENTO: “Mas Liana odiava probabilidades, ela trabalhava com decisões exatas, não algo que tinha não-sei-quanto-por-cento de chances de acontecer.” – Faz da personagem um ser difícil de ser entendido e com fragilidade ímpar. Muito bom.

    PASSAGEM DO BASTÃO: “O cara dormiu por 98 anos e a mulher estava viva, pela metade, para recebê-lo. Essa continuação vai dar trabalho! Passou o bastão via ressonância magnética.

    2ªPARTE: Eu gostei da narrativa, muito mais azeitada e melhor para ler. Mas a trama perdeu consistência e essa frase no final ficou horrenda: “Nos braços de Deus, Liana entregaria sua alma arrependida.”

    PIOR MOMENTO: “Quase um século de espera modifica bastante as pessoas, ele não tinha como perceber a diferença.” – Ou como não perceber?

    MELHOR MOMENTO: “ Agora havia apenas dois tipos de pessoas, aqueles que têm a fé e aqueles que não precisam mais dela.” – Bela dicotomia, tão perfeita para os dias atuais.

    EFEITO DA DUPLA: Um choque interplanetário futurístico.

  21. Amanda Gomez
    14 de agosto de 2016

    Olá,
    É em caso assim, que fico chateada por não ter lido a primeira parte antes do complemento, as vezes não dá pra saber onde o autor secundário começa, e seria necessário para ver se algumas ideias firam plantadas ou colhidas.

    Um conto futurista com uma boa premissa, não tem nada de novo, mas posso dizer que foi inicialmente bem construído. As explicações são simples, demonstra pouco domínio sobre a ciência em sim, mas é o suficiente para integrar o leitor a história.
    Pela dificuldade de saber onde está a emenda não sei dizer se o autor seguiu uma ideia sugerida ou não. Mas toda a resolução pecou um pouco na minha opinião. O que vimos foi um grande ‘’resumão’’ de toda a história. Apenas narração do que aconteceu, ‘’ contar e não mostrar’’

    Mas pelo entendimento desta narrativa, o tempo passou, e muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo, a impressão que tive foi que o autor quis colocar todos os colapsos fictícios de um fim de mundo em um mesmo conto. Ou seja, muita informação, pouco aprofundamento. O leitor fica um pouco perdido, e a situação em si dos personagens principais, no caso o casal, fica em segundo plano. Ele é o cérebro perfeito, mas qual a real situação dele neste novo futuro? E a dela? A logística ficou um pouco de lado também.

    Não sei, achei a história embora cheia, um pouco vazia. Ou talvez ela cabe em um conto e sim em algo mais logo.. um livro, novela.
    Ah peço desculpas pelo comentário, depois de ler tantas coisas a gente vai ficando sem argumentos e se repetindo. Mas foi um bom conto, entreteve, parabenizo os autores por ter conseguido completar o desafio, e desejo boa sorte.

    Parabéns.

  22. Marco Aurélio Saraiva
    14 de agosto de 2016

    Uma epopeia e tanto, contada em tão curto espaço. Haja imaginação!

    Infelizmente, o conto não teve estrutura para manter tamanho peso que é a história que deseja contar. O primeiro autor introduziu conceitos amplos e o segundo autor abraçou-os por completo, tentando contar a história de um livro inteiro em apenas 2 mil palavras. O que o leitor vê é uma história centrada em personagens, para então perder-se na história do mundo e da humanidade… para então voltar para os personagens iniciais. Não deu tempo de trabalhar Liana, Gerda nem Rick. O pouco que foi trabalhado de Liana foi revogado nos últimos parágrafos, quando a cientista que foi construída durante todo o conto revela-se, na verdade, uma mulher de tanta fé que dá a própria vida em seu nome.

    A história é grandiosa. Tem muito potencial. Só é preciso tomar cuidado para não cair nos clichês, já que este tipo de história já foi contada diversas vezes de muitas maneiras diferentes. Futuro distópico; o problema dos líderes imortais; vírus que dizima a humanidade; guerra entre ciência e fé. Tudo isto tem grande potencial de cair no clichê, o que foi o caso deste conto em muitos aspectos.

    Ambos os autores também poderiam escrever o conto com mais amor e atenção. Vi inúmeras falhas de pontuação, tempo verbal da narrativa (em poucas linhas eu vi frases no pretérito, presente, futuro e futuro do pretérito) e concordâncias. A linguagem está muito simplória: o autor não “mostra”, só conta e conta e conta até cansar. A leitura tornou-se cansativa em demasiado e por vezes eu me pegava prestando mais atenção nos erros que foram deixados para trás do que na história em si.

    O resumo é que este conto precisa ser retrabalhado, revisado e escrito com mais afinco. A história me parece excelente, desde que trabalhada da forma correta. Gostaria de sentir a tristeza e a dúvida em Liana; olhar nos olhos de Gerda e notar as suas motivações dúbias; sentir a confusão de Rick ao acordar 98 anos depois. Também queria ver algo novo, que já não tivesse lido em outros livros de Ficção científica.

    Boa sorte !!!

  23. Wender Lemes
    13 de agosto de 2016

    Domínio da escrita: algo que me incomoda muito quando estou lendo é a mudança de tempos verbais de maneira arbitrária (mesmo que conscientemente arbitrária, que não me pareceu o caso aqui). Não sei dizer se foi uma consequência do incômodo supracitado, ou algo à parte, mas mesmo o uso contínuo dos números para ressaltar a “exatidão” proposta pela narrativa acabou me desgostando – conforme seu excesso.
    Criatividade: o enredo tinha pontos fortes com a releitura do debate proposto por Asimov e Silverberg no Homem Bicentenário sobre a tecnologia evoluindo a tal patamar que poderia substituir nosso lado “humano”, ou até que ponto poderíamos substituir nossas partes sem perder nossa essência. Enfim, a proposta era promissora.
    Unidade: não posso questionar este quesito, uma vez que o segundo autor optou por manter o estilo do início do conto, incluindo as partes que me levaram a não apreciar o conto (e o fez com precisão, devo dizer).
    Parabéns e boa sorte.

  24. Júnior Lima
    12 de agosto de 2016

    O conto está bom, imaginativo, com um tema interessante de ficção científica.

    O problema é o grande número de erros gramaticais, de revisão e de redação:
    – Alguns parágrafos contém vírgulas demais, que poderiam ser simplesmente substituídas por um ponto final.
    – Alguns pronomes “ele” e “ela” poderiam simplesmente desaparecer da história.
    – Verbos no pretérito-mais-que-perfeito não devem ser acentuadas.
    – Simples erros como “concertar” no sentido de reparar algo.

    São coisas que, com a prática e um pouco mais de atenção, irão desaparecer com o tempo…

  25. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    11 de agosto de 2016

    A suposição de um mundo onde, pouco a pouco, o ser humano se transforme em uma espécie de maquina e todas as implicações que isso traria é uma excelente premissa.

    O primeiro autor conduziu muito bem a parte inicial da história, deixando o final aberto e convidativo para o segundo escritor.

    A parte final do conto aprofundou o tema, abrindo um leque para possíveis futuros dilemas humanos. Daria um ótimo romance.

    Parabéns para os dois escritores.

  26. Wesley Nunes
    11 de agosto de 2016

    O trabalho dos dois autores é perfeito. Um choca pela poesia e o outro pelo impacto da exposição crua dos sentimentos. A linguagem é usada com maestria em um tom de confissão. É difícil ler este conto e não se emocionar, não sentir de alguma forma alguma espécie de empatia.

    É nítida a proposta dos autores: Eles desejam passam uma carga dramática enorme para o leitor, e eles conseguem. Na primeira parte, a quase poesia, destaco o ritmo quase musical da obra. Na segunda eu gosto da forma como o autor expõe sem nenhum receio os pensamentos e os sentimentos dos personagens.

    O texto provoca inquietação. Uma hora parece que o autor se culpa através do “você”. Porém, em outros momentos tive a impressão que o texto estava em segunda pessoa aonde o autor através do “você” provoca o leitor.
    Para finalizar, digo que o conto possui verdade. Ao lê-lo é como se tudo fosse real e que as palavras fossem escritas por alguém de verdade.

    Parabéns aos dois autores.

  27. Bruna Francielle
    10 de agosto de 2016

    Defino como razoável. Teve pontos altos e baixos. No final, o lance dos terroristas contra o governo, e depois a implantação de uma nova ordem mundial, foi uma das coisas que mais gostei. Já ouvi falar de algo assim, e ver isso “concretizado” num conto foi bem legal. O detalhe da moça que contava minutos, segundos, enfim, obsecada em contar foi outro ponto alto. Achei que a hora em que ela tomou um tiro na van, e não viu de quem foi, deixou uma expectativa, eu logo pensei “Ohhh.. pode ter sido alguém da turma da Gerda, trairam ela e tal.. Oh, o que vai acontecer agora?”, mas a continuação da cena demoliu as expectativas todas. Acho q poderia ter ali um lance mais sinistro, mas não, foi o guarda msm q atirou, qnd o homem acordou, não teve uma surpresa nesse sentido. Cérebro humano perfeito, parecia mais ser o d Liana, pelo inicio do conto, mas tá, a solução arranjada foi ok. EU gostei bastnte mesmo do enredo, esse lance de biorobotica e tal.. foi uma ideia muito interessante para ser abordada. Gostei da abordagem da Gerda tbm à Liana no hospital. Ponto baixo para citar mais um, foi algumas cenas de ação meio.. sem sal, como a da Liana roubando o robô lá, tava tudo muito facil com explicações q não convenceram. Enfim, é isso. Altos e Baixos e um todo razoável.

  28. Evandro Furtado
    9 de agosto de 2016

    Complemento: mesmo nível

    Esse conto é muito curioso por suas características. O primeiro autor, apesar dos inúmeros problemas de linguagem, trouxe uma trama consistente e bastante interessante. Já o segundo autor eliminou praticamente qualquer reclamação que pudesse ser feita em relação ao primeiro, mas não conseguiu desenvolver a história com o mesmo afinco. Por fim, o texto ficou balanceado, infelizmente, por baixo.

  29. angst447
    8 de agosto de 2016

    Para este desafio, adotei o critério T.R.E.T.A (Título – Revisão – Erros de Continuação – Trama –Aderência)
    T – O título pouco criativo e que revela o assunto principal do conto.
    R – Citarei alguns dos lapsos encontrados:
    adora os sistemas de medidas > adorava os sistemas de medidas
    sobreviver a cirurgia > sobreviver à cirurgia
    ele aparecerá do nada > ele aparecera do nada
    protege-la > protegê-la
    não imagina > não imaginava
    por que nunca > porque nunca
    as 18h > às 18h
    Faziam 2 anos > fazia dois anos
    Estabulo > estábulo
    acompanha-lo > acompanhá-lo
    existem o transplante > existe o transplante
    Cuidado com a repetição de palavras pois isso empobrece o seu texto (primeira parte).
    E – Apesar de ser perceptível a presença de dois autores, não houve conflito de ideias. A segunda parte foi melhor elaborada e desenvolvida. Apesar de níveis diferentes de escrita, o objetivo do desafio foi alcançado.
    T – A trama toda se baseia em ficção científica, descobertas sobre transplante de órgãos – biônicos. Não é um tema que me atraia a princípio e desta vez, não foi diferente. Achei que a narrativa ficou dando voltas em um mesmo ponto e a leitura ficou cansativa em alguns momentos.
    A – Por eu não gostar de FC, o texto não prendeu a minha atenção. A leitura custou a fluir para mim. Decerto, o conto agradará a outros leitores, que apreciam o assunto e o estilo apresentado.
    🙂

  30. Matheus Pacheco
    5 de agosto de 2016

    Amigos, perdoem este comentário, porque ficção cientifica não é o meu forte (Infelizmente), mas pelo o que eu entendi, em 98 anos a Terra inteira ruiu?
    Adorei a narrativa apesar de não entendido muitas coisas escritas.
    Abração amigos.

  31. Fabio Baptista
    5 de agosto de 2016

    Imitando descaradamente nosso amigo Brian, utilizarei a avaliação TATU, onde:

    TÉCNICA: bom uso da gramática, figuras de linguagem, fluidez narrativa, etc;
    ATENÇÃO: quanto o texto conseguiu prender minha atenção;
    TRAMA: enredo, personagens, viradas, ganchos, etc.;
    UNIDADE: quanto o texto pareceu escrito por um único autor;

    ****************************

    Conto: Cérebro humano perfeito

    TÉCNICA: * *

    Muitos erros, uma confusão de tempos verbais do diabo, excesso de informações sem a cadência necessária, muito “contar” e pouco “mostrar”.
    A má notícia é que tem muito a ser melhorado.
    A boa é que tudo é questão de treino.

    – ele aparecerá
    – Mas em que se transformará
    – não era a mesma doce e amável Liana por quem se apaixonará
    >>> esse acendo agudo coloca o verbo no futuro. Nesses casos, estava se referindo ao passado. Exemplo:
    >>> ele aparecera = ele apareceu anteriormente
    >>> ele aparecerá = ele ainda vai aparecer

    – estabulo
    >>> estábulo

    – ainda meu grogue
    >>> meio

    – androide
    >>> andróide

    – Vocês não pretende fazer
    >>> pretendem

    – seu nome era Gerda
    >>> e ela era da Bósnia? 😀

    – Quando Rick acordou não tinha muito noção de nada,
    >>> Quando Rick acordou, não tinha muitA noção de nada

    – olhou envolta
    >>> em volta

    – era como ela *o* gostava de chama-lo
    >>> esse o é desnecessário

    – fosse mais ela mesmo
    >>> mesma

    – lagrima
    >>> lágrima

    – Desta vez os números eram seus inimigos. Probabilidades, eram todas desfavoráveis.
    >>> Isso ficou legal!

    – laboratórios e fabricas
    >>> fábricas

    ATENÇÃO: * *
    No começo, ainda estava conseguindo manter a atenção… pelos motivos errados (trama bizarra me instigando a ver onde ia parar), mas estava.
    Do meio para o final, só terminei por obrigação do desafio, infelizmente.

    TRAMA: * *
    Uma profusão de ideias e coisas aparecendo do nada que não chegaram a lugar nenhum.
    Até aqui: “Depois sua vista escureceu” ainda havia alguma coerência, depois a coisa descambou de um jeito irremediável.

    UNIDADE: * * * * *
    Curiosamente ganha nota boa nesse item, pois o conto pareceu uma peça só, caindo nos mesmos problemas do começo ao fim.

    NOTA FINAL: 5,5

  32. Brian Oliveira Lancaster
    4 de agosto de 2016

    CAMARGO (Cadência, Marcação, Gosto) – 1ª leitura
    JUNIOR (Junção, Interpretação, Originalidade) – 2ª leitura

    – Cérebro humano perfeito (Leda e o cisne)
    CA: Um contexto mais pé no chão, futurista ao mesmo tempo. A premissa é muito boa, faltou apenas um cuidado maior na revisão. – 8,0
    MAR: Há muitas vírgulas excessivas. Você poderia explicar algumas coisas, em seguida colocar detalhes, assim não sobrecarregaria tanto apenas uma frase. Como resultado, temos um texto que sufoca, apesar da grande ideia que permeia todo o enredo. – 6,0
    GO: A ideia é excelente, mas um pouquinho mal executada. Faltaram algumas partes de “respiro” para o leitor – ocorrem eventos sucessivos demais, sem nenhuma pausa. A coesão e linha da história são bem conduzidas, no entanto. Gostei da premissa e do gancho final. O tema “frio e calculista” se encaixou perfeitamente ao contexto. – 8,0
    [7,3]

    JUN: Pelo menos, a continuação, retirou bastante dos termos complexos e eventos um tanto confusos da parte anterior, resumindo-os e explicando-os de forma mais cadenciada. A atmosfera permaneceu e ainda teve um final bem interessante. – 8,0
    I: Outro texto complexo. Mas este é complexo demais. O leitor precisa assimilar tudo o que ocorre em pouquíssimo tempo e, mesmo sendo fã do gênero, achei o enredo com muita “infodump” (excesso de informações tecnológicas). Uma coisa que me incomodou bastante foi a indistinção entra passado e futuro. Pode ter sido um deslize na hora da revisão, mas veja que “transformara” (pretérito mais-que-perfeito) é diferente de “transformará” (futuro) – isso ocorre mais vezes perto do final. No entanto, gostei da premissa. Só precisava um pouquinho mais de coesão (na 1ª) e revisão (na 2ª). – 7,0
    OR: Não é um campo muito original. Mas ser original em sci-fi é um desafio. Ganha pontos pela atmosfera futurista e pé no chão, mesmo com a destruição em massa. O final realmente cativou, e deixou espaço para divagações filosóficas. – 8,0
    [7,6]

    Final: 7,5

  33. Gilson Raimundo
    3 de agosto de 2016

    Meu caro parceiro (a), o jeito como desenvolveu a primeira parte me levou a imaginar na segunda um pouco cyberpunk, misturando a alta tecnologia beneficiando alguns à revelia de outros. O Rick, baleado teria o seu cérebro transplantado para um corpo artificial enquanto Liana passaria quase cem anos velando seu coma, neste tempo ele a trocaria parte de seu corpo envelhecido por partes mecânicas ou clonadas, mas o principal seria a reflexão sobre o que seria um cérebro humano perfeito, seria aquele capaz de se incorporar a uma maquina ou aquele capaz de amar… para que um homem máquina iria amar, qual o objetivo de se reproduzir? Desculpe-me se não me fiz entender , mas tive prazer em fazer esta segunda parte, se pudesse escolher qual texto a ser completado, gostaria de ter escolhido este mesmo, me considero vencedor pelo prazer que me deu em escrever meu complemento, felicidades….

  34. Davenir Viganon
    3 de agosto de 2016

    Olá. O conto me lembrou o Homem-máquina do Max Barry, no qual o protagonista resolve substituir partes orgânicas do corpo para aperfeiçoamento e não apenas por necessidade.
    A primeira parte com a esposa começou bem mas acho que demorou demais para mostrar o dilema de transplantar o cérebro do marido. A segunda parte, com o marido não ficou legal também, achei que podia melhorar com um suspense de como o mundo teria ficado, mas foi muito contado. Nenhuma das partes criou um clima envolvente pra me fazer gostar da estória.

  35. Olisomar pires
    2 de agosto de 2016

    O enredo não é original, mas foi bem contado, embora existam divagacões existenciais demais. Uma revisão básica seria bem vinda, mais no inicio. A estória me pareceu meio inverossímel demais – “Ei, isso é uma ficcção…” – sabemos disso. O texto é meio lento para o cenario. . No mais, é divertido.

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Publicado às 7 de julho de 2016 por em Duplas e marcado , .