EntreContos

Detox Literário.

Evidência (Victor O. de Faria e Jowilton Amaral)

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No ano 2916, cinco tripulantes à bordo da nau capitânia Maelstrom desapareceram. A última mensagem, transmitida da Nebulosa do Haltere, no Braço de Órion, trazia apenas uma frase, suficiente para causar uma intrigante divisão na sociedade científica…

 

I.

Cores primárias preenchiam o horizonte. O azul profundo, berço de matéria primordial, abraçava a escuridão, quebrando a monotonia sem fim do vazio desconhecido. O amarelo vibrante delineava as nuvens de formação estelar, imbuindo os elementos naturais de matéria escura. O vermelho carmesim, de escala imensurável, produzia em seu interior um calor tão abrasador que, em poucos milênios, transformaria os protoplanetas em futuros sóis…

Dalet, dia 42, 2916 A.E., manhã…

Maesltron não era confortável. Tinha espaço suficiente para cinco pessoas, uma sala de reuniões, uma cabine de controle e dormitórios independentes, construídos nas extremidades do habitat convencional. Seu projeto priorizava a eficiência dos motores de propulsão, resultando num desenho retilíneo, sóbrio e cansativo. As estruturas retráteis, que comportavam a vela solar, dava-lhe a aparência de um coleóptero mutante.

Nila Shakti foi acordada por um som agudo, persistente e quase inaudível. Acabara de receber uma transmissão. Bocejou e a ouviu, sem dar muita importância aos dizeres confusos. Aquele zunido não era raro, mas incomodava. Ter uma cefaleia espacial não estava em seus planos. Como astrobióloga-chefe, precisava estar atenta a qualquer alteração, apesar do aparente marasmo da “manta de dez mil anos”. Sacudiu a cabeça e ignorou os sintomas, caminhando lentamente até a ponte de comando.

— Como vão as coisas, “padre”? Algum milagre enquanto estive descansando? – Nila não resistiu à piada.

— Sim. E está bem na sua frente. – ironizou Gabriel Levi. – Apesar do seu aparente descaso, notei um comportamento estranho nos sistemas hoje de manhã.

— Isso explica a dor de cabeça.

— Se você parasse um instante para apreciar a visão de nossos primórdios, quem sabe fosse agraciada com maior paz de espírito…

— Não sou religiosa como você. Se algo se mover lá fora, me avise.

— Tenho uma fé. Não religião.

Deixou-o falando sozinho, antes que a convencesse. Era um excelente mecânico, apesar de não ter sido sua primeira escolha. Quem poderia imaginar que um estudioso de filosofias humanas e metafísica marciana era o projetista de boa parte do esqueleto da nave? Tinha de lidar com isso. Atravessou o extenso corredor retilíneo, chegando ao círculo interno. Prosseguiu até o dormitório do meio, onde sua superior, e melhor amiga de infância, descansava. O sistema de comunicação digital piscava em laranja. “Disponível” era o que a tela dizia. Tocou.

— Olga?

Não houve resposta. Tentou novamente.

— Olga Yurievna? É Nila Shakti. Posso entrar?

Gabriel estava certo. Os sistemas estavam se comportando de maneira irregular. Entrou com o código de acesso, conhecido somente por ela. Tinham intimidade suficiente para trocar as senhas entre si, um fato conhecido por todos, apesar da discrição de seus companheiros os impedirem de realizar qualquer comentário a respeito. A escotilha se abriu, permitindo a passagem. Olga olhava pela janela, distante, com os olhos fixos em um único ponto, hipnotizada pela escuridão sem fim.

— Olga?

Mas um cadáver jamais responderia…

II.

Um grito surdo ecoou pelos corredores. Seiji Hiroshi, logo ao lado, deixou seu dormitório às pressas. Encontrou Nila, ajoelhada e trêmula, escorada na aba circular da porta fechada. Aproximou-se devagar e a segurou pelos ombros. Era o único psicólogo a bordo.

— Acalme-se, Nila! – disse com autoridade.

— Seus olhos estavam sangrando! Eu vi… Tenho de voltar lá!

Olhou pela escotilha de relance e se surpreendeu. Imediatamente colocou o capacete reserva de situações extremas, artefatos encontrados nos vãos de entrada.

— Esqueça! Precisamos isolar aquela área!

— Pode ser alguma espécie de contágio? – indagou, se recompondo por um instante. – Mas eu já estive em contato com ela!

—Por que acha que estou vestido assim?

Seiji apontava para o capacete brilhante.

— Então, vou ficar em isolamento?

— Até eu falar com a doutora Ária… Sim. – Segurou suas mãos com as luvas. — Olhe nos meus olhos, Nila. Recomponha-se. O que uma astrobióloga renomada faria?

Baixou a cabeça e permitiu que Seiji a trancasse temporariamente em seu dormitório, embora não fosse isso o que realmente a incomodava. O sonho distante de duas universitárias, muito mais que amigas de infância, jamais se realizaria…

Vestiu o uniforme completo e correu até a ponte de comando. Ária conversava de forma descontraída com Gabriel. Seiji apareceu de repente, com uma expressão preocupante. Estavam acostumados ao seu jeito mais sério, mas sabiam quando algo o incomodava. Mordia o lábio inferior, enquanto buscava respostas no vazio. Os dois se entreolharam. Ária franziu o cenho e se apressou.

— O que houve?

— Um problemão. – disse Seiji, retirando o capacete.

— Alguma falha em suportes vitais?

— Não, Ária. Essa é sua especialidade. Quero que os dois venham comigo.

Gabriel deixou os controles sob supervisão da inteligência artificial. Apressaram-se em vestir os trajes recomendados. O deslocamento pelos corredores era fácil. Difícil era não esbarrarem uns nos outros devido ao pequeno diâmetro da câmara de acesso. O dormitório de Olga ficava em um dos braços do curioso pentagrama, fato que sempre lhe causara calafrios.

— Cuidado. – sussurrou, como se isso fizesse diferença.

Seiji ajustou o brilho dos vidros. Meneou a cabeça. Ária fez menção de levar a mão à boca ao presenciar o corpo estirado sobre a cama, mas foi impedida pelo traje. Gabriel não pareceu muito abalado. De tanto ridicularizarem sua profissão e convicções, havia se tornado uma pessoa misteriosa, que não demonstrava sentimentos tão facilmente. A única que conseguia tirá-lo do sério era Nila Shakti.

— A nave não foi neutralizada? – indagou Gabriel.

— Está sugerindo que isso foi obra de um vírus? – retrucou Seiji.

— Talvez.

— Não sobreviveria a uma viagem dessa magnitude. – respondeu Ária, segura de si.

— O que sugere, doutora? – Seiji suava naquele traje desconfortável.

— No caminho você mencionou que ela olhava as estrelas distantes, como se estivesse hipnotizada por alguma coisa?

— Ou alguém… – completou Gabriel.

O olharam com certa desconfiança. Prosseguiu, sem jeito.

— Me refiro à falha dessa manhã. O sistema capturou alguma coisa, tenho certeza. – Gabriel ignorou os muxoxos. – Mandei rodar uma pesquisa.

— Quero passar no dormitório de Nila antes de tomar qualquer providência. – encerrou Seiji.

— Ela reclamou de dor de cabeça uma hora atrás. Mas os sistemas estavam em ordem! – Gabriel atestou.

Andaram até o outro braço do módulo. Apesar de seu treinamento militar, sabiam que a situação atual não era das melhores. Estavam a anos-luz da estação orbital mais próxima. Seiji ativou o viva-voz. Um ruído ensurdecedor, quase uma mensagem cifrada, invadiu o ambiente, os desorientando por alguns segundos. Felizmente, a transmissão cessou em seguida.

— Mas o que foi isso? – gritou Ária.

— Não sei! Ative a câmara de segurança! – disse Seiji.

— Nila não está bem! – apontou Gabriel.

Havia um corpo em pé, de capacete colocado, olhando um ponto fixo e luminoso através da escotilha.

— Droga! Está se espalhando! Abaixe os escudos! – ordenou Seiji, que possuía a patente mais alta entre os três.

— Acha que o problema está lá fora? Mas vai ativar os alarmes! – interpelou Gabriel.

— Agora, Levi! – exclamou Ária.

Gabriel retomou o controle da nave acessando a pequena tela embutida em sua manga. Iniciou o selamento externo. Pouco a pouco os escudos abaixaram, escondendo a deslumbrante e exótica Nebulosa de Haltere em segundos, que encerrou o espetáculo com um impressionante eclipse artificial. A escuridão os abraçou. As luzes de emergência, efêmeras, falhavam em tornar a atmosfera mais confortável.

Assim que Nila caminhou até a porta e apresentou os mesmos sintomas de Olga, Seiji impediu seu acesso externo. Era possível avistar apenas dois pontos vermelhos dentro daquele capacete escuro. Escutaram um último murmúrio.

— Es… ta… rei… com… vo… cês…

 O corpo caiu ao chão, sem vida, com um olhar fixo em Gabriel.

III.

Voltaram-se para Levi, que ficou tão impressionando quanto seus superiores. As luzes intermitentes atordoavam os sentidos.

— A pesquisa! – lembrou de repente.

Ainda perplexos com a morte repentina de dois membros da tripulação, não entenderam como aquilo poderia ajudá-los, mas precisavam de respostas. Estavam ali com o mesmo objetivo, apesar de suas claras diferenças culturais. Correram em silêncio até a ponte de comando, atravessando os enfadonhos corredores retilíneos, preenchidos com esferas dançantes. A tela maior exibia um aviso confuso. Gabriel fez um gesto para o lado e a preencheu com várias linhas horizontais.

— Vejam! Aqui foi hoje, há algumas horas.

As linhas apresentavam picos sinuosos, que duravam milésimos de segundos.

— Certo. – Ária suspirou. – Então o principal sintoma é a dor de cabeça, além do estado catatônico. Essa flutuação de energia pode ocasionar a cefaleia, mas não o restante…

— Que envolveu olhar, de modo fixo, um ponto qualquer no horizonte. – completou o psicólogo, mantendo a calma. — Mas que ponto? Gabriel, quero que… Ah…

Seiji Hiroshi levou as mãos à cabeça e retirou o capacete. Ária o segurou. Sem qualquer alteração brusca, seu nariz começou a sangrar. Olhou para Levi e se esforçou em articular de forma compressível as palavras que saíam rasgadas, sem controle.

— Es… ta… rei… com… vo… cês… até… o… fim…

 Ária gritou para que jogasse a adrenalina, bolsa de emergência colocada embaixo dos painéis, e aplicou o medicamento. Mas já era tarde demais. Os olhos de Seiji, perdidos no infinito, indicavam que já havia deixado aquele mundo há muito tempo.

— Merda! – olhou com fúria para Gabriel. — O que está acontecendo, afinal?

— Eu não sei! Preciso me concentrar! O selamento exterior não fez diferença alguma. Vou revogar a ordem. Dê um jeito de contatar a estação orbital…

— Estamos longe demais!

— Se eu deixar os canais abertos, quem sabe eu consiga…

Assim que os escudos subiram, o esplendor glorioso das nuvens primordiais encheu de vida o interior da Maesltron, de forma irônica. Gabriel, apesar de tudo, sentia uma inexplicável sensação reconfortante ao vislumbrar aquele horizonte ancestral. Um sorriso de satisfação escapou sem querer, mas não sem motivo. Como podia ele, um simples mortal, ter o privilégio de ser agraciado com aquela visão? Agradeceu em silêncio o incentivo dos pais, antes de falecerem.

Ária se aproximou. Já estava sem capacete. Seu olhar aterrorizado o deixou sem ação. Percebeu que os ouvidos da amiga sangravam. Ela segurou seu rosto de modo firme, mas gentil. Exclamou, em uma voz suave e compreensível.

— Gabriel. Estarei com vocês, até o fim.

 Petrificou. A última vez que ouvira aquela frase segurava em seus braços a única lembrança de uma família desfeita pela guerra – uma relíquia em polímero transparente, de tempos imemoriais. Apenas aquele registro humano, tão antigo quanto suas origens, o havia consolado. Alguém estava utilizando memórias afetivas para se comunicar.

Contrariando os resultados anteriores, Ária apenas desmaiou, caindo aos seus pés. Apesar de certas desavenças, conseguiam se entender como ninguém. Colocou seu corpo sobre a poltrona e ajeitou seu cabelo…

Retirou o próprio capacete. Observou por um bom tempo a luminosidade que escapava lentamente da deslumbrante paleta de cores primárias. Sentiu uma leve dor de cabeça, sem mais efeitos. Gritou em direção à luz intensa, irradiada do interior da Nebulosa de Haltere.

— Quem é você? O que quer de mim?

Suas palavras gravitaram pela ponte de comando sem receberem resposta. No entanto, ele não precisava de resposta. A pergunta feita fora retórica, caso Ária ainda pudesse ouvir. O que não era mais possível. A médica partira definitivamente. Todos se foram, só restara ele. Um sorriso frio pôde ser visto nos lábios do mecânico.

A Messier 27 brilhava um azul assombroso. O fulgor anil, envolto pelo negro azeviche do espaço, davam a nebulosa uma aparência de túnel. Um túnel celestial. Gabriel fixou os olhos na manta luminosa. Seus pensamentos viajaram. Correram sobre os trilhos do cosmo para muito longe dali. Mil anos luz dali. Transportaram-se para a Terra, planeta que ele, com anos incontáveis de idade, pulando de buraco de minhoca em buraco de minhoca, jamais conhecera, ao não ser pelas histórias dissertadas por seu avô e lidos em escritos antigos digitalizados.

Imaginou-se no mar. Banhando-se nas águas salgadas e espumosas que iam e vinham trazendo com elas o barulho peculiar das ondas. Som que nunca ouvira de verdade, apenas fantasiara diversas vezes. Para ele, o mar era a expressão mais concreta do divino. Nunca o ter visto, fazia com que o oceano fosse mais misterioso que o vazio estelar, onde ele se acostumara desde muito novo a percorrer.

Gabriel nasceu em Fobos, a grande lua de Marte, na primeira estação espacial terráquea, habitada há quase seiscentos anos. O “padre” fazia parte da quinta geração de crianças que vieram ao mundo na estação. Meninos que desde cedo eram preparados para viagens espaciais. Fobos concebia astronautas.

Perdeu a família na Primeira Guerra entre Luas. Habitantes de Fobos versus moradores de Deimos lutaram para ver quem deteria o controle absoluto sobre Marte. Fobos sagrou-se vencedora.

Levantou a vista, saindo de seu devaneio, e percebeu uma tênue mudança de cor, seguida de pequenas vibrações, no halo que circundava a nuvem de matéria interestelar. Um estrondo agudo e denso, quase palpável, singrou pelo monótono corredor do “besouro metálico”. Ele não estava ficando louco, algo extraordinário tentava contato.

— Eu sei quem é você! — Gabriel Levi exclamou. Seus olhos faiscavam.

Ele tinha certeza que era de lá, do centro da nebulosa, onde existia uma estrela anã branca, a origem das estranhas mensagens sonoras. Algo inefável pretendia se mostrar. Sua fé incorruptível fazia-o acreditar que estava diante do ser a quem sempre confiou as palavras mais fervorosas e os melhores e piores momentos. Da luz que se acende em tudo que tem vida.

Ajoelhou-se. Foi tomado por um intenso sentimento de ternura, como o abraço apertado de um filho. Lembrou-se de sua família… e do seu pequeno Jacob. Lágrimas escorreram pelo seu rosto febril.

Gabriel, estarei com vocês até o fim. — Aquelas eram as mesmas palavras que ele ouvia em suas orações noturnas. Isso só poderia ser um sinal de que o que ele fizera era em prol de um propósito muito maior. A pontinha de arrependimento que rondava sua consciência se desfez. Sentiu-se orgulhoso.

Após o falecimento da família, o jovem Gabriel Levi, já um estudioso de metafísica dita marciana, aprofundou-se ainda mais nas leituras sagradas, tornando-se um homem de fé inabalável. Acreditando piamente, apesar de tudo se negar ao contrário, que o universo era controlado pelo sopro divino. A evidência definitiva não tardaria em chegar. Ninguém mais faria zombaria de sua fé. Pensou animado.

Até então, Ele só havia se manifestando através de conversas na mente de Gabriel. Conversas que o orientavam como fazer para que todos, enfim, acreditassem.  E Gabriel cumpriu objetivamente tudo que fora sussurrado em seu ouvido. Sua tarefa estava prestes a ser concluída.

A reunião em volta da mesa para as refeições de todos os dias era prática obrigatória. O confinamento longo estimulava conflitos de convivência. O agrupamento compulsório durante as refeições era uma forma de sanar qualquer desavença mais duradoura. Toda a rotina durante a alimentação era acompanhada atentamente por Seiji Hiroshi, o psicólogo da equipe. Um sorteio entre eles, no início da missão, fez com que a cada dia um membro da equipe ficasse responsável pelo preparo dos alimentos e arrumação da mesa de refeições. Tornando o local e o ato em si o mais aconchegante e agradável possível.

Na manhã do dia quarenta e dois, Gabriel Levi, o “padre”, era o encarregado do café-da-manhã. Enquanto os outros astronautas ainda se encontravam nos dormitórios, Gabriel, preparava o desjejum. Contudo, aquele café-da-manhã seria especial. Era a última refeição de todos os tripulantes. Gabriel retirou do bolso de seu traje espacial um pequeno frasco de vidro contendo pó de calcanita marciana. Mineral mortalmente tóxico, encontrado facilmente no solo de Marte, solúvel em água, inodoro e insípido, que misturado a qualquer alimento desidratado, causava após alguns minutos, circulando pelo sangue de quem quem o ingerisse, cefaleia, entorpecimento catatônico, derrame ocular, epistaxe e morte. Foi desta maneira que Gabriel envenenara toda a tripulação da nau capitânia Maelstrom. O rápido efeito da toxina impediria quaisquer tipos de exames, possibilitando o trinfo do envenenador.

Nenhum deles estranhou o fato de que o único a não se servir da alimentação fora Gabriel. Todos já estavam bastante acostumados com os estranhos hábitos do “padre”, que só se alimentava depois que todos já tivessem se retirado do refeitório.

Gabriel caminhou em direção ao painel de controle da Maelstrom com passos lentos e fez sua última transmissão para o controle da missão na estação terráquea em Fobos: Encontramos o Criador!

Vestiu-se com seu traje de atividade fora da nave. Andou até cada um de seus companheiros e acomodou-os em seus respectivos dormitórios. Seu corpo tremia. Percorreu o longo e monótono corredor dirigindo-se a escotilha de saída. Antes de abri-la, contemplou mais uma vez a nuvem brilhante de Haltere. Era para lá que ele iria. Lá estava a resposta. O início, o fim e o recomeço. Renasceria ao lado Dele.

Abriu a grande escotilha, sem se preocupar em vedá-la novamente, e se jogou na imensidão do infinito. Gabriel flutuou no espaço, como se boiasse em águas densas do mar. Fechou os olhos e pôde ouvir nitidamente o barulho das ondas. Sorriu em êxtase completo.

— Pai Todo Poderoso, estou indo ao seu encontro.

40 comentários em “Evidência (Victor O. de Faria e Jowilton Amaral)

  1. Brian Oliveira Lancaster
    24 de agosto de 2016

    Agradeço a todos pelas criticas, sugestões e correções. Foi uma experiência incrível. Disponibilizei a versão revisada, com os apontamentos, em meu blog pessoal: https://paradoxotemporal.wordpress.com/2016/08/24/evidencia-brian-lancaster-e-jowilton-amaral/ (ou clique em meu nome, ali no avatar). Procurei não mexer na essência da história, pois sabem como é, quanto mais revisamos, mais alteramos.

  2. Pingback: Evidência (Brian Lancaster e Jowilton Amaral) – [[ Paradoxo Temporal ]]

  3. mariasantino1
    19 de agosto de 2016

    Hum… O conto terminou com uma loucura bem sinistra (ou não, dependendo do quanto Gabriel acreditava que era certo)

    Gostei do conto, gostei dos lances peculiares como: um estudioso de filosofias humanas e metafísica marciana… e fiquei imaginando isso >>> As estruturas retráteis, que comportavam a vela solar, dava-lhe a aparência de um coleóptero mutante.. Acho muito bom quando se dá vazão aos sentimentos e se descreve imagens bonitas em tom diferente como >>>> O fulgor anil, envolto pelo negro azeviche do espaço.

    O conto é simples no cerne, mas tem sua voz própria, induz, faz querer avançar e mesmo sendo ficção é acessível. Homens bomba fazem lances pela fé, né? Vcs fizeram o Gabriel aí.

    Boa sorte no desafio.

    Nota: 8

  4. Pedro Luna
    19 de agosto de 2016

    Um conto de ficção científica que me lembrou filmes como O enigma do Horizonte, acredito que seja esse o nome. O início me remeteu a ideia interessante que até eu já tive para iniciar uma história: a tal nave que sumiu e deixou uma mensagem. Foi um bom pilot, o problema é o mesmo que achei em outro conto aqui: parágrafos se seguem apresentando personagens que não se aprofundam. Já a segunda parte focou mais nos personagens, em Levi, trazendo informações novas e explicando os fatos, como a personalidade fanática do personagem e o fim que ele deu a tripulação. Melhorou, mas não consegui me conectar com a trama.

  5. Gustavo Castro Araujo
    19 de agosto de 2016

    Gostei do conto. Há um ar intimista nesse tipo de narrativa que me atrai bastante. A atmosfera lançada pelo primeiro autor foi complementada com bastante competência. Arrisco a dizer que foi uma das duplas que melhor funcionou no desafio – ambos sabiam bem o que estavam fazendo. Apesar de batido (e o que não é hoje dia?), o enredo envolve e instiga a leitura. A ideia de misturar questões filosóficas com um mistério a ser resolvido ficou bem legal – um mix de Solaris com Alien o 8º passageiro.
    Enfim, ótimo trabalho.

  6. Wilson Barros Júnior
    19 de agosto de 2016

    A narração detalhada, minuciosa apega o leitor ao texto. Os maelstoms remetem a um dos maiores contos que a humanidade já produziu, a “descida ao maelstrom”. Mas uma vez os pronomes começam as frases, só a a Claudia para dirimir isso. Os diálogos são refinados, a leitura é fácil. Na continuação ocorre mais uma vez o que eu já disse, um escritor “literário” tentar inserir literatura na FC, que precisa ser muito ágil, e não pode parar em metáforas, etc. Fc e literatura são como água e óleo, juntam-se mas não se misturam. As imagens da FC têm que ser do tipo “show, don’t tell”. O segundo escritor é muito hábil, mas literatura diminui o ritmo do thriller. Por isso Asimov se queixava que jamais ganharia um Pulitzer. Parabéns aos dois, uma boa leitura,. Boa sorte.

  7. Wilson Barros Júnior
    19 de agosto de 2016

    Achei o início semelhante ao poema “Excelsior” de Longfellow. Os nomes são humorísticos, traduções dos americanos. O estilo é muito correto, sem construções malfeitas. O conto é bom e qualquer continuação daria certo. O segundo autor escreve bem mas não parece estar muito afeito a esse estilo hollywoodiano. Mas felizmente segui os nomes americanos que fazem rir alto. De qualquer modo, ficou engraçado, criativo, embora fora dos padrões iniciais. Parabéns aos dois, e ao segundo pelo esforço extra.

  8. Thales Soares
    19 de agosto de 2016

    Adoro ficção científica! Gostei muito da ideia do texto, todo misterioso e cheio de suspense. A divisão de capítulos também me agradou. Personagens interessantes e ideia bastante criativa por parte do primeiro autor.

    O segundo autor manteve muito bem o ritmo do primeiro. Uma das melhores junções que li, pois ele soube valorizar tudo o que foi criado pelo autor anterior, e também conseguiu inovar dentro do universo estabelecido. A revelação do personagem no final ficou muito boa.

  9. Thiago de Melo
    19 de agosto de 2016

    Amigos autores,
    Primeiramente quero dar-lhes os meus parabéns pelo conto e pelo sincronismo de vocês. Alguns contos desse desafio têm uma marca clara do momento em que um autor parou e que o outro começou a escrever. Já no caso de vocês, a coisa fluiu muito bem. E que história vocês construíram juntos hein?
    Gostei muito da ambientação da história. O ano em que ela se passa, a descrição da nave espacial. Ficou tudo muito bom e fluido. Contudo, fiquei meio em dúvida se, diante da imensidão do universo à disposição para ser explorado, o personagem iria mesmo desejar ver o mar. Não que eu tenha nada contra o mar. Adoro. Mas se você tem uma nave espacial e consegue pular de buraco de minhoca em buraco de minhoca, melhor já se chamar de Capitão Kirk!
    Também gostei de como o suspense foi construído ao longo da história. As pessoas morrendo um de cada vez e a gente se perguntando QUE QUE TÁ ACONTECENU????
    Meus parabéns pela história!!

  10. Renata Rothstein
    19 de agosto de 2016

    Ficção científica, questionamento existencial, metafísica – irretocável!
    Só uma observação, mesmo: acho um pouco estranho nomes “comuns” em contos que são ambientados no futuro.
    Nota 9,0

  11. Daniel Reis
    19 de agosto de 2016

    Prezados Autores, segue aqui a minha avaliação:
    PREMISSA: Ficção científica misturada com suspense, a história partiu de um ponto bastante positivo, mas com um desenvolvimento bastante convencional.
    INTEGRAÇÃO: um dos textos mais integrados, o que não necessariamente reflete na qualidade final, mas é mérito principalmente do segundo autor, que soube se moldar ao estilo do primeiro.
    CONCLUSÃO: o final já estava “telegrafado” desde a primeira parte, mas mesmo assim eu esperava uma reviravolta – ou, pelo menos, um fundamento maior para a motivação do culpado pelas mortes.

  12. Simoni Dário
    19 de agosto de 2016

    Olá
    Comecei a ler não me entusiasmando muito, fiquei intrigada com Gabriel, mas a parte complementar prendeu mais minha atenção, atiçou mais a curiosidade. Apesar de ter gostado mais da segunda parte em comparação com a primeira, queria ter gostado mais. As reflexões de Gabriel fizeram sentido e casaram com o final que ficou bom. Não sei se entendi, mas foi Gabriel quem envenenou todo mundo desde o início? Enfim, queria ter gostado mais, o enredo e o cenário aparecem em muitos filmes de ficção, e e o enredo me pareceu meio batido. Mas está bem escrito por ambos. Boa sorte!
    Abraço,.

  13. apolorockstar
    19 de agosto de 2016

    o que achei mais interessante foi como os dois autores poderão se encaixar ,com poucas dicas no começo o coautor conseguiu fechar com chave de ouro não fugindo do tema. a linguagem é boa e a história se transforma,passando de algo que jurei ia ser como “Alien: o oitavo passageiro” para algo que envolvia uma conspiração, me impresisonei

  14. Amanda Gomez
    18 de agosto de 2016

    Olá,

    Bem, o conto não entrou na minha cabeça, é o que posso dizer `a princípio, não consegui me conectar ao que estava sendo narrado, esse futuro, os personagens a nave, nada disso foi empolgante. De todos as Sci-fi, as que retratam o espaço, e especialmente a rotina de uma nave, é o que menos me agrada.

    Todo o universo criado, percebe-se que foi feito com zelo e o autor estava pensando em algo maior, dificilmente temas assim ficam bons em contos, tamanha a complexidade. Tem que haver muitas explicações, e tem que convencer o leitor.

    Está bem claro que o coautor não pegou a ideia inicial, não o culpo realmente não dá pra imaginar muito o que estava acontecendo ali, achei interessante a forma como ele decidiu concluir, foi simples e satisfatória tendo em vista todo o conto em si. Confesso que quando ia lendo não fiquei divagando sobre o que aconteceria, simplesmente fui no automático, é um dos últimos contos que estou lendo e realmente estou saturada. Peço desculpas, por isso.

    Parabéns, pela conclusão do desafio.

  15. vitormcleite
    18 de agosto de 2016

    quando li a primeira parte deste conto anotei: história de ficção que pode resultar muito bem, caso o continuador prove ter caraterísticas semelhantes ao autor inicial. Muitos parabéns. Não gostei tanto da segunda parte, embora esteja bem escrita e apresente um bom enredo, pareceu-me, no entanto, ter perdido muito do que o texto apresentava, mas de qualquer modo parabéns para a dupla

  16. Luis Guilherme
    18 de agosto de 2016

    Uau, muito boa!
    A história tá todinha boa, do início ao fim! Pra começar, esse tipo de temática me agrada muito! Senti uma pegada daquele filme Apollo 13 (algo assim). A história tá bem cativante e me prendeu até o fim, parabéns!
    Tem alguns erros gramaticais, mas nada que atrapalhe o desenrolar do conto. Fora esses erros pontuais, o conto tá impecável estruturalmente.
    A transição entre os autores também tá bem suave, isso é importante nesse desafio.
    O enredo foi bem conduzido, tem clímax, tem revelação, e tem final. Tudo bem encaixado.
    Gostei desse final meio Reverendo Moon. Hahahah

  17. Bia Machado
    18 de agosto de 2016

    Gosto muito de FC e esse conto aqui me traz a lembrança de alguns livros do gênero. De repente deu vontade de reler alguns deles, principalmente o Clarke, “O Fim da Infância”, para ser mais específica. Gostei muito do enredo criado, com a carga de suspense empregada, só o que me deixou meio confusa foi a quantidade de personagens. Não sei se foi por conta da pressão de querer terminar logo, mas tive que voltar para ver o que tinha acontecido antes e quem era aquela personagem. O primeiro autor soube conduzir bem, me deixou muito interessada e me fez prosseguir com a leitura. Já o segundo autor, do ponto em que acho que é o início da parte dele, já não foi a mesma coisa. Não que a continuação tenha ficado ruim, mas por conta de tudo o que foi estruturado pelo primeiro autor, eu esperava mais do que o final que foi apresentado. Ainda assim, uma leitura que eu gostei de fazer.

  18. Marco Aurélio Saraiva
    18 de agosto de 2016

    Humm… não gostei do final, ein? Esperava algo maior do que apenas as ações de um homem louco.

    O conto me lembrou muito aqueles filmes antigos: Solaris e O Enigma do Horizonte. O primeiro autor tem um “quê” de autores consagrados do meio, como Arthur Clarke e Asimov. A ambientação me lembrou muito os dois, com uma pitada de Stephen King.

    O primeiro autor trabalhou bem a atmosfera mas fiquei um pouco confuso com os personagens, que eram tantos no início que me perdi. Muitos nomes em pouco tempo. Tirando isso, o suspense levantado na primeira parte foi muito bom e eu estava lendo freneticamente para saber o que era, afinal, a origem de todo aquele mistério.

    O segundo autor escreve bem, com um estilo mais direto nas suas frases. Infelizmente, a trama em torno de Levi não me agradou. Os flashbacks me soaram jogados no texto, aparecendo entre um parágrafo e outro sem serem anunciados. Acho que a conclusão poderia ter sido melhor, até mesmo por quê o assunto “loucura no espaço devido ao isolamento” me parece batido demais.

  19. angst447
    17 de agosto de 2016

    Para este desafio, adotei o critério T.R.E.T.A (Título – Revisão – Erros de Continuação – Trama –Aderência)

    T – Simples – evidente…rs
    R – Algumas poucas falhas de revisão:
    Tenho uma fé. Não religião. > Tenho fé. Não uma religião.
    Ele só havia se manifestando > ele só havia se manifestado
    dirigindo-se a escotilha > dirigindo-se à escotilha
    E – Não percebi o ponto de junção das duas partes, o que deve ser considerado como algo positivo. Também não notei conflito entre os estilos dos dois autores. Assim sendo, considero cumprido o objetivo do certame.
    T – Tema ficção científica não me agrada muito, mas neste caso, até que não me entediei, pois os autores souberam temperar a trama com boas doses de suspense. O misterioso “padre” Gabriel funcionou bem como personagem. A descoberta do cadáver de Olga deu novo tom à narrativa. No geral, o conto foi bem desenvolvido, mantendo o mesmo clima inicial.
    A – Os diálogos favorecem um ritmo mais dinâmico, o que facilita a manutenção de um ritmo mais agradável. Também trazem novas informações que favorecem a compreensão do conto em si. Os dois autores não se estenderam além do ponto de saturação e gostei de me distrair e não ver que o final já estava próximo. Um ótimo sinal, ao meu ver.

    🙂

  20. Leonardo Jardim
    17 de agosto de 2016

    Minhas impressões de cada aspecto do conto (li inteiro, sem ter lido a primeira parte antes):

    📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): a parte inicial ficou meio estranha com o excesso de personagens, ainda mais com o Gabriel, que também foi chamado de Levi em alguns lugares, fazendo com que eu fosse obrigado a voltar para entender melhor. A solução final ficou legal, mas acabou não explodindo minha cabeça porque pareceu ter sido meio tirada da cartola.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): não vi grandes problemas, exceto a pontuação no diálogo (veja esse artigo: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5330279). A narração foi boa, mesmo que um pouco confusa no início. Não consegui identificar onde houve a troca de autoria, portanto acredito que o segundo autor manteve o nível.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): ficção científica sempre traz algumas novidades, e esse texto trouxe isso com a parte da fé. Mas o mote de base desconhecida e longínqua é bastante batida.

    👥 Dupla (⭐⭐): como já adiantei, não percebi em que momento houve troca de autores. O segundo autor fez uma reviravolta um tanto forçada, mas isso não chegou a afetar essa quesito.

    🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫): gostei da reviravolta, mesmo com o problema que já citei, pois o segundo autor teve que trabalhar com as ferramentas que tinha. Num texto individual, o autor poderia, por exemplo, trabalhar melhor o início para o final não ficar forçado, mas aqui ele fez um bom trabalho.

  21. Ricardo de Lohem
    15 de agosto de 2016

    Olá, como vão? Vamos ao conto! Outro caso de fusão completa, sem emendas, com mimetismo perfeito. Gostei muito da primeira metade: uma verdadeira história de mistério, horror e Sci-Fi se desenhou com extrema eficiência. Foi um dos inícios mais sólidos do presente desafio. A parte científica apresentou diversos problemas. Um diálogo estranho: “— A nave não foi neutralizada? – indagou Gabriel. — Está sugerindo que isso foi obra de um vírus? – retrucou Seiji.— Talvez.— Não sobreviveria a uma viagem dessa magnitude. – respondeu Ária, segura de si”. Por que só poderia ser um vírus? Não poderia ser uma bactéria, um fungo, um protozoário? Não existem apenas vírus, há muitos microorganismos capazes de causarem doenças. E que história é essa de “não sobreviveria a uma viagem dessa magnitude”? Nada a ver, se um tripulante estava contaminado, o vírus ou microorganismo poderia sobreviver indefinidamente em estado latende, e se manifestar quando as condições fossem favoráveis. Achei que não foi boa ideia situar a história num futuro tão distante: ano 2916, novecentos anos adiante do ano atual.Isso faz com que muitas situações sejam difíceis de aceitar. Como daqui a novecentos anos um caso homossexual entre duas mulheres é tratado de modo tão secreto? Como os métodos de ressurreição em caso de parada cardíaca não evoluíram nem um pouco? Isso é bem incongruente, seria melhor não ter definido data ou ter colocado uma data bem mais próxima. A segunda metade me decepcionou um pouco: um fanático religioso matou todo mundo, por pura insanidade? Eu preferiria uma continuação mais Sci-Fi, doenças estranhas, monstros, coisas assim. Mas tenho que admitir que foi interessante, e no seu todo, esse foi um dos contos com enredo mais sólido e coerente. Parabéns pra vocês, foium conto muito bom, desejo muito Boa Sorte!

  22. Bruna Francielle
    13 de agosto de 2016

    Gostei; Deu pra ver que o segundo autor se aprofundou na história e encontrou um culpado e uma razão pra nave ficar deserta: Gabriel, o padre, RS’ Gostei bastante da solução encontrada. No inicio, imaginei que seria algo desconhecido, sobrenatural, mas no fim, era humano mesmo. Uma boa sacada, pois geralmente o q se espera é algo sobrenatural mesmo. No começo, foi uma leitura um pouco dificil, por detalhes técnicos. Algo que gostei foi no fim, inventarem um veneno e até sintomas pro veneno, sajhsajhsa’ Eles dizerem uma frase enigmática antes d morrer, porém, acabou ficando sem explicação. Era algo interessante, dizer a frase, todos igual, mas não vi explicação à isso. o.0 Aaaah… ou fosse mesmo o poder superior que fazia isso. Adorei o fim, o Gabriel se jogando no espaço.. muito legal mesmo, Parabéns

  23. catarinacunha2015
    13 de agosto de 2016

    Todos os contos foram avaliados antes e depois da postagem da 2ª parte; daí a separação:

    1ª PARTE: Não sou fã de FC, mas esta narrativa veloz, combinada com a trama complexa, me surpreendeu positivamente.

    PIOR MOMENTO: “atravessando os enfadonhos corredores retilíneos, preenchidos com esferas dançantes.” – Por mais que eu me esforce não consigo visualizar essas “esferas dançantes”.

    MELHOR MOMENTO: “Estarei com vocês, até o fim.” – A frase abre um leque enorme de possibilidades e desperta nossa imaginação.

    PASSAGEM DO BASTÃO: Não existe passagem melhor do que um mistério a desvendar.

    2ªPARTE: Grande ideia transformar o padre num serial killer fanático religioso. Tudo se explicou divinamente. Kkkk….

    PIOR MOMENTO: “Acreditando piamente, apesar de tudo se negar ao contrário, que o universo era controlado pelo sopro divino.” – Se negado ao contrário estaria concordando? Complicado isso.

    MELHOR MOMENTO: “Nunca o ter visto, fazia com que o oceano fosse mais misterioso que o vazio estelar, onde ele se acostumara desde muito novo a percorrer.” – Esta frase foi importantíssima para o desenrolar da trama.

    EFEITO DA DUPLA: Houve um impacto profundo entre ciência e religião. Como se água e óleo resolvessem se casar. Estranho, mas funcional e emocionante.

  24. Wender Lemes
    13 de agosto de 2016

    Domínio da escrita: este conto me foi uma boa surpresa. Francamente, ele é um dos que pude ler antes das continuações, bem como um dos que me deram medo de ser sorteado para continuar, pois não tinha ideia do que poderia ser feito. Aí é que entra a surpresa boa, pois o autor complementar prosseguiu de maneira exemplar.
    Criatividade: tenho a F.C. como um dos estilos mais próprios e difíceis de se trabalhar quando há falta de conhecimento dos termos. Aqui, no entanto, tanto o autor inicial, quanto o complementar, dispuseram de uma criatividade sem limites para a ambientação e o plot bem elaborado.
    Unidade: não sei bem o que se passou na cabeça do iniciador, mas me parece que o complementar adivinhou, pois as ideias se complementaram perfeitamente, desde a relação entre os personagens, o veneno justificando as mortes até o fanatismo descontrolado do protagonista – ou seria realmente um chamado de uma criatura superior?
    Parabéns e boa sorte!

  25. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    12 de agosto de 2016

    Muito bom!

    O texto é envolvente e cheio de mistério do início ao fim. Não fosse eu já ter lido a primeira parte, não saberia onde começa o trabalho do segundo escritor. Ambos parecem ter trabalhado em sincronia.

    O fanatismo do Padre fez total sentido e deu uma pitada de crítica e terror à realidade fantástica proposta inicialmente.

    Parabéns para ambos os escritores.

  26. Júnior Lima
    11 de agosto de 2016

    Mais um texto no qual os autores mostram entrosamento, nem parecendo que foi dividido.

    Atmosfera interessante, contrastando ciência e fé. Alguns erros mínimos, mas tudo bem. Parabéns!

  27. Fabio Baptista
    11 de agosto de 2016

    Imitando descaradamente nosso amigo Brian, utilizarei a avaliação TATU, onde:

    TÉCNICA: bom uso da gramática, figuras de linguagem, fluidez narrativa, etc;
    ATENÇÃO: quanto o texto conseguiu prender minha atenção;
    TRAMA: enredo, personagens, viradas, ganchos, etc.;
    UNIDADE: quanto o texto pareceu escrito por um único autor;

    ****************************

    Conto: Evidência

    TÉCNICA: * * * *

    Boa narrativa, bom clima de FC e eficiente dentro da proposta, nas duas partes.

    – As estruturas retráteis, que comportavam a vela solar, dava-lhe
    >>> davam-lhe

    – retilíneos
    >>> achei legal o segundo autor usar, ganhou pontos na unidade

    – ao não ser pelas histórias
    >>> a não ser

    – sangue de quem quem o ingerisse
    >>> sobrou um “quem”

    ATENÇÃO: * * *
    Segurou a atenção de modo satisfatório, primeiro pelo mistério do “vírus”, depois pela loucura de Gabriel.

    TRAMA: * * *
    História típica de FC, com mortes misteriosas ocorrendo na nave e tal. Batido, mas bacana.
    Quando começou o papo de se comunicar através de lembranças e sentimentos, pensei que cairia para o lado daquele filme que agora esqueci o nome, com o George Clooney.

    A revelação do assassino não chega a ser grande surpresa, mas é bem executada.

    UNIDADE: * * * * *
    Muito boa, tanto em escrita quanto em continuidade

    NOTA FINAL: 7,5

  28. Anorkinda Neide
    7 de agosto de 2016

    Comentário primeira fase:
    O texto até que alcança um ritmo interessante, fui ficando curiosa com as mortes. Mas pra mim, foi o único ponto positivo, além de estar bem redigido. A trama de FC não me conecta, não curti as insinuações sobre os personagens, as amigas mais q amigas, o padre, demais personagens, enfim, entrelinhas q pedem releituras e eu nao as fiz… rsrs
    .
    Comentário segunda fase:
    Eu considero que o continuista descascou um abacaxi, hein! E ficou bom. Dentro do pouco que eu curto de FC, acho que a saída com o fanatismo do ‘padre’ encaixou. Não que eu tenha gostado do final, acho que exagerou um pouquinho.. rsrs
    .
    União dos textos:
    Achei que colou bem uma parte na outra. A historia teve uma sequencia e uma explicação. Funcionou.
    Parabéns aos autores. Abraços

  29. Gilson Raimundo
    7 de agosto de 2016

    Muito bom o enredo, o clímax e finalmente o desfecho que provavelmente ninguém imaginaria, a perfeição da soma das partes da história deveria contar pontos, parabéns aos dois autores, mais um texto fora do normal….parte ruim: a frase “Imediatamente colocou o capacete reserva de situações extremas, artefatos encontrados nos vãos de entrada.” me parece estar fora do contexto ou faltar algo que a complete…. os nomes dos personagens poderiam ser apenas de uma nacionalidade pois num futuro tão distante os sobrenomes que denotam origens diferentes provavelmente não existirão… parabéns pela história eletrizante…

  30. Andreza Araujo
    7 de agosto de 2016

    Gente, esse tal Gabriel é doidão, hein? Kkkk
    Olha, esse texto foi um dos que eu li antes do complemento ser postado. E se eu precisasse terminá-lo, também transformaria o Gabriel no assassino dos seus companheiros de viagem. É, eu fiquei nessa de criar meus próprios finais alternativos quando li as metades! Mesmo assim digo que você me surpreendeu, pois fez de uma forma que não ficou óbvio onde você queria chegar. E a primeira parte (o primeiro autor) adicionou uma grande dose de “o que está acontecendo?”

    O início tem mais ação e mais mistério. A segunda metade é mais reflexiva. Cada uma delas tem a sua beleza. Acho que vocês formaram uma boa dupla no geral.
    Apenas me incomodou um pouco a construção da narrativa na segunda parte, pois em alguns momentos eu me perdi na cronologia. Nada que uma releitura não resolva…

    Gostei do foco de mistério e depois o foco na questão religiosa do “padre”. São textos diferentes, mas que se complementa, e um explica bem o outro.

    Parabéns aos dois, achei um excelente trabalho de equipe.

  31. Wesley Nunes
    7 de agosto de 2016

    O texto de abertura é um excelente recurso e chama o leitor para aventura. Os personagens conseguem demonstrar a sensação de estar no espaço sideral. A narração segue um tom de deslumbramento até o momento em que aparece um cadáver. A partir deste acontecimento, a narração torna-se dinâmica e o autor consegue narrar a grande movimentação na nave e a aflição dos personagens.

    Todos os elementos de uma boa ficção cientifica estão inseridos neste conto: A religião e o homem, a busca pelo desconhecido, colonização de outros planetas, um agente desconhecido e outras questões que são somente citadas. Há sim criatividade na apresentação de todos esses temas, mas tudo está muito condensado. O ideal seria trabalhar todos esses elementos em um romance.

    O autor é corajoso em não fazer uma narrativa linear, porém, isso pode ser muito perigoso e acaba gerando confusão no leitor.

    No inicio eu senti falta das conjunções, mas conforme seguiu o texto, esse problema deixou de existir.

    Parabéns pela criatividade e pela coragem.

  32. Evandro Furtado
    5 de agosto de 2016

    Complemento: Upgrade

    Achei a primeira parte bem confusa, senti os personagens mal desenvolvidos e a trama sem muita consistência. O segundo autor conseguiu das mais substância, mas optou por trazer um enredo meio simplista que impediu um salto maior nos degraus de qualidade. Não me leve a mal, gosto de histórias com fundamentos religiosos, mas elas precisam ter algo de profundidade para me convencer. O ponto positivo é que ambas as partes foram bem escritas, os erros encontrados não comprometeram o desenvolvimento da leitura.

  33. Danilo Pereira
    4 de agosto de 2016

    O conto tende a explorar o gênero de ficção científica… entretanto houve uma mistura de ficção com religião no final, onde mostra que independente de que lugar estamos, em que tempo ou dimensão, ainda sofremos com as chamadas vozes da consciência que dita o futuro do Personagem “Gabriel”. Gabriel significa “Deus enviou” na bíblia é conhecido por ser o anjo mensageiro… no conto a mensagem que Gabriel lançou sobre o mundo é confusa. O autor que complementou o conto deveria ter explorado mais esse lado. NOTA:7

  34. Jefferson Lemos
    4 de agosto de 2016

    (Parte um) O conto tem muitos elementos, mas não sei se foram bem trabalhados. Senti falta de uma consistência no desenvolvimento da trama, pois os acontecimentos rápidos deram uma superficialidade que prejudica todo o enredo. O motor das ações também não me convenceu muito, e acredito que, com a mão certa, a segunda parte vai ficar melhor do que a primeira. Você acabou desenvolvendo a parte menos interessante e deixou o terreno livre para outro fazer algo com melhor desenvolvimento.

    (Parte dois) Gostei de algumas particularidades do texto, como a disputa entre as luas marcianas e a história de Gabriel. O restante continuou não me convencendo muito, apesar de tudo. O desfecho é interessante e a revelação da loucura religiosa de Gabriel foi uma boa saída para concluir a história, mas o desenvolvimento não foi muito satisfatório. Esse segundo trecho ainda teve um detalhamento mais apurado, então creio que tenha se sobressaído ao primeiro. No geral, a sinergia entre os autores funcionou, pois o tom da narrativa não oscilou muito entre um e o outro.

    Parabéns e boa sorte!

  35. Olisomar Pires
    3 de agosto de 2016

    Embora não tenha grande ação, o conto é envolvente e bem escrito. A primeira parte conseguiu criar expectativa razoável que foi bem resolvida posteriormente. Ponto positivo para a dupla.

  36. Brian Oliveira Lancaster
    3 de agosto de 2016

    Olha, segundo autor(a), não podia deixar de comentar sua habilidade de “transmimento de pensação”. Até tinha deixado o “casal” vivo ali, no limite, pois alguém poderia usá-los se desejasse dar um ar mais romântico. Mas, com total surpresa, vejo que você seguiu minha ideia mais obscura. Eu havia imaginado que o personagem principal poderia ser o culpado por tudo, numa espécie de psicopatia vingativa – exatamente como você o (des)construiu, acrescentando detalhes excelentes (background) que eu somente havia colocado como “enfeites” rápidos entre diálogos. Claro, tem alguns defeitinhos de revisão, mas eu também deixei passar alguns. Tinha feito o texto de uma forma que pudesse ser utilizado em vários gêneros, mas fico eternamente grato por ter seguido a mesma linha. Só acho que a pergunta mais importante de todas, a qual o primeiro parágrafo se refere, deveria ter tido maior destaque, ou mesmo tê-la deixado entre aspas (mas também estava curioso para saber qual pergunta você escolheria). Agradeço por não ter esquecido o mote principal (pergunta e desaparecimento de todos) e por ter se mantido dentro do gênero sci-fi. Estou curioso para saber quem é, apesar de desconfiar. Voltarei aqui depois…

    • Brian Oliveira Lancaster
      3 de agosto de 2016

      Adendo: com certeza esse texto irá para meu blog pessoal, depois, com a devida revisão e créditos à dupla (links inclusos).

  37. Thomás Bertozzi
    2 de agosto de 2016

    Ótimo conto, muito bem ambientado.
    O futuro, tecnologia e espaço distantes foram retratados de forma muito verossímil, na minha opinião. Há todo um contexto “histórico” que enriquece a trama.

    Quando o “padre” foi descrito, logo suspeitei dele para qualquer maldade / coisa estranha que viesse a ocorrer. Ainda assim, pensei que fosse um jogo do autor. Não era.
    E esse, para mim, foi o ponto fraco do conto. Em um texto tão rico, eu esperava menos clichês desse tipo.

  38. Matheus Pacheco
    1 de agosto de 2016

    Eu Realmente não consegui achar um defeito… Pois pelo jeito que a história se desenvolveu tanto na primeira parte como na segunda, e ainda mais pelo personagem de “Padre”.
    Agora só uma perguntinha, o quê aconteceu com a doutora Ária?
    Abração amigos

  39. Davenir Viganon
    31 de julho de 2016

    Olá. Adorei a FC no espaço. O suspense mantido entorno do fanático religioso me prendeu até a última linha. A “passagem de bastão” foi imperceptível para mim e o ritmo e suspense não apenas se manteve como aumentou até o climax. Muito bom. Parabéns aos dois!

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Informação

Publicado às 3 de julho de 2016 por em Duplas e marcado , .