As cadeiras vermelhas,
De um bar sem cor,
Sustentam quarenta anos de mim.
Nos momentos de silêncio,
Entre um cigarro, um gole de cerveja,
Uma dose de conhaque e um suave amargor,
Perco-me em reflexões sobre a vida.
Nem bem, nem mal vivida.
Só vivida, enfim.
Resolvi ler o seu poema com a sugestão de recorte feita pela amiga Anorkinda Neide e, por questão de gosto, saiu melhor, mais fácil de assimilar cada estrofe.
A melancolia inicial é lírica ao extremo:
“As cadeiras vermelhas,
De um bar sem cor,
Sustentam quarenta anos de mim.”
No decorrer do poema, o cenário isolador e boêmio evidencia a tristeza profunda que acompanha a personagem apresentada. Daí a surpresa quando o desfecho diz o contrário:
“Nem bem, nem mal vivida.
Só vivida, enfim.”
Na verdade, como provam as estrofes anteriores, a vida do eu lírico é feita de solidão e vícios para esquecer ( talvez) as mazelas. Ou seja, vida mal vivida.
O poema é belo, mas ficaria perfeito com um final condizente com o desencadear das reflexões.
Galera, muito obrigado pelos comentários. Escrevo vês ou outra um poema, e me agrada muito escrevê-los. Gosto de correr este risco. Abraço em todos.
vez ou outra, e não vês, kkkkkkkk, (que burro, dá zero pra ele).
Gosto desse desbotado. Tem uma música do Engenheiro que fala
” A vida é uma viagem/Passagem só de ida/Há quem diga que não vale/Há quem mate pra viver/A vida é uma viagem/Bebida sem gelo/Engolida às pressas/Às vésperas da sede”
Sua poesia me fez lembrar de imediato essa canção. Muito mais que rimas, sentir é importante também.
Parabéns!
ENGENHEIROS*
Fala aí, Jowilton!
Ficou bom, cara. Assim como os amigos, senti falta da divisão também, mas teve sentimento, e isso que importa! 😀
Muito legal, Jowilton. Concordo com a Anorkinda sobre a divisão em estrofes. Ficou aquela sensação de que faltou algo, mas gostei. Grande abraço.
Gosto desta aceitação pela vida, pra que grandes angústias, grandes decepções? Vive-se e fim. É simples e queremos complicar…rsrsrs
Continuo perturbando vocês,achando que não necessita-se das pontuações nos finais dos versos.
Mas neste caso, os pontos finais, sim, estão fechando pensamentos e estão corretos.
Eu separaria em pequenas estrofinhas… não só pelo visual, mas para que a leitura fique mais arejada ^^
As cadeiras vermelhas,
De um bar sem cor,
Sustentam quarenta anos de mim.
Nos momentos de silêncio,
Entre um cigarro, um gole de cerveja,
Uma dose de conhaque e um suave amargor,
Perco-me em reflexões sobre a vida.
Nem bem, nem mal vivida.
Só vivida, enfim.
Um belo poema, enfim, Jowilton.. parabéns!
Valeu Anorkinda. Vou utilizar esta nova arrumação que você fez, ficou melhor mesmo.. Obrigado e abraço.
Muito legal, sr. Jowilton. Gosto dessa poesia sobre a vida mais crua, mais real. Deu vontade de ler Bukowsky. Parabéns!
Bukowski**
hahahaha, obrigado pelo senhor. O velho safado é foda.
Gostei muito, ainda que tenha sentido a ausência de algo mais, mas é uma poesia linda e direcionada.
Não sei se imaginei momentos, mas sim uma melancolia mais presente no cotidiano, alguém que vive uma vida nem bem nem mal vivida.
Indeciso? Talvez.
Perdido? Talvez.
Confuso? Bastante.
Acho que não é uma reflexão, mas sim uma conclusão de alguém que viveu a vida seguindo o ritmo da sobrevivência.
Parabéns Jowilton.
Olá, Jowilton. Um poema que condensa momentos e transpira a paz durante reflexões que volta e meia nos atormentam. Bacana!
Abraços.
O importante é viver. Gostei
Muito bom, Jowilton!
Mas caberia mais um verso pelo menos. (Um bloco de versos… parágrafo… sei lá o nome que isso tem nos poemas rsrs)
kkkkkkkk um bloco de versos se chama ‘estrofe’
Estrofe!!! Estava tentando puxar esse nome na memória, lá das aulas de literatura do primeiro colegial 😀
Quase comecei a beber, mas aí percebi que não sou de beber.Gostei do poema curto mas pleno em sensações. Bela tentativa.
Melancolicamente maldito!
Adoro essa coisa existencial etílica.
Acredito que a vida é curto, mas uma só é suficiente.
Parabéns, Jowilton!