EntreContos

Detox Literário.

Crepúsculo em Tons de Cinza (Jefferson Lemos)

ffff

Olho para o céu tempestuoso e tudo que consigo sentir são os pingos de chuva. Queimam como ácido e encharcam como a verdadeira água.

Tudo aqui é tão cinza, sem vida e sem esperança. Não sei há quanto tempo estou aqui. Talvez eu tenha chegado há alguns minutos atrás, ou até alguns anos. Caminho por entre essa selva de pedra e sinto como se já conhecesse os rostos que vagueiam sem destino.

O cheiro de morte e uma aura negra cercam as pessoas que perambulam de um lado para o outro neste lugar. É como se um anjo negro estivesse montado em cada um, observando e fazendo a contagem. “Ei, é sua vez, podemos ir.”

Eu tenho medo.

O tempo parece uma eternidade, e sinto que ficarei aqui para poder desfrutá-lo. Por mais que eu não queira.  Não me lembro de como vim parar neste lugar, e nem o porquê. Sinto que deveria estar preocupado com alguma coisa, mas de alguma forma não estou. Às vezes me sinto até confortável. Vejo muitos outros como eu, mas nunca me interessei em saber qual o motivo de estarem aqui, aproveitando esse momento de agonia e dor.

Eu vejo um homem. Ele permanece sentado no centro de tudo. E dentro de seus olhos, eu consigo ver algo diferente, algo que não consigo perceber por aqui, nem em mim e nem em ninguém. Vejo algo muito parecido com vida.

Uma figura interessante, que emana uma vitalidade e um cheiro doce de esperança e renascer. Não fala, não dorme, não anda e nem se mexe. É como uma estátua.  Mas eu sei que é real, de carne e osso. E assim como eu, todos sabem. Ele tem asas e segura uma espada.

A névoa por trás das grades que nos prendem, é algo constante.  Através delas, consigo enxergar um mundo de cores. Um mundo onde pessoas riem, correm e vivem. Um mundo que um dia pertenceu a mim, e hoje já é um passado distante e com um sabor desesperado de saudade. Mas já não me pertence, e nem pertencerá.

Aqui nunca escurece e nunca amanhece.  Sem lua e sem sol, um crepúsculo eterno em tons de cinza.  Um cinza carregado de chuva e certa tristeza, um tipo de solidão.  É um local inóspito e sem graça. Mas lá no fundo, sei que é o meu lugar. No fundo eu sinto que ninguém mais precisa de mim, e é assim que quero passar o resto dos meus dias. Sentindo a chuva no rosto e assombrando lembranças de entes queridos. Um fantasma monocromático, vagando à espera da eternidade.

Na entrada da cidade, existe uma placa de madeira, velha e bem desgastada, e nela é possível ver letras desbotadas de algo que um dia fora tinta preta, escrito a palavra “Necrópole”.

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63 comentários em “Crepúsculo em Tons de Cinza (Jefferson Lemos)

  1. Leandro B.
    15 de janeiro de 2014

    Confesso que esperava uma sátira (crepúsculo… 50 tons de cinza… entendeu ? hã?), mas me foi entregue um texto que fotografa uma interessantíssima cena de desesperança no pós-vida.

    Grata surpresa.

    Com esse conto o(a) autor(a) conseguiu me fazer querer mais do universo que ele criou, além de satisfazer minha leitura. É um bom trabalho, bom mesmo. Gostaria de ver esses elementos se repetindo e se encadeando em outros textos. Quero entender melhor esse pós-vida.

    Enfim, bom conto. Parabéns.

  2. Frank
    15 de janeiro de 2014

    Curto, mas o desespero do protagonista está tão bem descrito que fiquei torcendo para que o “ser” no centro o ajudasse. Ótimo!

    • Syoni's
      15 de janeiro de 2014

      Obrigado, Frank!
      Então, provavelmente irá acontecer algo após isso, só estou procurando a melhor forma fazer acontecer. Espero que um dia você possa ver como ficará.

  3. Pedro Luna Coelho Façanha
    14 de janeiro de 2014

    Triste, meio desesperador. Não achei tão bacana, mas tem o seu valor como texto curto.

    • Syoni's
      14 de janeiro de 2014

      Obrigado pela leitura, Pedro!

  4. Caio
    13 de janeiro de 2014

    Olá. É um quadro, quase. Acho que bem pintado, mas não é bem o que eu procuro em literatura. Ainda assim, um uso diferente da escrita, que cutucou meu cérebro de um jeito interessante. Tive umas ideias enquanto lia, então valeu também. Abraços

    • Syoni's
      14 de janeiro de 2014

      Olá, Caio.
      Bom, pelo menos deu uma cutucada no cérebro, já é alguma coisa. hehe
      Obrigado!
      Abraços.

  5. Tom Lima
    10 de janeiro de 2014

    É interessante.

    Consegue passar a ideia de vazio muito bem. Uma melancolia profunda também.

    Parece que era isso que o autor queria.

    Parabéns.

    • Syoni's
      10 de janeiro de 2014

      Obrigado, Tom!
      Fico feliz que tenha conseguido entender a mensagem. E realmente era essa minha intensão!

  6. Mariana Borges Bizinotto
    6 de janeiro de 2014

    Eu pensei que estava lendo a ambientação e quando achei que viria a história, acabou. Você escreve bem, tem capacidade para desenvolver melhor.

    • Syoni's
      10 de janeiro de 2014

      Obrigado, Mariana!
      Então, é o que eu falei para o Weslley, muito “nada” acaba enjoando. Se fosse maior, destoaria da mensagem que eu pretendia passar.

  7. Weslley Reis
    6 de janeiro de 2014

    Consegui entrar na história e admirei bastante a ambientalização. Apesar da cara de introdução, consegui captar a essência do nada, da nem sequer agonia propriamente dita.

    Além do que, foi uma forma original de abordar o tema.

    Parabéns.

    • Syoni's
      10 de janeiro de 2014

      Obrigado, Weslley!
      Fico feliz que tenha conseguido entender a mensagem do texto. Em relação à cara introdução é o seguinte: Se eu me alongasse muito, a mensagem não sairia da forma desejada, então eu quis apenas passar isso que você captou, o nada. Muito “nada” acabaria deixando o texto enjoativo e cansativo.

  8. Ryan Mso
    28 de dezembro de 2013

    Posso dizer que senti o mesmo que o Pedro. Me parece que faltou algo a mais… A ambientação é um ponto forte, mas eu fiquei com um sentimento de “quero mais” com a história. Porém também, entendi quase que como uma “introdução”, não sei se é o caso, porém foi o que me pareceu.

    De qualquer maneira, parabenizo à/ao autor (a), pelo trabalho, me parece de grande potencial!

    • Syoni's
      29 de dezembro de 2013

      Obrigado, Ryan.
      No início não era esse o caso, mas agora eu pensei melhor e estou pensando em usá-lo dessa forma, como introdução. Mas é o que eu falei, a ideia não era mostrar uma história longo, e sim uma monotonia eterna.

  9. Pedro Viana
    28 de dezembro de 2013

    Sacanagem. O conto é uma baita ambientação, mas infelizmente, resume-se a isso! Fiquei triste com o final repentino, acho que no fundo eu queria mais, embora eu tenha dúvidas se haveria caminhos por onde seguir. Apesar da brevidade, tenho que assumir que gostei dessa “introdução”. Parabéns.

    • Syoni's
      29 de dezembro de 2013

      Obrigado, Pedro.
      Então, é o que você falou. Não há muitos caminhos para onde seguir, mas não exatamente precise seguir a mesma linha. Já tenho um ideia para complementar esse conto. Mas o que eu quis passar com ele, era esse sentimento de nada, entende? O sentimento de não ter nada para fazer até seu julgamento, e sem ter escolha. A ideia era passar a angústia e monotonia.

  10. Paula Mello
    24 de dezembro de 2013

    Como disse anteriormente em outro comentário, sou fá de histórias que se passam em cemitérios.
    Mas a sua me surpreendeu pelo fato da escrita, em minha leitura viajei por alguns instantes ao universo descrito e consegui sentir a melancolia do ser. Você conseguiu passar sentimento, coisa que para mim e um dos maiores desafios para um escritor.
    Não nego que me fez pensar em como será a “vida após a morte”. 😉
    Um ponto que não me agradou foi o titulo,apesar de ter tudo a ver com o conto essas palavras ficaram um pouco marcadas,e para alguns até com uma imagem negativa. ( Com todo o respeito aos leitores que gostam desse tipo escrita,ok?!).
    Mas fora isso o conto esta de Parabéns, a ideia foi bem desenvolvida e estruturada de forma bem suave.
    Gostaria que tivesse uma continuação,mas creio que perderia um pouco da essência, está do tamanho ideal ,então me conforto. 🙂

    Meus Parabéns e Boa sorte!

    • Syoni's
      25 de dezembro de 2013

      Obrigado, Paula!
      Que bom que você conseguiu ver o verdadeiro objetivo do texto, e sentir o que eu tentei transmitir. Para um autor, não há nada melhor do que ver seu esforço sendo recompensado.
      E o título… bem, foi o que eu disse antes. Só porque esses nomes foram usados em certos livros, não quer dizer que eles sejam sinônimos do livros. Foi um título que achei condizente com o texto.
      De qualquer forma, muito obrigado e aceito sua boa sorte!

  11. Gunther Schmidt de Miranda
    24 de dezembro de 2013

    Após ler uma série de observações sobre os comentários por mim postados neste concurso e suas respectivas respostas (infelizmente) concluí que fui tomado de certa pobreza de espírito. Em certos momentos nem fui técnico, muito menos humilde. Graças aos comentários de Bia Machado, Syoni´s e Ricardo Gnecco Falco, al´me de tantos outros, peço perdão a este escritor pelo comentário até maldoso por mim remetido. Porém, a falha aos meus olhos apresentada, é apenas ser curto demais! Mesmo assim, um bom texto. Seu esforço e graça em nos presenteá-lo me dá esperança em apreciar sua próxima criação.

    • Syoni's
      25 de dezembro de 2013

      Obrigado, Gunther!
      Fico feliz em saber que você se redimiu com os colegas. Espero que possamos ter um ambiente amigável daqui para frente, e espero trazer um conto melhor para o próximo desafio.
      Obrigado pelo comentário e desculpas aceitas.

  12. Sandra
    20 de dezembro de 2013

    Escrita poética que revela um mundo perturbador: o umbral desbotado, destituído de esperança, de vida… Você mergulha e sente-se mal. Não porque seja assustador, mas porque revolve uma agonia, uma tristeza profunda, a miséria dos sentidos… A ausência de saída. Que inferno! Um tempo maior nessa energia e o leitor é abocanhado de vez.
    Muito bem escrito.

    • Syoni's
      23 de dezembro de 2013

      Obrigado, Sandra!
      Fico feliz que você tenha sentido o que eu realmente quis passar no texto. Mas não se deixe abater, mês que vem os fantasmas irão embora! rs

  13. Marcelo Porto
    20 de dezembro de 2013

    O umbral ou o purgatório pelos olhos de um fantasma. Só por isso o conto já vale a leitura.

    Mas como já foi dito, é apenas um fragmento. Eu gostaria de ver esse fantasma um pouco mais ativo, talvez questionando a sua condição, talvez querendo resgatar alguma pendencia da vida pregressa.

    Gostei, mas senti falta de um conflito que temperasse a narrativa.

    • Syoni's
      23 de dezembro de 2013

      Obrigado, Marcelo!
      Então, minha ideia foi essa. Trazer apenas um fragmento da eterna agonia. Agora já não resta mais felicidade, tristeza, amor, inveja, nada disso. Só agonia e resignação. Não adianta mais lutar ou se questionar, pois a eternidade é a espera e o desconhecido, o destino.

  14. bellatrizfernandes
    19 de dezembro de 2013

    É triste. É leve. É fácil. É poético.
    Na medida certa.
    Perfeito!

    • Syoni's
      19 de dezembro de 2013

      Fico feliz que tenha gostado, bellatriz!
      E fico mais feliz ainda por causar essa impressão no leitor.
      Obrigado!

  15. Jefferson Lemos
    19 de dezembro de 2013

    Não tenho o costume de gostar de contos assim, mas eu gostei desse!
    Achei legal esse sofrimento eterno do fantasma, a espera do desconhecido, sabendo que outras opções já não existem.
    Parabéns e boa sorte!

    • Syoni's
      19 de dezembro de 2013

      Fico feliz que tenha gostado e entendido a verdadeira mensagem por trás do conto.
      Obrigado!

  16. Inês Montenegro
    18 de dezembro de 2013

    O conto claramente foca-se num momento, apostando na transmição ao leitor do dito. No geral, gostei: do tom narrativo, do fantasma-narrador, da leveza e simplicidade com que pode ser lido, ao mesmo tempo que deixa vislumbrar a vida após a morte, sem dar a certeza de nada sobre o local – e o homem – em que se eles se encontram.

    • Syoni's
      18 de dezembro de 2013

      Obrigado, Inês!
      Fico feliz que tenha gostado. E caso não tenha gostado de algo, sinta-se a vontade para falar, estamos aqui para evoluir! 😀

  17. Pétrya Bischoff
    18 de dezembro de 2013

    O título me assustou, associei, lógico, àquelas porcarias da saga e daquela outra coisa horrorosa de tons de cinza. No entanto, me surpreendeu! Um dos melhores, entre os três ou quatro que realmente tomaram aqui.

    Não estou afim de fazer “críticas construtivas” pois penso que não há necessidade. Uma característica minha enquanto leitora é que não costumo “analisar ‘friamente'” o texto, ou mesmo com um olhar crítico apontar os erros, faltas ou defeitos -mesmo sabendo que aqui isso é importante e pontuado. Eu o leio e sinto. Sinto sinceramente. Não importa se há erros de ortografia (o que nem reparo, na verdade), ou mesmo se não apresenta sentido. O que importa é o arrepio que nos causa, a nostalgia de algo não vivido. A saudade do desconhecido. enfim, esse conto me passou tudo isso. Amei-o.

    Meus mais sinceros parabéns e boa sorte!

    • Syoni's
      18 de dezembro de 2013

      Fiquei até sem palavras agora. rs
      Como eu havia dito para o Ricardo, eu não esperava causar esse certo “impacto” nem tão cedo, então estou tão surpreendido com o feedback quanto você em relação ao título/conto.
      Só tenho a agradecer e ficar feliz por você ter gostado, e lhe desejar também boa sorte! 😀

  18. Bia Machado
    18 de dezembro de 2013

    Gostei da forma como foi escrito. Sem rodeios, em um tamanho bom para o que se propôs. Quanto ao título, não me incomodou, quem devia ser processada por usar a palavra “crepúsculo” é “aquela autora”, hahahaa, e adoro tons de cinza, apesar da banalização da coisa, rs! Quanto ao que acho que precisa revisar, já foi apontado por outros (há/atrás). Curti!

    • Syoni's
      18 de dezembro de 2013

      Obrigado, Bia!
      Ainda bem que não se incomodou, daqui a pouco até eu vou ficar incomodado e vou pedir pra trocar o título. hahaha
      Nada contra Cinquenta Tons, só não é minha praia. hehe

  19. Marcellus
    17 de dezembro de 2013

    Gostei do conto, apesar de achar que tudo ficou meio suspenso, perdido. Mas também concordo que é uma forma (até bacana) de eternizar um momento, o que no caso dos fantasmas, não precisa necessariamente ser “o nosso” momento.

    Parabéns ao autor.

    • Syoni's
      18 de dezembro de 2013

      De certa forma eu achei que ficou assim também, Marcelo. Mas depois parei pra analisar e acho que foi isso que aprofundou mais o texto, então não foi de todo ruim, certo? 😀
      Obrigado!

  20. Thata Pereira
    17 de dezembro de 2013

    Eu gostei muito. Como a Ana disse: tem o tamanho exato do que pretende passar. A associação do nome com os livros foi imediata, mas logo passou. Não vejo problemas nisso, pois vemos que a história se encaixa perfeitamente no título.

    Bem, e gostei do último parágrafo… rs’

    Boa Sorte!

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Obrigado, Thata!
      Ainda bem que a associação veio e passou logo. haha
      Fico feliz que tenha gostado, e eu também gostei do último parágrafo. rs
      Boa sorte para você também. Você está chegando perto de ficar entre os três primeiros, quem sabe esse mês, hein?? rs

      • Thata Pereira
        18 de dezembro de 2013

        Quem sabe um dia Syoni’s!
        Obrigada =)

  21. Syoni's
    17 de dezembro de 2013

    Agradeço a atenção de todos, e só gostaria de pedir que não julguem o título dessa maneira. D:
    Eu também não gosto do livro, nem um pouco! Mas acho que o título tem a ver com o conto, não é porque um livro que julgamos ruim tem um certo título, que todos os outros que tiverem serão ruins também. D:

    • Cácia Leal
      17 de dezembro de 2013

      Syoni´s, por favor, não se preocupe com o título. É uma questão pessoal da minha parte. Talvez seja porque não seja uma boa época para usar essa expressão, por causa do livro mesmo e pelo esgotamento das expressão que hoje se tem por todo canto. Mas o resto, está muito bom. Parabéns!
      Ah… e ignore o Gunther. Ele não sabe o que diz. É só ver o comentário dele nos demais textos comentados. Ele não sabe o que é um texto bom de verdade, ele não tem noção do que é uma estrutura moderna de um conto. Ele não sabe que, modernamente, não existe mais essa estrutura padrão de conto, que “tem” que ter localização temporal e espacial. Isso é coisa do século retrasado! Sou professora de língua e literatura, além de revisora de texto, há mais de 15 anos. Os textos modernos são um recorte do tempo e espaço, sem marcação qualquer, que deixa o leitor livre para decidir onde e quando deseja colocar o personagem, que deixa livre a escolha do tipo de roupa que ele usa e como ele se comporta. Enfim, o verdadeiro escritor é aquele que inclui o leitor em seu texto e o deixa livre para viver a história do seu modo.
      E eu aprendi isso aos 15 anos, com meu tio-avô, que também era escritor.
      Continue escrevendo. Vc está indo muito bem.

      • Syoni's
        17 de dezembro de 2013

        Entendo Cácia, só achei mesmo que tinha a ver com o texto, e não tinha nenhum outro em mente. haha
        Relaxa, um pessoa que faz uma crítica dessas, não merece atenção. Um escritor não age dessa forma, então podemos dizer que com certeza ele não é um.

  22. Ana Google
    17 de dezembro de 2013

    Gostei do texto, é fluido, bonito, agradável de ler. Tem o tamanho exato para a mensagem que passa. Mas eu acho que infelizmente ficará ofuscado por outros textos nesse desafio!

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Obrigado, Ana.
      O que importa é que de alguma forma, mexeu com os leitores!
      Se eu pudesse eu teria feito algo mais elaborado, mas houve imprevistos. :/
      De qualquer forma, estou sendo bem recebido, e isso já é uma vitória! ;D

  23. Gunther Schmidt de Miranda
    17 de dezembro de 2013

    Mais um texto sem espaço ou tempo… Um texto em primeira pessoa… Um texto que de tão curto, quando começa a causar esperanças de melhorar, acaba!
    Para ser promovido ao título de “Horrível” deve evoluir muito!

    • Bia Machado
      17 de dezembro de 2013

      Aguardo ansiosa pra descobrir qual é o seu texto no desafio, Gunther. Deve ser um primor… Não me leve a mal, mas cansa ver você só atentando para coisas que não têm nada a ver com o que o desafio propõe: comentários pertinentes a fim de auxiliar o autor do conto a melhorar cada vez mais a sua escrita, se for o caso.

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Obrigado, Gunther.
      Sinto muito te dizer isso, mas infelizmente não levei seu comentário em consideração. Um pouco de humildade e profissionalismo lhe cairia bem.
      Pense nisso.

    • Ricardo Gnecco Falco
      18 de dezembro de 2013

      Cara, você não merece… Mas eu vou fazer uma confissão aqui. No último Desafio, “noir”, deixei de votar em seu conto (que até tinha gostado, por estar dentro da temática proposta) justamente por causa das rebatidas que você (ainda enquanto pseudônimo) dava nos comentários dos colegas (inclusive, somente “comentou” seu próprio trabalho).
      Achei uma atitude tão despreziva, que por um tempo até cheguei a cogitar que você estivesse se “travestindo” do personagem-narrador de seu conto no referido Desafio, assumindo aquele “tom de cinza” característico do noir.
      Mas, não…
      Depois, para profundo pesar meu enquanto escritor e ser humano, vi que aquele “personagem” dos comentários era mesmo o criador. O escritor. A pessoa.
      Pena, mesmo… Pois você até que escreve bem (ia até levar o meu 10º lugar), mas… Não dá. Pra mim, não dá mesmo. Respeito, humildade, humanidade… São essenciais.
      Espero que um dia consiga enxergar isso e evoluir. Sinceramente…
      😉

  24. Cácia Leal
    17 de dezembro de 2013

    Eu gostei do último parágrafo, Gustavo! Gostei da simplicidade do conto e gosto muito de metáforas. Achei um conto simples, de fácil leitura e que flui. Me faz imaginar o filme “Cidade dos Anjos”. Devem ter muitos desses entre nós, neste exato momento. Só não gostei dos “tons de cinza”, remete ao livro que todos sabem qual é e que não gosto pela temática sado-masoquista. Talvez, se tirasse essa relação, eu teria gostado muito mais.

    • Ana Google
      17 de dezembro de 2013

      Cacia, o tons de cinza também me incomodou MUITO! Rsrsrs!

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Obrigado, Cácia.
      Então, esse conto foi algo para não passar em branco no desafio.
      Surgiu uns problemas e não teria como eu participar, então aproveitei a primeira chance que tive e fiz um pequeno e humilde texto para participar. Vai que cola!?
      Quanto ao título… Sei que o nome está meio queimado, mas acho que caiu tão bem no conto. haha

  25. Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
    17 de dezembro de 2013

    Metáforas são a minha praia, mesmo que às vezes me afogue e engula o sal do excesso. No entanto, encontrei alguns “lugares bem comuns” no conto misturados a destinos totalmente desconhecidos. Só o tamanho do texto já é um alívio imediato, mas se é curto engana quanto à profundidade. O leitor afunda o pé na narrativa nas primeiras palavras e vai descendo. Para desempatar a questão do último parágrafo, concordo com o Ricardo. Fico com ele, digo, fico com o parágrafo…rs. Boa sorte!

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Obrigado pelo comentário, Cláudia.
      Imaginei que você gostaria de um texto assim, sei que sua praia são os textos pequenos e recheados de bons diálogos. haha
      Mas essa questão de afundar o pé, é bom ou ruim? rs

      • claudia roberta angst CRAngst
        17 de dezembro de 2013

        Olha, eu estava justamente relendo meu comentário e achei que estava mesmo dúbio. Falha minha,sorry.
        Eu quis dizer que o leitor pode se enganar ao se deparar com um conto curto e considerá-lo pouco profundo. Não é o caso aqui. Suas palavras puxam o leitor como areia movediça. Foi um elogio. 🙂

      • Ricardo Gnecco Falco
        18 de dezembro de 2013

        Merecido! (o elogio)
        . 😉 .

      • Syoni's
        18 de dezembro de 2013

        Agora está esclarecido! rs
        Fico feliz por ter causado certo impacto no leitor, acho que é esse o objetivo de todo escritor.
        Mês que vem virá outro desafio e espero melhorar meu nível, com a ajuda de vocês, é claro. rs

  26. Ricardo Gnecco Falco
    17 de dezembro de 2013

    Não gostei muito das metáforas, principalmente as do início (chuva X ácido / morte X aura negra). Achei um pouco forçado demais.
    Contudo… Gostei da temática (bem) diferente. O tipo de fantasma que, diria, talvez seja o mais inanimado dentre todos os que já vi por aqui. E olha que já vi muitos…! 😉
    Diferentemente do nosso anfitrião aí embaixo, se não tivesse o último parágrafo acho que eu não conseguiria fazer o “link”, necessário para entender do que se trata.
    Bem… É isso! Boa sorte no Desafio!

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Então, Ricardo.
      Vou te falar que esse texto foi uma surpresa pra mim. Eu não tenho o costume de fazer contos dessa forma “profunda”. E até gostei do resultado, apesar de muitas vezes não gostar de textos assim, mas mais pelo gosto mesmo.
      Eu tentei dar um tom sombrio para a trama, uma agonia no qual o protagonista se vê, e sabe que não tem escapatória. Algo com que ele aprende a conviver, mesmo sendo ruim.
      Mas, é isso ai, te desejo boa sorte também, e aceito a sua, pois vou precisar. haha
      Abraço!

      • Ricardo Gnecco Falco
        18 de dezembro de 2013

        Legal, Syoni’s! Está no caminho certo, pode ter certeza, irmão! 😉 Não apenas por sua produção literária, mas também por seu posicionamento enquanto escritor e participante de um Desafio de escrita juntamente de outros escritores. Vi (li) o embate mais acima com o Gunther (e como cai bem este nome para ele, não? Rs! O cara atira pra todo lado, como uma metralhadora desregulada – duplo sentido aqui, please!).
        Conforme os/as digníssimos/as colegas já se colocaram também em sua defesa, aproveito o espaço também para agradecer a oportunidade que me deu, permitindo ler sua obra aqui neste Desafio; e saiba que desejo-lhe mais do que sorte, pois esta você não precisa (já destacando-se entre os inúmeros textos daqui exatamente pela originalidade do Fantasma que apresentou em sua obra!). Desejo-lhe sim, SUCESSO! Pois, deste você é merecedor!
        Forte abraço,
        Paz e Bem!
        . 🙂 .

      • Syoni's
        18 de dezembro de 2013

        Nunca recebi elogios dessa forma e fico até sem jeito para responder. haha
        Vou te confessar que eu não esperava receber todas essas boas críticas e elogios nem tão cedo! Acho que tenho muito a evoluir (vide o último desafio), e fiquei impressionado como consegui algo tão além do que esperava, com um texto tão simples e humilde. rs
        Espero poder estar sempre participando aqui entre os amigos e espero ver você por aqui sempre!
        Quanto ao Gunther… Sua comparação foi perfeita! hahaha
        Abração! 😀

  27. Gustavo Araujo
    17 de dezembro de 2013

    Como reflexo de um momento está bem escrito. Fora o uso de “há alguns minutos atrás” não enxerguei outros erros. O texto é rápido, fluido e bonito. O contexto onírico permeia todas as linhas, junto a uma aura poética bastante sensível. Eu apenas tiraria o último parágrafo.

    • Syoni's
      17 de dezembro de 2013

      Podemos dizer que é uma evolução, Gustavo.
      Eu venho tentando corrigir meus erros em cada texto que faço, e cada vez mais eles vem em menor número. Estou vendo o dia em que escreverei sem errar nada. haha
      Ah, eu gostei do último parágrafo, fiz ele com a intenção de dar um “link” com o resto do texto. Mas de qualquer forma, agradeço o comentário e prometo algo melhor na próxima.

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Publicado às 16 de dezembro de 2013 por em Fantasmas e marcado .
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