EntreContos

Detox Literário.

O Pesadelo Mais Profundo (Leonardo Jardim)

Tina corria aterrorizada pelas ruas escuras. Por entre as brumas, surgia uma figura de chapéu, sorrindo sarcasticamente.

— Por favor, Deus! — ela implorou, assustada.

— Isso — o homem disse, levantando a mão direita vestida numa luva de couro com enormes lâminas nos dedos — que é Deus.

Ela correu na direção oposta, mas esbarrou justamente na criatura de rosto queimado de quem fugia. Não era possível que ele galgasse essa distância em tão pouco tempo. 

O homem levantou a mão esquerda, como um mágico prestes a realizar um truque.

— Olha isso — disse, para em seguida decepar dois de seus dedos. 

Enquanto um sague esverdeado esguichava, ele exibia um sorriso travesso no rosto desfigurado, sem demonstrar dor.

Tina gritou bem alto e tentou correr, mas a criatura a segurou, derrubando-a no chão. Subiu sobre a menina, com seu imundo suéter listrado de vermelho e verde. Durante a luta, as lâminas rasgavam a camisola que ela vestia e, também, sua carne. Ela, desesperadamente, empurrou o rosto terrível que tentava beijá-la, mas acabou arrancando-lhe a pele. Por debaixo, uma caveira gargalhava esganiçada.

— Pare! — exigiu uma voz que vinha da névoa. O homem sorriu, com a pele queimada cobrindo-lhe novamente o rosto.

Um vento dissipou o nevoeiro e revelou uma jovem mulher de olhos decididos.

— Hummm… — ele lambeu os lábios. — Adoro um ménage.

O homem, então, levantou-se e agarrou Tina, ameaçando-a com as garras no pescoço.

— Vem, menina. Vem brincar com o Freddy.

— E se eu não quiser? — a jovem perguntou, com sorriso irônico.

Ele reparou, então, que segurava apenas um manequim. 

— Quem é você? — perguntou assustado, enquanto estraçalhava a boneca de plástico.

— Eu tenho meus truques — a jovem brincou, colocando-se à frente de Tina, de forma protetora.

— Ah! Mas também tem medo, né? — ele perguntou, retomando a expressão brincalhona. — Todo mundo tem. 

— Tina, acorda! — a jovem pediu.

— Como? — ela perguntou, confusa.

— O que você teme? — Freddy continuou. — É de mim que tem medo — Seu rosto havia mudado, adquirindo a forma de um homem magricelo e barbudo. E o suéter listrado agora era uma camisa desbotada, daquelas compradas em lojas de suvenires —, Ariadne?

— Como…? — Ariadne hesitou.

— Não é só você que tem os seus truques — ele zombou.

— Maldito! — ela berrou. Lágrimas escorrendo pelo rosto. — Tina, acorde agora! — exigiu.

— Venha, pequena, não vou machucá-la — o homem barbudo se aproximou. — Tenho certeza de que vai gostar.

O ambiente ao redor havia mudado. Estavam agora num quarto de papel de parede rosa com enfeites de flores. Ariadne agachou-se num canto, agarrando-se com força à sua boneca de pano. Freddy, então, recuperou sua forma desprezível e cravou as garras no ventre de Tina, rasgando-a por dentro.

A menina berrou desesperadamente, enquanto o assassino sorria e a arrastava, pintando a parede com o sangue que jorrava.

Ariadne abriu os olhos. Estava no quarto de Tina. Um fino tubo pendia de seu braço, ligado a um dispositivo largado no chão, dentro de uma maleta prateada. Uma outra ponta do tubo balançava pelo ar, ligado à adolescente que estrebuchava-se pela parede, como se movida por uma força invisível. O namorado dela assistia a tudo aterrorizado. Depois de um longo instante de agonia, seu corpo tombou aos pés de Ariadne, que observava a cena perplexa.

Com os olhos inchados de lágrimas, ela retirou uma pistola da cintura, apontou para cabeça e atirou.

***

— Quem era esse cara, Miles? — Ariadne perguntou, após despertar e contar ao tutor a terrível experiência. — O que ele era?

— Provavelmente uma projeção do subconsciente de Tina — o homem, que exibia todo o peso da idade em suas feições, respondeu em tom acadêmico.

— Mas ele sabia coisas… — ela hesitou. — Coisas sobre mim que ninguém mais sabe.

— Só você estava compartilhando sonhos com ela, Ariadne — Miles disse, observando a jovem loira que jazia num leito hospitalar ligado a diversos aparelhos. — Ou era parte do sonho dela, ou do seu.

— Não pode ser — disse, pensativa. — Ele tinha o controle, Miles. Matou ela no segundo nível e refletiu no primeiro.

— Isso é incomum — ele sempre mantinha seu tom professoral. 

— E, mesmo após morrer nos dois níveis, ela não despertou. 

— Algo assim só costuma acontecer quando a sedação é muito forte — ele recordou. 

— Eu sei disso, lembra? — ela reclamou, aborrecida. — Mas ela tomou a mesma coisa que eu. Tenho que pegar esse Freddy. Ele é a chave.

— Não torne isso pessoal, Ariadne — Miles advertiu. — Você sabe como é perigoso.

— Preciso voltar lá — ignorou-o. — Me ajude a conectar nessa aqui. Qual o nome dela? — leu o prontuário. — Nancy Thompson. 

O tutor a observou preocupado. Olhou, então, para a ala hospitalar em que estavam. Dezenas de pessoas jaziam em coma há anos por um motivo desconhecido. Ariadne era sua última esperança. Sua melhor aluna. Muito mais do que ele fora um dia.

Abriu a maleta prateada que continha o dispositivo que ele havia ajudado a projetar há tantos anos. Puxou um tubo e conectou a extremidade com a agulha na adolescente de cabelos cacheados deitada inerte em seu leito. Sua determinada discípula já havia se conectado e procurava uma posição confortável na cadeira ao lado.

Assim que se ajustou, acenou para que Miles iniciasse o processo. Ele sorriu, mas sem alegria. Desejou boa sorte e pressionou o botão. Ariadne observou o Somnacin colorindo o tubo de azul serpenteando o caminho até seu braço. A droga, que permitia o compartilhamento de sonhos, misturou-se à sua corrente sanguínea. Fechou os olhos e adormeceu.

***

Encontrou a adolescente saindo às pressas da escola, com expressão assustada.

— Nancy — chamou.

— Que… quem é você?

— Meu nome é Ariadne. Eu sei sobre o homem que a persegue nos seus pesadelos.

— Como? — a adolescente perguntou, segurando uma queimadura no braço.

— Eu posso derrotá-lo. Mas preciso de sua ajuda.

— Quem é ele? Como você sabe?

— Calma, já vou te responder tudo isso. Vem comigo.

Nancy estava sendo aterrorizada por Freddy há dias e sabia que ele havia sido responsável pela morte de Tina. 

Após algumas explicações superficiais — Ariadne não contou, por exemplo, que Nancy estava em um sonho causado por um coma —, as duas combinaram de se encontrarem à noite. Elas precisavam que alguém operasse o dispositivo e, por isso, chamaram o namorado de Nancy, Glen.

Após inventar uma desculpa para seus pais, elas se conectaram ao dispositivo e contaram apenas o superficial ao rapaz, que acabou tendo seus planos íntimos bastante frustrados.

— Se a gente começar a gritar, acorde a gente de qualquer jeito — advertiram o rapaz, que apenas concordou com a cabeça, assustado, antes de apertar o botão. 

No instante seguinte, as duas ainda se encontravam no mesmo quarto, mas tudo estava mais escuro e sombrio. As luzes piscavam e elas ouviam sons vindos do corredor.

— Fique atrás de mim.

Passos se aproximavam cada vez mais da porta e elas mantinham-se atentas. Mas, ainda assim, Nancy começou a gritar.

Ariadne olhou para trás e viu Freddy segurando a menina com as lâminas em seu rosto, ameaçando-a.

— Que bom que voltou — o assassino disse, zombeteiro.

— Quem é você, Freddy? — Ariadne perguntou, aproximando-se. 

— Ora, ainda não descobriu? Sou seu pior pesadelo.

— Mas quem é o homem por trás dessas queimaduras? 

— Se quer saber o nome do seu assassino — ele iniciou, ainda sorrindo. — Freddy Krueger, ao seu dispor — retirou o chapéu num simulacro de cumprimento.

Quando o colocou de volta à cabeça, percebeu que a casa ardia em chamas. 

— Tem medo de fogo, Freddy? — Ariadne brincou, observando o pânico do algoz.

Nancy aproveitou o momento e injetou uma agulha na criatura que há pouco a ameaçava. Dela pendia um tubo cirúrgico ligado a uma maleta prateada largada no chão. A outra extremidade estava conectada a Ariadne.

— Pare! — Freddy gritou. — Não pode fazer isso!

Nancy ignorou os apelos do assassino, dirigiu-se à maleta e, determinada, apertou o único botão no centro do dispositivo.

***

Estava no inferno. Chamas ardiam por toda parte, o céu era escuro com nuvens vermelhas como feridas abertas. A terra era feita de pedras negras e rios de lava vertiam de montanhas que se elevavam tão escuras quanto a alma dos condenados. 

Este é o terceiro nível”, Ariadne pensou. “O sonho dentro do sonho dentro do sonho”. A cada descida, a realidade se tornava mais distante e menos palpável. Era fácil se perder.

Criaturas demoníacas aladas voavam por todo canto e muitas a encaravam. “Sabem que não pertenço a este lugar”. Ela caminhou à procura de Freddy e acreditava que ele estaria no local para onde os rios de lava se encaminhavam. Conforme avançava, mais demônios a acompanhavam, observando-a com ira no olhar.

Quando percebeu que eles estavam prestes a atacar, ela começou a correr. Centenas, talvez milhares de criaturas infernais voaram a seu encalço, num terrível enxame vermelho. Ela, sabendo que não tinha mais como se manter incógnita no sonho de Freddy, resolveu usar suas habilidades sem restrição. Um buraco abriu sobre seus pés e ela correu pela caverna que se escavava instantaneamente à sua frente. Os demônios continuaram a perseguição, mas apenas um podia segui-la por vez.

De tempos em tempos, a caverna se bifurcava e Ariadne escolhia um dos caminhos. O enxame infernal, sem saber qual dos túneis seguir, dividia-se na tarefa de persegui-la. 

Depois de quase uma hora correndo pelo formigueiro infernal que havia construído, Ariadne parou. Não havia mais demônios atrás de si. À sua frente, o caminho subia à superfície. Ela sorriu constatando que conseguira prender os demônios em seu labirinto paradoxal.

Percebeu, então, que encarava um imenso oceano flamejante. Um homem berrava enquanto queimava eternamente no mar de fogo. Ariadne imaginou uma corrente de ouro nas mãos com um arpão na ponta. Mediu o peso da nova arma admirando sua beleza. Calculou a distância e arremessou. A lança dourada cravou no homem, trespassando-lhe o peito. Enquanto ele berrava ainda mais forte, ela o arrastou aos seus pés. 

— Não pode fazer isso — o homem nu, com queimaduras por todo o corpo, reclamou.

— Se você sonha, não é uma projeção do meu subconsciente — ela observou a criatura aos seus pés, igual, mas tão diferente daquela que antes a amedrontava. — Quem é você? — ela removeu o arpão de seu peito, manchando a terra negra de sangue. — Quem é o verdadeiro Freddy Krueger?

O céu se fechou e paredes com papel rosa enfeitadas de flores subiram ao redor, trancando-os naquele quarto infantil. O homem não estava mais queimado, nem mesmo machucado, e sorria malignamente por trás de uma barba espessa.

— Não. Esse não é você — ela afirmou.

Agora ele vestia um suéter listrado de vermelho e verde. As flores rosas que enfeitavam o quarto haviam se transformado em nuvens azuis e estrelas amarelas. Não tinha mais barba e usava um chapéu.

— Esse, sim, é você.

No canto, uma criança. Um menino de, no máximo, quatro anos. Freddy ainda não tinha o rosto queimado, mas carregava facas nas mãos.

Ariadne fechou os olhos. Não suportaria ver a cena. Mas os sons que ouviu penetraram em sua mente como garras afiadas destruindo sua alma. A imagem que formou em sua memória a perseguiria por todas as noites desde então. 

A janela explodiu em milhares de cacos que brilhavam à luz de tochas. Freddy fugiu, deixando pegadas de sangue pelo caminho. No instante seguinte, estavam em um depósito. Centenas de galões com algum produto químico se equilibravam um sobre o outro.

Do lado de fora do galpão, um grupo gritava, xingava e tentava arrombar as portas. O assassino escondia-se entre os galões.

— Esse é seu pesadelo — Ariadne concluiu, observando enquanto os portões tombavam num estrondo que ecoou por toda a escuridão.

Cerca de dez pessoas invadiram o depósito, algumas com tochas em punho. Um homem se adiantou e, com um taco de beisebol, acertou Freddy na testa. Os outros vieram em seguida. 

Ela ouviu, então, um grito muito alto e agonizante. O homem com taco de beisebol havia desabado sobre os tonéis, com as entranhas escorrendo para fora da barriga aberta. Um líquido azulado despejou do barril e espalhou pelo chão. Freddy havia se levantado, com uma faca em cada mão pingando de sangue. No rosto, aquele sorriso cruel e zombeteiro. Ele se deliciava com a morte. Sua cabeça sangrava muito, mas ele não parava de golpear os agressores. Um a um, todos iam caindo aos seus pés.

O último que havia sobrado, assustado com a matança, olhou para Ariadne implorando por ajuda. Mas ela nada podia fazer. Era um sonho, uma lembrança. A ele, então, restou ameaçar Freddy com a tocha. 

— Você não devia mexer com fogo — o assassino brincou, empurrando uma pilha de galões para cima do homem.

Só então Ariadne conseguiu reparar nos tonéis, que tombavam como peças de dominó. “Somnacin”, era o que estava escrito em todos eles. “A droga do sono”. Um segundo depois, tudo explodiu numa enorme chama azul.

***

— Encontraram ele — disse Miles, entrando em seu quarto.

— Onde? — Ariadne perguntou, levantando-se num salto.

— Num hospital do outro lado da cidade. Na ala de queimados – ele contou. 

— Mais alguém sobreviveu àquela explosão?

— Só ele.

— E a empresa abafou o caso, né?

— Eu não me envolvo nessa parte, Ariadne. Você sabe que só me preocupo em ajudar.

— Nem todos são tão puros como você, Miles — alfinetou. — E as meninas? Despertaram?

— Não — olhou para a discípula, com o velho ar professoral. — Foi a fumaça da que explosão as colocou em coma. Por isso partilhavam o mesmo sonho. 

— Eu disse que Freddy era real. Ele é a chave — ela afirmou e ele concordou. — Ele as mantém em coma.

— Mas não sabemos como despertá-lo.

— Eu sei uma forma — afirmou. — Me passa o endereço.

— Ariadne, querida. Você fez um ótimo trabalho — disse, com compaixão. — Deixe essa parte conosco.

— Eu descubro sozinha — ela o ignorou e saiu.

***

“Frederick Charles Krueger” era o nome no prontuário. O rosto queimado era exatamente como nos sonhos. Quem visse apenas aquela expressão serena, não poderia imaginar o quão cruel e sádico era essa criatura.

— Você é parente dele? — uma enfermeira perguntou.

— Só conhecida — Ariadne respondeu.

— Ele está assim há anos e nunca recebeu visita — ela entregou-lhe uma prancheta. — Se incomoda de assinar uns papéis?

— Não, tudo bem — pegou a papelada, com olhos úmidos.

— Vou deixá-los à sós — a enfermeira se retirou.

Ariadne o observou ali, destruído, imóvel. Indefeso. Como uma criança pequena num quarto com papel de parede colorido. Não era barbudo nem magricelo com camisa desbotada comprada em loja de suvenires. Mas era tão cruel quanto — talvez mais. Mesmo nesse estado, era capaz de causar medo e dor.

Era no sonho dele que todos estavam presos. Tina, Nancy, Glen e tantos outros. Miles disse que para acordá-los precisaria despertar esse monstro. 

Mas havia outra forma. 

Uma lágrima escorreu pelo seu rosto de Ariadne. Não estava feliz. 

Precisava ser feito. 

E ela fez.

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16 comentários em “O Pesadelo Mais Profundo (Leonardo Jardim)

  1. Andreas Chamorro
    12 de setembro de 2020

    Uma mulher que pode entrar no mundo dos sonhos enfrenta Freddy Krueger

    Olá, Dom! Que surpresa seu texto! De primeira torci o nariz com medo de ser um conto muito genérico por conta de ser uma fanfic de A hora do pesadelo, e qual não foi minha surpresa quando notei se tratar de um conto muito bem escrito! Mesmo que eu desconhecendo a obra usada para fazer o cross-over eu apreciei demais o enredo, o gato da protagonista “viajar” pelo mundo dos sonhos é muito interessante, outro aspecto desta que despertou minha atenção fora o fato de ser muito destemida, principalmente quando enfrenta Freddy. Você domina a narração muito bem e o efeito que causou no leitor com o “arrependimento” de Ariadne ficou ótimo. Em relação á gramática não encontrei nenhum erro, mostrando que o texto fora bem revisado.

  2. Daniel Reis
    11 de setembro de 2020

    1. O Pesadelo Mais Profundo (Dom Cobb)
    Original: Freddy Kruger
    Resumo: Ariadne é a caçadora do bandido FK dos sonhos das pessoas. Com a ajuda de Miles, seu tutor, e do aparelho de conexão, entra no sonho de Nancy, que está em coma, para derrotar o psicopata. Nesse sonho, ela entra no sonho de Freddy e entre imagens oníricas, descobre as coisas que o fizeram ser assim, e que ele estava em coma em outro hospital, onde ela vai em busca dele – para matá-lo?

    Comentário: Nunca fui muito ligado ao universo do terror em questão, mas acho que o conto conseguiu capturar em essência os principais elementos. Está bem narrado e construído, apenas o final que eu considerei muito aberto, não deixa que se tenha certeza de que ela realmente acabou com ele. Parabéns a(o) autor(a)!

  3. Fernanda Caleffi Barbetta
    10 de setembro de 2020

    Resumo
    Freddy Krueger, de a Hora do Pesadelo, prendia jovens em seu próprio sonho enquanto estava em coma. Uma das jovens, Ariadne, tenta descobrir quem era Freddy e o porquê de aparecer nos sonhos das pessoas para mata-las. Com o uso de uma tecnologia que faz com que as pessoas compartilhem sonhos, ela tenta desvendar o mistério. Ao final, descobre que Freddy estava em coma e entendo que o tenha matado para libertar os demais.

    Comentário
    Gostei que tenha trazido um conto com o Freddy, um personagem que me aterrorizou durante minha infância. Muito boa a sua ideia do equipamento de compartilhar sonhos, excelente em um conto que trata dos pesadelos. O conto prendeu minha atenção por ser muito criativo.
    O uso exagerado de verbos dicendi após os diálogos deixou o texto um pouco cansativo. Muitos deles podem ser eliminados sem prejudicar o entendimento.
    A trama é muito boa, como já disse, a sua ideia foi bastante interessante, mas deu a impressão de que ela estava completa na sua cabeça, mas ficou um pouco incompleta no papel. Acho que faltou nos situar um pouco mais no cenário, deixar mais claro onde estava cada pessoa. Tina, por exemplo, some quando surge o manequim, mas não sabemos onde está. No quarto, você situa Ariadne, mas não sabemos onde está Tina até Freddy rasgar seu ventre.
    “Durante a luta, as lâminas rasgavam a camisola que ela vestia e, também, sua carne. Ela, desesperadamente, empurrou o rosto terrível que tentava beijá-la” – aqui, imaginamos uma cena de luta, com ele rasgando a carne de Tina, de repente, ela o empurra porque ele tenta beijá-la. Para mim foi uma quebra abrupta na cena.
    Ariadne abriu os olhos. Estava no quarto de Tina – não foi dito que ela estava de olhos fechados e se ela se agachou com a boneca num canto, pressupomos que ela já sabia onde estava.
    “dispositivo largado no chão, dentro de uma maleta prateada” – Confuso. Largado no chão ou dentro de uma maleta?
    “O namorado dela assistia a tudo aterrorizado”, o namorado de Tina não teve nenhuma participação na trama, talvez não fosse necessário citá-lo.

    Neste trecho:
    “Ele tinha o controle, Miles. Matou ela no segundo nível e refletiu no primeiro.
    — Isso é incomum — ele sempre mantinha seu tom professoral.
    — E, mesmo após morrer nos dois níveis, ela não despertou.” Ficou confuso para mim porque não entendi como ela soube logo ao acordar que Tina havia morrido nos dois níveis. Talvez seja falha minha.

    Destaque para este parágrafo, que gostei bastante: “Chamas ardiam por toda parte, o céu era escuro com nuvens vermelhas como feridas abertas. A terra era feita de pedras negras e rios de lava vertiam de montanhas que se elevavam tão escuras quanto a alma dos condenados.”

    Achei bem legal ter criado uma cena que falasse um pouco do passado de Freddy: “No canto, uma criança. Um menino de, no máximo, quatro anos. Freddy ainda não tinha o rosto queimado, mas carregava facas nas mãos. Legal tb o final que trouxe uma explicação para o fato de estarem todos em coma.
    Ariadne fechou os olhos. Não suportaria ver a cena. Mas os sons que ouviu penetraram em sua mente como garras afiadas destruindo sua alma. A imagem que formou em sua memória a perseguiria por todas as noites desde então. “

  4. Paulo Luís Ferreira
    9 de setembro de 2020

    Resumo: Uma FanFic espelhada nas famosas séries do personagem Freddy Krueger, onde aborda sobre uma Jovem vivendo experiências alucinatórias a base de algumas drogas psicodélicas, e ou, pesadelos. Vive numa mistura de sonhos e pesadelos com uma estranha figura que se metamorfoseia em diversas criaturas cada uma mais assustadora que a outra.

    Gramática: Sem grandes problemas de gramática, apenas alguns descuidos de digitação ficou mais perceptível, como este a seguir: (sague – Foi a fumaça da que explosão). No mais, sem problemas aparentes.

    Comentário Crítico: Sobre um das tantas séries de Freddy Krueger. Neste FanFic o autor desenvolveu sua performance literária com habilidade. O que demonstra grande conhecedor das tramas que permearam seus tantos roteiros. Invocando os demônios dos sonhos da personagem com maestria e o poder de tornar real os pesadelos das vítimas. Só percebi um pouco de confusão nas tantas idas e voltas das situações que se repetiam numa constância, o que prejudicou um pouco o entendimento do enredo. Mas no todo um bom trabalho.

  5. Jorge Santos
    8 de setembro de 2020

    Olá Dom Cobb. Gosto de contos de terror e segui alguns episódios da saga de Freddy Krueger. Este texto conta a história de uma jovem que tenta combatê-lo entrando nos pesadelos do próprio Freddy. Uma Matrioska ao estilo do The origin – não sei como se chamava este filme no Brasil. Achei este seu conto igualmente confuso e com alguma falta de emoção. É tudo excessivamente lógico e sentindo a necessidade de fechar a história – sem, no entanto, o chegar a fazer. Quando dizemos que “a personagem sabia o que tinha a fazer e fê-lo”, sem especificar ao certo o que foi feito, estamos a defraudar as expectativas do leitor que não se importa que o conto fique em aberto, mas não deve ficar com a indecisão da acção que a personagem ia fazer. É quase como se terminasse um conto com algo do género: “A Maria entrou no bar, sabia o que queria e pediu.” Sei que o mais certo era que ela tentaria provocar a morte do homem que estava em coma, mas esperava algo diferente.

  6. Leticia Oliveira
    29 de agosto de 2020

    Resumo:
    O conto se inicia com o embate entre Freddy Krueger, um vilão aterrorizante, e suas vítimas, só que o encontro acontece dentro de um sonho compartilhado. A personagem principal/mocinha da história é Ariadne, uma das personagens mais amadas de Inception/A Origem, que conta com a supervisão de Miles, seu professor. Ela tenta descobrir como Freddy prende as pessoas em seus pesadelos, até receber a informação de que houve uma explosão e a fumaça gerada deixou as pessoas em coma. Depois de encontrá-lo, ela tem a oportunidade de acordá-lo e assim tirar as vítimas do coma, mas ela decide acabar com o pesadelo de outra forma.

    Assim que li o título do conto e o pseudônimo, fiquei animada pra ler o conto, porque adoro Inception. O conto me prendeu do começo ao fim; as cenas de sonho foram bem descritas, de forma a transportar o leitor para dentro dele. Talvez pelo limite de palavras, algumas questões não puderam ser aprofundadas como deveriam.

  7. Anderson Do Prado Silva
    28 de agosto de 2020

    Resumo:

    Comunidade decide justiçar um assassino. Ocorre um incêndio, e alguns se vêm com a sequela do coma. Por meio de um dispositivo tecnológico, uma médica consegue se imiscuir nos sonhos alheios e descobrir a origem de traumas. Para solucionar tais traumas, ela terá que cometer um homicídio.

    Avaliação:

    (Autor, não leia o presente comentário como crítica literária, pois se trata apenas de uma justificativa para a nota que irei atribuir ao texto.)

    O autor possui bom domínio da língua e das técnicas de narração. É um escritor “pronto”.

    Não identifiquei erros graves de revisão.

    O texto é bastante dialogado, o que torna ele veloz. A linguagem é empregada em sentido majoritariamente denotativo. Os sucessivos mergulhos nos inconscientes, torna o enredo de difícil assimilação. Esse conto ficaria mais inteligível se fosse mais extenso.

    Parabéns pelo seu texto e boa sorte no desafio!

  8. Fabio Baptista
    25 de agosto de 2020

    RESUMO:
    Ariadne faz uma caça à Freddy Krueger, tentando salvar várias pessoas em coma, que estavam presas nos sonhos com o vilão.
    No final, descobre o paradeiro de Freddy e o mata para libertar as pessoas.

    COMENTÁRIO:
    Esse conto me pareceu bem melhor numa segunda leitura. Já tinha achado interessante a mistura entre A Hora do Pesadelo e A Origem, mas só agora percebi que as peças se encaixaram muito bem, inclusive o porquê de todos estarem presos no mesmo sonho (a explosão do composto do sono), que tinha me passado batido anteriormente.

    A escrita é muito boa na maior parte do tempo, apenas no começo teve duas frases que me incomodaram:
    – Olha isso — disse, para em seguida decepar dois de seus dedos.
    – Com os olhos inchados de lágrimas, ela retirou uma pistola da cintura, apontou para cabeça e atirou.

    Tipo, não estão erradas, mas ficaram um pouco ambíguas no momento da leitura (cortou os dedos de quem? atirou na cabeça de quem?) e deram uma travada até entender o que tinha acontecido nas próximas frases. O lance de atirar na cabeça, pra quem não assistiu o filme é até pior, imagino, para entender o que aconteceu ali.

    – Muito mais do que ele fora um dia.
    >>> esse “mais” não seria “melhor”?

    – as duas combinaram de se encontrarem à noite
    >>> encontrar

    História bem amarrada, atendendo ao tema, boa escrita. Apenas a ação ali no inferno soou mais como filler, sem passar muita emoção. E talvez o começo pudesse trazer um pouco mais do clima de terror.

    Bom conto no geral.

    NOTA: 4

  9. rsollberg
    25 de agosto de 2020

    O Pesadelo mais profundo (Dom Cobb)

    Resumo: Ariadne busca desvendar/resolver o mistério das pessoas que permanecem em coma. Para isso, infiltra-se nos sonhos e descobre que há similaridades entre eles. Todos possuem um mesmo medo. A protagonista encontra uma maneira de por fim nessa história, abrindo possibilidade para o despertar dos comatosos.

    Fala, Di Caprio.
    Incialmente, é preciso destacar a plena adequação a proposta do desafio. Aqui temos a junção de duas histórias consagradas por Hollywood: A Nightmare on Elm Street (A hora do pesadelo) e Inception (A origem). A combinação de personagens de ambas as histórias, criando uma mistura das duas. A comunhão dos gêneros dos títulos, ficção cientifica, suspense e terror, funcionou de maneira bem bacana.

    Os personagens foram bem aproveitados e facilitaram a visualização do leitor. Difícil não imaginar Ellen Page e Robert Englund nesse inusitado combate.

    A trama é bem elaborada e é construída em blocos. O autor optou por estruturar boa parte da história por intermédio de diálogos. Assim sendo, o texto ganhou agilidade, porém senti falta de diálogos mais afiados e melhor aproveitados. Um exemplo claro é a passagem em que Ariadne conversa com a enfermeira, onde ele acontece de forma protocolar sem muito acréscimo de informações. Ela diz que é “conhecida” e ainda assim a enfermeira deixa entrar, ou seja, seria melhor que dada a perspicácia da personagem ela entrasse de forma furtiva, até porque, ao que tudo indica ela irá se comprometer com um homicídio. No fim daria menos um personagem e menos um “furo” na cabeça de um leitor mais chato. Enfim, é apenas uma perspectiva.

    A linguagem direta e sem muitos floreios (uso de figuras de linguagem, descrições apuradas) serviu bem ao texto privilegiando a história em si. Daria pra fazer com algo esteticamente mais sofisticado? Não sei. Sei que assim funcionou. Não identifiquei erros de revisão, exceto na passagem final “Uma lágrima escorreu pelo ´seu rosto de Ariadne´. Não estava feliz.” Creio que o autor quis dizer “pelo seu rosto” ou “pelo rosto de Ariadne”. Aproveitando, penso que uma frase mais impactante do que “Não estava feliz”, que não é sinônimo de estar triste, daria um tom mais dramático a cena que estava por vir.

    A criatividade é algo que chama a atenção nesse trabalho. Juntar duas premissas sobre o sonho e entregar uma junção das duas é algo extraordinário. Aqui, porém, preciso mencionar que existe um episódio do seriado Rick and Morty bastante similar a história contada. Nesse referido capitulo também temos a união de Freddy e os conceitos do A Origem, inclusive investigando o passado e o período pré homicida do personagem, ou seja, o que deu origem a sua maléfica persona. Veja bem, em nenhum momento estou fazendo qualquer acusação ou sugestão de que houve cópia, o que digo é apenas que no quesito criatividade não teve tanto impacto em razão da anterioridade do ep (aqui o parâmetro é a ciência do leitor visto que o “Rick and Morty” foi lançado e esse conto é inédito, ainda que porventura tenha sido escrito há tempos).

    A imagem acaba dando um pequeno Spoiler, mas é linda e clássica!

    Por fim, creio que o conto cumpriu bem o seu papel de entreter, li tudo sem perder o foco, sem travar e compreendendo perfeitamente a história. Parabéns.

  10. Fheluany Nogueira
    25 de agosto de 2020

    Freddy ataca uma adolescente e Ariadne interfere. Não adianta, ele a mata. Então se descobre que se trata de uma experiência científica em que Ariadne (saudável) compartilha sonhos com a jovem que jazia num leito hospitalar ligada a diversos aparelhos. Ela se conecta a outra jovem, que tinha o mesmo pesadelo, para buscar pelo assassino que julga ser a chave de tudo. Descobre-se que ele também era um paciente, vítima de uma explosão com a droga que provocava os sonhos e a fumaça da explosão que colocou as jovens em coma. Por isso partilhavam o mesmo sonho. Precisaria despertá-lo para salvar os outros presos ao mesmo sonho. Ou matá-lo. Um final aberto a interpretações.

    Interessante o conto. Funciona melhor, claro, para quem assistiu a série de filmes de terror A Nightmare on Elm Street, em que Freddy é um assassino. Após ser queimado por pais vingativos, passa a atacar adolescentes em seus sonhos, matando-as no mundo real por tabela. Mas o pseudônimo sugere influência, também do filme de ficção científica A Origem. O protagonista Dom Cobb é especializado em extrair informações do inconsciente dos seus alvos durante o sonho.

    Uma trama de ação, futurista, complexa, inspirada nos conceitos de sonhos lúcidos e incubação de sonhos, tem o ritmo ágil e foi meio difícil de acompanhar na intercalação entre ação, diálogos e pensamentos. Ficou meio mecânico. Proliferam dúvidas no leitor, com a fronteira entre sonho e realidade, mesmo oferecendo pequenas dicas presentes nos diálogos, que servem como pistas para elaborar teorias.
    É uma boa narrativa sob o aspecto de entretenimento, mas depois que passa não deixa nada a pensar.

    Parabéns pelo trabalho e sucesso! Abraço.

  11. Rubem Cabral
    25 de agosto de 2020

    Olá, Dom Cobb.

    Resumo da história: Ariadne faz parte do grupo de Miles, pessoas capazes de penetrar nos sonhos de outras pessoas e tenta ajudar algumas moças em coma, que estão morrendo nos sonhos por serem atacadas por Freddy Krueger. Ao descobrir num sonho quem é Freddy, finalmente, Ariadne vai ao hospital onde o homem (que é o Freddy dos sonhos) está em coma, pois somente ao acordá-lo poderá salvar os comatosos ainda vivos.

    Análise do conto:

    a. criatividade. 4/5 – A “mistura” dos temas é imaginativa.
    b. personagens. 3/5 – Achei que os personagens estão poucos desenvolvidos. Ariadne é só uma boa moça de comportamento heroico, Freddy até ganha alguma camada quando se fala da infância dele, mas é quase só um vilão convencional.
    c. escrita. 2/5 – Há muito “contar” e pouco “mostrar”, o que rouba muito do envolvimento que seria possível com um conto que envolve mortes e dor. A revisão está bom, em linhas gerais, com poucos erros, feito “sague”.
    d. adequação ao tema. 5/5. É um fanfic de Hora do Pesadelo e Inception.
    e. enredo. 3/5 – faltaram mais descrições e ambientação, pois o texto se preocupou mais com a ação, em função disso, a história não resultou tão interessante.

    Abraços e boa sorte no desafio.

  12. Thiago Amaral
    25 de agosto de 2020

    Oi!

    O conto é uma mistura das franquias A Hora do Pesadelo e A Origem. Ariadne entra nos sonhos de pessoas comatosas para ajudá-las a acordar. Depois de passar pelo inferno e um depósito de drogas pro sono inflamáveis (Péssimo lugar pra se esconder de pessoas com tochas), descobre que o responsável por tudo é Freddy Krueger. A moça, então, soluciona o caso encontrando o corpo do vilão num hospital da cidade e o matando (suponho).

    Achei a ideia muito boa, com muuito potencial. A ideia de sonhos em si já traz muitas possibilidades, e a mistura de franquias com esse tema se encaixou bem. Dava pra explorar ainda mais, com continuações infinitas, e tal hehehe.
    O conto é escrito de maneira bem simples e direta. O bom é que fica fácil de ler e entender o que está acontecendo.
    Apenas em alguns momentos, como no inferno, se toma algum tempinho a mais para descrever o cenário. Nesses casos, você fez só descrições visuais. Poderia colocar também outras características sensoriais, como o calor das chamas e os gritos dos condenados, pra ajudar ainda mais na imersão (Ou não, se não quiser hauhau).
    Não entendi algumas coisas por trás dos acontecimentos. Como eles partilhavam os sonhos, só de inalarem a fumaça? Parece uma droga mais metafísica! Por que todo mundo tava no sonho do Freddy, em específico? Por que Glen aceitou um estranho ritual de drogas tão facilmente? Ele era tão passivo assim? (Posso ter perdido essas informações e não lembro bem de A Origem, então fica a seu critério se não foram bem explicadas e se você queria que tivessem sido. Se achar que eram buracos mesmo, falta planejar melhor o universo em que tudo acontece)

    Resumindo: conto leve, que deseja apenas contar uma história de entretenimento, e o faz adequadamente.

  13. angst447
    24 de agosto de 2020

    RESUMO

    Ariadne, através de um dispositivo, entra no subconsciente de Tina, em coma há anos por um motivo desconhecido. Encontra-se com o terrível Freddy Krueger, que ameaça a jovem. Ariadne tenta proteger Tina, mas FK adquirindo a forma de um homem magricelo e barbudo (possível lembrança assustadora da infância de Ariadne), consegue driblar a situação e aterroriza a menina até levá-la ao total desespero. Ariadne diz ao seu tutor Miles que tem certeza de que o monstruoso Freddy Krueger é a chave para se descobrir o motivo de tantas pessoas em coma. Tina continua sua saga, entrando no subconsciente de outras vítimas. NO sonho dentro do sonho dentro do sonho, Ariadne persegue FK”. Descobre que Tina, Nancy, Glen e outros estavam presos no pesadelo de Freddy Krueger, desde que ele provocou uma explosão. Miles diz que para acordá-los precisaria despertar o monstro, mas Ariadne sabe que há outra forma e acaba por fazer a sua escolha.

    AVALIAÇÃO

    Uma FanFic de A Hora do Pesadelo, filme que assisti bem jovem ainda. Parece que há outro filme ou trama paralela, mas não sei identifiquei. Talvez O Fio de Ariadne, a lenda da busca pela resolução de um problema (como exemplo: um labirinto físico). Também não me lembro mais da história do Freddy Krueger, mas achei interessante como o(a) autor(a) trabalhou o enredo. Um conto misto de terror e ficção científica.
    Confesso que me perdi um pouco nos labirintos dos pesadelos, deixando escapar o fio da trama e tive de voltar na leitura para tentar captar melhor a história. Acho que deixei de prestar atenção a alguns pontos, pois não entendi muito bem o final. O que Ariadne pretendia fazer ao invés de despertar Freddinho? Matá-lo no leito do hospital? Vou reler.
    O conto está bem escrito, mantendo um ritmo bem dinâmico, com muita ação e suspense. Boa caracterização do antagonista, que realmente apavora.
    Só percebi um lapso de digitação = “sague” no lugar de “sangue”.
    O(A) autor(a) deixou claro em que se baseou para escrever o seu texto, mantendo o nome de Freddy Krueger, e escolhendo a imagem do filme. A personagem Ariadne pode ter sido baseada na lenda O Fio de Ariadne, mas é uma segunda voz, uma outra camada do enredo.
    Boa sorte no desafio e na fuga das garras de Freddy.

  14. britoroque
    24 de agosto de 2020

    Um conto bonito, bem escrito. Flui bem.

  15. Marcio Caldas
    24 de agosto de 2020

    O conto agrada bastante e surpreende a medida que une dois universos completamente diferentes, a partir de seu ponto em comum: sonhos.

    A relação entre o terror de freddy kruger e a ficção de inception, inimagináveis de compartilharem um mesmo mundo, se completam de forma original.

    A primeira parte prende a atenção com o suspense e terror das cenas. A partir daí, a trama entrelaçada corre riscos, devido a profundidade de um tema, restrito a um limite de palavras.

    No fim, termina a trama de forma redonda, sem deixar amarras soltas.

    Quanto a gramática, detectei apenas um erro material de grafia – erro de digitação. E uma frase que deve ter sido mexida, pois ficou incompreensível. Mesmo assim, não estraga o contexto. Não mancha a história.

    Tentou da melhor forma possível não repetir termos, o que foi difícil, principalmente, em relação a palavra “homem”.

    No ritmo, há um pouco de desequilíbrio. Mais uma vez, por conta do limite de palavras, a trama é equilibrada no início e corrida no final, pra dar conta do encaixe perfeito entre esses dois mundos. Mas consegue. Com um limite um pouco maior, o conto teria sido ainda melhor.

    Nota: 4

  16. pedropaulosd
    24 de agosto de 2020

    RESUMO: A Hora do Pesadelo encontra A Origem. Ariadne é discípula do professor Miles, que aparentemente desenvolveu o negócio de entrar nos sonhos e nos níveis e subníveis de consciência das pessoas enquanto elas dormem. Ariadne tenta desvendar o coma de alguns jovens, encontrando em seus sonhos a mesma figura macabra e carniceira de Freddy Krueger. Ao enveredar pelo passado sombrio do assassino, Ariadne o localiza e encontra uma forma de acabar com ele uma vez por todas.

    COMENTÁRIO: Eu achei o conto uma sacada muito boa. Não assisti aos filmes do Freddy, mas eu assistia aos slashers da série Sexta-feira 13 e não deixei de ver Freddy vs. Jason, filme que eu estimava quando garoto. A Origem, assisti já mais velho, anos depois de ter sido lançado, e é um filme do qual eu gosto, bom representante das produções do Nolan. Então, se gostei da ideia, implico um pouco com a execução. A premissa é boa, mas é a narração que carece de maior substância. Ao tratar de ações, há trechos que poderiam ser subtraídos e outros que poderiam ser mais elaborados e, olhando para as personagens, são todas rasas, de modo que poderia se referir a elas como: vítima; vigilante; professor; e assassino. Também acho que a contextualização poderia ter sido melhor estabelecida, pois embora as explicações fiquem dispersas entre os diálogos e ações, acho que quem não estiver por dentro não entenderá algumas das partes, ao menos a princípio, o que pode desviar a atenção da leitura no restante do conto. Encontrei alguns errinhos de revisão.

    Boa sorte!

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Publicado às 24 de agosto de 2020 por em FanFic, FanFic - Grupo 1 e marcado .
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