EntreContos

Detox Literário.

Permuta (Marco Piscies)

Amanda não gostava de estar no corpo de um homem, mas era o preço a pagar. Agora chorava a ausência da esposa – ela mesma – em um funeral feito para uma morte inesperada.

Necessária.

Chorava não só pelo marido que consumira para continuar ali, mas também pela euforia que a inundava. Sentia medo. Queria gargalhar; mas só chorava.

Haveria outros amores. Uma eternidade deles. Dali a mil anos lembrar-se-ia daquele velório como o primeiro de muitos novos inícios.

Dentre os presentes, notou um que não reconhecia. Dois, três. Olhavam-na(o) de soslaio. 

Súbito, um pensamento:

Haveria outros como ele(a)?

Publicidade

74 comentários em “Permuta (Marco Piscies)

  1. Gio Gomes
    1 de fevereiro de 2020

    Adorei o conto, o enredo não traz novidade, mas o tema é necessário. Muito. Gostei, parabéns.

  2. Daniel Reis
    1 de fevereiro de 2020

    A premissa é fantástica, dos invasores de corpos, porém os limites do desafio impõe limitações ao desenvolvimento. Acho que daria um excelente conto, com mais espaço. E o título também, porque permuta é recíproca, e na história não foi. De qualquer forma, parabéns!

  3. Tom Lima
    1 de fevereiro de 2020

    Maravilhoso!
    Conta tanto nessa cena, e constrói um conto, que poderia ser o início de algo maior, ou o final.
    Ela fez uma permuta, em troca da vida eterna tirar vidas, e no processo ocupar o corpo de quem morre. Para isso consumiu o marido, que não parece ser alguém ruim, ou que ela odeia, mas quem estava ali, disponível. O questionamento final é bem potente, podendo ser imaginário ou não, mas criando uma tensão digna de um belo final.
    Parabéns.
    Abraços.

  4. Ana Maria Monteiro
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Ariel. Que dizer? Muito bom. Talvez o melhor que li até ao momento. Só uma interrogação hipotética: não seremos todos isso? Almas que se transportam em corpos sucessivos? Eu não acredito, mas há quem. Gostei muito. Parabéns e boa sorte no desafio.

  5. Anorkinda Neide
    1 de fevereiro de 2020

    Preciso refazer o comentario pois decidi votar…
    .
    A cada releitura mais me admiro deste texto. Cada palavra, cada letra, cuidadosamente colocada no lugar certo.
    O enredo poderia ser bobo, caso de vampiros, mas tb pode nao ser vampiro, o que prefiro pensar e vc permitiu q eu assim pensasse.. se tivesse alguma alusão a mordida no pescoço já perderia todo o crédito comigo.. rsrs
    .
    Enfim, um conto inteligentíssimo, que se fosse aumentado perderia todo o brilho.. ele nasceu para ser micro conto hehe
    Parabéns, entrecontista!

  6. M. A. Thompson
    1 de fevereiro de 2020

    Excelente narrativa sobre um Ser que assume o corpo dos outros e se questiona se existem outros. Parabéns.

  7. Gustavo Azure
    31 de janeiro de 2020

    Gostei muito da ideia e de como o texto foi em escrito. Mas, para mim, o início já entrega tudo que a narrativa tinha para oferecer o que me deixou a espera de algo mais revelador no final, que veio, mas não senti que fosse satisfatório. A vontade de traçar o que levou até ali o que ocorrerá depois instiga bastante. Boa sorte

  8. Carlos Vieira
    30 de janeiro de 2020

    Oi, Ariel. O conto me pareceu um epílogo, me fazendo enxergar toda uma narrativa antes e depois, e tudo a partir de uma cena curta, mas uma viagem do ponto de vista psicológico do personagem que ficou muito interessante. A entidade, que remete a um ser imortal sob um custo pessoal, me pareceu bem aberta. Parabéns e boa sorte.

  9. Givago Domingues Thimoti
    30 de janeiro de 2020

    É um conto que necessita de uma leitura atenta para não se perder dentro da história. Gostei do mistério, achei bem conduzido. Talvez o mistério teria sido aumentado se o conto terminasse um pouquinho antes. Não vejo necessidade de citar a parte daqueles possíveis ou eventuais caçadores, ficou com uma informação a mais um tanto desnecessária.

  10. Andreza Araujo
    30 de janeiro de 2020

    Uau, interessantíssimo! Logo de cara a gente já leva um susto. Eu fiquei simplesmente vidrada a cada nova palavra que lia, aflita pra saber o que iria acontecer. Toda a atmosfera do conto é sombria, misteriosa, tentadora!

    Tive medo do final não sustentar a história, mas certamente me surpreendeu (outra vez) fechando o texto com um brilhantismo único. Aqui, a história deixa várias pistas sobre a possível natureza da personagem, sem deixar claro o que seria exatamente. Não creio que isso fosse necessário, aliás, digo, gosto de como a interpretação fica “aberta” aqui (era esta a intenção?).

    Existem momentos de deliciosa contradição (sentia medo, queria gargalhar). Narrativa e ritmo impecáveis. Reli outras vezes apenas para me satisfazer.

  11. Amanda Gomez
    29 de janeiro de 2020

    Olá,
    Entendi que a personagem é uma imortal… vampira provavelmente e que ela fechou um novo ciclo na vida, talvez o primeiro de muitos. Forjou a própria morte, matou o marido, não se sabe se por querer ou acidente e está pronta pra viver a eternidade. Gostei, a forma como foi construída a narrativa dando apenas vislumbres do que acontecia, quebra cabeças que o leitor tem que montar. Achei bem interessante, simpatize com a personagem e entendi a dor dela. Acho que poucos foram os textos que eu li e realmente gostaria que tivesse uma ” continuação” esse pede.
    Parabéns, boa sorte!

  12. Cicero G Lopes
    29 de janeiro de 2020

    Premissa para uma grande história, muito potencial. EU, veja bem, EU! Visão particular! Eu finalizaria no quarto parágrafo. Mas… boa sorte

  13. Fil Felix
    29 de janeiro de 2020

    Bom dia! Muito legal seu conto, traz um contexto e uma mitologia mas sem ser numa enchente de informações, sendo bastante conciso. Há a personagem central, que passa por uma mudança de personalidade, talvez vampírica, que percebe as mudanças em seu corpo e chora a morte do marido, mas já pensando nos anos que virão devido sua imortalidade. Também há as personagens secundárias, possíveis outros vampiros que começam a reconhecê-la. Muito bom.

  14. Catarina Cunha
    29 de janeiro de 2020

    Mulher assiste ao próprio funeral ao se tornar imortal ocupando o corpo do marido, desconfiando não ser a única.
    Elementos fundamentais do microconto:
    Técnica — ótima. Frases bem construídas dão o tom melancólico.
    Impacto — bom. Gera esperança para uma vida eterna.
    Trama — boa. A confusão entre o antigo e novo ser foi bem executada.
    Objetividade — muito boa. Dá o recado de forma enxuta, mesmo que sem intensidade.

  15. Gustavo Araujo
    28 de janeiro de 2020

    Um vampiro, ou uma vampira, que no meio do funeral de uma vítima, reconhece outros de sua espécie. Um bom microconto que nos remete ao Highlander original, em que seres extraordinários vivem em segredo entre os homens. Gostei da ambientação e da construção do texto, bem adequado para o limite do desafio. Parabéns e boa sorte!

  16. Sarah S Nascimento
    28 de janeiro de 2020

    Seu microconto é bem diferente. Gostei bastante da ideia, todas essas emoções dentro da Amanda, o preço que ela pagou, os pensamentos sobre o futuro, muito legal seu microconto.
    Não entendi que tipo de ser ela se tornou, mas isso não compromete a história de jeito nenhum. Talvez alguém que rouba a alma dos outros e acrescenta para si um tempo de vida adicional.
    Parabéns pela criatividade.

  17. Ana Carolina Machado
    27 de janeiro de 2020

    Oiiii. Um microconto que fala de um ser que tem a capacidade de trocar de corpo e assim viver mais tempo, como novos começos. Acho que talvez a sensação que ele(a) tem no final seja resultado de um desejo de não ser único no mundo, o desejo de encontrar ao longo de sua jornada mais gente que seja como ela e por isso a entenda realmente. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.

  18. Priscila Pereira
    27 de janeiro de 2020

    Oi, Ariel!
    Conto muito legal! Mistério, uma pitada de terror, um dedinho de fantasia… Tudo isso em 99 palavras!
    O melhor do conto é fazer pensar em todas as possibilidades, é escrevê-lo e torná-lo maior na imaginação.
    Muito bom!
    Parabéns e boa sorte!

  19. Thata Pereira
    27 de janeiro de 2020

    Ahhh, que foda! Que conto legal, mano! Como pode amarra uma história dessas em tão poucas palavras haha’ Estranho, mas delicioso de ler. Ficou com gosto de quero mais. E aí, o que é essa criatura, qual o passado dela ou dele? O que vai acontecer depois? Se enterrar… pqp kkk’ Dá um livro isso aí!

    Boa sorte!!

  20. brunafrancielle
    27 de janeiro de 2020

    Fui pesquisar no gugou o que é Permuta pra ver se conseguia uma “luz” para entender seu conto.
    Só entendi depois de ler o último comentário. Ou acho que entendi.
    Seria uma criatura/entidade que se apossa de corpos de pessoas. Talvez uma alma que faça isso.
    E usava antes o corpo de uma mulher, depois trocou pelo corpo do marido da mulher, agora é um trans?
    Wherever. Não sei se eu teria entendido o conto sozinha.

  21. Rubem Cabral
    27 de janeiro de 2020

    Olá, Ariel.

    Bom conto! Uma criatura “morre” e toma o corpo do marido. Pelo visto, não era a sua primeira vez e a criatura é muito antiga. No velório, ao observar pessoas estranhas, ela desconfia que não seja a única da espécie.

    Boa sorte no desafio!

  22. Neuceli Silva
    26 de janeiro de 2020

    Este é o texto que eu leria centena de vezes e a cada leitura encontraria uma interpretação. Eis aí um conto de mistério. Muito interessante!

  23. Matheus Pacheco
    26 de janeiro de 2020

    Um bom conto, expressa muita coisa com um numero muito pequeno de palavras.
    Eu não tenho muito o que comentar sobre ele porque, querendo ou não, ele é muito fechado.
    Um grande abraço.

  24. Renata Rothstein
    26 de janeiro de 2020

    Oi, Ariel!
    Uau! Complexo seu micro…primeiro já imaginei que fosse uma personagem trans, necessitando cometer um assassinato para poder se libertar.
    Depois, relendo, compreendi que tratava-se de um invasor de corpos (qual o nome disso em FC?), e que o mesmo, ou mesma, pois era Amanda, ia fazendo isso á tempos, e continuaria.
    Muito bom!!

  25. Bia Machado
    26 de janeiro de 2020

    Olá, Ariel! Olha, eu gostei bastante da premissa do conto e pra mim ele dá muito pano para manga. Na segunda leitura é que fui entender e a experiência de imaginar o que você narrou em 99 palavras achei muito bacana, ou ao menos funcionou muito bem pra mim. Não entendi no final a necessidade de escrever ele(a), porque se o conto começa nomeando-a como AMANDA, por que não deixar “ela”. Afinal, não era ainda Amanda, apesar da troca de corpo? kkkkkk Se eu fosse você, escrevia um romance desse plot. Obrigada!

  26. Raione LP
    26 de janeiro de 2020

    O conto tem uma boa premissa e provoca estranheza ao apresentar uma personagem que aos poucos adquire um ar fantástico, sobrenatural (espécie de vampiro metamorfo?). Mas creio que não funciona nesse formato reduzido, em que há espaço apenas para introduzir essa estranheza (digo, tudo parece apenas esboçado, os sentimentos da personagem, o suposto reconhecimento dos outros… como se fossem necessários ao menos mais alguns elementos para gravar a cena no leitor). Parece o começo de algo, por assim dizer.

  27. Vanilla
    25 de janeiro de 2020

    Não senti a fluidez no seu conto, por ser um micro. Se fosse um conto propriamente dito, como os outros comentários falaram, ia ficar bem melhor com certeza, por é de uma qualidade incrível e de domínio e complexidade incomparável. Parabéns!

  28. Marília Marques Ramos
    24 de janeiro de 2020

    Muito bom! Gostei demais da ideia de suspense no ar e da imagem de fundo, ficou excelente! Boa sorte!

  29. Evandro Furtado
    23 de janeiro de 2020

    Esse é o tipo de conto com uma excelente premissa, mas que requer um bom desenvolvimento para funcionar. Justamente pela característica desse desafio em questão, não funcionou. Não deu tempo de conhecer os personagens, afeiçoar-se a eles, tomar seus dramas e perspectivas, etc. Logo, o conto deixa de impactar.

  30. Eder Capobianco
    23 de janeiro de 2020

    Legítimo micro-conto fantástico………..são poucas linhas, então os detalhes também são poucos……..a linguagem literária, expressa através da narração no pretérito mais-que-perfeito, gera a empatia durante a leitura………..as dúvidas do personagem se tornam a dúvida do leitor……….parabéns!

  31. Angela Cristina
    23 de janeiro de 2020

    Olá!
    Como ele consumiu-assumiu o corpo é, para mim, uma incógnita. A narrativa permite a construção de várias hipóteses.
    Bem escrito.
    Parabéns!

  32. Pedro Paulo
    23 de janeiro de 2020

    Compartilhei o engano de um dos colegas ao pensar que se trataria de um conto sobre uma transexual e suspeito até que a autora tenha tido essa intenção de confundir o leitor, dado que a situação, perturbadora, vai lentamente se revelando, a cada vez mais assustadora enquanto vamos percebendo que o principal tormento da personagem é uma situação obscura em que ela mesma se colocou. O final, aberto, nos faz descer mais um degrau em direção ao mistério. Muito bom.
    Boa sorte!

  33. Davenir Viganon
    22 de janeiro de 2020

    Primeiro achei que era uma transex em fase de mudança. Depois entendi que se trata de um ser que troca de corpo para driblar a mortalidade. Fica o mistério de como ela faz a troca. Meu palpite é antropofagia…. Excelente conto!

  34. Regina Ruth Rincon Caires
    22 de janeiro de 2020

    Percebe-se que a trama envolve uma criatura eterna, perpétua. Ela enxerga mil anos como se fosse ali, na esquina. Amanda era “sugadora” de corpos, desta maneira, precisava da morte de outro para perpetuar a sua própria vida. Conto sobrenatural, nada fácil de entender. Exige ler, reler treler… O fato de referir-se a “ele(a)” se deve ao fato de que a criatura poderia integrar um corpo de mulher ou um corpo de homem. Amanda não se sentia confortável em corpo masculino. Na verdade, não ocorre uma permuta. Não é troca. É posse, invasão que provoca morte. Texto bem escrito. Talvez o pseudônimo (narrador) seja também uma criatura, o nome é ambíguo. Tudo, no texto, é bem cuidado. Meticulosamente escrito.

    Parabéns, Ariel!

    Boa sorte no desafio!

    Abraços…

  35. Fabio D'Oliveira
    22 de janeiro de 2020

    Olá, Ariel.
    É um micro quase completo, basicamente. Uma alma que troca de corpo para continuar no plano material. O clima fúnebre, a euforia em continuar existindo, o peso de roubar uma vida para isso. O final levanta uma questão um pouco desnecessária, mas não prejudica o conto por completo. Um final mais poético, numa despedida que se repetiria várias vezes, poderia deixar o texto redondinho.
    Um dos melhores, que li até agora.
    Enfim, é isso.
    Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio!

  36. jowilton
    22 de janeiro de 2020

    Um bom conto, apesar de eu não fazer a mínima ideia do que seria a Amanda. Um roubador de corpos transsexual? Está bem escritio e tem um bom clima de suspense. Boa sorte no desafio.

  37. Sabrina Dalbelo
    21 de janeiro de 2020

    Olá,
    Gostei muito da temática fantástica. As informações são bastante precisas e suficientes. É bem escrito, diverte e envolve.
    Parabéns!
    Um abraço.

  38. Maria Alice Zocchio
    21 de janeiro de 2020

    Demorei a compreender a troca de corpos, mas não tenho certeza se é bem isso. O texto é complexo . Penso em micro contos com formato capaz de proporcionar um impacto mais direto.

  39. Anderson Góes
    21 de janeiro de 2020

    Não vou lhe negar a qualidade da sua escrita, boas palavras e estrutura correta, todavia eu não consegui entender do que se tratava a história. Concordo com a opinião de outros leitores, num conto propriamente dito sua história ficaria muito melhor, parabéns!

  40. Valéria Vianna
    21 de janeiro de 2020

    A ideia da mulher no corpo do marido assistindo ao funeral do próprio corpo morto é interessante, mas para uma estrutura de microconto, creio que a mensagem passou truncada, sem fluidez narrativa. Cada parágrafo, um corte, um quadro. Mas a ideia é boa. Sua escrita também. Congratulações.

  41. drshadowshow
    21 de janeiro de 2020

    Se é o que acho que foi, não daria para colocar num microcontos, precisando de mais elementos. Do jeito que está, ficou um pouco confuso (pela falta de outras peças). Seria um conto promissor, mas não um micro ou miniconto. Do mais, aproveite para desenvolver a história em outras paragens. Isso aí dá um caldo legal. Abraço e boa sorte.

  42. Fabio Monteiro
    21 de janeiro de 2020

    O texto é bom. A escrita fluida. Minha interpretação ficou confusa. Creio que seja um destes textos de grandes escritores que nao consigo acompanhar. Boa Sorte. Talento.

  43. alice castro
    21 de janeiro de 2020

    Não entendi a totalidade do conto. Mas está de fato bem escrito.

  44. Fernando Cyrino
    21 de janeiro de 2020

    Meu caro, Ariel, ou minha cara, Ariel. Digo que cá estou eu às voltas lendo e relendo e trilendo e voltando a ler a sua narrativa. Enfim, uma vida que se mantem no mundo a partir do uso de outros corpos. Seria isto? Uma ideia interessante e uma execução complexa demais para mim. Pensei bastante também na questão do não se aceitar na própria condição de homem e mulher… Bem, seu conto e isto é favorável, me fez pensar tanta coisa. Ao mesmo tempo, achei que poderia ter me dado um pouco mais de pistas. Excesso de hermetismo, pelo menos para pessoas como eu que são muito concretas e um pouco burras, faz com que a história se torne restrita a um grupo pequeno que a entendeu mesmo, ou que diz que a entendeu para denotar inteligência, sagacidade. Bem, é isto. Parabéns pela sua coragem e seria mesmo legal se houvesse mais clareza no texto.

  45. antoniosbatista
    21 de janeiro de 2020

    Por um processo desconhecido (faltou essa informação) uma mulher mata o marido e incorpora seu espírito nele e sem a alma, o corpo dela morre. No corpo do marido, ela assiste o próprio enterro. Algo parecido com a série da Netflix, Altered Carbon, sobre transferência de memória. Gostei, a escrita é ótima e sugiro escrever um conto mais longo.

  46. Paulo Luís
    21 de janeiro de 2020

    Do que trata exatamente este conto? De um ser de outros mundos que está por aqui a possuir nossos pobres corpos? Vampiros; zumbis? Ou se trata de transexualidade, onde um sempre está no corpo de outros? Infelizmente o autor não quis colaborar com os pobres leitores que nada entende de rebuscamento dos sentidos das coisas. É uma pena, porque o conto me pareceu ter conteúdo, só faltou dizer exatamente o quê. Pois eu tenho certa dificuldade de aceitar, quando percebo, que o autor faz questão de exacerbar sua virtuose literária, então deixando o dito pelo não dito, também não faço muito esforço para procurar entendê-lo.

  47. Rodrigo Fernando Salomone
    21 de janeiro de 2020

    Muito bom! O pseudônimo já casa bastante com o conto,afinal Ariel pode ser homem, mulher, sereia ou sabão em pó, rsrs. Acredito que essa é a primeira permuta que a personagem faz, até devido às emoções à flor da pele durante o velório. Parabéns e boa sorte.

  48. Luiz Eduardo
    21 de janeiro de 2020

    Gostei bastante, apesar de achar que poderia ser um pouco mais claro na ideia central. Mas pelo que compreendi, me lembra um pouco o filme “The Hunger” com o David Bowie. Muito bom mesmo, parabéns!

  49. Andre Brizola
    21 de janeiro de 2020

    Olá, Ariel! Gostei do conto. Muito bem escrito e arranjado dentro da proposta do desafio. Muita informação passada em poucas palavras, o que mostra habilidade com a língua. Posso tanto enxergar o conto como um terror humanizado quanto como um drama sobrenatural. Estaria a personagem receosa de encontrar outros como ela, ou aliviada? Gosto da ideia de deixar essa decisão para o leitor. Bom trabalho! Boa sorte no desafio!

  50. Fheluany Nogueira
    21 de janeiro de 2020

    Ariel pode se referir à sereia da Disney ou a um arcanjo bíblico. No contexto deste micro de terror, acredito que o segundo, já que anjos não têm sexo e a trama aborda um troca-peles, um skinchanger ou bestial com a capacidade de consumir outra pessoa e perpetuar-se, sempre fazendo trocas de corpos.

    Gostei muito da ideia, do suspense. Na execução, ao meu ver, há partes meio confusas e outras desnecessárias. O título meio inadequado.

    Parabéns pelo trabalho. Boa sorte!! Abraço.

  51. Sandra Teixeira
    21 de janeiro de 2020

    Gostei da escrita e de como ela nos envolve, como finaliza. Entretanto, precisei ler várias vezes para conseguir elaborar uma compreensão; criar uma cena coerente na mente. Talvez seja eu, vai saber. Boa sorte no desafio.

  52. Claudio Alves
    20 de janeiro de 2020

    Deu até arrepio! Esse argumento dá um bom livro, filme ou série. Peraí! Tá chegando um espírito aqui. Sim? Ok! Edgar Allan Poe mandou dizer que, se ele estivesse participando, não teria escrito melhor. Parabéns!

  53. Luciana Merley
    20 de janeiro de 2020

    Olá Ariel. Depois de várias leituras consegui uma possível interpretação, de que trata-se de um ser sobrenatural que precisa roubar vidas para continuar vivendo. Ao menos é isso que sugere os termos claramente ligados à eternidade. Veja! Muitos acham que contos indecifráveis, ou quase, são os bons. Eu discordo. Um texto pode ser muito inteligente, intrigante, bem escrito…e apresentar a mensagem clara à primeira leitura. O esforço do leitor, na minha visão, deve ser em refletir sobre a trama profunda, sobre o que o incomoda ou o diverte na mensagem, e não sobre a técnica narrativa. Mas seu texto é bem escrito e agrada grande parte dos que preferem literatura experimental. Parabéns e um abraço.

  54. Elisa Ribeiro
    20 de janeiro de 2020

    Cabe uma trilogia nesse seu micro de 99 palavras. Está muito bem narrado, também. Achei um pouquinho forçada a conexão do não reconhecimento das pessoas no velório com a existência de outros “vampiros” e acho que não precisava dos (o) (a) entre parênteses. Parabéns pela capacidade de contar uma história tão interessante em tão poucas palavras. Boa sorte.

  55. Fernanda Caleffi Barbetta
    20 de janeiro de 2020

    Olá, Ariel. Precisei ler algumas vezes para entender, mas tudo bem porque gosto de microcontos enigmáticos. Gostei bastante do seu. A ideia foi bem interessante e bem trabalhada. O aparecimento das outras pessoas que poderiam ser iguais a ela, irreconhecíveis em novos corpos foi uma boa sacada,Só me incomodou o finalzinho, o”ele(a)”, achei desnecessário. Parabéns e boa sorte.

  56. Vitor De Lerbo
    20 de janeiro de 2020

    Muito de subtexto, algo enriquecedor para um conto com poucas palavras. O leitor transforma as linhas rápidas em uma trama mais longa e complexa.
    Texto perfeito, a mesóclise dá mais pontos rs
    Nos faz imaginar que tipo de ser seria esse homem (mulher). Não explicar isso explicitamente fortalece o conto, assim como o final incerto, misturando dúvida e (mais) medo à euforia da personagem.
    Parabéns e boa sorte!

  57. Augusto Schroeder Brock
    20 de janeiro de 2020

    Olá!
    Ontem estava assistindo a Corra e logo me veio o filme à memória. Ficou delicado e ao mesmo tempo tranquilo de compreender a história.
    Parabéns!

  58. Angelo Rodrigues
    20 de janeiro de 2020

    Caro, conto legal passando a ideia da perpetuidade de uma vida – seja ela qual for – pulando de corpo em corpo.
    Lembrou-me de um filme antigo que, salvo engano, se passava no Polo Norte, quando um alienígena saltava de corpo em corpo – cachorros, humanos, qualquer coisa – buscando a sua própria perpetuidade.
    Ainda que ache o conto legal, achei que faltou a ele uma estruturação formal um pouco mais sofisticada, onde não deveria caber dúvidas acerca de quem é quem e quando as coisas se passam, da forma que passam.
    Não há a explicitação, mas aquela dica de que aquele alienígena/vampiro/antropófago começava naquele momento a sua carreira de comedor de corpos.
    Foi legal a ideia final, quando transfere a Amanda a ideia de que ela, vitoriosa naquela empreitada, poderia ser a carne de alguns daqueles que a acompanhavam no velório do marido que mandara pra dentro [da terra e da barriga?].
    Não achei legal o título, que passa a ideia de permuta quando permuta é troca recíproca. No caso não há recíproca, mas uma tomada de vida.
    Boa sorte.

  59. Jorge Miranda
    20 de janeiro de 2020

    Temos aqui um texto muito bem escrito. Um ser que invade corpos e permuta com eles. Um conto direto e que gostei de ler. Boa sorte no desafio.

  60. Luiza Moura
    20 de janeiro de 2020

    Li várias vezes para interpretar melhor, mas acho corajoso arriscar textos que necessitam de atenção redobrada por parte do leitor e me encanta escritas desse tipo. Destaco que a imagem e título foram muito bem pensados.

  61. Emanuel Maurin
    20 de janeiro de 2020

    Amanda era uma invasora de corpos, que possuiu o corpo de um homem e matou a esposa dele. Bem, Amanda deveria achar necessário matar a esposa do homem, e no velório, tinha medo, alegria e tristeza. E, entre os que estavam no velório, Amanda conhecia apenas uma ou duas pessoas que estavam por ali. E, Amanda se questionava se haveria outros como ela. Boa sorte

  62. Cilas Medi
    20 de janeiro de 2020

    Não consegui melhorar mesmo depois de várias leituras. Estou em dívida com você, entrecontista, porque não tenho opinião a respeito do conto, isso para não parecer sem respeito.

  63. Rafael Carvalho
    19 de janeiro de 2020

    Escrita crescente e bem elaborada, em poucas palavras conseguiu inserir uma boa pegada de suspense. Me lembrou clássicos do suspense como ” A chave mestra” e “corra!”.
    O texto merece uma continuação, parabéns pela escrita.

  64. Nelson Freiria
    19 de janeiro de 2020

    O primeiro parágrafo já pega o leitor de surpresa, criando logo de início uma tensão interessante.

    O texto é tão distribuído que dá até a impressão de ultrapassar as 99 palavras. Eu queria poder interpretar o texto com certa ambiguidade, mas o elemento fantástico na obra e a forma como quase tudo é dito sem rodeios, não permitem isso. O mais interessante é que o autor(a) conseguiu deixar uma tripla dúvida, que é não responder a própria pergunta feita no final, de o que exatamente é esse ser que permuta de corpos e por que há necessidade de permutar. O máximo a fazer é especular esse final aberto.

  65. Rozemar Messias
    19 de janeiro de 2020

    Texto bem escrito, pelo tema vale a pena uma história maior Boa sorte!

  66. Fabiano Sorbara
    19 de janeiro de 2020

    Olá, Ariel! Micro muito bem desenvolvido. A escrita flui e cresce no ritmo certo. A história é envolvente, teve momentos em que pensei se tratar de um anjo, outro em uma vampira, esse duplicidade enriquece a experiência do leitor.
    Desejo boa sorte no desafio. Abraços.

  67. jetonon
    19 de janeiro de 2020

    Putz! É ruim heim!
    Boa sorte!

  68. angst447
    19 de janeiro de 2020

    Uma trama bem desenvolvida e bem finalizada. Algo vampiresco e surreal, bem interessante como premissa. Conseguiu prender a atenção e contar em poucas palavras (também escolhidas com cuidado) uma história completa. Boa sorte!

  69. Carolina Langoni
    19 de janeiro de 2020

    Envolvente e criativo.
    Como assim ela(e) já ta pensando em possíveis amores?!
    Nem deu tempo de ficar triste pela esposa – marido.
    Gostei, dramático e inesperado.

  70. leandrociccarelli2
    19 de janeiro de 2020

    Muito bem inscrito, título bem pensado e imagem coerente. Parabéns e boa sorte!

  71. Nilo Paraná
    19 de janeiro de 2020

    Muito bom o enredo: início, meio e fim(?). Bem escrito. Deixa uma dúvida da sequencia da história. Adorei.

  72. Ana Sabina
    19 de janeiro de 2020

    Muito bom, bem escrito.

  73. Anorkinda Neide
    19 de janeiro de 2020

    Wow!!! Gostei!!!
    Muito!
    ‘consumiu o marido para estar ali…’ gostei disto hiahuiha
    Parabens, entrecontista!

E Então? O que achou?

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2020 por em Microcontos 2020 e marcado .
%d blogueiros gostam disto: