Lírios beijados flutuam para Iemanjá. O céu surdo explode esperança. Na areia as pegadas mudas de um ano ruim.
Ele chegou manso e sentou-se ao seu lado. Ela suspirou sentindo cheiro de homem bom; agarraria aquele homem até seus últimos dias. Ele prendeu a respiração temendo quebrar o encanto; abraçaria aquela pequena eternamente.
O nascente coloria duas almas inquietas assistindo ao mar. Ele enfim fixou o olhar nas sobrancelhas arqueadas estendendo-lhe a mão esquerda. Seria ela sempre assim plena ou fui eu? Ela aceitou. Seria ele sempre assim quente ou fui eu?
Pularam ondas juntos.
Nunca se falaram.
Muito bom, enredo conciso, criativo por ser repletos de elementos brasileiríssimos e para completar, tratando de um assunto batido com criatividade pela ambientação incomum e metatexto acompanhando o leitor. Você arrasou, parabéns.
Caramba, que linguagem elaborada,visual e cuidadosa! A ambientação é ótima, as expectativas de ambos… somente o nunca se falar, ficou um pouco no ar. Seria ela uma sereia? Somente um texto maior para explicar. Sucesso!
Agora saquei, ao ler os comentários, o silêncio… parabéns!
Interessante.
O efeito de quebra da última linha dá o tom do texto inteiro. As expectativas deles são as nossas enquanto lemos. Não se concretizam ambas. Muito bem feito e construído.
Parabéns.
Abraços
Olá, Mar. Que dizer? Lindo. Apesar de ser uma história “rapaz conhece rapariga”, foge do dejá-vù e oferece a beleza do amor que se sente antes de se saber. Lindo mesmo. Parabéns e boa sorte no desafio.
Preciso refazer o comentario pois resolvi votar!!
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O texto já começa lindo com os lírios beijados… ai ai poético demais…
Iemanjá abençoou este conto ❤
Entendi q o casal já se conhecia.. nossa.. cada frase dá toda a informação.. eu me espanto a cada releitura…
Que casal bonito, que amor bonito..
Não entendo quem não entendeu esta história linda, este amor que vai pela vida toda em silêncio, pis são surdos, os dois…
Eu tô toda derretida escrevendo aqui..me arrebatou!
Um conto sobre um encontro supostamente na queima de fogos em Copacabana ou qualquer outra praia com essa tradição. O final poderia ser melhor. Boa sorte.
Gostei bastante do conto. Trouxe vários elementos visuais e foi muito bem escrito. A história de um possível amor e o medo de vivê-lo. São tempos líquidos. Boa sorte
Chega deu um calorzinho no coração depois de ler tanta desgraça nesses contos…
Gostei demais, achei terrivelmente bem escrito, sendo singelo e grandioso ao mesmo tempo. O que mais me impressionou foi a capacidade do autor de nos levar para dentro da situação e nos sentir abraçados por esse sentimento nascente.
Brilhante. O primeiro parágrafo é simplesmente fantástico. As imagens são claras e belas, de fácil visualização.
O céu “surdo”, as pegadas “mudas”, o “cheiro” do homem… tudo isso para nos levar dentro desse mundo onde sons não existem. Seriam eles ambos surdos… ou apenas ela?
Narrativa que nos leva nesse passeio de final de ano, quanto todos estamos mais ou menos melancólicos, sonhadores, animados ou desesperados.
Interpretei o casal como duas pessoas que já se conheciam, mas que por alguma razão estavam brigados (foi um ano “ruim”). Então tudo foi perdoado ou esquecido quando ela aceitou a mão dele, e seguiram para pular as ondas do mar, para o seu recomeço. AHHH me arrepiei.
Apenas uma pequena observação:
Nas frases: “Seria ela sempre assim plena ou fui eu?” e “Seria ele sempre assim quente ou fui eu?”, a construção ficou estranha. O texto é narrado em terceira pessoa, como pode existir um “eu”? Sim, a gente entende as frases, mas talvez fosse melhor se as colasse entre aspas ou em itálico para indicar que são pensamentos deles.
O título também é um agrado.
Que coisa linda! Amei!! Desculpe, se não me aprofundo na análise da sua técnica de escrita e coisa e tal… É lindo e Não tenho mais nada a acrescentar.
Gostei bastante do conto. É leve, romântico sem ser brega, traz literalmente um mar de interpretações. Pode ser o retrato de uma paixão passageira, o nascer de um romance, aquelas pessoas que conhecemos durante uma viagem e nunca mais a veremos de novo. Traz uma sensação de serenidade, mas ainda assim de possibilidades. Por trazer um ponto de vista diferente, como se o próprio mar estivesse observando essas pessoas, acaba dando uma identidade própria ao texto.
Um casal se encontra na virada do ano para se amarem eternamente em silêncio.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — boa. Trabalho sério de enxugamento.
Impacto — bom. O final aberto deu liga.
Trama — boa. Cena bem construída.
Objetividade — boa. Na medida certa.
Gostei do conto. É mais ou menos como a citação de Vinícius: que seja eterno enquanto dure. Ótima cena retratando o amor nascendo, as expectativas criadas, o jogo de sedução sutil. Para no fim tudo terminar ao raiar do sol. Uma vida inteira poderia ter se passado e mesmo assim não durou mais do que algumas horas (ou quem sabe minutos). Ótima escrita. Uma história bela e triste ao mesmo tempo. Parabéns e boa sorte no desafio.
Olá, adorei seu microconto, bem leve, fácil de entender, muito agradável. Os pensamentos das duas pessoas naquele momento tão único.
A esperança, as expectativas de um futuro juntos, acho que descreve muito bem o sentimento de recomeço que todos sentem em um ano novo.
Só achei uma pena o final. Mas entendo que ele retrata a realidade, a vida não é conto de fadas.
Parabéns, ficou excelente.
Bati o olho em um comentário que entregou o significado de tudo. Aí tive que ler de novo. Um caminho inexplorado na literatura e muito, muito bem ambientado e criado. Eu só queria ter descoberto sozinha Tem frases muito lindas aqui. Encantada!
Boa sorte!!
Tão lindo e poético seu conto, Mar. ..Dá para se ver na cena e quase participar dela.
O final, com o nunca se falaram, me deixou uma dúvida, mas certamente é aquela vontade de que o casal fique junto e feliz para sempre.
Será que ficaram, ou não. ..gostei muito!
Oiiii. Um microconto que descreve de forma poética um cenário de virada de ano em uma praia e nos faz refletir sobre como o amor pode surgir no momento mais inesperado. E acho que as pegadas do ano anterior que foi ruim ficaram para trás e deram lugar a um mar de possibilidades para eles. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Uma história de encontro inesperado bem contada.
Soube passar sensações e pensamentos dos personagens.
Acertou no fim. A história quase explica-se pelo final, senão eu poderia pensar que era um casal que já se conhecia.
A ambientação da praia deixa um pouco a desejar talvez por falta de espaço.
Olá, Mar.
Bacana a ideia do conto: casal de desconhecidos se conecta durante a passagem de ano, quando o imaginário diz que coisas mágicas podem acontecer. A última frase é interessante, por ser dúbia.
Boa sorte no desafio!
Olá, Mar! Seu conto é leve, romântico, poético e encantador. Ótima sacada que os dois, ou um deles, pelo menos, seja surdo, coisa incomum na literatura, infelizmente. Parabéns! Obrigada!
Poético e repleto de imagens. A descrição das ações foi bem desenvolvida e proporcionou ao leitor uma boa compreensão da narrativa. Provou que mesmo com poucas palavras é possível desenvolver um texto acessível a todos os leitores.
Desejo-lhe sorte no desafio.
Bem escrito (apesar de alguns pequenos problemas como repetição de palavras), construiu muito bem a cena. Tem grande carga poética, singelo, e narra muito bem a sutileza dos sentimentos das personagens. Me fez viajar na cena. Gostei. Parabéns.
Ass: LCJ
Que bonito. Uma história de ano novo sobre paixões desconhecidas que, por breve momento, se encontraram em uma única situação.
Um ótimo conto.
Um abraço.
Bom conto. Ainda que me pareça mais uma pequena cena de algo maior. A princípio achei que o homem iria se suicidar, e a mulher referida era Iemanjá. Mas terminei achando que foi só um encontro ao acaso. O fim com “nunca se falaram” ficou legal. Boa sorte no desafio
Conto bem escrito. O parágrafo inicial traz uma carga poética (quase no limite do excessivo — para o meu gosto, claro) que parece mais fraca no resto do texto. As reações das personagens me soaram um pouco extravagantes, há uma espécie de sublimação ou espiritualização dos dois (o adjetivo “plena” me pareceu deslocado), com exceção de uma menção a “cheiro” e “quente”. Digo isso porque acho que a referência a um detalhe concreto pode ser tocante e contrabalançar a impressão de algo genérico.
Inteligente a sugestão final de que aquele momento mágico, que prometia se prolongar, foi apenas um momento.
Gostei muito do seu domínio narrativo, me deixou interessado do início ao fim e toda essa questão do momento foi muito bem pensado, parabéns!
Impactante. Fala muito com pouco; como todo bom microconto! O final foi o que impactou mais: toda essa expectativa para enfim, como muitas coisas na vida, não dar em nada!
O conto, porém, é sobre o momento. O fim de um ano ruim, a expectativa de novidades boas, de um encontro logo nos primeiros minutos do ano novo. Um momento mágico, que encheu de esperança o peito de duas pessoas e que, mesmo que jamais tenham se falado, foram afetadas pela presença uma da outra.
Excelente!
Escrita: Excelente!
Conto: Excelente!
Acho que a grande qualidade do texto é a ampla possibilidade de interpretações. A que se deve esse silêncio? É silêncio de morte? É silêncio de conforto? É silêncio de futilidade? Tudo isso é muito bem trabalhado e dá opções de final, alterando, consequentemente, a história contada, o que demonstra um grande domínio narrativo.
Olá,
Senti uma grande química com teu conto, viu!? Realmente me identifiquei.
Tu domina a escrita, dá pra ver, as metáforas são muito bem colocadas e a gente consegue visualuzar a cena, e viajar no micro.
É poético, mas é conto. Tem história, personagens, lugar, tempo. E sentimento.
Para mim, o conto teve o sentido de o encontro de duas almas que se amaram desde a primeira vez e a comunhão da religiosidade as uniu ainda mais.
Parabéns. É top 20.
Um abraço!
Que lindeza! Li e reli suspirando que texto poético! Parabéns! Adorei o final! Boa sorte!
Conto poético e bem escrito. Romântico (é um elogio).
Olá!
Um texto poético e intrigante.
Fica a dúvida sobre o futuro que podia ser diferente.
Texto com boas tiradas semânticas.
Parabéns!
Olá,
Resumo (😁👍 🤔😐 🙄👎): 😁👍
Engraçado, eu li o conto sem prestar atenção na imagem, então foi uma leitura “sensorial” tipo, fiquei me perguntando a que se referiam essas descrições poéticas, e quando vi a foto tudo se encaixou, foi uma surpresa boa.
Gostei da construção, da leve confusão de não saber o que ia acontecer, na verdade o que acontecia. Na segunda leitura tudo se encaixou perfeitamente, apesar da como elisa comentou, leve ambiguidade. Foi uma confraternização com um estranho? movidos a magia ilusória de um ano novinho em folha cheio de possibilidades? foi um final trágico? rs espero não. Mas resumindo tudo, ótimo conto, bem pensado, bela escrita e um final “aberto” daqueles ótimos para fazer pesar. É fofo também.
Destaque 📌 “O céu surdo explode esperança. Na areia as pegadas mudas de um ano ruim.” diz muita coisa isso aqui.
Conclusão (😒🙄🧐😲🥺😀🤩) 😀
Eu particularmente adoro a virada do ano! Para mim, é único ter o mundo inteiro em festa, milhares de pessoas contando de 10 a 0, ao reinício. Para mim, este microconto se utilizou de um recurso muito bom: ao mesmo tempo que descreve, situando o leitor em um contexto específico, também alude a sentimentos que são próprios da virada de ano. Então quando nos diz que o céu explodiu em esperança, tomamos conhecimento dos fogos e o contexto do seu lançamento. Para além dessa caracterização, nos trouxe personagens, cada qual tendo descrita a sua percepção, incompleta, daquele momento, apenas o narrador sabendo que aquele momento seria eterno, que se estenderia ao fim de suas vidas. Revelando a nós leitores algo que só o autor sabe e que as personagens não sabem, terminamos a leitura com uma esperança… de que talvez, momentos como a virada, sejam mesmo momentos de transformação.
Parabéns!
Um encontro romântico cheio de amor e esperança. Não faz o meu gosto mas foi muito bem feito, bem escrito e com um ritmo bom. Parabéns!
Lindo texto. É um silêncio que fala mais do que mil palavras. A leitura vai encantando, num crescente. “O céu surdo explode esperança” – eu, como leitora, na minha sala, fui capaz de enxergar as explosões dos fogos de artifício sem o som da TV. Narrativa poética, suave. É ambígua? Sim. Para desfecho livre, de acordo com a sensibilidade do leitor. Quando se lê: “duas almas inquietas assistindo ao mar”, é de ficar com os pelos em pé. Que poder de sublimação, misericórdia…
Parabéns, Mar, que coisa linda!
Boa sorte no desafio!
Abraços…
Olá, Mar.
É um encontro lindo, surreal demais para nossa realidade surrada, mas muito bonito. É o típico escapismo, né? Adoro isso, haha. Toda a profundidade, toda a poesia, é algo que falta em nosso mundo, não concorda? Olhamos para as pessoas, mas poucos realmente olham para a alma. Fugimos de um contato mais íntimo. Gostamos das forças, mas detestamos as fraquezas.
Já experimentou falar o quanto algo dói para alguém conhecido? Tenho duas pessoas na minha vida que realmente escutam. A maioria se reprime, se fechar, foge desse contato mais real e íntimo.
Enfim, gostei muito do seu conto, por trazer uma reflexão tão profunda para mim. Algo que eu queria que fosse diferente nesse mundo, mas não tenho expectativas de realmente ser.
Parabéns, mil vezes, e boa sorte no desafio!
Um dos mais poéticos dos microcontos lidos até aqui. Desfecho perfeito. E lírico e refrescante como um mergulho no mar. Arriscaria dizer que é um(a) leitor(a) de Clarice Lispector. Muito bom. Parabéns.
Microconto mega romântico e fofo. Um final levemente ambíguo que muito me agradou. A harmonização temporal me causou alguma estranheza ao mesmo tempo em que acentuou a afetividade do encontro dos personagens. Gostei! Parabéns e boa sorte.
Durou o tempo de sete ondas, mas vai prosseguir na memória . Foi curto, foi bom e trouxe esperança para o novo ano. Texto delicado e bem escrito. Gostei.
“Nunca se falaram”? Tava tudo indo muito bem e chegou nessa parte meu cérebro bugou, ficaram juntos sem se falar? Como? Ajude-me a decifrar esse mistério autor(a)!
Eles ficaram ou não ficaram juntos? O que houve? kkkkkk…Santas poucas palavras que não me apetece. Me fez querer mais.
Gostei!!! Simples, romântico e sucinto. Parabéns!!! Quero ler mais micro contos seus!
Olá, Mar, cá estou eu aqui às voltas com a sua narrativa. Coisa mais linda, amigo (pensando que o mar seja masculino, mas bem que pode ser feminino também). Curtindo a poesia do seu conto. O céu explodindo em silêncio me fez pensar que se tratam do encontro nas areias de final de ano de um casal de surdo mudos. Tão capazes de falar quanto eu que não tenho esse problema auditivo. Fato é que esse seu conto é muito bonito. Ele me encantou e me fez pensar assim: puxa, esse é o tipo de narrativa que eu queria ter escrito… Bem, melhor parar e como você disse no próprio título, melhor eu não falar mais nada e em reverência aos seus personagens, faço silêncio. Parabéns.
Não é muito a minha praia, mas o conto é muito bem escrito, leve, romântico, inspirador. Delicado mas não afetado, concordo com algumas observações quanto ao carinho com que o escritor nos traz sua narrativa. Parabéns e boa sorte.
A escrita, poética e bem trabalhada, é perfeita.
Indícios como o céu surdo em meio a explosões, o olfato aguçado da moça e o fato nunca se falarem – mesmo com o aparente “final feliz” -, nos remetem a um casal (ou um deles) surdo-mudo. O/a Autor/a demonstra sua habilidade ao deixar isso implícito, respeitando a inteligência dos leitores para chegarem a essa dedução.
O simbolismo de virada de ano/virada de vida, com esse cenário, também casou perfeitamente.
Parabéns e boa sorte!
Embora não tenha certeza se consegui entender de todo a proposta da história, acho que vale muito pela escrita e pela beleza das palavras. Parabéns!
Carpe diem! Os amntes puderam desfrutar o momento romântico, ao meu ver, porque não se falaram…
Texto bem escrito, frases bem construídas que trazem um efeito positivo, muita emoção.
Parabéns pelo alto-astral. Boa sorte!! Abraço.
Adorei o conto! Uma história completa que cativa. Boa sorte no desafio
Muito bom o texto. Fico aqui me perguntando: amor a primeira vista? Amor de verão? Ou de carnaval? Ou amor? Talvez, apenas a beleza do momento de dois solitários. Então, o texto mexe com a gente e arte é isso. Parabéns! Boa sorte.
Caro mar, um texto belíssimo. Uma técnica muito bem escolhida preenchendo o pouco espaço com as palavras certas. Um narrador onipotente num texto curtíssimo. Poético e concreto. E o final vago e sem resolução como os próprios sentimentos do ano novo. Amei. Um abraço.
relendo aqui, parecem mesmo ser um casal de surdos, ou surdos-mudos, pelas dicas do céu e da areia. Deixou ainda mais lindo.
Olá, Mar! Conto muito bonito. Um romance que dispensou palavras e que, ainda assim, conquistou seu objetivo. O final me parece aberto a interpretações, o que me deixa ainda mais satisfeito com o rumo escolhido. O “felizes para sempre” de um romance rotineiro apareceria no final, enquanto aqui ele vem antes, no começo. É o “eterno enquanto dure” atualizado. Bom trabalho. Boa sorte no desafio!
A rotina, um instante simplório de um dia, um evento ordinário que toma proporções colossais………..são alguns enredos que podem ser muito bem explorados no micro-conto…………Silêncio se aproveita muito disso…………transforma segundos em anos, projeta um verdadeiro conto de fadas, e volta majestosamente para a realidade…………parabéns!
Olá, Mar, parabéns pelo conto, bastante sensível e bonito. A narrativa envolvente me levou para dentro do conto, que foi muito bem escrito, O título Silêncio é também o título de uma pequeno texto meu que fala de pessoas mudas… seria este também o caso do seu microconto? Não se falaram por serem mudos, mas, ainda assim, se relacionaram? Fica a pergunta neste final aberto, que eu prefiro interpretar que sim, que se amaram sem palavras faladas. Gostei bastante. Parabéns e boa sorte.
eu aqui respoidendo ao meu próprio comentário para substituir o termo mudo por surdo-mudo. Desculpe a distração.
Olá!
Pra que complicar o que pode ser fácil de dizer, ou melhor, de escrever, não é? Narrativa gostosa de visualizar. E com o final que justifica o meio de forma delicada.
Parabéns!
Texto bem legal retratando o encontro de duas pessoas – na praia de Copacabana no último dia do ano?
O texto passa uma mensagem lúdica, com discursos indiretos relativamente a ele e a ela, com reflexões internas bem ajustadas.
No fechamento, creio, o conto – parece – insinuou que aquele momento durou apenas tempo do encontro, que não teve continuidade a despeito de a “mulher” haver dito que “agarraria aquele homem até seus últimos dias”.
Isto se explicita na frase final, quando o narrador nos informa que “[Eles] Nunca se falaram”, provavelmente nos passando a efemeridade daquele encontro.
Há nesse ponto conflitos entre desejos e o controle narrativo do autor, que dirigiu o conto segundo a sua vontade e não de seus personagens.
Foi isso que percebi.
Boa sorte.
Delicado, terno, sensível, sutil, leve. Palavras bem colocadas em uma prosa que flui tranquilamente e que a mim encantou-me. Parabéns pelo belo conto.
Gosto da poesia presente no texto. Passou de forma simples uma linda mensagem.
Eu adoro romance e seu conto ficou encantador, e o seu conto me lembra o poema Nirvana Bukowski, que é um dos meus prediletos. Veja bem, são obras distintas, mas pra mim ambas tocam meu coração com a mesma intensidade.
Gostei.
Sutil, harmonioso, gracioso até. Um bom sentimento ao ler, querendo algo a mais e, no final, sem palavras para não quebrar o clima do sentimento. Parabéns!
Não é meu gênero favorito de leitura, mas gostei bastante do conto, delicado, sutil e encantador pela escrita.
Não sei se é um texto autobiográfico, ou fictício, pareceu ser escrito com muito carinho pela situação. Acho que a maioria de nós gostaria de viver um momento assim, parabéns pela escrita, boa sorte.
Que lindo!! Será que todo o silêncio é pq eles eram surdos? Nunca se falaram.. talvez nunca com palavras audíveis…
Eu gostei muito! Quanta sensibilidade e delicadeza!
Parabéns e boa sorte!
Romântico demais para o meu gosto. A emoção é passada de maneira bastante poética, as palavras parecem ter sido escolhidas com cuidado. Mas é um início, meio e fim bem simplório, sem nenhum elemento a mais que me prendesse a leitura.
Uma prosa poética como as ondas do mar, crível como todo o silêncio arredio e ensurdecedor, mas incompreensível por não existir uma única fala entre corações tão carentes. Belo conto nas palavras impregnadas de imagens, de poesia e água de mar. Parabéns autor (a).
Me fez relembrar que silêncio não é calmaria absoluta. Aliás é terreno fértil aos sentimentos, inclusive diante da incerteza do porvir. Bastante reflexivo.
Adorei, escrita ritmada como as ondar do mar… Pura poesia em forma de conto, sucesso!
Sensível e muito bem ambientado, gostei bastante! Boa sorte!!!
A situação é inusitada, tal qual a alegria de um carnaval. Ótimo achou a quem precisava. Microconto muito bem escrito. Em poucas palavras o autor desfiou todo o ruim do ano e toda a esperança de um novo. Pular ondas, digamos que isso é só praxe…
Parabéns!
Olá, Mar! Lindo e poético seu micro. Ele é bem escrito, as pausas estão muito boas, no ponto certo. A história é romântica e de uma delicadeza ímpar. Agradou muito a sutileza de não deixar explícito para o leitor quais são os personagens. Na minha leitura entendi que se trata de um casal surdo e mudo, assim justifica o título silêncio e o final “nunca se falaram’. Parabéns pela obra, encantadora!
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Um conto que traz a delicadeza da descoberta do amor. Pularam as sete ondas e nunca se falaram? Talvez porque ali mesmo se encerrou um romance. Ou quem sabe se comunicavam sem palavras? “O céu surdo” e “as pegadas mudas” dao a dica de quem são os personagens. Gostei. Boa sorte!
Fácil de entender, a leitura é agradável e eu gostei bastante do final. Muito romântico. :DD
Apesar de alguns clichês, o conto está excelente, bem escrito e com a leveza e liberdade de um microconto. Parabéns Mar.
ahh eu não vou dar spoiller.. achei lindo!!
(acredito q falam sim, por Libras 😉 )
parabéns, autor(a)!