Mirou a imagem no espelho. A maquiagem branca e espessa sobre o rosto, o sorriso vermelho e falso, as sobrancelhas em arco, o nariz carmim.
Ria, disse a si mesmo, a alma esfacelada pelo desatar de um nó. Vista a fantasia. O público o espera.
Não sucumbiria. Mesmo que ela estivesse ali, em meio aos assistentes, nos bastidores, abraçada ao saltimbanco, testemunhando o espetáculo.
Sim, sufocaria a dor em seu próprio peito. Transformaria o soluço em riso, destroçaria a amargura com uma cambalhota.
Ao final, entre aplausos, o pranto afogado, o coração envenenado, olharia na direção dela. E sorriria.
Texto expressivo e muito rico, uma belíssima experiéncia de conhecer a tristeza de outra forma. Parabéns!
O conto do palhaço triste é algo que sempre me toca profundamente.
Gostei muito da descrição dos sentimentos do Palhaço, ainda mais com o esse número minimo de palavras que o escritor usou.
Um conto esplendido.
Um grande abraço.
Fico imaginando, quem será ela?!
É um texto muito expressivo, mostrando um lado até melancólico e contrastante com o trabalho que ele executa.
Cena completa e rica, gostei da ambientação e da forma como o conflito foi exposto, no mundo do circo. A temática do palhaço triste, como antípoda de seu papel, é bem comum, mas aqui ele foi explorado de forma bastante poética e crível. Meus parabéns, sucesso!
Uma coisa chamou muito a minha atenção nesse micro: o lugar é comum, o tema que traz o palhaço é comum, ele é todo comum, EXCETO pelo fim. O momento em que ele olha para a plateia e, finalmente, sorri verdadeiramente ao vislumbrar alguém. Lindo!
Boa sorte!!
Boa tarde! O conto é bem escrito, fluido e narrando o processo de maquiagem e preparação para o espetáculo. Temos o palhaço que vai fazer rir, mesmo triste e com sua affair com outro. Porém esse tema é um pouco batido, do palhaço sofrido que precisa se transformar, então não me impactou muito.
Olá, Leão.
Bonito conto. Lembra o personagem de “Pagliacci”, o palhaço traído. Algumas partes lembram a letra de Smile, do Chaplin. Boa escrita, boa conclusão, belas frases.
Boa sorte no desafio!
Conto parece inspirado naquela piada do grande palhaço Pagliacci, ou em qualquer outra versão dela antes de Watchmen. Também centrado na própria essência da palhaçaria, que é fazer do sofrimento riso.
Ainda que descritivo demais pra mim, contando como ele se sente, invés de me mostrar isso, teve seus efeitos.
Abraços.
Olá, Leão. O tema do palhaço que atua, abafando a dor pessoal nas gargalhadas de audiência que nunca chega a olhá-lo como pessoa, é recorrente, quase lugar-comum. Aqui, foi bem trabalhado e juntou uma história de amor frustrado tendo como base a tristeza e um sorriso final a dar um remate perfeito. Gostei. Parabéns e boa sorte no desafio.
Apesar do clichê já exaurido do palhaço depressivo, o seu tem um detalhe que muda tudo: ele não é depressivo, apesar está em uma situação difícil. Esta situação é apresentar-se para um publico como uma pessoa feliz e entretê-los sabendo que sua ex-amada estaria ali observando-o. O conto, então, não é sobre depressão mas sim sobre superação. Interessante!
Escrita: muito boa
Conto: Bom
Um conto ao estilo o Show Deve Continuar. A personagem sofre, mas não se deixa abater e faz o que precisa ser feito. Parabéns.
Pra Todo Mundo de Flávio José
Pra todo mundo
A minha cara é de alegria
Porque ninguém tem nada a ver
Com a minha dor
O meu lamento
Ninguém não pode dar jeito
Se todo mundo tem
A marca de um amor (bis)
Palhaço com coração destruído mantém o espetáculo de alegria.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — ótima. Todo o conto se passa no espelho. A projeção de intensões foi fantástica. Trabalho de gente grande.
Impacto — muito bom. Mais pela técnica do que pela história.
Trama —muito boa. Emoções em movimento através da estática do sorriso frio no espelho.
Objetividade — muito boa. Enriquecido por narrativa fluida.
Achei um bom conto. O mote do palhaço triste é meio clichê, mas achei o texto bem escrito e convincente de que o palhaço estava realmente sofrendo. Boa sorte no desafio.
Gostei da maneira em que trouxe o palhaço em um dilema consigo mesmo. O amor pode deixar as pessoas infelizes, mas também felizes, depende de quem conta a história. Se ele sorrir ou não, ainda continuará sendo a piada. Boa sorte
Olá, nossa que força de vontade desse personagem. Você mostrou muito bem como ele se sentia e como se esforçava para ser forte diante da dor que ele sentia.
Acho que seu microconto ficou excelente, tanto pela escolha do tema, quanto pela maneira que escreveu. Muito criativo.
Contos com palhaços sempre despertam diversas sensações. Esse texto foi um deles, que despertou muita coisa. Parabéns!
Não posso ir pelo gostei ou nao gostei, mas…
eu detesto essa alusão ao palhaço sofredor..nossa… me repulsa… alguem um dia descreveu isto, ok.. acredito q algumas vezes o palhaço sofre e o espetaculo tem q continuar, assim como qualquer artista de palco, incluso os professores…
mas sempre isso? ninguem mais olha o palhaço como alguem q seja realmente alto astral e que faz do sorriso a sua vida..
nao sei.. eu nao gosto desta abordagem.
.
mas desabafo feito
seu conto é muito bom, bem executado, gostei especialmente da penultima frase .. está de parabéns!
Olá!
Sempre achei a vida de palhaço muito difícil. Fazer sorrir é para os fortes.
Bom texto.
Parabéns.
O conto me remeteu imediatamos ao Circo do Chaplin. Das muitas verdades desse mundo, uma se destaca: o palhaço é o mais sozinho dos sujeitos. E ter que suportar isso com um sorriso no rosto é a maior das dores. Um conto que não merece outra coisa:
Oooooooooooooooooooutstanding!
A foto acaba mostrando que se trata de um palhaço, e tirou uma parte da graça que era imaginar se era isso ou não. Ficou o momento triste como atrativo do conto. Acho que ficou muito bem feito a história e bem estruturada, apesar de ser batida.
O desafio de um palhaço de coração partido. O de rir sem sentir. Achei bem retratado, especialmente pela descrição inicial voltada ao esforço dele e o desfecho mostrando que foi bem sucedido. Torcemos por ele, mas, ao mesmo tempo, não queremos que suceda em tarefa tão inglória.
Oiiii. Um microconto tocante que conta a história de um palhaço que mesmo sofrendo disfarça o sentimento com um sorriso e maquiagem, luta contra ele mesmo para que o show possa continuar. Achei bem interessante toda a ambientação criada, pois nos faz refletir como muitas vezes a vida nos obriga a sorrir quando na verdade queríamos chorar, como a vida é um espetáculo que muitas vezes não permite pausas para recuperar o sorriso. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Olá,
Muito bonito, viu. Um conto carregado de sentimentos. Podemos sentir com o personagem palhaço/artista a angústia de ter de representar a alegria que ele simboliza, ainda que ele esteja carregado de tristeza.
Certamente, é difícil representar o que não somos ou como não estamos.
Muito bom.
Abraço,
Achei um conto bem escrito, um drama carregado de emoções. O palhaço desprezado pela amada, tenta vencer a dor. Acho que tudo combinou no texto, o circo, o palhaço apaixonado, o desprezo e a superação.
Olá, Leão!
O palhaço que ri enquanto deseja chorar. Nada mais clichê que isso, hahaha. O lado bom do texto é sua narrativa cheia de qualidades. Sobre a história, a única dica que posso te dar é essa: arrisque-se mais. Saia da zona comum. Pois, no final, a criatividade vive tanto na forma como no conteúdo.
Enfim, é isso!
Parabéns. E boa sorte no desafio!
Oi, Leão! O conto me retratou bem o ofício do palhaço, simbólico do humor e do entretenimento. A sutileza de como exposta a dor de um amor não correspondido, em contraste com o dever de entreter inclusive a própria amada, foi fantástica. O pseudônimo tem a ver com aquela abertura tradicional do cinema? Parabéns e boa sorte!
Olá, Leão.
Seu pseudonimo teria a ver com sua força e coragem? Se for, bem apropriado. Não sei se o personagem é realmente um palhaço ou uma metáfora à sua força no enfrentar de uma situação difícil, mas o texto é muito bem escrito e sensível. Gosto muito das histórias de palhaço. Eles são sempre muito inspiradores. E o seu texto não ficou melodramático ou previsível. Foi ótimo. Um abraço.
Olá, Leão!
Eu entendi seu conto como uma metáfora. E gostei muito!
Vi o palhaço, o circo, o espetáculo, o amor não correspondido, mas tudo isso só pra mostrar o que todos já passamos um dia… as máscaras que vestimos, os sorrisos falsos que damos, as lágrimas que reprimimos, o “Estou bem” que falamos mesmo estando prestes a desabar, todos nós já agimos assim alguma vez, fazemos da nossa vida um espetáculo, e ninguém sabe como estamos realmente por dentro. Eu gostei muito!
Parabéns e boa sorte!
Belo conto. O amor perdido e a luta de seguir em frente. Seja como palhaço ou como magistrado, ou como jogador de futebol. “Tiritas pa este corazón partió”. De onde vem a força? Do dever, o gigante incolor, segundo Mira y Lopez? Ou do fato consumado e da necessidade de seguir em frente? Obrigado pelo Detox literário! Boa sorte no desafio.
Um belo texto sem dúvida. O tema já foi muito explorado, mas temos aqui sua visão então respeito. Boa sorte.
O ser humano é capaz de esconder a própria dor por razões diversas. O texto me deixou reflexiva (e também um pouco depressiva, confesso). É tocante, na sua forma mais bela de espetáculo. Uma cena real (o palhaço foi trocado pelo saltimbanco) que, aliás, também pode ser interpretada como metáforas (alguém que esconde os verdadeiros sentimentos diante de uma plateia – a vida). História completa, vocabulário excelente, texto memorável.
Muito legal a maneira como você explora as contradições do personagem, entre seus sentimentos reais (dor e sofrimento) e a necessidade de demonstrar alegria e ser cômico. Parabéns!
A leitura inicialmente me remeteu ao Coringa, mas o texto na verdade retoma o tema do palhaço triste, que dissimula seus sentimentos por trás da máscara da alegria. Nada da agonia do Coringa, mas a tristeza por um amor desfeito, a amada nos braços de um saltimbanco igual. Gostei da linguagem e do ritmo, harmônicos com o tema e o enredo. Também gostei do fecho, não é impactante, mas suave e poético, bem de acordo com o texto. Parabéns e boa sorte.
Então, o seu conto mostrou para mim a realidade de todos os artistas que vivem da sua atuação… Ter que anular seus próprios sentimentos, sejam negativos ou positivos, em detrimento dos sentimentos da sua personagem! Esconter no seu intimo e só mostrar o que se deve no espetáculo… Muito bonito a forma que você escreveu e um palhaço sempre é uma figura trágica para mim, parabéns pelo belo conto!
Olá,
A referência ( proposital ou não) ao filme coringa foi muito forte aqui, não consegui pensar em outra coisa senão aquela cena dele se preparando para o trabalho. isso de certa forma prejudicou minha visão sobre seu conto, perdeu originalidade e qualquer impacto que pudesse prometer. Isso não é justo, eu sei, mas…fazer o quê?
A angustia do personagem é palpável a escrita é boa, embora tenha elementos comuns para ”forçar o drama” que nem sempre funciona. Não sei, o texto ” oportunista” deixa tudo em segundo plano…O excesso de adjetivos deixa um tom exagerado, não menos verossímil em todo caso.
No mais, gostei do geral. Parabéns pelo trabalho.
Achei seu conto artístico, embora as primeiras partes tenham me lembrado muito o filme Coringa, o que é um ponto negativo.
Isso mesmo, tem que sorrir. A finalização foi show de bola, supimpa mesmo.
Só o começo e a associação que eu fiz com o filme, não me agradaram. Não quer ler o que já vi, mesmo que seja coincidental e não inspirado.
Parabéns
A imagética desse conto é bem forte – podemos imaginar o picadeiro, a audiência e vários números deste espetáculo. Em contraste a isso, sentimos a dor do palhaço, outro signo visual positivo, bem trabalho em oposição ao polo negativo.
Mesmo em um enredo curto, sentimos a dor desse profissional, a dor da separação/traição, do distanciamento não físico, mas sentimental – tudo isso (tentando ser) escondido por sua máscara.
Parabéns pela bela narrativa, habilmente construída.
Boa sorte!
Texto poético e cheio de sentimentos, leitura fluida, retrata o exercício de esconder a dor enquanto a vida segue. Acho que o exagero em adjetivos combina bem com a decepção do personagem. Parabéns!
Ah! Esse amor danado que magoa o peito! Narrativa carregada de dor pelo desamor da amada. Ela preferiu outro. Mas o espetáculo segue, é preciso colocar a máscara e continuar a caminhada. O tempo não para, a vida não para.
Texto bem escrito, poético, denso. Rico de sentimentos.
Boa sorte!
Abraços…
Olá Leão, você pegou um tema já muito trabalhado em todas as artes do palhaço triste. Aquele que por nos faz rir estraçalhado, chorando, por dentro. Só que ao trazer esse enfoque do amor perdido, trocado por um colega (quem sabe mesmo um amigo lá dentro do circo), trouxe nova chama ao tema. E aí, eu lhe conto que gostei bem disso, esse triângulo amoroso sob as lonas enriqueceu seu texto. Fico cá pensando se a sua história não teria ficado ainda mais rica caso tivesse cortado um pouco mais nele. Conto já é a arte da concisão, que dirá o micro conto, não é mesmo, Leão? Bem, ficou boa sua narrativa e é isto que interessa. Meu abraço de parabéns.
Conto muito bem escrito que evoca o tema de Pagliacci, com bom ritmo e imagens interessantes. O exato tipo de relação que há entre o palhaço e a mulher permanece uma incógnita, mas os sentimentos do primeiro são retratados de modo vívido por meio da contraposição à farsa que está prestes a desempenhar.
Palhaço de uma tristeza ocultado na fantasia da alegria. O espelho reflete suas mágoas, mas a culpa não é do espelho, ele sabe disso. É da vida lá fora. Que agora vai enfrentar às gargalhadas. Porque, é provável que ela esteja lá. Mas é isso, a resiliência é o melhor consolo. Sensibilidade a flor da pele. Um conto doído, melancólico. Grande enfoque dado para um amor perdido. Parabéns, Leão pelo belo, mas doloroso conto.
Tem um tom romantico no conto do palhaço. Muito bom cada termo que voce usou. Me cativou. Boa sorte no desafio.
A história do palhaço triste, que precisa rir e provocar o riso é bastante comum, mas aqui aparece com roupagem nova: um triângulo amoroso e a amada, possivelmente, assistindo ao espetáculo com o outro. Gostei do tom banzeiro, da fluidez, da linguagem concisa.
Boa sorte! Parabéns pelo texto. Abraço.
Olá, Leão! O conto é bem bonito. Melancolia é o tom principal aqui, contrastando com a profissão do personagem. Mas não compro a ideia de que a amargura foi destruída. Todo o desenrolar da preparação para o espetáculo da noite foi em cima do que aconteceria se ela estivesse lá, e era apenas uma hipótese. A amargura está lá, inteira. Bom trabalho. Boa sorte no desafio!
Conto superação.
Palhaço, creio, traído em seu amor, fará uma apresentação em que, magoado com a perda, dará sua cambalhota e ainda sorrirá para a amada que o abandonou.
Uma solução interessante para o conto seria rebaixar os sentimentos [redução do número de adjetivos] do protagonista transferindo-os ao leitor de forma mais sutil, talvez com pouquíssimas palavras.
Boa sorte.
Ah, a dor do palhaço. Um eterno desgraçado. E todo mundo ri, das piadas e misérias. Belo conto. Bem escrito. Parabéns.
Quantas situações na vida passamos por essa sensação de separar as coisas. A frustração e a dor não podem fazer o espetáculo parar. Parabéns e boa sorte!
muito bem escrito. sensível. mostra a força potencial e a duvida. ele realmente sorrirá?
Adoro esse contraponto do palhaço que carrega uma grande tristeza dentro de si. ao contrário de outros, gostei do uso dos adjetivos, achei que foram bem utilizados. Parabéns e boa sorte.
Olá, Leão, muito bom o seu microconto, gostei bastante. Bem escrito, bem desenvolvida e muito bonito, apesar de triste. A foto é lindíssima e a escolha do título e pseudônimo também foi boa.
Só sugeriria que colocasse aspas em “Ria”, para facilitar a leitura. O final, não é surpreendende mas é singelo, bonito, uma única palavra que diz tanta coisa, que encerra e amarra,de maneira brilhante, todo o texto.
Parabéns e boa sorte.
Acho que meu comentário vai de encontro com o da maioria. Concordo com a Renata, achei um ótima escolha dos adjetivos, por mais que pela imagem já fique claro, antes mesmo de se ler o micro conto, que se trate de um palhaço, os adjetivo vão te preenchendo com o personagem.
Acredito que a tatuagem do escritor se apresenta já nas primeiras linhas de sua obra, se tu gosta de desenhar teus personagens, objetos e afins, com milhares de adjetivos, faça, desde que isso não perca a fluides do texto e não confunda mais que exemplifique, não vejo problema algum.
Confesso que essa história de “palhaço que sofre por amor”, independente de ser um palhaço metafórico ou real, é meio clichê, mas isso não diminui em nada a qualidade da escrita.
Achei que o conto apresentou um enredo simples, honesto e que cumpre bem o seu papel.
Parabéns pela obra, boa sorte!
Olá, Leão! Máscaras, todos nós usamos. Escolher o palhaço foi sábio. Aparentemente ele está mais para o humor, mas debaixo da pintura esconde suas tragédias. Narrativa que flui bem e de fácil compreensão. Um bom micro.
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Olá!
Menos é mais e, acho, que poderia ter mais força ainda com menos palavras. Mas gostei do texto, apesar de tudo. Pensei em situações que precisava dividir espaços públicos com pessoas que não gostaria, ou que me machucaram. É isso: faça de conta que está tudo bem.
Parabéns.
Palhaço também sofre, lembra do palhaço Pagliacci, do Alan Moore? Então, foi o que lembrei ao ler seu conto. Seu conto tá bem elaborado. Boa sorte
Gostei de imediato do seu conto! Colocar a máscara da felicidade e propor alegria para o outro quando por dentro se está destroçado configura a beleza do seu conto. O autor utiliza a figura do palhaço e eu me pergunto quantas vezes não nos obrigamos a expressar uma felicidade que naquele momento não habita em nós? Parabéns pelo seu belo trabalho.
O palhaço pode ser considerado o rei do palco, ribalta ou picadeiro.
Ele reflete a alegria da tristeza, a brincadeira da solidão, a força da fraqueza, espalhando e se configurando como representante de quem o assiste.
Ele funciona como catalisador dos sentimentos humanos, retratando, brincando, pulando e, no final, sorrindo para uma especial presença.
Gostei!
Sorte no desafio!
Credo, que coisa ruim ter de se confrontar, confrontar um amor e confrontar um público que espera algo de você, quando você mesmo não está num bom momento. Não dava para ser pior. Acho que esse sentimento foi o ponto algo do micro conto. Mas do meio pro final, há uma tentativa de passar algo motivacional que não surtiu efeito em mim e, por ter dado um 180 no conto, me acabou sendo um anticlímax para a história.
Quanto aos adjetivos, não os vi como problema, apenas achei “coração envenenado” brega, fora isso, tudo ok.
Correção: “…ponto alto do micro conto”
A imagem antagônica do palhaço, que deve passar o que não sente para o show continuar, é transmitido no texto de forma bastante competente. O verbo “sorriria” dá o ponto de basta certeiro à ideia do conto. Congratulações.
um texto bastante rico e os adjetivos só o fortaleceram mais! Tenho que destacar também que a imagem e o título também me agradaram muito. Parabéns!
Um conto sofrido de um amor não retribuído? Gostei da analogia com a realidade, onde vestimos nossas personas e engolimos o choro e tristeza, sorrindo para os outros que apenas veem em nós a falsa figura da alegria constante…
Não sou fã de palhaços, mas gostei desse microconto. Primeiramente, é interessante observar que o palhaço, na verdade, representa aqui todo artista, mesmo aqueles os quais não performam espetáculos e a necessidade de valer o velho mantra eternizado por cantores de samba e produtores de Hollywood (O Show tem que Continuar). O palhaço deve manter a pose e seguir sua tarefa de alegrar o povo, enquanto ele sente-se completamente inalegre, especialmente diante das vistas de sua amada.
Além disso, o palhaço também representa qualquer pessoa que algum dia já sofreu uma decepção amorosa e precisou manter-se firme, quando a única coisa que deseja é demonstrar sua resignação.
Parabéns!!!!!!!!
Um palhaço se prepara para o espetáculo. Embora triste, infeliz com uma desilusão amorosa, ele se força a expressar alegria, pois é isso que esperam dele. Já vai calculando o que enfrentará quando estiver no picadeiro. E mesmo chorando por dentro, sabe que sorrirá para a amada. A história está toda aí, sem surpresas, apenas o tom melancólico de um palhaço que resiste em nome da profissão. Está bem escrito, talvez pudesse ser um pouco mais sucinto, mas não vejo falhas perceptíveis. Boa sorte!
A história é boa, o final , de certa forma, surpreende, mas como microconto usou muitos adjetivos. Algumas imagens poderiam ficar sugeridas em vez de descritas com tantos detalhes.
Certo, você escolheu o caminho de trabalhar adjetivos e idéias clichês (não leve para o lado negativo, é apenas mais um recurso) para falar muito com poucas palavras. Se a idéia era deixar o texto pesado, funcionou. O sorriso no final saiu sufocado muito por causa disso. Esse tema do duplo, da imagem no espelho, é um lugar comum blaster! Aí é realmente uma escolha difícil para trabalhar a originalidade, a não ser que você invertesse alguma expectativa. Estilisticamente o conto realizou o que se propôs, sem pretensões maiores.
Fantástico! Muitos elogios!
Parabéns
Um microconto deve falar ao leitor mais pelo que não está escrito do que pelo que efetivamente está. Vemos aqui essa tentativa, já que temos um triângulo amoroso entre o palhaço, o saltimbanco e a mulher. O palhaço, ao que se vê, foi preterido e agora chora pela perda de seu amor, mas, ainda assim, quer levar o show até o final.
Como não assisti o Coringa (devo ser a única pessoa na Terra), não fiquei influenciado por uma imagem anterior. Para falar a verdade, a foto escolhida me ajudou a afastar do texto qualquer cenário contemporâneo, aproximando-o, ao revés, de uma atmosfera vintage.
Entendi como necessária a descrição do personagem, já que a tentativa, pelo que notei, foi opor o colorido desse tipo de figura com o caráter cinzento do drama por ele vivido.
Contos que falam de amor costumam ser bem lembrados, já que esse é um assunto universal. Uma opção arriscada, porém, num desafio tão abrangente quanto este. De todo modo, parabenizo o autor e desejo boa sorte no desafio.
Fica tranquilo que eu também não assisti.
Eu gostei. Achei que os adjetivos foram me ajudando a mergulhar no universo do palhaço, e claro, lembra o Coringa, mas só no fato de sorrir com tristeza – ao contrário do vilão, o protagonista aqui é extremamente lúcido.
Muito boa sorte no Desafio
Abraços
É Bia, adjetivos sobrando de novo………..haehaehah…………..num MicroContos, com 99 palavras, eles acabam por interferir na objetividade…………esse palhaço me fez lembrar do Coringa…………”Ao final, entre aplausos, o pranto afogado, o coração envenenado, olharia na direção dela. E sorriria.”…………o sorriso como vingança de um ato que talvez só o personagem perceba…………….achei também que a ilustração não ajudou muito………..é difícil ligar o palhaço da foto à história………….
Olá Eder. O duro dos tempos atuais é que as referências estão contaminadas e isso acaba fazendo as pessoas não enxergarem as nossas fontes verdadeiras, por mais que a gente tenha deixado pistas aqui e ali. Culpa minha, óbvio, e não de quem leu. Quanto aos adjetivos, prometo trabalhar nisso… se você prometer também rever seu apego por reticências. Obrigado.
Gostei. Está bem escrito e conta em poucas palavras uma história com impacto emocional.
Olá, boa noite! O recorte de uma história de amor não correspondido, recheada de adjetivos… A impressão é a de que esses adjetivos estão sobrando. Branca, espessa, vermelho, falso, carmim, esfacelada, e lá no final afogado, envenenado… Pra mim, uma overdose, uma quantidade de palavras que poderia ser mais bem utilizada. Acho que a emoção que você queria passar não deu certo, ficou engessada em algum lugar do texto. Boa tentativa, é um texto que pode ficar melhor do que está, seguindo o ritmo reflexivo. Mas aí, é claro, vai ultrapassar as 100 palavras… Boa sorte e obrigada! 😉
Olá Bia. Contar e mostrar, eis a questão, kkk Achei que usando os adjetivos seria mais legal para o leitor intuir que era um palhaço. Melhor do que dizer direto que era um né? Por isso a alusão ao colorido da maquiagem. Mas, se a gente pensar que é um desafio de palavras também, talvez eu devesse ter sido direto mesmo kkk. Mas te agradeço o comentário. O show não pode parar.