Linhas brancas e nacos de cetim dourado entrelaçam suas mãos mágicas. Fitas de seda, pérolas rubras e miçangas de cor carmim reluzem sobre o tecido escolhido. No pequeno pedaço de papel posto a mesa, rabiscos grotescos. A grafite, fragmentada pela força de sua raiva, demonstra não estar disposta a colaborar. Ainda assim, ele insiste. Mesmo com a ponta carcomida de seu lápis, seus traços rascunham o mais sublime de todos os vestidos. O pedido exige responsabilidade. Desta vez, não se trata de uma encomenda qualquer. Ariele traz sobre si dolorosas marcas de um passado de violência.
Um pouco confuso, mas conta a história de uma mulher, designer de vestidos, que demonstra sua dor e as lembranças do passado.
Vi comentários e comentários sobre teorias e os sentimentos da personagem.
Um conto muito complexo, gostei muito.
Um abraço.
Talvez duas personalidades em uma pessoa, uma sofrendo com a outra mas seguindo firme.
É um texto muito interessante que leva á muitas interpretações.
Parece que estava a caminho uma cena de Shades of Gray, e aparece uma história de uma encomenda de um vestido para encobrir a violência sofrida por uma mulher. Seria um vestido de enterro? E por tabela, ainda aprendi sobre o gênero da palavra grafite. Porém, não consegui me emocionar com o texto, talvez pela falta de espaço. A conferir. Boa sorte!!
Minha interpretação foi a seguinte: Ariel foi até um estilista para fazer seu vestido de noiva (os elementos me fizeram entender isso). O estilista está tirando suas medidas. E ele sabe que não trata-se de uma encomenda qualquer, pois a noiva já foi vítima de violência. Será que é isso?
Boa sorte!!
Boa tarde! O conto é interessante e traz uma delicadeza que o torna bastante sublime, bem escrito. Mas mesmo assim parece que alguma coisa não se encaixou, deixando a história meio confusa. Bonita, principalmente trazendo a questão da arte, pintando alguem (ou se pintando), dos tecidos, da pele, mas ainda confuso.
Olá, Ariel.
O conto, embora curto, traz margem a mais de uma interpretação. O autor do conto (Ariel), a personagem que sofreu um passado de violências (Ariele), a profissão de estilista, levam-me a crer que o/a personagem é transexual. Bacanas as descrições, embora tenha achado o texto um tanto difícil de perceber.
Boa sorte no desafio!
Um enigma. Bem difícil entender o que se passa, apesar de ficarem claras as emoções envolvidas.
Alguém desenha algo sob coação. A insistência de quem coage vence, e essa pessoa, entre sedas e cetins, desenha o mais sublime.
São muitas possibilidades de leitura, mas um pouco além do que eu aprecio. Está tão aberto as interpretações que quase podemos ler qualquer coisa.
A última frase parece estar sobrando, e num micro é um grande crime deixar tecido a mais, ou fios sem arrematar. Parece uma tentativa de informar, mas fica informativo demais. Em outros momentos também sobra, como dizer que as pérolas eram rubras e as miçangas carmim. “perolas e miçangas carmim/rubras/vermelhas/…”, se a diferença entre rubro e carmim não é importante, pra que fazer essa diferença?
Deixar tudo em um parágrafo também não foi uma boa escolha. Ficou um bloco bruto de texto, que não serve à sua narrativa. Acho que seria interessante o texto mais leve possível, pra gerar o contraste com o peso da cena, assim como o sublime dos tecidos e do desenho fazem.
Abraços.
Olá, Ariel. Muito bom. Desde o início, que revela a delicadeza da peça que, ao final, se pretende costurar. Costurar feridas, costurar o passado e arrancá-lo ao futuro. A violência e a revolta empática do estilista. A frase final, um remate perfeito. Mas, ainda assim, o conjunto fica confuso, o que é pena porque tem uma intenção clara que não passa com essa clareza. Parabéns e boa sorte no desafio.
Confuso. Pela escolha do nome e do uso de pronome masculino na frase, suspeito que se trata de uma estilista transsexual que agora faz um vestido para si mesma com as lembras de seu passado violento. Mas o conto é bem aberto a interpretações.
Por outro lado a cena é bem forte e muito bem descrita, o que confere pontos ao autor.
Escrita: Muito boa
Conto: Médio
Entendi que alguém está sendo obrigado a desenhar vestidos para outra pessoa se dar bem com eles. A prisão pode ser física ou emocional. Boa sorte.
Estilista vítima de violência decide provar seu valor (e vingança) através de sua arte.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — muito boa. Me surpreendeu pela emoção passada através dos objetos da cena.
Impacto — muito bom. A ausência de obviedades me diverte.
Trama — muito boa. Mais pela inexatidão dos sentidos que nos desperta.
Objetividade — muito boa. Não é um conto com palavras aleatórias e sim um desafio ao leitor “fast-food”.
A escrita é boa e a descrição também, em alguns momentos, até mesmo pela imagem usada, percebe-se algo macabro envolvendo Ariel. Porém, isso não fica claro, o que talvez tenha forçado a autora a afirmar isso na frase final, porém não acho que fosse necessário contar isso no fim. Poderia estar dentro da narrativa e o final trazer outra coisa. De toda forma, parabéns pelo micro e boa sorte
Olá, seu microconto foi muito bem escrito. O modo como citou todas as fitas, miçangas, pérolas, nos faz imaginar muito bem o trabalho desse personagem.
São vários detalhes que contribuem para visualizar a cena, parabéns. Gostei do final e como mostra que esse trabalho dele é mais importante que todos os outros.
Só não entendi porque ele estava com raiva.
Um ótimo microconto, parabéns
Descrição detalhada e muito bem feita! Apesar disso, achei a mensagem do texto um pouco confusa.
O narrador faz uma descrição detalhada da cena, porém não as intensões dos dois personagens, somente leves sinais de sentimento, o que obriga o leitor a concluir o resto e muitas vezes, nesse caso, a ideia não é mesma do autor e cada leitor interpreta de um jeito diferente. Muitas palavras podem não dizer o esperado, tampouco a verdade.
Vou copiar o primeiro comentario da Sabrina, pois foi exatamente isto que entendi:
‘Ariele é uma estilista muito talentosa que está rabiscando, sob pressão, o vestido especial que ela mesma usará, a mando de seu algoz, alguém que lhe violenta.’
.
Então a autora ou autor explicou o q de fato estava acontecendo no universo deste microconto. Só este fato, o de precisar explicar, já diz q o texto não está claro, e portanto, o ou a autor(a) deve aceitar as mil interpretações surgidas na cabeça dos leitores ou interpretação nenhum pra quem ficou a ver navios…
.
Mas escrever é isso, tirar da cabeça e colocar no papel nunca foi tarefa fácil. ops.. papel não, colocar na tela ^^
Boa sorte!
Olá!
Um texto que me permitiu criar vários “antes e depois” da história.
Boa narrativa.
Parabéns.
Ola Angela. A narrativa permite sim criar uma serie de pensamentos em cima do enredo escolhido. Tem mais antes do que depois se conseguir ler com bastante calma. Não é um texto para ler correndo não, sem respeitar os pontos e virgulas. Se fizer isso, ele perde o sentido. Eu agradeço sua avaliação. Boa sorte a todos nós.
Acho que o conto é todo bem escrito, mas a revelação final acaba sendo direta demais. Parece meio deslocada diante da linguagem poética do restante do texto. Talvez uma metáfora ali pudesse gerar um impacto maior no(a) leitor(a).
Se eu colocasse mais uma metáfora neste conto, com toda certeza, seria apedrejado sem piedade nos comentários do entre contos. Não pense que não cogitei esta possibilidade. Apenas, precisei deixar algo explicito para dar voz a personagem. Sinceramente, para mim (criador do conto), nem acho que Ariele seja a personagem mais importante. Se observar bem, quem mais sofre com toda violência narrada é o estilista. Obrigado pela sua analise.
Conto feito para ser enigmático, pois parece ser uma estilista fazendo um trabalho sob encomenda, mas os elementos vermelhos remetem a sangue e…. enfim. Esse mistério foi bem construído e narrado. Bom conto!
Davenir, quando citei as cores do tecido e dos componentes do vestido, fiz com o intuito de que lembrassem as cores da violência (Se é que violência possa ter uma cor). Era para, de fato, criar um tom enigmático. Creio que tal proposito pode ser atingido com base no seu comentário. Obrigado. Boa Sorte a todos nós.
De início, não se sabe muito o que está realmente ocorrendo, a revelação ficando para o final. Para mim, isso não suscitou um efeito de surpresa, mas uma postura paciente. Como já pontuei em outro microconto, este não é um formato em que aguardar é algo bom. Está bem escrito, mas a narrativa não flui tão bem como poderia.
Oiiii. Um microconto enigmatico e tocante que fala sobre um estilista que se ver diante de uma encomenda muito especial, para uma mulher chamada Ariele que tem um histórico de marcas de violência. Acho que talvez a encomenda se torne difícil, pois devido ao passado de violência de Ariele o vestido seja uma forma de a fazer se sentir bonita de novo, pois muitas vezes a violência psicológica junto com a física acabam com a alegria da mulher. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Parabens Ana carolina. É exatamente isto. Como fazer essa mulher violentada se sentir bonita novamente? Que missão fora dada a este estilista. Ele também sofreu, de alguma forma. A dor dele não está clara, mas, a força que seu papel e lápis sentiu quando ele rascunhava deixa claro que suas lembranças foram de dor. Boa sorte a todos nós.
Olá,
Olha, vi mil teorias sobre esse conto, mas não li nenhuma.
Para mim, Ariele é uma estilista muito talentosa que está rabiscando, sob pressão, o vestido especial que ela mesma usará, a mando de seu algoz, alguém que lhe violenta.
É bastante forte e achei que atmosfera foi bem criada.
Só não sei se teu conto pode ser considerado aberto ou está enigmático demais.
Um abraço,
Esparrame a fofoca ai. Onde viu as tais mil teorias…srsrsr…Ariele é mulher que foi violentada, provavelmente pelo seu ex-companheiro. Quando fez a encomenda do vestido de casamento, onde, recomeçava sua vida, sensibilizou o estilista. A dor desta mulher não veio só com marcas fisicas. Ela surgiu de forma psicológica, moral. O estilista mal podia acreditar que tinha tamanha responsabilidade. Como criar um vestido para uma mulher que sofreu tanto? Como devolver lhe a esperança e fazê-la perceber que a felicidade pode lhe chegar. Talvez o estilista seja sim um homem trans, que tambem sofreu abusos. Talvez seja um homem comum que simplesmente compadeceu-se da dor de Ariele. Talvez ele seja um homossexual que sofreu violências psicológicas (algo muito comum hoje em dia). Tem alguns talvez aqui. O objetivo era este. Portanto, pode considerar o conto enigmático.
Aaaa, captei, Ariel.
Obrigada por vir aqui responder.
Só acho que nós, escritores, temos um papel: o de escrever para alguém ler. Quero dizer é que ser enigmático pode fazer com que os leitores não atinjam a importante mensagem que tu quis passar.
Não ser entendido é como não ser lido.
Eu, particularmente, não atingi a mensagem principal. Claro, sou eu e reconheço minhas incompreensões.
É isso aí. Te parabenizo por escrever sobre algo importante.
E sobre as teorias, havia algumas no grupo dAs Contistas, mas eu passei batido porque não tinha lido teu conto.
Um abraço,
Olá, Ariel!
É um microconto enigmático, feito para ser assim, e que resulta várias interpretações. Infelizmente, não gostei muito da forma do texto. A leitura é densa demais para meus olhos, que procuram leveza. Então, o jogo de interpretações acabou sendo um estorvo para mim, desgastante. Apesar disso, seu texto está muito bem escrito e revela que você sabe muito bem o que está fazendo.
Enfim, é isso!
Parabéns! E boa sorte no desafio!
Fabio. Vi textos neste certame que não me levaram a nenhuma reflexão. Alguns muito bons, outros tão vazios. Apesar de enigmático, o conto traz uma dose de pensamentos. Vamos lá, diga a verdade. Pensar no que pode ter acontecido foi mais prazeroso, não foi? Quem é esta tal de Ariele? Quem é esse estilista que faz um vestido para ela? Por que ele joga nos seus rabiscos a força de sua raiva? Ele sofreu tambem? Desta vez, eu sabia sim o que estava fazendo. E olha que na maioria das vezes nunca sei…srsrsrrs…Boa sorte a todos nós. Agradeço a avaliação.
Achei um conto bem escrito e interessante de ler pela sua enigmática narrativa metafórica, só acredito que poderia ser um pouquinho mais fechado, com uma ideia um pouco mais conclusiva para a interpretação que você quis almejar. Parabéns, adorei a experiência que você nos trouxe com esse conto!
Vanilla. Não queria uma interpretação minha e sim do leitor. Devo ter conquistado essa minha vontade com base nas suas palavras. Vai agradar alguns, desagradar outros. Tem quem nem se importe em interpretar. Esses são os fujões das interpretações de texto. Gostava disso no ensino fundamental. Coisas como: João subiu no pé de feijão. Ai eu pensava…Como ele subiu? Ele foi ajudado? O vento o empurrou? O pé de feijão nasceu de seus pés e o levou? Aqui eu quis tratar de algo mais relevante. Violencia contra a mulher é algo que merece uma interpretação, em especial, das excelentes escritoras que temos neste certame. Algumas nem se deram o trabalho de interpretar. Uma pena. Obrigado pelos seus comentarios.
É um bom texto, no entanto, achei mais uma cena de algo maior do que um micro-conto. Está bem escrito, tem um clima denso e meio enigmático, como já disseram por aí. O impacto foi médio. Boa sorte no desafio
Se violencia contra a mulher não for uma cena de algo maior Jowilton, não sei o que pode ser. Impacto médio significa a decima posição, não é mesmo? Me contento até com a vigesima…srsrsr…Afinal, tambem estamos aqui para isto.
Oi, Ariel! A narrativa segue uma trama enlinhada, mas as pontas soltas abrem a oportunidade de o próprio leitor costurar a interpretação. Na minha, em linhas gerais, Ariele tece um vestido para si mesma, compelida não por um sentimento de festividade, mas de superação, orgulho e autoestima diante da violência sofrida. Acrescente-se a esse enredo uma linguagem rica, bem descritiva. Parabéns e boa sorte!
Se eu tivesse que comentar o meu proprio conto Carlos, provavelmente, não o faria com tanta excelência. Vê se que pegou as pontas e fez as emendas necessárias a sua interpretação. Esse era o objetivo. Obrigado pelo seu comentário e incentivo. Boa sorte a todos nós.
Olá, Ariel.
Seu conto é enigmático, mas contém todos os elementos necessários à interpretação, ali, bem visíveis aos olhos atentos. Basta uma segunda lida e tudo se esclarece. Uma técnica muito boa. Um estilista lidando com a feitura de um vestido especial, com muito cuidado e sensibilidade, como se lidasse com o próprio corpo. Bastante sensual até. A relação metafórica entre o grafite despedaçando-se, resistente, e a alma da mulher despedaçada ficou fantástico. Parabéns por conseguir denunciar a violência contra a mulher de um jeito elegante, sem justiçamentos públicos ou privados, e muito menos panfletarismos baratos. Um abraço.
Luciana, seu comentário me parece ser aquela luz no fim do túnel. Tem que ler sim, duas vezes no minimo, senão, não entende mesmo. Captou o enredo e de quebra construiu para mim um dos comentários que mais me enriqueceram até este momento. Adoro a parte da grafite se despedaçando, é exatamente isto, uma alma feminina, pura, frágil, despedaçada através da metáfora.
Olá, Ariel!
Não achei informações suficientes no seu conto que pudesse chegar a um entendimento conclusivo… tudo que podemos imaginar é mera suposição sem qualquer fundamento… Não gosto de contos assim… gosto de saber o que o autor quis passar com o conto… mas, vamos lá… Imaginei um irmão (Ariel e Ariele, que falta de criatividade da mãe), que é estilista e foi incumbido de fazer o vestido de noiva da irmã que ele sabe sofrer violência doméstica. Claro que algumas pessoas vão acertar seus chutes, mas será produto da sorte e não da clareza do conto e isso prejudicou muito.
Sorry 😦
Parabéns e boa sorte!
Que pena não conseguir agrada-la Priscila com o ultimo conto deste certame. Você tem razão, não tem nada as claras. Mas, ao contrario de você, adoro buscar interpretações. Tem receitas tão comuns por aqui.
Demorei um pouco para entrar no texto. Tive que ler os universitário (kkk). Então encontrei um belo texto, onde o estilista fazia um vestido para alguém muito especial para ele (Ariele) e, por isso, queria atingir o sublime. Mas o conhecimento do passado de dor de Ariele e a carga de emoções que isso lhe trouxe o consumia a ponto de não conseguir o seu objetivo. Logo, o que produzia lhe parecia tosco, grotesco, até que consegue. Seu produto vai alegrar Ariele (e a ele também)! Talvez não seja isso. Mas o texto, depois que o produzimos, ganha vida na cabeça de cada um que o lê. boa sorte no Desafio
Parabéns. Você captou a essência. Esse é o ponto chave. Sabe que, depois que escrevi, li e re li inúmeras vezes, percebia que saia do comum e dava margem para muitas interpretações. Foi um risco deixar o texto assim. Mesmo assim, tanto faz, adoro correr riscos. Quando o anonimato se desfizer, pretendo publica-lo na integra. Algumas lacunas serão preenchidas. Obrigado pelo seu comentário.
O texto é intrigante e nos traz imagens belíssimas, ponto alto para o lápis se quebrando e o contraste das cores e tecidos. As imagens criadas são instigantes, só não entendi mesmo a proximidade entre o estilista e sua cliente, ou como ele conhece o passado dela (talvez porque precisou fazer medidas em seu corpo semidespido, percebendo as marcas da agressão), ou por que aquele vestido seria importante…
Apreciei a leitura com suas belas imagens mas infelizmente não o compreendi por completo, fiquei com essas dúvidas que citei acima, não permitindo que eu desfrutasse do texto tanto quanto eu gostaria.
Olá. Gostei da sua escrita, mas acho que o conjunto do texto ficou bastante confuso, e o final não fica claro o suficiente. O que quer dizer com “Desta vez, não se trata de uma encomenda qualquer. Ariele traz sobre si dolorosas marcas de um passado de violência”? trata-se de uma mulher que fora assassinada, ou que simplesmente sofrera algum tipo de violência no passado? Acho que você poderia ter dado um pouco mais de atenção a essa parte. Boa sorte!
“Desta vez não se trata de uma encomenta qualquer”. Caro Luis Eduardo. Aqui temos um estilista que é bom no que faz. Deve ser o melhor no trabalho. Só que, desta vez, ele recebeu uma missão que mexeu com o seu coração. Criar um vestido para uma moça chamada Ariele. Esta mulher já sofreu tanto, que despejou sobre o estilista boa parte das suas emoções. Como criar um vestido para uma mulher que trás tantas marcas de dor no seu passado? Desta vez não se trata de uma encomenda qualquer, consegue entender.
Citando o estilista, provavelmente esse cara, homem, trans, homossexual (sei lá o que ele é) também sofreu algum tipo de violência. Por esta razão as coisas não saem como ele deseja. A grafite quebra, o papel se rasga. Ele não controla o que sente com o que vive. Você nunca passou por isso em uma situação de trabalho?
Bom…o conto é aberto a interpretações. Você fez as suas. Explicações feitas, Boa Sorte a todos nós…
Li algumas vezes, associei a leitura a imagem, mas mesmo assim não consegui fechar o entendimento. Mas eis que releio pela enésima vez e o entendimento acontece. Seria uma mortalha para Ariele? Encomendada pelo seu agressor? Uau! Que conto fora da curva! A escrita é envolvente e magnética, não fosse assim não teria insistido tanto em desvendar a trama. Minha última leitura do desafio. Fechando com chave de ouro, embora eu ache que você deveria ter facilitado um pouco. Se o entendimento tivesse sido mais imediato o impacto seria maior. Parabéns pelo trabalho e boa sorte! Um abraço.
Ariele foi assassinada pelo marido. O costureiro/ estilista está desenhando a mortalha dela. Deve ser jovem porque a roupa é colorida. Talvez tenha relação com a religião dela. Ele deve ser parente. Está com raiva, quebrou o lápis enquanto tentava desenhar. Foi o que deduzi. Não estou participando, só vim curiar.
Apesar da confusão que o conto causou na minha mente e acho que não “pesquei” o sentido, consigo ver que ele foi bem escrito e pensado. Talvez fosse essa a intenção mesmo, dar um nó na cabeça do leitor… Boa sorte!
Olá,
Já perdi a conta de quantas vezes li esse conto em busca de um entendimento que faça meu comentário menos superficial rsrs.
Não sei, é alguém que desenha e costura fazendo um trabalho. Nos meus devaneios imaginei ela preparando um vestido de noiva para a mulher de um ex…que a maltratou? por isso tanto ressentimento.. tanto por ser a pessoa a fazer o vestido tanto por saber o sofrimento que esperava essa nova vítima? A imagem sugere que há um relacionamento…putz não sei rsrs,. A escrita é muito boa, bonita, a cena descrita muito forte apesar de obscura… Metáforas são ótimas quando cumprem seu objetivo, aqui houve excesso, de certo parece óbvio para o autor… para mim não, não tendo mais 84 contos pra ler.. enfim..
O texto promete muito, revela pouco, mas não deixa de ser um bom trabalho, curiosa pra revelação do autor(a).
Faltam elementos que tragam clareza a história. Não é um texto fácil e não sei se o autor construiu isso de forma premeditada ou não. Essa possível provocação ao leitor de preencher os espaços com sua imaginação é um jogo arriscado ao qual o autor se propôs jogar. Aparentemente! Boa sorte
Cicero. Um pouco menos do que temos demais né. Vamos provocar os leitores um pouquinho, não é mesmo?
Boiei. O cara era um estilista ou essa parte era metafórica?
Quem é Ariele? Ele estava fazendo um vestido pro Velório dela, é isso?
A primeira parte fala do que Ariele usava quando fora morta? Onde ela estava?
Não percebi o enredo, mesmo lendo e relendo.
Não quero olhar os comentários pra saber.
Isto é terrível pois o autor falhou em transmitir a história pra todos os leitores.Imagina se Tolkien escrevesse assim? Se Stephen King escreve histórias que não fossem claras o suficiente pra qualquer um ler? Não teriam tanto sucesso, acho.
Stephen King tinha sua própria maneira de escrever. Longe de mim querer passar perto do dedo mindinho dele.
Mas, você não boiou tanto assim minha querida. Exceto pela comparação feita na sua frase final. Devo ter falhado sim…kkk…sou muito bom nisso. Quem me dera ter qualquer sucesso com um texto tão simples. Mesmo assim, estou feliz com a magia que CETIM despertou nos demais comentários. Sim, a narrativa é bem ampla. Deu margem para outros pensamentos.
Olá. Bem, na verdade os nomes Tolkien e Stephen King foram os primeiros que me vieram a mente, mas poderia ser qualquer autor de auto ajuda até infantil. O que quis dizer é que, por exemplo, SE um adolescente pobre no Brasil e um velho rico na Inglaterra pegarem uma história de um desses autores conhecidos pra ler, tanto um como outro conseguirão entender a história. Foi neste sentido que eu disse, da narrativa ser acessível a qualquer pessoa independentemente de quem seja a ponto de ela compreender o que o autor quis dizer. Foi apenas para exemplificar minha mísera opinião de que o conto carece dessa compreensibilidade. Mas enfim, pode ser um estilo próprio do autor. Seu conto foi o penúltimo que eu li de uma sequência de uns 70 contos seguidos. Naquele momento talvez eu fosse apenas um zumbi comentador e não tenha conseguido perceber todas as nuances do conto devidamente. Vou tentar ler de novo com as dicas do autor em outro comentário e ver se vislumbro algo.
Tive de ler algumas vezes para conseguir interpretar o conto da maneira que creio ser a mais correta; ao que parece, a estilista está desenhando um vestido (de casamento?) para si própria, obrigada pelo homem que a maltrata.
A cena é forte. A confusão nas palavras não é de todo mal, pois dialoga bem com o enredo. Um conto angustiante.
Boa sorte!
Conto bem escrito, gera confusão, o que combina com o tema de violência. Parabéns!
Com toda certeza, um dos textos mais difíceis do desafio. Dúbio. Ariel, pseudônimo que pode ser feminino ou masculino, e a personagem Ariele, que pode ser a mesma pessoa que assina como autor. O costureiro confecciona o vestido de noiva, e na descrição do trabalho, há citações que denotam dor: “pérolas rubras e miçangas de cor carmim reluzem sobre o tecido”. Imaginariamente ou são reais? As pérolas e miçangas trazem a cor do sangue? O desenho da roupa é traçado com fúria – “A grafite, fragmentada pela força de sua raiva”. O enigma seria: Ariel e Ariele são a mesma pessoa? Apesar da dor que viveu num passado de violência, ele intenciona criar o vestido mais sublime que se pode imaginar. Seria isso?
Boa sorte no desafio!
Abraços…
Ola Ruth. Imaginava uma certa dificuldade na interpretação do meu conto. Não imaginava que pudesse ser tanta para alguns leitores. O pseudônimo foi um momento de insanidade minha. A personagem Ariele foi uma criação lucida. Suas demais observações estão dentro do que eu esperava.
Meu foco era para o estilista que produzia o vestido para uma mulher violentada no seu passado. Talvez eu tenha pensado num homem trans neste momento. Lembrando-se de toda dor que um dia também viveu, ele foi, por um momento, incapaz de rascunhar o vestido de Ariele.
O texto trabalha o medo de dois lados. Um deles é a violência que viveu Ariele. O outro, o trauma carregado pelo estilista.
Violência é sempre violência, para mim não importa como ela surge.
Mas, muito bom, você captou todos os elementos essenciais.
Obrigado e Boa sorte a todos nós.
Bem, o nome que escolheu como pseudônimo me dá uma boa pista para adentrar o interior misterioso do seu conto. Afinal, Ariel pode ser qualquer coisa. Pode ser homem, mulher e até sabão em pó. Um estilista, Ariel, faz o vestido para o seu duplo, Ariele que como todo transsexual sofreu vida afora muita violência. Pareceu-me ser este o mote, mas digo isto um tanto quanto grilado, pois bem pode ser que esteja viajando em uma imensa poça de maionese. Até porque a ilustração desdiz esse meu “achômetro”. Por fim, lhe digo Ariel, que a história, apesar de para mim ser mais hermética do que deveria (opção que tomou e respeito), está muito boa. Abraços de parabéns.
Não sei se pude entender o conto. Parece que pretende insinuar o trauma que pode haver por trás de criações delicadas, e pode ser que faça isso por meio de um/a protagonista trans (considerando a oposição ele/Ariele + pseudônimo Ariel). Não saberia dizer se o conto funcionou pra mim, ainda estou às voltas com a interpretação. Observação: não sei se foi proposital, mas é mais comum ver o termo “naco” associado a alimentos (ou “nacos de cetim dourado” não têm, na verdade, nada a ver com alta-costura?).
Raione…
Nacos podem ser de madeira, podem ser de tecidos, podem ser de alimentos, podem até ser de partes do corpo humano. Se tem ou não haver, não me cabe a avaliação. Deixo para os 84 críticos que comentarão no meu conto. Obrigado pelos seus apontamentos tão perspicazes. Boa sorte a todos nós.
Mais um conto de entendimento problemático, o qual fica difícil uma interpretação lógica, (pra mim, no caso) entretanto, percebe-se pela narrativa ser um enredo que está tentando comunicar uma mensagem forte. Fica claro que o protagonista é um estilista que, enquanto cria um belíssimo vestido, se martiriza por dores de um passado ruim, mas enfim é sua realização profissional? Mas a Ariele, me complicou a compreensão, embora um conto, apesar de certa mágoa, é leve e bom de se ler. Parabéns e boa sorte no desafio.
Outro pseudônimo “Ariel”, que é nome de sereia na Disney ou nome de arcanjo bíblico. No contexto deste micro, penso que se refere ao segundo, já que anjos não têm sexo ou têm os dois… e, a trama traz uma Ariele, variação mais feminina do mesmo nome. Talvez seja a história de um estilista transgênero, que costura para si mesmo.
Gostei muito da ideia, do mistério, da linguagem, da forma como se conota a violência, o abuso. Na execução, ao meu ver, há partes meio confusas e outras desnecessárias.
Sorte! Parabéns pelo texto. Abraço!
Conto sobre lembranças dolorosas do passado.
Recomendaria ao autor que deixasse as linhas respirarem. Uma massa de texto, um parágrafo apenas, onde as frases não são necessariamente recursivas, levando ao leitor um denso conjunto de informações difíceis de compreender.
Um trans que desenha roupas. Ok. As lembranças ruins. Daria para arrumar tudo passando a mensagem, que é legal, de forma que haja mais visibilidade.
Boa sorte.
Angelo. Conhecendo seu talento e sua analise tão critica não esperava comentário mais pertinente. Duro dentro das medidas frágeis que meu conto apresenta.
Um dia chego aos seus pés.
Acho que nem eu mesmo respirei quando criei este conto, por isso a massa de texto.
Não vou dizer que seguirei seus conselhos numa próxima oportunidade, pois, quando escrevo, me envolvo demais. Não sabia se me simpatizava com a situação do estilista ou com a dor da personagem Ariele.
É de longe, um dos micros que eu mais gostei neste certame. Não por que ele é meu, mas, por que trás muitas mensagens em meras 99 palavras.
Texto impactante. Um choro muito bem escrito. Parabéns. Revelou bem a alma despedaçada da mulher.
Que texto bonito, bem escrito, história envolvente, fluída e bem ambientada. Retrata e denuncia uma triste realidade, por meio de um final primoroso. Gostei muito, parabéns e boa sorte!
muito bem escrito. a duvida sobre o ocorrido, sobre a relação do estilista com a Ariel. não é um conto que se evapora apos a leitura, as duvidas o mantem vivo em nossa mente. parabéns.
O texto realmente dá margem para as mais variadas interpretações, acho isso muito interessante, pois cada leitor pode fazer isso da maneira que lhe for mais pertinente e agradável. Parabéns e boa sorte.
Olá, Ariel, o texto está bem escrito, é envolvente, mas confesso que não tenho certeza se entendi direito. O uso do “ele” e depois um nome feminino “Ariiele” me confundiram. Como o pseudônimo é Ariel, arrisco dizer que ele seria um transsexual ou um travesti, nao sei dizer.
A primeira frase ficou bem enigmática para mim, só fui entender o que poderiam ser linhas e nacos entrelaçando mãos mágicas quando descobri que ela (e) era costreiro(a). Não sei se é uma boa ideia escrever algo tão enigmático logo na primeira linha porque trava a leitura de cara e a gente já começa desconfiado.
O texto fala de violência, mas como não deu para entender direito o sexo do protagonista, vamos deixar como violência contra o ser humano (que no fundo toda violência é violência, não importa contra quem). Parabéns pela escolha do tema. Apesar da incerteza sobre o meu entendimento, gostei do texto.
Parabéns e boa sorte.
Olá, Ariel! Texto bem construído, cada frase completa a outra, dando coesão a narrativa. O final lança um olhar trágico para a história, faz o leitor tentar desvendar o mistério, já que nada é evidente.
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Então… acredito que a maior dificuldade que tive para interpretar seu texto não esta nele em sim, e sim no momento, como aqui temos muitos textos para ler, por mais que esses sejam curtos, quando chegamos em um texto mais “pesado”, onde parte da informação esta mais naquilo que o olho não lê, acaba sendo mais tortuoso chegar a o resultado esperado por quem escreveu.
Li, re-li, re-re-li, e ainda não tenho certeza se entendi com clareza teu micro conto, por mais que indiscutivelmente ele esteja bem escrito e com uma escrita muito bonita. Boa sorte e parabéns!
Ual, a estilista é obrigada pelo seu algos a desenhar o próprio vestido. Bem, foi isso que entendi. Boa sorte.
Foi mal, é algoz.
Olá!
Precisei da ajuda dos “universitários” para captar melhor a mensagem. Pelo nome Ariel como pseudômino cogitei a linha do tema. Há algumas nuances que, para mim, exigem uma leitura em outro momento. Coisa pessoal.
Parabéns.
Um texto que não se revela em uma primeira leitura. Um texto que fala de dualidade e violência. Parabéns pela beleza do seu conto.
Suplantar o ódio devido a marcas de violência e humilhação são difíceis de conciliar.
Ser talentosa e sentir o objetivo de quem lhe pede a atenção, mais ainda.
O texto conciso, meticuloso, com gravura nervosa, confirmam o clima de animosidade, luta interna entre o perdoar e se machucar com as lembranças.
Um ótimo texto, compreendido em sua totalidade após uma segunda leitura, consubstanciando a dificuldade nas entrelinhas.
Sorte!
Acho que tudo estava caminhando, ainda que com uma leve dificuldade, mas estava, até que chega a última frase e revela tudo, acabando com o suspense e a necessidade de ler nas entrelinhas o que havia sido escrito até o momento. Fora isso, acho válido dizer o texto tem palavras bem escolhidas e criou suspense suficiente para instigar a leitura.
Olá, Ariel! Texto bem difícil de interpretar. Não gosto muito de levar em consideração o pseudônimo do autor como parte do conto a ser analisado. Mas eu acho que aqui faz-se extremamente necessário. Pra mim é claro que Ariel e Ariele são a mesma pessoa, divididos, talvez, por turnos do dia. Ariel, o estilista, homem, artista, responsável pela criação de Ariele, travesti, vítima da violência absurda, e normal, das ruas. Ambos vitimados pela mesma intolerância, essa perpetuada até mesmo pelos nossos dirigentes. Uma crítica feroz ao nosso estado social atual e o declínio da humanidade. Se eu cheguei perto da intenção do autor, acho que foi porque o texto ficou bem orquestrado. É isso! Boa sorte no desafio!
A ideia de se fazer um nexo entre a atmosfera da criação do vestido e a violência que fez parte da vida de quem vai vesti-lo é boa. As imagens evocam luta usando ambientação própria da costura. Costura do tecido. E também do texto. Congratulações.
Ficou claro que Ariele traz sobre si marcas de um passado de violencia. Compadecido de sua dor, o estilista, que provavelmente criava seu vestido, nao conseguiu controlar a força de sua própria raiva. Os rabiscos grotescos e a grafite denotam esta afirmativa. Que bom que ele insistiu até poder criar para ela o mais sublime dos vestidos de casamento. Digno da mulher que venceu seus traumas.
O tema foi muito bem explorado, criando em torno da narrativa um mistério de como teria sido a vida de Ariele.
Boa Sorte no desafio.
Adorei o título e imagem! Interessante até mesmo o fato de ter que fazer mais de uma leitura para compreensão, me agradou bastante as entrelinhas…
Seria uma crônica sobre a dificuldade de criação de um costureiro de moda? Onde ele desenha o modelo mas não o executa, deixando que a Ariele o faça? Porque na verdade, a alta costura não é excutada pelo artista, e sim pelas costureiras contratadas que fazem todo o serviço mas a fama nunca será delas…
Realmente, não entendi muito bem o conto.
O conto ficou aberto demais. Entendi que era um modelista que tinha a responsabilidade de desenhar um vestido para Ariele, uma mulher abastada a qual sofre com a violência doméstica.
Bom, não sei ao certo o que faltou nesse conto. Talvez, o desenvolvimento da história tenha ficado mto refém às metáforas.
Um conto cheio de adjetivos e metáforas. Confesso que ainda não decifrei o enigma proposto.Certeza só de que há violência envolvida na trama. Ariel é um nome unissex, serve para criar uma ambiguidade proposital. O cetim branco me fez pensar no forro de um caixão e ao mesmo tempo em um vestido de noiva. Já as pérolas rubras e miçangas cor carmim me lembram de sangue. Ariel é um figurinista? Há muitas lacunas a preencher ou sou que não percebi a essência da trama? Boa sorte!
De onde tirei que o cetim era branco? É dourado… Só que o vestido de noiva ficaria estranho… então não foi essa a ideia do autor. Agora até imaginei Ariele como uma jovem que vai a um baile – talvez de 15 anos? – e encomenda um belo vestido, pois quer brilhar apesar de conter as marcas de uma infância infeliz, de abusos. Talvez a trama seja mais simples do que estou tentando imaginar.
Pelo que entendi (li várias vezes) temos um artista criando uma arte (luxuosa), de modo a cobrir as marcas de quem irá usá-la (Ariele). Simples e direto exceto pelas marcas do setup, que dão um climão over no cenário. MAAAAAS você tentou um plot twist, né? Pois é, acho que apenas os nacos de cetim entrelaçando as mãos foi pouco, e o excesso de elementos acabou confundindo minha leitura.
O conto é intenso e traz descrições com detalhes que talvez fujam um pouco da ideia de um micro
conto que é mais de sugerir do que propriamente mostrar Fiquei confusa em quem é a pessoa que insiste. Se é quem faz o desenho ou quem pediu o desenho. O final chega como uma surpresa.
Oi, Argel
Seu conto é muito intenso, dramático e triste. Muito triste. O ser humano e suas dores e empatias, versus o profissional, que deve fazer o que tem que ser feito.
Entendi que Aríete seria enterrada com o vestidinho especial.
Uma criança vítima de violência.
Foi o que entendi…Bem triste.
Boa sorte no Desafio
Abraços!
Estou relendo e Aríete seria o personagem, um homem trans, crindo um vestido para si próprio?
Se for, também entendi dessa forma
Gostei do conto. Acho que uma boa ideia não precisa ser evidente. Assim, o conto será tão melhor quanto menos disser e mais pertimir o preenchimento das lacunas.
Para mim, temos aqui uma mulher, uma estilista, que sofre em casa com uma relação violenta. Ao perceber que seu cliente uma espécie de agressor, reluta em conceber o vestido que ele encomenda. Ao final, ela parece conseguir suplantar essa raiva e, dessa forma, está pronta para terminar o projeto que ele quer.
Dentro do que entendi, o conto acerta porque trata de violência contra a mulher, um tema que precisa ser debatido com frequência. O fato de não estar tudo às claras aqui no conto corrobora exatamente para com o que ocorre na prática. Mulheres são agredidas dia a noite sem que ninguém perceba, sem que ninguém se dê conta, sem que ninguém se esforce para entender a situação.
Parabéns e boa sorte no desafio.
A ilustração me faz pensar em abuso (um homem puxando a mão de uma mulher algemada), e o texto, com a insistência do homem, e a resistência da mulher, também me faz pensar em abuso. Cheguei até um vestido de noiva……o pedido, o desenho, cetim…………..mas pode ser o lençol, o desenho de um corpo, uma mulher entregue e sem forças para resistir a ponto de recusar…………….tenho que concordar com a Bia Machado, tem muito adjetivo………eles nunca ajudam……….
Achei um pouco confuso. Demasiado vago para perceber claramente o enredo, o que não ajuda num texto desta dimensão.
O cetim é destinado à grandeza de si mesmo e do ato conjunto. As amarras denotam envolvimento interior e exterior que podem partir de dentro do subconsciente relatando um grão de areia dentro da pérola. Deixar o tempo a ponto de ser pérola é muito perigoso.
Boa sorte!
Olá, tudo bem? Confesso que achei o enredo meio confuso. Li umas quatro vezes e não consegui pegar o fio da meada. “Ainda assim, ELE insiste”, mas depois cita Ariele, ou uma mulher trans?… Realmente fiquei confusa. Vou tentar voltar aqui para reler depois, pra ver se algo me dá uma luz. O começo do texto achei muito descritivo, muitos adjetivos. Acho que poderia ter economizado neles e dado mais pistas sobre Ariele, sobre essa situação. Mas não me explique nada, por favor, depois eu volto aqui e tento de novo. Obrigada!
Bem, cá estou eu de volta. Acabei lendo os comentários e há mais de uma interpretação. Concordo com todas, todas são plausíveis, mas gostaria de estabelecer uma versão que tornasse o texto do autor/da autora mais próximo de mim. O conto vale pela abordagem desse problema social que é a violência contra a mulher, mas veja, seria bom que sua estrutura simplificasse um pouco a mensagem, para não deixar a compreensão se tornar um exercício tão amplo assim. Você citou King em uma de suas respostas, o que não acho válido, pois King escreve histórias de muitas e muitas páginas, as mesmas estratégias para a escrita de um romance, novela ou conto longo, estruturas dos textos dele, não valeriam para um micro (será que ele daria conta de escrever um? Sabe se ele escreveu algo do tipo? Eu realmente não sei…) E ele segue a regra dos 10%: a cada vez que pegar o texto para revisar, cortar 10%. Imagina isso na revisão de um micro, haha, só estou comentando, ok? Não estou comparando você a ele. Vi que muitos se pautaram pela imagem, então me pergunto: sem ela, o exercício de compreensão ficaria prejudicado para alguns? De qualquer forma, pude “visualizar” seu texto melhor hoje. Obrigada!