Enviou os poemas?
Enviei. Última vez.
Por quê?
Ninguém lê.
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Tão singelo e tão angustiante! Senti a dor daqui.
Um grande dilema essa conto, mas eu acho justo.
Apesar de um conto que conta uma frustração, esse conto representa literalmente todos.
ótimo conto.
Um abraço.
Que legal a ideia, achei um conto bem formadinho com tão pouco. Entretanto, foi realmente pouco para um conto, na minha opinião, poderia ter mais trabalho. Parabéns!
Boa tarde! O conto ficou meio vago pra mim. Apesar do diálogo em tom de poesia, brincando com a ideia do próprio desafio até (Apesar de que aqui muitas pessoas leem), brincando com a questão do artista que continua tentando mesmo sem publico. Mas acho que faltou um pouco mais de sustança pra deixar a ideia do autor um pouco mais clara.
O dilema nosso de cada dia. Me identifiquei. Mas só. Sorte.
Eita, poesia! Realmente, um público muito específico, mas acho que eu queria saber para onde estava sendo mandado, um curso, um concurso, um desafio, um livro? Não é o nosso desafio, pois não é conto e aqui as pessoas leem. Mas acho que tive essa dúvida porque eu conheço um grupo ativo que lê e se interessa por poesia. Por isso, para onde será que a personagem enviou esse poema, pelo qual ninguém se interessa?
Boa sorte!!
Olá, Vil.
Então, bacana o nanoconto, com um título interessante, mensagem pessimista (?) e alguma metalinguagem embutida (por estar no desafio do EntreContos). Bom conto!
Boa sorte no desafio!
Um bom microconto, ignorando o limite máximo de palavras e se esforçando em direção ao mínimo. É um conto, antes de tudo, há uma história, potente e bem passível de gerar identificação por aqui, cheio de aspirantes. Imagino que outros comentários podem questionar isso, sé é ou não um conto (estou evitando lê-los) mas é sim.
Eu não gosto da mensagem, e por consequência do personagem. Aquele que desiste da arte porque ninguém lê. Se o objetivo é este talvez outra forma que não a poesia seja mais efetiva.
Conseguir tanto com tão pouco é um feito e tanto. Parabéns.
Abraços.
Oi, Vil Verdict! Ao menos o seu micro eu li (rsrs), e achei interessante a abordagem irônica e crítica sobre a (ausência) da leitura de poemas. Apesar do tom aparentemente pessimista, senti uma esperança, será que é a última vez mesmo? O primeiro leitor será sempre o próprio escritor, que sente uma alegria na criação e pretende compartilhá-lo com os outros. Não ser lido não desmerece a experiência de escrever, a meu ver, e tampouco ser muito lido significa um excelente trabalho. Parabéns e boa sorte!
Olá, Vil Verdict. Realmente, poucos lêem. Poesia ainda menos que prosa, já se sabe. O micro foi mesmo micro, mas acertou o alvo. Rápido e certeiro, melancólico, inevitavelmente. Bem conseguido. Mas no seu lugar teria escrito conto ou crónica em lugar de poema, visto que a escrita não é minimamente poética e a mensagem passada não apenas seria mais abrangente, como igualmente verdadeira: ninguém lê, ninguém quer saber e ponto. Parabéns e boa sorte no desafio.
Um microconto perfeito, completo, que descreve a angústia de muitos que almejam o sucesso literário, mas sequer são lidos. Parabéns.
Concordo (rss). Quase ninguém lê poemas mesmo, mas também os poetas não ajudam: o que eu já tentei ler de poetas de rua – com aquelas xerox mal feitas e dobradas de qualquer jeito – não está no gibi. Ô COISA RUIM!
Tirando estes, porém, poesia é nicho mesmo: não é para todo mundo. Eu mesmo me forço a ler as vezes, mas é raro achar uma que me toque.
Mas só de levantar a questão e me fazer lembrar destas coisas o seu conto já tem um valor, especialmente por ter me feito pensar tanta coisa com apenas quatro frases curtinhas.
Escrita: boa
Conto: Bom
Conhece a poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)? Vale a leitura sempre. Um abraço.
Poeta desiste de tentar ser lido.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — boa. Consegue mostrar a angustia do poeta.
Impacto — regular. Salvo pela inegável empatia que gera com todos nós escritores.
Trama — regular. Faltou intensidade ou desdobramentos.
Objetividade — Boa. Dá seu recado.
Agradeço imensamente sua avaliação estritamente técnica. Rolou curiosidade de sua profissão. Abraços.
Realmente ninguém lê nada. Ou a pessoa é cara de pau e posta suas coisas sabendo que o retorno será mínimo ou vai se frustrar como o personagem do micro conto. O texto não me impactou muito. Boa sorte no desafio.
Parabéns por ousar escrever pouco. O diálogo entre os personagens foi bem escrito e fácil de compreender o que quer ser passado, ou, pelo menos, compreendi um artista solitário que já está a perder a esperança em sua arte ao mesmo tempo que ainda espera por ela. Boa sorte
Olá, seu microconto é bem curtinho. Um pouco triste, pois só mostra a desesperança do autor dos poemas.
Gostaria que tivesse acontecido mais coisas, mas entendo que seu foco poderia ser só esse mesmo.
Gostei que escreveu tudo em diálogos, boa sorte no desafio.
Gostei, mas admito que já li algo parecido em algum lugar. Tirando isso, gostei da ideia e da mensagem.
A princípio me antipatizei pelo texto pq detesto o mimimi dos poetas de facebook q publicam na plataforma errada e querem ser lidos pelo publico errado…
Mas pensando bem, vc escreveu muito em poucas palavras, inclusive agora estou em dúvida se isto é um micro micro conto ou um poema 🙂
Oi, Anorkinda, É um microconto (que poderia ser, sim, um poema, já que tem relativa métrica proposital nas duas primeiras linhas). Ele foi escrito numa época em que exercitava esse estilo de escrita. Estou achando, aliás, muito bom ter tantos interlocutores debruçados sobre ele. E o exercício de leitura dos outros contos está me ensinando muito também sobre o próprio ato de escrever. Um abraço e boa sorte!
Mais um conto sobre escrita e acredito que seja o décimo que leio nesse desafio. Mais uma vez, por consequência, o conto perde o impacto por repetir uma fórmula que já occorreu muitas vezes.
Não poderia imaginar que haveria outros. Microconto guardado na gaveta há um tempo. Não foi escrito especialmente para o desafio. Pena que não tenha sido, para você, um prazer de leitura. Quem sabe, na próxima? Um abraço e sorte com o seu!
Olá!
Aqui, todos leram.
Bom testo.
Parabéns.
Corrigindo: Texto.
O micro consegue passar muita coisa sobre o poeta, nesse diálogo dá até pra imaginar a entonação de quem diz “chega”. muito bom!
Utilizando-se do recurso do diálogo, o microconto alude a uma frustração familiar a muitos escritores: a de escrever para as paredes. Mas é feito contando uma história: a de uma desistência. Talvez, por se tratar de um público de escritores, o microconto ganhe uma força extra por isso. Nenhum de nós desistimos, mas acho que todos já pensamos sobre. Eu já, ao menos.
Oiiii.Um microconto que diz muito em poucas palavras. Acho que ele faz uma reflexão sobre como o apoio é de grande importância para quem escreve, sempre é bom ter uma palavra de incentivo, um comentário, pois caso contrário pode vim o desânimo e até uma certa sensação de vazio como é retratado no conto. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Deu para entender que é um diálogo, pelo menos eu entendi. Mas não gosto desse estilo de escrita. Me acostumei desde criança com travessão, se bem que na arte da escrita tudo vale, desde que seja entendido. A história é de todos nós, escritores frustrados quando escrevemos para a área off e ninguém lê. Gostei da estrutura do conto e da mensagem que ele transmite.
Com tão pouco você conseguiu dizer muita coisa sobre quem está começando a escrever e ainda não tem um longo alcance, é muito dificil, sempre tem alguém que vai criticar, você acha que ninguém vai ler, quando lerem não irão gostar e os sentimentos vão seguindo por esse caminho… gostei muito e você está de parabéns!
Olá, Vil!
Aí está microconto delicioso. Gostei bastante, de verdade. Pequeno, mas que fala muito sobre a poetisa. Ela escreve para ser lida. Ela escreve pra ser reconhecida. É interessante como podemos extrair várias possibilidades dentro de poucas palavras.
Bom trabalho!
Parabéns, e boa sorte no desafio!
Bem interessante, sucinto. A (des)espera que conjuga desalento e esperança, contradição bem humana, depositada na “última vez”, que soa como um desabafo murmurado, mas também como uma prece sintética, para que não seja a última! A dor em perceber que a leitura está morrendo, por extensão, em todas as artes e áreas, por não se manifestar em linhas de texto, em elementos de uma foto, nos desenhos de uma melodia. Os sentidos se apagam. Não se busca mais ler entre as linhas. O mundo está ficando menor. Gostei muito do poema!
Simples e direto, o mesmo dilema dos jornalistas. Representou!
Olá, Vil.
Seu micro-micro parece ser bem representativo da experiência de muitos aqui, inclusive eu. Escrever para não ser lido é mesmo desalentador. Disse tudo em poucas palavras. Bom conto.
Olá, Vil!
Então… aqui todo mundo lê!!
Dá pra se identificar fácil, fácil, infelizmente… realmente quase ninguém lê mais nada hoje em dia… tristes tempos…
Seu micro é um fragmento perfeito do que todo escritor pensa!
Parabéns e boa sorte!
O texto mostra a frustração de quem pretende se comunicar pelas letras e tem sua obra ignorada. De minha parte, escrevo porque julgo que ninguém lê, embora a perda auditiva estava me restringindo a isso: escrever para poder dialogar. Que coisa, não? Bom texto! Que não seja o seu último, Vil Verdict. Boa sorte no Desafio.
Gostei bastante do titulo, brincou com o seu texto.
Eu comecei a escrever recentemente e, já me deparo com situações assim :v
É mesmo (Des)espera(dor).
Creio que todos nós já passamos por algo semelhante então é fácil se identificar e se emocionar (frustrar?) com a realidade. O que mais gostei, porém, foi do título. Achei genial, uma poesia camuflada. Boa sorte
Gostei da maneira como você aproveitou a necessidade de ser objetivo em seu favor. Acho que conseguiu transmitir tudo o que pretendia em poucas linhas. Parabéns!
Uau!!!! Me surpreendeu. Tanta verdade (me parece) em tão poucas palavras. Direto. Sem rodeios. Sem “barriga”. Um soco no estômago. Desilusão com o outro. Indireta direta. Pra quem? Para amigos? Para as editoras? Para a família? Para o Universo? Para Deus?
Um micro com o qual certamente muitos (todos?) aqui irão se identificar. Um poeta sem leitores e sem ilusões. Boa sacada, direto, eficiente, acertou no impacto. Ótimo título. Ao menos aqui você foi lido e comentado por 51 leitores até agora. Parabéns e boa sorte. Um abraço.
Olá, um meta texto sobre frustração de um poeta nunca lido, ou pouco lido, ou que acha que não é lido. Bem pensado. Cruel, verdadeiro e cru.
Se caso for um conto autobiográfico, não perca as esperanças!
Um abraço,
Olá,
poucas palavras e um tiro certeiro. Achei muito forte seu conto, pra quem escreve é impossível não se identificar. Um poeta já no fim da ilusão de sucesso, ou mesmo de um feedback sincero. Temos que indicar o entrecontos pra ele rsrs.
Bom conjunto de palavras, boa sacada e um impacto consistente, parabéns!
Não sei se serve de consolo; mas, eu li! Boa sorte!
Um/a escritor/a frustrado/a; ou seja, um pleonasmo rs Quem nunca enviou um conto/romance/poesia para uma editora ou concurso e ficou com raiva por não receber nem resposta, que atire o primeiro travessão!
Continue a enviar. Gostei do estilo da sua escrita, mesmo vendo pouco dela aqui.
Boa sorte!
O/a escritor/a frustrado; ou seja, um pleonasmo rs Quem nunca sentiu isso ao submeter seu conto/romance/poesia a uma editora, que atire o primeiro travessão!
Continue a enviar. Gostei da sua escrita, mesmo com as palavras reduzidas.
Boa sorte!
Não entendi muito bem seu conto.
Este: “enviou?”, isto era uma pessoa perguntando pra outra? Se sim, era necessário o uso do travessão na frases.
Isso era uma sucessão de pensamentos do protagonista? Se sim, esse “Por que” perguntado a si mesmo soou bem estranho.
Enfim, a abolição das normas gramaticais praticada aqui fez com que o conto não tivesse sentido pra mim. Ou ficou além de minha compreensão instantânea. Parece ser um diálogo.
Sim, Bruna, é um diálogo. Sem travessões, no estilo Saramago. Foi bom saber que isso afetou sua compreensão. Agradeço a sinceridade. Um abraço e boa sorte!
Embora bem escrito, com começo, meio e fim, não foi uma leitura envolvente. Boa sorte!
Reflexivo, né?! Mas alguém lê. Pode crer, alguém lê. E isso já faz valer a pena. Eu acho que o motivo principal de colocar a palavra no papel, depois do prazer que isso traz, sem dúvida alguma, é saber que essa palavra será lida. Por favor, que não seja a última vez. Que tenha outra, e outra, e outra…
Boa sorte!
Abraços…
Gostei! A desilusão do poeta sem poesia. Parabéns!
Aqui, Vil, você está recebendo muitos feedbacks, né? Não os leio antes de comentar, as vi que são mais de trinta até agora! Lavando a alma, né? Pois é, fico bem desconfiado quando alguém me diz que escreve só para ele mesmo que haver ou não leitor pouco lhe importa. Será mesmo? Na minha percepção, todo mundo está buscando reconhecimento vida afora. Você me traz uma narrativa, Vil, bem curta. Talvez pudesse até ser ainda menor, pois que da mesma forma que duvido que não se busque reconhecimento, também tenho cá meus questionamentos sobre essa coisa de “última vez”. O que noto é que sempre que alguém diz ser a última vez, eu fico grilado. Por exemplo, alguém fazendo um discurso e lasca um “por último” na sua fala. Com certeza que haverá mais coisas depois desse anunciado final. Então, cá fico me perguntando se essa expressão seria mesmo necessária na sua história. O Enviei já está de bom tamanho. Bem, por fim lhe digo que gostei da sua narrativa, ousada e direta nos diálogos. Ah, e gostei do título e do seu pseudônimo: Veredito vil, bem irônico, o que me abre mais portas para navegar na sua narrativa curta… Meu abraço.
Oi, Fernando, agradeço suas impressões e colocações. Sim, está sendo bem legal essa experiência de feedbacks e de avaliação dos outros contos. Mas se o personagem só respondesse “Enviei”, não haveria lógica o interlocutor perguntar “Por quê?” Muito menos haveria sentido a frase final: “Ninguém lê”. Ou talvez eu não tenha entendido bem sua sugestão. Um abraço, aí, e boa sorte!
Acho que o ponto forte do conto (ou poema?) consiste na resposta bastante crua e direta do poeta (“porque ninguém lê”) e no título sugestivo. Inicialmente diria que o nível de despojamento do conto é tão grande que não dá à imaginação do leitor elementos suficientes com que trabalhar, preencher lacunas, extrapolar. Mas essa impressão talvez não seja correta considerando o contexto em que o conto foi publicado, numa comunidade de autores/leitores. Quero dizer, parece que, neste contexto específico de publicação, essa peça teve seu efeito potencializado, daí os comentários que trazem várias projeções feitas a partir da leitura do conto.
Fez gancho com o que sinto nas inúmeras vezes em que submeto um texto meu à apreciação de outros! Parabéns!!! Seu microconto diz muito!
Acredite, alguem lê. pode não comentar, mas, alguem lê. Seja como for, boa sorte.
Um tanto simples, e mesmo assim achei que o “última vez” está sobrando. Não sincronizou com “ninguém lê” Só me resta desejar boa sorte.
Olá, Vil! Tem muito mais sendo dito do que está no conto de fato, certo? Pode ser algo relacionado somente aos desafios do Entrecontos, mas me parece mais. Me parece um desabafo do poeta. Farto de que seus amigos, familiares, colegas autores, inclusive, não reajam sobre sua obra, exposta de graça na internet, para agraciar quem puder e quiser. Um relato sobre a nossa realidade virtual, com muita gente tendo algo de qualidade a dizer, mas com pouca gente querendo ouvir, de fato… É uma tristeza. Bom conto! Boa sorte no desafio!
Não é um poema. É um microconto, obrigatoriamente com leitores. Li e gostei. Diálogos precisos, curtos e diretos. História completa e uma surpresa / frustração final.
Parabéns pelo texto e boa sorte. Abraço.
Alguém que desiste.
Seria a expressão de vontade tão permanente nos escritores? Por que fazer se isso não há repercussão do que eu faço?
Não há resposta para isso, particularmente quando a pessoa não mais os envia a lugar algum e começa uma nova atividade, talvez alguma em que se saia melhor que escrevendo poemas que ninguém lê.
Mas, talvez não.
Acho que um dos grandes segredos para tudo é a permanência. Mandar de novo e de novo e de novo, simplesmente porque o que importa em todo esse processo é exatamente o intervalo entre cada uma dessas remessas. Sabendo aproveitá-lo as chances futuras sempre serão melhores.
Às vezes a gente esquece que a nossa produção nos escapa das mãos, não repercute como gostaríamos. Não creio que isso seja verdade definitiva. Há um mundo silencioso, curiosamente silencioso, que nos acompanha a todos e, me parece, é importante levar até essas pessoas alguma forma de prazer com um conto, com um desenho, com uma fotografia, às vezes com uma palavra. Acho isso transformador, silenciosamente transformador.
Continue enviando.
Boa sorte.
Mico, micríssimo, o que só confirma que poucas palavras dão conta de situações as mais imensas. Poucas palavras que resumem uma vida inteira, talvez décadas de esperança, quiçá ainda mais décadas de des/espera olhando para as próprias mãos sem saber o que fazer depois desse insight. Bonito ver o vazio infinito caber no micro. Gostei muito!
– Finalmente entendi, e desisti.
– sério? desistiu? mas a criação é importante per se.
– Bull shit.
Acredito que esse seja o segundo medo de alguém que resolve escrever, o primeiro seria o ato de colocar realmente no papel as próprias ideias, e o segundo a falta de interesse no seu trabalho. Muito bem escrito, direto. Parabéns e boa sorte.
Olá, Vil, pouquíssimas palavras que ao menos 84 pessoas pessoas irão ler, que bom que enviou! Achei legal a sua ousadia de usar um diálogo e tão poucas palavras, mas funcionou, você contou a sua história, mostrou o sentimento do personagem e seu descontentamento com a falta de leitores (tamo junto).
Só não foi brilhante, coisa que eu espero quando vejo pouqíssimas palavras, mas é uma bom texto. Gostei da ideia do título, muita coisa em uma palavra. Parabéns e boa sorte.
E quem nunca se sentiu de saco cheio de algo, se sentiu tolo por fazer algo e não ter retorno, lá no fundo pensa – Essa é a última vez… -, nem sempre é a última vez!
Gostei do micro, é curto, porém bem abrangente de uma forma situacional, como conto participante de um concurso, por mais que seja um concurso de micros, acredito que poderia ser mais trabalhado as linhas de dialogo.
Boa sorte, parabéns pelo Micro conto.
Achei muito curto e não me prendeu. Faltou profundidade. Em todo caso boa sorte no desafio.
Olá, Vil! Texto curto e que causa impacto. Penso que esse impacto gerado funcione mais para quem é escritor. Nós conhecemos as angústias de esperar por uma ou duas leitura. Nós conhecemos as frustrações de escrever e não ver resultados. Sendo somente um leitor, acredito que o micro funcione de um outro jeito.
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Olá!
Ninguém lê. Mas dessa vez somos obrigados. Hehe
Brincadeira. Funciona, tem humor. Gostei.
Uai, é claro que lê, é que tem uns poemas que são difíceis de interpretar, mas não é o caso de seu conto. Boa sorte.
Como se um soco tivesse sido desferido contra a boca de meu estômago. Fiquei sem ar.
Uma mistura de melancolia, solidão, abandono me invadiu.
Me emocionou, profundamente, a precisão do(a) autor (a) ao conseguir condensar tantas emoções e tantos pensamentos.
Belíssimo! Um diamante dos mais raros!
Muito bom. Simples porém profundo. Ressaltando para a falta de interesse na leitura. E demonstrando a esperança da última tentativo e o desepero do escritor esperançoso de que alguém ainda lei.
Como assim!? Eu li e gostei.
Uma poesia em forma narrativa tem que ser simples mesmo.
Parabéns!
Boa sorte!
Cilas Medi, tenho lido seus comentários em outros microcontos e me identificado bastante com suas avaliações. Percebo que você é, de fato, um leitor crítico, que sabe do que está falando, que tem distância para analisar um texto, que não mistura subjetivo com objetivo. E, por isso, fico, muito feliz que tenha gostado. Já terá sido uma imensa alegria ter participado, independente das escolhas finais. Um grande abraço! E boa sorte pra você também. Pra nós todos aqui.
Um micro conto e micro tragédia. Acho que assim como outros contos, há um pouco a falar sobre o ato da escrita que pode ser interpretado no meio desses curtos diálogos. Como ninguém lê e o autor está visivelmente desanimado, sendo essa a última vez que envia os poemas, nota-se a dificuldade de encontrar um lugar ao sol no meio ao qual se dedica. Essa é a tragédia relatada. Se eu quisesse explorar algo a mais, poderia dizer que o “ninguém lê” também pode indicar a um dado sobre o baixo nível de leitura. Mas não vamos exagerar na especulação do que o conto quer pode dizer com tão pouco, por que aqui nesse desafio o que acontece é o contrário do que ele diz!
Poucas palavras, simplicidade no conteúdo e precisão para discutir essa questão da leitura (da falta dela) e o medo (fato) de que tanta coisa interessante e produzida e poucos leem. Parabéns!
Achei interessante. Um grito de protesto contra uma nação que não lê, mas quer pensar. Triste e verdadeiro. Gostei.
Vemos aqui metalinguagem sem disfarce. E arriscaria dizer que o autor busca, talvez, a concisão enquanto estilo. Congratulações.
Foi um desabafo, foi um microconto que cumpre bem o que exige essa modalidade de texto e ainda fala sobre algo que tem atormentado os escritores: a falta de leitores. De fato acho importante destacar aqui, que inclusive muitos de nós não pararíamos para ler os outros contos se essa não fosse uma exigência do concurso. Parabéns pelo texto!
Desabafo do personagem… bom lembrar 😉
Poucas palavras, muitas mensagens, sendo a principal, uma metalinguagem sobre o grande medo d(e alguns) os poetas/escritores.
Escrever para quê se ninguém for ler?
Interessantíssimo, sem dúvida alguma
O diálogo direto entre um escritor e alguém que parece ser um incentivador foi muito bem usado. Em quatro falas conseguiu transmitir que o personagem é um poeta desapontado por ter passado por frustrações anteriores. Gostei.
Parece que temos um enredo emulando a estrutura de um poema, estou certo? Ótima idéia! O vazio do poeta em confronto com o vazio de um não retorno é um tema recorrente, então acho que aqui você poderia quebrar essa tendência de alguma maneira. O estilo eu achei que poderia ter sido melhor utilizado, já que essa estrutura que você está emulando é livre e muitas vezes imagética, possibilitaria vôos mais altos! Seria diferente se vc tivesse emulado estruturas fechadas como sonetos ou sextilhas. Parabéns pelo conto.
Agradeço a sugestão, Gio. Muito boa essa experiência que estou tendo aqui. Ler as impressões de leitores atentos. Um abraço.
O conto fala daquilo que mais assombra qualquer pessoa que goste de escrever. A ignorância ou mesmo a irrelevância de sua obra. É corrente no nosso meio a sensação de que produzimos para ninguém, que seremos sempre uma voz perdida. Às vezes fico pensando nesses autores consagrados que (dizem) vendem milhares de livros, mas que dificilmente recebem um feedback honesto, uma opinião sincera, mantendo-se aferrados a resenhas encomendadas por suas editoras… Deve ser triste a solidão que têm em relação às opiniões verdadeiras, a orfandade que sentem das impressões naturais — ainda que isso tudo seja compensado, no caso deles, por uma boa soma em dinheiro, rs
Mas, enfim, seu conto acerta pela simplicidade e pela facilidade em ser absorvido pelo público que o irá ler. Tenho certeza de que será bem lembrado na hora de votar. De todo modo, parabéns e boa sorte no desafio!
Muito bom seu micro micro micro conto. Em poucas linhas é contada toda a história, o drama e desilusão do poeta.
Ousada sua escolha, acho bem difícil fazer o que você fez, e meus parabéns!
Impactante…………poucas palavras que batem como o martelo de Thor…………como disse a angst447, está tudo aí……….desespero, alegria, dor, desesperança…………faz pensar, refletir………….tem uma verossimilhança forte……..é como se eu estivesse na cozinha tomando café e conversando confidencias com alguém íntimo………..onde me exponho em troca de nada mais que o alívio de o fazer………..fantástico!
Gostei. Escrito de forma concisa, deixa ao leitor imaginar o resto.
Creio que o escritor não soube se expressar, talvez tenha se perdido nos sinais.
Não gostei.
Oi, Jetonon, agradeço suas considerações. Mas, de fato, não entendi quando diz que me perdi nos sinais. Você fala da falta de travessões nos diálogos, é isso? Gostaria que fosse um pouco mais crítico. O que eu não soube expressar?. O que sugere? De que sinais está falando? Um abraço e sorte com seu conto.
Eu curti a “microcidade” do seu conto. Tao curto e está tudo lá. Um diálogo que diz o motivo de uma ação, sem deixar margem a enganos. A desilusão de um poeta não lido. Triste, mas muito real. Boa sorte!
Olá! Tudo bem? Admira com sua coragem de enviar um micro tão micro. E o melhor desse micro-bem-micro é que pra mim está ótimo. Nessas quatro linhas temos duas personagens, sendo que o principal é um poeta desacreditado de si mesmo, achando não ser bom o bastante, e por isso aliviado, pois cumpriu com sua promessa e está tranquilo, já que acha que ninguém vai levar aquilo a sério. Muito bom! Ou seja, é bem o que o micro deve fazer: instigar o leitor a preencher as entrelinhas. Gostei!
P.S.: Espero que não seja a última vez.