EntreContos

Detox Literário.

(Des)espera (Valéria Vianna)

Enviou os poemas?

Enviei. Última vez.

Por quê?

Ninguém lê.

91 comentários em “(Des)espera (Valéria Vianna)

  1. Andréa Machado
    5 de fevereiro de 2020

    Tão singelo e tão angustiante! Senti a dor daqui.

  2. Matheus Pacheco
    1 de fevereiro de 2020

    Um grande dilema essa conto, mas eu acho justo.
    Apesar de um conto que conta uma frustração, esse conto representa literalmente todos.
    ótimo conto.
    Um abraço.

  3. Vanilla
    1 de fevereiro de 2020

    Que legal a ideia, achei um conto bem formadinho com tão pouco. Entretanto, foi realmente pouco para um conto, na minha opinião, poderia ter mais trabalho. Parabéns!

  4. Fil Felix
    1 de fevereiro de 2020

    Boa tarde! O conto ficou meio vago pra mim. Apesar do diálogo em tom de poesia, brincando com a ideia do próprio desafio até (Apesar de que aqui muitas pessoas leem), brincando com a questão do artista que continua tentando mesmo sem publico. Mas acho que faltou um pouco mais de sustança pra deixar a ideia do autor um pouco mais clara.

  5. Daniel Reis
    1 de fevereiro de 2020

    O dilema nosso de cada dia. Me identifiquei. Mas só. Sorte.

  6. Thata Pereira
    1 de fevereiro de 2020

    Eita, poesia! Realmente, um público muito específico, mas acho que eu queria saber para onde estava sendo mandado, um curso, um concurso, um desafio, um livro? Não é o nosso desafio, pois não é conto e aqui as pessoas leem. Mas acho que tive essa dúvida porque eu conheço um grupo ativo que lê e se interessa por poesia. Por isso, para onde será que a personagem enviou esse poema, pelo qual ninguém se interessa?
    Boa sorte!!

  7. Rubem Cabral
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Vil.

    Então, bacana o nanoconto, com um título interessante, mensagem pessimista (?) e alguma metalinguagem embutida (por estar no desafio do EntreContos). Bom conto!

    Boa sorte no desafio!

  8. Tom Lima
    1 de fevereiro de 2020

    Um bom microconto, ignorando o limite máximo de palavras e se esforçando em direção ao mínimo. É um conto, antes de tudo, há uma história, potente e bem passível de gerar identificação por aqui, cheio de aspirantes. Imagino que outros comentários podem questionar isso, sé é ou não um conto (estou evitando lê-los) mas é sim.
    Eu não gosto da mensagem, e por consequência do personagem. Aquele que desiste da arte porque ninguém lê. Se o objetivo é este talvez outra forma que não a poesia seja mais efetiva.
    Conseguir tanto com tão pouco é um feito e tanto. Parabéns.
    Abraços.

  9. Carlos Vieira
    1 de fevereiro de 2020

    Oi, Vil Verdict! Ao menos o seu micro eu li (rsrs), e achei interessante a abordagem irônica e crítica sobre a (ausência) da leitura de poemas. Apesar do tom aparentemente pessimista, senti uma esperança, será que é a última vez mesmo? O primeiro leitor será sempre o próprio escritor, que sente uma alegria na criação e pretende compartilhá-lo com os outros. Não ser lido não desmerece a experiência de escrever, a meu ver, e tampouco ser muito lido significa um excelente trabalho. Parabéns e boa sorte!

  10. Ana Maria Monteiro
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Vil Verdict. Realmente, poucos lêem. Poesia ainda menos que prosa, já se sabe. O micro foi mesmo micro, mas acertou o alvo. Rápido e certeiro, melancólico, inevitavelmente. Bem conseguido. Mas no seu lugar teria escrito conto ou crónica em lugar de poema, visto que a escrita não é minimamente poética e a mensagem passada não apenas seria mais abrangente, como igualmente verdadeira: ninguém lê, ninguém quer saber e ponto. Parabéns e boa sorte no desafio.

  11. M. A. Thompson
    1 de fevereiro de 2020

    Um microconto perfeito, completo, que descreve a angústia de muitos que almejam o sucesso literário, mas sequer são lidos. Parabéns.

  12. Marco Aurélio Saraiva
    1 de fevereiro de 2020

    Concordo (rss). Quase ninguém lê poemas mesmo, mas também os poetas não ajudam: o que eu já tentei ler de poetas de rua – com aquelas xerox mal feitas e dobradas de qualquer jeito – não está no gibi. Ô COISA RUIM!
    Tirando estes, porém, poesia é nicho mesmo: não é para todo mundo. Eu mesmo me forço a ler as vezes, mas é raro achar uma que me toque.
    Mas só de levantar a questão e me fazer lembrar destas coisas o seu conto já tem um valor, especialmente por ter me feito pensar tanta coisa com apenas quatro frases curtinhas.
    Escrita: boa
    Conto: Bom

    • Vil Verdict
      1 de fevereiro de 2020

      Conhece a poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)? Vale a leitura sempre. Um abraço.

  13. Catarina Cunha
    1 de fevereiro de 2020

    Poeta desiste de tentar ser lido.
    Elementos fundamentais do microconto:
    Técnica — boa. Consegue mostrar a angustia do poeta.
    Impacto — regular. Salvo pela inegável empatia que gera com todos nós escritores.
    Trama — regular. Faltou intensidade ou desdobramentos.
    Objetividade — Boa. Dá seu recado.

    • Vil Verdict
      1 de fevereiro de 2020

      Agradeço imensamente sua avaliação estritamente técnica. Rolou curiosidade de sua profissão. Abraços.

  14. Jowilton Amaral da Costa
    1 de fevereiro de 2020

    Realmente ninguém lê nada. Ou a pessoa é cara de pau e posta suas coisas sabendo que o retorno será mínimo ou vai se frustrar como o personagem do micro conto. O texto não me impactou muito. Boa sorte no desafio.

  15. Gustavo Azure
    1 de fevereiro de 2020

    Parabéns por ousar escrever pouco. O diálogo entre os personagens foi bem escrito e fácil de compreender o que quer ser passado, ou, pelo menos, compreendi um artista solitário que já está a perder a esperança em sua arte ao mesmo tempo que ainda espera por ela. Boa sorte

  16. Sarah S Nascimento
    31 de janeiro de 2020

    Olá, seu microconto é bem curtinho. Um pouco triste, pois só mostra a desesperança do autor dos poemas.
    Gostaria que tivesse acontecido mais coisas, mas entendo que seu foco poderia ser só esse mesmo.
    Gostei que escreveu tudo em diálogos, boa sorte no desafio.

  17. Marília Marques Ramos
    31 de janeiro de 2020

    Gostei, mas admito que já li algo parecido em algum lugar. Tirando isso, gostei da ideia e da mensagem.

  18. Anorkinda Neide
    31 de janeiro de 2020

    A princípio me antipatizei pelo texto pq detesto o mimimi dos poetas de facebook q publicam na plataforma errada e querem ser lidos pelo publico errado…
    Mas pensando bem, vc escreveu muito em poucas palavras, inclusive agora estou em dúvida se isto é um micro micro conto ou um poema 🙂

    • Vil Verdict
      31 de janeiro de 2020

      Oi, Anorkinda, É um microconto (que poderia ser, sim, um poema, já que tem relativa métrica proposital nas duas primeiras linhas). Ele foi escrito numa época em que exercitava esse estilo de escrita. Estou achando, aliás, muito bom ter tantos interlocutores debruçados sobre ele. E o exercício de leitura dos outros contos está me ensinando muito também sobre o próprio ato de escrever. Um abraço e boa sorte!

  19. Evandro Furtado
    31 de janeiro de 2020

    Mais um conto sobre escrita e acredito que seja o décimo que leio nesse desafio. Mais uma vez, por consequência, o conto perde o impacto por repetir uma fórmula que já occorreu muitas vezes.

    • Vil Verdict
      31 de janeiro de 2020

      Não poderia imaginar que haveria outros. Microconto guardado na gaveta há um tempo. Não foi escrito especialmente para o desafio. Pena que não tenha sido, para você, um prazer de leitura. Quem sabe, na próxima? Um abraço e sorte com o seu!

  20. Angela Cristina
    31 de janeiro de 2020

    Olá!
    Aqui, todos leram.
    Bom testo.
    Parabéns.

    • Angela Cristina
      1 de fevereiro de 2020

      Corrigindo: Texto.

  21. Davenir Viganon
    31 de janeiro de 2020

    O micro consegue passar muita coisa sobre o poeta, nesse diálogo dá até pra imaginar a entonação de quem diz “chega”. muito bom!

  22. Pedro Paulo
    31 de janeiro de 2020

    Utilizando-se do recurso do diálogo, o microconto alude a uma frustração familiar a muitos escritores: a de escrever para as paredes. Mas é feito contando uma história: a de uma desistência. Talvez, por se tratar de um público de escritores, o microconto ganhe uma força extra por isso. Nenhum de nós desistimos, mas acho que todos já pensamos sobre. Eu já, ao menos.

  23. Ana Carolina Machado
    30 de janeiro de 2020

    Oiiii.Um microconto que diz muito em poucas palavras. Acho que ele faz uma reflexão sobre como o apoio é de grande importância para quem escreve, sempre é bom ter uma palavra de incentivo, um comentário, pois caso contrário pode vim o desânimo e até uma certa sensação de vazio como é retratado no conto. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.

  24. antoniosbatista
    30 de janeiro de 2020

    Deu para entender que é um diálogo, pelo menos eu entendi. Mas não gosto desse estilo de escrita. Me acostumei desde criança com travessão, se bem que na arte da escrita tudo vale, desde que seja entendido. A história é de todos nós, escritores frustrados quando escrevemos para a área off e ninguém lê. Gostei da estrutura do conto e da mensagem que ele transmite.

  25. Anderson Góes
    30 de janeiro de 2020

    Com tão pouco você conseguiu dizer muita coisa sobre quem está começando a escrever e ainda não tem um longo alcance, é muito dificil, sempre tem alguém que vai criticar, você acha que ninguém vai ler, quando lerem não irão gostar e os sentimentos vão seguindo por esse caminho… gostei muito e você está de parabéns!

  26. Fabio D'Oliveira
    30 de janeiro de 2020

    Olá, Vil!
    Aí está microconto delicioso. Gostei bastante, de verdade. Pequeno, mas que fala muito sobre a poetisa. Ela escreve para ser lida. Ela escreve pra ser reconhecida. É interessante como podemos extrair várias possibilidades dentro de poucas palavras.
    Bom trabalho!
    Parabéns, e boa sorte no desafio!

  27. Eulina Rego
    30 de janeiro de 2020

    Bem interessante, sucinto. A (des)espera que conjuga desalento e esperança, contradição bem humana, depositada na “última vez”, que soa como um desabafo murmurado, mas também como uma prece sintética, para que não seja a última! A dor em perceber que a leitura está morrendo, por extensão, em todas as artes e áreas, por não se manifestar em linhas de texto, em elementos de uma foto, nos desenhos de uma melodia. Os sentidos se apagam. Não se busca mais ler entre as linhas. O mundo está ficando menor. Gostei muito do poema!

  28. Sérgio Renato
    30 de janeiro de 2020

    Simples e direto, o mesmo dilema dos jornalistas. Representou!

  29. Luciana Merley
    29 de janeiro de 2020

    Olá, Vil.
    Seu micro-micro parece ser bem representativo da experiência de muitos aqui, inclusive eu. Escrever para não ser lido é mesmo desalentador. Disse tudo em poucas palavras. Bom conto.

  30. Priscila Pereira
    29 de janeiro de 2020

    Olá, Vil!
    Então… aqui todo mundo lê!!
    Dá pra se identificar fácil, fácil, infelizmente… realmente quase ninguém lê mais nada hoje em dia… tristes tempos…
    Seu micro é um fragmento perfeito do que todo escritor pensa!
    Parabéns e boa sorte!

  31. Claudio Alves
    29 de janeiro de 2020

    O texto mostra a frustração de quem pretende se comunicar pelas letras e tem sua obra ignorada. De minha parte, escrevo porque julgo que ninguém lê, embora a perda auditiva estava me restringindo a isso: escrever para poder dialogar. Que coisa, não? Bom texto! Que não seja o seu último, Vil Verdict. Boa sorte no Desafio.

  32. Carolina Langoni
    29 de janeiro de 2020

    Gostei bastante do titulo, brincou com o seu texto.
    Eu comecei a escrever recentemente e, já me deparo com situações assim :v
    É mesmo (Des)espera(dor).

  33. Andreza Araujo
    29 de janeiro de 2020

    Creio que todos nós já passamos por algo semelhante então é fácil se identificar e se emocionar (frustrar?) com a realidade. O que mais gostei, porém, foi do título. Achei genial, uma poesia camuflada. Boa sorte

  34. Luiz Eduardo Domingues
    29 de janeiro de 2020

    Gostei da maneira como você aproveitou a necessidade de ser objetivo em seu favor. Acho que conseguiu transmitir tudo o que pretendia em poucas linhas. Parabéns!

  35. Márcia
    28 de janeiro de 2020

    Uau!!!! Me surpreendeu. Tanta verdade (me parece) em tão poucas palavras. Direto. Sem rodeios. Sem “barriga”. Um soco no estômago. Desilusão com o outro. Indireta direta. Pra quem? Para amigos? Para as editoras? Para a família? Para o Universo? Para Deus?

  36. Elisa Ribeiro
    28 de janeiro de 2020

    Um micro com o qual certamente muitos (todos?) aqui irão se identificar. Um poeta sem leitores e sem ilusões. Boa sacada, direto, eficiente, acertou no impacto. Ótimo título. Ao menos aqui você foi lido e comentado por 51 leitores até agora. Parabéns e boa sorte. Um abraço.

  37. Sabrina Dalbelo
    28 de janeiro de 2020

    Olá, um meta texto sobre frustração de um poeta nunca lido, ou pouco lido, ou que acha que não é lido. Bem pensado. Cruel, verdadeiro e cru.
    Se caso for um conto autobiográfico, não perca as esperanças!
    Um abraço,

  38. Amanda Gomez
    28 de janeiro de 2020

    Olá,
    poucas palavras e um tiro certeiro. Achei muito forte seu conto, pra quem escreve é impossível não se identificar. Um poeta já no fim da ilusão de sucesso, ou mesmo de um feedback sincero. Temos que indicar o entrecontos pra ele rsrs.
    Bom conjunto de palavras, boa sacada e um impacto consistente, parabéns!

  39. Cicero G Lopes
    28 de janeiro de 2020

    Não sei se serve de consolo; mas, eu li! Boa sorte!

  40. Vitor De Lerbo
    27 de janeiro de 2020

    Um/a escritor/a frustrado/a; ou seja, um pleonasmo rs Quem nunca enviou um conto/romance/poesia para uma editora ou concurso e ficou com raiva por não receber nem resposta, que atire o primeiro travessão!
    Continue a enviar. Gostei do estilo da sua escrita, mesmo vendo pouco dela aqui.
    Boa sorte!

  41. Vitor De Lerbo
    27 de janeiro de 2020

    O/a escritor/a frustrado; ou seja, um pleonasmo rs Quem nunca sentiu isso ao submeter seu conto/romance/poesia a uma editora, que atire o primeiro travessão!
    Continue a enviar. Gostei da sua escrita, mesmo com as palavras reduzidas.
    Boa sorte!

  42. brunafrancielle
    27 de janeiro de 2020

    Não entendi muito bem seu conto.
    Este: “enviou?”, isto era uma pessoa perguntando pra outra? Se sim, era necessário o uso do travessão na frases.
    Isso era uma sucessão de pensamentos do protagonista? Se sim, esse “Por que” perguntado a si mesmo soou bem estranho.
    Enfim, a abolição das normas gramaticais praticada aqui fez com que o conto não tivesse sentido pra mim. Ou ficou além de minha compreensão instantânea. Parece ser um diálogo.

    • Vil Verdict
      27 de janeiro de 2020

      Sim, Bruna, é um diálogo. Sem travessões, no estilo Saramago. Foi bom saber que isso afetou sua compreensão. Agradeço a sinceridade. Um abraço e boa sorte!

  43. Rozemar Messias
    26 de janeiro de 2020

    Embora bem escrito, com começo, meio e fim, não foi uma leitura envolvente. Boa sorte!

  44. Regina Ruth Rincon Caires
    26 de janeiro de 2020

    Reflexivo, né?! Mas alguém lê. Pode crer, alguém lê. E isso já faz valer a pena. Eu acho que o motivo principal de colocar a palavra no papel, depois do prazer que isso traz, sem dúvida alguma, é saber que essa palavra será lida. Por favor, que não seja a última vez. Que tenha outra, e outra, e outra…

    Boa sorte!

    Abraços…

  45. Raquel
    26 de janeiro de 2020

    Gostei! A desilusão do poeta sem poesia. Parabéns!

  46. Fernando Cyrino
    26 de janeiro de 2020

    Aqui, Vil, você está recebendo muitos feedbacks, né? Não os leio antes de comentar, as vi que são mais de trinta até agora! Lavando a alma, né? Pois é, fico bem desconfiado quando alguém me diz que escreve só para ele mesmo que haver ou não leitor pouco lhe importa. Será mesmo? Na minha percepção, todo mundo está buscando reconhecimento vida afora. Você me traz uma narrativa, Vil, bem curta. Talvez pudesse até ser ainda menor, pois que da mesma forma que duvido que não se busque reconhecimento, também tenho cá meus questionamentos sobre essa coisa de “última vez”. O que noto é que sempre que alguém diz ser a última vez, eu fico grilado. Por exemplo, alguém fazendo um discurso e lasca um “por último” na sua fala. Com certeza que haverá mais coisas depois desse anunciado final. Então, cá fico me perguntando se essa expressão seria mesmo necessária na sua história. O Enviei já está de bom tamanho. Bem, por fim lhe digo que gostei da sua narrativa, ousada e direta nos diálogos. Ah, e gostei do título e do seu pseudônimo: Veredito vil, bem irônico, o que me abre mais portas para navegar na sua narrativa curta… Meu abraço.

    • Vil Verdict
      26 de janeiro de 2020

      Oi, Fernando, agradeço suas impressões e colocações. Sim, está sendo bem legal essa experiência de feedbacks e de avaliação dos outros contos. Mas se o personagem só respondesse “Enviei”, não haveria lógica o interlocutor perguntar “Por quê?” Muito menos haveria sentido a frase final: “Ninguém lê”. Ou talvez eu não tenha entendido bem sua sugestão. Um abraço, aí, e boa sorte!

  47. Raione LP
    26 de janeiro de 2020

    Acho que o ponto forte do conto (ou poema?) consiste na resposta bastante crua e direta do poeta (“porque ninguém lê”) e no título sugestivo. Inicialmente diria que o nível de despojamento do conto é tão grande que não dá à imaginação do leitor elementos suficientes com que trabalhar, preencher lacunas, extrapolar. Mas essa impressão talvez não seja correta considerando o contexto em que o conto foi publicado, numa comunidade de autores/leitores. Quero dizer, parece que, neste contexto específico de publicação, essa peça teve seu efeito potencializado, daí os comentários que trazem várias projeções feitas a partir da leitura do conto.

  48. alice castro
    25 de janeiro de 2020

    Fez gancho com o que sinto nas inúmeras vezes em que submeto um texto meu à apreciação de outros! Parabéns!!! Seu microconto diz muito!

  49. Fabio Monteiro
    25 de janeiro de 2020

    Acredite, alguem lê. pode não comentar, mas, alguem lê. Seja como for, boa sorte.

  50. Paulo Luís
    25 de janeiro de 2020

    Um tanto simples, e mesmo assim achei que o “última vez” está sobrando. Não sincronizou com “ninguém lê” Só me resta desejar boa sorte.

  51. Andre Brizola
    24 de janeiro de 2020

    Olá, Vil! Tem muito mais sendo dito do que está no conto de fato, certo? Pode ser algo relacionado somente aos desafios do Entrecontos, mas me parece mais. Me parece um desabafo do poeta. Farto de que seus amigos, familiares, colegas autores, inclusive, não reajam sobre sua obra, exposta de graça na internet, para agraciar quem puder e quiser. Um relato sobre a nossa realidade virtual, com muita gente tendo algo de qualidade a dizer, mas com pouca gente querendo ouvir, de fato… É uma tristeza. Bom conto! Boa sorte no desafio!

  52. Fheluany Nogueira
    24 de janeiro de 2020

    Não é um poema. É um microconto, obrigatoriamente com leitores. Li e gostei. Diálogos precisos, curtos e diretos. História completa e uma surpresa / frustração final.
    Parabéns pelo texto e boa sorte. Abraço.

  53. Angelo Rodrigues
    23 de janeiro de 2020

    Alguém que desiste.
    Seria a expressão de vontade tão permanente nos escritores? Por que fazer se isso não há repercussão do que eu faço?
    Não há resposta para isso, particularmente quando a pessoa não mais os envia a lugar algum e começa uma nova atividade, talvez alguma em que se saia melhor que escrevendo poemas que ninguém lê.
    Mas, talvez não.
    Acho que um dos grandes segredos para tudo é a permanência. Mandar de novo e de novo e de novo, simplesmente porque o que importa em todo esse processo é exatamente o intervalo entre cada uma dessas remessas. Sabendo aproveitá-lo as chances futuras sempre serão melhores.
    Às vezes a gente esquece que a nossa produção nos escapa das mãos, não repercute como gostaríamos. Não creio que isso seja verdade definitiva. Há um mundo silencioso, curiosamente silencioso, que nos acompanha a todos e, me parece, é importante levar até essas pessoas alguma forma de prazer com um conto, com um desenho, com uma fotografia, às vezes com uma palavra. Acho isso transformador, silenciosamente transformador.
    Continue enviando.
    Boa sorte.

  54. Mari de Melo
    23 de janeiro de 2020

    Mico, micríssimo, o que só confirma que poucas palavras dão conta de situações as mais imensas. Poucas palavras que resumem uma vida inteira, talvez décadas de esperança, quiçá ainda mais décadas de des/espera olhando para as próprias mãos sem saber o que fazer depois desse insight. Bonito ver o vazio infinito caber no micro. Gostei muito!

  55. Nilo Paraná
    23 de janeiro de 2020

    – Finalmente entendi, e desisti.
    – sério? desistiu? mas a criação é importante per se.
    – Bull shit.

  56. Rodrigo Fernando Salomone
    23 de janeiro de 2020

    Acredito que esse seja o segundo medo de alguém que resolve escrever, o primeiro seria o ato de colocar realmente no papel as próprias ideias, e o segundo a falta de interesse no seu trabalho. Muito bem escrito, direto. Parabéns e boa sorte.

  57. fernanda caleffi barbetta
    23 de janeiro de 2020

    Olá, Vil, pouquíssimas palavras que ao menos 84 pessoas pessoas irão ler, que bom que enviou! Achei legal a sua ousadia de usar um diálogo e tão poucas palavras, mas funcionou, você contou a sua história, mostrou o sentimento do personagem e seu descontentamento com a falta de leitores (tamo junto).
    Só não foi brilhante, coisa que eu espero quando vejo pouqíssimas palavras, mas é uma bom texto. Gostei da ideia do título, muita coisa em uma palavra. Parabéns e boa sorte.

  58. Rafael Carvalho
    22 de janeiro de 2020

    E quem nunca se sentiu de saco cheio de algo, se sentiu tolo por fazer algo e não ter retorno, lá no fundo pensa – Essa é a última vez… -, nem sempre é a última vez!
    Gostei do micro, é curto, porém bem abrangente de uma forma situacional, como conto participante de um concurso, por mais que seja um concurso de micros, acredito que poderia ser mais trabalhado as linhas de dialogo.
    Boa sorte, parabéns pelo Micro conto.

    • leandrociccarelli2
      23 de janeiro de 2020

      Achei muito curto e não me prendeu. Faltou profundidade. Em todo caso boa sorte no desafio.

  59. Fabiano Sorbara
    22 de janeiro de 2020

    Olá, Vil! Texto curto e que causa impacto. Penso que esse impacto gerado funcione mais para quem é escritor. Nós conhecemos as angústias de esperar por uma ou duas leitura. Nós conhecemos as frustrações de escrever e não ver resultados. Sendo somente um leitor, acredito que o micro funcione de um outro jeito.
    Desejo boa sorte no desafio. Abraços.

  60. Augusto Schroeder Brock
    22 de janeiro de 2020

    Olá!
    Ninguém lê. Mas dessa vez somos obrigados. Hehe
    Brincadeira. Funciona, tem humor. Gostei.

  61. Emanuel Maurin
    22 de janeiro de 2020

    Uai, é claro que lê, é que tem uns poemas que são difíceis de interpretar, mas não é o caso de seu conto. Boa sorte.

  62. Kaka Felitte
    22 de janeiro de 2020

    Como se um soco tivesse sido desferido contra a boca de meu estômago. Fiquei sem ar.
    Uma mistura de melancolia, solidão, abandono me invadiu.
    Me emocionou, profundamente, a precisão do(a) autor (a) ao conseguir condensar tantas emoções e tantos pensamentos.
    Belíssimo! Um diamante dos mais raros!

  63. Novamulher
    22 de janeiro de 2020

    Muito bom. Simples porém profundo. Ressaltando para a falta de interesse na leitura. E demonstrando a esperança da última tentativo e o desepero do escritor esperançoso de que alguém ainda lei.

  64. Cilas Medi
    21 de janeiro de 2020

    Como assim!? Eu li e gostei.
    Uma poesia em forma narrativa tem que ser simples mesmo.
    Parabéns!
    Boa sorte!

    • Vil Verdict
      26 de janeiro de 2020

      Cilas Medi, tenho lido seus comentários em outros microcontos e me identificado bastante com suas avaliações. Percebo que você é, de fato, um leitor crítico, que sabe do que está falando, que tem distância para analisar um texto, que não mistura subjetivo com objetivo. E, por isso, fico, muito feliz que tenha gostado. Já terá sido uma imensa alegria ter participado, independente das escolhas finais. Um grande abraço! E boa sorte pra você também. Pra nós todos aqui.

  65. Nelson Freiria
    21 de janeiro de 2020

    Um micro conto e micro tragédia. Acho que assim como outros contos, há um pouco a falar sobre o ato da escrita que pode ser interpretado no meio desses curtos diálogos. Como ninguém lê e o autor está visivelmente desanimado, sendo essa a última vez que envia os poemas, nota-se a dificuldade de encontrar um lugar ao sol no meio ao qual se dedica. Essa é a tragédia relatada. Se eu quisesse explorar algo a mais, poderia dizer que o “ninguém lê” também pode indicar a um dado sobre o baixo nível de leitura. Mas não vamos exagerar na especulação do que o conto quer pode dizer com tão pouco, por que aqui nesse desafio o que acontece é o contrário do que ele diz!

  66. Jorge Miranda
    21 de janeiro de 2020

    Poucas palavras, simplicidade no conteúdo e precisão para discutir essa questão da leitura (da falta dela) e o medo (fato) de que tanta coisa interessante e produzida e poucos leem. Parabéns!

  67. drshadowshow
    21 de janeiro de 2020

    Achei interessante. Um grito de protesto contra uma nação que não lê, mas quer pensar. Triste e verdadeiro. Gostei.

  68. Valéria Vianna
    20 de janeiro de 2020

    Vemos aqui metalinguagem sem disfarce. E arriscaria dizer que o autor busca, talvez, a concisão enquanto estilo. Congratulações.

  69. Luiza Moura
    20 de janeiro de 2020

    Foi um desabafo, foi um microconto que cumpre bem o que exige essa modalidade de texto e ainda fala sobre algo que tem atormentado os escritores: a falta de leitores. De fato acho importante destacar aqui, que inclusive muitos de nós não pararíamos para ler os outros contos se essa não fosse uma exigência do concurso. Parabéns pelo texto!

    • Vil Verdict
      22 de janeiro de 2020

      Desabafo do personagem… bom lembrar 😉

  70. Givago Domingues Thimoti
    19 de janeiro de 2020

    Poucas palavras, muitas mensagens, sendo a principal, uma metalinguagem sobre o grande medo d(e alguns) os poetas/escritores.

    Escrever para quê se ninguém for ler?

    Interessantíssimo, sem dúvida alguma

  71. Maria Alice Zocchio
    19 de janeiro de 2020

    O diálogo direto entre um escritor e alguém que parece ser um incentivador foi muito bem usado. Em quatro falas conseguiu transmitir que o personagem é um poeta desapontado por ter passado por frustrações anteriores. Gostei.

  72. Gio Gomes
    19 de janeiro de 2020

    Parece que temos um enredo emulando a estrutura de um poema, estou certo? Ótima idéia! O vazio do poeta em confronto com o vazio de um não retorno é um tema recorrente, então acho que aqui você poderia quebrar essa tendência de alguma maneira. O estilo eu achei que poderia ter sido melhor utilizado, já que essa estrutura que você está emulando é livre e muitas vezes imagética, possibilitaria vôos mais altos! Seria diferente se vc tivesse emulado estruturas fechadas como sonetos ou sextilhas. Parabéns pelo conto.

    • Vil Verdict
      26 de janeiro de 2020

      Agradeço a sugestão, Gio. Muito boa essa experiência que estou tendo aqui. Ler as impressões de leitores atentos. Um abraço.

  73. Gustavo Araujo
    19 de janeiro de 2020

    O conto fala daquilo que mais assombra qualquer pessoa que goste de escrever. A ignorância ou mesmo a irrelevância de sua obra. É corrente no nosso meio a sensação de que produzimos para ninguém, que seremos sempre uma voz perdida. Às vezes fico pensando nesses autores consagrados que (dizem) vendem milhares de livros, mas que dificilmente recebem um feedback honesto, uma opinião sincera, mantendo-se aferrados a resenhas encomendadas por suas editoras… Deve ser triste a solidão que têm em relação às opiniões verdadeiras, a orfandade que sentem das impressões naturais — ainda que isso tudo seja compensado, no caso deles, por uma boa soma em dinheiro, rs

    Mas, enfim, seu conto acerta pela simplicidade e pela facilidade em ser absorvido pelo público que o irá ler. Tenho certeza de que será bem lembrado na hora de votar. De todo modo, parabéns e boa sorte no desafio!

  74. renatarothstein1
    19 de janeiro de 2020

    Muito bom seu micro micro micro conto. Em poucas linhas é contada toda a história, o drama e desilusão do poeta.
    Ousada sua escolha, acho bem difícil fazer o que você fez, e meus parabéns!

  75. Eder Capobianco
    19 de janeiro de 2020

    Impactante…………poucas palavras que batem como o martelo de Thor…………como disse a angst447, está tudo aí……….desespero, alegria, dor, desesperança…………faz pensar, refletir………….tem uma verossimilhança forte……..é como se eu estivesse na cozinha tomando café e conversando confidencias com alguém íntimo………..onde me exponho em troca de nada mais que o alívio de o fazer………..fantástico!

  76. Pedro Gomes
    19 de janeiro de 2020

    Gostei. Escrito de forma concisa, deixa ao leitor imaginar o resto.

  77. jetonon
    19 de janeiro de 2020

    Creio que o escritor não soube se expressar, talvez tenha se perdido nos sinais.
    Não gostei.

    • Vil Verdict
      27 de janeiro de 2020

      Oi, Jetonon, agradeço suas considerações. Mas, de fato, não entendi quando diz que me perdi nos sinais. Você fala da falta de travessões nos diálogos, é isso? Gostaria que fosse um pouco mais crítico. O que eu não soube expressar?. O que sugere? De que sinais está falando? Um abraço e sorte com seu conto.

  78. angst447
    19 de janeiro de 2020

    Eu curti a “microcidade” do seu conto. Tao curto e está tudo lá. Um diálogo que diz o motivo de uma ação, sem deixar margem a enganos. A desilusão de um poeta não lido. Triste, mas muito real. Boa sorte!

  79. Bia Machado
    19 de janeiro de 2020

    Olá! Tudo bem? Admira com sua coragem de enviar um micro tão micro. E o melhor desse micro-bem-micro é que pra mim está ótimo. Nessas quatro linhas temos duas personagens, sendo que o principal é um poeta desacreditado de si mesmo, achando não ser bom o bastante, e por isso aliviado, pois cumpriu com sua promessa e está tranquilo, já que acha que ninguém vai levar aquilo a sério. Muito bom! Ou seja, é bem o que o micro deve fazer: instigar o leitor a preencher as entrelinhas. Gostei!

    P.S.: Espero que não seja a última vez.

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Publicado às 19 de janeiro de 2020 por em Microcontos 2020 e marcado .
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