EntreContos

Detox Literário.

O Sol é uma Lanterna! (Leonardo Jardim)

 

Toda aquela loucura começou numa noite quente na Lapa.

— Já reparou como, de repente, todo mundo ficou maluco? — perguntei, mudando o rumo da conversa, que até então passeava por amenidades, como a discussão scorsésica se filme de super-herói era cinema de verdade ou alguma outra coisa. 

— É o mal do nosso tempo — Juca respondeu, distante, por trás de uma grande baforada de fumaça. Já passava da meia-noite e os botecos pé-sujo estavam bombando de bebuns e alguns executivos animados em final de happy hour.

— Meu vizinho de baia no trabalho surtou de vez. Esses dias ele cismou que o sol é uma lanterna!

— Rapaz, minha tia veio com essa ontem também… será que é um movimento coordenado?

Juca levantou e, correndo de maneira atabalhoada, foi ao banheiro despejar alguns dos vários litros de cerveja que havíamos bebido naquela noite. Era um daqueles banheiros sujos e apertados e havia uma pequena fila na porta. Ele se sacudia de um lado para o outro tentando segurar a pressão da bexiga prestes a explodir. Na volta, olhou alguma mensagem no celular, provavelmente sem lavar as mãos.

— É tudo culpa dessas redes sociais e Youtubes da vida — continuei assim que ele voltou. — Ele tava cheio de argumentos esdrúxulos e nada o convencia do óbvio.

— E o que é óbvio? — Juca perguntou de forma estranha. Já não estava tão distante como de costume.

— Como assim!?

— O que é o óbvio, na sua opinião?

— Juca, o que houve?

— Fala, cara. No que você acredita?

— Não é questão de acreditar. É a ciência, é comprovado.

— E a sua “ciência” — fez as aspas com as mãos —, por acaso, prova que o sol não é uma lanterna?

— Cla…claro! Você tá acreditando nisso agora também?

— Não faz todo sentido? O sol é claramente uma lanterna. Nós, os solanternistas

— Solanternistas!? Já tem um nome pra isso?

— Beto, vou te mandar uns vídeos que provam nosso argumento. Fotos do sol mostram que existe um vidro em volta e que a luz é claramente de origem elétrica.

— O que tá falando, cara? Mais cedo a gente tava questionando essas loucuras. Agora você é um deles?

— Dá uma olhada no vídeo que te mandei. Tu vai curtir e vai nos entender. Não tem como duvidar. 

— Cê tá é maluco!

Desisti de continuar com aquela conversa insana e saí esbarrando nuns executivos que gargalhavam por alguma piada boba qualquer. Havia perdido meu melhor amigo para aqueles argumentos imbecis e não parecia que iria conseguir trazê-lo de volta à realidade.

Os dias seguintes foram ainda mais estranhos. Não só meu vizinho de baia, mas vários colegas de trabalho, da academia e do prédio começaram a cuspir o solanternismo em mim, tentando me convencer e me levar para a “seita”.

Desconectei-me das redes sociais e apaguei o tal vídeo todas as centenas de vezes que me foi encaminhado. Já estava acreditando que havia ali alguma mensagem subliminar que convencia as pessoas a níveis incompreensíveis.

Cerca de uma semana após a fatídica noite no bar, eu estava em casa comendo um desses hambúrgueres de planta com sabor e textura de carne. Não sou vegano, nem mesmo vegetariano, mas achei interessante a ideia e o negócio até que é gostoso. Comendo aquilo eu imaginava que estivesse de alguma forma ajudando a reduzir o desmatamento e a emissão de carbono causada pelos gases intestinais das vacas. Ou algo assim.

O importante é que estava me deliciando de tal iguaria quando Juca tocou o interfone. Deixei ele subir, torcendo para que aquela loucura tivesse passado. Ao abrir a porta, porém, perdi as esperanças: ele vestia uma camisa com um ET segurando uma lanterna contra a Terra.

— Beto, o que houve? — ele perguntou, preocupado. — Não responde minhas mensagens. 

— Tô dando um tempo das redes sociais.

— Por que, cara?

— Ah, sei lá. Enchi o saco.

— Viu o vídeo?

— Vi — menti.

— E então?

— Depois a gente conversa sobre isso — desconversei. — Quer um hambúrguer?

— Quero. Tá bem cheiroso.

Preparei mais um enquanto pensava como explicar para o meu amigo que eu não ia cair nessa de solanternismo. Após a primeira mordida, ele perguntou:

— Já tá convencido de que o sol é uma lanterna?

— Então… er… — me enrolei.

— De que é esse hambúrguer, hein? — ele perguntou, de repente.

— Não sei. Na embalagem eles dizem só que é de “planta”, mas…

Antes que eu terminasse a frase, ele tombou e caiu de cara na mesa. Fiquei obviamente assustado. Será que o Juca era alérgico a alguma coisa usada naquela “carne”? Reparei, então, que uma estranha gosma verde escorreu por sua orelha direita. O pior é que ela parecia estar viva. Começou a rastejar pela minha mesa em direção à borda. Mas eu a interceptei, prendendo-a num copo de vidro, daqueles de requeijão.

— Beto, o que houve? — Juca perguntou, ainda meio grogue.

— Você comeu um hambúrguer de planta, desmaiou e esse troço aqui saiu da sua orelha.

— Cê tá maluco? — ele perguntou, mas depois percebeu que a gosma realmente se mexia e tentava fugir da sua redoma improvisada.

— Pra quem acredita em sol lanterna, acreditar em cera viva comedora de cérebro é mole, né? — finalmente enchi o saco e joguei na cara.

— Sol lanterna? Quem acredita nisso?

— Olha sua camisa.

— Sim, tem um alien segurando uma… — e então sua expressão se encheu de surpresa, como se tivesse descoberto o óbvio, que neste caso era isso mesmo. — Caraca, mané. Esse bichinho nojento aí estava dentro da minha cabeça me fazendo acreditar nessa teoria maluca do solanternismo? É isso?

— É o que parece. E o ponto fraco dessa coisa deve ser esse hambúrguer de “planta”. Será que dá pra ficar mais doido que isso? — É o tipo de pergunta que não se faz em histórias como essa, eu devia saber. 

Enquanto Juca vomitava no banheiro e eu tentava dar aquele apoio moral, ouvimos um barulho de vidro se quebrando. A maldita gosma havia conseguido romper as barreiras que a impediam de se movimentar. Não era culpa da redoma, claro, que estava apenas acostumada a conter produtos lácteos, mas nossa, por subestimar a criatura que havia condicionado a mente de meu melhor amigo. Ela podia acreditar em sol lanterna, mas com certeza não era totalmente idiota. Arrastou o copo até a borda da mesa e tombaram daquela altura.

Observando o rastro da gosma, verifiquei que ela havia se encaminhado para a porta da entrada e passado por baixo do batente. Assim que a abri, dei de cara com Seu Tião, o zelador do prédio. Ele me olhou com uma expressão estranha e Juca apareceu por trás esfregando o resto do hambúrguer na fuça do sujeito.

Seu Tião nos xingou de todos os nomes feios que ele conhecia e, mesmo explicando para ele com os melhores argumentos possíveis, tivemos que sair dali antes que ele nos agredisse ou chamasse a polícia. Reparamos, enquanto o nobre funcionário de meu condomínio esbravejava contra a reputação da minha mãezinha, que uma jovem entrava no elevador. Se a gosma não contaminou o zelador, só poderia ter sido ela. Por via das dúvidas, catei no chão a guloseima matadora de criaturas solanternistas.

Descemos correndo pelas escadas, mas o sedentarismo não permitiu que chegássemos antes de o elevador. Nessas horas que eu costumo me arrepender de pagar a Smart Fit e nunca ir. A jovem havia saído na rua e conversava com um policial. O nobre homem da lei veio ao nosso encontro e declarou:

— Cês tão preso, bando de maluco, por perseguir essa menina bonita aqui. — E, para a jovem contaminada, disse: — Vamos pra delegacia prestar queixa, querida.

Entramos na viatura, no banco de trás, enquanto o policial dirigia e a jovem ocupava o assento do carona.

— Seu polícia — Juca tinha uma expressão de que estava bolando uma coisa. 

— Sargento Braga — ele corrigiu.

— Então, sargento, cê concorda que o sol… tipo… parece com uma lanterna?

A menina sorriu e olhou para ele com satisfação. O policial, também bem alegre, respondeu:

— Não é óbvio? Está tão claro que só uma lanterna seria capaz de nos iluminar tão bem assim.

Nesta mesma hora eu peguei o restinho de hambúrguer de planta e joguei no motorista. Ele ameaçou questionar, mas acabou desmaiando de cara no volante. O carro perdeu o rumo e bateu com força num poste próximo aos Arcos da Lapa. Devia ter feito isso no sinal vermelho. A menina acabou desmaiando e nós conseguimos fugir pela janela quebrada, com apenas ferimentos leves.

Retiramos os dois do carro e verificamos que ainda estavam vivos. Catei o restinho de hambúrguer e esfreguei na menina.

Enquanto o policial, Sargento Braga, acordava, a gosma saiu pela orelha da garota e Juca a esmagou sem dó com um belo pisão. O ouvido do policial estava úmido, mas não sabíamos onde a dele tinha ido. Explicamos toda a situação para ele, que, sem pestanejar, acreditou em tudo. Chamamos a ambulância e esperamos que levassem a acidentada. Depois fiquei sabendo que ela ficou bem e ganhou muito dinheiro como youtuber.

Em seguida, o Sargento Braga arquitetou um plano contra as malditas gosmas. Ele nos levou ao supermercado Mundial da Rua Riachuelo e, usando toda sua autoridade legal, confiscou todo o estoque do tal hambúrguer de planta.

— Não se preocupem. Conheço um cara no Bope. Vocês sabem atirar?

Juca sorriu com aquela expressão de alucinado e eu fiquei meio assustado, porque sou pacifista e não queria matar ninguém. Quando saímos do mercado, uma multidão de pessoas tentou nos impedir a passagem, com argumentos nada convincentes e muito irritantes do sol lanterna.

Sargento Braga, de maneira um pouco truculenta, mas ainda assim um gentleman perto de seus colegas de corporação, empurrou os contaminados e, com arma em riste, ameaçou atirar. Os alienados, que acreditavam em teorias absurdas, mas não eram bobos de arriscar a vida, abriram caminho para que passássemos.

Um pouco antes de chegar ao quartel general da polícia na Teixeira de Freitas, passamos no Saara e confiscamos algumas arminhas de pressão Made in China. Assim que chegamos na base da PM, um helicóptero do Bope nos esperava.

— Falei para o governador que vamos atirar em uns traficantes — disse o piloto. — Ele autorizou de cara. 

Embarcamos na aeronave enquanto as hélices zumbiam sobre nossas cabeças. Eu nunca havia voado e nem imaginava que um dia entraria naquele caveirão alado. Assim que adquirimos altura, começamos a carregar nossas armas com pequenos pedaços de hambúrguer de planta.

O resto do dia pareceu uma partida de videogame. Mais especificamente, Plants vs Zombies. Enquanto o piloto fazia voos rasantes, eu e Juca atirávamos com nossas armas de almôndegas veganas em qualquer pessoa que se movesse. A maioria desmaiava após o processo, mas algumas apenas nos xingavam de nomes impublicáveis. Sargento Braga, altamente treinado na Academia de Polícia, se encarregava da missão mais difícil: com uma arma de precisão nas mãos, atirava e explodia todas as gosminhas verdes que via pelo caminho. Com a nave em movimento, não podemos culpá-lo se, por um acaso, alguns tiros acertaram alvos errados.

Foi um dia intenso, mas à noite ninguém mais acreditava que o sol era uma lanterna. Ganhamos um aperto de mão do governador, que comemorou a ação com um soquinho no ar quando tudo já estava resolvido.

A história oficial é, claramente, diferente dessa que eu contei. Nela, o Sargento Braga havia enlouquecido e resolvido praticar, junto com o piloto e uns desconhecidos, tiro com armas de precisão e algumas bem exóticas, matando uns transeuntes no processo. Ele, o maior herói da cidade, está preso neste momento. Fiquei sabendo que a prisão é num condomínio de luxo em Angra dos Reis. Ele evita ser avistado pescando em área ambiental e nós não podemos contar para ninguém o que realmente aconteceu. 

Sei que é difícil de acreditar em mim, mas juro que é verdade. Pode perguntar pro Juca. Ele é meio esquisito, mas é confiável. Melhor que isso: vou te mandar um vídeo que prova tudo. Não tem como duvidar.

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25 comentários em “O Sol é uma Lanterna! (Leonardo Jardim)

  1. M. A. Thompson
    15 de dezembro de 2019

    A história começa em um bar com amigos comentando sobre a ideia de o sol ser uma
    lanterna.
    Parodiando a terraplana com o solanternismo
    Em outro momento já em casa comendo um hamburguer o protagonista recebe a visita
    do amigo solanternista que, após comer um hamburguer sofre um breve desmaio e
    expele pela orelha uma espécie de alien verde em forma de gosma.
    O que supostamente estaria causando as ideias solanternistas.
    A história segue com a gosma fugindo, entrando em outra pessoa, uma jovem, eles
    sendo presos, conseguem tirar a gosma do policial e da menina, arquitetam um
    plano para atirar hamburguer assassino de alien e assim conseguem livrar a cidade
    da gosma alien. Mas no final o narrador avisa que não é bem assim e que a história
    foi outra.
    Esse conto é uma paródia e estou em dúvida se devo levá-lo a sério, mas o autor(a) revela um bom domínio da arte de escrever, apesar de a história em si eu ter achado sem pé nem cabeça, digna de filme B.

  2. Elisabeth Lorena Alves
    15 de dezembro de 2019

    O sol é uma lanterna
    Ovalo de Mogno

    Resumo:
    A saga de dois amigos que descobrem uma invasão alienígena que acredita que o Sol é uma lanterna.

    Cara de pau, ou melhor, Ovalo de Mogno tenta nos convencer que carne vegetariana “cura” invasão alienígena. O texto é interessante e plausível, como diria Sérgio Porto, dado o festival de burrice “extravasante” que assola os ” imbecis sem tédio”.
    Interessante.

  3. Adauri Jose Santos Santos
    15 de dezembro de 2019

    Resumo: Beto conversa com um amigo num bar. O amigo vai ao banheiro e volta diferente dizendo que o sol é uma lanterna e viu um vídeo que prova isso. Depois de uma semana, o amigo vai à casa do Beto e lá come um “hambúrguer de planta”, ao fazê-lo, desmaia e sai de seu ouvido uma gosma verde que rasteja como se estivesse viva. Os dois amigos se aliam a um policial, cuja gosma eles expulsaram do ouvido, e com armas de pressão saem pela cidade atirando pequenos pedaços de hambúrguer de planta nas pessoas contaminadas curando-as.
    Comentários: Gostei da história no geral, é bem criativa, interessante e bastante hilária. A linguagem informal é bem trabalhada e o conto em si é bem construído. O decorrer dos fatos é bem narrado e com uma continuidade sem defeitos durante todo o texto. O sarcasmo e a crítica à sociedade estão presentes. É bem humorado sem ser ofensivo. Realmente um conto de alta qualidade. Não notei falhas de revisão.

  4. Ricardo Gnecco Falco
    15 de dezembro de 2019

    Resumo: o texto é uma sátira de cunho político, onde dois melhores amigos entram em desavença quando um deles começa a expressar opiniões divergentes, que depois se mostram causadas por (sic) uma gosma verde que detesta hambúrgueres verdes. 😀

    Impressões: o texto está bem escrito e assinado; diria até que “ensolarado”… 😉 Me diverti bastante durante a leitura e até consegui imaginar o mesmo sendo narrado pelo próprio autor em algum bar na Lapa, ou em Botafogo, ou quem sabe em um vídeo no Youtube, mesmo 😛 . Só fiquei na dúvida quanto aos alienados retratados na sátira… Seriam eles os lulalivristas? :O Não, acho que não… Só se ao invés de ‘Olavo de Mogno’ o autor tivesse utilizado algo como ‘Paula a Freira’ no pseudônimo… Enfim, brincadeiras à parte (não vai me tacar hambúrguer vegano na fuça, heim!), gostei bastante do trabalho! Parabéns, queridão! 😉

  5. Jowilton Amaral da Costa
    15 de dezembro de 2019

    O conto narra a história de Beto e Juca, dois amigos que descobrem que as pessoas que acreditam que o sol é uma lanterna estão sob o efeito de uma gosma verde.

    O conto é bem divertido e nonsense. A narrativa é leve e os diálogos são bons. A trama é bem maluca, O conto não me impactou muito, mas a crítica e a ironia nele contidas têm seu valor. Boa sorte no desafio

  6. Pedro Teixeira
    14 de dezembro de 2019

    Um conto bem escrito e divertido, que lembra aqueles filmes americanos malucos da década de 80. Os diálogos funcionam muito bem. A reviravolta soou um tanto forçada, e considerando as referências de algumas piadas, não consegui achar graça delas; não sei se tem a ver com o fato de que o solanternismo e toda aquela trama da gosma e do sanduíche são obviamente( o solanternismo nem tanto, considerando o tipo de teoria em voga por aí) ficções, enquanto o pulinho e o helicóptero remetem a fatos aos quais o tratamento satírico não me pareceu tão eficaz, por não apresentar a mesma capacidade de extrapolar a realidade vista até aquele ponto. Apesar da condução segura e da qualidade da escrita, o final me frustrou bastante também por parecer muito apressado. Ainda assim, uma leitura interessante.

  7. Pedro Teixeira
    14 de dezembro de 2019

    Um conto bem escrito e divertido, que lembra aqueles filmes americanos malucos da década de 80. A reviravolta soou um tanto forçada, e considerando as referências de algumas piadas, não consegui achar graça delas; não sei se tem a ver com o fato de que o solanternismo e toda aquela trama da gosma e do sanduíche são obviamente( o solanternismo nem tanto, considerando o tipo de teoria em voga por aí) ficções, enquanto o pulinho e o helicóptero remetem a fatos aos quais o tratamento satírico me pareceu tão eficaz, por não possuírem a mesma capacidade de extrapolar a realidade. Apesar da condução segura e da qualidade da escrita, o final me frustrou bastante também por parecer muito apressado. Ainda assim, uma boa leitura, com muita qualidade especialmente nos diálogos.

  8. Thiago Barba
    13 de dezembro de 2019

    Pessoas começam a acreditar que o sol é uma lanterna e o que os faz acreditar nisso são criaturas gosmentas invadem seus corpos. As criaturas, com fraqueza a hambúrguer vegano são derrotadas. Os salvadores nunca puderam contar a verdade.

    Técnica: 3,5
    Criatividade: 5,0
    Impacto: 4,5

    Divertido e insano. Poderia ser o melhor conto do certame com alguns cuidados maiores com a escrita. Não que seja mal escrito, mas é uma técnica razoável em comparação a outros contos aqui inscritos.
    Gosto muita de como são abordadas as histórias que comungam com nossa realidade e as críticas contidas no conto.
    O conto tem algumas pontas soltas, além de ser escrito num ritmo demasiado acelerado que me faz querer saber um pouco mais de certas coisas, me faz querer conhecer essa história um pouco mais a fundo e me divertir ainda mais.

  9. Cicero G. Lopes
    12 de dezembro de 2019

    Resumo:
    Beto e Juca são amigos e colegas de trabalho, o segundo, de uma hora prá outra desenvolve uma teoria maluca de que o sol é uma lanterna. A a amizade azeda, até que descobrem que o Juca na verdade estava infectado por uma gosma, assim como grand eparte da população. Depois desta descoberta e de alguma confusão, os dois se aliam a um sargento da PM do Rio de Janeiro e juntos, os três, armados com armas, adquiridas no Saara, que disparam hambúrguer feito a base de planta, saem de helicóptero, alvejando a população contaminada pelo vírus-gosma solanternista.

    Considerações:
    Só posso dizer que adorei as entrelinhas….

  10. Rafael Penha
    12 de dezembro de 2019

    RESUMO: Um rapaz bebe num bar com amigos até que um deles começa a falar de uma estranha teoria científica. A história se aprofunda quando descobrimos que várias pessoas compactuam com a teoria, e fica ainda mais estranha quando depois uma gosma sai da orelha do amigo. Assim, ele e o amigo entram numa aventura junto a polícia para vencer as tais gosmas que se hospedam na cabeça das pessoas.

    COMENTÁRIO: Um conto anedótico, no tom de leveza, sarcasmo e comicidade certos. A narrativa é leve, contagiante, remete às histórias contadas num bar. Interessante de ser acompanhado.
    Os personagens não são aprofundados e não é necessário, ante a proposta da história. A narrativa, também é leve, e seu próprio tom sarcástico, de que não se leva a sério, me fez como leitor a desconsiderar inverossimilhanças que me fariam torcer o bico se fosse uma história séria.
    Além da história leve, a crítica bem humorada a todas as sandices que estamos vivendo no mundo atual não passa despercebida, eu diria até que ela é até escancarada. Mas aqui se encaixou com bem levando em consideração todo o contexto irônico do conto.
    Excelente!

  11. Claudinei Ribeiro Novais
    12 de dezembro de 2019

    RESUMO: Extraterrestres estavam invadindo os corpos dos cariocas, mas as pessoas continuavam a levar uma vida normal, exceto pelo fato de começarem a acreditar que o Sol era uma enorme lanterna. Desenvolveram até a teoria do “solanternismo”, com videos explicativos até mesmo no Youtube.
    Certo dia, por acaso, Beto foi servir um hambúrguer vegano para um amigo solanternista e quando esse amigo comeu o hambúrguer, o extraterrestre abandonou seu corpo. Foi aí que Beto percebeu que a maioria das pessoas estavam sendo possuídas por ETs e também descobriu que tais criaturas eram alérgicas a hambúrgueres veganos.
    Conseguiu convencer o chefe de polícia sobre o que estava acontecendo, compraram um enorme estoque desses hambúrgueres, pegaram o helicóptero da polícia e começaram a disparar hambúrgueres veganos sobre a população do Rio. Assim, conseguiram acabar com a invasão alienígena.
    A versão oficial divulgada pela mídia foi outra, bem diferente do que de fato ocorreu.

    CONSIDERAÇÕES: Com uma história inusitada, o(a) autor(a) consegue segurar a atenção do leitor até o final do conto. Um conto de ficção, com uma história bastante surreal, mas muito bacana. A forma utilizada pelo(a) autor(a) é bastante dinâmica e nos mantém preso querendo saber o que vem no próximo parágrafo. Eu diria que está entre um dos melhores contos da série A.

  12. Paulo Luís
    6 de dezembro de 2019

    Olá, Olavo de Mogno, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.

    Resumo: Dois amigos conversam em um bar. Um deles explana a ideia do solanternismo, uma alusão ao terraplanismo. Em seguida aparece um fenômeno, tão estranho quanto; ao comer certo hambúrguer de planta que parece ser o antídoto a quem acredita na exdrúxula ideia do solanternismo. Por fim, tudo é transformado em game.

    Gramática: Leitura fluída sem prejuízo à gramática.

    Comentário crítico: O conto trata de forma humorada uma alusão satírica aos terraplanista e alguns figurões políticos. A sucessão de situações criadas com o claro intuito de deixar a narrativa engraçada, incluindo frases de efeito, entretanto, em nada ajudou o enredo. Embora o final transformando tudo em um jogo de game. Valeu como uma brincadeira, dando crédito para um conto de humor; o que ficou muito válido. Gostei muito da sátira aos políticos idiotizados, o mais, do que normalmente já são; àqueles que passam da conta da insanidade. (Ganhamos um aperto de mão do governador, que comemorou a ação com um soquinho no ar quando tudo já estava resolvido.)

  13. Luis Guilherme Banzi Florido
    6 de dezembro de 2019

    Bom dia/tarde/noite, amigo (a). Tudo bem por ai?
    Pra começar, devo dizer que estou lendo todos os contos, em ordem, sem saber a qual série pertence. Assim, todos meus comentários vão seguir um padrão.
    Também, como padrão, parabenizo pelo esforço e desafio!

    Vamos lá:

    Tema identificado: humor

    Resumo: a (insólita) história da invasão alienígena por criaturas solanternistas que querem convencer (por meio da possessão gósmica) a humanidade de que o sol é uma lanterna. Uma turma inesperada salva o mundo, usando burguer do futuro, helicoptero do bope, e arminha de pressão.

    Comentário: insano! Adoro! hahahaha. Vamos por partes.

    A história me atinge de primeira, pq é maluca e insólita e inacreditavelmente nada a ver hahuahuahua. Tenho quase certeza que é sua, Fábio.

    Aliás, essa história me lembra bastante a última do Rafa. Parece se passar no mesmo multiverso jehehehe.

    Esse conto, além de uma boa comédia, tem um monte de alfinetadas. Vamos lá:

    – O pseudônimo é uma alusão ao Olavo, com suas teorias da conspiração e terraplanismo. Então acho que a imbecilidade do solanternistas meio que tá condensada na figura do Olavo (hehehe adorei)

    – os terraplanistas em si, que são chamados de alienados e outras coisas

    – os veganos.. senti uma alfinetada ali, e vou explicar: quando eu li que o burguer do futuro repelia os etes, eu achei estranho.. pq ele repelia? Depois entendi.. acho que a mensagem é que os veganos se acham tão intelectualmente superiores, que eles são os unicos capazes de espantar a imbecilidade.. hauuhahuahuahu

    – o governador do Rio: matar traficantes, dar soquinho no ar

    – PM: ngm pode julgar por ter atirado errado e matado inocentes

    Enfim, uma mistura de trash, insano, alfinetadas pra todo lado, e bastante humor. Adorei.

    Pra fechar, o conto é recheado de referências e piadas, bem à la FB.

    A escrita é impecável e tem uma ótima técnica. É ágil, os diálogos são bons e fluentes. Ou seja, li tudo rapidão sem travar e curti.

    Parabéns e boa sorte!

  14. Priscila Pereira
    5 de dezembro de 2019

    Olá, autor!
    Muito legal o seu conto! Cheio de referências né Olavo de Carvalho.. ops Ovalo de Mogno…rsrsrsrsrsr
    Uma história doida demais mas muito bem desenvolvida, a melhor coisa do conto são os pequenos detalhes que trazem um pouco de verossimilhança na doidera da história. Dá pra perceber o cuidado com cada frase, casa personagem. Um conto divertido que li como se tivesse só 500 palavras. Muito bom! Parabéns e boa sorte!

  15. Luciana Merley
    4 de dezembro de 2019

    Resumo
    O protagonista descobre que a crescente paranóia sobre o sol ser uma lanterna não era uma simples disseminação de informações, mas efeito da invasão mental por uma gosma verde refratária ao contato com alimentos vegetarianos. A história é doida assim mesmo, uma mistureba danada e tem um final mais doido ainda.

    Técnica
    O autor demonstra domínio da linguagem e de técnicas literárias. Lá pelo meio acontece uma virada do “normal” para o “fantástico” na história e isso foi bom de ler. O final é bem interessante e deixa aquela dúvida sobre a sanidade do próprio protagonista.
    Minhas considerações são a respeito da mistureba danada de ambientes, personagens e ações. Por um instante parecia que eu lia assim: Aí aconteceu isso, e aí, depois, aquilo…mas aí alguém pegou a metralhadora…e aí..e aí.. E isso foi bem desconfortável.
    Outra coisa são as críticas políticas e sociais nada sutis. Faltou sutileza aí nesses personagens secundários (tipo: todo mundo sabe que você tá falando do governador do Rio e da crítica mais trivial que se faz sobre a ação dos policiais). A princípio, a literatura comporta tudo, mas ainda acho que é muito mais “o que não se diz.”
    Na minha opinião, o ápice do conto é na frase: “Com a nave em movimento, não podemos culpá-lo se, por um acaso, alguns tiros acertaram alvos errados.” Ou seja, poderia ter terminado aí e, na minha opinião, teria ficado mais massa.

    Criatividade
    Muitíssimo. Mais do que eu jamais conseguiria imaginar.

    Impacto
    A estranheza é uma forma de impacto. Histórias totalmente inconcebíveis também. O que não me impactou positivamente foi isso que chamamos de “panfletagem” na literatura, que na minha visão aconteceu com as críticas sociais.

    Parabéns e boa sorte.

  16. angst447
    3 de dezembro de 2019

    Conto bem divertido, explorando o momento atual com crenças de todos os tipos e loucuras.
    “[…] discussão scorsésica se filme de super-herói era cinema de verdade ou alguma outra coisa.” > isso lembrou discussões em outro momento.
    Solanternistas – uma boa ideia, bem desenvolvida e com tom de piada.
    O autor teve sucesso em narrar uma história divertida e muito criativa.

    Parabéns pela sua participação na última rodada da Liga 2019. Feliz Natal e que 2020 seja muito generoso com você.

  17. Elisa Ribeiro
    3 de dezembro de 2019

    Beto descobre casualmente que certo hambúrguer vegetariano provoca a descontaminação do cérebro das pessoas da gosma verde que provoca o solanternismo, uma espécie de demência. Ele e seu amigo Juca, com a ajuda do Sargento Braga e usando arminhas de pressão, enfrentam a epidemia atirando de um helicóptero pedaços do hambúrguer vegetarianos nas multidões contaminadas.

    O ponto alto aqui, sem dúvida, é a criatividade delirante do autor. Rindo até 2030 desse solanternismo e dessa gosma verde alérgica a hambúrguer de planta. Também gostei da forma encontrada para satirizar a loucura que assola nossa sociedade nesse momento bizarro que vivemos. Nada mais brasileiro do que rir da própria desgraça.

    Gostei mais do início do conto, até a descoberta da gosma no apartamento do Beto. Daí para a frente, o ritmo frenético e apalhaçado me cansou um pouco. Questão de gosto. Para mim um enxugamento dessa segunda parte certamente agradaria mais.

    Embora breves, suas descrições das cenas de ação são bem imagéticas e conseguiram me colocar bem no meio da cena, como se estivesse assistindo a um filme.

    É isso que tenho a lhe dizer, caro autor. Conto divertido e muito criativo. Parabéns!
    Um abraço.

  18. Fabio Monteiro
    1 de dezembro de 2019

    O SOL E UMA LANTERNA

    Resumo: Dois amigos conversam sobre pessoas que parecem estar sendo manipuladas por vídeos e pensamentos que dizem que o sol deve ser uma lanterna. Um deles acaba tendo o mesmo pensamento. Com o tempo, descobre se uma gosma verde que parece ser a responsável por inserir tais ideias nas pessoas. Eles a capturam, mas, ela acaba fugindo.

    Pontos Forte: Gostei da ideia de inserir uma nova realidade, mesmo que, tão ilusória. Bom, narrativas devem ser assim. Algumas logicas e outras totalmente fora dos padrões esperados.

    Ponto Fraco: Percebi poucas ações da tal abdução alienígena. Confesso que esperei algo mais catastrófico.

    Comentário Geral: O titulo é ótimo, muito convidativo. Eu esperava uma ideia e tive outra. Gostei do texto e da escrita, é bem fácil a interpretação. Palavras bem colocadas. Senti falta de algo um pouco mais empolgante…Talvez, uma abdução em massa…

  19. Cirineu Pereira
    30 de novembro de 2019

    Resumo:
    O sol é uma lanterna é narrado em primeira pessoa por Beto que, juntamente com seu amigo Juca, vive uma aventura em que estranhos seres de forma plasmática, alojam-se nos cérebros de humanos que, a partir de então passam a acreditar e difundir que o sol seria uma imensa lanterna a iluminar nosso planeta. Acidentalmente Beto descobre que um hambúrguer de vegetais é capaz de neutralizar e expulsar as criaturas, supostamente alienígenas, dos crânios hospedeiros. Por fim, participam de uma operação organizada pelo Sargento Braga para dar cabo das criaturas e salvar os “possuídos” defensores do solanternismo.

    Comentários:
    Como diria alguém “um conto para lá de divertido”. Uma sátira criativa – talvez mirando os terraplanistas -, irreverente e bem-humorada, ainda que o humor seja algo pessoal e relativo.
    Não me agradou a decisão de abrir o conto situando imediatamente a história, o leitor não tem qualquer urgência em saber que os diálogos iniciais se dão “numa noite quente na Lapa”, a informação poderia ter sido introduzida posteriormente, de forma indireta e sutil, livrando a narrativa do caráter de relato que não ajuda a visualização dos cenários e eventos e, em suma, é nocivo à imaginação do leitor (ao menos deste leitor).
    De resto, a verve narrativa é ótima e o ritmo acompanha – ainda que algumas construções frasais e pequenos deslizes gramaticais me causem a impressão de que o conto não recebeu o merecido cuidado na revisão, mas que foi escrito de uma só vez, numa impetuosa erupção criativa. E, apesar de ser tudo extremamente inverossímil – o que está longe de invalidar o conto -, algumas coisas poderiam ter sido melhor elaboradas, como, por exemplo, a credibilidade infundada do Sargento Braga e sua imediata adesão à causa de Beto e Juca. Da mesma forma, se poderia inserir rápidas e discretas referências à aparência física ou quaisquer outras peculiaridades aos personagens, concedendo-lhes mais individualidade, tornando-os mais concretos aos olhos do leitor e, consequentemente, menos “esquecíveis”.
    O arremate, apesar das referências irônicas, não me agradou por conta de seu caráter explicativo (tal qual aqueles textos que ao final de alguns filmes conta o que se sucedeu na vida posterior dos principais personagens), em contrapartida, imagino que 2500 palavras não poderiam mesmo conter tanta criatividade.

    Em números:
    Título e Introdução: 8
    Personagens: 7
    Tempo e Espaço: 7
    Enredo, Conflito e Clímax: 8
    Técnica e Aplicação do Idioma: 7
    Valor Agregado: 7
    Adequação Temática: 10
    Nota Final: 3,7

    Observação:
    As parciais, baseadas nos critérios, variam de 0 a 10, mas possuem pesos distintos na composição da nota final, que varia de 0 a 5.

  20. Jorge Santos
    30 de novembro de 2019

    Resumo estranho de um conto ainda mais estranho: gosma entra pela orelha das pessoas e fá-las acreditar que o sol é uma lanterna. A única arma é um hambúrguer vegetariano ao qual o parasita é alérgico. O conto termina num apocalipse gósmico com alguns mortos e o polícia preso.

    A história é bem criativa, sendo uma crítica mordaz ao poder das redes sociais como influenciador. O enredo prende o leitor pela estupidez do mesmo, fazendo lembrar uma mistura do Shaun of the dead com Attack the block. No primeiro, dois amigos sobrevivem a um apocalipse zombie, no segundo um gang protegem o bairro onde vivem de uma invasão de extra-terrestres. O primeiro filme tem um teor mais cómico, enquanto que o segundo é mais sério. O non-sense está presente nos dois filmes, tal como neste conto.
    Em termos de linguagem, nada a apontar.

  21. Cirineu Pereira
    24 de novembro de 2019

    O Sol é uma Lanterna!

    Resumo:
    O sol é uma lanterna é narrado em primeira pessoa por Beto que, juntamente com seu amigo Juca, vive uma aventura em que estranhos seres de forma plasmática, alojam-se nos cérebros de humanos que, a partir de então passam a acreditar e difundir que o sol seria uma imensa lanterna a iluminar nosso planeta. Acidentalmente Beto descobre que um hambúrguer de vegetais é capaz de neutralizar e expulsar as criaturas, supostamente alienígenas, dos crânios hospedeiros. Por fim, participam de uma operação organizada pelo Sargento Braga para dar cabo das criaturas e salvar os “possuídos” defensores do solanternismo.

    Comentários:
    Como diria alguém “um conto para lá de divertido”. Uma sátira criativa – talvez mirando os terraplanistas -, irreverente e bem-humorada, ainda que o humor seja algo pessoal e relativo.
    Não me agradou a decisão de abrir o conto situando imediatamente a história, o leitor não tem qualquer urgência em saber que os diálogos iniciais se dão “numa noite quente na Lapa”, a informação poderia ter sido introduzida posteriormente, de forma indireta e sutil, livrando a narrativa do caráter de relato que não ajuda a visualização dos cenários e eventos e, em suma, é nocivo à imaginação do leitor (ao menos deste leitor).
    De resto, a verve narrativa é ótima e o ritmo acompanha – ainda que algumas construções frasais e pequenos deslizes gramaticais me causem a impressão de que o conto não recebeu o merecido cuidado na revisão, mas que foi escrito de uma só vez, numa impetuosa erupção criativa. E, apesar de ser tudo extremamente inverossímil – o que está longe de invalidar o conto -, algumas coisas poderiam ter sido melhor elaboradas, como, por exemplo, a credibilidade infundada do Sargento Braga e sua imediata adesão à causa de Beto e Juca. Da mesma forma, se poderia inserir rápidas e discretas referências à aparência física ou quaisquer outras peculiaridades aos personagens, concedendo-lhes mais individualidade, tornando-os mais concretos aos olhos do leitor e, consequentemente, menos “esquecíveis”.
    O arremate, apesar das referências irônicas, não me agradou por conta de seu caráter explicativo (tal qual aqueles textos que ao final de alguns filmes conta o que se sucedeu na vida posterior dos principais personagens), em contrapartida, imagino que 2500 palavras não poderiam mesmo conter tanta criatividade.

    Em números:
    Título e Introdução: 8
    Personagens: 7
    Tempo e Espaço: 7
    Enredo, Conflito e Clímax: 8
    Técnica e Aplicação do Idioma: 7
    Valor Agregado: 7
    Adequação Temática: 10
    Nota Final: 3,7

    Observação:
    As parciais, baseadas nos critérios, variam de 0 a 10, mas possuem pesos distintos na composição da nota final, que varia de 0 a 5.

  22. Fernanda Caleffi Barbetta
    19 de novembro de 2019

    kkkk vc só pode ter uma gosma verde no cérebro pra pensar nisso tudo… brincadeira. Muito bom e divertido. Parabéns.

  23. Antonio Stegues Batista
    19 de novembro de 2019

    O SOL É UMA LANTERNA- Resumo=. Num dia qualquer, gosmas alienígenas penetram na cabeça das pessoas e as fazem acreditar que o Sol é uma lanterna. Beto, o herói da história, oferece um hambúrguer para seu amigo Juca, ele desmaia e de seu ouvido sai a lesma mutante. Os dois amigos e mais um policial saem de helicóptero bombardeando as pessoas com hambúrguer para expulsar o alien da cabeça delas. Assim, eles salvam a humanidade.

    COMENTÁRIO – Uma história incrível! Claro, foi escrito para as pessoas rirem, é um conto de ficção científica de humor negro, cômico, absurdamente sem noção. A grande pergunta é; Qual o objetivo das lesmas alienígenas em fazer as pessoas acreditarem que o sol é uma lanterna? Aí surge outra pergunta: Será que os terraplanistas tem uma gosma alienígena no lugar de cérebro?

  24. Rosário dos Santoz
    19 de novembro de 2019

    Resumo: O presente conto satiriza a crescente onda de ignorância quem vem ganhando adeptos no Brasil e no restante do Planeta. No caso, o problema fictício do solanternismo é usado no lugar do problema real do terraplanismo. Existe também uma cutucada na forma como a polícia carioca tem “enfrentado o crime” na atualidade.

    O que achei: É uma história bem elaborada, sem dúvida. Cada absurdo contido no texto tem seu encaixe perfeito, tanto entre eles quanto com a nossa realidade. Tirando o detalhe da ignorância, que nessa história, se materializa como uma meleca dominadora de mentes, e também da munição feita com hambúrguer vegetal. Tudo meio que ficou “lisérgico” depois que essa comida apareceu na história.
    Gostei também do detalhe da quebra de expectativa no final do conto. Já que por mais absurda que a história fosse, o narrador dava a impressão de que aquilo que ele estava testemunhando era real.
    Mas quando uma fala que havia sido dita no meio da história reaparece no último parágrafo, é lançada uma engraçada semente da dúvida, a qual me fez questionar se aquilo que tudo ele narrou não seria também uma fraude, como o solanternismo.

  25. Fheluany Nogueira
    18 de novembro de 2019

    Como seria viver num mundo onde as pessoas acreditam que “o sol é uma lanterna”? E existem vídeos para comprovarem…O fim dos tempos, parece, está próximo e essa curiosa – e terrível – crença não para de avançar e acometer mais e mais pessoas.

    Tudo começa com uma conversa de boteco e vai se generalizando. O protagonista, que não acredita, acaba por dar ao amigo um pedaço de hamburger-de-planta que o faz expulsar de si uma meleca verde. O descrente a prende no vidro. Mas ela escapa e pega a moça que está no elevador. Os heróis a seguem. Mas ela acusa a perseguição a um policial. Presos, os amigos conseguem escapar e junto com o sargento salvam o mundo. Mas esse policial continua preso pelas suas ações naquele dia fatídico, mesmo tratado como o herói que foi.

    Por esta sinopse já dá para perceber que não há novidade e podemos pensar em quinhentos outras histórias que a utilizaram. A graça está mesmo nas situações entre os personagens, fazendo valer a manifestação satírica.

    Se à primeira vista a história pode parecer clichê, é mesmo. Aí é que está o divertido, a proposta lúdica. É o flerte dos salvadores da Terra com a comédia.

    Enredo e cenas de ação até legaizinhas e extravagantes que, com o ar caricatural dos personagens e cenas, parecem banalizar o heroísmo. Não é trama nova, mas está desenvolvida com habilidade, com segurança, que alimenta o suspense e o interesse do leitor.

    Vocabulário e estilo estão bem adaptados ao assunto, a leitura é fluente, o ritmo é bom e a estrutura funciona.

    Parabéns pelo trabalho. Boa sorte. Abraço.

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Publicado às 1 de novembro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 4, R4 - Série A e marcado .
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