Brasília – DF
Inalou o ar até que não fosse mais possível e então relaxou. Ficou pensativo por alguns instantes, fez anotações mentais, mas não encontrou suspeitos. O semblante era de quem levantava a tampa da panela para sentir o aroma da comida recém-preparada pela mãe, mas o cheiro não era nada agradável.
— Devia se apresentar ao entrar em um local privado, com duas pessoas que não podem te ver chegar — disse, sem se virar para a porta.
De repente lembrou-se dos gritos incompreensíveis do lado de fora.
— A festinha ainda está boa — balbuciou.
— O que foi que me entregou?
— Seu perfume.
A análise que fazia da mulher podia ser julgada por qualquer conservador, mas para ele não se passava de trabalho (com algumas ressalvas).
— Meu Deus! — Ela levou a mão até a boca, sendo impedida por Raul de se aproximar. — Então é verdade?
— Verdade? — Ele questionou. — A notícia já foi além do Alvorada?
— Ainda não, mas não deve demorar muito. — Retirou o crachá do pescoço e entregou a ele, rompendo a barreira entre ela e o corpo estendido.
Anthonia, ele leu. Jornalista. Sem descrição do veículo. Um objeto de fácil acesso.
— Os seguranças estão mais preocupados com os que estão do lado de fora do que com os que estão do lado de dentro. — Ela agachou-se para observar os detalhes e as pistas deixadas pelo assassino
Musculatura rígida, olhos abertos. No braço esquerdo uma gota de sangue coagulada. Um hematoma ao redor.
— Morte por envenenamento.
— Imaginei — Anthonia apontou para o pulso do homem.
— Para qual jornal você disse que trabalhava mesmo?
— Eu não disse.
Batidas na porta. Alguém interrompeu a conversa.
— O corpo será retirado agora, senhor. Por favor, me acompanhe.
Anthonia deixava a sala ao lado de Raul, contemplando pela última vez o local, mas foi barrada na porta pelo homem fardado.
— Preciso que se identifique.
— Ela está comigo — disse Raul, colocando o crachá dentro do bolso.
Do lado de fora, ainda sem saber do ocorrido, as pessoas continuavam com as manifestações.
Algumas horas antes…
Três chamadas perdidas. Apenas na terceira compreendeu que não era o despertador. Esticou o braço, tateou a cômoda e ouviu o barulho de algum objeto caindo no chão. Rezou para que o celular não quebrasse, mas pelo menos assim não tocaria.
Uma nova chamada. Levantou-se, resignado. O som era abafado, o quarto estava escuro. Olhou para o espelho, sobre o armário e esfregou os olhos.
— Alô.
— Preciso de você.
— Se precisasse de mim, não teria me indicado para um novo emprego.
— Precisamos de você.
Raul acordou.
— Do que se trata?
— Assassinaram o presidente.
Brasília – DF
— Por que fez aquilo? — referia-se ao seu salvamento.
— Gostei de você.
Raul procurava Arthur entre os convidados.
— Preciso sair e precisa me informar como, sem chamar a atenção.
— Ninguém está autorizado a sair — disse o amigo. — Nem você.
— Minha preocupação é que vocês não encontrarão nada aqui — respondeu olhando ao redor.
— O suspeito está aqui — sussurrou.
— Não me preocupo com os suspeitos, Artur. Investigo acontecimentos.
A saída do Palácio do Alvorada não foi muito diferente de quanto Raul entrou. Os gritos eram incompreensíveis.
— E agora?
— E agora seguimos.
— Como alguém da sua idade pode ter tanta disposição?
— Pratico yoga — ele seguia na frente. — Vamos, retire os sapatos.
— Estou bem com eles — tentou mostrar disposição. — Você deve conseguir um quarto no hotel que estou hospedada.
— Fica longe daqui?
— Perdeu a disposição? — Anthonia tomou a dianteira.
Quando chegaram ao hotel, Raul passou por burocracias para as quais não tinha paciência.
— Vamos, preciso que me empreste seu computador.
Entrou no apartamento e foi direto para o banheiro. Agora sim conseguiria se concentrar em algo que não fosse controlar a própria urina. Enquanto se aliviava, percebeu que não estava apenas com uma mulher estranha, mas com sua primeira suspeita.
Felizmente, nada revela mais sobre alguém do que o próprio banheiro. Escovas e pasta de dente, sabonete. Na primeira gaveta um estojo, absorventes e uma cartela de anticoncepcionais que há dias não eram ingeridos. Na segunda gaveta, duas seringas vazias e novas. Voltou para o quarto.
— Agora entendi o desespero na recepção.
— Você não vai tomar banho? — Estava impaciente para ficar sozinho.
— Você tomou?
— Preciso da senha — apontou para o monitor.
— Então, não vai me interrogar sobre o ocorrido?
— Ainda não… Amanhã, talvez.
Anthonia deitou-se e adormeceu. Raul acompanhou as horas passarem pelo relógio do computador. Lia as últimas notícias publicadas nos jornais. De direita, esquerda e os ditos imparciais. Acordou com o telefone tocando. Olhou ao redor e não encontrou Anthonia. Havia uma maçã ao seu lado. Lembrou-se imediatamente do conto de Branca de Neve e jogou a fruta no lixo. Uma chamada perdida.
— Já me sinto arrependido de tê-lo chamado.
— Passei a noite em um hotel, me inteirando sobre os últimos acontecimentos. Ainda não consegui dormir direito.
— Azar teu, vou te enviar um endereço.
Endereço e o motivo da ligação logo cedo: uma professora de ensino infantil foi assassinada.
As peças não se encaixavam. O caso da professora podia não ter associação nenhuma com o assassinato do presidente. Anthonia não estava em casa e era tudo o que ele pensava.
— Pode me chamar um taxi, por favor? — recebeu um sinal positivo da moça na recepção. Na televisão, informações sobre a morte do presidente e notas sobre a manifestação.
Viaturas da polícia estavam paradas em frete à escola. Uma ambulância chamava a atenção dos pedestres. Raul foi recebido por Artur.
— Desculpe meu mau humor. Começaram as especulações da mídia sobre o caso do presidente.
— Compreendo — Raul sentia a barriga reclamar de fome.
— A professora foi encontrada na sala pelos estudantes. Os pais já foram informados e aos poucos estamos liberando os alunos. O crime aconteceu antes das sete, horário que as crianças entram nas salas.
— A mídia, onde está?
— Até onde sei, com a primeira dama viúva.
— Melhor assim, vamos trabalhar.
— O Duarte vai te acompanhar.
Raul lembrou-se de Duarte da noite anterior. Foi o responsável por escoltá-lo para dentro e fora do Palácio do Alvorada.
— Ontem um dos manifestantes puxou meu uniforme e rasgou a manga da blusa — disse ele, apontando para o rasgão.
— Está trabalhando direto desde ontem?
— Não senhor, hoje era minha folga.
— Bonita tatuagem, apontou para o braço aparente.
— Obrigado. Símbolo da família.
Duarte indicou a sala e retirou-se. O corpo estava estendido no chão, assim como o do presidente. A primeira reação de Raul foi olhar o pulso da vítima. Sinal de injeção mal aplicada no pulso direito. Na sala não havia cheiro, mas a morte também aparentava envenenamento.
— O que perdi? — Anthonia invadiu a sala.
— Lugar certo, na hora certa?
— Não. O guarda bonito da blusa rasgada lembrou de mim na noite anterior. Desci para te buscar, após tomar meu café da manhã, mas você já havia saído.
— Porque não me esperou?
— Minha dieta. Você estava dormindo. — Apontou para a marca no braço da professora. — Qual a relação dos crimes?
— Era tudo que eu queria saber.
Raul aproveitou o momento longe de Anthonia para conversar com Artur.
— Perderemos um grande tempo por se tratar de crianças.
— Já estamos perdendo por estarmos no Brasil — Artur afirmou. — Interpretações?
— O assassino é o mesmo.
— Sim. Mas qual a ligação?
— Não consigo dizer. Laudo médico. Cadê?
— Não me enviaram ainda.
Acenou de forma afirmativa.
— O essa moça quer com você? Por que autoriza o acesso dela? — Artur observava Anthonia se aproximando.
— Tenho meus motivos.
— Bonitinha.
— Não reparei.
Subiu para o quarto mastigando um biscoito industrializado. Sentia a necessidade de tomar um banho. Queria os laudos médicos. Despiu as roupas e entrou debaixo do chuveiro.
A cerimônia que ocorria no Palácio do Alvorada recepcionava o presidente norte-americano no país. Uma visita considerada apenas cordial por alguns jornais, enquanto outros manifestavam desaprovação.
Assim como não fazia a associação entre as duas mortes, não encontrava motivos cabíveis para as manifestações terem alguma associação com o ocorrido. A verdade é que enquanto pensasse em Anthonia como a primeira suspeita outros suspeitos não apareceriam.
Precisava de um lugar no qual pudesse escrever. Saiu debaixo do chuveiro e foi até o quarto. Roupas, carteira, o batom da moça que se encontrou duas noites atrás serviria. Voltou para o banheiro e passou a toalha no azulejo.
Havia duas possibilidades visíveis: Anthonia ou algum manifestante justiceiro. Adicionou uma terceira opção, pois nenhuma das primeiras confirmava com certeza o que teria acontecido. Descartou os manifestantes. A própria morte do presidente apresentava certo grau de loucura.
Anthonia. Ainda se recusava crer que ela estava envolvida. Tentou não acusá-la na primeira vez que a viu, mas as seringas encontradas no banheiro de seu quarto…
Raul saiu do banheiro e fechou a porta. Alinhou-se junto dos travesseiros da cama e dormiu.
— Raul… — alguém chamou de dentro do quarto. Ele havia se esquecido de trancar a porta. — É muito importante, preciso lhe contar algo.
A visão não era completamente ruim. Entrou no banheiro e lavou o rosto. Mesmo lembrando o que deveria fazer, levantou os olhos para o espelho e sorriu. Porém, o sorriso não durou muito tempo e percebeu o gráfico que Raul havia deixado na parede.
A primeira sensação foi de medo e a segunda sensação foi de raiva. Nada que ela fez indicava que era uma suspeita. Estava nos locais do crime, conforme descrevia o gráfico, mas para ela isso não bastava.
Raul acordou com o barulho da porta batendo. Sentou-se na cama e viu a porta do banheiro aberta. Aquilo era tudo que ele não queria que tivesse acontecido naquele momento. Vestiu as roupas e estava decidido a ir até o quarto de Anthonia quando recebeu uma ligação do hotel. Artur gostaria de vê-lo.
Anthonia teria que esperar, ele não queria, mas estava ali a pedido do amigo. Quando a campainha tocou, Raul já estava na porta, pronto para atender.
— Eu mesmo resolvi trazer os laudos — Artur jogou os documentos sobre a cama de Raul.
— Não fui além do que já analisamos — recolheu os papeis e começou a folheá-los. — Já leu?
— Diversas vezes. A morte por envenenamento foi confirmada.
Artur segurou os ombros de Raul, para que pudesse coagi-lo.
— Se tiver alguma suspeita, preciso que divida comigo. Isso abafaria a imprensa, pelo menos por um tempo.
— Ainda não tenho nenhum suspeito — Raul olhou para o banheiro, preocupado.
Artur o soltou, dirigindo-se à porta, insatisfeito.
Raul analisou o laudo do presidente. Morte por envenenamento de barbitúrico. O assassino não tinha conhecimento para aplicar a injeção. O laudo indicava hematomas em dois lugares, nas costas e no pulso. Gravou essas informações. O laudo da professora era um pouco maior. Morte por envenenamento outra vez, mesma substância. Hematomas em dois locais, costas e pulso. Fibras de roupa foram encontradas debaixo das unhas da mão esquerda.
— Fibras de roupa…
Raul foi até o banheiro e procurou o batom. Agora tinha mais um suspeito. Aparentemente os crimes não tinham nenhuma ligação. Lembrou-se da tatuagem. Já tinha visto aquele símbolo em algum lugar. Curso, internet. Um livro.
Antes de sair do hotel, contaria para a Anthonia sobre sua nova suspeita. Bateu na porta do algumas vezes. Ninguém atendeu. Foi até a portaria.
— A moça do apartamento 401?
— O apartamento 401 está vazio, foi desocupado hoje, mais cedo.
— Posso usar seu computador alguns instantes?
Círculos, eram círculos, mas o que pesquisaria? Círculos, meio círculos, círculos dentro de círculos… encontrou: círculos e ciclos.
“Um círculo dos ciclos só é fechado quando cada uma das gerações de uma família cumpre com a lei. Se uma geração falha é carregada pelas demais gerações, como um símbolo de vergonha. Pois assim diz a lei: a geração de sua cria só será próspera, caso seu sangue seja também o sangue do poder, da sabedoria e da lealdade”. O sangue do poder, da sabedoria e da lealdade”.
Quem representaria a lealdade?
Quando adolescente, sua avó vivia pedindo que fosse menos festeiro: “Se você se vê como um homem infiel, é melhor que vire padre!”, ela dizia. Raul nunca havia percebido o quanto aquelas palavras eram importantes.
— Quantos padres existem em Brasília? — perguntou à recepcionista.
— Muitos — ela riu.
— Hierarquicamente, quantos superiores? — precisava ser mais especifíco.
— Um arcebispo, se é o que você está me perguntando.
— Preciso me encontrar com ele.
— Aeroporto.
Raul pediu que o taxista o levasse para o Aeroporto Internacional de Brasília. Pelo que entendeu, o esposo da recepcionista auxiliava na organização das celebrações religiosas.
Hora certa, local certo. Onde estaria Anthonia?
Ainda no caminho, ligou para Artur, mas o telefone estava desligado. Deixou uma mensagem, informando o que havia encontrado. Quem acreditaria? Não sabia por onde começar sua busca.
— Vem, não temos muito tempo.
Raul sentiu um puxão no braço e estremeceu. Era Anthonia. Provavelmente seguindo mais uma pista.
— Conseguimos localizar o arcebispo através das câmeras de segurança.
— Conseguimos?
Anthonia andava cada vez mais depressa. O fluxo de pessoas no aeroporto não era grande, o que facilitava o acesso e dificultava a descrição.
— Ele estava aqui – ela apontou para uma cadeira.
— Onde está Artur?
— Atrasando o embarque.
— Vocês estão procurando o homem sentado ali? — uma mulher de meia idade perguntou. — Ele foi até o banheiro.
Os dois correram na direção indicada pela mulher e entraram no banheiro mais próximo. Sem sinal do arcebispo ou do policial.
Havia apenas uma cabine trancada. Raul respirou o mais fundo e chutou a fechadura da porta. Duarte se desiquilibrou e caiu ao lado do corpo do arcebispo, posicionado sobre o vaso sanitário, sem reações. No chão havia uma seringa vazia. Na mão do policial uma outra, com a qual colhia o sangue da vítima.
Ao vê-lo, Duarte resgatou a seringa do chão e avançou sobre ele. O corpo do policial preendia-o no chão, com o apoio da mão esquerda. Com a direita, Duarte forçava a seringa contra a jugular de Raul, que tentava impedir.
O barulho do lado de fora do banheiro foi abafado por dois tiros.
Raul lavou o rosto, sentia a roupa pegajosa e a boca amarga.
— Você está bem? — Anthonia entrou no banheiro, seguida por Artur.
— São coisas que acontecem todos dias — Raul tentou ser engraçado, mas ninguém riu. — Como descobriu e o que eles fazem com o sangue?
— Dão para o recém nascido beber. — Anthonia apontou para o símbolo no braço de Duarte. — Pelo que indica a tatuagem, ele bebeu, mas os avós não concluíram o ritual.
— A mulher de Duarte deu à luz há quatro dias — Artur completou, entrando no local.
— Anthonia, como explica as seringas que encontrei no seu banheiro?
— Sou diabética — explicou. — Faço aplicações de insulina quatro vezes por dia.
— Jornalista?
— Não — respondeu Arthur. — Uma das minhas poucas pessoas de confiança. Vou me aposentar e cogitei colocá-lo no meu lugar.
— Um teste. Bom, um teste. Eu passei?
Anthonia riu.
— Existe uma superstição que diz que beber sangue de assassino te torna mais capaz de solucionar os próximos casos.
O Círculo dos Ciclos (Christina Rocha)
Resumo: Um detetive investiga o assassinato do presidente e de uma professora do ensino infantil, que o leva ao próximo alvo, um arcebispo. A investigação o leva a uma conspiração onde se deve dar o sangue desses três, do que eles representam, para um recém-nascido. O assassino já estava presente desde a primeira cena, sendo alguém conhecido, mas que escondia algo.
Comentário: Me lembrou as histórias do Dan Brown. A escrita é gostosa, mas o mistério pareceu pouco interessante. Não fica claro porque eles fazem a criança beber sangue de pessoas que representam poder, sabedoria e lealdade, muito menos porque seria preciso matar os donos desse sangue. Se a criança só precisa beber o sangue, então seria o caso de dar um jeito de remover alguns ml, não um assassinato, muito menos claro é porque ele começa com o mais midiático. O que estou querendo dizer é que uma história de detetive onde o assassino é burro fica pouco interessante. Confesso que não entendi o final. Não sei se foi uma piada ou realmente uma sugestão, e isso é porque o mistério do círculo dos ciclos não ficou claro.
Conclusão: A pessoa que escreveu sabe o que faz, os diálogos são bons, os personagens interessantes, menos o assassino, que fica um pouco superficial, e a trama mantém o leitor interessado. Porém o desfecho é um pouco broxante, não consegui encontrar outra palavra. Mas ainda assim é uma história interessante.
Raul está investigando a morte do presidente e acaba seguindo por um caminho de homicidios junto com Anthonia e Artur.
Gostei da trama, mas para falar a verdade, achei meio confuso. Não sei se sou eu, mas a história podia ter sido colocada de uma forma mais clara.
Sinopse:
Raul é um tipo de investigador especial chamado para solucionar uma série de assassinatos que, aparentemente, não tem nenhuma correlação, envolvendo o próprio Presidente da República uma professora de ensino infantil e um arcebispo. Ao lado de Antônio, uma jornalista que também é sua primeira suspeita e guarda um segredo.
Opinião:
Conto muito bem escrito, no melhor estilo policial, tiro o chapéu para forma como você conseguiu contar essa história de forma dinâmica e carregando as características desse gênero, tudo em menos de 2.500 caracteres. Gostei muito da forma como os diálogos se desenvolvem, achei os personagens interessantes, apesar de que senti um pouco de falta de peculiaridades no investigador Raul. Lembro que no Livro de Rubem Fonseca o detetive tinha a peculiaridade de trocar de cueca várias vezes por dia, chegando Inclusive a carregar uma sacola com cuecas extras, rsrsrs. Fiquei com essa ideia de que a figura do detetive tem que ter alguma peculiaridade. Falha minha.
Acho que faltou você dar uma revisada melhor na formatação, reparei algumas palavras faltando ou não sei se foi uma estratégia para fazer o produto caber na embalagem. De qualquer forma, toma cuidado com isso.
Achei também um pouco forçado algumas conexões como relação Raul x Athonia. Não sou detetive, mas não deixaria uma suspeita e jornalista ficar andando atrás de mim tendo exclusividade na cena do crime, talvez tenha algum detalhe aí que eu deixei passar, mas até que eu perceba o que foi, para mim sou forçado. A ideia dos círculos também foi boa, mas fiquei um pouco desapontado. Entendo que esteja dentro desse padrão do gênero.
Mas a história é muito boa, realmente gostei muito parabéns por essa bela criação. Você escreve muito bem.
Um conto de suspense seguido de mortes com o fechamento do quebra cabeças. Gostei. Leitura atrativa e envolvente. Triste o enigma da tatuagem, mas, muito criativo. Parabéns! Abraço.
Olá, autor!
Seu conto é bem interessante, tem um ritmo próprio, uma narração extremamente básica sem explicações, se a gente bobear perde a linha de raciocínio do conto…. Eu não sei se isso é estranho demais pra mim ou se é genialidade do autor…
Senti falta de imergir na história, e não ficar o tempo todo tentando entender o que estava acontecendo… Notei alguma falhas na revisão também. Parabéns pelo conto e boa sorte!
Após a morte do presidente, dupla investiga o assassinato. Entre idas e vindas, descobrem que se trata de um ritual envolvendo sangue e um clã familiar.
A história é criativa, as soluções encontradas pelo autor no decorrer da trama foram interessantes, assim como as revelações colocadas aos poucos, mantendo a atenção do leitor. No entanto, achei que faltou um esmero maior em relação à organização do texto, pontuar melhor os personagens, desenvolvê-los com características, descrições mais pontuais, para que não fiquem parecendo simples pinos de tabuleiro na trama, perceba que até em Detetive as cartinhas tem fotos com suspeitos bem marcantes. No mistério, a caracterização do personagem é muito importante. Além disso, criar um universo com mais referências a respeito desta família, de todos os envolvidos, senti falta disso.
O CÍRCULO DOS CICLOS
RESUMO: Um detetive soluciona um mistério que envolve dois assassinatos, uma professora e o presidente. Entre três suspeitos, o culpado no final é o mais óbvio.
COMENTÁRIO: Personagens excelentes, trama boa, mas muito corrido e sem motivos suficientes. Geralmente nos mistérios, os culpados estão bem debaixo do nosso nariz e muitas vezes não são nem cogitados como suspeitos no início.
1. Resumo
O Círculo dos Ciclos é um conto policial que versa sobre a estranha relação entre os assassinatos do presidente da república, uma professora e um arcebispo de Brasília.
2. Impacto
Contos policiais de mistério…
Nesses desafios dos EC, eles sofrem por conta do limite de palavras. Para mim, o conto é extremamente corrido, o que deixou muitas lacunas na história. Claro que uma historia de mistério não pode contar tudo, ela deve deixar as alunas corretas. Contudo, não é exatamente o que aconteceu aqui.
Também achei a leitura travada, pouco fluída. Infelizmente, o conto não conseguiu ganhar minha atenção.
3. Enredo
Como mencionei anteriormente, o conto sofre principalmente, no meu ponto de vista, com o limite de palavras. A historia fica corrida, tentando-se encaixar no parâmetro definido pelo desafio. Isso é negativo porque acaba diminuindo a quantidade de detalhes para o leitor se atentar, alem de diminuir a possibilidade de atrair a atenção daquele que lê.
Além disso, alguns detalhes da narrativa me incomodaram um pouco. Creio que contos policiais devem possuir uma verossimilhança com a realidade. As seringas de diabetes, por exemplo, não são parecidas com as seringas que normalmente são utilizadas no hospital (que são as mais comuns).
4. Gramática
Confesso que não encontrei nenhum erro significativo
5. Pontos Positivos/Negativos
– Conto corrido
– Não prende a atenção do leitor
– Leitura travada
O CÍRCULO DOS CICLOS
Resumo: O relato de assassinato do presidente e de uma professora ao mesmo tempo em situações semelhantes. Os assassinatos tem o envolvimento de drogas e por envenenamento. Há um suposto envolvimento dos assassinos com os que estão desvendando os crimes. Outro crime acontece, agora do arcebispo. Uma situação inusitada é desvendada, com o sangue dos assassinos.
Comentários: O enredo é bastante confuso. Os personagens não são descritos das suas funções para o entendimento do texto. Não é o tipo de leitura que gosto. Achei o texto muito mal escrito. A impressão é que o narrador deixou faltar palavras que foram pensadas mas não escritas.
Correções: — Rever pontuações em todo o texto. Palavras iniciada em minúsculo depois do travessão. Frases começadas sem que sejam indicadas os personagens. Não se sabe quem diz na conversação.
Bom dia/tarde/noite, amigo (a). Tudo bem por ai?
Pra começar, devo dizer que estou lendo todos os contos, em ordem, sem saber a qual série pertence. Assim, todos meus comentários vão seguir um padrão.
Também, como padrão, parabenizo pelo esforço e desafio!
Vamos lá:
Tema identificado: mistério, policial
Resumo: a investigação do assasssinato do presidente e de uma professora leva a uma trama que resulta na morte do arcebispo. O assassinato tinha relação com uma tradição familiar de coletar o sangue de “poder, sabedoria e lealdade”.
Comentário: ótima trama!
O conto começa meio confuso, eu demorei um pouco pra me encontrar e entender quem era quem e o que estava acontecendo. Mas vou falar um pouco mais disso depois.
Quando eu me encontrei, a trama ganhou um ritmo muito bom. Resumidamente, o que entendi:
O presidente é assassinado, e tudo leva a crer que havia alguma relação com as manifestações que aconteciam, ou com a misteriosa mulher. Logo em seguida, uma professora é assassinada, e parece haver relação entre os crimes.
Fiquei preocupado que tudo desandasse nesse ponto, pois não imaginei como você pudesse desenvolver uma trama tão complexa em pouco espaço. Porém, você foi habilidoso, e foi soltando as pistas e criando suspeitos de forma interessante e hábil.
Quando apareceu a tatuagem do policial, isso praticamente entregou que ele era o culpado, mas ainda faltava muita coisa, e isso não estragou o clima de suspense, até pq vc introduziu outras evidências claras ao mesmo tempo (como a seringa da mulher).
A explicação da tatuagem e a resolução do crime foram muito interessantes, também.
Enfim, como trama policial, excelente trabalho. Conseguiu manter o mistério até o fim, as pistas foram aparecendo no timing correto, os suspeitos foram construídos e desconstruídos adequadamente. Bom trabalho!
Por outro lado, o fim eu achei um pouco súbito. Acredito que tenha sido por falta de mais espaço, e aí percebemos que a trama é um pouco maior que o limite de palavras do desafio. Outra coisa que parece ter sido causada por esse pouco espaço é a linguagem e diálogos meio confusos.
Sendo sincero, esse é o ponto fraco do conto: em muitos momentos a trama acaba ficando confusa pela falta de informação. Às vezes, eu não sabia bem quem estava falando, ou esquecia quem era quem, pois existiu pouco desenvolvimento de personagens.
O final, por exemplo, no momento que a Anthonia revela que era diabética, eu tive que ler umas 3 vezes pra entender quem tava passando por um teste e tal.
Isso não é uma crítica ou defeito do conto em si. Só foi falta de espaço, aparentemente. Ainda assim, um trabalho muito bom. Excelente trama e resolução.
Sugestões para uma trama maior (espero que você continue trabalhando nela):
– Desenvolvimento melhor dos personagens
– Formular e identificar melhor os diálogos
Enfim, bom trabalho. Parabéns e boa sorte!
Um bom conto, bastante dinâmico, boa trama. Só achei que os diálogos do início ficaram um pouco confusos.
Obs: esta não é uma leitura obrigatória para mim neste desafio, por isso não há resumo. É apenas a minha breve impressão sobre o texto.
Olá, Christina.
Resumo do conto: acompanhamos Artur na investigação de uma série de assassinatos por envenenamento: o presidente, uma professora. Um policial e uma repórter estiveram presentes e são suspeitos. A investigação avança e revela algumas pistas: seringas numa gaveta do banheiro de Anthonia, uma tatuagem estranha no braço de Duarte. O final revela alguma motivação relacionada com alguma seita que alimenta bebês com sangue e o policial Duarte era o responsável por tudo, enquanto Anthonia era diabética, o que explicava as seringas.
Considerações: a escrita é correta, mas faltou um tanto mais de narração entre os diálogos, que ficaram confusos às vezes para se identificar quem falava o que. O enredo é um pouco falho tbm: dar sangue de gente envenenada a um bebê não me parece boa ideia (o sangue poderia ter sido retirado antes do envenenamento, mas creio que os assassinados não facilitariam). O assassinato de um presidente levaria a uma investigação monumental, e não a algo tão simples. A tatuagem no braço aparecendo através de um rasgão foi um tanto conveniente demais para a trama. A conclusão que um arcebispo seria a próxima vítima foi rápida demais, assim como o texto que explica a ligação dentre as mortes. Enfim, penso que a ideia foi grande para um conto, que pedia por mais detalhes.
Nota: 6,5 (0 a 10)
Boa sorte no desafio!
Resumo: Policial é chamado pra solucionar a morte do presidente, depois de uma professora. Tem 3 suspeitos, Anthonia, Duarte e um manifestante. No fim, descobre que o assassino era Duarte, um policial que matava para ritual de família.
Análise: Sua narrativa me desagradou em vários momentos. Tem partes muito confusas. Nem sempre há identificação no diálogo sobre que personagem está falando, e até mesmo cena em que nem se sabe que personagem está presente e de repente no final, quando o autor finalmente sinaliza quem estava falando, se descobre quem estava na cena. Na minha opinião, é preciso de um pouco mais de organização. Nenhum personagem foi aprofundado, eram apenas nomes vivendo cenas que também eram sem profundidade. Algumas muito corridas. O enredo não é muito ruim,gostei da tatuagem e do motivo do assassino. Achei interessante.
Um detetive investiga uma série de assassinatos. Acaba descobridos que as mortes tem relação com uma estranha tradição em que o sangue de pessoas que representam o poder, a sabedoria e a lealdade, o qual deve ser dado a uma geração para que ela não fracasse.
A trama é interessante, mas faltou espaço para seu desenvolvimento. Falta emoção na narrativa, nas descrições, nos diálogos. Há poucos detalhes da ambientação e da motivação dos personagens. O conto também carece de clareza em certos momentos, como o início, que tive que reler algumas vezes para entender o que está acontecendo. Enfim, acho que há bastante potencial na trama, que é muito criativa, e nos personagens,mas há vários aspectos da escrita que precisam melhorar bastante. Recomendo a leitura de clássicos policiais, como os romances de Dashiel Hammet, Raymond Chandler, Rubem Fonseca e James Ellroy, e muita prática.