Ela, no mundo da lua, como sempre. Ele, bêbado pela manhã como há muito tempo não ficava. Encontraram-se no pior lugar de Boa Vista. Sujo, feio, a cracolândia daquela cidade distante onde ele vivia, não por escolha, mas por contingência da vida que levava.
Ela chegara na véspera, à noite, para um trabalho no dia seguinte. A vida andava vazia. Planejara flanar sem compromisso pelos pontos turísticos da cidade onde nunca havia estado.
Enquanto o voo dela taxiava após o pouso, ele recebia em casa a visita de um amigo. Beberam juntos além do que deviam e saíram para encontrar, rio adentro, um sujeito dono de uma pedra enorme encontrada em um garimpo ilegal. A madrugada com o garimpeiro e o amigo policial não teve fim. As onze, o sol alto, sozinho, ainda bebia. Voltava para casa quando a viu.
— Está perdida, turista?
Estivesse sóbrio, não teria puxado assunto, tampouco se dirigido a uma estranha com tal simpatia e cordialidade.
— Sim! Procurando a Orla… — conferiu no celular o nome do lugar — …Tau-ma-nan. Pelo jeito, estou no lugar errado…
A voz era suave; o sotaque, macio; a pele, lisa; a idade, indeterminada.
— Só seguir em frente.
— Por ali? — ela apontou com a mão a rua deserta, ninguém caminhando sob o sol àquela hora — Quanto tempo, mais ou menos?
— Uns quinze a vinte minutos. Estou indo pra lá, se quiser pode vir comigo.
A intuição lhe soprou que havia um homem confiável por trás do boné virado para trás, da camisa meio puída, da calça de moletom manchada, do chinelo que deixava ver os pés bem conformados, as unhas limpas e aparadas. É certo que a mesma intuição minutos antes a conduzira àquele beco sórdido. Talvez para encontrá-lo, apaziguou-a o proveito em seguir o passeio em sua companhia máscula.
*
Ela, Marcela. Ele, Alexandre. Ambos eram cariocas, por isso a empatia — os sotaques macios, catalizadores da química imediata. Ele vivia em Roraima há alguns anos. Ela, em Goiânia quase pelo mesmo tempo. Não tinham a mesma idade, mas Marcela fingiu-se mais nova, criando uma coincidência adicional, só que, nesse caso, falsa.
Não faltou assunto durante o caminho e, depois, no passeio rápido pelas plataformas quase desertas da Orla. Fazia calor apesar da brisa tímida que a presença do rio implicava. Para fugir um pouco do sol, pararam em uma barraca de artesanato indígena, e, diante do mostruário de brincos, ele comentou sobre o tempo que vivera entre os Yanomani, explicando como eram bonitos os brincos que os índios faziam, em um minuto, com flores e frutos recolhidos da mata, e em seguida descartavam, ainda mais rápido, assim que perdiam o viço. Foi então que ela soube que ele era militar reformado e que complementava a renda fazendo alguns trabalhos esporádicos.
— Que interessante! — fez Marcela, a voz desmentindo o desapontamento. Ela própria uma ex-professora que trocara o ofício digno por pequenos e bem remunerados serviços eventuais, havia imaginado uma profissão mais glamorosa para aquele homem alto, forte e dono de expressivos olhos acinzentados.
Deu-se conta, Alexandre, e emendou comentando sobre seus amigos influentes e, imprudente, ainda sob o efeito do álcool, sobre a pedra gigante que alisara naquela noite entre as mãos de dedos longos e grossos.
Marcela disfarçou a surpresa, sabia que garimpos ilegais e pedras gigantes não eram só ficção por ali, mas fato. Já a dona da barraca, interessou-se pelo tema sem disfarce. Aproximou-se, toda solícita, falando orgulhosa da sua etnia Mapuche e explicando a procedência de cada uma das peças expostas, até dar um jeito de perguntar onde o homem havia visto a tal gema. Ele respondeu qualquer coisa, já dando as costas, e puxou Marcela de volta à plataforma para continuar o passeio pela Orla.
*
— Tem que ser de carro, fica longe daqui.
Foi o que Alexandre respondeu quando Marcela perguntou de onde se tomava o barco para ir até a Praia Grande, do outro lado do rio, na margem oposta.
Ele já estava há mais do que vinte e quatro horas acordado, mas a companhia de Marcela lhe agradava e um mergulho nas águas do rio seria uma aspirina para a dor de cabeça de ressaca que, pelas têmporas, se lhe acercava.
— Vamos lá em casa pegar o carro, eu te levo.
O certo seria não ir até a casa daquele homem maltrapilho, ex-militar, reformado sabe-se lá por qual motivo, e amigo de traficantes de ouro, talvez pedras preciosas.
— Não precisa. Vou pedir um taxi no aplicativo.
— Não tem cabimento. É gastar dinheiro à toa. Minha casa fica a menos de quinhentos metros daqui.
Marcela imaginou-se estuprada e esquartejada, tornada estatística antes do final da tarde. Mas em sua imaginação reles, não encontrou desculpa cabível. Tampouco procurou com afinco. Assim como ele se agradara dela, ela também dele se agradara. Além de que não era mulher de se intimidar fácil.
*
A casa dele, um barraco. As paredes externas sujas e com o reboco descascado. Ao fundo do terreno, uma mansão sendo erguida, sacos e caixas de material de construção amontoados. Na sala, jogada nas costas de uma cadeira, a parte de cima de uma farda camuflada, o nome Souza grafado.
Marcela desistiu de pedir para usar o banheiro, ficou aguardando no alpendre, do lado de fora. Ao se abaixar para arrumar o laço desamarrado do tênis, deu com uma pilha de revistas escritas em outra língua. Examinava-as, intrigada, no que Alexandre saiu de casa trazendo às mãos a chave do carro.
— É russo. Fiz um treinamento lá, na Rússia, faz pouco tempo — esboçou um sorriso, encarando-a — Inteligência… Entre outras coisas, consigo estimar a idade de uma pessoa pela textura da pele nas costas das mãos e nos antebraços.
Na expressão de Marcela, por um milissegundo, surpresa e cumplicidade. Deu-lhe as costas, olhando discretamente as próprias mãos e os braços.
— Podemos ir? — perguntou, movendo-se sem demora em direção à porta do carona do carro.
*
Alexandre contratou no mesmo lugar o barco e o almoço simples. Um peixe fresco assado acompanhado de arroz e salada.
Ela quis vestir o biquíni que trazia na mochila, mas ele sugeriu que não. Havia uns peixes pequenos que mordiscavam os banhistas, explicou, melhor mergulhar protegida pela calça e a blusa finas de dry-fit que trajava. Entraram n´água, os dois, vestidos como estavam, deixando só a cabeça para fora e bebendo devagar — ele, guaraná agora; ela, água com gás e uma única cerveja que não estava gelada.
A conversa escorregou sem silêncios. Os ombros quase encostados, as pernas roçando às vezes, ao sabor da correnteza. Descobriram gostos compartilhados na juventude por filmes e discos e riram-se muito do passado comum no Rio, frequentando os mesmos muquifos para beber e azarar. Ele contou sobre a filha que não via há sete anos, desde que se mudara para Boa Vista. Ela, sobre o filho que escolhera viver em Madri com o pai.
Até que a refeição chegou e os dois almoçaram devagar, a conversa competindo com a comida, como se o apetite faltasse. Depois passearam fora d´água intentando que as roupas secassem antes que aparecesse o barco agendado para recolhê-los de volta à outra margem.
Ele a deixou no hotel somente após concluir um tour generoso e paciente pelos principais pontos de interesse da cidade. Na despedida, trocaram telefones, mas nada falaram sobre se encontrarem mais tarde. Ao abraçá-la para um beijo tímido na bochecha, Alexandre sentiu exalar de Marcela um cheiro bom que fez seu sangue trincar nas veias e, mesmo estando muito cansado, tentou pensar rapidamente em algum lugar onde pudesse levá-la para um último café rápido. Mas ela já saia toda atrapalhada do carro, uma febre ao redor do pescoço descendo em direção ao peito e subindo, ameaçando avermelhar-lhe a face.
Marcela jantou sozinha à beira da piscina. Depois da terceira caipirinha, encontrou as palavras certas e a coragem de digitá-las. Um poema, a verve antiga despertada pelo desejo suspenso, a distância segura e a bebida copiosa. Só enviou, entretanto, quando já estava deitada, num impulso, pensando que apenas no dia seguinte, ela talvez longe, a mensagem fosse acessada. Dormiu um sono inquieto. Não só o álcool, nem tanto Alexandre a tirar-lhe o sossego, mas ansiedade com a tarefa que enfrentaria no dia seguinte ao despertar.
Alexandre tomou um comprimido para dormir, talvez nem precisasse, mas ao deitar percebeu-se agitado. Além de toda a excitação do dia e do estresse pela noite anterior passada em claro, a necessidade de despertar cedo e bem descansado o inquietavam. Havia sido contratado para um trabalho simples, porém arriscado. Mais um bebê indígena seria retirado de sua aldeia para ser entregue a um casal de estrangeiros bem-intencionados. A seu cargo, a incumbência de conduzir uma mulher, provavelmente travestida, como das vezes anteriores, de ativista humanitária, até a aldeia e, em seguida, com os dois — ela e o bebê — cruzar ilegalmente a fronteira até a Venezuela.
*
Antes das seis, Marcela deixou o hotel. Tomou o rumo da rodoviária, o mesmo caminho que na véspera a levara ao beco sórdido onde se perdera. No banheiro, trocou o jeans por um vestido florido na altura da metade da canela. Enxertou um aplique que tornou seus cabelos compridos, passou no rosto e pescoço uma base mais morena e, sobre o nariz, pôs uns óculos de aro fino antiquados. No espelho, a imagem refletida sugeria a que constava na foto do passaporte falso com o nome de Valéria Alves da Costa.
Faltavam quinze minutos para a hora combinada. Enquanto esperava o café com leite e o pão na chapa, checou novamente no celular a mensagem que informava a placa do carro e o nome do condutor que viria buscá-la. Souza, era como ele se chamava.
Alexandre acabou acordando um pouco mais tarde do que devia e teve que fazer tudo correndo. Ainda precisou caminhar até o local ermo onde o amigo policial que lhe havia arranjado o serviço deixara a pick-up de vidros escuros e placa falsificada. Mesmo assim, conseguiu chegar à rodoviária alguns minutos antes do horário marcado. Mexeu no celular, o tempo foi suficiente para ler, e reler, a mensagem que Marcela havia enviado.
Ao fim da manhã vazia
por um acaso e um descuido
o que sempre foi paralelo
de repente, fez-se encontro
Na tarde morna,
imersos no escuro do rio
a cada toque um aceno
nossos desejos se cruzam
Na noite quente e sem lua
meu corpo te imagina
— pernas, mãos, boca, língua —
um poema me desnuda
Serás meu? Já sou tua.
*
Marcela entrou no carro afobada. Jogou a mochila no piso e bateu a porta com força. Só percebeu que era Alexandre ao volante depois de sentada ao seu lado.
— Você?
Por baixo do cabelo longo e cheio, da pele morena e dos óculos fora de moda, ele a reconheceu pelo veludo da voz — o timbre — e pelo cheiro. Calou-a com um beijo, a mão direita enlaçando-a pela nuca, a esquerda puxando-a firme pelo braço.
Ela estremeceu da ponta do pé ao cabelo falso. Para além do desejo, a tensão e a descoberta de mais aquela coincidência inesperada. Amaram-se ali mesmo, dentro do carro, a rodoviária a menos de cem metros de onde estavam parados.
Àquela hora, era pouco o movimento e, por trás da película, seria muito difícil enxergá-los. Entretanto, a sensação de estarem sendo observados constrangeu-os, comedindo-lhes os movimentos, resultando em um êxtase denso e prolongado. Morreram e renasceram duas vezes, embalados por sussurros cadenciados e ondulações profundas e sincronizadas, antes de descansarem numa espécie de satisfação calma. Em silêncio e ainda grudados, sentiram como se o mesmo sangue circulasse em seus corpos quentes e suados. Ficariam assim pelo resto da vida que lhes restava.
— Temos que ir… — foi Alexandre quem quebrou o encantamento — … até a aldeia, são quase três horas. O mesmo tempo depois, até cruzar a fronteira.
— É… — fez Marcela, suspirando e se afastando, resignada.
Alexandre observou-a se recompondo. As pernas e o colo liso e claro sob o vestido estampado.
— Que história a nossa, hein? — gracejou, quebrando o gelo.
— Rendia um filme… — Marcela sorriu de volta ajeitando o aplique na cabeça — um Bonnie e Clyde tropicalizado…
— Acho que prefiro um livro de poemas… — Alexandre segurou-a pelas mandíbulas e envolveu os lábios dela com os seus, grossos e molhados. Mas foi um beijo ligeiro. Precisavam partir. Estavam, de fato, bem atrasados.
*
Não foi apenas um bebê, mas um casal de gêmeos Mapuche que Marcela e Alexandre levaram para a Venezuela. Cruzada a fronteira, outro carro a levou e às crianças até um lodge em Canaima onde um casal suíço de meia idade os aguardava. Marcela tremeu a cada uma das inúmeras barreiras pelas quais passaram, mas o motorista venezuelano era safo e os militares, quase meninos de tão jovens, não pareciam interessados nela ou nos bebês, mas na hipótese de mercadorias — drogas — escondidas dentro no carro.
Marcela assistiu de longe, no lobby do hotel, a emoção do casal ao ter as crianças nos braços. Uma lágrima discreta umedeceu-lhe os olhos. O homem e a mulher pareciam felizes, as crianças cresceriam na Europa ao invés de em um povoado indígena no meio do nada e ela, de volta à Goiânia, receberia a segunda parte do pagamento gordo pelo serviço prestado.
Menos de três meses depois, mudou-se para Boa Vista, o que fez Alexandre instantaneamente passar a gostar da cidade. O projeto dele de construir uma mansão tornou-se mais modesto, porém exequível em um prazo razoável. Os dois começaram a mexer com exportação de ouro, embora proveniente de minas que não existem legalmente no Estado, e planejam um filho para quando os negócios prosperarem.
Marcela voltou a escrever poemas ruins com certa regularidade.
O conto retrata o encontro de dois cariocas no meio da floresta amazônica e que se interessam mutuamente, sem se saberem comparsas nos planos subsequentes da história.
Conto muito bom. Uma reviravolta “clandestina” deveras interessante e instigante. Um abraço.
Resumo: Duas pessoas prontas para um negócio arriscado e ilegal. Marcela se encontra com Alexandre e passa o dia com ele, trocando confidências e conhecendo a cidade. Mais tarde, em sua função, descobre que seu parceiro é o homem com quem passou o dia. Ao completarem suas missões, ficam juntos, num filme estilo sessão da tarde.
—
Olha, o conto está bem escrito e, admito, a leitura fluída, mas o enredo, pessoalmente, não me agradou muito. Não tem brilho. Nada, simplesmente nada me cativou. Os personagens são medianos, o conflito não empolga e você sequer constrói uma cena real de risco, tudo parece fácil demais. O foco fica em cima de um romance com pouca química para o leitor.
O conto chega bem perto do Sabrinesco, ficando nas beiradas pela incapacidade de construir uma narrativa mais intimista, que revelasse realmente o que cada um estava pensando, ou focando-se num dos elementos do casal e dissecando-o. Pode ter sido uma escolha, óbvio, mas não vi motivos positivos para escrever dessa forma dentro de um tema exige mais sensibilidade.
Essa narrativa sairia melhor num conto de FC Clássico, que é mais razão do que emoção. É tudo bem explicado, esmiuçado, mas os sentimentos e as sensações ficam no plano de fundo. Igual seu conto.
Mas, penso, é possível criar personagens cativantes mesmo numa narrativa assim. Talvez faltou paixão na escrita, sei lá. Sei, apenas, que senti falta de algo e fiquei esperando o fim chegar quando ainda estava na metade.
De qualquer forma, você escreve bem, sabe conduzir a história, só a questão do brilho, do encantamento, que faltou, infelizmente. Mas talvez seja uma coisa minha, vai saber, né!
Casal se conhece e acabam vivendo uma aventura ao estilo Bonnie e Clyde. Levam um casal de bebês indígenas, de maneira ilegal, cruzar a fronteira para ser levado à Europa.
É chato ter que falar disso em quase todos os textos, mas a galera do Entrecontos tem o costume chato de dividir o texto, nesse caso, de Rosas Roubadas, com um asterisco. Em sua maioria, os textos estão inutilmente separados, como também acontece com Rosas Roubas. Não vejo muita utilidade esta separação. Sim, vejo que há uma simples passagem de tempo, mas nada que o leitor não identifique, para mim, essas separações empobrecem o texto. Não digo que elas não possam ser utilizadas, mas aqui no Entrecontos, parece que um conto tem que ter essas separações para ser um conto, ou para ser bom, ou não sei o que existe no inconsciente coletivo da galera.
Eu tive que ler o conto duas vezes, pois a história acabou não me pegando, além da grande descrição no início do texto, que me fez achar chato o texto até na metade, que é quando alguma coisa começa acontecer para mim. O início me deixou muito sem saber para onde o texto iria, o que ele queria falar, isso desaparece depois de um tempo, é certo, mas esse tempo enorme sem saber qual vai ser a do texto, é tempo demais e me faz, como leitor, perder o interesse pela obra.
🗒 Resumo: uma mulher e um homem se conhecem em Boa Vista, RR. Apaixonam-se e acabam se vendo, coincidentemente, envolvidos numa trama de roubo e tráfego de crianças indígenas. No fim, terminam juntos explorando mineração ilegal.
📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): a forma como eles se conheceram ficou boa, apesar de achar que alguns diálogos ajudariam a dar mais química ao casal. Acabei aceitando, mas não sentindo ou comprando que eles estavam verdadeiramente apaixonados.
A subtrama do tráfico infantil acho que serviu mais para atrapalhar que ajudar na trama. Não acrescentou quase nada de bom à relação dos dois e foi desenvolvida com muita velocidade, tirando o impacto.
📝 Técnica (⭐⭐⭐⭐▫): uma técnica madura, com boas descrições e sem erros.
🎯 Tema (⭐⭐): ainda tô na dúvida se é Sabrinesco… mas não descontei pontos [✔]
💡 Criatividade (⭐⭐▫): não é um conto clichê, mas também não chega a se destacar por sua criatividade (meio-termo nessa avaliação).
🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): um comentário pessoal, que eu tentei só influenciar este quesito: não gostei da forma como o crime foi romantizado no conto. O cara fazia garimpo ilegal e ninguém achava isso errado, depois eles sequestraram uma criança indígena e o conto tenta induzir o leitor a acreditar que isso estava certo e que foi melhor para a criança viver longe dos pais! Foi isso que mais me desconectou do conto.
Resumo 📝 A história de um homem e uma mulher que tem suas vidas cruzadas de forma natural, mas que com o passar o tempo se vêm em uma ligação de destino. Ambos recorrem ao submundo ( tráfico de crianças indígenas) para ganhar…um extra? Se vêem apaixonados e desfrutam das semelhanças que os unem.
Enredo🧐 Achei interessante como a história começa aparentemente de forma despretensiosa nos levando a crer que se trata de um romance que está se iniciando de forma natural e leve. Dá pra se imaginar um monte de coisas, até pensei mesmo se tratar de uma aventura pelo tesouro perdido alá indiana jones. A trama vai se formando devagar, logo os pontos se unem e o leitor se vê diante de um evento inesperado. Achei que foi uma boa sacada a questão do tráfico do papel de cada um e do envolvimento dos dois. Eles de fato se merecem. Os poemas me deixaram meio sem lugar em tudo, não sei o que eles estavam fazendo alí na trama, mas não atrapalharam.
Gostei 😁👍 Gostei do texto não ter muita pressa em mostrar ao que veio, os personagens foram bem construídos e tiveram uma boa química. A escrita está muito boa.
Não gostei🙄👎
Impacto (😕😐😯😲🤩) Teve sentimentos de surpresa quanto ao conflito que o ligava, foi uma leitura agradável.
Tema (🤦🤷🙋) 🙋 Está adequado.
Destaque📌 Marcela imaginou-se estuprada e esquartejada, tornada estatística antes do final da tarde. Mas em sua imaginação reles, não encontrou desculpa cabível. Tampouco procurou com afinco. Assim como ele se agradara dela, ela também dele se agradara.
Conclusão ( 😒🤔🙂😃😍) = 🤔 Um texto bem escrito e montado com bom desenvolvimento dos personagens.
RESUMO
Marcela e Alexandre se conhecem por acaso, mas acabam demonstrando uma ligação que parece coisa do Destino. As questões pouco éticas que os envolveram são mero detalhe.
CONSIDERAÇÕES
Os dois personagens centrais são bem desenvolvidos, apresentam uma construção psicológica, principalmente com o passado. O conto descreve bem as localizações, as ações e os espaços em que a história se passa. A trama é bem interessante e perto do cotidiano. Lembrou-se um pouco a música de Eduardo e Mônica.
NOTA 3,8
Rosas Roubadas (Clyde)
Conto Sabrinesco
Resumo: inconscientes do destino um homem e uma mulher se encontra e acabam fazendo um passeio turístico e tendo um dia agradável. Ambos sentem-se enamorados ao final, mas o concúbito não acontece. Pela manhã, em outro encontro inesperado e a história deles muda para sempre.
Introdução. Bem feita. A ideia do desejo e do ilegal já aparece clara.
Desenvolvimento: Bem encaminhado. A narrativa é acertada.
Clímax: Não surpreende o encontro final. A narrativa da fuga não convence. O contrabando das crianças é ferino, sem mostrar o lado da família roubada, perde a força do título. Deixa fios soltos, mesmo que a trama esteja pronta.
Desfecho: Sem elegância, porém com as amarras corretas.
Geral
O foco narrativo na terceira pessoa e bem feito. A Linguagem não traz nenhuma novidade, o que dá o tom de atualidade ao Conto, pode ter acontecido em qualquer tempo. O tempo e espaço estão bem trabalhados, tanto na narrativa quanto no campo gramatical.
O Enredo tem altos e baixos. A volta do codinome – Souza – causa um pequeno ruído na narrativa porque sem a retomada de pensamento levando ao Alexandre, acaba por quebrar a ideia de suspense que teria, já que de imediato o narrador passa a falar dele e que ele também está se locomovendo para um encontro desconhecido… Aqui sabemos que eles se encontrarão.
A inserção do contrabando de crianças indígenas é feita de modo abrupto, porém, perfeito, isso porque a ideia de ilegalidade foi bem situada/construída na Introdução, como já disse.
Diferente da cena da fuga, que não convence, o encontro sexual no carro é crível, a narrativa apertada porém descritiva, traz o realizável para o Conto, principalmente pelo modo em que se dá a descoberta que desencadeia o desejo: “Por baixo do cabelo longo e cheio, da pele morena e dos óculos fora de moda, ele a reconheceu pelo veludo da voz — o timbre — e pelo cheiro.”
O Desfecho com eles juntos também é legal, sem novidades, entretanto convence e dá a sensação de finitude. Passa a ideia de que os maus também amam, o que é conflitante, afinal é totalmente aceitável o surgimento de um novo casal, mesmo que sejam os bandidos: “Menos de três meses depois, mudou-se para Boa Vista, o que fez Alexandre instantaneamente passar a gostar da cidade. (…) . Os dois começaram a mexer com exportação de ouro, embora proveniente de minas que não existem legalmente no Estado, e planejam um filho para quando os negócios prosperarem. (…)
Sucesso, Clyde, no Desafio.
Resumo: Uma mulher vai à Boa Vista para um negócio. Lá, conhece Alexandre, seu conterrâneo. Eles acabam se envolvendo quando descobrem que os dois estão envolvidos em um negócio ilegal: passar dois bebês indígenas para as mãos de estrangeiros. Ela, Marcela, decide se mudar para Boa Vista onde mantém um relacionamento com Alexandre, como também negócios duvidosos.
Achei o conto interessante. No início, tudo parece que vai ser clichê: um casal se encontra, se apaixona, etc. Mas ao longo da história, as coisas começam a tomar outra cor e a sair do óbvio. O contrabando de crianças traz um peso considerável para a história. Como é um tema sempre muito presente na nossa sociedade, tudo recebe um tom diferente. Digamos que este casal se completa em todos os sentidos.
Também achei legal a escolha de personagens principais não expostos como “perfeitos”. A via ilegal de suas ações contribuiu para fugir do clichê e ficar bem interessante.
Também gostei da escrita fluida. Um conto bem escrito e sem entraves.
Parabéns!
Marcela e Alexandre eram cariocas, mas viviam em locais diferentes do Brasil. Ela, Goiânia; ele em Roraima passando um tempo na comunidade Yanomami. Os dois se conheceram sem saber que trabalhavam para o tráfico de crianças indígenas para casais estrangeiros na Venezuela.
Achei criativo, mostra bem a realidade de algo tão cruel para uns e ao mesmo tempo tão emocionante para outros. Achei interessante sua narrativa, as descrições que usou. Também foi sucinto, um conto bem escrito.
Ei, Clyde, cá estou eu às voltas com o seu conto e me indagando o porquê desse título de Rosas Roubadas? Ah, seria por conta das crianças contrabandeadas, via Venezuela, para a Europa, né? Bem, vamos em frente. Um casal se encontra lá na ponta Norte do Brasil, cada um com o seu trabalho “alternativo”. Ele e as joias ilegais e ela a ajudar o tráfico de bebês. Mas antes disso, claro, há um romance, um banho de rio vestido, por conta de peixinhos indelicados que, ousados, beliscavam as peles. Na manhã seguinte, dia de trabalhos ilegais dos dois a descoberta de que seriam cúmplices. E, claro, antes de partir para a missão, “vamos nos amar”, que isto será tremendamente perigoso. Eis o enredo. Sem dúvidas que criativo, apesar da sua simplicidade. Um conto bem escrito, tudo no seu devido lugar, mas faltou a emoção, faltou gerar aquele tcham arrebatador na sua história sabrinesca. É como se tecnicamente a máquina funcionasse, mas que não existisse nela encantos que fizessem com que fosse admirada. Você sabe contar a história, escreve bem, mas faltou, no meu modo de pensar um pouco mais de “engenho e arte”. Receba o meu abraço, Fernando.
Boa tarde, amigo. Tudo bem?
Conto número 48 (estou lendo em ordem de postagem)
Pra começar, devo dizer que não sei ainda quais contos devo ler, mas como quer ler todos, dessa vez, vou comentar todos do mesmo modo, como se fossem do meu grupo de leitura.
Vamos lá:
Resumo: mulher conhece e se apaixona por acaso por um homem desconhecido em Boa Vista. No dia seguinte, vai se encontrar com um homem que vai ajuda-la a roubar uma criança numa aldeia, para vender a um casal suíco. Surpreendentemente, o cara é o mesmo pelo qual se apaixonara no dia anterior. Se apaixonam e passam a viver juntos.
Comentário:
Um história interessante de amor e acaso.
Aliás, acho que amor e acaso estão sempre de mãos dadas, não é mesmo? Especialmente na literatura, que não se contenta com o amor normal, sem graça. O que nos ganha, é sempre o amor improvável, o amor que surge do acaso e, depois de contado, parece ter sido feito para acontecer.
Mas vou parar de viajar, e comentar o conto hahahaha.
Você criou uma bela história de amor. O encontro dos dois me lembrou uma pegada meio Eduardo e Mônica, do Legiao. Um casal improvável, que a princípio parecia não ter nada em comum. Porém, com o convívio que tiveram, descobriram que tinham muito em comum, e, dali, nasceu o amor.
Os dois, também, pareciam bem inclinados aos ato ilícitos pra ganhar dinheiro hahahaha. Talvez isso tenha gerado a identificação imediata. Fiquei curioso sobre a dispensa do homem no exército.
Apesar de achar um pouco triste a ideia de roubarem os bebês indígenas, achei bem legal o reencontro deles. Não foi algo muito inesperado, uma vez que assim que ela falou que encontraria um homem no dia seguinte, logo imaginei que fosse ele. Porém, você não tentou fazer nenhum mistério quanto a isso, né? Logo revelou pelo nome, Souza.
Enfim, é um conto gostoso de ler, pois tá bem escrito, mas não chega a ganhar muito pelo enredo, que é um pouco comum. Ainda assim, é uma boa história de amor, que usa do acaso como tempero, e me faz ficar imaginando se o acaso também vai surpreender, alguma hora, ou se é coisa só da literatura kkkkkkkk
Parabéns e boa sorte!
A história de dois traficantes de crianças que se encontram em Roraima e vivem seu próprio conto de fadas.
A história é bem estruturada e segue um roteiro claro. Talvez o que a prejudique, seja a previsibilidade de algumas coisas. Fica muito claro, por exemplo, quando revela-se o próximo trabalho de Alexandre, que a mulher que o encontraria seria Marcela. Isso acaba impactando a forma como o leitor será impactado pelo texto.
Olá, Clyde, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.
Resumo: Mulher em viagem a trabalho pelo extremo norte do país conhece homem. Desse encontro nasce um relacionamento, cuja empatia é recíproca. Tornam-se cúmplice em um translado de adoção de criança indígena para o exterior.
Gramática: Nada de grave perceptível. A leitura flui sem percalços.
Comentário crítico: Um conto de enredo previsível. Onde ocorre uma paixão um tanto superficial, fácil. E uma parceria de trabalho cheia de coincidências e sem muitos fundamentos. Seria esse o típico e trivial tema sabrinesco?
O conto é bom, gostei da história e da forma como foi escrita. O final foi muito apressado e me pareceu uma necessidade de finalizar tudo com explicações e um foram felizes para sempre.
Rosas Roubadas
Turista perdida em Boa Vista pede indicações para homem em local perigoso da cidade. Ele está bêbado, vindo de uma noite de boemia. Após a indicação, ele é seu guia em um passeio pela cidade, quando ambos se encantam um pelo outro, mas sem maiores trocas de intimidade. Ela volta para seu quarto de hotel, precisa fazer um serviço no dia seguinte. Antes de dormir, porém, ela envia um poema para ele. No dia seguinte, eles se encontram novamente – por coincidência, ele será o motorista do serviço que ela fará. O casal se entrega e vive intensos momentos de amor. Eles fazem o serviço – tráfico de crianças indígenas. A mulher se muda para Boa Vista e eles vivem juntos, planejando um filho para quando os negócios – exportação de ouro de garimpos ilegais – prosperarem.
Texto bem escrito, narrativa com uma construção madura e original. Clyde consegue fazer um texto sabrinesco sem ser piegas, ou clichê. Pelo contrário, por mais que haja um romance bem óbvio e necessário para o gênero, os personagens fogem da dualidade “bem x mal”. Pelo contrário, o casal possui índole bem questionável. Há também erotismo no conto, dentro dos limites do sabrinesco – não é, definitivamente, um “emanuellesco”. Claro que causa um pouco de estranhamento ter personagens envolvidos em tráfico de crianças indígenas e garimpo ilegal sem serem “punidos” pela transgressão. Vício nosso, de leitores, que esquecemos que até quem tem mau caráter também ama. Enfim, conto de alto nível.
Originalidade: 5
Domínio da escrita: 5
Adequação ao tema: 5
Narrativa: 5
Desenvolvimento de personagens: 4
Enredo: 5
Total: 4,8
ROSAS ROUBADAS
Resumo:
Marcela faz tráfico humano, Alexandre faz tráfico de pedras preciosas e aceita qualquer missão, mesmo as ilícitas. Os dois se encontram por acaso e passam o dia juntos e só no dia seguinte é que descobrem que farão a mesma missão. Roubam duas crianças de uma aldeia indígena e as levam para fora do pais. Depois eles voltam a se encontrar e passam a morar juntos.
Comentário:
Gostei da escrita, da narração, mas não do enredo, do mote. Gostei da parte em que os dois passam juntos, mas dali para o resto, não teve grande coisa. A marginalidade dos dois até que seria algo interessante, como é citado a história de Bonnie e Clyde, mas o caso de Marcela e Alexandre, não tem a mesma emoção de Bonnie e Clyde. E o final não foi surpresa. Sem inspiração, sem emoção, sem surpresa.
Resumo: mulher vai a Boa Vista e conhece um morador, que lhe auxilia. Porque têm entre si afinidades, acabam fazendo turismo juntos. Ela envia a ele um poema, que contém a declaração de que se sentira atraída por ele. No dia seguinte, por acaso, se encontram. Ela irá ajudar a traficar uma criança indígena para a Venezuela; ele irá auxiliá-la. Além da missão, amam-se com intensidade – o suficiente para que ela volte a Roraima em definitivo.
Impressões: gostei bastante deste conto. É extremamente bem escrito, com uma fluidez invejável. Marcela e Alexandre são ótimos personagens, cheios de nuances interessantes, defeitos e qualidades que os tornam verossímeis, vivos. A ambientação também é ótima. Dá para imaginar que o(a) autor(a), se não é nativo da região, é alguém que a conhece bem, que realizou os passeios descritos e que é inteirado dos problemas e das características dessa região do país. Tudo soa verdadeiro, colaborando para a construção da atmosfera. A trama em si também é interessante, com a questão do romance se misturando ao propósito inicial da viagem de maneira natural.
Claro que poderíamos discutir a ética por trás da razão de Marcela estar em Boa Vista — o tráfico de crianças — mas acho que isso, ao menos no que diz respeito ao conto, não é o principal fator. Com efeito, impõe-se o sabrinesco em detrimento do aspecto moral, como deixa claro o narrador onisciente. Particularmente, vejo nisso outra qualidade, pois do contrário, teríamos um texto sobre um crime, o que não me parece ter sido o objetivo.
Gramaticalmente o conto é impecável, o que demonstra esmero na produção. Também por esse motivo o conto merece parabéns.
É isso. Boa sorte no desafio.
RESUMO: Três coisas unem Alexandre e Marcela: o acaso; a origem carioca; e o tráfico humano. Em o que é apenas mais um sequestro lucrativo, os dois se conhecem e se apaixonam, partilhando suas nostalgias. Ao fim, ficam juntos e com planos futuros.
COMENTÁRIO: Existe uma cadência neste conto que o faz linear ao ponto de ser moroso. Lido dentro do tema sabrinesco, fica fácil perceber quando o conto se encaminhará ao gênero e, portanto, assim que foi constatado – logo no comecinho – também começou a espera: quando eles vão se entregar um ao outro? Acredito que tenha sido uma má escolha do autor ter dedicado uma boa parte do enredo a narrar a caminhada das personagens. Acho que o entrosamento poderia ter sido construído de forma mais ágil, embora sim tenha recorrido a trechos que resumem, como aquele em que se banhavam no rio. Em contrapartida, o momento em que foram interpelados pela vendedora, por exemplo, não acrescentou em nada. Em suma, o conto se iniciou com uma expectativa que foi alcançada sem nada que realmente engajasse o leitor, nenhuma das personagens desenvolvidas para despertar esse interesse. Restando como a única coisa a se esperar do enredo, o romance não cativou a leitura.
Paralelo a isso, a ambientação, presente na identificação dos povos indígenas da região e do contexto de garimpo ilegal, evoca também o contexto do encontro das personagens, essencialmente em um crime de sequestro e tráfico humano. Em alguns pontos, o enredo alude à questão como uma espécie de benesse, em que a criança poderá crescer na Europa e não na aldeia, ou então não se aprofunda muito nas dimensões morais da situação. Mas, apesar de não haver uma abordagem direta da questão – que realmente tem raízes na nossa realidade – há ainda uma equiparação tola do casal do conto a Bonnie e Clyde, dois criminosos que foram romantizados, como não é raro. Como não existe um dilema moral sendo explorado e não foi dedicado atenção a esse lado da situação, a romantização, embora breve e justamente por ser breve, acaba vazia, quando antes talvez tivesse algum potencial para dar mais profundidade ao enredo, resumido à relação das personagens e desatento à seriedade da questão por qual perpassa. Embora não tenha sido o intento do autor, o que se pode deduzir das personagens é que elas ignoram os seus crimes – mas mesmo traços de frieza não foram apresentados e no lugar de consistência, o vazio se estende também às personagens, resumidos a passados distantes e desejos presentes.
Sinopse: Alexandre, carioca, minerador ilegal. Marcela, carioca, opera com identidades falsas. Sua missão: traficar bebês pela fronteira da Venezuela. O que nenhum deles imaginava era que iriam se apaixonar durante a execução desse crime.
Comentário: Gostei mais do poema do que do conto! O autor se esforçou mais na poesia do que na narrativa. Apesar da ausência de erros ortográficos, e nisso os autores da série A nesse certame estão de parabéns, acabam pecando justamente pelos roteiros aleatórios e reviravoltas fracas. Dois cariocas acabam se encontrando em Boa Vista para traficar crianças, e desenvolvem uma relação a meio caminho. Pobre amor bandido. Além de ser randômico não foi tão excitante quanto deveria, caiu mais na condição do absurdo. Outra coisa aqui é que deu a entender que a Venezuela é uma terra sem lei onde crianças atuam no Exército, não é o que eu vejo na TV e na literatura de Ciências Humanas. Todos esses fatores me levaram a dar uma nota baixa.
Notas de Contra-analógico:
– A Bruxa: 1,0
– A Hora Certa de Dizer “Eu te Amo”: 4,5
– A Obradora e a Onça: 3,5
– Às Cegas: 3,8
– As Lobas do Homem: 3,0
– De Forma Natural: 2,0
– Espectros da Salvação: 3,5
– Folhas de Outono: 2,0
– Humanidade: 4,0
– Love in the Afternoon: 3,0
– Neo: 2,5
– O Buquê Jamais Recebido: 2,5
– O Dia Em Que a Terra Não Parou: 1,0
– O Touro Mecânico: 2,0
– Poá: 2,0
– Rosas Roubadas: 1,5
– Show Time: 5,0
– Sob um Céu de Vigilância: 4,0
Contos Favoritos
Melhor técnica: A Hora Certa de Dizer “Eu te Amo”
Mais criativo: Show Time
Mais impactante: Show Time
Melhor conto: Show Time
Marcela, perdida, acaba encontrando Alexandre, que lhe dá informação sobre o local onde ela queria ir. Os dois acabam passando a tarde junto. Depois, Marcela descobre que seria Alexandre o responsável por levá-la até uma tribo indígena, onde ela apanharia bebes para vender a um casal suiço.
É bem estranho como, do nada, Alexandre e Marcela estão tomando banho de rio juntos, e ela ainda queria “vestir seu biquíni”. Também ficou muito estranha a naturalidade com que foi tratada a comercialização de bebes. Enfim, acabou que o conto ficou sem uma cara, uma razão de ser.