EntreContos

Detox Literário.

Rato Rei (Pedro Paulo)

O beco constituía um festival de aromas. O calçamento, arruinado, entrecortado por gramíneas e lama, era também pontuado por poças de água cinzenta e malcheirosa. À porta da pizzaria que emparedava um dos lados daquele corredor imundo, uma lata de lixo contribuía para o fedor do espaço. Apesar de tudo, seus focinhos encontraram o perfume do jantar. Um dos humanos o despejou no latão de alumínio e, por debaixo do papelão, eles divisaram o queijo, o trigo, a carne e os legumes. Salivaram ao mesmo tempo e, na mesma simultaneidade, moveram-se. Os quatro, dezesseis patas articulando saltinhos como se constituíssem um único ser, o que talvez fosse verdade.

Na mesma sincronia, apoiaram-se nas patas traseiras de modo a ficar um sobre as patas dianteiras do outro, altos o suficiente para alcançarem a borda da lata. Puxaram ao mesmo tempo e acompanharam a queda. Em nenhum momento deixaram de seguir o odor da refeição, facilitando para que achassem seu banquete entre o plástico e os outros trapos que, olhassem bem, guardavam outros restos que os humanos tomavam por lixo e a eles enchia a barriga.

Peludo, apressado de sempre, já lambia um restinho de molho que achara nas dobras de uma embalagem amassada, ignorante da implicância de Patinhas, que o repreendia pela falta de paciência. Dentes, por outro lado, já achara a caixa que resguardava a janta. Focinho era o único parado. Não inerte, só parado. Os irmãos sabiam bem que sua atenção não era para ser desprezada e, por isso, tanto Peludo como Patinhas se viraram para ele. Dentes só lhe deu atenção ao roer um rombo suficientemente grande no papelão para que vissem os restos de comida lá dentro. Focinho não esperou que o questionassem.

─ Cheiro outra coisa que não o nosso jantar, irmãos.

Peludo avançou dois passos em sua direção, a pelagem arrepiada, os olhinhos esbugalhados. Antecipado em tudo, sempre.

─ O que há?

Patinhas demonstrou a mesma falta de paciência quando o avistara lambendo molho.

─ Você é burro mesmo, né?

Os dois ratos teriam se atracado não tivesse Dentes se antecipado, parando entre eles. Era o maior dos quatro, grande que não tinha como nenhum dos dois irmãos se verem. O que foi melhor. Os três se voltaram para Focinho, mas foi Dentes que falou.

─ Quantos?

Focinho se afastou, escalou a bagunça que a empreitada deles causara e chegou ao ponto mais alto, esticando o corpo, empinando o focinho. Fungou. Tinha os olhos fechados, não precisava deles.

─ Três.

Peludo rolou sobre si mesmo, displicente.

─ Rá! Pois nós temos mais!

Dessa vez, Patinhas só suspirou, foi Focinho que retrucou.

─ São ratos maiores, mais velhos.

─ E você sabe isso só na fungada, meu irmão?

─ Sei.

─ Você é estranho pra caramba, sabia?

Os quatro riram, Focinho deslizou pelo lixo até estar próximo deles. Cutucou o irmão na barriga com uma das dianteiras, agitando-o em cócegas.

─ Essas minhas bizarrices podem salvar nossas vidas, ora.

Dentes se aproximou.

─ Se nós sentimos o cheiro da pizza, eles também sentiram.

O silêncio dos outros três expressara uma resposta por si só. A seriedade, substituta fatal da brincadeira de antes, também denotava uma percepção simultânea do perigo e trazia à vista dos quatro a necessidade de uma decisão. Peludo foi o primeiro a se pronunciar. Jogou a cabecinha para trás, caminhou num círculo, impaciente.

─ Vamos, colegas, três ratões não podem com a gente! Nós temos o Dentes que sozinho dá conta de uns dois.

O maior dos quatro riu, negando com a cabeça.

─ Sabe que não é bem assim.

Peludo assentiu.

─ Tá bem, tá bem ─ caminhou, os três sabendo até onde ele ia… atrás do seu clássico argumento. ─ Mas eles não têm isso daqui.

Patinhas escondeu a cabeça entre as patas dianteiras, nem um pouco surpreso, mas ainda com a mesma irritação que só Peludo sabia lhe provocar. Com a pata dianteira, o mais sossegado dos irmãos apontava para o ponto de encontro dos seus quatro corpos. Era uma massa esbranquiçada, dura como pedra, disforme. As extremidades de suas longas caudas, rosadas e fibrosas, encontravam-se ali. Talvez em seus tempos de filhotes tivesse sido um nó, mas agora era mais do que isso, e não só na estranha forma que havia tomado. Tampouco aquele enlaçamento simplesmente os atava. Era uma conexão maior do que física. Pensavam juntos, moviam-se juntos. Os quatro eram como se fossem um.

─ Nenhum rato nunca foi capaz contra a gente! Nós sempre fomos mais rápidos: ─ apontava o focinho quando falava, dessa vez para Patinhas ─ fortes: ─ Dentes ─ e inteligentes: ─ Focinho ─ Não é dessa vez que vamos perder na patada!

Patinhas não se segurou:

─ Ora, cale essa matraca! Nós só tivemos que lutar uma única vezinha e você nem fez nada.

A resposta já estava na ponta da língua. Peludo saltou para perto do irmão, que de imediato se afastou, temeroso de perder a cabeça e partir para cima do mais insensato do quarteto. Peludo não se acanhava nem um pouco, expondo seus argumentos sem o menor sinal de dúvida.

─ Mas veja, meu caro, isto é não por causa da minha inexistente covardia, mas tão somente porque quase nunca precisamos brigar! Não vê? Por onde passamos, os ratos nos admiram, nos temem, querem ser como nós. ─ com os mesmos saltinhos, retornou ao nó que os unia, tomando-o entre as patas dianteiras. O mero toque arrepiou os irmãos. ─ Vocês sentiram? Eu também. Meus irmãos, nós somos os únicos que têm esse dom. Sabe como chamavam os outros que eram como nós?

Patinhas levou a dianteira à testa.

─ Ai, vai começar…

Rato Rei! Ó, chamavam de Rato Rei!

Uma avaliação mais atenta encontraria a admiração que Focinho guardava para a verborragia do irmão. Os quatro, de mesma idade, às vezes viam o animado Peludo como o caçula. O tom de Focinho foi moderado.

─ Mas veja, Pê, aqueles que chamavam de Rato Rei eram dezenas de roedores. Coisa grande. Nós somos apenas quatro e quando fomos chamados assim, eram filhotes que não sabiam tão bem das coisas.

Peludo lhe apontou a pata.

─ Chegaste onde eu queria!

─ Cheguei?

─ Claro!

Focinho quase riu.

─ Claro.

─ É o seguinte, irmãos. Nós nunca abraçamos quem somos! Somos um rato rei, mas não nos encaramos como se fossemos. Focinho, convenhamos, o crânio de todos nós, apontou para um problema. Somos só quatro? Precisamos de mais! ─ escalou o mesmo monte de lixo que minutos antes seu irmão mais ponderado escalara, ficando alto diante dos outros três ─ Entraremos nos esgotos, resgataremos os ratinhos da escuridão, eles verão Dentes e não pensarão duas vezes! E, se pensarem, Focinho tratará de convencê-los a pensar uma terceira!

Focinho caiu na risada, fracassado em esconder que cedera.

─ Acho que a lábia é mais sua, meu querido caçula!

─ E você, Patinhas! Se não for a força de Dentes ou a sabedoria de Focinho, será a sua agilidade que nos salvará! ─ baixou um pouco a cabeça, falou baixo, tom conspiratório ─ Quem sabe não achamos umas ratazanas e o senhor, velocidade em pessoa, nos faz uns filhotinhos-soldados. ─ até mesmo o aborrecido Patinhas achara graça e, assim, os três riram. Em cima do monte de plástico, focinho erguido, pose altiva, Peludo elevou sua voz às alturas ─ Seremos não só generais, meus queridos irmãos! Ó, seremos o que somos: o Rato Rei!

─ Generais?

A voz não era de nenhum dos três. A surpresa fez Peludo se desequilibrar e escorregar, rolando desajeitadamente até chegar até onde estavam os irmãos. Dentes já estava em posição, pelagem arrepiada, dentes à mostra, olhos fixos no rato recém-chegado. O dom de Focinho não mentira, tratava-se de um rato maior. Seu pelo era manchado, encardido, e uma cicatriz marcava o rosto, deformando o focinho. Um dente estava intacto, mas o outro quebrara e agora despontava numa perigosa lasca amarelada. Sorria de um modo estranho, debochado. Dentes sabia com o que tinha que se preocupar.

─ Focinho?

O irmão inspirou, olhos fechados.

─ Os outros dois estão atrás de nós, escondidos, um na água e o outro no meio da grama.

Distante demais para escutá-lo, o rato encardido pareceu ao menos perceber do que se tratara aquela conversa.

─ Tem um especial consigo, não é, grandão?

Dentes não se moveu um centímetro, limitou-se à questão:

─ O que vocês querem?

A pergunta divertiu o recém-chegado.

─ O que todos queremos? ─ apoiou-se nas traseiras, alisou a barriga, grande, redonda, cinzenta ─ Quero comer, vocês não?

─ Tem outros restos nesse lixo. ─ Dentes dissimulava conciliação.

─ Não me ofenda, moleque. Vocês não estão aí para se alimentar de restos, estão?

─ Mas fomos nós que viramos a lata.

─ Eu e meus amigos agradecemos.

Peludo mostrou hesitação pela primeira vez naquela noite.

─ Dentes, ele é grande… ─

Patinhas o interrompeu, tocou-lhe a barriga, também pela primeira vez naquela noite um gesto que não era repreensão. Era apenas um conforto, um irmão lembrando ao outro que não estavam sozinhos. Dentes não pestanejou.

─ Não há pelo que agradecer, velhote. Estivemos neste beco durante a noite, viramos a lata e essa refeição é nossa.

─ Ora, és filhote pra imaginar que os becos pertencem a alguém? Um beco é do último rato que dele sair vivo, fico feliz em poder te ensinar… mesmo que talvez seja a sua última lição.

O rato encardido começou a caminhar, sem pressa, na direção dos quatro irmãos. Peludo se agitou, Patinhas se interpôs ao seu lado e Focinho cheirou. Aproximou-se de Dentes.

─ Os outros dois também estão saindo de onde estão.

Dentes assentiu.

Focinho! Patinhas! Vocês dois ficam na retaguarda. Peludo, quero você entre nós três, ajude aqueles de nós que mais precisar de você.

Mas Peludo não se moveu, limitado a espasmos. Tentou murmurar um pedido de desculpas, mas se calou quando Dentes se virou para ele. Imaginava que talvez fosse levar uma bronca, mas o olhar que o irmão o dirigia, fundo em seus olhos, representava o mesmo toque gentil que Patinhas lhe dera um minuto antes. A confiança que Dentes demonstrava fazia parecer que esquecera do rato imenso que avançava em sua direção.

─ Veja, caçula, nós somos o Rato Rei, não somos? Que mal esses velhos nos farão?

Peludo sorriu, esquecido de alguma vez na vida ter sentido medo. Sua imensa pelagem se eriçou e ele flexionou as quatro patas, pronto para saltar à direita ou à esquerda.

Os quatro irmãos. Os quatro ratos, que eram como um só, prepararam-se para lutar.

***

Peludo era quem lambia as feridas dos irmãos. Metade da orelha e mais o olho esquerdo de Focinho tinham ido embora, deixando para trás uma ruína de sangue, pelos e sujeira. Ainda assim, o mais sábio dos irmãos se mantinha imóvel, salvo alguns tremeliques que não conseguia evitar ao contato da língua do caçula. Patinhas, mesmo que não muito machucado, só tremia, recolhido na parede, a barriga subindo e descendo ao ritmo dos espasmos. Mantinha a boca aberta, em constante falta de fôlego, os olhos tão esbugalhados quanto estiveram durante a batalha. Dentes havia sido deitado entre eles, respiração lenta, pequenos movimentos de heroica resiliência.

Minucioso em seu serviço, Peludo não conseguia evitar de olhar de relance para Patinhas, sentindo-se não muito distante da catatonia do irmão. A pata de Focinho o impediu de prosseguir nos cuidados. Os dois irmãos se surpreenderam com a dificuldade que Focinho teve para falar. Sua voz pareceu distante, como se saída dos fundos de um bueiro. Os ferimentos tinham o consumido muito, afinal, mas não era só isso. O peso de suas palavras também o atrapalhava.

─ Dentes… ─

Peludo se afastou, desentendido. Olhou para o irmão deitado, depois se voltou para Focinho. Uma segunda olhada confirmara: Dentes havia parado de respirar.

─ Seu cheiro mudou. ─ Explicou Focinho, enfim.

Patinhas foi o último a perceber e também o mais chocado. Gritou, cutucou o irmão como se estivesse apenas dormindo. Pedia para que se levantasse, que deixasse de brincadeira, tamanha insistência em seus cutucões revirou o cadáver, o movimento brusco abrindo a boca, a língua de Dentes meio para fora. Patinhas recuou, horrorizado, dando com os quartos na parede. Balbuciava alguma coisa. Peludo não se moveu, nem mesmo para impedir Focinho, que a passos vacilantes se dirigiu ao corpo do irmão. Com um gesto – delicado se considerar os movimentos erráticos de alguém que mancava – Focinho ajeitou Dentes de modo a devolver sua língua para dentro da boca. O fim da noite se anunciava no esplendor esverdeado que pouco a pouco tingia o céu.

Focinho preferiu ajudar Peludo a carregar o irmão morto do que deixar Patinhas ainda mais nervoso em ter que tocá-lo. Boa escolha. Apesar do assombro, Patinhas os seguiu, andando dois passos atrás dos irmãos. Na viela mais escura que encontraram, por debaixo de uma lixeira, aninharam-se em torno de Dentes e assim dormiram. Nenhum dos três escapou dos pesadelos.

***

Patinhas não o atingiu com força, mas fraco como estava, Focinho tombou mesmo assim.

─ Não ouse.

Era uma coisa de cada vez para o rato moribundo. Levantou-se e só depois respondeu.

─ Você não sente como eu, irmão… o odor em seu corpo já é diferente. Logo, logo apodrecerá, trará bichos que nem nós poderemos comer. Temos que…

─ Não! ─ Patinhas se decidira, interposto entre o cadáver e o ferido.

─ É necessário. ─ dessa vez foi Peludo.

Patinhas não se mostrou mais compreensivo com o outro irmão e se preparava para gritar mais uma vez, mas Peludo não deixou. Não precisou gritar, a simples dureza em sua voz bastando.

─ Dentes ordenou que você e Focinho se mantivessem de um lado. Eu, entre vocês e ele, para ajudar quaisquer um dos dois lados… eu ajudei vocês e ele lidou com o rato encardido sozinho… por minha causa, ele foi ferido… tão ferido que…

─ O que você quer dizer com isso, idiota?

─ Que ele sabia o que poderia acontecer quando me deixou entre vocês e não ao lado dele.

A sensatez atravessou as expressões de Patinhas pela primeira vez desde a batalha. E também as de Peludo pela primeira vez em sua vida.

─ Nós somos irmãos. Nós não somos como qualquer rato, somos mais de um, mas somos um só. Dentes não morreu. Vive, pois vivemos somente por sua causa. Dentes também não quis morrer, só contou com essa possibilidade… pela gente.

Peludo caminhou até a cauda de Dentes, parando no ponto mais próximo do nó que os unia. Olhou para os dois irmãos, encontrando a aprovação de Focinho e a hesitação de Patinhas. Mas o irmão mais implicante assentiu. Peludo roeu a cauda até que os separasse.

Os três irmãos. Os três ratos, que tinham sido e ainda se sentiam como se fossem quatro, mas eram um só, seguiram adiante. A noite se iniciava, mas os becos logo estariam cheios novamente.

Publicidade

46 comentários em “Rato Rei (Pedro Paulo)

  1. Gustavo Azure
    15 de junho de 2019

    RESUMO A batalha dos quatro ratos irmãos, que eram um só, contra três ratos maiores.Como resultado, os quatro irmãos vencem a custo de um deles, que morre, mas eles sempre estarão juntos pois possuem uma ligação inexplicável e, agora, os três ratos irmãos que sobraram também tem coragem.
    CONSIDERAÇÕES Conto bem escrito, história interessante. A descrição no começo me deu uma aversão, mas a medida que os irmãos foram se apresentando, fui integrado ao ambiente de forma natural. Confesso que a morte de um deles foi algo comovente. Parabéns.
    NOTA 4,5

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      De fato, já recebi críticas pela abertura com a descrição do cenário e eu mesmo passei a torcer o nariz para a decisão. Obrigado pelo comentário!

  2. Ana Carolina Machado
    15 de junho de 2019

    Oiiii. Um conto que conta a história de quatro ratos irmãos que enfrentam ratos maiores do que eles. Eles acham que são especiais por formaram um rato rei, um dos irmãos faz um discurso sobre isso para convencer os outros a lutar. No fim da luta um deles morre, o Dentes, mas é como se isso tivesse dado força para os outros seguirem em frente pois ele sempre estaria dentro deles o encorajando a abraçarem quem realmente eram:o rato rei. Eu fiquei triste pela morte do rato, foi interessante como a narrativa fez a gente se importar com os personagens. Acho que poderia ter mostrado o momento do confronto entre os ratos ao invés de ter logo cortado para o depois da batalha. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Agradeço pelo comentário, Ana!

      Eu optei por não descrever o confronto pela falta de espaço e, principalmente, por já ter decidido que o foco não seria tanto o combate, mas todos os efeitos oriundos dele, tanto as reflexões anteriores e posteriores.

  3. Cirineu Pereira
    15 de junho de 2019

    Resumo
    Num beco, quatro irmãos ratos com uma peculiar ligação telepática entram em conflito com outros três, menores em número, porém maiores em tamanho, e travam luta pelo alimento, rejeitos recém descartado por uma pizzaria.

    Aplicação do idioma
    Construções questionáveis, erros de concordância e uso inadequado de palavras. Linguagem por vezes excessivamente coloquial e repleta de erros, principalmente na primeira parte do texto

    Técnica
    Narrativa elementar, repleta de diálogos e focada em fatos. Sem maiores ponderações, pausas, quebras, mudanças de cenário, de contexto, de perspectiva, enfim, pobre de recursos.

    Título
    Pertinente, porém nada atrativo.

    Introdução
    Via de regra, abrir um conto com descrição do cenário não tende a ser uma opção das mais atrativas. Ademais, na introdução já se apresentam as construções questionáveis como “O beco constituía um festival de aromas.” e termos mal aplicados como “na mesma simultaneidade”, desestimulando o leitor.

    Enredo
    Um enredo original, sem muita complexidade, porém curioso, incitante à medida que, apesar do caráter fantasioso, é realista enquanto oposto à romantização. Os irmãos ratos, longe de ser heróis, têm comportamento análogo e sorte similar a dos humanos.

    Conflito
    Bom conflito. A luta pela sobrevivência e supremacia, pelo poder. A auto afirmação e imposição sobre os semelhantes, apostando para tal as próprias vidas. Sutil e simultaneamente profundo.

    Ritmo
    Bom ritmo enriquecido pelos diálogos e sucessão de eventos, porém pecando pela linearidade e ausência de enlevo principalmente no clímax.

    Clímax
    Clímax mal descrito, com ausência de detalhes. O evento da luta é praticamente eliminado do conto – poderia ter sido seu ápice -, partindo diretamente para o desfecho e “resenha”.

    Personagens
    Personagens bem caracterizados e personalizados.

    Tempo
    Subestimado. Praticamente ignorado. Poderia se dizer que o conto é uma “crônica de ratos”.

    Espaço
    Boa aplicação do espaço, com descrições sólidas, detalhadas. A história é bem contextualizada no plano físico.

    Valor agregado
    Como dito antes, apesar do caráter fantasioso, percebe-se uma analogia em relação à realidade humana e esta, transportada para a realidade dos ratos, apresenta-se ainda mais crua, mais dura, ainda que aceitável. O conto oferece elementos para reflexões éticas e sociais.

    Adequação ao Tema
    Não se pode afirmar que é um conto de horror, tão pouco infantil. Entendo que não cumpre aos preceitos temáticos.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Discordo especificamente nos seguintes tópicos: técnica, ritmo, e clímax.

      Sobre o apontamento a respeito de uma “pobreza de recursos”, respondo que eu escrevi com alguma responsabilidade. Para argumentar dentro de alguns dos elementos que você citou como possíveis de serem inclusos, não vejo o motivo pelo qual eu mudaria de cenário mais do que já fiz no conto e tampouco o motivo pelo qual escreveria pausas para grandes reflexões, dado que os próprios diálogos servem ao propósito dos personagens expuserem suas visões sobre si próprios e a sua situação (também expondo suas personalidades no processo). O que quero dizer é que a maneira como está escrito e os artifícios que convidam o leitor ao conto foram realmente escolhidos e não simplesmente escritos e que arriscaria desorganizar o conto ou, verdadeiramente empobrecê-lo por tentar ir além do que me propus a expor. “Overreaching”.

      No que tange ritmo e clímax, respondo que o embate entre ratos seria o auge da trama se tivesse eu me empenhado para escrever um conto sobre uma luta, em que pesaria a descrição do caos e da carnificina de um combate em que presas, garras e estratégia compõem como fatores. No entanto, a maior parte dos elementos incluídos no conto servem ao propósito de delinear quem são e como se veem os personagens, de modo que o enredo é sobre as personagens e, doravante, o clímax em si é o medo e o amadurecimento que rodeiam a batalha e não a batalha em si.

      Quanto ao tempo, confesso estar confuso entre as concepções de conto e crônica.

      Agradeço pelo comentário!

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Devo acrescentar outra discordância quanto à temática. Um dos temas do desafio era “infanto-juvenil”, não puramente infanto-juvenil.

      Não o encarando rigidamente, concebi que eu poderia escrever para um público de idade entre a que já se lê e a “pré-adolescência”, desse modo, o conto tem realmente uma linguagem abobalhadamente complexa, mas um conteúdo que, embora trate de temas “duros”, também traz mensagens formativas, visando justamente o público mais jovem.

      • Pedro Paulo
        16 de junho de 2019

        Não puramente infantil*

  4. Gustavo Azure
    15 de junho de 2019

    RESUMO A batalha dos quatro ratos irmãos, que eram um só, contra três ratos maiores.
    CONSIDERAÇÕES Conto bem escrito, história interessante. Parabéns.
    NOTA 4,5

  5. Estela Goulart
    15 de junho de 2019

    Resumo: Peludo, Dentes, Patinhas e Focinho são quatro irmãos ratos que, juntos, são quase imbatíveis (Rato Rei). Eles espreitam pelos esgotos e ruelas até as de comida, quando, um dia, são açoitados por um rato enorme que os coloca em uma grande briga e discussão.

    Gostei mesmo da história, muito bem escrita, um enredo bem bonitinho e agradável. Fiquei em dúvida se era um conto Infantil ou de Terror, ou talvez você tivesse misturado os dois. Mesmo assim, gostei. Legal a animação entre os ratinhos, o nome entre eles. Lembrei muito de Ratatouille. Não sei se era a intenção. Mas creio que você soube trabalhar no texto. Boa história.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Obrigado pelo comentário!

      Embora eu não tenha intencionado fazer referência a Ratatouille, originalmente nomeei os ratinhos como personagens famosos que também são ratos: Mickey, Remi, Tom, mas então optei por inventar os nomes.

      O conto foi escrito para o tema do “infanto-juvenil”.

  6. Priscila Pereira
    14 de junho de 2019

    Rato Rei (Ricardo A.)

    Resumo: Quatro ratinhos interligados pelos rabinhos se autodenominam o Rato Rei. Eles estão procurando comida em um beco quando sentem a aproximação de três ratos grandes e decidem lutar pelo território. Na luta, não sabemos o que aconteceu com o trio, mas sabemos que os ratinhos ficaram muito feridos e um deles morreu.

    Olá, Autor(a), olha, não consegui visualizar em qual tema está o seu conto… Não vi terror nenhum, nem me parece história para crianças…. isso não afetará a sua nota, de qualquer forma… Bem, eu me enrolei pra perceber quem era quem, apesar dos nominhos bonitinhos e da sua tentava de demarcar bem os diálogos, não consegui separa-los, eram um só na minha mente também… rssrsrsrr Fiquei com pena do pobre ratinho que morreu e dos outros não querendo se separar dele. É uma história de amor fraternal e familiar, quando se decide lutar e morrer se preciso for pra se defender e proteger uns aos outros. Parabéns e até mais!

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Agradeço pelo comentário, Priscila!

      Eu realmente guardo uma dificuldade para escrever em narrativas com múltiplos personagens participantes, então reconheço e me desculpo pela dificuldade em diferenciar os protagonistas em suas interações.

      O conto foi escrito dentro do tema “infanto-juvenil”, que não entendi como unicamente destinado a crianças pequenas, mas também as mais tardias, passadas dos dez anos.

  7. Sarah
    14 de junho de 2019

    Uma família de quatro ratos consegue a refeição da noite. Um dos ratos percebe que roedores maiores, portanto perigosos estão vindo.
    Eles se organizam para lutar pela comida e assim o fazem.
    Um dos quatro ratinhos acaba morrendo, enquanto os irmãos estão feridos. Eles lidam com o fato de serem apenas três, mas sabem que o quarto membro da família sempre viverá enquanto eles viverem.

    Que maravilha de história! Toda a interação entre os ratos, esse sentimento de família, união, a tragédia que se segue só porque eles é que encontraram a comida, tudo ficou tão perfeito. Me vi torcendo pela vitória deles sobre os ratos maiores, triste com a morte de Dentes e tão chateada quanto Patinhas com o acontecimento.
    Não entendi exatamente como ou porque o Focinho conseguia saber tanto só com o cheiro dos ratos que se aproximavam, mas achei muito interessante isso do rato grande chamá-lo de Especial. É como se algo assim fosse já conhecido deles, ou seja, uma lenda.
    Falando em lenda, essa ligação que eles tinham e a história do rato rei foi muito bem feita e colocada na história. Adorei os personagens, o clima de diversão antes, a mudança com o clima de perigo quando o rato maior chegou e as consequências da luta que tiveram.
    Uma excelente história, muito bem escrita e desenvolvida.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Olá, Sarah!

      Seu comentário me alegrou por ter demonstrado que notou algumas menções a uma cosmovisão dos ratos, isto é, um universo um pouco mais elaborado em que estão inseridas as personagens. Isso vem da inspiração direta para o conto: “A Longa Jornada”, com uma adaptação recente e muito bem feita na Netflix. Lá, um plano de fundo muito mais complexo foi desenvolvido para protagonistas coelhos.

      Agradeço!

  8. Antonio Stegues Batista
    12 de junho de 2019

    Achei a história em estranha. Não sei a que tema se adéqua. Ratos falantes só mesmo em histórias de fantasia para crianças; Era uma vez um ratinho falante… Mas essa parece ser uma história de terror, ou mesmo de ficção científica quando quatro ratos são amalgamados por produtos químicos no esgoto, radiação nuclear, ou algo parecido. O objetivo não ficou claro.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      E segue mais um desafio em que meus contos erram o entendimento do senhor.

      Devo discordar de suas interpretações e acusar uma leitura um pouco desatenciosa, especialmente pelas considerações de um conto possivelmente destinado à ficção científica. A ligação entre os ratos é um fator e a sua causa não é fator central do conto, enquanto suas consequências de fato condicionam a ação e pensamento dos ratinhos.

      O conto foi escrito dentro do infanto-juvenil. Um dos entrecontistas observou que as histórias infantis geralmente vem com um pouco de terror nelas, isso porque, de fato, o infantil normalmente se encaminha a passar uma lição, em que o mecanismo “causa-consequência” serve para fixar o ensinamento. Aqui, uso esse instrumento para tocar em temas como fraternidade e a característica irreversível de certos fatos da vida, tomando como ponto de partida o cotidiano desses ratos.

      Agradeço pelo comentário.

  9. Luis Guilherme
    10 de junho de 2019

    Boa tarrrrde! Tudo bem por ai?

    Resumo: 4 irmãos ratos, unidos pelas causas, encontram comida num beco e precisam lutar por ela contra outros ratos maiores que se aproximar. Ao fim, o irmão mais forte morre na batalha.

    Comentário:

    Cara, pra começar, devo dizer que achei o conto meio forte pra infantil. Claro que existem as características necessárias pra enquadrá-lo no gênero, não é essa a questão. Porém, acho realmente que a história é um pouco forte, um pouco adulta demais.

    Não que não seja um bom conto. A ideia de “rato rei” foi interessante. Gostei da ideia que o conto passou, de que um rato sozinho é fraco, mas quando estão unidos, são invencíveis. Acho que essa mensagem é o ponto alto do conto.

    O conto também tem um tom divertido e agradável, e a escrita é boa, apesar de alguns erros gramaticais, provavelmente de revisão.

    Minha única ressalva é realmente o desfecho, que achei um pouco pesado pra uma criança ler. Mas isso é opinião particular, claro.

    Parabéns pelo trabalho, e boa sorte!

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Bom dia, Luís! Tudo ótimo.

      Acredito que entre as mensagens do conto (porque aqui me preocupei em passá-las), a união não é a única. Afinal, mesmo unidos, os nossos protagonistas saíram com uma grande perda. Utilizando-se do “seco” que tece as relações do mundo animal, quis passar também sobre a dureza inerente a esse modo de vida e como é necessário ser maduro e responsável com as decisões que se faz. Antes do medo, é preciso reconhecer que se vive uma vida um tanto fatalista, do “matar e morrer”.

      Quando decidi escrever para o infanto-juvenil, concebi que escreveria para um público jovem, mas não exclusivamente crianças pequenas, de modo que o material “formativo” do conto poderia seguir contido em um enredo mais impactante. Além do mais, optei por não incluir descrições mais pesadas como o estado de “Focinho”, que saiu bem detonado da batalha.

      Agradeço!

  10. Davenir Viganon
    4 de junho de 2019

    Quatro irmãos ratos (Patinhas, Dentes, Peludo e Focinho) estão procurando comida quando encontram uma lata de lixo de um restaurante e a reviram para comer. Eles conversam sobrem ser o Rato Rei, uma equipe coesa que lideraria os ratos. Então, eles sentem a aproximação de ratos maiores querendo pegar sua comida. Os quatro decidem por lutar para defender sua conquista. Na batalha Dentes morre e os outros três decidem ser o Rato Rei.
    Gostei muito do conto. Os personagens são bem cativantes, afinal, não faltam ratos que são estrelas de desenhos infantis. Acho apenas que a história poderia ser mais trabalhada. A ideia do Rato Rei é muito boa mas de fato o que acontece é apenas “eles apenas brigam e um morre” e acho que a morte do Dentes destoou do ritmo divertido que o conto tinha para ficar desnecessariamente dramático, apesar de entender o sentido de transformação nos outros personagens.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Com o momento de diversão, quis contrapor justamente a um amadurecimento posterior dos personagens. Escrevi de modo que essas posturas girassem em torno do combate, antes tratado como uma casualidade e depois como a causa de um momento de grande mudança na vida das personagens. Não fiz pelo drama, mas porque essa foi a intenção principal do conto.

      Agradeço!

  11. Evandro Furtado
    3 de junho de 2019

    A história de quatro ratos irmãos que saem em busca de comida. Eles entram em conflito com alguns ratos maiores e um deles morre.

    De início, eu fiquei questionando o gênero do texto. Devido ao vocabulário complexo, eu resisti em caracterizá-lo como infantil, até que notei que toda a estrutura dá um suporte para tal vocabulário. Há um certo tom fabulesco, afinal. Para além disso, os personagens são extremamente bem construídos, a ponto de criarem empatia no leitor. A morte de Dentes deixa isso ainda mais claro. O único problema, no geral, talvez seja o final abrupto. Sinto que o término não corresponde ao restante do texto em relação à qualidade.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      O final, se abrupto, deve ao famoso limite de palavras, mas, ao mesmo tempo, o fim traduz uma máxima: “vida que segue”.

      Agradeço!

  12. Shay Soares
    2 de junho de 2019

    Quatro ratos, irmãos, lutam pela comida de uma lata de lixo.

    Conto muito gostoso de ler, criativo, com boa técnica e vocabulário. Acho que a coisa que menos gostei foi a última frase da introdução, para mim ficou parecendo explicação de piada, sabe?

    Apesar de personagens numerosos, as características de cada um deles ficaram bem esclarecidas e foram bem desenhadas. O conto todo faz sentido dentro de seu próprio universo.

    Achei que por se tratar de um conto de terror, o conto poderia ter explorado mais a tensão com a chegada dos três ratos ao invés de um discurso de coragem tão longo.

    Por conta dessa invasão de energia otimista, a apreensão com o conflito acabou perdendo um pouco de força, ainda mais quando o conto pula toda a parte da luta.

    Também senti que o final do conto poderia ter sido trabalhado para aumentar a expectativa sobre o que fariam com o corpo, dando mais atenção aos sentimentos dos outros ratinhos sobre isso, repulsa, carinho, negação…

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Oi, Shay!

      O conto foi escrito para o infanto-juvenil, não o terror. Engraçado notar quais foram as suas expectativas a partir do momento em que o percebeu destinado a outro gênero.

      Quis com ele passar uma mensagem e não mirar em sentimentos específicos do leitor. Seja como for, fico feliz que tenha gostado.

      Agradeço!

      • Shay Soares
        16 de junho de 2019

        Nossa, taí algo que eu não tinha imaginado :O Apesar de fazer total sentido (claro!). Acho que imaginar caudas de ratos me pareceu um tanto nojento, por isso a relação com terror…. Infelizmente nenhuma explicação melhor para você :/

  13. Paulo Luís
    2 de junho de 2019

    Olá, Ricardo A, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.

    Resumo: Em um beco mal cheiroso, aos fundos de uma pizzaria, um grupo de ratos vasculham o lixo por comida. Eles se auto proclamam Rato Rei. Mas, eram mesmo uns fanfarrões metidos a valentões; até que aparece outro rato maior e muito mal encarado, tipo o valentão dos becos que, numa briga de titãs, os ratos rei foram derrotados. Morrendo um deles. E ao mesmo tempo todos, pois assim se sentiam, como os quatro mosqueteiros: um por todos, todos por um.

    Gramática: Não encontrei problemas gramaticais a primeira vista.

    Tema/Enredo: O conto nos engana, ora entende-se como infantil, ora como um terror leve, outra hora se apresenta como uma comédia? Ora parece um enredo simples, direto; ora conota que algo estar subentendido além da simples formalidade aparente. Mas, enfim pareceu-me mesmo ser uma comédia infantil, a moda dos desenhos animados. E muito bem engendrada, com sutis toques de humor inteligente. Mas não passou disso. Não disse muita coisa, e se disse ficou tudo muito bem subtendido, onde só o autor poderá explicar melhor, pois um leitor incauto como eu não dei conta de entender o que mais quis se dizer.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Oi, Paulo!

      No início do meu comentário, preocupei-me se não estaria fazendo da comédia um gênero exclusivo que não poderia estar junto do terror ou do infantil, mas com a sua conclusão pelo conto ser uma “comédia infantil”, senti-me mais seguro.

      É infanto-juvenil, com momentos de suspense, entretenimento e, de certo modo, drama. Nesse sentido, o propósito do conto, aqui não percebido pelo senhor, o destina a um público jovem, mas o enredo comporta várias sensações.

      Agradeço pelo comentário!

  14. Sidney Muniz (@SidneyMuniz_)
    24 de maio de 2019

    Resumo: Rato Rei (Ricardo A.)

    Olha, excelente conto! Uma história muito original, adorei conhecer essa família de ratos, esses irmãos que unidos por um nó enfrentaram três valentões. Muito interessante também transformar os ratos da forma como foi feito em figuras tão simpáticas, parece até uma daquelas animações que a gente assiste. Achei o máximo.

    O conto peca por ser um pouco longo, sim, mas li e achei que a ideia final de ter que roer o nó é de cortar o coração. A falta da luta entre eles foi uma manobra que infelizmente me deixou carente de algo, mas a opção do autor(a) é melhor que uma batalha mal organizada, então há pontos positivos quanto a isso, que nossa imaginação e os detalhes que são entregues posteriormente façam com que nossa mente vislumbre mais dos fatos.

    Curti muito a aventura!

    Avaliação: (Para os contos da Série A-B não considerarei o título, as notas serão divididas por 5 para encontrarmos a média. Porém teremos uma ordem de peso para avaliação caso tenha empates… Categoria/ Enredo / Narrativa / Personagens / Gramática.

    Infanto Juvenil / Infantil: de 1 a 5 – Nota: 5,0 (O mais original até aqui)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 5,0 (Sem erros encontrados)

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 5,0 (Competente )

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 5 (Gostei bastante)

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 5 (Os quatro realmente se completavam, e o vilão é muito bom!)

    Total: 25,0 / 5 = 5,0

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Fico feliz que tenha gostado do conto, SIdney.

      Agradeço!

  15. angst447
    21 de maio de 2019

    RESUMO:
    Quatro ratos agem como se fossem quatro mosqueteiros – Peludo, Patinhas,Focinho e Dentes, um por todos e todos por um. Estão ligados pela cauda, como se fossem um só. Procuram comida nas latas de lixo e se deparam com outros ratos e travam uma batalha. Um dos ratinhos, Dentes, morre, os outros ficam feridos. Resolvem desatar o nó que os unem, roendo a cauda. Continuam unidos, como se ainda fossem quatro, e ao mesmo tempo um só.

    AVALIAÇÃO:
    Conto infantil, que ao abordar o tema ratos, me pareceu um verdadeiro terror. Tirando minha implicância com esses roedores, os personagens são fofos na sua união e amizade.
    Não encontrei falhas de revisão. Só não entendi como os ratinhos podiam subir sobre o outro para alcançar a borda da lata de lixo se estavam unidos pelas caudas.
    O ritmo da narrativa é adequado a uma fábula infantil e há poucos momentos de desaceleração na leitura. O conto lembra um desenho animado, também.
    Personagens bem construídos, caracterizados com nomes apropriados.
    Boa sorte no desafio!

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Uma querida amiga que leu o conto antes de eu o ter enviado também me questionou sobre o limite imposto na cauda dos ratos. Embora as caudas dos ratinhos normalmente tenham o mesmo comprimento de seus corpos (por volta de 25 cm), respondei o mesmo que disse a ela: tirei uma licença poética do tamanho da cauda desses roedores.

      Agradeço pelo comentário!

  16. Elisa Ribeiro
    18 de maio de 2019

    As aventuras por becos imundos de quatro ratos irmãos, estranhamente unidos pelo rabo, cujas ações sincronizadas os fazem ter a ilusão de equivalerem a um rato rei invencível. Certo dia encontram um ratão malvado e seus parceiros e descobrem que a realidade é diferente.

    Uma espécie de fábula cuja moral da história me escapou. Talvez algo sobre a aceitação das perdas.

    O que mais gostei no conto foi a forma como você mostrou no texto a amizade entre os irmãos ratos, alternando situações de implicância e tolerância, tão típicos do relacionamento entre irmãos.

    Tive alguma dificuldade com os nomes com que os ratinhos foram batizados. Para mim soaram meio indistintos e isso atrapalhou um pouco a fluidez da leitura porque me obrigavam a recuar para saber quem era quem. Minha sugestão seria usar nomes mais desconectados, talvez.

    Parabéns pelo trabalho e sucesso, sempre. Um abraço.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Oi, Elisa. Eu tenho um grande problema para fixar nomes e imagino que estivesse do conto enquanto leitor, também me confundiria logo. Tive dificuldade, inclusive, para distanciar os personagens em suas ações e diálogos.

      Quanto à mensagem, acho que em resumo, poderia ser que “a união faz a força, não a invencibilidade”, especialmente no brutal mundo animal em que vivem os pequeninos ratos.

      Agradeço!

  17. Fernanda Caleffi Barbetta
    16 de maio de 2019

    Resumo
    Quatro irmãos ratos tinham o dom de encaixarem seus corpos e se unirem em nós como se fossem um só ser. Um dia, eles estão em uma lixeira em frente a uma pizzaria e sentem o cheiro de comida, o que faz com que entrem no latão de alumínio e, cada um fazendo a sua parte, consigam chegar ao alimento. Focinho consegue sentir o cheiro de outros três ratos nas redondezas e alerta os irmãos para o fato de que eles são grandes e de que provavelmente também irão buscar aquela refeição. Os quatro discutem sobre o fato de serem o rato rei e serem capazes de derrotar qualquer inimigo. Mas os ratos maiores chegam e os enfrentam, ganhando a luta e matando um dos irmãos, Dente. Nem todos os irmãos concordam em se livrar do corpo do rato morto, mas acabam chegando à conclusão de que não havia mais o que fazer. E seguiram adiante como se ainda fossem quatro e um só.

    Comentário
    O conto é bonito e bem escrito. Gostei da ideia do texto e de como usou os ratinhos para passar uma mensagem de “união faz força” aos leitores. Não achei erros de gramática. Parabéns.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Agradeço!

  18. George Armado
    15 de maio de 2019

    Sinopse: Um quarteto de ratos unidos por um nó da cauda: Dentes, Patinhas, Focinho, Peludo vivem as agruras da vida urbana. Eles buscam nos lixos de residências e restaurantes seu suprimento diário de comida. Numa noite em que reviram uma grande lata de lixo, o grupo é atacado por um outro grupo de ratos e algo bastante grave acontece, mudando a vida desses quatro irmãos.

    Comentário: esse conto só não recebe uma nota maior pela ambiguidade desse conto: sombrio demais pra ser infantil, infantil demais pra ser terror. Isso de modo algum diminui sua qualidade. Me lembrou filmes com ratos, diga-se de passagem, são os animais mais legais do cinema! O início me lembrou Ratatoile e quando achei que o final seguiria uma linha menos fatídico, eis que o autor traz um final ainda mais sombrio. A relação entre os personagens e suas personalidades foram bem exploradas. Recomendo uma melhor revisão, vi alguns erros que me incomodaram nas pontuações de diálogos. Nada que atrapalhe tanto a leitura, mas pra quem está na série A deveria tomar mais cuidado.

    A Árvore que Divide o Mundo – NOTA: 1,0
    Amarga Travessia – NOTA: 5,0
    Aquilo – NOTA: 4,5
    Capitão Ventania – NOTA: 4,0
    Demasiado Humano – NOTA: 4,5
    Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados – NOTA: 1,9
    Magnum Opus – NOTA: 4,0
    O Fim de Miss Bathory – NOTA: 5,0
    O Jardim da Infância – NOTA: 5,0
    O Ônibus, a Estrada e o Menino – NOTA: 3,5
    O Parque – NOTA: 1,0
    Penumbra – NOTA: 1,5
    Prisão de Carne – NOTA: 3,5
    Rato Rei – NOTA: 3,0
    Seus olhos – NOTA: 4,0
    Troca-troca Estelar – NOTA: 5,0
    Variante Amarela – NOTA: 1,0
    Vim, Vi e Perdi – NOTA: 1,0
    ——————————–
    Melhor técnica: Aquilo
    Conto mais criativo: Amarga Travessia
    Conto mais impactante: O Jardim da Infância
    Melhor conto: Troca-Troca Estelar
    ——————————–

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Agradeço pelo comentário!

      Escrevi para o infanto-juvenil, acredito que o conto não tenha tantos elementos de terror assim, mas de suspense, e que mesmo que o público seja jovem, o objetivo formativo do enredo ainda se sobressaia e, principalmente, também se alimente dos impactos “duros” que o conto oferece.

  19. Fheluany Nogueira
    14 de maio de 2019

    Quatro irmãos, ratos, consideram-se especiais porque, além de certos dons, possuíam um ponto de encontro dos quatro corpos: “uma massa esbranquiçada, dura como pedra, disforme”. No beco, em busca de comida, lutam com três outros ratos, mais velhos e maiores. Um dos irmãos é morto, mas o sentimento de união permanece.

    Uma fábula – narrativa figurada, personagens animais com características humanas e sustentada por uma lição de moral, que, neste texto, poderia ser: a união faz a força (só que um deles morreu) ou, ironicamente, não adianta lutar com os mais fortes ou ainda quem ama de verdade está sempre presente no coração, devido à conclusão final.

    Não sei bem classificar o conto dentre dos gêneros propostos pelo desafio. Para o público infantil, realmente, traz espaço para a disseminação de valores essenciais às relações sociais, como amizade, fraternalismo, respeito às diferenças, humildade, generosidade… É texto eficiente no que se refere aos aspectos didático-pedagógicos, já que abordam conflitos inerentes à vida dos seres humanos em sociedade, de maneira lúdica. Mas apresenta cenas, vocabulário bem sinistros, pesados para os mais jovens, além de ser um texto um tanto longo, com leitura meio cansativa. Para um conto de terror falta colocar mais medo, um ambiente mais forte, menos fantasia e mais sobrenatural.

    Os diálogos são críveis, mas alguns atrapalham um pouco a percepção do todo, porque há uma dificuldade em saber quem disse o quê. Reafirmo que é um texto muito bem escrito e interessante, mas a estória não me impactou tanto. Achei a criatividade média.

    Parabéns pela participação. Abraço.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Agradeço pelo comentário!

      Devo ponderar que uma das impressões que quis passar é que o ratinhos protagonistas tinham a sua própria juventude e inocência, especialmente o falante Peludo, e que, de certo modo, o aprendizado que extraem após o combate serve a um amadurecimento, o que a leitura do conto também objetivou passar.

  20. C. G. Lopes
    14 de maio de 2019

    RESUMO:
    Os irmãos: Peludo – o falastrão; Patinhas – o ágil; Dentes – o mais forte e Focinho – o inteligente são ratos e vivem unidos pelas caudas por um nó desde que nasceram e acreditam que por isso, possuem um dom. Seriam eles a representação do RATO REI. Em uma noite qualquer na costumeira jornada para conseguir alimento nas lixeiras dos homens, eles tem um encontro com três ratos velhos e bem maiores que eles, o resultado é uma grande surra e a morte do irmão mais forte; Dentes. Diante da morte do irmão eles têm que tomar uma dura decisão: separar a caudas.

    CONSIDERAÇÕES
    “Juntos somos fortes” – parece ser esta a mensagem do texto. A irmandade, a cumplicidade o somar das qualidades individuais para formar uma unidade poderosa. É o que fazemos naturalmente nos unimos aos compatíveis para enfrentar a horda. Mas, não raro, isso não é suficiente, alguns caem pelo caminho e o que resta é nos apartar desses e seguir em frente. O conto é uma bela reflexão disso.

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Sim, acredito que tenha absorvido bem o que quero passar. Fico feliz e agradeço!

  21. Emanuel Maurin
    12 de maio de 2019

    Ricardo, paz e bem.

    O conto fala de quatro jovens irmãos ratos que sentiram o cheiro de uma pizza. Encontraram outros ratos mais velhos que queriam a mesma comida. Começaram a debater e depois se envolveram numa briga feroz. Ficaram bem feridos.

    Seu conto está bem elaborado, a descrição dos personagens está bem-feitinha, dá para entender quem é quem com facilidade. Está bem ambientado e com muita ação. Não encontrei erros de gramática e a narrativa flui bem.

    Boa sorte!

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Agradeço, Emanuel!

  22. neusafontolan
    8 de maio de 2019

    Os ratinhos se deram mal na briga?
    que pena
    parabéns pelo conto

    • Pedro Paulo
      16 de junho de 2019

      Na verdade, eu escrevi imaginando que eles teria vencido, mas percebi que, para além do fato de eles terem escapado, que na minha cabeça já esclarecia, eu não deixei isso na cara.

      Agradeço!

Deixe uma resposta para angst447 Cancelar resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Informação

Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série A e marcado .
%d blogueiros gostam disto: