EntreContos

Detox Literário.

Prisão de Carne (Leandro Barreiros)

I

Não há prisão mais cruel do que o corpo.

Aprendeu isso por experiência própria. Na maior parte do tempo, sentia apenas a escuridão fria preenchendo sua existência e observava da penumbra do consciente quem guiava as mãos, os pés, a boca. Quem cortava a carne de ingênuos, arrancava seus dedos e se divertia com os gritos. Não era ela. Nada disso era.

Às vezes se libertava tempo o bastante para ver o mundo. Nesses raros momentos, abria mão dos prazeres hedônicos que poderia ter para gritar por socorro. O chamado, contudo, era sempre em vão, frustrado por professores que falavam sobre tourette e por um pai amoroso. E fraco.

Um dia, libertou-se de novo.

Por quanto tempo ficou naquela condição não sabia. Quase uma década, certamente, porque os cabelos cresceram muito além do que um dia conhecera. Ao seu lado, o pai. Tentou gritar, mas logo descobriu que não tomara controle da voz. Não reconheceu o lugar em que estava. Mas não importava, porque a alguns metros de distância, viu uma igreja.

Imaginou todas as dores que poderia sentir se o plano funcionasse. Sabia o que estava acontecendo. Mas antes que a mente tomasse juízo, disparou como um relâmpago para longe do homem, em direção à casa de Cristo. Cruzou os portões e quando a pele ficou vermelha e quente como brasa, gritou sem emitir som. Suas cordas vocais rasgaram e o sangue dentro da garganta fez com que engasgasse. Queria a morte.

Do alto da Igreja, um homem crucificado lhe encarava e ela sentiu toda desaprovação de Deus diante dos pecados cometido por aquele corpo.

“Não fui eu!”, gritou em pensamento. O sangue agora escapando pelo nariz, pelos ouvidos e pelos buracos que se abriam. A cabeça parecia explodir. A carne queria se transformar em pele. E a pele queria se transformar em carne.

Convulsionou e o homem que estava com ela a retirou do chão. A dor que ela sentia, o sangue que corria por seus orifícios, as chagas que pingavam. Que testemunha falará de tourette agora? Então, vislumbrou a Igreja mais uma vez, enquanto o homem que não entendia o que é ser um pai ( como aprendeu a odiá-lo tão rapidamente?) a carregava e sentiu uma inimaginável tristeza dentro de seu ser, enquanto perdia o controle sobre o corpo, amaldiçoando o estúpido sacrifício que fizera.

Enquanto retornava à penumbra maldita, teve certeza ao fitar os portões abertos do templo: a igreja estava vazia.

 

II

Vapor escapava da boca de Carlos enquanto ele ruía as unhas. Havia prometido que jamais tocaria no alicate novamente. No alto do umbral, o relógio batia.         

Sobre a tábua da mesa, os restos de rivotril. No quarto, a filha dormia o sono químico. Na cozinha, ele ampliava sua consciência sobre os horrores da vida: não sabia o que fazer. Deu todo o amor, permitindo que a filha fizesse tudo. Mas não sabia protege-la. E ele tentava, por Deus, como tentava.

Abdicou de toda sua vida. Olhou para o relógio-gato. Não podia ficar muito tempo no mesmo lugar. No Sul de Porto Verde, foram vizinhos da dona Márcia, que dedicava a vida aos seus quatro gatos. Quando ele buscava Mariana da escola e estavam prestes a entrar em casa, os quatro bichos se reuniam próximos à janela da vizinha para silvar. Era estranho.

Depois de algum tempo, ele via apenas três gatos na janela e escutava com verdadeira dó os choros da vizinha. Então sobraram dois gatos. Então nenhum. Um dia, no quarto da filha, encontrou quatro patas desmembradas sob o travesseiro. Mariana chorou e disse que não sabia como foram parar lá.

Os soluços da vizinha corriam por toda a vizinhança. Até que um dia não incomodaram mais ninguém. E ele descobriu com horror um novo membro debaixo do travesseiro da filha. Mas a amava. Ainda não entendia bem o que acontecera, mas protegeria a filha de qualquer coisa. 

Isabela lidava melhor com a situação, mas o câncer a roubou cedo demais. Fora ela quem sugeriu que levassem a filha para o templo budista que frequentava. Meditação para ignorar os pensamentos ruins. Riu nervoso se lembrando da fase que a esposa vivia, quando todos os problemas do mundo poderiam ser resolvidos com meditação e sonhos lúcidos, quando consumia vorazmente os livros de projeção astral do extravagante professor Borges. Foi a primeira vez que levaram a menina a um templo. E a última.

Ainda podia sentir o cheiro da carne queimando.

De lá pra cá o que não tentou? Por Deus, ninguém poderia acusa-lo de não proteger a filha.

Batidas.

Era a porta, soube com ansiedade. Teria sumido outro animal? Pelo olho mágico reconheceu o padre Thomás e a irmã Clotilde. Pensou na Igreja. Eles sabem? Por Deus, eles sabem?

O padre levantou a mão para golpear a porta mais uma vez, mas a irmã Clotilde o segurou. Aproximou-se da madeira, e com um sussurro gentil alertou:

-Nós podemos ajudar.

 

III

Ela aceitou o café. O padre, não.

-Como souberam? –Estivemos hoje na Igreja. Ela correu para lá, mas não vi ninguém.

Os dois se entreolharam, assustados com a ideia de alguém naquela condição entrar numa igreja.

-Deus… Deus quer que todos os seus filhos façam o bem, sabe? Ele deu ferramentas diferentes para seus filhos, buscando isso. A mim, concedeu muita paciência para estudar. À Clotilde, deu um dom diferente, sabe? Deu um terceiro olho, ou um terceiro ouvido, que percebe coisas que a maior parte de nós não consegue.

-Você… é uma médium?

-Algo assim. Quando alguma coisa que não pertence ao nosso mundo está aqui, eu sinto. E às vezes sonho. Sonhei com você recentemente.

-Comigo?

-Sim. Ando sonhando com alguém pedindo socorro, mas não consigo ver quem é. Há um homem ao seu lado, que a acompanha enquanto ela grita e se arrasta. Diz que aprendeu sua lição e quer ser livre. Que será boa. Ontem, justamente quando sua filha entrou na igreja, o pesadelo ficou mais nítido. Não pude ver o rosto dela, mas reconheci o homem que a acompanhava. Você. Sabíamos que tinha uma filha, apesar de frequentar a igreja sozinho. Ligamos os pontos.

-Algo controla sua filha. Algo a habita. Você sabe disso, não é?

-Não há o que fazer. –Carlos disse com pesar.

O padre balançou a cabeça.

-No mundo em que vivemos, você já ouviu falar em exorcismo, tenho certeza.

Carlos olhou pela janela, esperando alguma coisa que não estava lá.

-Vocês não entendem… –disse inconformado.

-Podemos ajuda-la, de verdade –disse irmã Clotilde.

Carlos olhou dentro dos olhos dela. O inconformismo diluindo, dando espaço para a vontade do pai protetor que ele sabia que era.

-É uma cidade pequena. O que falarão sobre ela quando ouvirem sobre exorcismo?

O padre balançou a cabeça.

-Em toda a minha vida, realizei mais de uma purificação, sabe? Certa vez, nesta cidade. Ninguém soube de nada. Somos discretos. Viemos em segredo, ninguém nos viu sair ou chegar. Nossa preocupação é com Mariana. Só.

Carlos alcançou a xícara de café. Queria que fosse uísque. Sabia o que viria a seguir, por isso, chorou.

-Ela foi exorcizada em Tiradentes. Quando os problemas recomeçaram, levei-a a um centro Candomblé, onde novamente retiraram algo de seu corpo. Dois anos depois, levei-a para um monge budista em São Paulo. Ele explicou que há tantos demônios quanto relâmpagos no mundo. E que algumas pessoas são para-raios. Como Mariana.

Irmã Clotilde levou a mão até o crucifixo que pendia do pescoço. O padre suspirou.

-Eu disse, Carlos. Deus deu ferramentas diferentes para cada pessoa. Meu primeiro exorcismo… o garoto… ele era um poço sem fundo para demônios. Fiz a primeira purificação quando ele tinha dez anos. A última quando tinha trinta. Precisei de vinte anos de livros. Ascendi às pesquisas do Vaticano. Estudei o budismo, o juju, o xintoísmo e religiões obscuras que cultuavam um deus sádico que vivia em um abismo depois do infinito. Mas encontrei a resposta. Eu lacrei o corpo daquele menino para que nenhum outro ser o possuísse. Farei o mesmo com a sua filha.

Os olhos de Carlos se encheram d’água. Ele concordou, embora acreditasse no fundo de sua alma que nada se resolveria.

 

IV

Thomás esperava. Aproveitou que a criança dormia e pediu para que o pai a amarrasse. O porão era isolado e nenhum vizinho escutaria os gritos. Retirou da maleta que trazia uma garrafa coberta por símbolos sincretistas. Não havia preconceitos nela: o olho de Hórus observava a cruz de Jesus, enquanto pequenas figuras de deuses mesopotâmicos deitavam admirando Buda. Na boca da garrafa, os kanjis soletravam Mafuuken, em sua base, lia-se apenas a palavra “selo”.

Então a menina abriu os olhos e ele começou.

 

VI

Na cozinha, Carlos e irmã Clotilde esperavam.

Ela esteve presente quando Thomás selou o demônio que habitava o pequeno Breno e também estava lá quando o último demônio do grande Breno fora aprisionado. Sabia de sua missão. Era, talvez, mais difícil do que a que o padre carregava. Ele expulsava demônios, mas ela cuidava dos espíritos quebrados.

-Mariana tem sorte em ter você.

Ele colocou um sachê no bule e aumentou o fogo.

-As coisas que ela já fez… eu sempre a protejo. Sempre. –disse, a voz tremendo.

Ela não se virou. Aprendeu há muito tempo que homens são criaturas orgulhosas e que encará-los em momentos de fraqueza não trazia bem, apenas vergonha.

-Eu sei o que vocês esperam –ele continuou –um exorcismo, sangue e vômito da minha filha pelo chão. Um selo no corpo e tudo resolvido. Mas não é assim que vai acontecer. Deus não vai permitir –disse, a voz tremendo ainda mais.

-A culpa não é dela. Nem sua. Deus não julgará…

Mas antes que terminasse a frase, Clotilde ouviu o ríspido som do bule deslizando rapidamente no fogão. E então, por muito tempo, não ouviu mais nada.

 

VII

A diabrete estava na garrafa. Era púrpura, com longas asas mamíferas e quatro seios no busto. Retirá-la foi o serviço mais fácil que executara. Nunca vira espécie como aquela, mas sabia que derreteria como todos os outros quando a levasse para a igreja. Thomás sentiu uma leve ereção, seguida de grave vergonha pela excitação perante o sadismo. Mesmo que fosse contra um dos inimigos de Deus.

-Por tudo que fez a esta menina, você sofrerá o castigo de Deus.

Retirou a tampa da garrafa, cobrindo-a rapidamente com o polegar. Deixou apenas uma pequena brecha para que a voz da criatura emanasse.

-Diga, criatura! Por que atormentastes a alma desta criança?

A diabrete se contorceu.

-Alma? –disse em desespero –que alma?! –gritou, enquanto a porta do quarto se abria bruscamente.

O padre virou, mas viu apenas a sombra de Carlos movendo o que parecia ser uma panela em direção a sua cabeça. O golpe arrancou-o da cadeira. Dormindo, Mariana não ouviu a porta, o golpe, nem o vidro se espatifando.

 

VIII

Acordou desorientado, com um pano na boca. Viu Carlos no canto do porão, mordendo os dedos. Confuso, olhou em volta e encontrou irmã Clotilde amordaçada e amarrada em uma cadeira, enquanto a menina a beliscava com um alicate de unhas.

Só então percebeu que também estava amarrado.

Sua respiração acelerou enquanto ouvia a irmã Clotilde se debater. O alicate furava o rosto, puxava a pele da axila e pacientemente arrancava o nariz da irmã.

O homem, no canto do sótão, olhava envergonhado.

-Com os demônios ou sem eles… ela sempre foi assim. Eu ajudo. Vão pegar ela se eu não ajudar. De vez em quando… quando ela fica muito agitada eu preciso trazer alguém… ou ela quem vai…

O padre tentou gritar, em vão.

-Porra, você acha que eu gosto disso? De ter uma filha assim?

A criança parou por um segundo, apenas para olhar o pai com cara de ofendida. Então retornou ao seu trabalho.

-Darei um enterro cristão a vocês. Eu juro.

As lágrimas escapavam do rosto do padre. Sentiu alívio quando Clotilde parou de gritar. Pelo sangue que escapava por baixo de seu braço, a menina atingira uma artéria e sua companheira pôde deixar este mundo. Mas o alívio logo se transformou em horror quando a criança se afastou do corpo da irmã, em busca de entretenimento mais interessante.

Ela montou em seu colo, mostrando a ponta afiada do alicate, ameaçando golpeá-lo com um vai e vem constante. Então, seus olhos fitaram o brilho de metal. Foi a última coisa que viram.

 

IX

-É óbvio que temos nossos problemas. Mas o tempo está contra nós –ela disse.

O homem, contudo, nada falou. Não poderia, de toda forma, já que a língua era um retalho do que um dia fora.

-Eles vão embora. Vão fazer isso de novo. Mas eu posso impedir. Com a sua ajuda.

Embora não falasse, ela podia sentir sua consciência e sabia que ele não a tinha autorizado. Em eras antigas, não precisaria da permissão dele, homem santo ou não. Ela teve sua cota de bispos no século XIV, jovens, velhos. Ninguém resistia à luxúria. Mas tanto tempo sem se alimentar a tornou uma lembrança do que já fora. Jamais perdoaria aquele homem por isso.

-Vamos, quem você acha que estava gritando por ajuda? Que correu para o seu templo buscando o último sacrifício? Por que seu Deus permitiria isso, se não fosse para terminar com essa loucura?! –ela questionou.

E o homem assentiu.

 

X

Carlos preparava as malas entre lágrimas quando ouviu a filha bater na porta do quarto. Ele se levantou, secando o rosto na camisa. Enquanto abria a porta, perguntou:

-Você já preparou as suas…

Mas não havia ninguém, só o vazio. Então, por intuição, olhou para cima e se deparou com o padre, pendurado como uma aranha no teto. O rosto abandonara a feição humana. Sem lábios, sem olhos, apenas metade das orelhas. Ele caiu violento em cima de Carlos, arrastando-o com força absurda. Carlos ensaiou um grito, mas lembrou-se do que a polícia encontraria ali. Por isso, tentou lutar com o que restara do padre.

Por cinco minutos.

Mas em cinco minutos ele já estava no sótão, amarrado na cadeira em que antes Clotilde estava.

-Não foi culpa minha! Não foi culpa minha! –ele dizia. E ela o detestava cada vez mais.

-Prometi ao sacerdote que não te mataria com as mãos dele –o padre disse, com voz de mulher. –E não preciso. Tanto tempo presa nela. Eu conheço sua maior fantasia.

Só então Carlos viu a filha sentada, esperando com paciência no degrau da escada.

O padre pegou o alicate de unhas no chão, entregando-o para a menina. Ela sorriu. No rosto, a expressão de levada que apenas as crianças sabem fazer. A diabrete carregou o corpo de Clotilde para fora do porão. Enquanto subia as escadas, disse para a criança não se apressar. Carlos não sabia, mas a criatura decidira enterrar a mulher e o homem que ocupava, já que em breve ele morreria. Talvez a igreja tivesse lhe ensinado algo sobre compaixão.

O que Carlos descobriu, no momento em que o alicate lhe apertava cruelmente o mindinho, é que amor não era permissividade.

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44 comentários em “Prisão de Carne (Leandro Barreiros)

  1. Gustavo Azure
    15 de junho de 2019

    RESUMO O exorcismo de uma menina cheia de demônios que ocasiona em várias mortes, incluindo seu pai que ajudava os demônios a serem saciados alegando não ter escolha. Por fim, ironicamente, um demônio faz “justiça”.
    CONSIDERAÇÕES Conto muito bem escrito, bem estruturado e no final deixa claro sobre o que tudo se trata. Parabéns! A única consideração é que está faltando o V, mas isso é apenas um detalhe.
    NOTA 4,8

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pelo comentário, Gustavo.

      Fico feliz por ter gostado!

  2. Cirineu Pereira
    15 de junho de 2019

    Resumo
    História confusa de possessão demoníaca em que não fica clara a relação entre pai, demônio e filha possuída.
    Aplicação do idioma
    No geral, bom uso do vocabulário. Alguns poucos erros de digitação, de concordância e mesmo de significado.

    Técnica
    Narrativa entrecortada por diálogos por vezes esparsos e mal conectados. Alternâncias de cenários e de perspectiva. Ponderações e memórias diversas bem inseridas na narrativa. Eventos bem descritos, porém pouco coesos. De forma geral, o enredo soa bastante confuso e isso não parece ser de todo proposital. Em suma, um estilo em ascensão, porém um texto que merecia minuciosa revisão.

    Título
    Instigante e apropriado
    Introdução

    Abertura relativamente hermética, despertando a curiosidade, ainda que prejudicada pelo caráter conclusivo da frase inicial.

    Enredo
    Apesar de bom, não é propriamente um enredo original e torna difícil distinguir complexidade e confusão. Suas reviravoltas são um tanto inusitadas, sem a generosidade de conceder ao leitor uma ou outra pista que lhe permita tentar antever os fatos ou mesmo enganá-lo ao tentar. O esforço intelectual é todo dirigido à compreensão do que já foi contado, tornando obrigatória a releitura e obrigatoriedade geralmente não é algo prazeroso.

    Conflito
    À parte a narrativa confusa, o conto apresenta um bom conflito. Apesar da possessão ser uma temática um tanto desgastada, nem sempre é abordada sob a perspectiva do possúido.

    Ritmo
    Ritmo bom, enriquecido por recursos de alternância anteriormente citados. Ainda assim, prejudicado pela narrativa confusa.
    Clímax

    Clímax bom, porém confuso, mal narrado. Falta às descrições a plasticidade capaz de auxiliar o leitor na “visualização” do horror.

    Personagens
    Bons personagens, à parte padre e freira, cujas falas são pouco convincentes. Infelizmente, parece haver no arremate revelações sobre caráter e relação entre pai, filha e demônio, porém a narrativa confusa não ajuda a esclarecer.

    Tempo
    As quebras narrativas não corroboram para a marcação do tempo e este, de forma geral, é mal utilizado pelo autor no que tange ao enredo propriamente.

    Espaço
    Apesar de de citar os cenários, há raras descrições, o autor não valoriza os ambientes, o que, do contrário, auxiliaria a imaginação do leitor.

    Valor agregado
    A história poderia ser utilizada para incitar a reflexão sobre diversas temáticas, desde as relações familiares, até questões filosóficas e religiosas, porém, té pela narrativa confusa, o conto limita-se ao entretenimento.

    Adequação ao Tema
    Pelos enredo e pelos elementos, indiscutivelmente um conto de terror

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Muito obrigado pela leitura e pela análise detalhada, Cirineu.

      Talvez eu troque o sexo do demônio e escreva a primeira parte no masculino. Só temo que torne a narrativa (ainda mais) confusa. Mas valeria como pista de que quem busca a morte na primeira cena é o demônio, não a menina.

      No mais, ficou bastante confuso mesmo. O principal motivo foi a falta de remodelamento e o fato de ter cortado mil palavras em 10 minutos. Mas vou retrabalhar essa narrativa com base nas críticas daqui. Gostei da essência da história.

      Abraços!

  3. Gustavo Azure
    15 de junho de 2019

    RESUMO O exorcismo de uma menina cheia de demônios.
    CONSIDERAÇÕES Conto muito bem escrito, bem estruturado e no final deixa claro sobre o que tudo se trata. Parabéns! A única consideração é que está faltando o V, mas isso é apenas um detalhe.
    NOTA 4,8

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Vou agradecer de novo
      hahahaha

      abraços, amigo!

  4. Estela Goulart
    15 de junho de 2019

    Resumo: Carlos sabia que sua filha não era normal, uma prova, foi quando sua vizinha desapareceu, logo em seguida uma parte do corpo da mulher apareceu embaixo do travesseiro da garota, mas decidiu que sempre a protegeria. Um certo dia, alguém bateu em sua porta: um padre e uma mulher que ofereciam ajuda. Mesmo inconformado, aceita a ideia do exorcismo. Não saiu como o padre esperava, nem quando acordou amarrado e nem quando sua companheira deixou esse mundo. O pai também não espera o que viria a seguir, mas garanto que não foi um final feliz.

    Enredo um pouco confuso, mas está bem escrito apesar de alguns erros gramaticais. Gostei do modo como falou dos personagens. Seu modo de escrever terror foi usando do exorcismo, eu diria. Pode ser um tanto forçado, mas foi ruim de ler. Isso é bom para o conto, um exemplo para o certame.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado, Estela.

      Seu comentário ajuda bastante.

      Houve muitos apontamentos sobre a confusão da narrativa. Isso é ótimo, pois direciona como devo reescrever o texto.

      Abraços!

  5. Ana Carolina Machado
    15 de junho de 2019

    Oiiii. Um conto surpreendente sobre um pai e sua filha Mariana que é aparentemente possuída, sendo que mais para frente descobrimos que na verdade quem tá presa nela é a diabrete e que a criança é a maldade na forma de pessoa. O padre e a irmã que tentaram ajudar descobrem isso da pior maneira possível, acabam sendo torturados pelas mãos da menina. E uma aliança improvável é formada entre o que sobrou do padre e a diabrete para poder parar Mariana e o pai. No fim o pai é vítima da própria filha, que era tão má que dentro dela a maior fantasia era torturar o próprio pai, no fim ele descobriu, como diz, que amor não é permitir e acobertar tudo. Mesmo com tudo isso a menina não amava ele. A narrativa foi bem conduzida e bem original, pois a reviravolta de quem estava realmente preso era a diabrete e os eventos que se seguiram fizeram toda a diferença colocando o pai da menina como o verdadeiro vilão. E achei interessante que em um dos diálogos vi uma referencia a um ser que habita um abismo além do infinito. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pelo comentário, Ana.

      Dada a pressa que escrevi, fiquei com medo de não deixar claro que a menina era quem tinha os desejos sádicos.

      Fico feliz que você tenha notado a singela referência!

      Abraços

  6. Priscila Pereira
    14 de junho de 2019

    Prisão de Carne (Breno)

    Resumo: Uma garota está presa dentro dela mesma e assiste a demônios usarem seu corpo para fazer coisas horríveis. O pai da menina é conivente com suas ações, ele diz que até tentou de todas as formas libertar a menina, mas sempre a ajuda em suas maldades, um padre e uma freira vão tentar o exorcismo, mas o pai interfere e a freira acaba torturada e morta, o padre também e no final o pai também.

    Olá Autor(a), seu conto é bem desconfortável, eu não gosto realmente de contos de terror e sempre leio apreensiva, principalmente nesse desafio onde muitos misturaram terror com o infantil, você também misturou um pouco… Ram! De qualquer forma, é um terror sobre demônios e exorcismo clássico não é? Não gostei de acompanhar essa história, mas isso não quer dizer que está ruim, é até bom, se eu detestei é sinal de que é um terror bom. O final com a constatação do pai de que amor não é permissividade ficou realmente muito bom. A parte das torturas e tal, ficou bem visual, credo, ponto pra você…rsrsr bem, é isso… Parabéns e até mais!

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pela leitura e análise, Priscila!

      Que bom que você não gostou hahahahaha

      Sobre o final, eu vou manter algo nesse estilo, mas quando escrevi achei meio… sei lá, um tanto forçado… Acho que saí demais da voz dos personagens. Vou pensar a respeito…

      Abraços!

  7. Sarah
    14 de junho de 2019

    Um homem tem uma filha que tortura e mata pessoas. Ele recebe ajuda de um padre e uma mulher da igreja que prometem esorcisar a garota e tirar o mal que habita nela.
    Quando o processo é iniciado porém, o pai da garota ataca e prende tanto o padre quanto a mulher. Desse modo a menina pode matá-los.
    Nesse ponto descobrimos que o demônio que habitava a garota era o ser que queria liberdade, ela se alia ao padre para conseguir impedir que todo o horror continue.
    No final a garotinha provavelmente matará o próprio pai.

    Uma história arrepiante. Sempre que envolvem demônios, padres, exorcismo a história tem tudo para ser aterrorizante. Não só pelos atos que a pessoa comete contra os outros, assassinatos, torturas e tal, mas também para vermos como esse comportamento afeta quem está ao redor da pessoa, ou seja um familiar por exemplo.
    Sua história é boa, porém tem certos trechos confusos, precisei ler duas vezes para entender quem estava querendo se libertar no final das contas. Suponho que o trecho mais confuso na minha opinião, começa após a morte da irmã Clotilde e do ataque contra o padre.
    Temos que prestar bastante atenção ao ler uma história, mas senti que no caso do seu conto é necessário bem mais atenção para compreender tudo o que está acontecendo. Gostei dessa surpresa e mudança de perspectiva não sendo um pai querendo salvar a filha de um espírito mal, e sim o próprio espírito mal querendo se libertar da criança. Foi uma ótima sacada.
    Outro ponto que me chamou a atenção foi essa proteção exagerada que o Carlos tem pela Mariana, aceitando absolutamente tudo o que ela faz. É surpreendente ver até onde ele vai em nome da proteção, é como se ele se sentisse muito mau pelo que a filha faz, porém não visse outra forma de ajudá-la senão encobrindo tudo o que ela faz. Por outro lado, ele parece meio cúmplice de tudo também.
    Um final surpreendente, principalmente pela última frase do conto, ela resume tudo que eu comentei acima sobre o pai da menina.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Sarah!
      Obrigado pela leitura e análise.

      Eu queria causar uma leve confusão/surpresa ao revelar que era o demônio que estava desesperado para sair, mas causei mesmo foi uma confusão com a narrativa. Tive muitas reclamações sobre isso. O que é ótimo, porque já sei onde devo me focar mais na reconstrução.

      Fico feliz com a leitura atenta e agradeço, de coração, o esforço que fez para tirar sentido do texto.

      Abraços!

  8. Antonio Stegues Batista
    12 de junho de 2019

    Gostei do conto, da escrita das frases bem construídas e as conexões que faz com as ações, muito bem delineadas. Bem original a parte da possessão da menina. Gostei também da luta inútil do padre, mostrando que o bem nem sempre vence. Boa sorte.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pela leitura e análise, Antonio!

  9. Luis Guilherme Banzi Florido
    8 de junho de 2019

    Bom diaaa! tudo bem?

    Resumo: o conto traz a história de uma menina que está possuída por algum demônio, e por isso comente atos terríveis. O pai, submisso, sabe dos atos da filha, mas pensando protegê-la, encobre suas ações. Em determinado momento, um padre e uma freira surgem em sua casa para ajudá-lo a livrar a filha do
    demônio. Porém, o homem os prende e entrega para que a filha torture. Nessa hora, o exorcismo já havia sido feito, e descobrimos que a criança é má por natureza, mesmo quando livre de demônios. O padre faz um acordo com o demônio que exorcizou, entregando seu corpo a ele. O demônio prende o pai e o entrega à filha, pra torturá-lo e matá-lo.

    Ufa, acho que é isso.

    Comentário:

    Cara, é um conto forte, com direito a: possessão, psicopatia e tortura.

    O enredo é bem surpreendente, pois a história tem várias reviravoltas que mudam tdo. No começo, pensei que se trataria de uma história comum de possessão, e quando o padre surgiu, fiquei um pouco contrariado, achando que aconteceria o exorcismo tradicional Pelo excesso de histórias do tipo, esse tipo de enredo tá um pouco saturado.

    Porém, houve uma reviravolta interessante, quando descobrimos que a menina é psicopata, e o pai, com medo, acaba protegendo ela e permitindo que cometa os atos.

    Isso muda tudo! A história se torna mais original e interessante.

    As cenas de torturas são angustiantes, muito bem construídas.

    Demorei um pouco pra entender o final, a cena do acordo do padre com a diabrete. Quando entendi, deu liga toda a história!

    Ah, o título é muito bom, também! Tava curioso pra ler esse conto.

    Enfim, gostei. É um conto tenso e com um enredo inovador, num gênero que já tá bem saturado. Parabéns e boa sorte!

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Fala, Luis Guilherme. Tranquilo?

      Rapaz, obrigado pela leitura e comentário. Você apresentou a essência de tudo que eu queria com a história. É sinal de que, apesar da confusão narrativa, coloquei a base certa para os elementos aí.

      Me trouxe alegria de verdade seu comentário.

      Abraços!

  10. Emanuel Maurin
    7 de junho de 2019

    Breno, paz e bem.
    O conto fala de uma menina possuída por um demônio que mutilava gatos e pessoas. O pai no seu desespero levou-a em vários templos para tentar expulsar a criatura que habitava o corpo da menina, sempre em vão. Um dia um padre e uma senhora chamada dona Clotilde bateram na porta da casa do pai desesperado. Com medo ele abriu, a princípio ele não queria que o padre fizesse o exorcismo, mas foi convencido pelo pároco que ninguém ficaria sabendo e que manteria segredo.
    Então se iniciou o ritual, o padre falou uma s palavras pegou uns acessórios místicos e enquanto ele exorcizava um diabrete saiu ao ataque com um alicate arrancando pedaços de suas vítimas.

    O conto é bem elaborado, um pouco assustador, bem desenvolvido e muito bem estruturado. É de fácil entendimento e a narrativa flui bem. Não encontrei nenhum erro de gramática.
    Boa sorte.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Emanuel.

      Poxa, obrigado pela leitura e pelo comentário mais do que gentil.

      Abraços!

  11. Davenir Viganon
    3 de junho de 2019

    Carlos é atormentado pela psicopatia, mas conseguiu lidar com isso. Quando cresceu e viu sua filha matar vários gatos, e depois, a dona dos gatos percebeu que Mariana também era assim. Então Carlos recebeu a ajuda de um padre e uma médium. O Padre exorciza Mariana e prende um diabrete numa garrafa. Enquanto isso Carlos sequestra a médium, Clotilde, e depois o padre para que a filha o pudesse torturar. Quando Carlos deixa a filha se divertir, é surpreendido pelo Padre possuído pelo diabrete e este amarra Carlos que é torturado pela própria filha.
    História cheia de reviravoltas que trouxe tanto psicopatas como demônios e exorcismos. Gostei de ver as duas coisas sem se excluírem, não sendo usadas de justificativa para outra. Achei bem surpreendente e a cena do Padre possuído foi ótima! Excelente conto!

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Davenir.

      Que bom que você gostou da história.

      Rapaz, esse negócio do leitor imbuir sua própria interpretação na narrativa é bem interessante. Você criou um background de Carlos com problemas psiquiátricos que eu nem tinha pensado, mas que faz todo o sentido.

      Obrigado pela leitura e comentário.

      Abraços!

  12. Shay Soares
    2 de junho de 2019

    Um homem tenta proteger a filha que está (sempre esteve) possuída por um demônio, diabrete.

    Achei engraçado ler sobre o professor Borges, recentemente li os contos que ganharam um desafio de terror que teve no entrecontos em 2014 (?) rsrs professor Borges tava lá haha

    O conto tem um ritmo muito bacana e um enredo que se desenvolve muito bem.

    Fiquei muito na dúvida logo no começo, quando o conto fala que um dia a menina se libertou novamente e que não sabia por quanto tempo havia ficado naquela condição: ela não sabe por quanto tempo ficou livre? Para mim não ficou claro logo de primeira que se tratava do cárcere, não da liberdade. Isso acabou abrindo espaço para vários questionamentos nesse momento, quem queria a morte: a menina ou a diabrete?

    Achei ótimo a resolução onde o pai decide deixar a filha “fazer a festa” com o padre e a irmã.

    Talvez eu tivesse terminado o conto fazendo alguma relação entre a filha utlizando o alicate que supostamente Carlos não voltaria a tocar (lá no começo do cap II).

    Particularmente não gosto de moral da história explícita no texto 😦

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Shay!

      Obrigado pela leitura e comentário.

      Me deu muita alegria alguém pescar a singela referência ao texto do Fábio! Acho que você foi a única, ou uma das únicas.

      O texto acabou ficando confuso demais, mas respondendo sua dúvida, a primeira cena traz a perspectiva da diabrete. Ela estava pronta para aceitar a morte em uma igreja para se livrar da “prisão de carne” que era a menina.

      Claro, naquela altura do texto é para o leitor acreditar que se trata da menina, tendo a revelação depois, com a explicação da diabrete e do pai. Assim, na primeira cena, evitei utilizar termos como “meu pai” e tentei apontar palavras e reflexões que não seriam próprias de uma criança… mas como o restante da narrativa ficou atropelada, creio que a revelação não funcionou muito bem.

      Sobre a moral explícita demais, também não sou muito fã, mas o prazo estava acabando e precisava de um final mais ou menos irônico hehe

      Abraços!

      • Shay Soares
        2 de julho de 2019

        Ahá! Então tinha a ver com o conto do Fábio!! haha

        Muito obrigada pela explicação, interessante reler o conto sabendo que aquela primeira cena é da perspectiva da diabrete 🙂

  13. Paulo Luís
    2 de junho de 2019

    Olá, Breno, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.

    Resumo: Um corpo que se sentia prisioneiro de seu próprio corpo, mas que se percebe preso em um recinto hostil. De onde, às vezes, se libertava e ia ao encontro de uma igreja que avistava de seu presídio. Quando lá chegava se auto-inocentava dizendo não ser ela a causadora dos martírios. E sentia os horrores do próprio corpo se dilacerando. Em outro ambiente pai luta para que sua filha não sofra as agruras de uma vizinha que maltrata e mata gatos. Pai leva a filha a um templo budista. Depois a um candomblé, a um exorcista, mas quem cuida de tudo isso é um padre e uma irmã. Tem também um pequeno diabo dentro de uma garrafa. Haja invenção. Enfim um enredo muito confuso, onde se mistura informações demais e pouca resolução. Tão confuso que o próprio autor, não estava se achando, tanto é que pulou do episódio IV direto para o VI.

    Gramática: Não percebi grandes falhas gramaticais, exceção algumas construções frasais e estas duas ausências de acentos graves (acusa-lo – ajuda-la).

    Tema/Enredo: Como já deixei dito no resumo: é um conto de difícil compreensão, pra mim no caso, pois são postas muitas informações se auto-atropelando e sem eficácia para o enredo do conto, basta sentir nestes dois pequenos parágrafos, quantas informações absolutamente imprecisas: (1- Ela esteve presente quando Thomás selou o demônio que habitava o pequeno Breno e 2- também estava lá quando o último demônio do grande Breno fora aprisionado. Sabia de sua missão. 3- Era, talvez, mais difícil do que a que o padre carregava. 4 – Ele expulsava demônios, mas ela cuidava dos espíritos quebrados.) — e mais este com mais informações: — (1- A diabrete estava na garrafa. 2- Era púrpura, 3- com longas asas mamíferas e 4- quatro seios no busto. 5- Retirá-la foi o serviço mais fácil que executara. 6- Nunca vira espécie como aquela, mas sabia que derreteria como todos os outros quando a levasse para a igreja. 7- Thomás sentiu uma leve ereção, seguida de grave vergonha pela excitação 8- perante o sadismo. 9- Mesmo que fosse contra um dos inimigos de Deus.)
    Sabe-se que há um conflito entre pai e filha, que vive em busca de que alguma forma de ritual lhe ajude a tirar uma espécie de demônio que a possui. — mas não tenho tanta certeza do que afirmo — Foi-me muito difícil compreender este conto, quem sabe para bom entendedor de terror, não seja uma obra prima! Pois pra mim foi um martírio chegar até o fim deste conto, horripilante.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Paulo Luís.

      Obrigado pela leitura e pelo comentário atentos.

      Houve bastante confusão na narrativa mesmo, foi uma espécie de reclamação geral que me auxiliará bastante na reestruturação.

      Abraços!

  14. Evandro Furtado
    1 de junho de 2019

    O conto de uma menina serial-killer e possuída que é protegida pelo pai. Um padre exorcista e uma freira vem para ajudar somente para serem presos. No fim, o demônio deixa o pai à mercê da filha.

    O ponto forte do conto é a história que vai melhorando e melhorando conforme avança. No começo, parece meio confuso, mas as peças vão se encaixando e tudo faz sentido no final. O(a) autora(a) me parece seguir a onda do pós-horror, e consegue traduzi-lo bem para a mídia escrita. A única sugestão que eu daria seria para uma escrita mais poética. Creio que isso melhoraria ainda mais o texto que já é bom.

  15. Sidney Muniz (@SidneyMuniz_)
    24 de maio de 2019

    Resumo: Prisão de Carne (Breno)

    O conto narra a história de um pai que protege a filha, a menina tem demônios no corpo, na verdade seu corpo é como um para raios que atrai toda espécie de demônios. Um padre e uma freira vão a sua casa para exorcizar a menina, mas o pai amarra a freira, da uma panelada no padre e os leva para o porão onde a menina (com uma diabrete em seu corpo, possuindo-a) aterroriza-os, logo depois algo se inverte e quem é pego é o pai, pois a diabrete toma o corpo do padre e amarra o pai, assim a filha vai torturar o pai e a diabrete pretende enterrar os outros dois corpos, no fim fica uma brecha para o que pode acontecer. É um bom conto, mas achei a última parte sei lá, será se precisava desse plot? Bem, não foi dos melhores finais, mas também não foi dos piores, razoável!

    Avaliação: (Para os contos da Série A-B não considerarei o título, as notas serão divididas por 5 para encontrarmos a média. Porém teremos uma ordem de peso para avaliação caso tenha empates… Categoria/ Enredo / Narrativa / Personagens / Gramática.

    Terror: de 1 a 5 – Nota: 3,5 (Não sei, a cena do alicate poderia ser mais descrita, causar mais medo, mas mesmo clichê, foi bem conduzido)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 5,0 (Sem erros encontrados)

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 4,0 (Uma boa narrativa)

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 4 (Salvo o plot twist, achei um bom texto, talvez pouco original, mas bem conduzido)

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 3 (Achei que a filha e o pai foram bons personagens, mas como tivemos a freira e o padre mais apagados, ficou na média)

    Total: 19,5 / 5 = 3,9

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Sidney.
      Mas o plot twist é tudo que tenho nesse conto rsrsrs

      Eu provavelmente vou mantê-lo. Talvez reorganizando a narrativa e deixando menos confusa funcione melhor.

      Obrigado pela leitura e pelo comentário.

      Abraços!

  16. angst447
    21 de maio de 2019

    RESUMO:
    Mariana, uma menina diagnosticada com síndrome de Tourette, vive com o seu pai, mudando-se de cidade em cidade devido a fatos estranhos. Carlos, o pai, encontra membros de animais e até de gente debaixo do travesseiro da filha. Encontram um padre e uma freira que se propõem a ajudá-los. Tentam um exorcismo, mas no meio do procedimento, Carlos agride irmã Clotilde e depois o padre. Prendem os dois e a filha endemoniada começa a torturá-los com um alicate. A irmã morre…o padre logo depois. A diabrete tirada do corpo de Mariana toma o cadáver do padre e ameaça Carlos, vai enterrar os corpos dos religiosos, mas antes entrega o alicate à menina que começa a torturar o pai, que mais cedo ou mais tarde, deve aparecer morto.

    AVALIAÇÃO:
    Conto de terror que começa com um tom de mistério. Ficamos em dúvida se Mariana é uma vítima ou uma alma endemoniada. Há um suspense quando aparecem o padre e a irmã Clotilde. Talvez um exorcismo resolva a questão, mas novamente a esperança do leitor é banida.
    Não encontrei falhas graves de revisão, apenas a ausência de alguns acentos, como em:
    – protege-la > protegê-la
    – acusa-lo > acusá-lo
    – ajuda-la > ajudá-la
    – […]escutava com verdadeira dó[…] > escutava com VERDADEIRO dó. A palavra DÓ é um substantivo masculino. Deve-se utilizar o substantivo masculino dó sempre que se referir a um sentimento de pena e compaixão.
    O ritmo do conto é bom, aterrorizante, o que torna a leitura fluida e sem entraves. Não sei se entendi perfeitamente o desfecho da trama, mas ele me pareceu bem construído. Os personagens também estão bem elaborados e cativam o interesse do leitor.
    Boa sorte no desafio!

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pela leitura e comentário, Claudia.

      – […]escutava com verdadeira dó[…] > escutava com VERDADEIRO dó. A palavra DÓ é um substantivo masculino. Deve-se utilizar o substantivo masculino dó sempre que se referir a um sentimento de pena e compaixão.

      Ia morrer sem saber, nossa. Obrigado mesmo.

      Não posso nem culpar erro de revisão, esse foi por ignorância. É a segunda vez que aprendo algo relativo a gramática no EC que com certeza vai me ajudar a evitar erros futuros. Se não me engano foi a Bia que me passou uma dica da outra vez.

      Abraços!

  17. Elisa Ribeiro
    18 de maio de 2019

    Menina doente mental ou possuída pelo demônio e seu pai se envolvem com um padre exorcista e uma médium que se oferecem para curar a menina, mas o exorcismo não sai exatamente como eles esperavam.

    Seu conto me deu a impressão de algo produzido às pressas. Ideias boas, mas muitas pontas soltas além de falhas na revisão. Há personagens citados mas não retomados e os demônios da garrafa que, pelo menos na minha leitura, ficaram sem desfecho. Acho que devidamente aprimorado o texto resultará em um ótimo conto de terror porque a atmosfera é boa e algumas cenas indicam que o autor tem bastante talento para o gênero.

    Parabéns pela participação. Um abraço.

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Elisa.

      Obrigado pela leitura e comentário.

      Você está coberta de razão. Apenas a primeira cena foi feita com calma. Vou modificá-lo com paciência.

      Abraços!

  18. Fernanda Caleffi Barbetta
    16 de maio de 2019

    Resumo
    Mariana é uma criança possuída por um demônio que a faz cometer atrocidades como arrancar as patas de gatos. Seu pai, Carlos, é ciente do que acontece e já procurou ajuda em várias religiões, sem sucesso, fazendo de tudo para protegê-la e esconder o fato. Um dia, o padre e a irmã Clotilde vão até a casa de Carlos e dizem que podem ajudar a criança por meio de um exorcismo. O pai concorda, e o padre consegue retirar do corpo da menina um diabrete, o qual coloca em uma garrafa. Carlos golpeia o padre, que acorda amarrado a uma cadeira, assim como a irmã Clotilde, que é a primeira a ser atacada pela menina, e morrer cruelmente. Mariana retalha o corpo do padre, que, mais tarde, enfrenta Carlos. Porém, é Carlos que acaba em uma cadeira, sendo o próximo a ser morto pela própria filha.

    Comentário
    Gostei do título e da forma como iniciou o texto: “Não há prisão mais cruel do que o corpo.” Muito boa essa frase. E também gostei mais do primeiro bloco do que do restante porque foi mais criativo, chamou mais a minha atenção. Os demais foram caindo um pouco no mais do mesmo.
    O texto é bom, mas acho que não fluiu muito bem por conta de dois fatores. O primeiro é a divisão em vários blocos que muitas vezes pareceram desnecessários. Eu só colocaria a divisão nos momentos em que se vai a outro período no tempo, senão, a gente se perde na leitura, e eles não fazem sentido. Outro ponto, foi a falta de clareza no que se refere a quem está falando o que, quem está fazendo o que. Em muitos momentos precisei voltar no parágrafo ou no diálogo para entender quem estava fazendo a ação, quem estava falando.

    Cruzou os portões e (vírgula) quando a pele ficou vermelha e quente como brasa, gritou
    Convulsionou (vírgula) e o homem que estava com ela (que homem?) a retirou do chão
    ele ruía (roia) as unhas
    protege-la (protegê-la), acusa-lo (acusá-lo) ajuda-la (ajudá-la)
    Mariana chorou e disse que não sabia como foram (tinham ido) parar lá.

    Esta quebra de assunto num mesmo parágrafo me incomoda: “Abdicou de toda sua vida. Olhou para o relógio-gato. Não podia ficar muito tempo no mesmo lugar. No Sul de Porto Verde, foram vizinhos da dona Márcia”

    Isabela lidava melhor com a situação, mas o câncer a roubou cedo demais. (lógico que suspeitamos que Isabela é a esposa, mas acho que seria melhor dizer isso logo de cara)
    -Não há o que fazer.(tirar o ponto) – Carlos disse (vírgula) com pesar.
    Sempre. (tirar o ponto) –disse, a voz tremendo.
    asas mamíferas ?
    Esta parte ficou confusa, porão ou sótão?: “Viu Carlos no canto do porão” depois “O homem, no canto do sótão, olhava envergonhado.”
    Então, seus olhos fitaram o brilho de metal. Foi a última coisa que viram. (olhos de quem?)
    Ficou bem confuso este diálogo, sem dizer quem falou o que. Era a intenção? Foi proposital? “É óbvio que temos nossos problemas. Mas o tempo está contra nós –ela disse.
    O homem, contudo, nada falou. Não poderia, de toda forma, já que a língua era um retalho do que um dia fora.
    -Eles vão embora. Vão fazer isso de novo. Mas eu posso impedir. Com a sua ajuda.”

    Fica confuso este trecho porque o que era padre logo vira diabrete e a gente fica confuso sobre quem faz o que: “A diabrete carregou o corpo de Clotilde para fora do porão. Enquanto subia as escadas, disse para a criança não se apressar.”

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, Fernanda.
      Muitíssimo obrigado pela leitura e comentário paciente.

      Pode ter certeza que vou considerá-lo bastante quando for escrever a segunda versão da história.

      Algumas vírgulas não sei se são obrigatórias. Gramática não é comigo, Mas das que você citou uma ou outra deixei de fora para dar mais velocidade à frase.

      Sobre preferir o início, eu também preferi rs

      O único bloco que retrabalhei, por dias, foi justamente a primeira cena. O restante acabei escrevendo as pressas no dia do prazo final.

      Novamente, obrigado pela leitura cuidadosa.

      Abraços!

  19. George Armado
    15 de maio de 2019

    Sinopse: Carlos é um pai solteiro que vive com sua filha Isabella numa pequena cidade do interior. Para muitos, a sua filha é uma garota debilitada que sofre com a síndrome de Tourette. Mas o que parece apenas uma criança indefesa se torna um caso de intervenção sobrenatural e um padre exorcista do local se torna uma esperança.

    Comentário: um bom conto sobre exorcismo, que devido seus pontos confusos na narrativa acaba por levar uma nota menor. Mesmo assim, o conto entrega uma boa trama, embora em seu final acabe mais como uma fantasia urbana com toques de gore do que como um terror sobrenatural. Os diálogos começam com travessão e não com hífen, aconselho o autor também a separar as palavras e outros caracteres para melhorar a leitura.

    A Árvore que Divide o Mundo – NOTA: 1,0
    Amarga Travessia – NOTA: 5,0
    Aquilo – NOTA: 4,5
    Capitão Ventania – NOTA: 4,0
    Demasiado Humano – NOTA: 4,5
    Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados – NOTA: 1,9
    Magnum Opus – NOTA: 4,0
    O Fim de Miss Bathory – NOTA: 5,0
    O Jardim da Infância – NOTA: 5,0
    O Ônibus, a Estrada e o Menino – NOTA: 3,5
    O Parque – NOTA: 1,0
    Penumbra – NOTA: 1,5
    Prisão de Carne – NOTA: 3,5
    Rato Rei – NOTA: 3,0
    Seus olhos – NOTA: 4,0
    Troca-troca Estelar – NOTA: 5,0
    Variante Amarela – NOTA: 1,0
    Vim, Vi e Perdi – NOTA: 1,0
    ——————————–
    Melhor técnica: Aquilo
    Conto mais criativo: Amarga Travessia
    Conto mais impactante: O Jardim da Infância
    Melhor conto: Troca-Troca Estelar
    ——————————–

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pela leitura e comentário, George.

      Bacana você postar as notas de todos os contos em cada um. Da pra termos uma noção do seu próprio ranking enquanto leitor.

      Tive muitas reclamações sobre a confusão da narrativa. Vou me atentar a isso quando reescrever a história.

      Abraços!

  20. Fheluany Nogueira
    13 de maio de 2019

    Uma menina causa perplexidade em quem convive com ela. Falavam em síndrome de tourette. Órfã de mãe, é criada pelo pai que acoberta extravagâncias e até crimes. Aparecem um padre e uma irmã na casa deles, propondo um exorcismo, mas o pai os aprisiona e a menina os mutila. Há uma reviravolta, o pai acaba sendo torturado e, possivelmente, morto. A diabrete parece ser a irmã que, então ocupa o corpo do padre e alimenta a maldade da menina.

    Gostei. A ideia da possessão está bem desenvolvida; é assunto um tanto batido, mas a proposta vem acompanhada de um estilo de escrita que marca, ou confunde, ou envolve; foi bom. Não senti medo, mas o conto me prendeu a atenção. A trama é bem complexa, muitas reviravoltas, muitos personagens em atividade e muitos ditos nas entrelinhas. Os flash backs e flash forwards acabam atrapalhando um pouco a percepção do todo.

    No geral, posso dizer que os prós superam os contras, e apesar de não ter me impressionado muito com o terror latente, ainda o considero um dos mais sólidos e tecnicamente ajustados no desafio.

    Parabéns pelo trabalho! Sucesso é o que lhe desejo. Um abraço!

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Obrigado pela leitura, análise e comentário gentil, Fheluany.

      Acho que marcou mais pela confusão mesmo hehe

      Também achei os flash backs um pouco confuso. Ainda não achei um modo de introduzi-los com uma transição melhor…

      No mais, reforço o apreço pela sua análise.

      Abraços!

  21. C. G. Lopes
    13 de maio de 2019

    Resumo.
    Carlos tem uma filha que, aparentemente, recebe demônios e essas entidades malévolas fazem com que a menina cometa assassinatos terríveis e promova torturas horrorosas. Um padre exorcista e uma irmã aparecem se oferecendo para tirar o demo da moça. A contragosto o pai autoriza e o padre começa o trabalho, chegando mesmo a prender o maligno em uma garrafa mas aí, é surpreendido pelo pai e o sacerdote descobre que pai e filha formam uma dupla. São cúmplices no assassinato e na tortura. No final o parasita entra no corpo do padre morto e captura Carlos em seguida entrega o alicate a moça para terminar o trabalho.

    Considerações:
    Confesso que o conto me deixou um pouco confuso, há sempre uma declaração de culpa e pedidos de perdão, como se cada um dos personagens não estivesse seguro dos seus atos, creio que uma revisão e reescrita possam dar mais clareza e facilitar a leitura – ou não! Fato é que trata-se de uma história bem original de possessão exorcismo e morte. Só queria que o autor (a) me esclarecesse se o demônio-mor que habitava a menina, acabou por estabelecer uma conexão de consciência e razão com a alma da moça?

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Oi, C. G. Lopes.
      Obrigado pela leitura e comentário.

      Olha, acho que 90% dos comentários apontaram para a confusão, de forma muito justa. Pode ter certeza que vou reescrever esse. Tenho a impressão de que há algo bacana para tirar daqui.

      As declarações de culpa e pedidos de perdão tinham a intenção de dar uma pegada/atmosfera um pouco mais católica na história, reforçando o subgênero do exorcismo, mas acho que o restante do texto atrapalhou a ideia.

      Sobre sua pergunta, o demônio acaba por desenvolver uma consciência própria, ou, melhor, um princípio de consciência, por conta do cárcere que viveu, em suas palavras, o mais cruel de todos. Em outra parte da história eu mencionava que os demônios se alimentam de almas e que, dentro do corpo da menina, ele não encontrou nenhuma. Foi, em essência, o que manteve a diabrete presa. Sem alma, não tinha forças e, sem forças, não poderia sair.

      A ideia era estabelecer metaforicamente que a alma é nossa capacidade de sentir empatia e amor. A ausência da empatia seria, portanto, a ausência da alma, o que fundamentaria simbolicamente a psicopatia no universo do conto.

      Obrigado novamente pela análise!

      Abraços

  22. neusafontolan
    8 de maio de 2019

    Que menina do mal!
    E essa diabrete, então?
    Parabéns

    • Leandro Soares Barreiros
      18 de junho de 2019

      Haha, pois é, dona Neusa.

      Muito obrigado pela leitura!!

      Abraços!

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Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série A e marcado .
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