“Manda nudes?”, ela leu em letras pretas em fundo verde e pronto, lá se vão todas aquelas semanas flertando com ele. Por que tinha que ser assim? Por que os homens eram tão influenciados por essa masculinidade agressiva que precisavam desesperadamente pensar em sexo?
Ela não era do tipo puritano, que só transava em troca de um anel, mas pelo amor, não dava pra ser mais sutil?
O celular vibrou e ela leu a resposta.
“Assim eu me apaixono”, ele disse e em seguida enviou a foto de um membro enorme.
A primeira coisa que passou na sua cabeça foi, “esse não é o pinto dele”.
A segunda é que tinha algo errado. Revisou a conversa e descobriu que o pedido das fotos veio dela.
“Hackearam meu celular”, ela se desesperou.
Com o corpo tremendo, rolou a tela de conversas e encontrou uma série de bundas, pintos e peitorais masculinos em fotos que foram enviadas a seu pedido. Alguém estava se passando por ela.
Abriu uma conversa com o pai e encontrou suas últimas palavras: “manda foto do pinto”.
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…
Deixou o celular cair no chão, sentia o corpo mergulhar em desespero, o mundo começou a girar. Sua cabeça explodia em flashs do pai lendo a mensagem. Ele nervoso, tentava decidir se contava para a mãe.
Sentiu o estômago revirar. Sua musculatura abdominal se contraiu violentamente enquanto o conteúdo do seu estomago se encaminhava para a boca. Ela tremia como se estivesse em convulsão.
Não conseguiu ficar em pé, os joelhos caíram fazendo um som forte. O jorro bateu no chão do quarto e respingou em seu rosto.
Ela gritou outra vez, cuspindo vômito e lágrimas.
Se assustou com uma música horripilante.
Era seu celular tocando. Alguém tinha mudado seu toque. Não conseguiu enxergar quem ligava, tudo estava embaçado. E a voz que gritava a deixava enlouquecida, parecia um ganso sendo assassinado.
Antes de sair de casa, ela é toda diferente
Sentiu algo bater contra sua cabeça. A têmpora superior afundou.
A saia vai no joelho, tipo como? tipo crente
Um golpe forte atingiu seu nariz que entrou no rosto.
E quando chega no baile, dá aquela levantada
O sangue escorria enquanto os golpes se sucediam um após o outro, fazendo seu cérebro escorrer em uma massa cinza avermelhada parecida com gelatina.
Olha só como essa mina é
Seu corpo tremia a cada golpe dado a dilacerando completamente.
Que safada.. Que safada..
Parou.
…
Fazer hora extra na madrugada é uma merda. Não tem ninguém pra fazer café e o meu é horrível. Ou coloco pó demais ou água demais e o resultado é um líquido intragável.
O jeito é apelar pro redbull. Dizem que um ser humano só pode consumir 2,5 miligramas de cafeína por quilo de peso, se uma latinha de redbull tem 80 miligramas posso consumir no máximo três. Acabei de abrir a quarta.
A cafeína ajuda o sistema nervoso a liberar adrenalina e noradrenalina, dois sujeitinhos simpáticos que aumentam a frequência cardíaca e diminuem os vasos sanguíneos. Junta-se a isso o meu sedentarismo e me dou mais uns dez anos de vida. No máximo.
Dou mais um gole no redbull e olho a pilha de arquivos na mesa, tem outro monte no chão. Trabalhar em um órgão que só tem três peritos é foda. Ainda mais quando um deles está doente e o outro de férias. Aí sobra para o seu camaradinha aqui trabalhar feito um jumento. Que delícia.
Pego a pasta que o detetive Arnaldo me entregou. Um caso urgente, ele fez questão de dizer. Só que todos os casos são urgentes. Passo o olho na ficha. Garota de vinte anos brutalmente assassinada. Famosa. Nunca nem vi. A linha seguinte complementa ‘de instagram’. Ah tá.
O telefone está praticamente destruído. Ainda posso ver os vestígios do corpo grudado. Que nojo, ele trouxe o telefone direto pra cá, disse que a solução do caso dependia da minha perícia. Provavelmente o criminoso destruiu o aparelho para ocultar pistas, ou uma merda assim. Ele a matou com o celular, o que indica um possível crime passional.
O detetive Arnaldo não devia ter dito isso. Vai afetar o meu juízo de valor, influenciar minhas opiniões ou pensamentos sobre o caso e me levar a conclusões construídas a partir de análises sem fundamentos, prejudicando a busca pela verdade. Blábláblá.
Coloco a mão no rosto esfregando os olhos. Pequenas manchas púrpuras dançam para mim. Eu devia pedir demissão. Trabalhar em uma empresa particular como consultor, ganhar muito dinheiro e gastar tudo na praia, bebendo drinques refrescantes e admirando as gatinhas de biquíni.
Suspiro.
Meu telefone toca e dou um pulo. Atendo e uma voz chiada começa a gritar.
“Com toda essa interferência no laboratório só um milagre pra essa ligação funcionar”, falo tranquilamente antes de desligar.
O telefone toca outra vez. Provavelmente é o idiota do detetive Arnaldo cobrando a perícia.
“Liga pro telefone fixo”.
Agora é o telefone da vítima que vibra. Coloco as luvas e meu coração parece um bumbo leguero em sete de setembro. Tiro o aparelho com cuidado do saco plástico. Procuro o cabo lightning, se a garota não usava senha talvez…
Sou interrompido outra vez pelo meu celular. Puta que pariu detetive Arnaldo, meu coração vai explodir.
Levanto pra desligar e meu olho esquerdo escurece. Tontura, fraqueza, visão embaçada e coração acelerado, sinais clássicos de queda de pressão. Merda de redbull, preciso mudar minha qualidade de vida.
Dou um passo à frente, mas meu corpo falha, sinto que vou desmaiar. Só dormi quatro horas hoje e agora alcancei meu limite. Espero que não seja infarto.
Esfrego meu olho tentando fazê-lo funcionar, dói muito. A minha mão volta coberta de sangue.
Procuro meu reflexo na tela de um computador desligado. Encaro essa massa disforme, um tumor onde um dia já foi meu olho.
Começo a rir. Alucinações induzidas por cafeína. Minha cabeça continua a me golpear, meu corpo já não aguenta mais, preciso dormir.
Ao longe escuto meu celular tocar outra vez, vá se foder detetive Arnaldo, vou só dormir uns quinze minutos.
Melhor trinta.
…
O detetive Arnaldo olhou para o corpo do perito com mais certeza de estar certo. O assassino tinha deixado sua identidade no celular da garota. Claro, que outro motivo para ele ter se arriscado ali?
A segurança pública é uma piada. Como em um país decente ele conseguiria entrar numa instalação policial e assassinar um dos seus membros?
Ele zomba de nós, pensou agachado enquanto olhava triste o crânio esmigalhado do perito.
Já podia ver a imprensa batizá-lo de Maníaco do Celular ou alguma merda assim. Maníaco do Smartphone não soava bem.
O lugar estava estranhamente vazio, ainda mais para uma instalação que tinha acabado de ser violada e tido um de seus funcionários brutalmente assassinado. Recebeu a ligação pouco mais das quatro da manhã e correu, encontrou apenas o segurança e mais dois policiais por ali, mas estes já tinham ido embora.
Praguejou.
Seu telefone tocou, atendeu uma voz chiada, cheia de eco, parecia uma garota chamando pelo seu nome.
Desligou e engoliu a seco. O local era cabuloso. Lâmpadas florescentes, paredes descascadas, azulejos amarelados. Não havia nenhuma janela para ventilar e o ar condicionado parecia estar reciclando o mesmo ar desde mil novecentos e setenta.
Lembrou da garota assassinada e imaginou ouvir sua voz.
Deu um pulo com o celular tocando novamente. No visor leu número privado. Colocou no viva voz.
— Alô? — disse ressabiado e ouviu um barulho estranho, um som agudo, estridente, que aumentava e diminuía de tom rapidamente.
Desligou o celular, sentia algo de errado por ali.
Instintivamente colocou a mão na arma. Seu coração batia mais forte.
O celular tocou outra vez. Ele olhou para o visor e leu. Perito CPC. O sujeito que ele tinha acabado de pisar no cérebro.
No susto deixou o telefone cair. Puxou a arma e apontou para o corredor vazio. As luzes resolveram piscar para dar mais dramaticidade.
Avançar ou esperar reforço?
Era sua chance de por um fim naquilo, de pegar o assassino de vez.
Correu até a sala onde estava o corpo do perito, mas nada. Tudo estava na mesma. Se aproximou do corpo e olhou mais uma vez o telefone espatifado.
O assassino deve ter clonado. Provavelmente alguém com conhecimento de telefonia.
Voltou pelo corredor, guardando a arma no coldre. Levantou os olhos e viu no final do corredor. Ele estava parado, com um ar de desafio.
— Cecete alado — alguém tinha deixado seu telefone perfeitamente em pé no chão.
Permaneceu paralisado sem saber como prosseguir. Estavam brincando com ele, sabia que o assassino observava sua reação. Teria feito isso com todas as vítimas?
Se aproximou com a mão na arma, atenção para todos os lados. Juntou o celular e automaticamente a tela acendeu. Viu um homem com roupas laranja, ele usava um capuz na cabeça.
Alguém retirou o capuz revelando o rosto de um homem apático com o olhar de quem tinha abandonado a esperança e aceitado que tudo tinha acabado.
O detetive Arnaldo achou que o homem parecia muito com ele.
O facão atravessou o pescoço e o sangue jorrou na câmera. O grito saiu pelo buraco, um ganido abafado e melancólico.
— Puta queo pariu — o detetive sentiu os pelos da nuca se eriçarem e soltou o telefone. Virou-se pressionando insistentemente o gatilho, as balas atravessaram o corredor vazio e explodiram no azulejo da parede. O grito tinha se transformado em um cântico gutural, o ar saia pela traqueia exposta enquanto a cabeça estava presa por um pedaço de músculo.
Pegou o celular apertando o botão home, mas o aparelho não respondia, o corpo agora separado da cabeça dava seus últimos movimentos. Perturbado o atirou para longe.
Todos os telefones começaram a tocar ao mesmo tempo, o barulho o desorientou e por pouco não foi atingido, o golpe passou raspando o seu ouvido.
Ele se jogou no chão procurando um alvo. Os telefones pararam.
Agora o único som que ouvia era seu ouvindo zumbir. Levantou-se com a arma da mão, mas não viu ninguém.
“Aonde está?”, pensou e foi surpreendido. Ouviu uma voz mecânica, feminina, que falava pausadamente.
— De-te-tive Ar-nal-do. Vim-por-vo-cê.
O golpe lhe atingiu o peito. Por pouco não lhe quebrou a costela. Se enfiou embaixo de uma mesa e viu seu celular atingir o chão. Aquele desgraçado era bem resistente.
O celular se levantou, e se jogou sem força no braço de Arnaldo.
— Porra — ele agarrou o telefone que se agitava como um bicho feroz.
Ele lutava bravamente, seus braços se chocavam contra a mesa, conseguiu jogar o aparelho para longe. O celular vinha se arrastando rapidamente até ele. Arnaldo atirou e a bala espatifou o telefone.
— Caralho! Caralho! Caralho!!! — ele tremia copiosamente, seu corpo dolorido. Repensava se realmente não tinha quebrado nada.
O segurança apareceu desesperado de arma na mão.
— O que foi isso?
O segurança foi até Arnaldo e o ajudou a se levantar.
— Você não vai acreditar na merda em que…
— Só um minuto — interrompeu o segurança — tem alguém me ligando.
Arnaldo se virou a tempo de ver o telefone explodir. Um pedaço de plástico cortante atravessou seu olho, destruindo tudo até chegar no cérebro o matando em um instante.
O segurança não teve tanta sorte. Uma peça se ajolou no pescoço rompendo uma artéria, gritou até perder o suficiente de sangue para não conseguir fazer mais nada.
Eu adorei o texto, verdade que eu teria gostado muito mais do final se ele tivesse terminado na fala do segurança, mas mesmo assim eu gostei muito do conto.
Consegui sentir intensidade nas cenas e em nenhum momento me passou pela cabeça que o criminoso fosse o próprio celular, cheguei a pensar, inclusive, que fosse algum hacker que conseguisse controlar o celular em alto nível (inclusive alma e função motora kkkk).
Os personagens foram bem construídos, mesmo o conto sendo curto ficou claro o estado de espírito de cada um deles. Talvez eu não tenha achado o conto tão aterrorizante assim, achei violento, mas pra terror achei que faltaram algumas características, um pouco de suspense quem sabe.
RESUMO: Provável entidade maléfica se manifesta através de telefones celulares com toques horripilantes e manifestações sobrenaturais fazendo suas vítimas sofrer alucinações antes da morte.
CONSIDERAÇÕES: Algumas frases são desnecessárias e mal escritas, como “que só transava em troca de anel”, como as descrições do Red Bull ou “as luzes resolveram piscar para dar mais dramaticidade”, dentre outras. Parece que o autor não se preocupou em deixar o conto bem escrito, com literalicidade. Escreveu o que vinha na cabeça, sem muito trabalho. Acredito que o terror ou a tensão surja mais em elementos que não sejam apenas em descrever sustos e reações. As cenas finais ficaram um pouco confusas.
Olá Andrey Morgado!
Você nos brinda com a história de uma telefone celular assombrado e assassino que vitima a influenciadora digital, o perito, o segurança e o detetive Arnaldo.
É uma história digna de filme trash, na linha do Tomate Assassino, no meu ver. O terror não foi na quantidade ou qualidade esperada, mas conseguiu retardar o quanto foi possível a suspeita de que o assassino era o próprio celular.
Boa sorte no Desafio.
“O maníaco do Celular” se desmembra em histórias. Primeiro uma garota é encontrada brutalmente assassinada após enviar várias mensagens sexuais aos seus va´rios contatos, inclusive o pai. O perito do caso é encontrado morto pelo policial que solicitou a investigação. O policial está em busca do maníaco e recebe uma chamada desconhecida em seu aparelho. O celular começa a atacá-lo, mas ele consegue escapar até encontrar com o vigia do prédio, que atende uma chamada no telefone móvel e esse é o fim para ambos.
A leitura dinâmica torna o conto muito interessante. A história dentro da história faz o interesse aumentar na leitura.
A presença do vigia em uma prédio policial, mesmo da perícia, torna a história infactível no modelo cognitivo global, mas não empobrece a história.
Gabriel Bonfim Silva de Moraes
Resumo:
Uma garota troca mensagens com um indivíduo. Ela é atacada e morta em uma situação misteriosa. O perito tenta identificar a situação e recebe uma ligação semelhante a da garota. Ele é morto misteriosamente, mas é possível notar que algum horror gira em torno do celular. Em seguida, Arnaldo é o policial que é chamado para atender a cena do crime no meio da noite. Analisando a situação ele recebe uma ligação semelhante, e engaja em uma cena tenebrosa contra o que aparenta ser o celular. No final, o segurança torna para checar a situação e recebe uma ligação suspeita.
Considerações:
Achei o conceito do horror interessante, assim como a sequência de cenas e acontecimentos. O autor procura seguir de uma situação de vítima, então para o perito e depois para o policial, sempre segurando o mistério e prendendo o leitor para a conclusão do conto. A estrutura é ideal para um conto curto. Minha critica principal é com relação a apresentação do horror (que aparece na forma do celular), um melhor uso da linguagem e descrição poderia entregar uma melhor experiência de horror artístico para o leitor. Representar diretamente as vitimas seria um bom caminho, o sentimento e a repulsa sempre foram a principal ferramenta do gênero. Concluindo, ótimo estrutura e ideia! Mas com ressalvas nas descrições.
Texto 1 – O maníaco do celular – Andrey Morgado
Resumo: Em uma espécie de revolta das máquinas em que o celular de uma “digital influencer” do Instagram começa a criar mensagens de conteúdo pornográfico como se ela tivesse solicitado. Daí em diante o caos está instalado. O aparelho tenta atrapalhar a investigação iniciando uma onda de assassinatos.
Comentário
O narrador é,por conveniência própria, muito crítico, já que coloca como pensamento da primeira vítima a inconformidade feminina em relação aos homens atrevidos: “Por que tinha que ser assim? Por que os homens eram tão influenciados por essa masculinidade agressiva que precisavam desesperadamente pensar em sexo?”, e por outro lado, mostra a hipocrisia feminina na perspectiva masculina, quando a mensagem de voz sobre a saia chega “Antes de sair de casa, ela é toda diferente (…) A saia vai no joelho, tipo como? tipo crente (…) E quando chega no baile, dá aquela levantada.”
Gosto também da forma que relata o ataque a digital influence. É exatamente no momento em que ela imagina que foi ´hackeada´ e descobre que esse indivíduo desconhecido solicitou fotos do pai dela, em seu nome. Engana bem essa mudança, o ataque a ela assemelha-se ao mal estar que ela poderia sentir por ter assediado o próprio pai e leva um tempo entre a aceitação de que na verdade é um ataque real. Mesmo recurso utilizado no ataque ao perito de evidências (criminal).
Aqui ainda há o recurso de mudança de voz quando começa a traçar os minutos finais da segunda da vítima, também é algo interessante. Entretanto, o tom crítico continua o mesmo: “Famosa” -” Ah, tá,de Instagram”.
O ataque final também é interessante. E com a morte do investigador e do segurança, morre o segredo do aparelho. Aqui, voltando para a realidade, como agente comunitária de segurança, há um deslize profissional por parte do segurança: em uma situação de risco, que ele mesmo reconhece: “O segurança apareceu desesperado de arma na mão. /— O que foi isso?” e mesmo assim ele interrompe a explicação de Arnaldo para atender uma chamada externa – o máximo que ele poderia fazer era atender o rádio e comunicar o problema. Eu sei, se são só os celulares que estão revoltosos o aparelho de rádio não atacaria e ele acabaria vivo, o que interromperia a ideia de finitude da narrativa.
Uma história onde aparelhos de celulares atacam seus donos, matando-os, creio que por meio de forças sobrenaturais. Gostei do enredo, história bem escrita, boas frases e ações. Narrativa em terceira e primeira pessoa não é comum, mas é válido.
Mulher recebe mensagens de conteúdo pornográfico e de repente é morta. Pelo mistério que rondam as ligações e o telefone, mais tarde os agentes que põe-se a resolver o caso são mortos também.
Eu particularmente gostei do conto, sendo que há muito suspense a envolver a estória, e isso com certeza deixa o leitor mais curioso em saber o que acontecerá no final. Porém, há dois pontos negativos que quero apontar: primeiramente, tratando-se de um conto, não é muito aconselhável que se coloque diversos narradores, podendo por vezes acabar por confundir o leitor, e acho que foi o que aconteceu comigo. O ponto a seguir tem que ver com os sinais de pontuação, pois que no texto foram eles colocados de uma forma que dificulta, por vezes, a fluidez do mesmo durante a sua leitura. Refiro-me maioritariamente às vírgulas. Afora isso, a estória foi muito bem pensada e escrita com bastante criatividade, misturada com elementos que fazem parte da geração moderna.
Fosse o conto melhorado com base nesses aspectos, acho que ficaria melhor.
Olá, autor(a)!
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Resumo: Uma garota é morta por seu celular. O perito q investigaria este crime é morto por seu celular e o detetive Arnaldo, consegue ele próprio matar seu celuar ao inves de ser morto por ele, mas o celular do segurança além de matar o segurança,o matou também.
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Considerações: Não é desmerecimento, tá?Mas me lembrei dos filmes de horror trash da Band nos anos 90, acho q era (to tao velha q nao sei mais identificar as décadas :p )
A luta do detetive com o celular foi hilária.. imaginei o bichinho andando.. acho eu que o corpo separado da cabeça e tals..eram imagens no celular? era isso, né? me perdi um pouco, mas a falha foi da minha leitura, reconheço.
É uma história boa,mas nao sei porque achei que correu, nao sei o que faltou, mas faltou algo. Como pensei nos filmes, essa me pareceu ser a primeira parte… fui buscar a pipoca e agora quero saber quantos mais os celulares assassinos matarão!
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Abraço!
Kkkkkk
Pois nào é? Fiquei esperando os próximos a toparem com o celular. Feluz demais por não ter um assim, o meu é um “pebinha” que só serve para mostrar as horas!
Olá, autor(a)! É um conto com uma premissa muito interessante, que segue por uma caminho diferente do que estou habituado. Bacana a alternância entre primeira e terceira pessoa. O conto é muito bem escrito, e não se explica demais, o que mantém a aura de mistério,estranhamento e medo, numa situação completamente fora da normalidade com a qual os personagens não fazem nem ideia de como lidar. O ponto fraco foram algumas cenas finais, no qual os celulares voando pra lá e pra cá ficaram meio caricatos. Talvez uma situação em que uma voz ou um vídeo narrasse ou exibisse espancamentos e facadas , produzindo os mesmos ferimentos nas vítimas no mundo “real”,ficasse mais interessante. De qualquer maneira, um trabalho acima da média. Parabéns!
Resumo: O Maníaco do Celular (Andrey Morgado)
O conto tem uma ideia interessante de um celular amaldiçoado que mata sem dó nem piedade por meio de chamadas intermitentes levando a pessoa a uma espécie de loucura, podendo acontecer e seduzir a mesma a atender de formas diferentes e isso é o ponto chave do conto, o que mais me instigou a ler.
Verdade é que o conto é feito de três atos, no primeiro a história não tem o melhor início, mas logo se justifica e então somos fisgados para melhor parte que é o detetive deixando o conto com um enigma interessante, e então temos a terceira parte do conto e é nesse momento que o clímax vem e ao mesmo tempo o autor(a) se alonga demais deixando o conto passar de um excelente tom psicótico para um conto cômico frustrante, poxa, que final foi esse… Ô loco meu!!!
Uma pena, pois realmente estava sendo o melhor conto até o momento que o celular de fato ganha vida e entra até um quarto e desnecessário personagem. Uma pena mesmo, o conto deveria ter terminado aberto e sem uma “luta” desnecessária com o celular…
Seria um conto nota 10! Seria…
Algumas observações:
Puta queo pariu – que o pariu
o ar saia pela traqueia exposta – saía
Avaliação:
Terror: de 1 a 5 – Nota 3 (Estava bom demais, nossa, eletrizante até que a coisa descambou e imaginei as cenas mais cômicas até aqui, uma pena)
Gramática – de 1 a 5 – Nota 3,5 (Não comprometeu)
Narrativa – de 1 a 5 – Nota 3,5 (Excelente, salvo a luta/psicose desnecessária no final)
Enredo – de 1 a 5 – Nota 3,5 (Tudo, tudo estava perfeito, até…)
Personagens – de 1 a 5 – Nota 2,5 (Dois primeiros personagens nota 5 e os dois do final infelizmente nota 2,5)
Título – de 1 a 5 – Nota: 3 – Um bom título.
Total: 19,0 pts de 30 pts
Puta merda! Um celular demoníaco, estou com medo de pegar o meu kkk
Parabéns.
Temos três cenas nesse conto: Primeiro uma garota descobre que seu celular está sendo hackeado, se desespera e depois é assassinada. Na segunda, um perito bebedor de café investiga o assassinato e acaba morrendo aparentemente envenenado. Por último, o detetive Arnaldo enfrenta o perigo, para descobrir (aparentemente) que os assassinos são os próprios celulares. No fim, nenhum humano escapa à ameaça tecnológica
A primeira cena é, em grande parte, engraçada. A situação e as descrições exageradas, principalmente quando a garota imagina seu pai lendo a mensagem e começa a vomitar, me fizeram rir. No entanto, a cena de assassinato, apresentando violência em paralelo com uma música, deu uma volta de 180 graus e começou o terror de fato. Não sei qual era a intenção, mas foi assim pra mim. É o momento em que parece que o escritor estava mais “solto”, e que me será mais memorável. Essa cena se destaca do resto do texto, por ser mais impactante. É até cinematográfica.
A segunda cena é em primeira pessoa e possui vários assuntos mundanos e comentários informacionais. Deixam o personagem simpático para alguns leitores que se identificariam com ele.
Os comentários do dia a dia passam rapidamente para o cara morrendo aparentemente de envenenamento, não tendo muito suspense. Talvez se tivesse colocado mais alguma coisa interessante nesse meio… Foi a cena mais chatinha pra mim, mas ainda pode divertir outros.
A terceira cena intercalou bem o suspense e o humor, principalmente com os comentários do detetive Arnaldo (Muito nome de detetive pro meu gosto, mas funciona no estilo desse conto). Mas erros de revisão estragaram algumas coisas (“cacete alado” era uma boa ideia, pena que houve erro de digitação). Foi a cena mais consistente das três.
Parece que deixou algumas partes, as com maior número de erros, pra última hora, para finalizar na correria. Isso fez o texto sofrer um pouco. Os que eu vi:
-”Flashs”, “estomago”, “ouvindo”.
-“Pegou o celular apertando o botão home, mas o aparelho não respondia, o corpo agora separado da cabeça dava seus últimos movimentos. Perturbado o atirou para longe.” (Vírgula sobrando e vírgula faltando)
Mais alguns problemas que tive:
O “Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa” ficou meio fraco, não passou emoção. Talvez uma descrição ou outra forma mais experimental de formatação ficaria melhor.
“O lugar estava estranhamente vazio, ainda mais para uma instalação que tinha acabado de ser violada e tido um de seus funcionários brutalmente assassinado. Recebeu a ligação pouco mais das quatro da manhã e correu, encontrou apenas o segurança e mais dois policiais por ali, mas estes já tinham ido embora.”
Aqui está tudo no mesmo tempo verbal, o que confunde a história. A ligação aconteceu antes do resto, então teria que ser “Recebera”.
“— Puta queo pariu — o detetive sentiu os pelos da nuca se eriçarem e soltou o telefone. Virou-se pressionando insistentemente o gatilho, as balas atravessaram o corredor vazio e explodiram no azulejo da parede. O grito tinha se transformado em um cântico gutural, o ar saia pela traqueia exposta enquanto a cabeça estava presa por um pedaço de músculo.”
Demorei pra entender que o grito era da pessoa no celular, mencionada no parágrafo de cima.
“O golpe lhe atingiu o peito. Por pouco não lhe quebrou a costela. Se enfiou embaixo de uma mesa e viu seu celular atingir o chão. Aquele desgraçado era bem resistente.”
Reli várias vezes esse parágrafo, sem entender direito o que tinha acontecido. Até então achava que tinha um assassino ali, e que talvez ele tinha sido atingido.
Achei esse parágrafo engraçado:
“O celular tocou outra vez. Ele olhou para o visor e leu. Perito CPC. O sujeito que ele tinha acabado de pisar no cérebro.”
O texto apresenta um twist bacana, que fecha com uma surpresa. Final melhor que eu esperava. Traz uma crítica ok, mas temos bastante dela por aí.
Tive preconceito pelo título, e a imagem é adequada, mas feia… quase não percebi que era a imagem do texto mesmo, parecia anúncio ou imagem padrão pra quem não mandou nenhuma.
Conclusão: Texto sem grandes pretensões (acho), que dá conta de divertir.
RESUMO: Uma mulher começa a receber mensagens suspeitas pelo celular e logo imagina estar com o aparelho hackeado. No entanto, é assassinada na sequência. O detetive entra em ação e, por fim também é assassinado. Mas não eram os aparelhos que haviam sido hackeados, ao contrário, estavam possuídos por alguma entidade assassina.
CONSIDERAÇÕES: Conto interessante, bem escrito, mas com alguns erros de português, como ausência de vírgula antes de vocativo. Também foi usado apenas 2 pontos (..) em lugar de reticências. Mas o ponto fraco, são as alterações de cenas/ambientes, que foram feitas de maneira brusca, o que tornou a leitura menos fluida e um tanto difícil de entender à primeira leitura.